Esquema fraudulento de 55 milhões no Interior recorreu à marca Wynn Macau

[dropcap]A[/dropcap] Polícia da cidade de Qingzhen, na província de Guizhou, desmantelou uma rede criminosa que no espaço de 15 dias burlou mais de 200 pessoas num montante superior a 55 milhões de yuan, ou seja 63,5 milhões de patacas. A informação foi avançada ontem pela agência estatal China News e a marca Wynn Macau foi utilizada para cometer o crime.

De acordo com a informação da polícia do Interior, um grupo liderado por sete indivíduos criou uma aplicação móvel para investimentos online denominada Wynn Macau, a imitar a concessionária da RAEM. Porém, a empresa identificada como proprietária da aplicação em nada estava associada a Macau.

Apesar desse aspecto, mais de 200 pessoas foram enganadas em pouco mais de 15 dias, o que gerou perdas superiores a 63,5 milhões de patacas. As vítimas eram convidadas para este investimento através de grupos de conversação na aplicação WeChat. Às pessoas que abrissem uma conta na aplicação móvel Wynn Macau eram prometidos retornos avultados e rápidos.

Segundo o relato de uma das vítimas, após o primeiro investimento os retornos prometidos foram cumpridos. Este facto fez com que a vítima não só aumentasse o seu investimento como ainda levasse outras pessoas a aderirem à aplicação móvel.

Operação em vários sítios

Na sequência do convite, o grupo de quatro pessoas fez um investimento superior a 250 mil yuan. No entanto, após terem depositado o montante na aplicação começaram a sentir problemas a iniciar a sessão e ficaram impedidos de levantar o montante depositado. Foi por isso que apresentaram queixa junto das autoridades.

Ontem, e depois de uma investigação com alguns meses, a polícia procedeu à detenção dos sete líderes do grupo e à apreensão de 250 mil yuan roubados e duas viaturas das marcas Volkswagen e BMW.

Após serem detidos, os cabecilhas admitiram ter cometido o crime e explicaram que a estratégia para atrair montantes elevados passava por pagar retornos rapidamente nos primeiros investimentos também de forma a conseguir a confiança das vítimas.

A China News avança ainda que a investigação foi altamente complexa uma vez que a diferente proveniência das vítimas levou a buscas em várias locais da China além de Guizhou, como Cantão, Hunan, Shenzhen, entre outros.

9 Jan 2020

Pneumonia de Wuhan | Governo garante poderes para forçar quarentena

Leong Iek Hou, médica, pediu à população para não ficar nervosa uma vez que ainda não existem provas que a pneumonia de Wuhan se possa transmitir entre humanos

 

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades têm poderes para forçar qualquer turista a ser colocado de quarentena, mesmo que este se oponha. A garantia foi deixada por Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, na manhã de ontem em entrevista ao canal chinês da Rádio Macau.

Segundo a profissional dos Serviços de Saúde, o Governo já tem as leis necessárias para exigir que turistas, ou mesmo residentes, façam exames médicos caso se desconfie de infecções contagiosas. Leong Iek Hou explicou igualmente que as pessoas que apresentem sintomas de febre e tenham estado nos últimos 14 dias na cidade de Wuhan vão ser obrigadas a fazer todos os testes necessários de forma a garantir a segurança pública.

Os responsáveis do Governo estiveram no programa da manhã da TDM a responder às dúvidas dos ouvintes e explicar as diferenças entre a legislação da RAEM e da RAEHK. No caso de Hong Kong, o Executivo não tem ainda mecanismos para forçar os pacientes a serem colocados de quarentena, o que gerou preocupação entre os residentes de Macau.

No entanto, o coordenador do Centro de Controle de Doenças, Lam Chong, clarificou que a lei local permite que as medidas de quarentena e exames forçados sejam adoptadas no caso de se registarem “situações susceptíveis de pôr em risco ou causar prejuízos à saúde individual ou colectiva”.

Sobre as medidas de prevenção, Lam Chong desvalorizou a utilização de máscaras por considerar que a maior parte das que se encontra à venda não permitir evitar a contaminação. O profissional de saúde admitiu que máscaras do tipo N95 podem ser eficazes, mas que estas se destinam principalmente à utilização médica. Ainda em relação a medidas de prevenção, Lam Chong apontou que face às máscaras, a limpeza dos espaços e a lavagem das mãos podem ser mais eficazes.

Sem provas

Por sua vez, o jornal Exmoo cita a médica Leong Iek Hou a pedir à população para não ficar nervosa uma vez que não há provas que a pneumonia de Wuhan seja transmissível entre humanos.

A profissional de saúde afirmou também que as pessoas com boa saúde não precisam de utilizar máscaras, a não ser no caso de se deslocarem a zonas de “alto risco”.

Segundo os dados das autoridades do Interior citados pelo Centro de Controlo de Doença até domingo tinham sido registados 59 casos da pneumonia de Wuhan, entre os quais sete eram graves. A maioria dos pacientes tinham apresentado melhorias, apesar de se desconhecer a origem da doença.

Também ontem foi revelado pelo Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida que a mulher que se encontrava em quarentena com sintomas de gripe teve alta. De acordo com as informações, a mulher não apresentava febre há dois dias, apenas tosse.

Desde o início do ano foram registados oito casos de pessoas em Macau com sintomas de febre que tinham estado em Wuhan. Todas acabaram por ter alta, depois de se excluir a relação com a pneumonia.

Governo nega que máscaras estejam esgotadas

Os Serviços de Saúde emitiram ontem um comunicado a negar que as máscaras estejam esgotadas nas farmácias do território, depois de começar a circular um rumor nesse aspecto. De acordo com os números apresentados, a maioria das 294 farmácias tinha máscaras consideradas em número “suficiente” e apenas oito por cento tinham esgotado este produto, ou seja, cerca de 24 estabelecimentos. O Governo enfatizou também que as pessoas sem complicações de saúde não necessitam de utilizar máscara e que o cuidado principal é prestarem atenção à higiene pessoal.

9 Jan 2020

Pneumonia de Wuhan | Governo garante poderes para forçar quarentena

Leong Iek Hou, médica, pediu à população para não ficar nervosa uma vez que ainda não existem provas que a pneumonia de Wuhan se possa transmitir entre humanos

 
[dropcap]A[/dropcap]s autoridades têm poderes para forçar qualquer turista a ser colocado de quarentena, mesmo que este se oponha. A garantia foi deixada por Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, na manhã de ontem em entrevista ao canal chinês da Rádio Macau.
Segundo a profissional dos Serviços de Saúde, o Governo já tem as leis necessárias para exigir que turistas, ou mesmo residentes, façam exames médicos caso se desconfie de infecções contagiosas. Leong Iek Hou explicou igualmente que as pessoas que apresentem sintomas de febre e tenham estado nos últimos 14 dias na cidade de Wuhan vão ser obrigadas a fazer todos os testes necessários de forma a garantir a segurança pública.
Os responsáveis do Governo estiveram no programa da manhã da TDM a responder às dúvidas dos ouvintes e explicar as diferenças entre a legislação da RAEM e da RAEHK. No caso de Hong Kong, o Executivo não tem ainda mecanismos para forçar os pacientes a serem colocados de quarentena, o que gerou preocupação entre os residentes de Macau.
No entanto, o coordenador do Centro de Controle de Doenças, Lam Chong, clarificou que a lei local permite que as medidas de quarentena e exames forçados sejam adoptadas no caso de se registarem “situações susceptíveis de pôr em risco ou causar prejuízos à saúde individual ou colectiva”.
Sobre as medidas de prevenção, Lam Chong desvalorizou a utilização de máscaras por considerar que a maior parte das que se encontra à venda não permitir evitar a contaminação. O profissional de saúde admitiu que máscaras do tipo N95 podem ser eficazes, mas que estas se destinam principalmente à utilização médica. Ainda em relação a medidas de prevenção, Lam Chong apontou que face às máscaras, a limpeza dos espaços e a lavagem das mãos podem ser mais eficazes.

Sem provas

Por sua vez, o jornal Exmoo cita a médica Leong Iek Hou a pedir à população para não ficar nervosa uma vez que não há provas que a pneumonia de Wuhan seja transmissível entre humanos.
A profissional de saúde afirmou também que as pessoas com boa saúde não precisam de utilizar máscaras, a não ser no caso de se deslocarem a zonas de “alto risco”.
Segundo os dados das autoridades do Interior citados pelo Centro de Controlo de Doença até domingo tinham sido registados 59 casos da pneumonia de Wuhan, entre os quais sete eram graves. A maioria dos pacientes tinham apresentado melhorias, apesar de se desconhecer a origem da doença.
Também ontem foi revelado pelo Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida que a mulher que se encontrava em quarentena com sintomas de gripe teve alta. De acordo com as informações, a mulher não apresentava febre há dois dias, apenas tosse.
Desde o início do ano foram registados oito casos de pessoas em Macau com sintomas de febre que tinham estado em Wuhan. Todas acabaram por ter alta, depois de se excluir a relação com a pneumonia.

Governo nega que máscaras estejam esgotadas

Os Serviços de Saúde emitiram ontem um comunicado a negar que as máscaras estejam esgotadas nas farmácias do território, depois de começar a circular um rumor nesse aspecto. De acordo com os números apresentados, a maioria das 294 farmácias tinha máscaras consideradas em número “suficiente” e apenas oito por cento tinham esgotado este produto, ou seja, cerca de 24 estabelecimentos. O Governo enfatizou também que as pessoas sem complicações de saúde não necessitam de utilizar máscara e que o cuidado principal é prestarem atenção à higiene pessoal.

9 Jan 2020

Solidariedade | Caritas Macau vai financiar formação em Portugal

Eugénio Fonseca, presidente da Caritas Portuguesa, visitou ontem as instalações de Caritas Macau e discutiu o protocolo entre as duas entidades para a formação de recursos humanos em Portugal

 

[dropcap]A[/dropcap] Caritas Macau vai ajudar a congénere de Portugal através de uma parceria que vai permitir a formação de recursos humanos para atingir os padrões internacionais da Caritas Internacionalis. A revelação foi feita ontem pelo presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, que se encontra em visita ao território até sábado.

