Milhares de pessoas afetadas por inundações no centro e leste da China

Milhares de pessoas foram afetadas, esta semana, por inundações provocadas por chuvas torrenciais, nas regiões centro e leste da China, noticiou o jornal oficial Global Times. As áreas mais afetadas incluem as cidades de Qingdao (leste) e Chongqing (centro) e a província de Sichuan (centro). Nesta última, as chuvas obrigaram à retirada de 42 mil pessoas.

Várias zonas planas em Chongqing ficaram inundadas. Vídeos difundidos nas redes sociais chinesas mostram veículos a serem arrastados pelas correntes nas ruas da cidade.

A cidade portuária de Qingdao registou chuvas até 200 milímetros, no fim de semana passado, quando os bombeiros tiveram que atuar para bombear água de estacionamentos subterrâneos que ficaram inundados.

De acordo com o Centro Meteorológico da China, a chuva vai prolongar-se até hoje à noite e vai afetar também partes do norte e nordeste.

As autoridades meteorológicas alertaram que algumas áreas vão registar chuvas até 70 milímetros no espaço de uma hora, que podem ser acompanhadas por ventos fortes e até granizo.

Na semana passada, 3,7 milhões de pessoas foram afetadas por chuvas 1,6 vezes mais intensas do que o normal para este período do ano, na região autónoma de Guangxi, no sul da China, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

As inundações causaram perdas económicas no valor de mais de 12 mil milhões de yuans. No ano passado, a região centro da China foi abalada por inundações, causadas por chuvas de intensidade sem precedentes nas últimas décadas, que fizeram mais de 300 mortos na província de Henan.

28 Jun 2022

Casa Branca | Joe Biden e Xi Jinping deverão falar nas próximas semanas

Segundo o conselheiro diplomático norte-americano, Jake Sullivan, os dois líderes deverão encontrar-se dentro de algumas semanas

 

Os Presidentes dos Estados Unidos e da China deverão reunir-se “nas próximas semanas”, confirmou ontem o principal conselheiro diplomático norte-americano, Jake Sullivan, à margem da cimeira do G7, na Alemanha.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, “terão a oportunidade de conversar nas próximas semanas”, afirmou Sullivan, sem especificar a forma nem a data desta reunião.

O encontro deverá acontecer numa altura em que as relações entre as duas superpotências estão extremamente tensas, por causa das posições assumidas face à guerra na Ucrânia e ao estatuto de Taiwan e por questões económicas.

Assegurando que, tanto ao nível do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) como da NATO sempre houve “convergência relativamente aos desafios”, Jake Sullivan sublinhou que “competição não significa confronto”.

Um dos temas da conversa poderá ser a manutenção das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos fabricados na China e a obrigação chinesa de aumentar a compra de produtos norte-americanos.

Questionado na semana passada pelos jornalistas, quando dava um passeio de bicicleta, Biden admitiu que ia falar com Xi Jinping, mas sublinhou não ter ainda tomado nenhuma decisão sobre as sobretaxas.

As sobretaxas, que somam o equivalente a 350 milhões de dólares (anuais, foram impostas pelo anterior Presidente norte-americano, Donald Trump, mas o prazo de validade não ficou explícito, podendo ser levantadas em 6 de Julho, em 23 de Agosto ou no período entre Setembro próximo e Setembro de 2023.

A expectativa de uma reunião entre Biden e Xi ganhou força na segunda-feira passada, depois de um encontro pessoal entre o principal conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos e o principal diplomata chinês.

28 Jun 2022

Xanana Gusmão apela à junta militar de Myanmar para libertar Aung San Suu Kyi

O antigo Presidente timorense apelou hoje à junta militar de Myanmar para libertar Aung San Suu Kyi, e manifestou consternação pela decisão de transferir para um complexo prisional e de manter em isolamento a líder deposta.

“Apelo à Junta Militar, que governa o país, para libertar Aung San Suu Kyi e para seguir o caminho do diálogo e da tolerância, com vista a restauração da transição democrática do país”, disse Xanana Gusmão, num apelo público enviado à Lusa.

“A minha solidariedade está com o povo de Myanmar, o qual tem de ser ouvido e respeitado. As minhas preces são para a Junta Militar, para que os seus responsáveis tenham a abertura e a lucidez de enveredar pela reconciliação de diferendos que conduzam a paz política e social”, salientou.

À própria Aung San Suu Kyi, Xanana Gusmão endereçou “uma palavra de encorajamento por tudo o que tem feito pelo país em prol da democracia, quer antes da mudança de regime, quer, até recentemente, antes de ser privada da sua liberdade”.

Na semana passada, a líder deposta de Myanmar (antiga Birmânia) foi transferida de um local de detenção secreto para uma prisão na capital do país, Naypyidaw. Suu Kyi, de 77 anos, foi detida a 01 de fevereiro de 2021, na sequência de um golpe militar.

A ex-responsável tem estado a ser julgada por vários crimes, tendo sido já condenada a 11 anos de prisão por ter importado e ter ilegalmente na sua posse ‘walkie-talkies’ e violar as restrições de combate à pandemia de covid-19.

Nobel da Paz em 1991, Aung San Suu Kyi passou cerca de 15 anos detida durante um anterior regime militar, mas esteve quase todo esse período em prisão domiciliária na residência familiar, em Rangum, a maior cidade do país.

27 Jun 2022

Xi Jinping vai a Hong Kong dia 1 de Julho a propósito do aniversário da transição

A visita do Presidente chinês serve para celebrar os 25 anos do regresso à pátria da antiga colónia britânica e para assistir à tomada de posse do novo Governo de John Lee

 

O Presidente chinês Xi Jinping vai visitar Hong Kong na próxima sexta-feira, 1 de Julho, para assinalar os 25 anos da passagem da soberania da região administrativa especial chinesa, confirmou ontem a Xinhua.

Segundo a agência de notícias oficial chinesa, o líder chinês “irá participar num encontro comemorativo do 25.º aniversário do retorno de Hong Kong à pátria” e ainda na cerimónia de posse do novo governo da cidade, liderado pelo Chefe do Executivo John Lee.

A tradição dita que os presidentes chineses se desloquem a Hong Kong para marcar a tomada de posse dos novos governos. No entanto, a presença de Xi Jinping nas celebrações deste ano era incerta devido aos surtos de covid-19 em Hong Kong.

Hong Kong, com 7,4 milhões de habitantes, aplica actualmente uma política de saúde menos rígida do que a China continental e tem registado uma média de quase mil novos casos de covid-19 por dia. Na China continental, as autoridades de saúde anunciaram na sexta-feira 143 novos casos de covid-19, 106 dos quais assintomáticos.

