Hoje Macau EventosBallet | CCM recebe espectáculo “Nijinsky” em Fevereiro [dropcap]O[/dropcap] Centro Cultural de Macau (CCM) apresenta, em 2020, o espectáculo de ballet intitulado “Nijinsky”, um tributo do Ballet de Hamburgo a um dos bailarinos mais fenomenais de todos os tempos. A produção vai estar em cena entre os dias 28 de Fevereiro e 1 de Março do próximo ano. De acordo com um comunicado oficial, “Nijinsky” é um “ballet de classe mundial e uma comovente homenagem em dois actos”, concebida pelo mestre coreógrafo John Neumeier, profundo admirador e grande conhecedor do bailarino russo. O público poderá ver “uma peça glamorosa que evoca o círculo artístico e alguns dos maiores papéis de um verdadeiro prodígio, a quem outrora chamaram o ‘Deus da Dança’”. Interpretado ao som de uma ecléctica paleta de compositores, o ballet centra-se no momento fulcral em que Nijinsky começou a atolar-se na loucura que o levaria ao fim. Esta produção é um dos trabalhos de John Neumeier com maior impacto junto da crítica internacional, desde que em 1973 assumiu o cargo de director artístico e coreógrafo principal da reconhecida companhia alemã. Neumeier criou mais de 150 bailados, focando-se continuamente na preservação da tradição ao mesmo tempo que dá aos seus trabalhos um enquadramento dramático contemporâneo. Desde que dirije o Ballet de Hamburgo, o coreógrafo foi distinguido com o Prémio de Dança Benois e o Prix de Lausanne, entre muitos outros galardões. Além deste espectáculo de ballet, o CCM organiza um workshop concebido para desvendar algumas das técnicas básicas do Ballet de Hamburgo. Orientadas por profissionais da companhia alemã, estas sessões oferecem aos participantes uma oportunidade de experimentar fisicamente os altos padrões de uma companhia de elite. Os bilhetes para o espectáculo estão à venda a partir deste domingo, 15 de Dezembro.
admin EventosBallet | CCM recebe espectáculo “Nijinsky” em Fevereiro [dropcap]O[/dropcap] Centro Cultural de Macau (CCM) apresenta, em 2020, o espectáculo de ballet intitulado “Nijinsky”, um tributo do Ballet de Hamburgo a um dos bailarinos mais fenomenais de todos os tempos. A produção vai estar em cena entre os dias 28 de Fevereiro e 1 de Março do próximo ano. De acordo com um comunicado oficial, “Nijinsky” é um “ballet de classe mundial e uma comovente homenagem em dois actos”, concebida pelo mestre coreógrafo John Neumeier, profundo admirador e grande conhecedor do bailarino russo. O público poderá ver “uma peça glamorosa que evoca o círculo artístico e alguns dos maiores papéis de um verdadeiro prodígio, a quem outrora chamaram o ‘Deus da Dança’”. Interpretado ao som de uma ecléctica paleta de compositores, o ballet centra-se no momento fulcral em que Nijinsky começou a atolar-se na loucura que o levaria ao fim. Esta produção é um dos trabalhos de John Neumeier com maior impacto junto da crítica internacional, desde que em 1973 assumiu o cargo de director artístico e coreógrafo principal da reconhecida companhia alemã. Neumeier criou mais de 150 bailados, focando-se continuamente na preservação da tradição ao mesmo tempo que dá aos seus trabalhos um enquadramento dramático contemporâneo. Desde que dirije o Ballet de Hamburgo, o coreógrafo foi distinguido com o Prémio de Dança Benois e o Prix de Lausanne, entre muitos outros galardões. Além deste espectáculo de ballet, o CCM organiza um workshop concebido para desvendar algumas das técnicas básicas do Ballet de Hamburgo. Orientadas por profissionais da companhia alemã, estas sessões oferecem aos participantes uma oportunidade de experimentar fisicamente os altos padrões de uma companhia de elite. Os bilhetes para o espectáculo estão à venda a partir deste domingo, 15 de Dezembro.