“Vai ser o primeiro financiamento que a Caritas de Macau vai fornecer à Caritas de Portugal para capacitação na área das relações humanas em contexto profissional”, começou por explicar Eugénio Fonseca. “Estamos a preparar uma formação para melhorar o entrosamento entre os colaboradores da Cáritas, que se espalham por 20 Caritas Diocesanas, ou seja por Portugal inteiro, e é preciso financiar os formadores. A Caritas de Macau vai ajudar-nos com uma verba inicial”, acrescentou.

Os detalhes do financiamento ainda não estão definidos, mas devem ficar concluídos até sexta-Feira, altura em que poderá ser entregue o financiamento do programa.

Por sua vez, Paul Pun destacou o trabalho que a Caritas de Portugal tem feito com os países de língua oficial portuguesa e a forma como os benefícios deste apoio se podem estender. “A Caritas Internacionalis tem um padrão internacional de gestão em que a Caritas Portuguesa está a ter um bom desempenho. Mas querem ajudar outros Países de Língua Portuguesa, por isso vamos ajudá-los”, justificou Paul Pun.

“Sabemos que a Caritas de Portugal ajuda os outros países de língua portuguesa e após a formação vão poder ajudá-los ainda mais. […] Eles [Caritas Portuguesa] fazem a maior parte do trabalho, mas nós também queremos contribuir”, frisou.

No campo da cooperação entre as instituições, Eugénio Fonseca não excluiu a hipótese de também a Caritas de Portugal enviar formadores para Macau, em áreas que a instituição local sinta necessidade de aprofundar. Contudo, esta é apenas uma possibilidade.

Prioridade aos locais

Além do financiamento para a formação, a Caritas Macau vai igualmente encontrar professores para darem aulas de mandarim em Portugal. Este acordo já tinha sido apalavrado durante a visita de Paul Pun a Portugal, em Outubro do ano passado, e voltou agora a ser discutido.

Segundo Paul Pun, o objectivo passa por encontrar alunos de Macau que estejam a estudar em Portugal para darem aulas. “Queremos encontrar pessoas para ensinarem em Portugal. Mas não é só dizeres-lhes que têm de dar aulas… Temos de pagar-lhes honorários e escolher pessoas com uma boa capacidade de ensino”, afirmou Paul Pun. “Ainda não sabemos quantos professores são necessários, mas sabemos que queremos dar prioridade a residentes de Macau que estejam em Portugal. O ideal era encontrar alunos ou pessoas que trabalham lá e que podem assumir a posição de professor em regime de part-time”, reconheceu.

Sobre este programa, Eugénio Fonseca explicou que tem como objectivo permitir que as pessoas num contexto desfavorecido e em escolas públicas possam aprender mandarim, uma língua que disse ser cada vez mais importante.

8 Jan 2020

Solidariedade | Caritas Macau vai financiar formação em Portugal

Eugénio Fonseca, presidente da Caritas Portuguesa, visitou ontem as instalações de Caritas Macau e discutiu o protocolo entre as duas entidades para a formação de recursos humanos em Portugal

 
[dropcap]A[/dropcap] Caritas Macau vai ajudar a congénere de Portugal através de uma parceria que vai permitir a formação de recursos humanos para atingir os padrões internacionais da Caritas Internacionalis. A revelação foi feita ontem pelo presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, que se encontra em visita ao território até sábado.
“Vai ser o primeiro financiamento que a Caritas de Macau vai fornecer à Caritas de Portugal para capacitação na área das relações humanas em contexto profissional”, começou por explicar Eugénio Fonseca. “Estamos a preparar uma formação para melhorar o entrosamento entre os colaboradores da Cáritas, que se espalham por 20 Caritas Diocesanas, ou seja por Portugal inteiro, e é preciso financiar os formadores. A Caritas de Macau vai ajudar-nos com uma verba inicial”, acrescentou.
Os detalhes do financiamento ainda não estão definidos, mas devem ficar concluídos até sexta-Feira, altura em que poderá ser entregue o financiamento do programa.
Por sua vez, Paul Pun destacou o trabalho que a Caritas de Portugal tem feito com os países de língua oficial portuguesa e a forma como os benefícios deste apoio se podem estender. “A Caritas Internacionalis tem um padrão internacional de gestão em que a Caritas Portuguesa está a ter um bom desempenho. Mas querem ajudar outros Países de Língua Portuguesa, por isso vamos ajudá-los”, justificou Paul Pun.
“Sabemos que a Caritas de Portugal ajuda os outros países de língua portuguesa e após a formação vão poder ajudá-los ainda mais. […] Eles [Caritas Portuguesa] fazem a maior parte do trabalho, mas nós também queremos contribuir”, frisou.
No campo da cooperação entre as instituições, Eugénio Fonseca não excluiu a hipótese de também a Caritas de Portugal enviar formadores para Macau, em áreas que a instituição local sinta necessidade de aprofundar. Contudo, esta é apenas uma possibilidade.

Prioridade aos locais

Além do financiamento para a formação, a Caritas Macau vai igualmente encontrar professores para darem aulas de mandarim em Portugal. Este acordo já tinha sido apalavrado durante a visita de Paul Pun a Portugal, em Outubro do ano passado, e voltou agora a ser discutido.
Segundo Paul Pun, o objectivo passa por encontrar alunos de Macau que estejam a estudar em Portugal para darem aulas. “Queremos encontrar pessoas para ensinarem em Portugal. Mas não é só dizeres-lhes que têm de dar aulas… Temos de pagar-lhes honorários e escolher pessoas com uma boa capacidade de ensino”, afirmou Paul Pun. “Ainda não sabemos quantos professores são necessários, mas sabemos que queremos dar prioridade a residentes de Macau que estejam em Portugal. O ideal era encontrar alunos ou pessoas que trabalham lá e que podem assumir a posição de professor em regime de part-time”, reconheceu.
Sobre este programa, Eugénio Fonseca explicou que tem como objectivo permitir que as pessoas num contexto desfavorecido e em escolas públicas possam aprender mandarim, uma língua que disse ser cada vez mais importante.

8 Jan 2020

AL | Rejeitado debate sobre legalidade de reconhecimento facial

O Presidente da Assembleia Legislativa, Kou Hoi In, rejeitou o projecto de interpretação submetido por Sulu Sou para esclarecer se a actual lei permite ou não que a videovigilância recorra à tecnologia de reconhecimento facial. Ao HM, o deputado revelou desconfiar dos motivos da decisão

 

[dropcap]O[/dropcap] projecto enviado a 28 de Novembro de 2019 pelo deputado Sulu Sou que questionava a base legal do sistema de videovigilância assente na tecnologia de reconhecimento facial, foi rejeitado por Kou Hoi In, presidente da Assembleia Legislativa (AL).

As informações foram reveladas ontem pelo próprio Sulu Sou nas redes sociais, onde reafirma que não existe base legal para que seja efectuada a recolha e o processamento das imagens de vídeo das câmaras públicas de CCTV.

Kou Hoi In rejeitou assim categoricamente o projecto de interpretação da lei, aprovada em 2012, que regula a videovigilância nos espaços públicos afirmando que o diploma em causa envolve a política do Governo e que por isso é necessária prévia autorização escrita do Chefe do Executivo para a iniciativa ser admitida para votação em plenário. “O diploma implica uma política completa do Governo, logo precisa de autorização prévia do Chefe do Executivo para ser admitido na AL”, foi esta a justificação de Kou Hoi In sobre o assunto.

Contactado pelo o HM, Sulu Sou não rejeita a posição do presidente da AL. “Quero expressar o meu desacordo com a decisão do presidente da AL, porque o meu projecto tem como único objectivo esclarecer o conteúdo da lei da videovigilância que foi aprovada pela AL há oito anos atrás. Por isso acho que os legisladores têm a responsabilidade de clarificar e explicar a lei aprovada por nós próprios”, defendeu Sulu Sou.

O deputado foi mais longe e mostrou-se mesmo desconfiado relativamente às “verdadeiras razões” que estiveram, na base da decisão anunciada por Kou Hoi In. “Acho que a decisão do presidente de permitir a polícia de utilizar o sistema de videovigilância sem qualquer base legal é bastante perigosa. Não quero adivinhar qual a verdadeira razão que está na base desta decisão, mas parece que é uma tentativa de proteger a polícia para que possa utilizar o sistema de CCTV”, acrescentou o deputado.

“Limitei-me a clarificar a lei”

“Submeti o projecto para a aprovação do Chefe do Executivo porque este é um problema que já tem vindo a ser discutido há muito tempo. Não achamos que seja um assunto relacionado com a política do Governo porque desta vez não propus qualquer alteração ao regime jurídico da lei nem me referi a qualquer artigo.

Limitei-me a submeter o projecto de interpretação com o objectivo único de clarificar a lei”, disse ao HM Sulu Sou quando confrontado sobre a necessidade de pedir aprovação do Chefe do Executivo.
Sulu Sou vai agora recorrer da decisão de Kou Hoi In para a mesa da AL, o orgão de direcção do hemiciclo.

8 Jan 2020

AL | Rejeitado debate sobre legalidade de reconhecimento facial

O Presidente da Assembleia Legislativa, Kou Hoi In, rejeitou o projecto de interpretação submetido por Sulu Sou para esclarecer se a actual lei permite ou não que a videovigilância recorra à tecnologia de reconhecimento facial. Ao HM, o deputado revelou desconfiar dos motivos da decisão

 
[dropcap]O[/dropcap] projecto enviado a 28 de Novembro de 2019 pelo deputado Sulu Sou que questionava a base legal do sistema de videovigilância assente na tecnologia de reconhecimento facial, foi rejeitado por Kou Hoi In, presidente da Assembleia Legislativa (AL).
As informações foram reveladas ontem pelo próprio Sulu Sou nas redes sociais, onde reafirma que não existe base legal para que seja efectuada a recolha e o processamento das imagens de vídeo das câmaras públicas de CCTV.
Kou Hoi In rejeitou assim categoricamente o projecto de interpretação da lei, aprovada em 2012, que regula a videovigilância nos espaços públicos afirmando que o diploma em causa envolve a política do Governo e que por isso é necessária prévia autorização escrita do Chefe do Executivo para a iniciativa ser admitida para votação em plenário. “O diploma implica uma política completa do Governo, logo precisa de autorização prévia do Chefe do Executivo para ser admitido na AL”, foi esta a justificação de Kou Hoi In sobre o assunto.
Contactado pelo o HM, Sulu Sou não rejeita a posição do presidente da AL. “Quero expressar o meu desacordo com a decisão do presidente da AL, porque o meu projecto tem como único objectivo esclarecer o conteúdo da lei da videovigilância que foi aprovada pela AL há oito anos atrás. Por isso acho que os legisladores têm a responsabilidade de clarificar e explicar a lei aprovada por nós próprios”, defendeu Sulu Sou.
O deputado foi mais longe e mostrou-se mesmo desconfiado relativamente às “verdadeiras razões” que estiveram, na base da decisão anunciada por Kou Hoi In. “Acho que a decisão do presidente de permitir a polícia de utilizar o sistema de videovigilância sem qualquer base legal é bastante perigosa. Não quero adivinhar qual a verdadeira razão que está na base desta decisão, mas parece que é uma tentativa de proteger a polícia para que possa utilizar o sistema de CCTV”, acrescentou o deputado.