Esta será, aliás, a primeira deslocação de Xi Jinping para fora da China continental desde o início da pandemia.
A última visita do líder chinês a Hong Kong foi em 2017, quando participou da posse da líder cessante Carrie Lam.

Só patriotas

O sucessor de Lam à frente do Governo de Hong Kong, John Lee, de 64 anos, antigo chefe de segurança da cidade, liderou em 2019 a campanha repressiva contra o movimento pró-democracia em Hong Kong.

Lee foi nomeado no início de Maio por um pequeno “comité eleitoral”, ao abrigo do novo sistema eleitoral, promovido pelo Governo central em 2021 para garantir que a região semi-autónoma seja governada exclusivamente por “patriotas” leais ao regime chinês.

No final de Maio, Xi Jinping prometeu apoiar e disse ter “total confiança” em John Lee. “O futuro governo definitivamente vai criar uma nova atmosfera e escrever um novo capítulo no desenvolvimento de Hong Kong”, disse Xi, segundo comentários divulgados pela Xinhua.

27 Jun 2022

Política monetária prudente evita inflação alta na China, diz Li Keqiang

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, defendeu ontem que a política monetária “prudente” que o país adoptou vai prevenir uma situação de inflação elevada, como a registada nos Estados Unidos ou nos países europeus.

Citado pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong, Li justificou assim a recusa de Pequim em adoptar políticas de flexibilização monetária em larga escala, apesar de a economia nacional, que já estava em desaceleração, ter sofrido impacto adicional, devido às restritivas medidas de prevenção epidémica, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19.

“Implementamos uma política monetária prudente e não imprimimos quantias excessivas de dinheiro nos últimos anos. Um dos motivos mais importantes foi evitar a inflação e deixar espaço para enfrentar desafios futuros”, disse.

Apesar do significativo aumento da inflação global nos últimos meses, o índice de preços ao consumidor (IPC) da China manteve-se em níveis notavelmente mais baixos, registando uma subida homóloga de 1,5 por cento, entre Janeiro e Maio, abaixo do limite oficial do governo para este ano, de “cerca de 3 por cento”.

Os comentários de Li surgem depois de a Reserva Federal dos EUA ter executado o maior aumento das taxas de juros dos últimos 28 anos, para combater a inflação.

Sem precedentes

O Banco Popular da China (banco central) optou por deixar as suas taxas de referência intactas para evitar uma desvalorização da moeda chinesa, o yuan, segundo os analistas.

O rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano ultrapassou este ano, pela primeira vez desde 2010, os juros das obrigações do Estado chinês.

Esta situação causou já uma liquidação de títulos da dívida chinesa sem precedentes por parte de fundos e investidores estrangeiros, no mercado de dívida soberana.

A saída de capital ascendeu a 51,8 mil milhões de yuans, em Março, de acordo com um relatório compilado na terça-feira pela Western Securities, empresa de serviços financeiros com sede em Xi’an, centro da China.

O primeiro-ministro chinês expressou ainda confiança numa “boa colheita” de cereais, como o trigo, que permitirá manter a inflação baixa, e pediu o aumento da produção de carvão, para evitar uma escassez de energia, como a que provocou políticas de racionamento em importantes centros industriais do país, no segundo semestre do ano passado.

24 Jun 2022

Presidente da China critica alargamento de alianças militares

O Presidente da China, Xi Jinping, criticou ontem o “alargamento de alianças militares”, o fator responsável, segundo defendeu o governante, pela atual crise na Ucrânia.

O chefe de Estado chinês falava na cerimónia de abertura do Fórum Empresarial das grandes economias emergentes BRICS, evento que acontece antes da cimeira virtual do bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que vai decorrer na quinta-feira a partir de Pequim.

Este grupo de economias emergentes representa mais de 40% da população mundial e quase um quarto da riqueza produzida no planeta, sendo que três dos seus membros – China, Índia e África do Sul – abstiveram-se de votar uma resolução da ONU a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Pequim e Nova Deli têm laços militares estreitos com Moscovo e estão a comprar quantidades crescentes de petróleo.

“A humanidade conheceu a devastação de duas guerras mundiais e a névoa escura do confronto da Guerra Fria”, disse Xi Jinping, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.

“Essa dolorosa história mostrou que o confronto entre blocos hegemónicos (…) não traz paz nem segurança, mas apenas guerra e conflitos”, sublinhou, adiantando que “a crise na Ucrânia é mais um alerta para o mundo”.

“A fé cega nas posições de força, o alargamento de alianças militares e a procura da própria segurança em detrimento da segurança de outros países conduzem inevitavelmente a um impasse de segurança”, defendeu Xi Jinping, numa aparente referência à NATO e aos Estados Unidos.

Durante uma conversa telefónica realizada na semana passada, o Presidente chinês assegurou ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que Pequim continuará a apoiar Moscovo em questões de “soberania e segurança”.

A posição foi criticada pelos Estados Unidos, que pediram à China para evitar colocar-se “do lado errado da História”.

A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com uma invasão das forças militares russas, levou dois países nórdicos historicamente neutros – a Suécia e a Finlândia – a pedir a adesão à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), tendo a Aliança Atlântica iniciado já negociações para a sua concretização.

A cimeira dos BRICS acontece numa altura em que a China e a Rússia – que defendem abertamente a construção de uma nova ordem mundial – estão a tentar alargar o grupo, visando aumentar a sua influência política.

23 Jun 2022

Xi Jinping diz que uso de sanções vai acabar por afectar o mundo inteiro

O Presidente chinês assegurou ontem, na cerimónia de abertura do Fórum Empresarial do bloco BRICS, que aqueles que se aproveitam da sua posição para “impor sanções” vão acabar por afetar “pessoas em todo o mundo”.

Xi Jinping enfatizou que a guerra na Ucrânia “suou o alarme da humanidade”, e que está preocupado com os danos que os restantes países podem sofrer, “à custa dos outros”.

“Perante a turbulência e instabilidade no mundo, devemos ter firmemente em mente a aspiração original da Carta da ONU, bem como a nossa missão de promover a paz”, disse o governante chinês, pedindo esforços conjuntos para salvaguardar a paz.

Xi Jinping reiterou que “confrontos entre blocos” vão contra a paz e trazem “guerras e conflitos”, numa altura em que os Estados Unidos tentam construir alianças para contrapor a ascensão da China na região da Ásia–Pacífico.

O chefe de Estado chinês também sustentou que o desenvolvimento global deve ser orientado para uma “nova era”, especificando que as “aspirações dos povos e os interesses da comunidade internacional” devem ser aqueles que orientam todos os países.

Como em discursos anteriores, o líder chinês ressaltou a necessidade de o mundo inteiro se unir perante as dificuldades e defender os “benefícios mútuos”.

