Hoje Macau SociedadePakhar | Tufão já atingiu terra. Sinal 3 antes das 13h. [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Pakhar, que hoje levou os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau a hastear o sinal 8, já tocou terra na província chinesa de Guangdong, devendo baixar para sinal 3 antes das 13:00 “A pior parte do tufão já passou. Atingiu terra. O sinal 8 continua içado um pouco mais por medida de precaução e para deixar que o conjunto do sistema do sistema do tufão se dissipe ou entre em terra”, disse à agência Lusa a porta-voz dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, Vera Varela. Este é o segundo tufão a atingir Macau em menos de uma semana, depois de a tempestade tropical Hato ter causado dez mortos. A passagem, na quarta-feira, do tufão Hato, o mais forte em 50 anos a atingir a cidade, levou as autoridades a hastear o sinal máximo (10), o que não sucedia desde 1999. A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10. Os sinais são hasteados tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos. “Devido à rápida movimentação durante o seu trajecto o tufão Pakhar já atingiu terra em Taishan, na província de Guangdong. Na passada hora atingiram-se ventos médios [nas pontes] na ordem dos 85 quilómetros horários e rajadas de vento de 110 quilómetros por hora”, afirmou Vera Varela. Apesar de o tufão já ter tocado terra, “é possível que os ventos se façam sentir em Macau, por esse motivo vai-se manter o sinal número 8 içado por mais algumas horas”, adiantou. “Agora parece tudo mais sereno. Aliás, consegue ser visível na rua que a chuva e o vento passaram”, afirmou.
Hoje Macau SociedadeJornalistas de Hong Kong impedidos de entrar em Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] jornal South China Morning Post noticiou hoje que quatro jornalistas de Hong Kong foram impedidos de entrar em Macau, com as autoridades locais a confirmarem a proibição de entrada, mas sem esclarecer se eram os repórteres. De acordo com o ‘site’ do diário da antiga colónia britânica, as autoridades de Macau justificaram a proibição de entrada por os jornalistas representarem uma ameaça à segurança interna. Questionado esta tarde, o coordenador do Centro de Operações da Proteção Civil (COPC) de Macau afirmou: “Até este momento, não sei se essas pessoas são ou não jornalistas”. Ma Io Kun sustentou que as autoridades “respeitam a liberdade de imprensa” e que apenas é proibida a entrada de quem pode representar uma ameaça. “O Governo e o pessoal militarizado respeitam imenso a liberdade de imprensa. Temos quase todos os dias conferências de imprensa”, disse. “Em princípio, proibimos a entrada de pessoas que possam causar perigo à ordem pública e à ordem da sociedade. É de acordo com a lei que proibimos a entrada dessas pessoas”, afirmou o mesmo responsável. De acordo com o ‘site’ do jornal, um fotógrafo do South China Morning Post (SCMP), dois do Apple Daily e outro do portal HK01 pretendiam fazer a cobertura das operações de limpeza que decorrem um pouco por todo o lado em Macau. O fotógrafo do SCMP foi ‘barrado’ à entrada pelas autoridades por volta das 14h, indicou o jornal de Hong Kong, dando conta de que Felix Wong recebeu uma declaração escrita dos Serviços de Migração de Macau, referindo que “representa um risco para a estabilidade da segurança interna” da RAEM. Tammy Tam, chefe de redação do SCMP, manifestou “profunda preocupação” por o fotógrafo ter sido detido pelas autoridades de Macau. “Opomo-nos firmemente à detenção dos nossos jornalistas, que levam a cabo o seu dever de informar o público. Eles não representam nenhuma ameaça à segurança, a ninguém nem a nada”, afirmou. O chefe de redação do Apple Daily, Ryan Law Wai-kwong, também lamentou o sucedido, apontando que a justificação dada pelas autoridades de Macau é “completamente ridícula” e que não vê de que forma pode a cobertura por parte dos ‘media’ constituir uma ameaça à segurança interna de Macau. A interdição de entrada em Macau de políticos, ativistas ou jornalistas da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong acontece com alguma regularidade em momentos considerados potencialmente sensíveis, com a grande maioria dos casos a serem tornados públicos pelos próprios visados.
Hoje Macau Manchete SociedadeGoverno recebeu mais de 700 pedidos de apoio financeiro para PME [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Macau recebeu, até sexta-feira, mais de 700 pedidos de apoio para Pequenas e Médias Empresas (PME), depois de ter lançado dois planos para ajudar os negócios a recuperar dos estragos provocados pelo tufão Hato. Até às 18h de sexta-feira, a Direção dos Serviços de Economia distribuiu dois mil boletins de candidatura aos apoios – um na forma de empréstimo, outro de abono – e recebeu “mais de 732 pedidos”, segundo um comunicado enviado na noite de sexta-feira. Após a passagem do Hato, o mais forte tufão a atingir Macau em 50 anos, o Governo de Macau lançou uma linha de crédito, sem juros, para as PME afetadas até ao montante máximo de 600 mil patacas. Anunciou ainda um pacote de “Medidas de abono” paras as empresas “responderem às situações emergentes”, “de natureza pós-calamidade” com um limite máximo de 30 mil patacas.