“Limitei-me a clarificar a lei”

“Submeti o projecto para a aprovação do Chefe do Executivo porque este é um problema que já tem vindo a ser discutido há muito tempo. Não achamos que seja um assunto relacionado com a política do Governo porque desta vez não propus qualquer alteração ao regime jurídico da lei nem me referi a qualquer artigo.
Limitei-me a submeter o projecto de interpretação com o objectivo único de clarificar a lei”, disse ao HM Sulu Sou quando confrontado sobre a necessidade de pedir aprovação do Chefe do Executivo.
Sulu Sou vai agora recorrer da decisão de Kou Hoi In para a mesa da AL, o orgão de direcção do hemiciclo.

8 Jan 2020

Segurança | Wong Sio Chak quer prisão nova pronta o mais depressa possível

O secretário para a Segurança compreende as dificuldades encontradas pelos colegas das Obras Públicas em relação à nova prisão, mas admite que está sempre à espera que os trabalhos avancem

 

[dropcap]W[/dropcap]ong Sio Chak admitiu que está sempre à espera que haja avanços nos trabalhos da futura prisão em Ká Hó, cujas obras começaram há quase 10 anos, em Agosto de 2010. “Enquanto secretário para a Segurança presto mais atenção [às obras de construção] do que as outras pessoas. E espero sempre que haja avanços nos trabalhos”, respondeu aos jornalistas, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau.

Wong Sio Chak revelou igualmente que tem encontros regulares com o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, para discutir diferentes temas e que neste caso compreende as dificuldades encontradas no andamento dos trabalhos.

O assunto foi igualmente mencionado por Cheng Fong Meng, director dos Serviços Correccionais (DSC), que fez um balanço da situação. Segundo Cheng, a terceira das quatro fases deve ficar concluída em Maio de 2021, mas o concurso público para a atribuição da obra ainda não arrancou. Já a quarta fase ainda está a ser desenvolvida e só depois poderá ser feito o respectivo concurso público.

Em relação aos principais problemas encontrados ao longo do processo, o director da DSC mencionou o impacto da qualidade dos materiais utilizados, dos grandes tufões e a instabilidade da estrutura e solo da zona de construção.

Enquanto se aguarda pela nova prisão, a actual, em Coloane, tem uma taxa de ocupação de 95 por cento, na ala masculina, e de 75 por cento na feminina. Por isso, a DSC vai fazer mais obras de renovação, avaliadas em 15 milhões de patacas, para aumentar a capacidade em 100 vagas.

Culpas da Sociedade do Metro

Quanto à polémica gerada pela falta de aviso do Corpo de Bombeiros aos órgãos de comunicação social sobre o terceiro incidente no Metro Ligeiro, Wong Sio Chak atirou as responsabilidades para a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau.

Segundo o secretário para a Segurança, ficou combinado com Raimundo do Rosário que os acidentes sem feridos nem mortos seriam comunicados pela empresa. Por isso, Wong Sio Chak nega que tivesse havido falha da parte da sua tutela. O secretário defendeu ainda que as autoridades não têm de comunicar todos os incidentes no território. “Diariamente há mais de 100 casos sem feridos, será que precisamos de notificar os órgãos de comunicação social sobre todos estes casos?”, questionou. “Vocês têm problemas de recursos humanos, mas nós também”, apontou, de acordo com as declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau.

Quando surgiram as primeiras informações sobre o último acidente, o Corpo de Bombeiros não atendeu as chamadas telefónicas dos órgãos de comunicação social. Wong admitiu ter existido um problema, mas frisou que a situação está resolvida e que foi alocado um funcionário só para os contactos com a imprensa.

Detenção de iranianos é “situação nova”

Wong Sio Chak considerou que o caso dos seis iranianos que foram detidos no Aeroporto Internacional de Macau com passaportes falsos é uma situação nova para a RAEM: “Estará este caso relacionado com a migração económica? Depende do julgamento. Considero que é uma nova situação para Macau. Algumas pessoas utilizam o território para emigrar de forma ilegal”, afirmou, de acordo com a Rádio Macau. Segundo os relatos das autoridades, o objectivo dos indivíduos passaria por depois viajarem para a Europa, onde pretendiam que lhes fosse cedido o estatuto de refugiados. Sobre os procedimentos para este caso, o secretário para a Segurança admitiu que se o Ministério Público não aplicar a medida de coacção de prisão preventiva que os seis vão ser expulsos da RAEM.

8 Jan 2020

Segurança | Wong Sio Chak quer prisão nova pronta o mais depressa possível

O secretário para a Segurança compreende as dificuldades encontradas pelos colegas das Obras Públicas em relação à nova prisão, mas admite que está sempre à espera que os trabalhos avancem

 
[dropcap]W[/dropcap]ong Sio Chak admitiu que está sempre à espera que haja avanços nos trabalhos da futura prisão em Ká Hó, cujas obras começaram há quase 10 anos, em Agosto de 2010. “Enquanto secretário para a Segurança presto mais atenção [às obras de construção] do que as outras pessoas. E espero sempre que haja avanços nos trabalhos”, respondeu aos jornalistas, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau.
Wong Sio Chak revelou igualmente que tem encontros regulares com o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, para discutir diferentes temas e que neste caso compreende as dificuldades encontradas no andamento dos trabalhos.
O assunto foi igualmente mencionado por Cheng Fong Meng, director dos Serviços Correccionais (DSC), que fez um balanço da situação. Segundo Cheng, a terceira das quatro fases deve ficar concluída em Maio de 2021, mas o concurso público para a atribuição da obra ainda não arrancou. Já a quarta fase ainda está a ser desenvolvida e só depois poderá ser feito o respectivo concurso público.
Em relação aos principais problemas encontrados ao longo do processo, o director da DSC mencionou o impacto da qualidade dos materiais utilizados, dos grandes tufões e a instabilidade da estrutura e solo da zona de construção.
Enquanto se aguarda pela nova prisão, a actual, em Coloane, tem uma taxa de ocupação de 95 por cento, na ala masculina, e de 75 por cento na feminina. Por isso, a DSC vai fazer mais obras de renovação, avaliadas em 15 milhões de patacas, para aumentar a capacidade em 100 vagas.

Culpas da Sociedade do Metro

Quanto à polémica gerada pela falta de aviso do Corpo de Bombeiros aos órgãos de comunicação social sobre o terceiro incidente no Metro Ligeiro, Wong Sio Chak atirou as responsabilidades para a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau.
Segundo o secretário para a Segurança, ficou combinado com Raimundo do Rosário que os acidentes sem feridos nem mortos seriam comunicados pela empresa. Por isso, Wong Sio Chak nega que tivesse havido falha da parte da sua tutela. O secretário defendeu ainda que as autoridades não têm de comunicar todos os incidentes no território. “Diariamente há mais de 100 casos sem feridos, será que precisamos de notificar os órgãos de comunicação social sobre todos estes casos?”, questionou. “Vocês têm problemas de recursos humanos, mas nós também”, apontou, de acordo com as declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau.
Quando surgiram as primeiras informações sobre o último acidente, o Corpo de Bombeiros não atendeu as chamadas telefónicas dos órgãos de comunicação social. Wong admitiu ter existido um problema, mas frisou que a situação está resolvida e que foi alocado um funcionário só para os contactos com a imprensa.

Detenção de iranianos é “situação nova”

Wong Sio Chak considerou que o caso dos seis iranianos que foram detidos no Aeroporto Internacional de Macau com passaportes falsos é uma situação nova para a RAEM: “Estará este caso relacionado com a migração económica? Depende do julgamento. Considero que é uma nova situação para Macau. Algumas pessoas utilizam o território para emigrar de forma ilegal”, afirmou, de acordo com a Rádio Macau. Segundo os relatos das autoridades, o objectivo dos indivíduos passaria por depois viajarem para a Europa, onde pretendiam que lhes fosse cedido o estatuto de refugiados. Sobre os procedimentos para este caso, o secretário para a Segurança admitiu que se o Ministério Público não aplicar a medida de coacção de prisão preventiva que os seis vão ser expulsos da RAEM.

8 Jan 2020

Vítor Sereno ganha prémio de diplomata económico do ano em Portugal

Vítor Sereno, ex-cônsul de Portugal em Macau e Hong Kong, actualmente a desempenhar funções de embaixador no Senegal, ganhou o prémio de diplomata económico do ano de 2019. Para Sereno, o prémio representa “uma mudança de paradigma geracional”

 

[dropcap]O[/dropcap] embaixador Vitor Sereno recebeu ontem o Prémio da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) para o diplomata económico do ano, premiando o trabalho em sete países da África Ocidental, incluindo Costa do Marfim e Senegal.

“É uma honra e uma responsabilidade, sou o mais novo de sempre a receber este prémio, é uma responsabilidade acrescida receber o Prémio Francisco de Melo e Torres enquanto embaixador responsável pelo Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri, Serra Leoa, Burkina Faso e Libéria”, disse Vítor Sereno, em declarações à Lusa.

Para o diplomata, a entrega do prémio mostra “uma mudança de paradigma geracional” e o reconhecimento do trabalho de “lóbi” feito pela embaixada.