Perante as interrupções nas cadeias de fornecimento industrial, o aumento dos preços das matérias-primas e energia, Xi Jinping pediu a “remoção de todas as barreiras que impedem o desenvolvimento das forças produtivas, para promover o desenvolvimento sólido da globalização”.

“Toda a gente teme que a economia mundial se afunde num pântano de crises”, disse o governante, acrescentando que, neste “momento crucial, somente unidos em solidariedade e cooperação, podemos superar as crises económicas”.

O Presidente da China exortou a que se façam “esforços” para melhorar a governação económica global, dando “voz e representação aos mercados emergentes e países em desenvolvimento”.

O líder chinês apelou ao respeito pelas regras da Organização Mundial do Comércio e pediu que se defenda o sistema multilateral de comércio, em busca de uma economia mundial aberta.

O bloco BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ganhou expressão, pela primeira vez, em 2001, quando o economista Jim O’Neill, da Goldman Sachs, publicou um estudo intitulado “Building Better Global Economic BRICs”, sobre as grandes economias emergentes.

O grupo reuniu-se pela primeira vez em 2009 e logo estabeleceu uma agenda focada na reforma da ordem internacional, visando maior protagonismo dos países emergentes em organizações como as Nações Unidas, o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional. O bloco passou a incluir a África do Sul no ano seguinte.

Segundo a visão de Pequim e Moscovo, a ascensão dos BRICS ilustra a emergência de “um mundo multipolar”, expressão que concentra a persistente oposição dos dois países ao “hegemonismo” ocidental, e em particular dos Estados Unidos.

A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

23 Jun 2022

Diálogo com China e Coreia do Sul é chave para estabilidade, diz PM japonês

O primeiro-ministro japonês defendeu esta terça-feira que conversações com o líder chinês são fundamentais para a paz e a estabilidade regionais e internacionais, quando aumentam as tensões relacionadas com disputas territoriais e a actividade militar em torno do Japão.

“É importante manter relações estáveis e construtivas” entre o Japão e a China, declarou Fumio Kishida num debate de líderes partidários em Tóquio, antes das eleições legislativas de 10 de Julho.

Questionado sobre uma possível cimeira com o Presidente chinês, Xi Jinping, quando se assinalar o 50.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países, em Setembro, Kishida disse que nada foi decidido, acrescentando: “O diálogo é importante – em termos concretos”.

Segundo Kishida, tendo em conta o agravamento da situação da segurança na região, é igualmente importante o diálogo com a Coreia do Sul, apesar das relações conturbadas decorrentes das acções do Japão durante a Segunda Guerra Mundial.

Inquirido sobre uma eventual reunião com o novo Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, quando os dois líderes se deslocarem a Madrid, a 29 e 30 de Junho, para participar na cimeira da NATO, Kishida voltou a dizer que não há nada decidido, “mas o diálogo é importante”.

O Chefe do Executivo japonês sustentou que relações estáveis entre as duas partes dependem de esforços de Seul para solucionar as suas disputas, incluindo uma sobre decisões judiciais sul-coreanas sobre indemnizações a trabalhadores coreanos em fábricas japonesas em tempo de guerra.

Kishida disse ainda que dará prioridade a políticas para aliviar o aumento dos preços da energia e dos produtos alimentares desencadeado pela invasão russa da Ucrânia, a 24 de Fevereiro.

Em campanha

A campanha oficial para a eleição de cerca de metade da câmara alta do parlamento japonês, a que tem menos poderes das suas duas câmaras, iniciou-se ontem.

O Partido Democrático Liberal de Kishida, no poder, incluiu um acentuado aumento da capacidade e da despesa militares no seu programa eleitoral.

“Protegerei as vidas e os meios de subsistência das pessoas”, sublinhou Kishida que, com um índice de apoio popular de cerca de 60 por cento, se espera obtenha a vitória eleitoral para o seu partido, o que poderá permitir-lhe manter-se ininterruptamente no poder por mais três anos.

Segundo os analistas, Fumio Kishida manteve a sua popularidade em grande parte evitando políticas polémicas, enquanto contava com a ajuda da desaceleração do número de infecções de covid-19 e do aumento das preocupações com a segurança, após a invasão russa da Ucrânia.

23 Jun 2022

Covid-19 | Bloqueios localizados tornam vida numa versão do jogo “Campo Minado”

A China está a substituir bloqueios totais com confinamentos localizados e testes em massa diários à covid-19, que transformaram a vida nas cidades chinesas numa espécie de versão real do popular jogo de computador “Campo Minado”.

Reduzir o impacto económico das medidas de prevenção epidémica é o objectivo desta abordagem agora adoptada pelas autoridades.

Praticamente vazias ao longo de um bloqueio de dois meses, que terminou no início deste mês, as ruas de Xangai, a “capital” económica da China, voltaram a ficar entupidas de automóveis nas últimas semanas.

No entanto, quarteirões inteiros continuam a ser encerrados, sempre que é detectado um caso positivo, ou apenas um contacto próximo nas suas imediações.

Os moradores continuam também a ser levados para instalações designadas pelo Governo, para cumprirem até três semanas de isolamento, caso habitem no mesmo prédio de alguém infectado.

Para aceder a supermercados, restaurantes ou transportes públicos é necessário ter um teste negativo para o vírus, realizado nas 48 horas anteriores.

Esta é a nova versão da estratégia de “zero casos” da China: bloqueios localizados, isolamento de infectados e contactos próximos, e testes em massa.

Isto é possível devido à obrigatoriedade do uso de uma aplicação para aceder a locais públicos ou residenciais. O utilizador deve primeiro digitalizar o código QR, uma versão bidimensional do código de barras, colocado na entrada de todos os edifícios, assim como nos transportes públicos ou táxis.

Sempre que um caso é diagnosticado, as autoridades acedem aos seus movimentos nos dias anteriores, identificando as pessoas com quem potencialmente teve contacto. A ida ao mesmo local onde esteve alguém que mais tarde testou positivo para o novo coronavírus resulta no isolamento num centro de quarentena.

“É como jogar ao ‘Campo Minado’”, ironiza um europeu radicado em Pequim ouvido pela Lusa, numa referência ao jogo de computador “Minesweeper”, que se tornou popular nos anos 1990 devido à sua distribuição juntamente com o sistema operacional Microsoft Windows.

A área de jogo consiste num campo de quadrados retangular. Cada quadrado pode ser revelado com um clique. Se o quadrado contiver uma mina, o jogador perde.

A dobrar

Foi o que aconteceu, por duas vezes, a um consultor português instalado em Pequim, que prefere não ser identificado.

Na semana passada, o seu bairro foi bloqueado, pela segunda vez em menos de um mês, após alguns moradores terem sido considerados contactos directos de casos de covid-19 confirmados.