Hoje Macau SociedadeBombeiros continuam trabalhos de drenagem e buscas em três auto-silos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s bombeiros de Macau continuam hoje a fazer trabalhos de drenagem e buscas em três parques de estacionamento, depois de quatro cadáveres terem sido encontrados em auto-silos, na sequência da passagem do tufão Hato. As buscas dos bombeiros foram motivadas por cidadãos que alertaram para a possibilidade de terem ficado presas pessoas em parques de estacionamento na sequência da passagem da pior tempestade tropical dos últimos 50 anos, que causou pelo menos dez mortos e mais de duas centenas de feridos. Numa conferência de imprensa esta tarde, o comandante do Corpo de Bombeiros, Leong Iok Sam, explicou que dos quatro parques de estacionamento onde foram efectuadas buscas, um, na avenida Almirante Lacerda, foi drenado e ninguém foi encontrado. Há três auto-silos ainda com água, para onde as autoridades já enviaram mergulhadores, não encontrando qualquer nova vítima até ao momento. Num deles, na rua de João de Araújo, os bombeiros foram alertados para a possibilidade de mais de dez pessoas estarem presas. “Não conseguimos encontrar qualquer pessoa. Já fomos ao piso mais inferior e não vimos ninguém”, disse Leong, explicando que, neste momento ainda há 1,5 metros de água acumulada no local. “Já fomos ver e não há ninguém lá dentro”, frisou. Já num parque de estacionamento na zona do Fai Chi Kei há “ainda água estagnada com dois metros”. “A drenagem é incessante, os trabalhos continuam”, disse. Por fim, no auto-silo do mercado de São Lourenço, “os mergulhadores fizeram uma primeira busca, a água já baixou mas ainda faltam dois andares de água”, indicou o comandante, acrescentando que, até ao momento, não foram encontrados quaisquer corpos no local. Na mesma conferência de imprensa, um representante da PSP deu conta dos trabalhos de limpeza das vias, dizendo que “90 por cento das faixas de rodagem têm condições de circulação”. “Apelamos à população para que não faça deslocações desnecessárias”, avisou, informando que cerca de 80 semáforos continuam ainda avariados. Quanto ao lixo, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais recolheu, desde sexta-feira, 2600 toneladas, acima das 1200 consideradas normais. “O lixo tem de ser recolhido o mais rapidamente possível por causa do novo tufão”, disse o representante presente na conferência, referindo-se à tempestade Pakhar, que deverá sentir-se com mais intensidade em Macau no domingo. Já o chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Lam Cheong, disse que “até ao momento” não foi verificada “qualquer situação de propagação de doenças”, indicando que para evitar a proliferação de casos de febre de dengue foram realizadas acções de eliminação de mosquitos nalgumas zonas.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Mais de 100 residentes afectados por cancelamento de voos já regressaram [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Gabinete de Gestão de Crises do Turismo de Macau recebeu 19 pedidos de assistência devido ao cancelamento dos voos de regresso por causa do tufão Hato, envolvendo 130 residentes, dos quais 106 já voltaram a ‘casa’. Os restantes 24 residentes vão regressar hoje e na segunda-feira, indicou o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo de Macau (GGCT) em comunicado, dando conta do ponto de situação relativo aos 19 pedidos de assistência recebidos até às 12:00 (05:00 em Lisboa). Segundo o GGCT, 29 dos 38 residentes de Macau que estavam em Banguecoque (Tailândia) já regressaram, enquanto em Danang (Vietname), onde estavam 50 pessoas em excursão, 35 voltaram durante a manhã e as restantes 15 têm regresso previsto para esta noite. Em Fukuoka (Japão) estava um grupo com 36 residentes que regressou na sexta-feira a Macau via Coreia do Sul. No mesmo dia, regressaram também seis residentes procedentes de Kaohsiung (Taiwan). “O GGCT continuará a seguir de perto a situação dos residentes de Macau que se encontram impossibilitados de regressar do exterior”, sublinhou. No mesmo comunicado, o GGCT informou ainda ter contactado a família do turista do interior da China que morreu num acidente de viação durante o tufão em Macau e que “irá prestar assistência adequada, tomando em consideração o desejo dos familiares”.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Autoridades não encontraram novos corpos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] pessoal do Corpo de Bombeiros e Serviços de Alfândega anunciaram que não foram encontrados corpos no parque de estacionamento do edifício Classic Bay. Os trabalhos de drenagem e buscas foram concluídos esta tarde, por volta das 14h10. Foram também feitas buscas no parque de estacionamento do mercado de São Lourenço, depois do Corpo de Bombeiros ter recebido “informações a relatar suspeitas de pessoas encurraladas” no local. “Foi dada resposta imediata com pessoal e viaturas de socorro. Contactado o porteiro de serviço no dia do tufão referiu não haver pessoas encurraladas no mesmo auto-silo”, lê-se em comunicado. As acções de busca, no entanto, continuam, sendo que as autoridades prometem divulgar novos dados “o mais breve possível”.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: MGM China doa 30 milhões de patacas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s empresas MGM China e MGM Resorts, bem como a “equipa de Pansy Ho” decidiram doar 30 milhões de patacas para a recuperação dos inúmeros estragos causados pela passagem do tufão Hato pelo território, que já causou um total de dez mortos e inúmeros feridos. Segundo um comunicado, “a distribuição do montante será decidida nos próximos dias e meses com a coordenação do Governo de Macau, tendo em conta as áreas com maior necessidade”. Além disso, “os funcionários do MGM e as necessidades das suas famílias serão tidas em conta na alocação destes fundos”, aponta a concessionária de jogo. Citada pelo mesmo comunicado, Pansy Ho, directora-executiva da MGM China, referiu que os funcionários da empresa têm sido “excepcionais, contribuindo com o seu tempo e esforços para enfrentar estes desafios”. “Estamos prontos para utilizar os nossos recursos de forma a que possamos garantir uma recuperação sustentável da comunidade local”, disse ainda.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTufão Pakhar: Sinal 3 içado “esta noite ou madrugada”. Sinal 8 amanhã de manhã [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) acabam de informar que o sinal 3 de tempestade tropical deverá ser içado “esta noite ou madrugada”, graças à passagem do tufão Pakhar pelo território. “Espera-se que os ventos se fortaleçam gradualmente já esta noite e amanhã”, aponta a entidade. Amanhã, domingo, durante o período da manhã, “perto do meio-dia”, o tufão aproximar-se-á de Macau “cruzando a cerca de 100 ou 150 quilómetros a sudeste”. Os SMG ponderam ainda içar o sinal 8 amanhã de manhã. “Na altura, será um momento alto do impacto do ciclone tropical para o território. Aguaceiros e ventos vão tornar-se mais frequentes. Desde modo, os SMG não descartam a hipótese de içar o sinal de tempestade tropical 8, amanhã de manhã”, lê-se no comunicado. Mais inundações Os SMG prevêem também a ocorrência de “ligeiras inundações” nas zonas situadas perto do Rio das Pérolas. Hoje as limpezas dos destroços e do lixo continuam para que se possa prevenir a propagação de doenças. O trabalho tem sido feito não só pelo serviço de protecção civil bem como por vários grupos de voluntários. Deverá ser içado o sinal amarelo de “storm surge” “em breve”. “Recomenda-se à população que toma medidas preventivas contra a tempestade tropical e inundação”, alertam os SMG. Por volta das 14h00 a tempestade tropical estava localizada a cerca de 720 quilómetros de Macau, à medida que se movimenta em direcção à costa oeste da província de Guangdong.