“Nós trabalhamos o lóbi institucional, nós, representações internacionais de Portugal, não temos de ter medo de dizer que fazemos lóbi todos os dias pelas empresas portuguesas na região”, defendeu Vítor Sereno, que antes de ir para Dacar, em Setembro de 2018, já esteve destacado nas missões portuguesas em Roterdão, Macau e Hong Kong e Estugarda, entre outras.

A relação comercial entre Portugal e estes países africanos aumentou significativamente nos últimos anos, segundo o diplomata, que destaca as “enormes oportunidades para as empresas portuguesas” que queiram apostar na região.

“Entre 2018 e 2019, o investimento directo português nestes países passou de 74 milhões de euros para 180 milhões de euros, representando um aumento de 143 por cento, e o volume de negócios aumentou de 80 milhões de euros em 2018 para 190 milhões no ano passado, ou seja, subiu 237 por cento”, destacou o diplomata.

Os riscos

Apesar de destacar as oportunidades, Vítor Sereno não esconde os riscos existentes nos países para onde foi destacado. “Há quatro grandes riscos na minha zona, desde logo a presença em força de grandes economias, como a China, a Turquia e a França, que é incontornável, as dificuldades aduaneiras em certos produtos, como o vinho, o elevado preço do crédito bancário e um desconhecimento generalizado destes mercados pelas empresas portuguesas.”

Vítor Sereno pretende melhorar este aspecto com a organização de missões empresariais e a presença em feiras e exposições de carácter comercial.

Sobre o Senegal, país onde reside, o embaixador destaca que é um país muito apetecível, sendo uma das economias em mais rápido crescimento e com estabilidade política e segurança jurídica.

“A Costa do Marfim e o Senegal são das economias mais fortes do continente, o Senegal em 2019 foi a quinta maior a crescer em África e vai entrar no top 3 de certeza”, disse, destacando que “como diz o ministro dos Negócios Estrangeiros local, no Senegal vota-se ao domingo e trabalha-se normalmente à segunda-feira”.

Além da estabilidade política, Vítor Sereno salienta ainda os 12 mil milhões de euros em investimentos ao abrigo do plano Senegal Emergente, “que são oportunidades para os empresários portugueses na construção e obras públicas, agro-indústria, metalomecânica, energia e infra-estruturas logísticas”.

7 Jan 2020

Associação Novo Macau volta a pedir lei para regular capitais públicos

Na primeira petição submetida pela Novo Macau ao novo Governo, Sulu Sou pediu a Ho Iat Seng que cumpra o que foi dito sobre a utilização cautelosa do erário público e que sejam dadas explicações sobre o novo Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos

 

[dropcap]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) entregou ontem uma petição endereçada ao novo Governo a pedir legislação destinada a controlar e regular os gastos das empresas de capitais públicos e de fundos com autonomia administrativa e financeira.

Com o objectivo de optimizar a “eficácia e a gestão” destas empresas, Sulu Sou, deputado e vice-presidente da associação, recordou as palavras de Ho Iat Seng quando venceu as eleições e mais tarde, no primeiro dia em funções (26 de Dezembro), quando se referiu à necessidade “de controlar as despesas da Admininstração”, e deu o exemplo “despesista” do ex-secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.

“Acho que o novo Chefe do Executivo deve ter presente o que disse quando venceu as eleições. Na altura, disse que devemos usar os recursos financeiros do Governo de forma cautelosa porque além do caso de Singapura não há mais casos de sucesso referentes à criação de fundos de investimentos”, explicou o deputado.

Para justificar a necessidade de fiscalização das empresas de capitais públicos, Sulu Sou fez ainda referência à polémica proposta do anterior Governo, entretanto retirada, que previa transferir 60 mil milhões de patacas para um fundo soberano sem divulgar qualquer informação acerca do assunto. “O nosso pedido é muito simples: queremos supervisionar a questão relativa às empresas de capital público. Isto porque em Agosto do ano passado o Governo foi forçado a retirar a lei que previa o financiamento de um fundo de investimento no valor de 60 mil milhões de patacas”, esclareceu Sulu Sou.

Sulu Sou defendeu ainda que, nesta fase, antes de avançar para a criação do Fundo de Investimento e Desenvolvimento, o Governo deve interromper a criação de outras empresas de capital público enquanto não for criada a devida legislação específica. “É importante ter a legislação pronta o quanto antes porque o Governo tem vindo a criar desde 2011 inúmeras empresas de capital público e, até hoje, não existe nenhuma lei específica para as monitorizar. Estas são empresas que consomem todos os anos uma enorme quantidade de dinheiro ao erário público. Acho que esta é uma oportunidade para o novo Governo resolver a questão rapidamente”, explicou Sulu Sou.

Sobre a legislação específica dedicada a empresas de capital público, Sulu Sou lembrou ainda que até hoje a sua criação continua a ser uma “promessa por cumprir” feita em 2019 pelo ex-secretário para a Economia e Finanças Lionel Leong. “Eu e outros deputados pedimos esta legislação mais de três vezes, na Assembleia Legislativa – mas ainda não obtivemos resposta”, sublinhou.

Gabinete levanta dúvidas

O vice-presidente da ANM referiu ainda que a petição entregue na manhã de ontem visava também apelar à maior transparência do novo Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos anunciado pelo Governo de Ho Iat Seng no passado dia 20 de Dezembro.

Coordenado pela ex-secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, o novo organismo visa precisamente fiscalizar as empresas de capitais públicos e de fundos com autonomia administrativa e financeira, mas, segundo Sulu Sou, carece ainda de muitos esclarecimentos, nomeadamente sobre os seus poderes e âmbito de actuação. “Esperamos que o novo Chefe do Executivo possa dar mais explicações assim que possível sobre os princípios e a missão do novo Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos”, referiu.

7 Jan 2020

Pneumonia em Wuhan | Nível de alerta de emergência sobe para “Grave”

Aumento do número de casos da doença respiratória não identificada levou o Governo a elevar o alerta de emergência para o nível 3, considerado “Grave”. Dos cinco casos suspeitos em Macau, apenas um continua em observação

 

[dropcap]D[/dropcap]epois de garantirem estar preparados “para responder às diversas doenças infecciosas” que surgiram no seguimento do número de casos de pneumonia viral de origem desconhecida em Wuhan, capital da província de Hubei, ter subido de 27 para 44 em poucos dias, os Serviços de Saúde (SS) decidiram elevar ontem o alerta de emergência para o nível 3, considerado “Grave”. Este é um grau de risco médio numa escala com 5 patamares. Segundo as autoridades, o aumento do nível de alerta visa apenas agilizar a coordenação entre serviços.

Segundo o Director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, o nível de alerta foi elevado na sequência de uma reunião promovida ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, onde foi activado o mecanismo de operação interdepartamental. Segundo o responsável, o mecanismo permite o reforço das acções de prevenção e coordenação entre vários serviços públicos, como a Saúde, Educação, Turismo, Acção Social, Instituto de Assuntos Municipais, polícia, bombeiros e alfândegas.

“Desde o dia 31 de Dezembro que estamos muito atentos à situação em Macau pois, por existir muita população para um espaço tão pequeno, a transmissão de casos pode vir a ter um impacto muito grande. Por isso é necessário reforçar a prevenção e solicitámos isso mesmo a todos os serviços competentes. A elevação do nível de alerta é apenas para aumentar o grau de colaboração entre os serviços”, esclareceu Lei Chin Ion.

Apesar de não existir nenhum caso confirmado da doença em Macau até à data, uma mulher de 44 anos foi ontem colocada em isolamento por ter febre. A medida, asseguraram os SS, é apenas de precaução, uma vez que os exames entretanto realizados confirmarem que a paciente não tem pneumonia, um dos sintomas determinantes para o rastreio dos casos. Até agora, as autoridades de saúde de Macau registaram cinco casos provenientes de Wuhan em que houve febre. Dos cinco, quatro eram residentes e já tiveram alta.

As autoridades de saúde de Macau sublinharam também que, pelo facto de a causa da doença ser ainda desconhecida, “mantêm contacto próximo com a Comissão Nacional de Saúde da China” e asseguraram a existência de stock suficiente de medicamentos, equipamentos, instalações e número de camas na região.

Depois de no primeiro dia do ano as autoridades de saúde terem começado a realizar inspecções no Aeroporto Internacional de Macau e nos postos fronteiriços, a vigilância permanente tem sido o foco principal dos SS, motivo pelo qual, na passada quinta-feira foram reforçadas também, com o apoio de pessoal do Corpo de Polícia de Segurança Pública, medidas de quarentena de saúde em todos os portos fronteiriços por via terrestre, nomeadamente, controlos de temperatura, a partir da madrugada do dia quatro, a todos os condutores e turistas.

Segundo revelaram as autoridades de saúde, também os casinos vão passar a controlar a temperatura dos visitantes e dos funcionários em todas as entradas das suas instalações, acrescentando ainda que, caso sejam identificadas pessoas com febre, estas devem ser inquiridas para saber se estiveram na província de Wuhan nos 14 dias anteriores à manifestação dos sintomas.

Vigilância alargada

Dos 44 casos registados em Wuhan, de acordo com um comunicado da Comissão Municipal de Saúde de Wuhan citado pela agência Lusa, 11 pessoas encontram-se em estado grave, sendo que todos os doentes foram colocados sob quarentena e, no total, são seguidas de perto 121 pessoas que estiveram em contacto próximo com os afectados. Todas as análises deram negativo para gripe, gripe aviária, infeções por adenovírus “e outras doenças respiratórias comuns”, não se confirmando também o contágio entre pessoas, indicou o mesmo comunicado.

As autoridades chinesas continuam a procurar identificar o agente da doença, embora as primeiras investigações apontem apenas no sentido de existir uma relação com o mercado grossista da cidade, capital da província de Hubei, onde residem 11 milhões de pessoas.

Em Hong Kong as autoridades de saúde deram também ontem conta da existência de mais seis casos suspeitos, sendo já 14 no total. Segundo informações da TDM – Rádio Macau também Taiwan anunciou estar a investigar a existência de casos relacionados com a doença, enquanto Singapura anunciou ter detectado o primeiro caso suspeito na região.

