Hoje Macau China / ÁsiaPensões | Obrigações do Governo chinês no plano de contribuições O Fundo de Pensões anunciou ontem que vai introduzir a partir de Junho o fundo de obrigações do Governo da China: “HSBC Global Funds ICAV – China Government Local Bond Index Fund” como plano de aplicação das contribuições do Regime de Previdência. A medida foi justificada com a necessidade de proporcionar aos contribuintes do Regime de Previdência dos Trabalhadores dos Serviços Públicos flexibilidade na diversificação mais acentuada dos riscos de investimento. O novo fundo investe nas obrigações emitidas pelo Governo Popular Central da China e pelos três bancos de política da China (Banco de Desenvolvimento da China, Banco de Exportação e Importação da China e Banco de Desenvolvimento Agrícola da China). “O fundo é gerido de forma passiva, com o objectivo de acompanhar o desempenho do seu índice de referência, proporcionando rendimento periódico e valorização de capital, e é adequado aos contribuintes que desejam aproveitar as oportunidades de investimento a longo prazo resultantes do desenvolvimento do mercado das obrigações da China”, indicou ontem o Fundo de Pensões da RAEM.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Pedido de asilo de deputado filipino rejeitado Timor-Leste rejeitou o pedido de asilo de um deputado filipino suspenso de funções naquele país, por considerar que não cumpre os requisitos para obter esse estatuto, dando-lhe cinco dias para sair do país, confirmou fonte oficial. A fonte do Ministério do Interior timorense explicou à Lusa que o deputado Arnolfo Teves Jr., que as autoridades das Filipinas querem declarar como terrorista, viajou para Timor-Leste no final de Abril, num voo privado e acompanhado da família. “Chegou num avião privado com a sua família. O pedido de asilo foi avaliado e com base na lei de imigração e asilo, os serviços de migração consideraram que não cumpre os requisitos”, disse a fonte. “O cidadão tem cinco dias para sair de Timor-Leste, sendo que a lei prevê ainda uma opção de recurso da decisão”, explicou. “É ainda garantido o direito de asilo aos estrangeiros e os apátridas que, receando fundamentadamente ser perseguidos em virtude da sua raça, religião, nacionalidade, opiniões políticas ou integração em certo grupo social, não possam ou, em virtude desse receio, não queiram voltar ao Estado da sua nacionalidade ou da sua residência habitual”, refere ainda o diploma. Neste caso, explicou a fonte, as autoridades consideram que Arnolfo Teves Jr. não preenche essas condições, notando que o deputado suspenso de funções nem sequer é ainda oficialmente um cidadão procurado. As autoridades filipinas anunciaram que estão a dar passos para considerar Teves Jr. como terrorista, um processo que já começou a ser tratado. O portal Inquirer cita cartas entre responsáveis do sector judicial do país e informação dada pela embaixadora das Filipinas em Díli, que indicam que Arnolfo Teves Jr. terá já apresentado o pedido de asilo às autoridades timorenses.
Hoje Macau China / ÁsiaChina ameaça retaliar eventuais sanções europeias a empresas chinesas A China adoptará medidas de retaliação se a União Europeia (UE) impuser restrições a empresas chinesas por alegadamente ajudarem a Rússia a contornar sanções ocidentais, advertiu ontem, em Berlim, o chefe da diplomacia de Pequim. “A China e as empresas russas têm uma relação normal, uma cooperação. Este tipo de cooperação normal não deve ser afectado por eventuais sanções europeias”, alertou Qin Gang durante uma conferência de imprensa com a homóloga alemã, Annalena Baerbock. A Comissão Europeia apresentou, na sexta-feira, aos Estados-membros da UE um 11.º pacote de medidas restritivas contra a Rússia para evitar que as sanções sejam contornadas. “O objectivo é evitar que as mercadorias proibidas de serem exportadas para a Rússia entrem no complexo militar russo”, disse o porta-voz da Comissão Eric Mamer, na segunda-feira. A proposta da Comissão visa, pela primeira vez, oito empresas chinesas e de Hong Kong acusadas de reexportar mercadorias sensíveis para a Rússia, de acordo com um documento citado pela agência francesa AFP. “A China vai dar a resposta necessária para proteger firmemente os interesses legítimos das empresas chinesas”, avisou Qin em Berlim. Qin Gang alertou também para os elevados custos para a Europa de uma “nova guerra fria” e pediu a colaboração alemã para garantir a estabilidade económica mundial face ao confronto que disse estar a ser incentivado pelos Estados Unidos. “Se a nova guerra fria se tornar uma realidade, não custará apenas à China, mas também à Europa”, afirmou Qin, citado pela agência espanhola EFE. Baerbock apelou à China para que adopte uma posição clara sobre o conflito na Ucrânia, afirmando que a neutralidade equivale a estar do lado da Rússia. “Neutralidade significa estar do lado do agressor”, disse a ministra alemã. “A China pode, se assim o decidir, desempenhar um papel importante (…) para acabar com a guerra”, acrescentou. A China apresenta-se como um interlocutor neutro no conflito, apesar das relações próximas com Moscovo. No final de Abril, o Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, tiveram uma conversa telefónica, a primeira desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, no dia 24 de Fevereiro de 2022. Qin disse em Berlim que a China vai “enviar em breve um representante especial para os assuntos europeus à Ucrânia”. “Ele também visitará outros países europeus”, afirmou, assegurando que a China “continua a defender as negociações” entre Moscovo e Kiev.
Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | Pequim vai adoptar padrões de emissão mais rígidos A China vai aplicar, a partir de Julho, uma versão nova e mais rígida de padrões de emissão para veículos, anunciou ontem o Ministério do Meio Ambiente do país asiático. Após a entrada em vigor da Norma Nacional VI B, que inclui restrições mais rigorosas a elementos poluentes como o monóxido de carbono e os óxidos de azoto, vai ser proibida a venda, produção e importação de automóveis que não cumpram os novos requisitos, informou ontem o jornal oficial Global Times. O novo regulamento implica a realização de testes na estrada em condições reais, algo que não era exigido no sistema actual. A Associação de Fabricantes de Automóveis da China disse na terça-feira que existem actualmente cerca de 1,89 milhão de veículos no país que não atendem aos novos padrões. O analista Wu Shuocheng, citado pelo jornal, disse que a implementação dos novos padrões “vai acelerar o desenvolvimento de veículos eléctricos entre os fabricantes que não são capazes de adoptar as mudanças tecnológicas necessárias para os novos padrões”. O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou, em 2020, que o país atingiria o pico de emissões de carbono em 2030, e a neutralidade de carbono até 2060, face a crescentes preocupações globais com as mudanças climáticas. No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros eléctricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo, devido à dependência do carvão, mas é também líder global em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados.
Hoje Macau China / ÁsiaÁfrica | Exposição na China vai ter Moçambique como convidado de honra Moçambique vai ser um dos oito países convidados de honra para a terceira edição da Exposição Económica e Comercial China-África, a realizar no centro da China, no final de Junho, anunciou a organização. Numa reunião do comité organizador da exposição, foi decidido que os outros convidados de honra serão Benim, República Democrática do Congo, Madagáscar, Malaui, Marrocos, Nigéria e Zâmbia, avançou o Diário do Povo. De acordo com o jornal oficial chinês, três organizações internacionais e 257 empresários de 45 países africanos já se inscreveram para a exposição, que vai decorrer entre 19 de Junho e 2 de Julho. A exposição, que se realiza de dois em dois anos em Changsha, capital da província de Hunan, vai contar com seis pavilhões e uma zona de exposições ao ar livre, com uma área total de cerca de 100 mil metros quadrados. O evento é coorganizado pelo Ministério do Comércio chinês e pelas autoridades da província de Hunan, onde também se situa o Parque de Demonstração de Inovação da Cooperação Económica e Comercial China-África. Em 2021, a Câmara de Comércio e Indústria de Angola assinou um memorando com o parque China-África, visando diversificar as exportações angolanas, incluindo mandioca e bananas. Em Junho de 2022, a companhia aérea angolana TAAG assinou um acordo no valor de 200 milhões de dólares anuais com a chinesa China Lucky Aviation para transporte de carga a partir de Changsha, na China, para São Paulo, através de Luanda.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Ministro britânico visita a região após anos de tensão O primeiro governante britânico a visitar Hong Kong em cinco anos afirmou ontem que o seu país não se vai “esquivar” das suas responsabilidades históricas em relação às pessoas que vivem na ex-colónia do Reino Unido. As afirmações do ministro de Estado do Departamento de Negócios e Comércio, Dominic Johnson, foram publicadas ontem num artigo de opinião no jornal South China Morning Post. O ministro acrescentou que o Reino Unido será claro sobre o seu direito de agir quando a China quebrar os compromissos internacionais ou abusar de direitos humanos. A visita de Johnson esta semana ocorre num contexto de anos de tensão entre o Reino Unido e Hong Kong. Depois da introdução da lei de segurança em 2020, o Reino Unido permitiu à população de Hong Kong viver e trabalhar no Reino Unido bem como solicitar a cidadania britânica após seis anos através de um visto especial. O ministro britânico explicou que a sua visita, que terminou ontem, incluiu reuniões com os principais investidores da cidade e funcionários do governo para promover laços de investimento. Na segunda-feira, encontrou-se com o presidente da multinacional CK Hutchison, Victor Li, para discutir os planos de investimento no Reino Unido e com o secretário de serviços financeiros e do Tesouro de Hong Kong, Christopher Hui. “Estou em Hong Kong como parte da minha missão de promover o Reino Unido como um dos principais destinos de investimento e comércio”, disse Johnson na rede social Twitter.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | China e Portugal prometem fortalecer laços em energia e inovação A visita do vice-presidente chinês, Han Zheng a Portugal permitiu a celebração de novos acordos entre os dois países o reforço dos laços de amizade O vice-presidente chinês, Han Zheng, de visita a Portugal até ontem, e a secretária de Estado da Energia e Clima portuguesa, Ana Fontoura Gouveia, prometeram na segunda-feira fortalecer a cooperação em energia e inovação entre os dois países. Acompanhado por Gouveia, Han visitou o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Redes Energéticas Nacionais SGPS SA (REN), o operador da rede nacional de Portugal, indicou a agência Xinhua. Estabelecida em 2013 como uma joint venture entre a State Grid Corporation of China (SGCC) e a REN, o centro concentra-se na pesquisa de simulação e análise de sistemas de energia, gestão de energia renovável, tecnologia de rede inteligente, mercado de energia e outros campos, preenchendo a lacuna no que diz respeito à experiência de simulação de rede eléctrica em grande escala em Portugal. Han disse que os dois lados aproveitaram vantagens complementares e fizeram do centro um bom exemplo de cooperação de benefício mútuo entre China e Portugal, acrescenta a agência estatal chinesa. “A China elogia o governo português pelos seus esforços firmes para promover a transformação energética e apoiar o