Hoje Macau Manchete SociedadeIACM diz que limpeza das ruas é o mais urgente nas próximas horas O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) de Macau definiu a recolha do lixo como prioridade “número um” nas próximas 24 horas face à aproximação de nova tempestade tropical, lançando apelos à população para cooperar. [dropcap style≠’circle’]”A[/dropcap] higiene é, neste preciso momento, o ponto fulcral no nosso trabalho”, afirmou, na noite de sexta-feira, o presidente do IACM, José Tavares, sublinhando a importância de se “aproveitar as tais 24 horas douradas para recolher o máximo de lixo possível e desinfetar o máximo possível”, dado que a situação se vai “complicar” com a aproximação da tempestade tropical Pakhar. A nova tempestade tropical deve atingir Macau no domingo, sem que os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) afastem a possibilidade de içar o sinal 8 (numa escala máxima de 10) quatro dias após a passagem do tufão Hato que provocou dez mortos e mais de 240 feridos, segundo o mais recente balanço. “Se a higiene e limpeza não estiverem bem feitas, o novo tufão que vier só vai disseminar mais a contaminação, por isso, o nosso objetivo neste presente momento é recolha de lixo e fazer o melhor possível”, insistiu. Só na quinta-feira foram recolhidas 1.500 toneladas de lixo, “mais 700 do que é o normal”, enfatizou José Tavares que falava numa conferência de imprensa que juntou, entre outros, a Proteção Civil. As dificuldades relacionadas com o processamento do lixo verificam-se em toda a linha — da recolha, ao transporte até ao tratamento. Não obstante as “tarefas constantes” e os “reforços” — nomeadamente de centenas de voluntários ou dos militares da Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo chinês que participaram em trabalhos de resposta à catástrofe — José Tavares observou que “é preciso uma certa cooperação por parte do público”. “Sem essa cooperação a nossa tarefa torna-se muito mais difícil, portanto, esta nova ideia que lançamos agora de manter 40 pontos diferentes de recolha de lixo é para facilitar”, realçou o presidente do IACM, após o anúncio na conferência de imprensa dessa medida. Assim, as pessoas saberão onde colocar o lixo, sendo que nessas zonas estarão ainda “alguns contentores com rodas para facilitar o transporte”, ou seja, a pessoa pode empurrar o contentor até junto da sua casa/loja, por exemplo, depositar o lixo no interior, e conduzi-lo de volta ao local definido como um desses novos “pontos”. “O que estamos a ver agora é que há uma propagação de lixo. Porquê? Porque as pessoas apenas despejam para a rua”, salientou José Tavares, descrevendo o cenário registado nomeadamente no Porto Interior, uma das zonas afetadas pelas inundações, onde os produtos que ficaram molhados foram atirados para a rua “sem qualquer critério”. Neste sentido, o presidente do IACM apelou à população para cooperar de modo a que se possa “restabelecer a normalidade”.