O condomínio, situado na zona oeste de Pequim, é composto por 12 prédios e abriga mais de cinco mil pessoas.
Vídeos partilhados com a agência Lusa mostram um grupo de moradores a pedir explicações às autoridades, que se limitaram a explicar que há muitos jovens no condomínio que frequentam um bar de Pequim associado ao mais recente surto na cidade, registado no início da semana passada.

Centenas de casos foram vinculados ao bar Heaven Supermarket, próximo do Estádio dos Trabalhadores, onde está concentrada a vida nocturna na cidade, depois de uma pessoa infetada ter visitado o local. As autoridades locais tinham acabado de declarar o fim do último surto.

Firmes e hirtos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou já que a política de “zero casos” da China é “insustentável”, mas o país não dá sinais de desistência.

Pelo contrário: as principais cidades chinesas estão a construir centenas de milhares de centros permanentes de testagem à doença covid-19 e a expandir as instalações de quarentena.

As principais cidades chinesas devem agora ter locais de teste disponíveis a não mais de 15 minutos a pé das casas dos moradores, segundo as directrizes emitidas pelo Governo central.

As 31 províncias e regiões do país também estão a seguir ordens de Pequim para preparar novos hospitais e instalações de quarentena, para o caso de ocorrer um surto de grandes dimensões, como aquele que atingiu Xangai.

Yanzhong Huang, especialista em políticas de saúde pública do Conselho de Relações Externas, um centro de reflexão com sede em Nova Iorque, diz que as medidas demonstram o compromisso de Pequim com a estratégia de “zero casos”, “apesar do crescente custo social e económico associado a esta abordagem”. “O Governo acredita que pode superar o vírus”, aponta o especialista. “Mas sabemos que isto não é realista para a variante Ómicron. E, para uma variante ainda mais transmissível, isto tornar-se-á ainda menos viável”, conclui.

23 Jun 2022

Níveis de precipitação recorde levam à retirada de mais de 220.000 pessoas na China

Níveis de precipitação recorde na China causaram inundações e deslizamentos de terra no sul do país, assim como a retirada preventiva de centenas de milhares de pessoas, informou hoje a imprensa estatal. Chuvas fortes são frequentes no final da primavera e início do verão, principalmente no centro e sul da China, regiões onde também estão localizadas cidades industriais importantes.

Nos últimos dias, fortes chuvas atingiram a província de Guangdong, no sudeste da China, ameaçando os serviços logísticos e produção manufatureira, numa altura em que as cadeias de fornecimento estão já sob pressão devido às restritivas medidas de prevenção adoptadas pela China, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19.

A cidade de Shaoguan, localizada a cerca de 200 quilómetros a norte de Cantão, a capital da província, emitiu hoje um alerta vermelho para inundações, o nível mais alto do serviço meteorológico chinês. As escolas foram transformadas em abrigos temporários e centenas de instalações provisórias foram montadas num centro desportivo, segundo imagens divulgadas pela imprensa.

A região vizinha de Guangxi, no sul, foi atingida pelas piores chuvas desde 2005, segundo a imprensa local. Os moradores foram retirados, à medida que as águas lamacentas inundaram áreas residenciais.

De acordo com os serviços meteorológicos locais, 28 rios da região subiram para níveis considerados perigosos. Em Fujian, no leste da China, mais de 220 mil pessoas foram também retiradas, como medida preventiva, desde o início do mês, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

As chuvas em Guangdong, Fujian e Guangxi atingiram uma média de 621 milímetros entre o início de maio e meados de junho, o nível mais alto desde 1961, de acordo com o boletim meteorológico da China.

Em 2021, a China sofreu inundações severas, com chuvas muito fortes no centro do país, que resultaram em mais de 300 mortos. A maioria morreu em inundações e deslizamentos de terra na cidade de Zhengzhou, onde muitos motoristas ficaram presos, pelo aumento repentino das águas em túneis rodoviários.

21 Jun 2022

Histórico restaurante flutuante Jumbo de Hong Kong afunda no mar do Sul da China

O famoso restaurante flutuante Jumbo de Hong Kong, conhecido pelas suas luxuosas salas de refeição e luzes, afundou no domingo no mar do Sul da China, anunciou a empresa proprietária.

O Jumbo Floating Restaurant (Restaurante Flutuante Jumbo, em tradução simples) – ou Jumbo Kingdom (Reino Jumbo, em tradução simples) – havia sido rebocado na semana passada depois de ter encerrado durante a pandemia de covid-19.

De acordo com a empresa Aberdeen Restaurant Enterprises, a embarcação foi atingida por condições meteorológicas adversas e naufragou perto das Ilhas Paracel, acrescentando que nenhum membro da tripulação ficou ferido.

Com 260 metros de comprimento e três andares, o navio esteve atracado 46 anos nas águas de Hong Kong, tendo recebido “numerosos dignitários e celebridades internacionais”, incluindo a rainha de Inglaterra Isabel II e o ator norte-americano Tom Cruise.

O afundamento surge depois de a Aberdeen Restaurant Enterprises ter dito que não tinha mais condições para assumir os custos de manutenção.

No entanto, a chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, rejeitou os pedidos de alívio financeiro temporário. “Indicámos de forma clara que o Governo não tem planos para investir dinheiro na operação do restaurante (…), disse Carrie Lam.

Mesmo antes da pandemia, o restaurante, que servia comida cantonense, estava a acumular dívidas, mas a proibição de turistas para conter a propagação do vírus SARS-CoV-2 atingiu o Jumbo e outras atrações em Hong Kong.

21 Jun 2022

China promete reforçar ajuda ao Corno de África em reunião com seis países da região

A China prometeu reforçar o apoio de Pequim ao Corno de África, afetado por desafios como a pandemia, a guerra e a seca, disse o enviado especial da China numa reunião em Adis Abeba.

“A China está a fazer muito para apoiar o Corno de África, onde existem desafios provocados pela pandemia de coronavírus, a seca, a guerra e as migrações”, disse o responsável chinês para o Corno de África, Xue Bing, no discurso de abertura da primeira Conferência de Paz da China e do Corno de África, que começou hoje na capital da Etiópia com a presença de altos representantes de seis países da região – Djibuti, Quénia, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Uganda.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiopía anunciou, num breve comunicado, que a conferência se centrará en temas como a paz e a segurança, o desenvolvimento e a boa governação dos países do Corno de África.

O assessor de segurança nacional do primeiro-ministro etíope, Redwan Hussein, agradeceu a Pequim o seu apoio para garantir a paz e a segurança na região, abalada por conflitos armados, ataques de extremistas islâmicos e a pior seca dos últimos 40 anos.

Bing disse que a China continuará a reforçar o seu apoio aos países desta zona e a cooperar em setores como a segurança alimentar, o desenvolvimento tecnológico, as infraestruturas e a luta contra o terrorismo.