desenvolvimento da indústria de novas energias”, assinalou Han, expressando a esperança de que os dois lados fortaleçam ainda mais a cooperação em avanços tecnológicos, popularização de padrões e inovação de mecanismos em redes inteligentes e outros campos. Bons resultados Ana Fontoura Gouveia disse que as relações Portugal-China são estáveis e que a cooperação bilateral em vários domínios, sobretudo no domínio económico, tem produzido resultados frutíferos. O centro tem um grande significado para Portugal e tem dado um grande impulso ao governo português nos seus esforços para alcançar o objectivo da transição energética, avaliou Gouveia, acrescentando que Portugal está disposto a aprofundar ainda mais a cooperação prática bilateral com a China, especialmente nas áreas de energia e inovação. Rodrigo Costa, CEO da REN, disse que as realizações do centro beneficiaram a China, Portugal, a Europa e até o mundo, tornando-se uma importante plataforma de pesquisa e intercâmbio internacional em energia. Com o apoio dos dois governos, o centro continuará a construir o modelo de cooperação pragmática entre Portugal e a China, e fortalecer a plataforma de intercâmbios globais, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaTrês brasileiros detidos no aeroporto de Hong Kong com 1,6 quilos de cocaína A polícia de Hong Kong deteve três brasileiros, em dois dias consecutivos, que voaram para a região com um total de 1,6 quilos de cocaína, no valor de 150 mil euros, no interior do corpo. Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a Alfândega de Hong Kong revelou que na segunda-feira detetou duas mulheres, de 22 e 24 anos, que chegaram ao aeroporto do território vindas do Brasil, através do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Na terça-feira, as autoridades detiveram um homem, de 22 anos, que tinha também partido do Brasil e passado pelo Dubai e pela Tailândia antes de aterrar na região chinesa. Os três passageiros foram considerados “suspeitos de terem drogas perigosas escondidas nas cavidades dos seus corpos”, tendo sido levados para um hospital para serem submetidos a exames, referiu a Alfândega. Os exames confirmaram que os três detidos tinham engolido um total de 154 cápsulas de cocaína, com um valor de mercado de 1,3 milhões de dólares de Hong Kong, acrescentou a polícia. As autoridades sublinharam que, “após a retoma das viagens e trocas normais com o interior [da China] e outras partes do mundo, o número de visitantes em Hong Kong tem aumentado constantemente”. A Alfândega de Hong Kong prometeu “continuar a aplicar uma abordagem de avaliação de risco e concentrar-se na seleção de passageiros de regiões de alto risco”. O crime de tráfico de droga é punido na região chinesa com uma multa de até 5 milhões de dólares de Hong Kong e uma pena de prisão que pode ser perpétua. Em setembro, a polícia anunciou a apreensão de 16,5 quilos de cocaína, com um valor de mercado de 14 milhões de dólares de Hong Kong, no interior de contentores, vindos do Brasil com fibras de algodão.
Hoje Macau China / ÁsiaNintendo | Lucro líquido caiu 9,4 % devido às vendas da ‘Switch’ A empresa japonesa de videojogos Nintendo obteve um lucro líquido de 432.768 milhões de ienes (2.920 milhões de euros), menos 9,4 por cento face ao ano anterior devido a uma desaceleração nas vendas da consola ‘Switch’ e problemas com ‘chips’. A empresa sediada em Kyoto, no oeste do Japão, viu o seu lucro operacional interanual cair 14,9 por cento, para 504 milhões de ienes (3,4 milhões de euros), no seu último ano fiscal, de 1 de Abril de 2022 e o passado 31 de Março, de acordo com o relatório financeiro publicado ontem. A Nintendo vendeu 17,97 milhões de unidades de consolas ‘Switch’ no seu mais recente ano financeiro (menos 22,1 por cento no ano anterior). As vendas de jogos caíram 9 por cento em relação ao ano anterior, para 213,96 milhões de cópias, “afectadas, até certo ponto, pela queda nas vendas de ‘hardware’”, indicou a Nintendo. Relativamente à Nintendo digital, que inclui as vendas de cópias digitais de jogos e expansões ou do seu serviço de subscrição de pagamento Nintendo Online, as suas vendas aumentaram 12,7 por cento, até aos 405.200 milhões de ienes (2.730 milhões de euros). A Nintendo apresentou previsões pessimistas para 2023, estimando uma quebra no seu lucro líquido de 21,4 por cento face ao ano anterior, até aos 340.000 milhões de ienes (2.290 milhões de euros), e uma quebra no seu lucro operacional de 10,8 por cento, até 450.000 milhões de ienes (3.030 milhões de euros).
Hoje Macau China / ÁsiaLinkedIn | Rede social encerra a sua última aplicação na China A rede social para uso profissional LinkedIn anunciou ontem que vai encerrar a sua última aplicação disponível na China, devido à “concorrência feroz” e “clima macroeconómico difícil”. A Microsoft, que detém o LinkedIn, é uma das poucas empresas norte-americanas do sector da Internet que conseguiu estabelecer uma rede social na China. O grupo oferecia no país uma versão específica da sua rede profissional, de forma a cumprir com as regras locais, através da parceria com uma empresa local. Em 2021, o LinkedIn passou a estar inacessível na China continental, devido a um “ambiente operacional difícil” e “maiores requisitos de conformidade com os regulamentos em vigor”. A rede social foi substituída por uma versão local e simplificada chamada InCareer, que permitia que profissionais locais continuassem conectados à rede social. “Após uma cuidadosa consideração, tomamos a decisão de encerrar o InCareer a partir de 9 de Agosto de 2023”, disse a rede social, em comunicado. “Apesar do progresso inicial, o InCareer enfrenta uma concorrência feroz e um clima macroeconómico difícil, o que eventualmente nos levou a decidir interromper o serviço” na China, justificou o LinkedIn. A rede social experimentou um rápido crescimento no país, impulsionado por uma cultura de relacionamento, onde a agenda de contactos e redes profissionais desempenham um papel fundamental. No entanto, nos últimos anos, o LinkedIn estava cada vez mais marginalizado, face a uma infinidade de aplicativos locais particularmente inovadores.