Hoje Macau SociedadeTufão: DSAMA diz que “grande parte da cidade” voltou a ter água canalizada [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços dos Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA) afirma em comunicado que “grande parte da cidade” recuperou o abastecimento de água, com a excepção de “alguns locais e edifícios altos devido à falta de pressão ou falha da bomba de água”. “A fim de garantir o abastecimento aos residentes e reduzir a necessidade de retirar das bocas de incêndio, o Governo de Guangdong disponibiliza ao Governo da RAEM viaturas de abastecimento temporário de água, prevendo que cheguem esta tarde às várias zonas afectadas e assim prestar apoio à população”, lê-se ainda no comunicado. A DSAMA aponta ainda que, de momento, “não se prevê qualquer medida de suspensão de abastecimento de água em toda a cidade e a qualidade da mesma corresponde às normas de segurança exigidas.” É ainda referido que “os cidadãos não devem acreditar em rumores infundados”.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão Pakhar | Içado sinal 1 de nova tempestade [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] sinal 1 de tempestade, o mais baixo numa escala de 10, foi esta manhã içado em Macau, devido à aproximação do tufão Pakhar, três dias após o Hato ter feito dez mortos. De acordo com a página dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), o sinal foi içado às 11:30, localizando-se nessa altura a cerca de 780 quilómetros de Macau. A tempestade encaminhava-se para a costa oeste da província de Guangdong. A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10. Hoje, a Direção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transporte emitiu um comunicado apelando aos cidadãos para que procedam “com a maior brevidade possível à reparação das janelas danificadas e a consolidação das instalações exteriores na fachada, de modo a evitar mais estragos no interior das casas devido a ação da chuva e do vento, e eliminar os riscos subjacentes”. Na sexta-feira, quando já se previa a chegada do Pakhar, os SMG explicaram à Lusa que a tempestade deve passar próxima de Macau às 12:00 (05:00 em Lisboa) de domingo. Previam-se “altas possibilidades de ser içado sinal superior” ao 1, mas a subida até ao 8 era ainda improvável, apesar de não descartada. “Devido à incerteza da trajetória e força da tempestade tropical não está descartada” essa hipótese”, caso o tufão “se desvie mais para oeste, ou seja, para próximo de Macau”, ressalvou na altura a porta-voz dos SMG, Vera Varela. O Pahkar deve ‘tocar’ terra entre Zhanjiang (na província vizinha de Guangdong) e Macau. As autoridades alertam para riscos de inundação e aceleraram a recolha do muito lixo disperso pelas ruas devido ao impacto do tufão Hato, que atingiu a cidade na quarta-feira e deixou um rasto de destruição. Na quinta-feira o Governo anunciou que o diretor dos SMG apresentou demissão. O seu serviço tem sido alvo de duras críticas devido ao ‘timing’ do hastear dos sinais de tufão, que, consoante a intensidade, permitem ativar uma série de medidas, como encerramento de escolas e serviços públicos. Na sexta-feira, a substituta de Fong, Florence Leong, indicou que “a possibilidade de se içar o sinal 03 no domingo é de 70%”. Leong disse considerar ser necessário melhorar a prevenção e a comunicação nos alertas à população, mas sem alterar o funcionamento deste departamento. “Vamos rever o mecanismo e melhorar os nossos trabalhos de previsões”, relativamente à nova tempestade tropical Pakhar.
Hoje Macau Manchete SociedadeAbastecimento de água normalizado daqui a “um ou dois dias” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Macau Water acaba de emitir um comunicado onde aponta que “o reabastecimento de água em Macau [deverá] voltar à normalidade dentro de um ou dois dias”. “Após a reparação das instalações afectadas da Estação de Tratamento de Águas da Ilha Verde, uma bomba de água voltou a falhar. Contudo, aquela Estação já se encontra em condições mínimas de voltar a entrar em funcionamento, ou seja, o reabastecimento de água deverá voltar, de forma gradual, à normalidade. Porém, é necessário tempo para estabilizar a pressão de água.” Foi feita a instalação de oito postos de abastecimento de água de emergência, que estão situados nos seguintes locais: Beco do Padre António Roliz Rotunda de Carlos da Maia Zona entre a Avenida de Horta e Costa e a Rua de Manuel de Arriaga Zona entre a Travessa da Barca e a Rua de Manuel de Arriaga Entrada principal do Edifício Mong Sin, bloco 1, na Avenida de Venceslau de Morais Junto ao McDonald’s do Fai Chi Kei Junto à passagem superior para peões do One Oasis Cotai South de Seac Pai Van Entre os blocos 1 e 2 do Supreme Flower City. A península de Macau continua a ser a área mais afetada, mas a agência Lusa também confirmou a existência de casas sem água na Taipa e em Coloane. A origem do problema na península está na estação de tratamento de águas da Ilha Verde. Fonte da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM) disse à Lusa esta manhã que, apesar de a estrutura ter sido reparada na noite de quinta-feira, estima-se que entre 10 a 15% da população não tenha água, ressalvando que se trata de um número pouco preciso. A mesma fonte alertou para a elevada probabilidade de o abastecimento total só ser conseguido no sábado. “Se tivermos sorte há uma oportunidade de ficar solucionado à meia-noite. [Mas] não há garantias para hoje”, disse. A dificuldade em determinar quantas pessoas estão ainda com os canos a seco prende-se com o volume reduzido de água que está a ser fornecido. Assim, há prédios já com água, mas a falta de pressão impede-a de chegar aos andares mais elevados, disse a mesma fonte. Duas das três estações de tratamento de água voltaram a funcionar pelas 19:00 no dia do tufão, mas a estação da Ilha Verde, que abastece mais de metade da península de Macau, ficou danificada e apenas na quinta-feira à noite foi reparada. As reparações das duas bombas de água da estação permitiram que se recomeçasse “parcialmente o abastecimento de água, com várias zonas da cidade a recuperar gradualmente”, de acordo com um comunicado enviado esta manhã pelo Centro de Proteção Civil. Luz ainda a meio gás Em termos de fornecimento de energia, a Companhia de Eletricidade de Macau (CEM) informou que às 10:00 de hoje 5.500 de clientes estavam ainda sem luz, 2,2% do total, nas zonas da Almeida Ribeiro, Fai Chi Kei e Ilha Verde. “Como 36 postos de transformação foram seriamente danificados pelas inundações, vai ser necessário mais tempo para substituir as instalações. Estamos a colocar todos os nossos esforços de modo a completar a reparação ainda hoje”, de acordo com um comunicado da empresa. Esta manhã, o Centro de Proteção Civil disse que continua a acompanhar os técnicos das companhias da água, electricidade e telecomunicações que procedem a trabalhos de recuperação dos respectivos serviços.