Sulu Sou preocupado

Acusando o Governo de não ser proactivo perante uma situação que considera “extraordinária”, o deputado Sulu Sou mostrou-se preocupado numa interpelação escrita enviada ao Executivo, onde pergunta se as autoridades consideram enviar pessoal a Wuhan para investigar a situação epidemiológica em primeira mão, numa altura em que considera que “a China continental não revelou ainda os resultados dos testes realizados”.

Apesar de um dos pontos da interpelação do deputado sobre trabalhadores dos casinos ter ficado esclarecido após a conferência de imprensa realizada ontem, Sulu Sou questiona ainda o Governo se irá implementar medidas de prevenção dirigidas especificamente aos trabalhadores da área da saúde. Com o aproximar da época festiva do Ano Novo Chinês, Sulu Sou espera também que o Governo tome medidas urgentes para acautelar o maior fluxo de turistas vindos da China continental na altura das celebrações.

6 Jan 2020

Pneumonia em Wuhan | Nível de alerta de emergência sobe para “Grave”

Aumento do número de casos da doença respiratória não identificada levou o Governo a elevar o alerta de emergência para o nível 3, considerado “Grave”. Dos cinco casos suspeitos em Macau, apenas um continua em observação

 
[dropcap]D[/dropcap]epois de garantirem estar preparados “para responder às diversas doenças infecciosas” que surgiram no seguimento do número de casos de pneumonia viral de origem desconhecida em Wuhan, capital da província de Hubei, ter subido de 27 para 44 em poucos dias, os Serviços de Saúde (SS) decidiram elevar ontem o alerta de emergência para o nível 3, considerado “Grave”. Este é um grau de risco médio numa escala com 5 patamares. Segundo as autoridades, o aumento do nível de alerta visa apenas agilizar a coordenação entre serviços.
Segundo o Director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, o nível de alerta foi elevado na sequência de uma reunião promovida ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, onde foi activado o mecanismo de operação interdepartamental. Segundo o responsável, o mecanismo permite o reforço das acções de prevenção e coordenação entre vários serviços públicos, como a Saúde, Educação, Turismo, Acção Social, Instituto de Assuntos Municipais, polícia, bombeiros e alfândegas.
“Desde o dia 31 de Dezembro que estamos muito atentos à situação em Macau pois, por existir muita população para um espaço tão pequeno, a transmissão de casos pode vir a ter um impacto muito grande. Por isso é necessário reforçar a prevenção e solicitámos isso mesmo a todos os serviços competentes. A elevação do nível de alerta é apenas para aumentar o grau de colaboração entre os serviços”, esclareceu Lei Chin Ion.
Apesar de não existir nenhum caso confirmado da doença em Macau até à data, uma mulher de 44 anos foi ontem colocada em isolamento por ter febre. A medida, asseguraram os SS, é apenas de precaução, uma vez que os exames entretanto realizados confirmarem que a paciente não tem pneumonia, um dos sintomas determinantes para o rastreio dos casos. Até agora, as autoridades de saúde de Macau registaram cinco casos provenientes de Wuhan em que houve febre. Dos cinco, quatro eram residentes e já tiveram alta.
As autoridades de saúde de Macau sublinharam também que, pelo facto de a causa da doença ser ainda desconhecida, “mantêm contacto próximo com a Comissão Nacional de Saúde da China” e asseguraram a existência de stock suficiente de medicamentos, equipamentos, instalações e número de camas na região.
Depois de no primeiro dia do ano as autoridades de saúde terem começado a realizar inspecções no Aeroporto Internacional de Macau e nos postos fronteiriços, a vigilância permanente tem sido o foco principal dos SS, motivo pelo qual, na passada quinta-feira foram reforçadas também, com o apoio de pessoal do Corpo de Polícia de Segurança Pública, medidas de quarentena de saúde em todos os portos fronteiriços por via terrestre, nomeadamente, controlos de temperatura, a partir da madrugada do dia quatro, a todos os condutores e turistas.
Segundo revelaram as autoridades de saúde, também os casinos vão passar a controlar a temperatura dos visitantes e dos funcionários em todas as entradas das suas instalações, acrescentando ainda que, caso sejam identificadas pessoas com febre, estas devem ser inquiridas para saber se estiveram na província de Wuhan nos 14 dias anteriores à manifestação dos sintomas.

Vigilância alargada

Dos 44 casos registados em Wuhan, de acordo com um comunicado da Comissão Municipal de Saúde de Wuhan citado pela agência Lusa, 11 pessoas encontram-se em estado grave, sendo que todos os doentes foram colocados sob quarentena e, no total, são seguidas de perto 121 pessoas que estiveram em contacto próximo com os afectados. Todas as análises deram negativo para gripe, gripe aviária, infeções por adenovírus “e outras doenças respiratórias comuns”, não se confirmando também o contágio entre pessoas, indicou o mesmo comunicado.
As autoridades chinesas continuam a procurar identificar o agente da doença, embora as primeiras investigações apontem apenas no sentido de existir uma relação com o mercado grossista da cidade, capital da província de Hubei, onde residem 11 milhões de pessoas.
Em Hong Kong as autoridades de saúde deram também ontem conta da existência de mais seis casos suspeitos, sendo já 14 no total. Segundo informações da TDM – Rádio Macau também Taiwan anunciou estar a investigar a existência de casos relacionados com a doença, enquanto Singapura anunciou ter detectado o primeiro caso suspeito na região.

Sulu Sou preocupado

Acusando o Governo de não ser proactivo perante uma situação que considera “extraordinária”, o deputado Sulu Sou mostrou-se preocupado numa interpelação escrita enviada ao Executivo, onde pergunta se as autoridades consideram enviar pessoal a Wuhan para investigar a situação epidemiológica em primeira mão, numa altura em que considera que “a China continental não revelou ainda os resultados dos testes realizados”.
Apesar de um dos pontos da interpelação do deputado sobre trabalhadores dos casinos ter ficado esclarecido após a conferência de imprensa realizada ontem, Sulu Sou questiona ainda o Governo se irá implementar medidas de prevenção dirigidas especificamente aos trabalhadores da área da saúde. Com o aproximar da época festiva do Ano Novo Chinês, Sulu Sou espera também que o Governo tome medidas urgentes para acautelar o maior fluxo de turistas vindos da China continental na altura das celebrações.

6 Jan 2020

MNE | Ho Iat Seng pede apoio perante “incerteza da conjuntura internacional”

Num encontro com a comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Shen Beili, o Chefe do Executivo pediu apoio a Pequim para “contar bem a história de Macau” perante a complexidade e incerteza da actual conjuntura internacional

 

[dropcap]H[/dropcap]o Iat Seng esteve reunido no passado dia 3 de Janeiro na Sede do Governo da RAEM com a comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China, Shen Beili, “tendo trocado opiniões sobre assuntos inerentes às relações externas da Região Administrativa Especial de Macau”.

Segundo uma nota do Gabinete de Comunicação Social sobre o encontro, após sublinhar a boa comunicação existente entre as duas partes, Ho Iat Seng, considerou que o Governo deve continuar a colaborar com o Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau, uma vez que “precisa do apoio do Comissariado e da comissária nos assuntos inerentes às relações externas e consulares, perante a complexidade e incerteza da conjuntura internacional”.

Fazendo votos para que as duas partes continuem as estreitas ligações tendo em vista a continuação dos trabalhos relativos às relações externas, Ho Iat Seng considerou também que, “para se contar bem a história de Macau, é necessário concentrar as atenções na promoção no exterior e interior”, sendo, para isso, inevitável o apoio contínuo dado pelo Comissariado.

Cooperação e eficácia

Por seu turno, a comissária do MNE destacou “o enorme apoio do Governo da RAEM, nos últimos 20 anos” e a boa colaboração com os serviços públicos locais como principais pilares para o estabelecimento de um “mecanismo de trabalho eficaz”. Shen Beili assegurou que o Comissariado continuará a apoiar o Governo da RAEM nos trabalhos relacionados com as relações externas da região, que deverá estar preparada para agarrar as oportunidades que surgirem no futuro.

“Com o apoio do Governo Central, Macau pode aproveitar bem as oportunidades de desenvolvimento e, no futuro, o Comissariado continuará a cumprir as suas funções, cooperando com o Governo da RAEM para se proceder bem aos trabalhos relativos aos assuntos externos de Macau”, pode ler-se na nota do Gabinete de Comunicação Social do Governo.

Recorde-se que a questão das relações externas de Macau tem estado na ordem do dia, após a visita do Presidente chinês Xi Jinping no passado mês de Dezembro por ocasião das celebrações dos 20 anos da RAEM, onde os distúrbios sociais que têm assolado Hong Kong nos últimos meses foram referidos por diversas ocasiões por contraponto com a situação de Macau.

Há dias, também Zhang Xiaoming, director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado em Pequim, recordou as palavras do Presidente chinês por altura da sua visita à região, através de um artigo divulgado numa publicação do Partido Comunista Chinês, intitulada Qiushi, onde escreveu que existem “forças externas” a tentar penetrar na sociedade de Macau, tal como ocorreu em Hong Kong, sem especificar que tipo de forças externas estão em causa.

“Estes comentários feitos pelo secretário-geral Xi Jinping constituíram um golpe para eles e pretendem servir de encorajamento para nós na nossa legítima luta e contra-reacções quando as forças externas estão profundamente envolvidas nos tumultos relacionados com a lei da extradição, tomando parte da questão e manobrando o caos em Hong Kong, e também estão a tentar infiltrar-se em Macau”, escreveu na altura Zhang Xiaoming citado pelo South China Morning Post.

6 Jan 2020

MNE | Ho Iat Seng pede apoio perante “incerteza da conjuntura internacional”

Num encontro com a comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Shen Beili, o Chefe do Executivo pediu apoio a Pequim para “contar bem a história de Macau” perante a complexidade e incerteza da actual conjuntura internacional

 
[dropcap]H[/dropcap]o Iat Seng esteve reunido no passado dia 3 de Janeiro na Sede do Governo da RAEM com a comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China, Shen Beili, “tendo trocado opiniões sobre assuntos inerentes às relações externas da Região Administrativa Especial de Macau”.
Segundo uma nota do Gabinete de Comunicação Social sobre o encontro, após sublinhar a boa comunicação existente entre as duas partes, Ho Iat Seng, considerou que o Governo deve continuar a colaborar com o Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau, uma vez que “precisa do apoio do Comissariado e da comissária nos assuntos inerentes às relações externas e consulares, perante a complexidade e incerteza da conjuntura internacional”.
Fazendo votos para que as duas partes continuem as estreitas ligações tendo em vista a continuação dos trabalhos relativos às relações externas, Ho Iat Seng considerou também que, “para se contar bem a história de Macau, é necessário concentrar as atenções na promoção no exterior e interior”, sendo, para isso, inevitável o apoio contínuo dado pelo Comissariado.