Hoje Macau China / ÁsiaDeputado filipino suspenso está em Timor-Leste em busca de asilo O secretário da Justiça das Filipinas anunciou que um deputado suspenso de funções naquele país, e que as autoridades do país querem declarar terrorista, está em Timor-Leste à procura de asilo político, segundo a imprensa filipina. O portal Inquirer cita cartas entre responsáveis do sector judicial do país, e informação dada pela embaixadora das Filipinas em Díli, que indicam que Arnolfo Teves Jr. terá já apresentado o pedido de asilo às autoridades timorenses. Numa carta divulgada pelo jornal, Jesus Crispin Remulla, secretário da Justiça, refere-se a outra missiva do secretário dos Negócios Estrangeiros, Enrique Manalo, em que este comunica informação sobre a localização de Teves em Timor-Leste. “Escrevo em resposta à vossa carta de 29 de Abril com informação confidencial do nosso embaixador em Timor-Leste, de que o deputado Arnolfo Teves está na capital Díli, onde solicitou o visto de protecção, com o objectivo de asilo”, refere Remulla, na carta. “Informo que o Departamento de Justiça deu passos concretos para designar o deputado Teves Jr. como terrorista, no âmbito da lei antiterrorismo”, refere. Remulla explica ter solicitado ao Conselho Antiterrorismo a criação de um grupo técnico de trabalho com o fim de formalizar essa designação e que o grupo já se reuniu no passado dia 4 de Maio. “Solicita-se respeitosamente que estas últimas actualizações sejam feitas ao nosso embaixador em Timor-Leste”, disse Remulla. Fonte oficial da Embaixada das Filipinas em Díli escusou-se a fazer qualquer comentário sobre o caso, inclusive a confirmar se Teves Jr. está ou não em Timor-Leste. “Estamos à espera de instruções da nossa capital. É o único que posso dizer nesta altura”, afirmou a fonte. Não foi possível obter qualquer comentário sobre o caso da parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense. Crimes e ameaças Teves Jr., eleito para a Câmara dos Representantes desde 2016, tornou-se uma das vozes controversas da política filipina, tendo sido acusado de ser o mentor de Roel Degamo, governador da zona de Negros Oriental. A 4 de Março, depois de o Tribunal Supremo proclamar Roel Degamo como governador, numa eleição contestada contra o ex-governador e irmão de Teves, Pryde Henry Teves, Degamo foi assassinado em casa. Teves negou qualquer envolvimento na morte e tem criticado os seus opositores pelas acusações. O deputado foi de licença médica para os Estados Unidos a 28 de Fevereiro, tendo a 15 de Março solicitado uma licença de dois meses, citando o que considerou ser uma “ameaça muito grave” à sua vida e à sua família. A 22 de Março de 2023, a Câmara dos Representantes votou por unanimidade suspender Teves por não ter regressado ao país, apesar de ter uma autorização de viagem expirada, e cuja validade terminava a 9 de Março. A suspensão dura 60 dias e é a segunda maior pena da Câmara, depois apenas da expulsão. Desconhece-se quando Teves terá chegado a Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaEuropa | Qin Gang esta semana na Alemanha, França e Noruega O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China, Qin Gang, está esta semana na Alemanha, França e Noruega, informou na segunda-feira a diplomacia chinesa, em comunicado. “A convite dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França e Noruega, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, está de visita aos três países entre 08 e 12 de Maio”, disse o ministério, numa nota informativa, sem dar mais detalhes. A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, visitou a China, no final de Abril, onde garantiu que um conflito militar no Estreito de Taiwan constituiria um “cenário de terror” com implicações para a economia mundial. A viagem de Baerbock aconteceu meses depois de o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter visitado o país asiático, onde mostrou vontade de cooperar com a China, ao mesmo tempo em que admitiu divergências entre os dois países. O encontro de Qin Gang com a sua homóloga francesa Catherine Colonna ocorre após a visita de Estado de três dias do Presidente francês, Emmanuel Macron, à China em Abril passado, naquela que foi a sua primeira viagem ao país desde 2019. Os líderes europeus têm instado repetidamente Pequim, nos últimos meses, a usar a sua influência junto da Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia. Desde o início da guerra, a China, que se opõe a sanções contra Moscovo, reiterou a importância de respeitar a integridade territorial dos países, incluindo a Ucrânia, e as “legítimas preocupações de segurança de todas as partes”, referindo-se à Rússia. A China considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Pequim expulsa diplomata em retaliação contra Otava A China anunciou ontem a expulsão de uma diplomata do Canadá, em retaliação contra a decisão de Otava de afastar um funcionário consular chinês por alegadas ameaças a um deputado canadiano e aos seus familiares. Em comunicado, o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês disse que a China adoptou uma “contramedida recíproca à acção inescrupulosa do Canadá”. A mesma nota informou que a diplomata do Canadá colocada em Xangai, Jennifer Lynn Lalonde, foi convidada a sair, até ao dia 13 de Maio, e que a China “reserva o direito de tomar outras medidas retaliatórias”. O Canadá anunciou anteriormente a expulsão de um diplomata chinês, acusado por Otava de ter tentado intimidar um deputado canadiano crítico do regime de Pequim. Um alto funcionário do Governo canadiano disse que o diplomata, identificado como Zhao Wei, tem cinco dias para deixar o país. O caso envolve o deputado conservador canadiano Michael Chong e a sua família, que alegadamente sofreram pressão chinesa por causa das críticas de Chong ao histórico de violação dos Direitos Humanos do país asiático. As relações entre Pequim e Otava deterioraram-se, nos últimos anos, após a detenção, em 2018, pelas autoridades canadianas, de uma executiva do grupo chinês de telecomunicações Huawei. Em represália, a China deteve dois cidadãos canadianos. Embora todos tenham sido libertados, as tensões persistiram, com Pequim a acusar Otava de alinhar na política de Washington para conter a China e as autoridades canadianas a acusarem regularmente a China de interferência nos assuntos internos do país.