A região do Corno de África é palco de vários conflitos, nomeadamente a guerra entre o Governo central da Etiópia e os rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigray (FPLT), que em mais de dois anos deixou cerca de 9,4 milhões de pessoas a precisar de ajuda humanitária.

No Sudão do Sul – que enfrenta uma guerra há nove anos, apesar dos acordos de paz de 2018 -, os serviços sociais mais básicos, como a saúde ou a educação, dependem em grande medida das organizações não-governamentais.

O grupo ‘jihadista’ Al Shabab, afiliado no grupo extremista Al Qaida desde 2012, perpetra ataques frequentes na capital da Somália, Mogadíscio, e em outros pontos do país para derrubar o Governo central e instaurar pela força um Estado islâmico ultraconservador.

Estes extremistas realizaram também atentados em outros países da região, como o Quénia e o Uganda.

Ao problema da insegurança juntou-se uma intensa seca, que está a deixar milhões de pessoas numa situação limite.

Segundo um relatório publicado em maio pelas organizações não-governamentais Save The Children e Oxfam, mais de 23 milhões de pessoas enfrentam já “fome extrema” na Etiópia, Somália e Quénia

A China tem vindo a revelar um interesse crescente em África, tornando-se o primeiro parceiro comercial do continente.

Segundo dados da Universidade John Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, entre 2000 e 2019 as entidades chinesas assinaram mais de 1.100 compromissos de empréstimo avaliados em 153.000 milhões de dólares com governos africanos ou com empresas estatais do continente. Além disso, Pequim abriu em 2017 a sua primeira base militar no estrangeiro num país do Corno de África, o Djibuti.

21 Jun 2022

Japão planeia cimeira com Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia em Madrid

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, está a planear uma reunião com os líderes da Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, em paralelo à cimeira da NATO que realiza na próxima semana em Madrid, avançaram fontes governamentais.

A reunião quadripartida aproveitaria o convite da NATO aos líderes dos países da Ásia-Pacífico para participarem na cimeira em Madrid e centrar-se-ia na ascensão da China na região, informou esta segunda-feira o jornal diário japonês Yomiuri Shimbun.

O porta-voz adjunto do Governo japonês, Yoshihiko Isozaki, admitiu numa conferência de imprensa que os preparativos para a reunião tinham começado, apesar de salientar que ainda não havia decisão.

O gabinete do presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol também anunciou que tinha recebido a proposta de Tóquio e que estava atualmente a analisá-la.

O encontro, que para além de Kishida e Yoon, incluiria ainda o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese e a sua homóloga neozelandesa Jacinda Ardern, terá como objetivo debater a ideia de um “Indo-Pacífico livre e aberto”, expressão usada por Tóquio e Washington para contrariar a crescente influência chinesa na região.

Os líderes do Japão e da Austrália reafirmaram o seu compromisso em adotarem esta estratégia na cimeira do grupo Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad) no final de maio, em Tóquio, juntamente com os representantes de outros países do Quad, entre eles, os Estados Unidos (EUA) e a Índia.

Kishida, cuja viagem a Madrid fará dele o primeiro chefe do Governo japonês a participar numa cimeira da NATO, pretende discutir com os restantes líderes a situação da Ucrânia e as suas preocupações sobre as atividades militares chinesas na Ásia-Pacífico, afirmou o chefe de governo nipónico numa conferência de imprensa na semana passada.

O Japão não é membro da NATO e a sua Constituição é pacifista, mas este membro do G7 e aliado próximo dos Estados Unidos participa nas sanções internacionais contra Moscovo e entregou também equipamentos militares defensivos à Ucrânia.

A cimeira da NATO, prevista para os dias 29 e 30 de junho em Madrid, Espanha, contará com a presença de cerca de 40 líderes internacionais e cerca de cinco mil participantes.

21 Jun 2022

China suspende voo directo a partir de Portugal após detectar casos de covid-19 em passageiros

As autoridades chinesas anunciaram hoje a suspensão da ligação aérea entre Portugal e a China, pelo período de um mês, após detetarem dez casos de covid-19, em 12 de junho, num voo oriundo de Lisboa.

Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passa a estar suspenso a partir de 27 de junho.

Os voos para a China estão sujeitos à política do “circuit breaker” (‘interruptor’, em português): quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês.

Ao abrigo da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, a China mantém as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia.

A ligação aérea entre Portugal e a China foi retomada precisamente no dia 12 de junho, com a frequência de um voo por semana, após ter estado suspensa durante mais de seis meses.

As autoridades de Xi’an, a capital da província de Shaanxi, no centro da China, suspenderam a ligação com Lisboa no dia 25 de dezembro passado, numa altura em que a região enfrentava um surto de covid-19. A cidade só retomou este mês as ligações internacionais. Quem chega à China tem que cumprir ainda uma quarentena de até três semanas, em instalações designadas pelo Governo.

20 Jun 2022

Sismo de magnitude 6 atinge Taiwan

Um sismo de magnitude 6 na escala de Richter atingiu hoje a região de Hualien, no leste de Taiwan, avançou o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês). Segundo a imprensa de Taiwan, não há até ao momento registo de nenhuma vítima ou danos significativos do terramoto, que foi sentido em toda a ilha.

O terramoto aconteceu a cerca de 10 quilómetros de profundidade às 9:05 locais, avançou o USGS. O serviço de metropolitano na capital Taipei foi brevemente interrompido, de acordo com um passageiro, citado pela agência France Presse.

Um abalo de menor intensidade foi registado cerca de meia hora depois, de acordo com o Serviço Meteorológico de Taiwan.

O USGS classificou como “verde” o risco representando pelo terramoto que atingiu Taiwan, prevendo poucas vítimas e danos. Este é o quarto sismo de magnitude 6 ou superior na escala de Richter a atingir Taiwan desde o início de 2022.

Em março, um sismo de magnitude 6,7, registado ao largo de Taiwan, a cerca de 70 quilómetros a sul de Hualien, causou um ferido e destruiu uma ponte em construção nessa região. Taiwan é regularmente atingida por terramotos por se encontrar perto da junção de duas placas tectónicas.

Sismos de magnitude 6 ou mais podem implicar um elevado número de vítimas mortais, mas os efeitos dependem da localização e da profundidade a que ocorrem. Em 2018, um sismo de magnitude 6,4 causou 17 mortos e mais de 300 feridos em Hualien, um popular ponto turístico de Taiwan.

A catástrofe natural mais mortífera da história da ilha ocorreu em setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou cerca de 2.400 pessoas.