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: IC vai analisar quase duas dezenas de monumentos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Hato também causou estragos em alguns monumentos, tal como a Fortaleza da Guia, incluindo a capela e as galerias subterrâneas, o edifício da Rua das Estalagens dedicado a Sun Yat-sen, a Casa de Penhores na avenida Almeida Ribeiro ou o Centro Ecuménico Kun Iam, entre outros. Outros locais como o Armazém do Boi, que já sofria com a antiguidade das instalações, também foram afectados. No total, foram quase duas dezenas a ser danificados. Segundo o IC, estes espaços vão fechar portas por tempo indeterminado, sendo que “os detalhes da reabertura dos locais acima referidos será anunciada posteriormente”. Será “executada uma fiscalização e recuperação mais aprofundadas, sendo as mesmas reabertas o mais breve possível após a conclusão dos devidos trabalhos”. Hoje estão abertos ao público locais como a Casa do Mandarim, a Casa de Lou Kau, as Ruínas de São Paulo ou o Museu de Arte de Macau, entre outros espaços. “O Conservatório de Macau e as três escolas reentrarão em funcionamento normal”, sendo que “o Teatro Dom Pedro V abre ao público mas de forma limitada”, aponta o IC. O organismo vai ainda retirar “objectos indesejáveis” da Academia Jao Tsung-I e do Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau, pelo que estes espaços vão fechar portas hoje e amanhã. Bibliotecas danificadas As bibliotecas públicas estiveram ontem fechadas ao público devido à “realização de trabalhos de inspecção em detalhe e limpeza”, sendo que a “maioria” abre hoje portas. “Devido à influência do tufão, as bibliotecas do Patane, Mercado Vermelho, de Coloane e a biblioteca itinerante estão seriamente danificadas, sendo as suas datas de reabertura serão anunciadas posteriormente”, informa o IC. Encontram-se ainda encerradas ao público as bibliotecas localizadas nos parques, como é o caso das bibliotecas do Jardim Comendador Ho Yin, de Wong Ieng Kuan no Parque Dr. Sun Yat Sen e biblioteca de Wong Ieng Kuan no Jardim Luís de Camões. Os parques em questão também se encontram encerrados.
João Luz SociedadeAnálise | As deficiências de construção dos prédios de Macau O tufão de quarta-feira colocou a nu problemas de base da construção de Macau. Apesar dos regulamentos exigentes, a precariedade foi visível e revelada pelos muitos apartamentos destruídos depois das janelas terem cedido à pressão provocada pelos ventos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau é desde quarta-feira uma cidade repleta de vidros partidos, muitos deles provenientes de janelas que não aguentaram a pressão dos ventos do tufão. Além de espalhar vidro pelas ruas, esta situação trouxe o Hato para dentro de muitas casas. Esta situação releva um problema estrutural de construção, que se verificou inclusive em prédios recentes como o One Oasis, onde os danos foram consideráveis. Algumas janelas estilhaçaram-se devido a detritos, mas uma grande parte cedeu com a pressão e força do vento. Quanto às razões para esta situação, Tiago Pereira, engenheiro civil, interpreta que “ou o vidro não era adequado, ou foi problema de armação, de caixilharia”. Neste capítulo importa referir que as exigências da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes são mais dirigidas para as superestruturas dos edifícios, relegando a responsabilidade para o construtor de tudo quanto é acessório, onde se incluem as janelas. “É suposto as janelas resistirem a isto, não é suposto as pessoas terem de andar a colar fita-cola, é suposto que as janelas resistam a esta pressão do vento”, explica Tiago Pereira. Entre problemas de material ou de projecto, o facto é que muitos residentes de Macau ficaram com as suas casas num caos total. Na opinião dos especialistas ouvidos pelo HM, as caixilharias e o reforço com vidros duplos capazes de aguentar pressões de ventos fortes fazem parte das respostas que deveriam ser dadas nos edifícios danificados. Seguros contra todos Não é por falta de legislação ou regulamentos que a qualidade da construção em Macau é má. Aliás, as leis do território para combater a acção do vento impõem exigências mais apertadas do que em Hong Kong. Porém, falta fazer cumprir a lei. Outra das questões que se impõe rever diz respeito aos seguros contra tufões. Neste domínio, as seguradoras protegem os seus interesses impondo valores incomportáveis. Em Portugal, por exemplo, a lei impõe a compra de um seguro contra sismos o que leva o construtor a cumprir critérios rigorosos de construção. Ora, por cá até assegurar um automóvel contra danos provocados por tufões sai caro. “Apesar de haver muitos tufões em Macau, quase nunca são tão graves como este, então as pessoas acabam por optar não contrair seguros contra tufões”, explica João Palla, arquitecto, acrescentando ainda que os escalões praticados “não são razoáveis”. Esta situação abre o problema complicado de saber quem tem responsabilidades por estes danos. Se o proprietários, ou o construtor. Quando se pede uma licença de obra é necessário juntar a declaração de responsabilidade do construtor e do director técnico da obra e seguro. O técnico da obra é responsável durante os primeiros cinco anos depois da licença de utilização. Além destes mecanismos, as janelas são calculadas, o fornecedor do material procede ao ensaio para certificar a resistência à pressão imposta pela legislação e, finalmente, são aprovadas. Estas regulações são cumpridas, pelo menos nos projectos do Governo, segundo fonte ouvida pelo HM. João Palla considera que em Macau “há uma situação de luxo aparente que não é proporcional à sua qualidade construtiva, principalmente quando comparamos com os padrões de qualidade de Hong Kong ou da Europa”. O arquitecto entende que “uma cidade como esta, vulnerável a tufões, com os códigos e regulamentos de construção e exigências normativas, tem de equipar os edifícios com melhores caixilharias, isolamento térmico, vidros e portas”. As consequências do Hato não foram uma surpresa para João Palla, que vê na catástrofe um possível momento de aprendizagem. Mas para isso algo tem de mudar. “Isto não pode ficar assim, isto tem de ser debatido, em termos de construção as coisas têm de andar para frente, porque ainda construímos como se construía há 30 anos atrás”, conta o arquitecto.