Cooperação e eficácia

Por seu turno, a comissária do MNE destacou “o enorme apoio do Governo da RAEM, nos últimos 20 anos” e a boa colaboração com os serviços públicos locais como principais pilares para o estabelecimento de um “mecanismo de trabalho eficaz”. Shen Beili assegurou que o Comissariado continuará a apoiar o Governo da RAEM nos trabalhos relacionados com as relações externas da região, que deverá estar preparada para agarrar as oportunidades que surgirem no futuro.
“Com o apoio do Governo Central, Macau pode aproveitar bem as oportunidades de desenvolvimento e, no futuro, o Comissariado continuará a cumprir as suas funções, cooperando com o Governo da RAEM para se proceder bem aos trabalhos relativos aos assuntos externos de Macau”, pode ler-se na nota do Gabinete de Comunicação Social do Governo.
Recorde-se que a questão das relações externas de Macau tem estado na ordem do dia, após a visita do Presidente chinês Xi Jinping no passado mês de Dezembro por ocasião das celebrações dos 20 anos da RAEM, onde os distúrbios sociais que têm assolado Hong Kong nos últimos meses foram referidos por diversas ocasiões por contraponto com a situação de Macau.
Há dias, também Zhang Xiaoming, director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado em Pequim, recordou as palavras do Presidente chinês por altura da sua visita à região, através de um artigo divulgado numa publicação do Partido Comunista Chinês, intitulada Qiushi, onde escreveu que existem “forças externas” a tentar penetrar na sociedade de Macau, tal como ocorreu em Hong Kong, sem especificar que tipo de forças externas estão em causa.
“Estes comentários feitos pelo secretário-geral Xi Jinping constituíram um golpe para eles e pretendem servir de encorajamento para nós na nossa legítima luta e contra-reacções quando as forças externas estão profundamente envolvidas nos tumultos relacionados com a lei da extradição, tomando parte da questão e manobrando o caos em Hong Kong, e também estão a tentar infiltrar-se em Macau”, escreveu na altura Zhang Xiaoming citado pelo South China Morning Post.

6 Jan 2020

Ho Iat Seng diz que 2020 será ano de oportunidades e desafios

Na primeira mensagem de Ano Novo como líder do Governo, Ho Iat Seng comprometeu-se a potenciar o desenvolvimento de Macau seguindo à risca as orientações do Presidente Xi Jinping

 

[dropcap]N[/dropcap]um ano que promete ser de “grandes oportunidades de desenvolvimento”, mas também de “todo o tipo de desafios”, o Chefe do Executivo Ho Iat Seng assumiu que 2020 será enfrentado com confiança e coragem. Para isso, defendeu ser preciso prosseguir com a aplicação do princípio “Um País, Dois Sistemas” e cumprir a Constituição e a Lei Básica.

“Novo ano, nova jornada, novas realizações e novos cenários. Macau conta com toda a sua população para a construção de um futuro promissor e para a composição de um capítulo esplêndido da grande prática do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’. Continuaremos a prosseguir de forma plena e correcta a política orientadora ‘Um País, Dois Sistemas’, a cumprir estritamente a Constituição e a Lei Básica, a salvaguardar com firmeza o poder pleno de governação do Governo Central e a defender com perseverança a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do País”, sublinhou no discurso.

De forma a seguir o caminho traçado, o Chefe do Executivo reiterou ainda a vontade de elevar o desenvolvimento do território para “um novo patamar”, sempre seguindo à risca as palavras e orientações do presidente Xi Jinping.
 Na mensagem de Ano Novo, Ho Iat Seng reafirmou assim a intenção de reforçar “o poder pleno de governação do Governo Central” e defender com “perseverança a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país”.

“Iremos pautar as nossas acções pelo espírito das palavras do Presidente Xi Jinping e implementar as suas orientações, nomeadamente as «quatro iniciativas de forma empenhada», as «quatro “sempre”» e as «quatro expectativas». Com uma visão projectada para o futuro, preparados para as adversidades e com um espírito íntegro, inovador e pragmático, iremos impulsionar, em todas as vertentes, a construção da RAEM, mas focados no seu posicionamento enquanto «Um Centro», «Uma Plataforma» e «Uma Base», referiu.

Desenvolvimento “irresistível”

“Quando a maré sobe e o vasto mar se une ao céu é o momento perfeito para se fazer à vela”, afirmou também Ho Iat Seng a propósito das oportunidades que devem ser agarradas em 2020 que Macau continue na senda da prosperidade e da diversificação.

“O nosso País apresenta uma tendência de desenvolvimento vigorosa e irresistível. Devemos trabalhar em conjugação de esforços, agarrar as oportunidades proporcionadas pelas grandes estratégias de desenvolvimento e políticas de apoio implementadas pelo País, integrar-nos de forma mais activa na conjuntura do desenvolvimento nacional e empenharmo-nos na construção de uma Macau próspera e diversificada”, vincou Ho Iat Seng.

O Chefe do Executivo refere também que será dada prioridade “às grandes aspirações da população”, onde se incluem a reforma da Administração Pública, a diversificação económica, a construção de um Governo que age segundo a Lei e que é imparcial e ainda dar continuidade à tradição do Amor a Macau e à pátria.

3 Jan 2020

Conselho de Estado diz que “forças externas” estão a tentar infiltrar-se em Macau

[dropcap]Z[/dropcap]hang Xiaoming, director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, em Pequim, publicou ontem um artigo numa publicação do Partido Comunista Chinês, intitulada Qiushi, onde escreve que existem “forças externas” a tentar penetrar na sociedade de Macau, tal como ocorreu em Hong Kong, sem especificar que tipo de forças externas estão em causa. De frisar que este artigo foi publicado após a visita do Presidente Xi Jinping a Macau, em Dezembro último.

De acordo com o South China Morning Post (SCMP), Zhang Xiaoming citou as palavras de Xi Jinping, que defendeu que “a segurança nacional, a segurança e os interesses da população” eram objectivos firmes da China e que o país nunca iria tolerar interferências estrangeiras nas duas regiões administrativas especiais.

Escreveu Zhang Xiaoming que “estes comentários feitos pelo secretário-geral Xi Jinping constituíram um golpe para eles e pretendem servir de encorajamento para nós na nossa legítima luta e contra-reacções quando as forças externas estão profundamente envolvidas nos tumultos relacionados com a lei da extradição, tomando parte da questão e manobrando o caos em Hong Kong, e também estão a tentar infiltrar-se em Macau”, escreveu, citado pelo SCMP.

O responsável adiantou ainda que Hong Kong sofreu “revés”, mas que Macau tem feito muitos avanços na implementação da política “Um País, Dois Sistemas”. Além disso, no artigo lê-se ainda que os dois territórios são diferentes, mas que Xi Jinping disse que o território deveria servir “de importante guia” para Hong Kong. Zhang Xiaoming foi director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong entre 2012 e 2017.

O custo de ser internacional

No artigo do SCMP, são citadas declarações de Lau Siu-kai, vice-presidente da Associação Chinesa de Estudos para Hong Kong e Macau, que lembrou que “Pequim sempre teve preocupações em termos de segurança nacional relacionadas com Macau, e muita desta preocupação está relacionada com os Estados Unidos. Mas as organizações estrangeiras tiveram problemas ao estabelecer-se em Macau, então Pequim acredita que estas têm mais possibilidades de [construir a sua] influência através [da sua presença] em Hong Kong”.

Lau Siu-kai frisou que, apesar do Governo Central procurar que Macau diversifique a sua economia e se abra ao investimento estrangeiro, esta preocupação relacionada com as forças externas existe sempre.
“Pequim pode pensar que tem menos a recear em Macau pelo facto de o território ser menos desenvolvido [em relação a Hong Kong], mas as suas preocupações vão aumentar quando procura que Macau se torne mais internacional”, rematou.

3 Jan 2020

Ano Novo | Xi Jinping elogia estabilidade de Macau e pede o mesmo para Hong Kong

Na mensagem de Ano Novo, o Presidente Xi Jinping revelou-se sensibilizado com a “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau, território que demonstra o sucesso da aplicação do princípio “Um País, Dois Sistemas”. Já para Hong Kong, deseja “o melhor” e a mesma estabilidade

 

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, elogiou na passada terça-feira, por ocasião da mensagem de Ano Novo, a estabilidade e prosperidade de Macau, desejando o mesmo para Hong Kong, que desde Junho se tem visto a braços com turbulentas manifestações pró-democracia

Num discurso de 15 minutos transmitido pelos diversos meios de comunicação estatais, o Presidente chinês afirmou mesmo sentir-se estimulado pela “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau quando esteve no território entre os dias 18 e 20 de Dezembro para as celebrações do 20º aniversário da RAEM e para a tomada de posse do novo Executivo.

“Há uns dias, assisti às comemorações do 20.º aniversário do regresso de Macau à pátria e fiquei sensibilizado com a prosperidade e a estabilidade”, declarou Xi Jinping, de acordo com a agência Lusa. O sucesso de Macau “indica que o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ é plenamente aplicável, exequível e popular”, acrescentou.

Logo depois do elogio a Macau, Xi Jinping dirigiu algumas palavras à situação de Hong Kong, apelando à estabilidade e à paz na região.

“Nos últimos meses, os nossos corações têm estado preocupados com a situação em Hong Kong. Sem um ambiente harmonioso e estável, como é que as pessoas podem viver em paz”, questionou Xi Jinping. “Desejo sinceramente a Hong Kong e aos nossos compatriotas (…) o melhor”, afirmou o líder chinês, sublinhando que “a estabilidade e a prosperidade” da ex-colónia britânica é um desejo “de toda a pátria”.