Hoje Macau China / ÁsiaCelulose | Maior produtora mundial pondera usar renmimbi em vendas A utilização da moeda chinesa como alternativa ao dólar é cada vez mais uma realidade no país asiático. A empresa brasileira Suzano contempla seriamente usar o renmimbi nas trocas comerciais com a China A maior produtora de celulose do mundo, a brasileira Suzano, está a ponderar vender os seus produtos para a China usando a moeda chinesa, disse o presidente da empresa, Walter Schalka. Numa entrevista à Bloomberg, Schalka revelou que muitos clientes na China, país que compra 43 por cento da celulose produzida pela Suzano, estão a exigir assinar contratos com preços fixados na moeda chinesa. O executivo disse acreditar que a importância do renmimbi está a crescer e que o dólar norte-americano se tornará menos relevante, mas reconheceu que ainda não houve uma “grande transição” para a moeda chinesa. Schalka sublinhou que o aumento das tensões entre os EUA e a China é a principal preocupação da Suzano, uma vez que pode prejudicar a procura e os preços da celulose por um período significativo. “A minha visão é que seria muito melhor ter uma colaboração de longo prazo entre o Ocidente e o Oriente, mas o que vemos é uma tensão crescente neste momento”, lamentou o líder da empresa. A China tem tentado internacionalizar o renmimbi desde 2009, visando reduzir a dependência do dólar em acordos comerciais e de investimento e desafiar o papel da moeda norte-americana como a principal moeda de reserva do mundo. A China realizou em Março, pela primeira vez, mais transações transfronteiriças com a sua moeda do que com o dólar. Luz verde Em Abril, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, atacou, em Xangai, o domínio do dólar como moeda de reserva mundial e apelou para o uso de outras divisas na relação comercial entre Brasil e China. Schalka foi um dos representantes de 107 empresas brasileiras e multinacionais sediadas no Brasil que, em 2021, assinaram uma carta a defender que o país, então liderado por Jair Bolsonaro, devia assumir a liderança no combate às alterações climáticas. O executivo disse que o novo Governo de Lula da Silva “tem o discurso certo. É apenas o plano de acção que não é tão rápido quanto o esperado. Precisamos de ter zero desflorestação ilegal. Isso é crítico para o mundo”. Lula da Silva comprometeu-se durante a campanha eleitoral a alcançar a “desflorestação zero” na Amazónia até 2030, após Bolsonaro ter promovido políticas que impulsionaram a exploração mineira e outras actividades económicas na região. O novo Presidente brasileiro, que tomou posse a 1 de Janeiro, reactivou também o Fundo Amazonas, que tinha criado em 2008, e para o qual pretende atrair a China e a França, entre outras potências económicas. O Fundo Amazonas tem actualmente cerca de mil milhões de dólares contribuídos pela Noruega e Alemanha, os únicos doadores até agora. Em Abril, os Estados Unidos comprometeram-se a fazer uma contribuição de 500 milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaTurquia | Governo afasta-se de sanções à Rússia O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, descartou ontem a possibilidade de Ancara vir a unir-se ao programa de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia. Cavusoglu disse que o Governo de Ancara não vai juntar-se às sanções “unilaterais” contra Moscovo, tentando manter a postura de neutralidade em relação ao assunto, disse o chefe da diplomacia turca à estação de televisão Lider Haber. Neste sentido, o ministro sublinhou que a Turquia vai continuar a “levar em consideração” os interesses do próprio país, valorizando a prosperidade da Turquia, que este mês vai a eleições. “Estamos a garantir o respeito pela Convenção de Montreux”, disse Cavusoglu, referindo-se ao acordo internacional sobre o movimento marítimo nos Estreitos do Bósforo e Dardanelos, que regula a navegação de navios de guerra estrangeiros. O chefe da diplomacia de Ancara criticou directamente os comentários do principal opositor turco, Kemal Kiliçdaroglu, que admitiu recentemente dar “prioridade às relações com o Ocidente e não com o Kremlin” em caso de vitória nas eleições do próximo dia 14 de Maio. Para Cavusoglu, trata-se de uma afirmação incoerente porque, Kemal Kiliçdaroglu, acusou o ministro, disse no passado “que nada iria fazer para ameaçar as relações entre a Turquia e a Rússia”. No dia 14 de Maio realizam-se eleições gerais e presidenciais na Turquia.