João Luz SociedadeCaritas precisa de voluntários para apoiar famílias em necessidade [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a sequência dos cortes de energia, muitas pessoas ficaram presas em casa sem acesso a comida ou água. Na zona do Fai Chi Kei, o tufão deixou muitos idosos isolados. Um grupo de voluntários prestou-se a levar-lhe as primeiras duas refeições de ontem, sobrando apenas o jantar. Precisavam de seis centenas de refeições, pedido respondido por alguns empresários da restauração. Este exemplo ilustra um pouco do que se tem passado em Macau desde que o Hato assolou o território. A Caritas, também a braços com os danos, tem estado na linha da frente a apoiar quem precisa. “Neste momento, estamos a contactar aqueles que recorrem aos nossos serviços, levando refeições, auxiliando pessoas isoladas e prestando apoio psicológico às vítimas”, conta Alan Oho da Caritas. A instituição ainda está a quantificar os danos que os seus equipamentos sofreram, mas houve veículos para transporte de pessoas em cadeiras de rodas que foram atingidos por árvores e detritos. Também a Santa Casa da Misericórdia sofreu danos, principalmente na loja social da Ilha Verde que ficou inundada tendo sido destruídos todos os cabazes alimentares que estavam prontos para ser distribuídos daqui a uma semana. Mais ajuda Alan Oho, da Caritas, confessa que a instituição atravessa uma fase em que precisa de ajuda. “Estamos a tentar angariar voluntários que possam complementar o nosso pessoal para ajudar as famílias”. O funcionário da Caritas conta que um dos maiores problemas é fazer chegar a ajuda a pessoas com problemas de mobilidade que ficam presas em edifícios em elevadores, como o caso de um casal que usa cadeiras de rodas e vive num 21º andar. Uma das situações mais dramáticas que Alan Oho enfrentou na noite de quarta-feira foi a necessidade de ter de ir buscar três idosos ao hospital depois de feita a hemodiálise. “Passámos por áreas cheias de vidros e detritos, chapas de metal, pedaços de árvores, eu, que sou um condutor experiente, senti-me muito inseguro”, conta. Apesar da incerteza do que se lhes deparava pelo caminho, conseguiram transportar os idosos de regresso ao lar. A etapa seguinte foi transportá-los ao longo de seis lances de escadas. Se por um lado o Hato trouxe ao de cima alguma das melhores características das gentes de Macau, também houve o reverso. Com a água potável a escassear nas prateleiras dos supermercados, houve quem pusesse à venda duas garrafas de água pela módica quantia de 150 patacas.
Andreia Sofia Silva SociedadeCasinos | Sinal 8 de tufão foi içado tarde demais, diz Cloee Chao [dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]avia suspeitas, mas a verdade é que os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) só decretaram o sinal 8 de tempestade tropical às 9h00 de quarta-feira, o que fez com que muitos trabalhadores do jogo se apresentassem ao serviço. É esta a ideia de Cloee Chao, presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo. Ao HM, a responsável considera que o Governo reagiu de forma errada em resposta aos danos causados pelo tufão Hato, tendo adiantado que este não é caso único. “O sinal 8 não é içado com base na realidade e na necessidade. Em vez disso, é içado segundo um tempo bem organizado em prol dos benefícios das operadoras de jogo”, defendeu Cloee Chao. Cloee Chao aproveitou ainda para divulgar a carta que enviou ontem à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), onde se manifestou contra as regras adoptadas pelas operadoras de jogo em períodos de tufões. “Toda a gente sabia o que ia acontecer na quarta-feira, mas as operadoras de jogo alertaram os trabalhadores de que, caso não viessem trabalhar, iriam tratar o caso como se fosse uma falta ou dia de férias sem remuneração”, apontou. Casinos reagem Entretanto, as operadoras de jogo MGM e Melco Crown já reagiram ao tufão Hato que levou ao inédito encerramento dos casinos. “As operações no Cotai continuam a decorrer normalmente”, aponta a Melco Crown, que lembra as dificuldades de acesso ao local de trabalho na manhã de quarta-feira. “Compreendemos que os nossos empregados passaram por dificuldades para chegar ao trabalho devido aos impactos do tufão. Para mostrarmos o nosso apoio, vamos ser flexíveis nos horários de entrada nos próximos dias.” Também a MGM afirma ter vindo a trabalhar com o Executivo para “restaurar as operações e proteger os nossos trabalhadores e hóspedes”. “Registamos alguns danos no edifício de pequena dimensão, mas acreditamos que não vai ter qualquer impacto no nosso regresso às operações”, apontou ainda a operadora. Entretanto, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) disse estar “a prestar estreito acompanhamento sobre os assuntos de indemnizações [a trabalhadores], tendo mantido contactos com a Associação de Seguradoras de Macau”.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão Hato: Exército chinês ajuda na limpeza das ruas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês vai participar nos trabalhos de resposta à catástrofe causada pela passagem do tufão Hato, uma medida inédita desde a transferência de soberania, em 1999. “A partir de hoje, a Guarnição em Macau, em conjugação de esforços com o Governo e a população, prestará apoio nos diversos trabalhos construtivos e de socorro”, informa o gabinete do porta-voz do Executivo em comunicado. O tufão Hato, que atingiu Macau na quarta-feira e foi o pior dos últimos 50 anos, fez nove mortos e 244 feridos, segundo o balanço oficial mais recente, divulgado hoje. O tufão levou o chefe do Executivo, Chui Sai On, na quinta-feira a pedir desculpas à população, reconhecendo que as medidas tomadas não foram suficientes. Em comunicado, o gabinete do porta-voz do Governo indica que Pequim “autorizou o auxílio da Guarnição em Macau nas acções de socorro em período pós-catástrofe”. Ao abrigo da Lei do Estacionamento de Tropas na Região Administrativa Especial de Macau, o Governo “pode, quando necessário, pedir ao Governo Popular Central o auxílio da Guarnição em Macau, para manter a ordem pública ou acorrer a calamidades”. Os militares da Guarnição do Exército de Libertação do Povo Chinês (ELP) estão a realizar trabalhos de limpeza em pelo menos duas zonas da cidade, uma na península de Macau e outra na ilha da Taipa.