Ano memorável

O ano em que se assinalou os 20 anos do regresso de Macau para administração chinesa, foi também aquele onde se celebrou o 70.º aniversário da fundação da República Popular da China, a 1 de Outubro. Para Xi Jinping este foi mesmo o “momento mais memorável de 2019”.

“Aplaudimos as gloriosas realizações da República Popular da China nos últimos 70 anos e ficámos impressionados com a força do patriotismo”, declarou.

Por outro lado, Xi mencionou ainda os sucessos diplomáticos do país em 2019, numa altura em que o número de países que detêm laços oficiais com Pequim subiu para 180: “Temos amigos em todo o mundo”, referiu.
Estas palavras têm peso particular e imediato em Taiwan, onde serão realizadas eleições presidenciais já no próximo 11 de Janeiro, após um ano em que o território continuou a perder aliados. Isto, porque Pequim exige a retirada do reconhecimento oficial de Taipé, a fim de estabelecer laços diplomáticos. Com Lusa

3 Jan 2020

Ano Novo | Xi Jinping elogia estabilidade de Macau e pede o mesmo para Hong Kong

Na mensagem de Ano Novo, o Presidente Xi Jinping revelou-se sensibilizado com a “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau, território que demonstra o sucesso da aplicação do princípio “Um País, Dois Sistemas”. Já para Hong Kong, deseja “o melhor” e a mesma estabilidade

 
[dropcap]O[/dropcap] Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, elogiou na passada terça-feira, por ocasião da mensagem de Ano Novo, a estabilidade e prosperidade de Macau, desejando o mesmo para Hong Kong, que desde Junho se tem visto a braços com turbulentas manifestações pró-democracia
Num discurso de 15 minutos transmitido pelos diversos meios de comunicação estatais, o Presidente chinês afirmou mesmo sentir-se estimulado pela “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau quando esteve no território entre os dias 18 e 20 de Dezembro para as celebrações do 20º aniversário da RAEM e para a tomada de posse do novo Executivo.
“Há uns dias, assisti às comemorações do 20.º aniversário do regresso de Macau à pátria e fiquei sensibilizado com a prosperidade e a estabilidade”, declarou Xi Jinping, de acordo com a agência Lusa. O sucesso de Macau “indica que o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ é plenamente aplicável, exequível e popular”, acrescentou.
Logo depois do elogio a Macau, Xi Jinping dirigiu algumas palavras à situação de Hong Kong, apelando à estabilidade e à paz na região.
“Nos últimos meses, os nossos corações têm estado preocupados com a situação em Hong Kong. Sem um ambiente harmonioso e estável, como é que as pessoas podem viver em paz”, questionou Xi Jinping. “Desejo sinceramente a Hong Kong e aos nossos compatriotas (…) o melhor”, afirmou o líder chinês, sublinhando que “a estabilidade e a prosperidade” da ex-colónia britânica é um desejo “de toda a pátria”.

Ano memorável

O ano em que se assinalou os 20 anos do regresso de Macau para administração chinesa, foi também aquele onde se celebrou o 70.º aniversário da fundação da República Popular da China, a 1 de Outubro. Para Xi Jinping este foi mesmo o “momento mais memorável de 2019”.
“Aplaudimos as gloriosas realizações da República Popular da China nos últimos 70 anos e ficámos impressionados com a força do patriotismo”, declarou.
Por outro lado, Xi mencionou ainda os sucessos diplomáticos do país em 2019, numa altura em que o número de países que detêm laços oficiais com Pequim subiu para 180: “Temos amigos em todo o mundo”, referiu.
Estas palavras têm peso particular e imediato em Taiwan, onde serão realizadas eleições presidenciais já no próximo 11 de Janeiro, após um ano em que o território continuou a perder aliados. Isto, porque Pequim exige a retirada do reconhecimento oficial de Taipé, a fim de estabelecer laços diplomáticos. Com Lusa

3 Jan 2020

Concessão da Cinemateca Paixão prolongada por mais seis meses

Mok Ian Ian, presidente do Instituto Cultural, disse ontem que em Janeiro deverá ser aberto um novo concurso público para a gestão da Cinemateca Paixão. Mas, para já, a actual concessionária, Associação Audiovisual Cut, vê o contrato ser prolongado por mais seis meses

 

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem um comunicado a referir que “iniciará o concurso público sobre a prestação de serviço de exploração da Cinemateca Paixão o mais rápido possível, a fim de fornecer ao público um serviço cultural de qualidade”. Em declarações reproduzidas pela TDM Rádio Macau, Mok Ian Ian, presidente do IC, assegurou que o concurso público para uma nova concessão poderá ser aberto ainda antes do Ano Novo Chinês.

Para já, é certo que a Associação Audiovisual Cut, concessionária desde a abertura da Cinemateca, pode continuar com o seu trabalho, uma vez que o contrato será renovado a curto prazo.

“Em resposta às recentes opiniões e necessidades do sector cinematográfico e do público sobre a Cinemateca Paixão, o IC prolonga o serviço de exploração da empresa actual por um período de seis meses, de acordo com os procedimentos administrativos”, lê-se.

No que diz respeito às obras de manutenção do espaço onde funciona a Cinemateca, os trabalhos começarão a ser feitos já a partir de Fevereiro do próximo ano. “Serão realizadas as inspecções e manutenção de pequenas dimensões da Cinemateca por fases, prevendo-se que as restantes obras sejam realizadas entre Junho e Agosto”, explica o IC.

Infiltrações por resolver

As obras de reparação e manutenção de que a Cinemateca Paixão será alvo devem-se, afinal, às infiltrações ocorridas devido às fortes chuvadas de Junho de 2019. “Nos últimos meses têm ocorrido falhas mais frequentes, incluindo falhas de flash do projector e desconexão frequente entre o projector e o servidor.

Depois de várias reparações, o problema não foi ainda resolvido completamente.” Além disso, “as infiltrações de água no edifício causaram também a descamação de argamassa das paredes”. Todos os trabalhos de reparação serão feitos em três fases.

As obras terão início apenas em Fevereiro devido ao facto de a produção do espectáculo “A Dupla Cinematográfica”, integrado no cartaz do 19º Festival Fringe, decorrer na Cinemateca.

O IC pretende, além das obras, e “tendo em conta a evolução da indústria cinematográfica nos últimos anos, proceder à revisão do conteúdo do serviço para garantir que a Cinemateca ofereça ao público uma qualidade ainda melhor das instalações de projecção de filmes no futuro”.

Cortar nas despesas

Ontem a presidente do IC disse ainda à TDM Rádio Macau que a nova secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, “deu instruções” para controlar os custos. “Temos de ter muito mais cuidado com cada despesa. Nós vamos fazer uma revisão das despesas. Temos tido uma atitude de reajustamento das despesas”, frisou Mok Ian Ian. A responsável admitiu, porém, que para já não existe um “plano especial para cortar na programação”.

31 Dez 2019

Porto Interior | Passagem marítima com ligação a Zhuhai reabre a dia 23

A passagem marítima entre a zona do Porto Interior e Wanzai, em Zhuhai, recomeça a operar oficialmente no dia 23 de Janeiro, foi ontem anunciado. As autoridades estimam um aumento da frequência de barcos de 34 para 110 por dia, com um horário de funcionamento entre as 7h e as 22h

 

[dropcap]E[/dropcap]stão praticamente concluídos os trabalhos que vão permitir a reabertura da passagem marítima entre o terminal marítimo do Porto Interior e a passagem alfandegária de Wanzai (ilha da Lapa) em Zhuhai já no dia 23 de Janeiro. O Governo promoveu ontem uma conferência de imprensa onde explicou os detalhes de funcionamento deste novo serviço.

Será possível apanhar barco neste posto alfandegário entre as 7h e as 22h, com as autoridades a prever a operacionalização diária de 110 rotas de barcos, um aumento três vezes superior face às 34 rotas em funcionamento antes de 2016.

Susana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), acrescentou que, ao nível do funcionamento das rotas, haverá um período de descanso menor na hora de almoço. “A frequência das ligações marítimas será de 15 minutos, o que aumentará as ligações marítimas em três vezes mais”, aponta um comunicado.

A directora da DSAMA frisou que está ainda a ser analisado o pedido apresentado pela Agência de Transporte de Passageiros Yuet Tung para a operacionalização dos barcos. Susana Wong explicou também que “em breve será efectuada uma análise à segurança dos barcos e o seu funcionamento, incluindo os equipamentos de salva vidas e contra-fogo, de forma a assegurar as condições adequadas”.

No que diz respeito ao preço dos bilhetes foram fixados preços baixos. Um bilhete simples de Macau para Wanzai será de 20 patacas, enquanto que um bilhete de ida e volta terá o preço de 30 patacas. Já um bilhete normal de Wanzai para Macau custará 15 renmimbis, enquanto que um bilhete de ida e volta terá um custo de 25 renmimbis.

Encerrado em Janeiro de 2016, esta passagem marítima funcionava apenas entre as 8h e 16h, com uma afluência anual de passageiros a rondar as 700 mil pessoas. Desta vez, o terminal passa a funcionar por um maior período de tempo, 15 horas diárias, estando prevista a passagem de 50 mil pessoas por dia. “São quatro frequências por hora e o maior barco suporta cerca de 280 passageiros. Com o modelo automático de passageiros podemos suportar estes números”, disse Lao Ian Seong, segunda-comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Rápidas formalidades

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, adiantou que a abertura da travessia marítima corresponde aos desígnios do Governo Central. Citado pelo mesmo comunicado oficial, o governante disse que “estas medidas facilitam as deslocações da população local a Zhuhai, numa passagem alfandegária em condições mais confortáveis que pretendem não só promover a interacção entre as pessoas e a economia dos dois territórios, mas também concretizar uma das exigências do Presidente Xi Jinping, no que diz respeito ao reforço da cooperação entre Guangdong e Macau”.

Lao Ian Seong adiantou que tanto os balcões de controlo de documentos nas zonas de partidas e chegadas de passageiros poderão receber, por hora, 3840 passageiros. Tal “demonstra um grande aumento da capacidade de passagem alfandegária em comparação com o passado”, disse a responsável.