20 Jun 2022

Sismo de magnitude 6 atinge Taiwan

Um sismo de magnitude 6 na escala de Richter atingiu hoje a região de Hualien, no leste de Taiwan, avançou o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês). Segundo a imprensa de Taiwan, não há até ao momento registo de nenhuma vítima ou danos significativos do terramoto, que foi sentido em toda a ilha.

O terramoto aconteceu a cerca de 10 quilómetros de profundidade às 9:05 locais, avançou o USGS. O serviço de metropolitano na capital Taipei foi brevemente interrompido, de acordo com um passageiro, citado pela agência France Presse.

Um abalo de menor intensidade foi registado cerca de meia hora depois, de acordo com o Serviço Meteorológico de Taiwan.

O USGS classificou como “verde” o risco representando pelo terramoto que atingiu Taiwan, prevendo poucas vítimas e danos.

Este é o quarto sismo de magnitude 6 ou superior na escala de Richter a atingir Taiwan desde o início de 2022. Em março, um sismo de magnitude 6,7, registado ao largo de Taiwan, a cerca de 70 quilómetros a sul de Hualien, causou um ferido e destruiu uma ponte em construção nessa região.

Taiwan é regularmente atingida por terramotos por se encontrar perto da junção de duas placas tectónicas. Sismos de magnitude 6 ou mais podem implicar um elevado número de vítimas mortais, mas os efeitos dependem da localização e da profundidade a que ocorrem.

Em 2018, um sismo de magnitude 6,4 causou 17 mortos e mais de 300 feridos em Hualien, um popular ponto turístico de Taiwan. A catástrofe natural mais mortífera da história da ilha ocorreu em setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou cerca de 2.400 pessoas.

20 Jun 2022

Corrupção | Presidente apela à tolerância zero para fazer face ao problema

Xi Jinping considera que a corrupção continua a ser um problema nacional grave, apesar da luta constante e dos progressos alcançados. Durante uma sessão de estudo do Comité Central do PCC, o Presidente chinês reiterou o apelo à tolerância zero em relação à corrupção

 

O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou no sábado que a corrupção no país, um dos grandes desafios do seu mandato, continua a ser um problema sério e complicado, apesar dos progressos alcançados. Xi Jinping considerou que a “teimosia e perigo” da corrupção não pode ser subestimada, de acordo com declarações relatadas pela CCTV durante uma sessão de estudo do Politburo do Comité Central do Partido Comunista.

Xi apelou à “tolerância zero” em relação à corrupção e exortou os altos funcionários do Governo a manterem-se a si próprios e às suas famílias “sob controlo”. Também apelou aos escalões superiores para aderirem a uma relação “moderada e limpa” entre o Governo e a comunidade empresarial.

Estas declarações contrastam com o estado de espírito optimista do órgão executivo do partido no poder na China, que na sexta-feira descreveu as operações da sua rede de instituições financeiras anti-corrupção como um sucesso, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

“As investigações da Comissão Central de Controlo Disciplinar ajudaram a reforçar a liderança do partido sobre o sector financeiro e evitaram riscos” para salvar um ambiente cujo volume de negócios atingiu 55 mil milhões de euros, de acordo com o Politburo.

Energia e alimento

Xi Jinping pediu também um combate conjunto contra as crises energética e alimentar, renunciando às sanções unilaterais e ao protecionismo comercial.

“É necessário promover a globalização económica…, garantir a consolidação das cadeias produtivas, superar conjuntamente as crises energética e alimentar em prol da recuperação da economia mundial”, disse o chefe de Estado numa mensagem de vídeo na sessão plenária do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, na Rússia.

Xi Jinping considera necessário fortalecer “a coordenação das políticas de desenvolvimento e a harmonização dos regulamentos e padrões internacionais”.

Além disso, o Presidente da República Popular da China pediu para “renunciar à prática de suspensão fornecimentos, sanções unilaterais e pressão máxima, e eliminar as barreiras comerciais”.

A 12.ª Conferência Ministerial da Organização Mundial de Comércio (OMC) anunciou medidas para aliviar a crise alimentar. A declaração final compromete os membros da OMC a “tomar medidas para tomar a produção e o comércio agrícola mais previsíveis e, portanto, menos voláteis de preços”, embora os passos concretos para alcançar isso ainda tenham de ser definidos em reuniões futuras.

Também ficou acordado limitar as restrições à aquisição de ajuda alimentar humanitária pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas.

20 Jun 2022

Filha de Duterte toma posse como vice-presidente das Filipinas

Sara Duterte-Carpio, filha do ainda presidente filipino, Rodrigo Duterte, prestou hoje juramento em Davao (sul) como vice-presidente do país, 11 dias antes de o seu companheiro de candidatura, Ferdinand “Bongbong” Marcos Jr, tomar posse como chefe de Estado.

Após a esmagadora vitória eleitoral da candidatura, Sara Duterte quebrou a tradição de posse conjunta do presidente e do vice-presidente e escolheu tomar posse no feudo da família em Davao, na ilha de Mindanao, 11 dias antes de Marcos, que tomará posse em 30 de junho, em Manila.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram como o ainda presidente, Rodrigo Duterte, compareceu à tomada de posse, que encerrará o seu mandato de seis anos em 30 de junho, altura em que será substituído por “Bongbong” Marcos, vencedor das eleições presidenciais de maio passado, e que também esteve hoje na cerimónia.

A nova vice-presidente do país, que substitui a progressista Leni Robredo, afirmou que, com a mudança de datas, quer possibilitar que a cerimónia seja realizada no feudo da família de Davao, onde tanto ela como o seu pai foram autarcas, e onde Rodrigo Duterte viveu boa parte do seu mandato como chefe de Estado, apesar de o palácio presidencial ser na capital, Manila.

A herdeira do clã Duterte, com 43 anos, liderou por meses as sondagens como a candidata favorita dos filipinos à presidência do país, mas finalmente decidiu descartar essa opção e concorrer à vice-presidência, de mãos dadas com Marcos.

A sua vitória esmagadora, com mais de 60% dos votos (o cargo é votado separadamente do de presidente), consolida o salto da dinastia Duterte do seu feudo local de Davao para a política nacional.

“Bongbong” Marcos, filho do falecido ditador Ferdinand Marcos, venceu as eleições presidenciais de 09 de maio por maioria esmagadora, com mais do dobro dos votos do seu rival mais próximo, precisamente a então vice-presidente Leni Robredo.

20 Jun 2022

Xinjiang | Concluída primeira linha ferroviária do mundo em torno de um deserto

A China inaugurou ontem a primeira linha ferroviária do mundo que circunda por completo um deserto, com a abertura de um trecho de 825 quilómetros, entre as cidades de Hotan e Ruoqiang, na região de Xinjiang.

A linha ferroviária circular, em torno do maior deserto da China, o Taklimakan, está distribuída por 2.712 quilómetros, uma vez que o trecho recém-inaugurado foi integrado noutros três já existentes, segundo a empresa estatal China Railway.