Hoje Macau Manchete SociedadeProtecção Civil garante não haver pessoas retidas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] comandante Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), Leong Iok Sam, afirmou terem já terminado os trabalhos de socorro e salvamento no edifício Classic Bay, estando a decorrer nos parques de estacionamento subterrâneos em outros três edifícios. “Até ao momento, não encontraram ninguém ali retido”, aponta um comunicado. O director do Corpo de Policia de Segurança Pública (CPSP), Leong Man Cheong, afirmou que todos postos fronteiriços já se encontram a funcionar e que o trânsito nas principais artérias da cidade já circula praticamente dentro da normalidade, desde esta manhã. Leong Iok Sam revelou que, conforme a informação recolhida até às 16h30, o COPC recebeu 432 relatórios de incidentes, relacionados com queda de reboco, reclamos, toldos e janelas em iminência de queda, andaimes de bambu, e ainda de cabos eléctricos e árvores,. Houve 47 casos de inundações e 75 casos de pessoas que ficaram retidas em elevadores. A passagem do tufão por Macau provocou mais de 244 feridos, oito mortos, um dos quais num acidente de viação, sendo que as restantes foram vítimas do tufão e inundações. O mesmo comunicado aponta que o CPSP tem trabalhado 24 sob 24 horas “no sentido de remover todos os objectos”. PSP, bombeiros e IACM “estão a dividir tarefas com o objectivo de acelerar a remoção dos mesmos o mais rápido possível”. O responsável do CPSP afirmou ainda que “várias associações de construção e empresas tomaram a iniciativa de conceder equipamentos de remoção de objectos de grande porte, por forma a apoiar as autoridades na limpeza dos objectos que estão obstruir as ruas”. Leong Man Cheong disse ainda que “vários semáforos continuam a não estar a funcionar dentro da normalidade, tendo sido mobilizado mais pessoal, nas ruas principais, para ajudar na sinalização”. Foram destacados agentes para “manter a ordem pública na cidade”, sobretudo nas zonas onde ainda falta água e luz. Estão a ser realizadas operações de salvamento em vários parques de estacionamento.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Desaparecidos 40 gatos da ANIMA [dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uarenta gatos desapareceram das instalações da Sociedade Protetora dos Animais de Macau (Anima) na sequência da passagem do tufão Hato, que fez oito mortos, disse à Lusa o presidente da organização. Segundo as estimativas da Anima, aproximadamente 80 gatos tinham fugido das instalações, na ilha de Coloane, na quarta-feira, na sequência da passagem do tufão, o mais forte em 50 anos, calculando-se agora que cerca de 40 continuavam desaparecidos. “O número total é 290 e temos 250” agora, disse à Lusa o presidente da Anima, Albano Martins, a partir de Portugal, por volta das 09:00. A queda de árvores de grande porte nas instalações da Anima colocou os animais “em risco”, mas não houve qualquer acidente, disse Albano Martins, dando conta de que também houve cães que escaparam, depois de uma vedação se ter partido, mas que regressaram.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: DST não detectou especulação nos preços dos hotéis [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) emitiu ontem um comunicado onde aponta que, até ao momento, não foram registados casos de especulação nos preços dos quartos de hotel, apesar dos vários relatos que existem nas redes sociais nesse sentido. A entidade, dirigida por Helena de Senna Fernandes, “não detectou até ao momento estabelecimentos hoteleiros a praticar preços mais elevados do que os reportados à DST pelos hotéis e pensões”. Contudo, a DST “detecto alguns portais de reservas de quarto online com subidas de preços”. “A DST irá continuar a verificar os preços dos quartos praticados pelos hotéis e caso detecte infracções, sancionará de acordo com os regulamentos”, lê-se ainda. Do total de 64 hotéis, classificados de três a cinco estrelas, há ainda seis estabelecimentos que não têm água nem luz, sendo que oito hotéis estiveram incontactáveis. “Devido à maior parte das pensões estar localizadas nas zonas mais afectadas pela passagem do tufão, a maior parte não tem abastecimento de água ou de electricidade.” Um total de 329 excursões chegaram ontem ao território, quando as ruas estavam ainda cheias de árvores caídas e sem um sistema de transportes normalizado. A DST alerta que “alguns itinerários poderão sofrer alterações devido ao impacto a vários níveis resultante da passagem do tufão”. Até ao momento registaram-se 11 casos “referentes a inquéritos, queixas e sugestões relativas a itinerários turísticos, serviço de táxis e autocarros, de devolução de bilhetes de espectáculo, serviços de agências de viagem e hotéis”. Nenhuma das queixas se referiu aos preços dos quartos de hotel.