Hoje Macau China / ÁsiaEDP Renováveis | Concluído projecto solar para auto-consumo na China A EDP Renováveis (EDPR) concluiu a construção de um projecto de energia solar de geração distribuída para autoconsumo de 19 Megawatts-pico (MWp) no telhado de uma fábrica na província chinesa de Anhui, informou ontem a empresa, em comunicado. “A EDP Renováveis (EDPR) concluiu a construção de um projecto de energia solar de geração distribuída para autoconsumo de 19 Megawatts-pico (MWp) na província chinesa de Anhui”, lê-se na nota enviada à comunicação social, que refere ainda tratar-se do “maior parque solar de geração distribuída já concluído pelo grupo EDP nas instalações de um cliente”. O projecto, cuja construção começou no início do ano, foi instalado no telhado de uma fábrica de electrónica de consumo, tem um contrato de longo prazo a 20 anos e está estruturado com 35.000 painéis solares. Segundo a empresa, vai gerar mais de 22 Gigawatts-hora (GWh) de energia por ano, o que equivale a compensar cerca de 19.000 toneladas de emissões de carbono (utilizando o factor de emissão da China de 0,828 quilogramas de dióxido de carbono equivalente por Quilowatt-hora de eletricidade produzida (kg CO2e/kWh)). “Este projecto faz parte da capacidade instalada adicional de 150MWp de energia solar que a EDPR quer desenvolver na China e do compromisso em investir em projectos distribuídos e em centrais solares de larga escala, de forma a apoiar o objectivo do país de atingir emissões líquidas zero de carbono até 2060”, lê-se no comunicado. Através da aquisição da Sunseap em 2022, a EDPR tem mais de 730 Megawatts (MW) de capacidade solar nos mercados da região Ásia-Pacífico (APAC), representando atualmente 5 por cento do portfólio global de energias renováveis da empresa.
Hoje Macau China / ÁsiaIA | Polícia investiga notícias falsas geradas pelo Chat GPT A polícia chinesa lançou uma investigação a um portal de notícias que usava o popular programa de inteligência artificial ChatGPT para gerar e divulgar artigos falsos, com o objectivo de obter grandes quantidades de tráfego e lucro. Os agentes descobriram inicialmente um artigo na Internet que informava sobre o descarrilamento e incêndio de um comboio em Pingliang, na província ocidental de Gansu, que resultou em vários mortos. Após verificarem que se tratava de uma informação falsa, a polícia abriu uma investigação e descobriu que o artigo foi publicado por 21 contas do Baidu, o principal motor de buscas chinês, criadas por uma empresa com sede em Shenzhen, no sul da China. O representante legal da empresa, de sobrenome Hong, e o seu irmão mais novo são suspeitos de fabricar e espalhar boatos. Segundo a polícia, o irmão mais novo de Hong comprou um grande número de “contas Baijia”, um serviço fornecido pelo Baidu que permite aos utilizadores criar e difundir conteúdo original, e editou as notícias com recurso ao programa de inteligência artificial ChatGPT, que gera textos a partir de palavras-chave. O objectivo era obter uma grande quantidade de tráfego e lucro através da difusão de notícias sensacionalistas e falsas. A polícia prendeu o irmão mais novo e congelou as contas bancárias relacionadas ao caso. A investigação ainda está em andamento e as autoridades alertaram os internautas para não acreditarem ou espalharem boatos ‘online’. Nas últimas semanas, este tipo de ‘chatbots’ tem despertado grande interesse no país asiático, ao ponto de a imprensa oficial já ter alertado para uma possível “bolha” no mercado devido ao “excesso de entusiasmo” com esta tecnologia.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim alerta Comité Olímpico Internacional para “politização” do desporto A China expressou preocupação ao Comité Olímpico Internacional (COI) com a “politização de eventos desportivos”, após incidentes como o boicote diplomático liderado pelos Estados Unidos aos Jogos de Inverno de 2022 e erros na execução do hino chinês. A questão foi levantada durante a reunião entre o presidente do COI, Thomas Bach, em Pequim, este fim de semana, com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e o presidente do Comité Olímpico Chinês, Gao Zhidan, informou ontem a imprensa local. Li disse que a China “sempre atribuiu grande importância ao desenvolvimento do desporto, participou activamente nos assuntos olímpicos internacionais e teve uma cooperação frutífera com o COI”, de acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post. O primeiro-ministro chinês também prometeu “trabalhar com o COI para se opor à politização do desporto e fazer mais contribuições para o movimento olímpico”. Bach prometeu “defender o espírito olímpico e opor-se à politização do desporto”, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. Maus exemplos Entre os incidentes apontados pela China está o boicote diplomático dos Estados Unidos e alguns dos seus aliados aos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizaram em Pequim, em Fevereiro do ano passado, devido a alegados abusos dos Direitos Humanos de minorias étnicas de origem muçulmana em Xinjiang, no noroeste da China. Pequim negou as acusações e disse que se opõe a qualquer tentativa de politizar eventos desportivos. A China também apontou os erros na execução do hino chinês em competições internacionais envolvendo equipas de Hong Kong. Em Novembro passado, um voluntário tocou uma música ligada aos protestos antigovernamentais que abalaram a região semiautónoma, em 2019, em vez do hino nacional chinês, num torneio de rugby, na Coreia do Sul. Em Fevereiro, algo semelhante aconteceu no Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo na Bósnia-Herzegovina. O Governo de Hong Kong emitiu directrizes para evitar a repetição de tais incidentes e pressionou o motor de buscas Google a tornar o hino nacional chinês como o principal resultado para pesquisas relacionadas. A China expressou ainda preocupação com o possível uso da bandeira e do hino de Taiwan em eventos