O trecho que conecta a cidade de Hotan, no sudoeste de Xinjiang, e a vila de Ruoqiang, no sudeste, leva cerca de 11 horas a ser percorrido, com uma velocidade projectada de 120 quilómetros por hora, e paragem em 22 estações.

A construção da última secção começou em 2018 e usou 434 pilares pré – fabricados, para criar cinco pontes elevadas, que compõem 49,7 quilómetros da rota.

Os construtores criaram também 50 milhões de metros quadrados de plantação de relva e plantaram 13 milhões de plantas que crescem naquele tipo de solo, como o espinheiro – mar, para proteger a ferrovia, recorrendo a uma técnica muito utilizada na região, frequentemente afectada por tempestades de areia.

A China investiu nos últimos anos na construção de infraestrutura para desenvolver Xinjiang, uma das mais voláteis regiões da China e palco de conflitos étnicos no passado.

17 Jun 2022

Principal diplomata chinês em África condena vídeos ofensivos com crianças

O alto diplomata chinês para a África subsaariana, Wu Peng, condenou ontem um esquema de exploração de crianças vulneráveis no Maláui que produz vídeos que são depois difundidos nas redes sociais chinesas, alguns com conteúdo racista.

“A China tem tolerância zero para o racismo”, escreveu Wu, na rede social Twitter, após reunir com a ministra dos Negócios Estrangeiros do Maláui, Nancy Tembo. As autoridades chinesas “proíbem estes actos ilegais ‘online’” e “vão continuar a combater estes vídeos que contêm discriminação racial no futuro”, apontou.

Um documentário de 49 minutos, publicado na segunda-feira pela cadeia televisiva BBC, com o título Racism for Sale (“Racismo à venda”, em português), mostra como criadores de conteúdo chineses venderam vídeos de crianças no Maláui a gritar insultos raciais contra negros, proferidos em chinês.

Num desses vídeos, que remonta a Fevereiro de 2020, um grupo de crianças africanas foi instruído a repetir a frase, sem entenderem o que estão a dizer, “sou um monstro negro e o meu QI [Quociente de Inteligência] é baixo”.

Como cliente basta enviar o pedido, com a frase e requisitos, para o criador de conteúdo. Os vídeos não são apenas de conteúdo racista, incluindo muitas vezes desejos de feliz aniversário, bom ano novo, ou anúncios para empresas chinesas.

Alguns dos vídeos identificados na investigação foram vendidos nas redes sociais chinesas Weibo e Huoshan, entre outras aplicações chinesas de partilha de vídeos. O preço destes vídeos varia entre o equivalente a 10 e 70 euros.

Consternação geral

Nancy Tembo expressou na quarta-feira “consternação” com o caso. “Estão a usar os nossos filhos para enriquecer, o que é mau. Isto é algo que um malauiano não pode aceitar. Estão a desonrar-nos como malauianos”, afirmou.

“A polícia e os assuntos internos estão a investigar e vamos envolver os nossos colegas chineses para ajudar a identificar este homem. Apelo às autoridades locais para estarem sempre alertas nas suas comunidades e também aos pais para protegerem sempre os seus filhos”, disse, referindo-se ao autor dos vídeos.

17 Jun 2022

Habitação | Preços das casas novas com primeira queda em seis anos

A crise imobiliária continua a agravar-se. Política de ‘zero casos’ de covid-19 e consequente desaceleração económica contribui para a contração do sector

 

Os preços das casas novas na China caíram em Maio, pela primeira vez em seis anos, segundo dados oficiais ontem divulgados, numa altura em que a crise de liquidez do sector é exacerbada pela desaceleração económica.

Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, os preços da habitação nova contraíram em maio 0,1 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior. Trata-se da primeira queda homóloga, desde Novembro de 2015, neste índice, que agrega o preço médio em 70 cidades da China.

A crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe média e para a economia do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o sector imobiliário concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas – cerca de 70 por cento, segundo diferentes estimativas.

O sector foi um dos mais importantes motores de crescimento da economia chinesa nas últimas décadas.
No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um tecto de 70 por cento na relação entre passivo e activos e um limite de 100 por cento da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no sector.

Este mês, a Sunac tornou-se a mais recente construtora chinesa a entrar em incumprimento. O caso mais emblemático envolve a Evergrande Group, cuja dívida, que supera o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, vai ser reestruturada.

As dificuldades foram agravadas pela política de ‘zero casos’ de covid-19, que obriga ao bloqueio de cidades inteiras, pesando fortemente na actividade da segunda maior economia do mundo.

Riscos e ficções

Em entrevista à agência Lusa, Michael Pettis, professor de teoria financeira na Faculdade de Gestão Guanghua, da Universidade de Pequim, vê na contração do sector imobiliário um sinal de que a China se está a afastar do modelo de crescimento assente no investimento em activos não produtivos.

“Há muito crescimento fictício na China”, notou Pettis. “O excesso de investimento em todo o tipo de projectos de construção inflaciona o crescimento da economia chinesa há vários anos”, descreveu.

No mês passado, a agência de notação financeira S&P baixou também a classificação da dívida do grupo Greenland, que tem o município de Xangai como accionista, devido aos crescentes “riscos” de incumprimento.

A Greenland é um dos maiores grupos imobiliários da China, com forte presença internacional, particularmente nos Estados Unidos.

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, o grupo solicitou recentemente o adiamento por um ano do pagamento de 488 milhões de dólares em juros de títulos de dívida.

17 Jun 2022

Xangai | Empresas norte-americanas antecipam queda nas receitas

Um quarto das empresas norte-americanas em Xangai está a reduzir os investimentos e quase todas antecipam queda nas receitas este ano, segundo os resultados de um inquérito ontem publicado, que expõe o impacto das medidas de prevenção epidémica.

A “capital” económica da China sofreu um bloqueio de dois meses, em Abril, face ao pior surto de covid-19 registado na China, desde o início da pandemia. A cidade é sede do porto mais movimentado do mundo e de várias multinacionais que operam no país asiático.

Apesar de uma recuperação geral da actividade no início de Junho, 25 por cento das empresas norte-americanas estão a rever em baixa os seus investimentos para este ano, segundo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos na cidade.

De acordo com o inquérito, que abrangeu 133 empresas, mais de 90 por cento disseram esperar uma queda na facturação este ano.

As medidas de confinamento tiveram um “impacto profundo” na actividade das empresas inquiridas, observou o presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Xangai, Eric Zheng, apelando às autoridades locais para que “restabeleçam a confiança” na comunidade empresarial.

No início de Junho, apenas 35 por cento das empresas norte-americanas inquiridas estavam a operar em plena capacidade, apesar do levantamento das medidas de bloqueio, segundo a Câmara.