Já Lo Seng Chi, responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), alertou para o facto de o trânsito na zona do Porto Interior poder vir a sofrer grandes alterações. “Com o aumento da frequência das ligações marítimas, após a abertura da nova passagem, haverá um incremento do fluxo de passageiros, pelo que as estações de autocarros e a zona destinada à tomada e largada de passageiros serão reajustadas”, frisou. Ainda assim, Lo Seng Chi considerou que a estação de táxis existente será mais um factor que poderá facilitar o transporte de pessoas.

31 Dez 2019

Porto Interior | Passagem marítima com ligação a Zhuhai reabre a dia 23

A passagem marítima entre a zona do Porto Interior e Wanzai, em Zhuhai, recomeça a operar oficialmente no dia 23 de Janeiro, foi ontem anunciado. As autoridades estimam um aumento da frequência de barcos de 34 para 110 por dia, com um horário de funcionamento entre as 7h e as 22h

 
[dropcap]E[/dropcap]stão praticamente concluídos os trabalhos que vão permitir a reabertura da passagem marítima entre o terminal marítimo do Porto Interior e a passagem alfandegária de Wanzai (ilha da Lapa) em Zhuhai já no dia 23 de Janeiro. O Governo promoveu ontem uma conferência de imprensa onde explicou os detalhes de funcionamento deste novo serviço.
Será possível apanhar barco neste posto alfandegário entre as 7h e as 22h, com as autoridades a prever a operacionalização diária de 110 rotas de barcos, um aumento três vezes superior face às 34 rotas em funcionamento antes de 2016.
Susana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), acrescentou que, ao nível do funcionamento das rotas, haverá um período de descanso menor na hora de almoço. “A frequência das ligações marítimas será de 15 minutos, o que aumentará as ligações marítimas em três vezes mais”, aponta um comunicado.
A directora da DSAMA frisou que está ainda a ser analisado o pedido apresentado pela Agência de Transporte de Passageiros Yuet Tung para a operacionalização dos barcos. Susana Wong explicou também que “em breve será efectuada uma análise à segurança dos barcos e o seu funcionamento, incluindo os equipamentos de salva vidas e contra-fogo, de forma a assegurar as condições adequadas”.
No que diz respeito ao preço dos bilhetes foram fixados preços baixos. Um bilhete simples de Macau para Wanzai será de 20 patacas, enquanto que um bilhete de ida e volta terá o preço de 30 patacas. Já um bilhete normal de Wanzai para Macau custará 15 renmimbis, enquanto que um bilhete de ida e volta terá um custo de 25 renmimbis.
Encerrado em Janeiro de 2016, esta passagem marítima funcionava apenas entre as 8h e 16h, com uma afluência anual de passageiros a rondar as 700 mil pessoas. Desta vez, o terminal passa a funcionar por um maior período de tempo, 15 horas diárias, estando prevista a passagem de 50 mil pessoas por dia. “São quatro frequências por hora e o maior barco suporta cerca de 280 passageiros. Com o modelo automático de passageiros podemos suportar estes números”, disse Lao Ian Seong, segunda-comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Rápidas formalidades

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, adiantou que a abertura da travessia marítima corresponde aos desígnios do Governo Central. Citado pelo mesmo comunicado oficial, o governante disse que “estas medidas facilitam as deslocações da população local a Zhuhai, numa passagem alfandegária em condições mais confortáveis que pretendem não só promover a interacção entre as pessoas e a economia dos dois territórios, mas também concretizar uma das exigências do Presidente Xi Jinping, no que diz respeito ao reforço da cooperação entre Guangdong e Macau”.
Lao Ian Seong adiantou que tanto os balcões de controlo de documentos nas zonas de partidas e chegadas de passageiros poderão receber, por hora, 3840 passageiros. Tal “demonstra um grande aumento da capacidade de passagem alfandegária em comparação com o passado”, disse a responsável.
Já Lo Seng Chi, responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), alertou para o facto de o trânsito na zona do Porto Interior poder vir a sofrer grandes alterações. “Com o aumento da frequência das ligações marítimas, após a abertura da nova passagem, haverá um incremento do fluxo de passageiros, pelo que as estações de autocarros e a zona destinada à tomada e largada de passageiros serão reajustadas”, frisou. Ainda assim, Lo Seng Chi considerou que a estação de táxis existente será mais um factor que poderá facilitar o transporte de pessoas.

31 Dez 2019

Metro Ligeiro | Transporte vai continuar a ser gratuito até ao fim de Janeiro

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, assegurou que o período experimental de funcionamento do Metro Ligeiro será alargado até ao dia 31 de Janeiro, o que implica que as viagens vão continuar a ser grátis. Face às avarias ocorridas, o governante exige respostas rápidas e acção da empresa gestora para garantir a segurança dos passageiros

 

[dropcap]A[/dropcap] ocorrência de uma terceira avaria do Metro Ligeiro no espaço de um mês levou ontem o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, a prestar explicações. O governante adiantou também que as viagens no Metro Ligeiro vão continuar a ser grátis até 31 de Janeiro.

Sobre as avarias, André Cheong pediu respostas rápidas à empresa gestora de forma a garantir, em primeiro lugar, a segurança dos utilizadores. “Face a essa situação e aos transtornos causados à população pedimos desculpas. Temos de, em primeiro lugar, assegurar a segurança dos passageiros. Exigimos que a companhia responsável inicie já uma análise sobre a situação e possa apresentar uma proposta de resolução. O objectivo é constatar um problema de funcionamento e resolvê-lo de imediato. Se descobrirmos que se trata de uma falha mecânica ou de gestão, veremos quais são as medidas a serem adoptadas de forma atempada.”

Apesar dos alertas, André Cheong desvalorizou a ocorrência de avarias. “O Metro Ligeiro é uma novidade em Macau e todos sabemos que, mesmo a nível internacional, sempre que este tipo de transporte funciona pela primeira vez há sempre pequenos entraves e problemas que podem surgir. É um complexo sistema de transporte e carecemos de tempo para a sua articulação.”

Exigidas explicações

As sucessivas avarias do sistema de Metro Ligeiro levaram, entretanto, o deputado Lei Chan U a interpelar o Governo sobre o assunto. O legislador ligado aos Operários questiona as causas dos incidentes e os resultados do sistema de contingência do Metro Ligeiro. Lei Chan U pretende também saber se o relatório de análise às avarias será tornado público.

Ng Chio Wai, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Ilhas e membro da direcção da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau defendeu, citado pelo Jornal do Cidadão, que tanto o Governo como a empresa gestora do Metro Ligeiro devem explicações ao público. O responsável disse ainda que é importante a criação de um sistema de contingência e de fiscalização.

Ng Chio Wai alertou para o facto de a ocorrência de três avarias ter prejudicado a imagem do sistema de transporte e argumentou que a abertura do Metro Ligeiro aconteceu para cumprir compromissos políticos.

Entretanto, o Corpo de Bombeiros, através do seu comandante, Leong Iok Sam, esclareceu as razões pelas quais não foram prestados esclarecimentos aos meios de comunicação social aquando da terceira avaria do Metro Ligeiro. “Os nossos funcionários têm estado ocupados e por isso não conseguimos atender as chamadas. Mas vamos continuar a melhorar os nossos serviços”, disse, citado pelo jornal Cheng Pou.

31 Dez 2019

Metro Ligeiro | Transporte vai continuar a ser gratuito até ao fim de Janeiro

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, assegurou que o período experimental de funcionamento do Metro Ligeiro será alargado até ao dia 31 de Janeiro, o que implica que as viagens vão continuar a ser grátis. Face às avarias ocorridas, o governante exige respostas rápidas e acção da empresa gestora para garantir a segurança dos passageiros

 
[dropcap]A[/dropcap] ocorrência de uma terceira avaria do Metro Ligeiro no espaço de um mês levou ontem o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, a prestar explicações. O governante adiantou também que as viagens no Metro Ligeiro vão continuar a ser grátis até 31 de Janeiro.
Sobre as avarias, André Cheong pediu respostas rápidas à empresa gestora de forma a garantir, em primeiro lugar, a segurança dos utilizadores. “Face a essa situação e aos transtornos causados à população pedimos desculpas. Temos de, em primeiro lugar, assegurar a segurança dos passageiros. Exigimos que a companhia responsável inicie já uma análise sobre a situação e possa apresentar uma proposta de resolução. O objectivo é constatar um problema de funcionamento e resolvê-lo de imediato. Se descobrirmos que se trata de uma falha mecânica ou de gestão, veremos quais são as medidas a serem adoptadas de forma atempada.”
Apesar dos alertas, André Cheong desvalorizou a ocorrência de avarias. “O Metro Ligeiro é uma novidade em Macau e todos sabemos que, mesmo a nível internacional, sempre que este tipo de transporte funciona pela primeira vez há sempre pequenos entraves e problemas que podem surgir. É um complexo sistema de transporte e carecemos de tempo para a sua articulação.”

Exigidas explicações

As sucessivas avarias do sistema de Metro Ligeiro levaram, entretanto, o deputado Lei Chan U a interpelar o Governo sobre o assunto. O legislador ligado aos Operários questiona as causas dos incidentes e os resultados do sistema de contingência do Metro Ligeiro. Lei Chan U pretende também saber se o relatório de análise às avarias será tornado público.
Ng Chio Wai, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Ilhas e membro da direcção da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau defendeu, citado pelo Jornal do Cidadão, que tanto o Governo como a empresa gestora do Metro Ligeiro devem explicações ao público. O responsável disse ainda que é importante a criação de um sistema de contingência e de fiscalização.
Ng Chio Wai alertou para o facto de a ocorrência de três avarias ter prejudicado a imagem do sistema de transporte e argumentou que a abertura do Metro Ligeiro aconteceu para cumprir compromissos políticos.
Entretanto, o Corpo de Bombeiros, através do seu comandante, Leong Iok Sam, esclareceu as razões pelas quais não foram prestados esclarecimentos aos meios de comunicação social aquando da terceira avaria do Metro Ligeiro. “Os nossos funcionários têm estado ocupados e por isso não conseguimos atender as chamadas. Mas vamos continuar a melhorar os nossos serviços”, disse, citado pelo jornal Cheng Pou.

31 Dez 2019