desportivos internacionais. O COI permite que Taiwan compita sob o nome de “Taipé Chinês”, sem se apresentar como uma nação soberana, mas alertou a ilha de que poderia perder o direito de participar em eventos internacionais se mudasse o seu nome para Taiwan. Durante a visita, Bach felicitou ainda a China pelo sucesso e legado dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, que registaram um excedente de 350 milhões de yuans, de acordo com dados divulgados pelas autoridades chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Pequim pede a embaixador dos EUA para “estabilizar as relações” A diplomacia chinesa continua a desenvolver esforços para que as relações entre as duas maiores economias mundiais alcancem uma plataforma de entendimento estável O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, garantiu ontem que “estabilizar as relações” com os Estados Unidos é uma “prioridade”, durante um encontro com o embaixador norte-americano em Pequim, Nicholas Burns. Segundo uma nota publicada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Qin lamentou que uma “série de acções erradas” de Washington estivessem a “minar o ímpeto positivo”, gerado pelo “consenso” alcançado entre os líderes dos Estados Unidos e China, Joe Biden e Xi Jinping, respectivamente, num encontro realizado na ilha de Bali, na Indonésia, em Novembro passado. Segundo Qin, as “acções equivocadas” dos Estados Unidos levaram à “ruptura da agenda acordada de diálogo e cooperação entre os dois lados” e ao “congelamento das relações”. O ministro chinês exortou Burns a evitar “incidentes” e que os laços entre Pequim e Washington “caiam numa espiral de deterioração” e pediu aos Estados Unidos que “corrijam a sua percepção da China”. Observando que Pequim “adere aos princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação” nas suas relações com Washington, Qin disse ter esperança de que os EUA “voltem à racionalidade”. Qin Gang afirmou ainda que os EUA “devem parar de esvaziar o conteúdo do princípio ‘Uma só China’” e “parar de apoiar as forças separatistas” em Taiwan. De mau a pior As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China. Nos últimos meses as tensões foram renovadas por questões como o derrube em território norte-americano de um balão da China alegadamente usado para fins de espionagem, a posição de Pequim sobre a guerra na Ucrânia e a possível proibição nos EUA da aplicação de vídeo TikTok, desenvolvida pela empresa chinesa ByteDance. A nota da diplomacia chinesa não deu detalhes sobre as afirmações de Burns.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Casa Branca autoriza companhias aéreas chinesas a aumentarem voos para o país O governo do Presidente dos EUA, Joe Biden, vai autorizar as companhias aéreas chinesas a fazerem mais voos para os EUA para equiparar o número de voos que a China autoriza às transportadoras dos EUA. O Departamento dos Transportes avançou que iria autorizar as transportadoras aéreas chinesas a aumentar de oito para 12 as ligações semanais com os EUA. Esta é uma fracção menor dos voos que estavam autorizados entre os dois países antes da pandemia. O Departamento dos Transportes informou na passada quinta-feira que estava a agir em resposta ao anúncio chinês, feito no final de Dezembro, e iria reduzir algumas restrições aos voos internacionais de passageiros. A decisão chinesa tinha autorizado a American Airlines a fazer mais dois voos semanais em Março, entre o aeroporto internacional Fort Worth, em Dallas, e Xangai, o que elevou o total de viagens semanais das transportadoras norte-americanas para a China para 12. A China anunciou em Março que, depois de três anos, está a reabrir as suas fronteiras para reavivar o turismo e estimular a economia. As transportadoras norte-americanas American, United Airlines e Delta Air Lines são as que têm voos para a China.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Paquistão e China querem garantir estabilidade O ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, Bilawal Bhutto, salientou no sábado, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo chinês, Qin Gang, a importância de se garantir a paz e a estabilidade no Afeganistão. “A paz e a estabilidade no Afeganistão continuam vitais para o desenvolvimento socioeconómico, a conectividade e a prosperidade na região”, disse Bhutto após o encontro bilateral com Qin. Paquistão e China têm sido protagonistas relevantes para a procura de estabilidade no Afeganistão, sobretudo depois da saída das tropas norte-americanas deste país, em 2021. Os dois chefes de diplomacia voltaram a sublinhar “a necessidade de comunicação interna para fornecer assistência e apoio contínuos ao Afeganistão, nomeadamente através do descongelamento dos activos financeiros deste país no exterior”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão. Ambos os países comprometeram-se com o desenvolvimento do projecto de infra-estrutura do Corredor Económico China-Paquistão (CPEC), rota comercial que ligará a cidade chinesa de Kasghar ao porto paquistanês de Gwadar (sudoeste), proporcionando a Pequim uma importante rota no mar da Arábia. “Este projecto de corredor continua a ser uma iniciativa económica aberta a investidores de todo o mundo”, prometeu Bhutto. Nesse sentido, tanto o Paquistão como a China demonstraram interesse em incluir o vizinho Afeganistão nesse projecto, que promove o comércio e a conectividade na região asiática. “As partes concordaram em continuar a assistência humanitária e económica para o povo afegão e melhorar a cooperação para o desenvolvimento no Afeganistão”, assegurou a diplomacia do Paquistão.