Andreia Sofia Silva Ócios & Negócios PessoasArt Habitat, aulas de ballet | Dançar por amor à arte Tudo começou com o espectáculo Zaia, mas depressa se estendeu a todo o território. Anna Kizlyuk Acconci é professora de ballet e dança desde que se lembra de ser gente. Hoje ensina crianças, adolescentes e adultos, e só lamenta que não haja um ensino mais profissional desta forma de expressão artística [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]nna Kizlyuk Acconci criou a Art Habitat em 2011, quando o espectáculo Zaia, da companhia canadiana Cirque du Soleil, estava no território. Bailarina profissional desde criança, Anna dava aulas aos bailarinos da companhia. Quando o espectáculo fechou portas, a responsável pelo Art Habitat virou-se para a cidade e para aqueles que também queriam aprender, de forma profissional, a forma mais clássica de dança. Sem um espaço físico, a Art Habitat funciona com aulas particulares e também em escolas e jardins-de-infância. Tudo depende dos interessados e das marcações que são feitas. “Acredite ou não, recorri à numerologia e astrologia, através de uma amiga da minha mãe, para ver qual seria o nome mais bem-sucedido para a minha empresa. Troquei emails com ela durante quase um mês, até que o nome final estivesse confirmado”, contou Anna ao HM. Hoje dá aulas a bebés, a crianças e a adolescentes até aos 18 anos de idade. Há também aulas para adultos que começam agora a interessar-se pelo ballet. Até agora, o negócio parece estar a correr de feição. “Tenho alguns pais que comentam e dão-me um feedback positivo, no sentido que preferirem o meu método em relação a outros. Isto porque nas minhas aulas não temos só brincadeira e jogos o tempo todo. As crianças aprendem e não estão apenas a brincar toda a aula.” Anna explica que tenta misturar o melhor de dois mundos, ou seja, a brincadeira e o lado sério de uma forma de dança exigente, que pede disciplina e concentração. “Tento combinar o divertimento com a dança, numa prática saudável que mistura o lado clássico da escola russa, chamado método vaganova, e que é mais apropriado para os pequenos alunos. Para as crianças mais velhas há uma maior estrutura e as aulas são dadas num ambiente mais restrito e com mais disciplina, onde há a ideia de que nunca se pode desistir. Este é um dos objectivos mais importantes para qualquer arte, sobretudo o ballet”, adiantou a mentora da Art Habitat. Uma paixão desde criança Anna Kizlyuk Acconci tinha um ano de idade quando começou, de forma espontânea, a querer dançar como as bailarinas profissionais. “A minha paixão pelo ballet começou muito cedo. Segundo a minha mãe, começou quando tinha um ano de idade. Estava a ver um espectáculo de ballet na televisão e de repente comecei a imitar as bailarinas. Partia os meus chinelos ao meio, porque só queria andar em bicos dos pés.” Com cinco anos, Anna começava a ter as primeiras lições de ballet para começar a praticar como uma bailarina profissional a partir dos nove anos. Começou então uma carreira que dura até aos dias de hoje. Em Macau, a criadora da Art Habitat lamenta que a dança clássica não seja levada a sério. “Os pais não consideram o ballet ou estilos de dança mais contemporâneos como uma verdadeira carreira que os seus filhos podem seguir. Não surpreende que as únicas aulas existentes sejam dadas por associações de dança, mas que são apenas como hobbie e divertimento, e não para aprender a dançar como uma profissional. Há uma mentalidade pequena.” O lado sério da dança No futuro, Anna “gostaria de ver mais interesse em aprender dança da forma correcta”. “Foi aí que comecei e fui obtendo mais experiência e conhecimento para transmitir aos meus alunos, após ter passado por várias escolas de ballet”, lembra. Ainda assim, a professora considera que os pais dos seus alunos têm consciência da importância da sua prática. “O facto de os pais inscreverem os seus filhos nas aulas só significa que sabem o quão importante são para o seu desenvolvimento, e não apenas físico.” Apesar de a Art Habitat estar cheia de alunos de todas as idades, Anna defende que é muito difícil abrir um espaço físico. “O maior desafio é ter as portas abertas num local permanente ou numa escola. Financeiramente é um grande peso e as rendas em Macau são um grande problema. Sem o apoio do Governo é verdadeiramente difícil operar um negócio na área das artes”, conclui.