16 Jun 2022

Produção industrial na China recupera 0,7 por cento em Maio

A boa notícia surpreendeu os analistas que apontavam para uma queda de cerca de 0,7 por cento, menor, no entanto, do que a registada em Abril de quase 3 por cento

 

A produção industrial da China cresceu 0,7 por cento, em Maio, em termos homólogos, segundo dados oficiais ontem divulgados, após a queda registada em Abril devido às medidas de prevenção epidémica implementadas no país.

A expansão da produção industrial, um importante indicador da segunda maior economia mundial, surpreendeu os analistas, que projectavam uma nova queda, em torno de 0,7 por cento, o que já significaria uma melhoria face a Abril (-2,9 por cento), o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2020, quando a China enfrentou o surto original do novo coronavírus.

Em Maio, a produção industrial chinesa cresceu 5,61 por cento, em relação a Abril, enquanto naquele mês registou uma contração de 7,08 por cento, em relação a Março.

De acordo com a divisão por grandes segmentos industriais, o sector da extracção continuou a crescer a um ritmo acelerado (+7 por cento), enquanto a produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água moderou o seu crescimento para 0,2 por cento.

A grande diferença em Maio foi que o sector manufatureiro, forçado a reduzir a produção em 4,6 por cento, em termos homólogos, em Abril, devido às restrições, voltou a território positivo, aumentando 0,1 por cento.
Tommy Wu, analista da consultora Oxford Economics, acredita que “o pior dos bloqueios já passou” e que a estabilização do crescimento económico em Maio vai permitir uma recuperação “ainda mais visível”.

Bloqueios ao consumo

O especialista prevê uma recuperação da actividade na segunda metade do ano, sobretudo se as políticas de estímulo permitirem uma recuperação do consumo doméstico, embora alerte que é pouco provável que as famílias comecem a gastar, enquanto Pequim mantiver a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19.

Esta política requer a imposição de bloqueios em distritos ou cidades inteiras, criando incerteza para os negócios.

As vendas no comércio a retalho – um indicador chave do consumo – caíram, em Maio, 6,7 por cento, em termos homólogos. No conjunto do ano, aquele indicador registou uma contração de 1,5 por cento.

A taxa oficial de desemprego nas áreas urbanas caiu 0,2 por cento, em relação a Abril, fixando-se em 5,9 por cento, acima da meta de 5,5 por cento estabelecida por Pequim.

Estes dois factores, apontou Wu, confirmam que o fraco consumo está directamente relacionado com o receio dos consumidores, criadas pelo ressurgimento de surtos de covid-19.

Sobre o investimento em activos fixos, o GNE não divulgou ontem a evolução homóloga dos dados de Maio, mas divulgou a intermensal (+0,72 por cento) e o acumulado até ao momento este ano, que passou de 6,8 por cento, em Abril, para 6,2 por cento, em Maio.

Em comunicado, o GNE assegurou que a economia nacional “mostrou um bom momento de recuperação” em Maio, mês em que “superou gradualmente os efeitos negativos” da covid-19, embora tenha alertado que o ambiente internacional “é ainda mais complicado e preocupante”.

16 Jun 2022

Diplomacia | China e EUA querem manter linhas de comunicação abertas

Duas das figuras mais próximas dos presidentes norte-americano e chinês encontraram-se no Luxemburgo onde se comprometeram em manter um diálogo aberto entre as duas partes

 

Os principais conselheiros diplomáticos da China e dos Estados Unidos comprometeram-se, na segunda-feira, a manter abertas as linhas de comunicação, após a disputa verbal entre os responsáveis da Defesa sobre a questão de Taiwan.

Jake Sullivan, principal assessor diplomático do Presidente dos EUA, Joe Biden, e o homólogo chinês, Yang Jiechi, não anunciaram, no entanto, qualquer compromisso sobre os seus principais pontos de tensão.

O diálogo ocorreu no Luxemburgo, dias após uma troca de advertências entre o ministro da Defesa da China, Wei Fenghe, e o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, durante o Diálogo Shangri-La, um fórum anual de segurança realizado em Singapura.

Wei advertiu que a China vai “lutar até ao fim” para impedir a independência de Taiwan. O secretário de Defesa dos EUA denunciou a actividade militar “provocativa e desestabilizadora” de Pequim perto da ilha.

Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Yang Jiechi reiterou que a “questão de Taiwan toca na base política das relações China – EUA e, se não for tratada adequadamente, vai ter um impacto prejudicial”.

O conselheiro pediu aos Estados Unidos que evitem “maus julgamentos” e “ilusões” sobre este assunto.
Jake Sullivan “reiterou o compromisso de longa data dos Estados Unidos com o princípio ‘Uma só China’”, que pressupõe que a ilha de Taiwan faz parte do território chinês, mas transmitiu as “preocupações em relação às acções coercivas e agressivas de Pequim” no Estreito de Taiwan, segundo um comunicado da Casa Branca.

Das ambiguidades

Washington reconhece diplomaticamente Pequim e não Taipé, mas o Congresso dos EUA comprometeu-se a vender armamento a Taiwan para a defesa do território.

Sullivan reafirmou a chamada política de “ambiguidade estratégica”, segundo a qual os Estados Unidos reconhecem diplomaticamente a China comunista, mas ao mesmo tempo apoiam Taiwan militarmente.
Joe Biden está sob pressão bipartidária para aprofundar as relações com Taiwan, quando Washington disputa, com a China, a influência na região da Ásia–Pacífico.

Em visita ao Japão, no mês passado, Biden garantiu que seu país defenderia Taiwan militarmente se a ilha fosse atacada pela China.

A Casa Branca, no entanto, insistiu mais tarde que a tradicional “ambiguidade estratégica” norte-americana sobre essa questão não foi abandonada.

O encontro no Luxemburgo segue-se a uma conversa por telefone, realizada em 18 de Maio.
A relação entre Pequim e Washington deteriorou-se nos últimos anos, com diferendos nos âmbitos do comércio, Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan, a soberania no Mar do Sul da China e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia.

Em comunicado, a Casa Branca falou de uma troca “franca” e “produtiva”, durante a qual Jake Sullivan “ressaltou a importância de manter linhas abertas de comunicação”.

A agência noticiosa oficial Xinhua também descreveu a entrevista como “franca, profunda e construtiva”.

Yang concordou em manter o diálogo, mas deixou claro que Pequim não abdicará dos seus “interesses fundamentais”.

“Os EUA têm insistido em conter e repelir a China de forma abrangente”, apontou Yang, reafirmando que questões relativas a Xinjiang, Hong Kong, Tibete ou Mar do Sul da China são assuntos internos do país.

15 Jun 2022