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Encontrados vestígios de água em estado líquido em Marte A explorar o planeta vermelho há dois anos, o robôt chinês Zhurong detectou agora marcas significativas da presença de água líquida na superfície de Marte Cientistas chineses revelaram na passada sexta-feira a descoberta de indícios da existência de água líquida na superfície de Marte, através dos dados recolhidos pelo robô Zhurong, que explora o planeta vermelho desde 2021. Os especialistas, que publicaram as suas descobertas na revista científica “Advances in Science and Research”, garantiram que o Zhurong detectou crostas, rachaduras, granulações e outras marcas criadas pela água na superfície marciana. As análises indicaram que, nas dunas de Marte, abundam minerais que contêm água, como sulfatos hidratados, pedras proteicas e óxidos de ferro hidratados. “Acreditamos que a evidência sobre a existência de água não teve origem em águas subterrâneas mas sim na queda de neve ou geada”, afirmou o autor do estudo Qin Xiaoguang, citado pelo jornal oficial Global Times. Pistas de vida A existência de água em estado líquido no planeta vermelho tem sido alvo de vários estudos, pois, se confirmada, serviria para entender melhor a evolução do clima marciano e para sustentar uma possível migração humana para o planeta no futuro. De acordo com o jornal local Science and Technology Daily, a água líquida em Marte pode também indicar a existência de vida. Investigações anteriores mostraram que água em estado líquido já existiu na superfície marciana, mas que desapareceu devido às mudanças meteorológicas experimentadas pelo planeta. Este estudo revelou que Marte ainda pode abrigar algumas zonas húmidas em áreas de baixa altitude e relativamente quentes, segundo os cientistas. Em Setembro passado, especialistas chineses, também com base nos dados recolhidos pelo Zhurong, detectaram camadas de terreno de Marte moldadas pela actividade da água há cerca de 3,3 mil milhões de anos. O Zhurong faz parte da missão Tianwen-1, que também inclui uma nave orbital e um módulo de pouso. A Tianwen-1 é a primeira missão de exploração chinesa a Marte e visa encontrar mais indícios da existência de água ou gelo no planeta e realizar pesquisas sobre a composição material da sua superfície e as características do clima.
Hoje Macau China / ÁsiaLiberdade de imprensa | Situação é “muito má” em 31 países A China é o país com o maior número de jornalistas detidos, 158, dos quais 56 em Hong Kong, adiantou ontem em Londres a representante da organização não-governamental (ONG) Repórteres sem Fronteiras (RSF) no Reino Unido, Fiona O’Brien. A situação contribuiu para a penúltima posição da China na 21.ª edição do ‘ranking’ mundial da liberdade de imprensa da RSF, publicado ontem por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, assinalado esta quarta-feira. A China desceu quatro lugares, para a 179.ª posição, na lista composta por 180 países, ficando apenas acima da Coreia do Norte. “Esta é a posição mais baixa que a China alguma vez teve no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa. Há muito tempo que está no fundo, mas este é o pior”, afirmou O’Brien, numa conferência de imprensa. Actualmente, segundo detalhou a representante, estão detidos 102 jornalistas ou trabalhadores de meios de comunicação social na China, número que sobe para 158 se forem incluídos os profissionais presos em Hong Kong. O relatório da RSF – que analisa a situação em 180 países ou territórios – diz que a situação é “muito má” em 31 países, “má” em 42 países, “problemática” em 55 e “boa” ou “razoavelmente boa” em 52 países. Pelo sétimo ano consecutivo, a Noruega aparece como o país com melhor ambiente para o jornalismo, mas o segundo lugar não é ocupado por um país nórdico (o que é invulgar em relação às recentes edições do inquérito), surgindo aí a Irlanda, que subiu quatro posições, ficando à frente da Dinamarca. Portugal aparece em nono lugar, a primeira posição no patamar dos países com a classificação de ambiente “razoavelmente bom”, a uma posição do patamar de “bom”, atrás da Estónia e à frente de Timor-Leste, Liechtenstein e Suíça.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Indústria transformadora contraiu em Abril A actividade da indústria transformadora da China contraiu, em Abril, segundo dados publicados ontem pela revista privada Caixin, sinalizando um desequilíbrio na recuperação da segunda maior economia mundial, após abolir a estratégia ‘zero covid’. O índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês), elaborado pela empresa de informação económica britânica IHS Markit e difundido pela Caixin, caiu para 49,5 pontos, no mês passado, após se fixar nos 50 pontos, em Março. Trata-se da primeira contracção neste indicador desde Janeiro. Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do sector, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade. O índice da IHS Markit, que cobre principalmente empresas menores e voltadas para a exportação, em comparação com o PMI oficial, é tido como um importante indicador da evolução da segunda maior economia do mundo. “Isto sugere que a recuperação económica da China desacelerou significativamente depois de as infecções por covid-19 terem atingido o pico no início do ano”, apontou Wang Zhe, economista do Caixin Insight Group, no comunicado que acompanha os dados. “Resta saber se a recuperação é sustentável, após a libertação da procura reprimida ter permitido um aumento no curto prazo”, acrescentou. A economia chinesa cresceu, no último trimestre, ao ritmo mais rápido no espaço de um ano, impulsionada, em grande parte, pelos gastos do consumidor, após o país ter abolido a política de ‘zero casos’ de covid-19, que, em 2023, paralisou a actividade económica, devido à imposição de bloqueios altamente restritivos em dezenas de cidades do país. O consumo registou forte recuperação durante os feriados do Dia do Trabalhador, com os gastos a retornarem aos níveis anteriores à pandemia, à medida que milhões de pessoas viajaram para as principais cidades e pontos turísticos em todo o país. Vários grandes bancos esperam agora que o crescimento anual do PIB (Produto Interno Bruto) supere a meta de Pequim para este ano, de “cerca de 5 por cento”.