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Caixas de electricidade danificadas no Fai Chi Kei e Porto Interior [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Companhia de Electricidade de Macau (CEM) explica que tem vindo a normalizar o fornecimento de energia nas últimas horas. No entanto, “nas zonas do Porto Interior e Fai Chi Kei, devido aos danos causados pelas inundações, que danificaram as caixas de electricidade, a CEM irá trabalhar para retomar o abastecimento prevendo uma recuperação progressiva”. Não há, por enquanto, novas informações sobre o assunto. Entretanto o Instituto de Acção Social (IAS) garante estar atento à “situação de vida de alguns grupos sociais vulneráveis que se deparam com o corte de fornecimento de electricidade e de água”, tendo sido accionado o mecanismo de resposta a situações de crise. O IAS afirma que “será intermitente a recuperação do fornecimento de água e de electricidade para os equipamentos sociais” como o Complexo de Serviços de Apoio à Juventude e Família “Pou Tai”, na Taipa, o espaço Fonte da Esperança, também na Taipa, o Lar de Estrela da Esperança do Sheng Kung Hui, a Casa de Petisco “Sam Meng Chi”, a Casa do Arco-Íris Esplendoroso, na Areia Preta, o Centro de Santa Lúcia, na Estrada de Nossa Senhora de Ká-Hó, Coloane. Há também falhas de fornecimento de água e luz no Lar São Luís Gonzaga e no Centro de Santa Margarita, ambos na Taipa. “O IAS está a empenhar-se na coordenação com as instituições particulares de serviços sociais, de forma a que estas enviem os respectivos trabalhadores ao domicílio dos grupos sociais vulneráveis com necessidades urgentes, prestando-lhes a respectiva assistência”, afirma ainda.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Aulas na EPM começam a 6 de Setembro, apesar dos estragos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vice-presidente da Escola Portuguesa de Macau disse hoje à agência Lusa que as aulas vão começar, conforme previsto, a 6 de setembro, apesar da destruição causada na quarta-feira pela passagem do tufão Hato. Este foi o tufão mais forte dos últimos 50 anos a atingir Macau, tendo causado oito mortos no território, segundo o mais recente balanço das autoridades, hoje divulgado. “[O ano letivo] vai começar no dia 6 de setembro, porque nós vamos conseguir preparar tudo para que [as aulas] se iniciem nesse dia”, afirmou Zélia Baptista. “Os alunos podem não ter todas as comodidades que costumavam ter. Por exemplo, os jardins vão ficar vedados, mas tanto as salas de aula como os pátios de recreio vão ficar operacionais “, sublinhou. A vice-presidente admitiu que “poderá não haver cantina” no arranque das aulas, mas garantiu que, a confirmar-se, essa situação “será comunicada atempadamente aos pais “. A cantina, explicou, “ficou toda estilhaçada e neste momento está a ser difícil arranjar operários para trabalhar a esse nível, principalmente por causa dos vidros”, que ficaram destruídos com o tufão, afirmou. Zélia Baptista observou que ainda não é possível quantificar os estragos, que “foram avultados”, em termos monetários. “Temos na parte exterior da escola dois jardins que estavam vedados por muros. Os muros caíram e agora a escola está desprotegida. Qualquer pessoa pode entrar, portanto, essa é uma das nossas prioridades: tapar o local onde estavam os muros para dar privacidade e segurança à escola e posteriormente repor tudo o que lá estava”, disse. De forma a manter a data do arranque do ano letivo, é preciso “libertar primeiro a escola dos destroços” e depois criar condições nas salas de aula para que “estejam operacionais no dia 06”. “E isso é possível porque não houve muita destruição nas salas. A sala de música e uma das salas de informática é que estão um pouco mais danificadas”, observou. Zélia Baptista deixou ainda uma palavra de agradecimento aos pais e alunos que se mostraram solidários com a escola e “manifestaram disponibilidade para ajudar no que for necessário”. No entanto, disse que a escola ainda não recorreu a essa ajuda, porque primeiro era necessário retirar o entulho. Na Escola Portuguesa, o tufão destruiu dois muros exteriores que estavam a delimitar dois jardins, incluindo um onde o artista português Vhils criou um mural no final de maio. Quase todas as árvores nos pátios da escola foram arrancadas pelo vento, e duas, que apresentam risco de queda, têm de ser cortadas, para garantir a segurança dos alunos, segundo Zélia Baptista. O rasto de destruição inclui estragos nos ares condicionados e sistemas de ventilação, muitas janelas e algumas portas partidas, sobretudo na ala mais nova das instalações, junto ao hotel Grand Lisboa, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Ligações marítimas restabelecidas, mas com limitações [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s ligações marítimas a partir de Macau foram restabelecidas hoje, ainda com serviços limitados, devido aos danos em dois terminais, causados pelo tufão Hato, o mais forte dos últimos 50 anos a atingir o território. “A situação é muito má, as instalações estão quase todas danificadas. Desde ontem à tarde [quarta-feira] começámos a reparação e conseguimos hoje de manhã dois lugares de atracação para recuperar a navegação”, disse Susana Wong, diretora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA, antiga Capitania). No terminal do Porto Exterior, em Macau, as ligações foram restabelecidas pelas 07:00 (00:00 em Lisboa) e no terminal da Taipa pelas 10:15. No entanto, as ligações são “limitadas”. “Os pontões de atracação têm de ser bem verificados antes de começarem a funcionar novamente. Penso que tem de ser gradualmente”, explicou. Hoje, o Centro de Operações de Proteção Civil (COPC) informou também que a última das três fronteiras terrestres que se mantinha fechada, o Posto Fronteiriço da Flor de Lótus, no Cotai [faixa de casinos entre as ilhas da Taipa e de Coloane], reabriu às 14:00. As autoridades informaram ainda que dois centros de ação social foram fechados para se procederem a ações de reparação urgente e de arrumação.