Hoje Macau China / ÁsiaAPEC | Xi Jinping garante que China vai continuar “desenvolvimento pacífico” O Presidente da China disse que o país vai continuar a “manter-se no caminho do desenvolvimento pacífico” para “melhorar a vida do povo chinês e não [para] substituir ninguém”. Xi Jinping sublinhou a vontade da China de “trabalhar em conjunto” para alcançar mais resultados na cooperação na região Ásia-Pacífico, durante um discurso proferido na cerimónia de encerramento da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), na sexta-feira, em São Francisco. O líder chinês apelou à criação de “uma comunidade aberta, dinâmica, resiliente e pacífica” naquela região, para a qual propôs a aposta em áreas como a inovação tecnológica, a abertura económica e a integração regional, o desenvolvimento verde e a redução das desigualdades. Xi apelou a esforços conjuntos para “criar em conjunto mais 30 anos dourados” para a região. Os Presidentes das duas maiores potências económicas do mundo tiveram esta semana um encontro há muito esperado, após um ano sem contactos, numa altura em que ambos procuram estabilizar a relação bilateral, que tem estado tensa nos últimos anos. No encontro, que durou cerca de quatro horas, concordaram em retomar as comunicações militares e, de acordo com a Casa Branca, chegaram a um acordo para que a China controle os precursores químicos utilizados no fabrico do fentanil, opiáceo que mata cerca de 200 norte-americanos por dia. Durante a estada em São Francisco, Xi defendeu a “construção de pontes” com os Estados Unidos e garantiu que a China está pronta para ser “um parceiro e um amigo” da nação norte-americana com base nos princípios fundamentais do respeito e da coexistência pacífica. O líder chinês assegurou ainda que o país “está feliz por ver uns Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, embora tenha acrescentado esperar que Washington “dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera”. Xi também aproveitou a cimeira da APEC para demonstrar a influência na região, mantendo um encontro com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e para aprofundar os laços com os parceiros latino-americanos, especialmente aqueles que se queixam de que Washington relegou a região para segundo plano, face às guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. No primeiro dia da cimeira, o Presidente chinês encontrou-se com os homólogos do México, Andrés Manuel López Obrador, e do Peru, Dina Boluarte, para reiterar a vontade de reforçar os laços comerciais. Dos dois encontros, Xi recebeu um convite para visitar o México nos próximos meses e o Peru, quando este país acolher a cimeira dos líderes da APEC no próximo ano. Criada em 1989, a APEC reúne 21 territórios asiáticos e americanos que fazem fronteira com o oceano Pacífico: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Singapura, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos e Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pede construção de “mais pontes” com EUA O Presidente chinês apelou ontem para a construção de “mais pontes” com os Estados Unidos, num jantar com empresários norte-americanos em São Francisco, no qual participaram Elon Musk e Tim Cook, entre outros. “Temos de construir mais pontes e pavimentar mais estradas para que os povos dos dois países interajam. Não devemos erguer barreiras (…)”, afirmou o líder chinês, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Xi considerou que Washington não devia ver a China como o principal concorrente e garantiu que o país está pronto para ser um “parceiro e amigo” dos EUA, com base nos princípios fundamentais do “respeito, coexistência pacífica e cooperação para benefício mútuo”. “Se uma das partes encarar a outra como o principal concorrente, desafio geopolítico e ameaça, isto só conduzirá a políticas desinformadas, acções mal orientadas e resultados indesejáveis”, afirmou. “A China não vai travar uma guerra fria ou quente com ninguém. Independentemente do nível de desenvolvimento que alcançar, a China nunca vai procurar a hegemonia ou a expansão e nunca vai impor a sua vontade aos outros”, explicou. O líder chinês mencionou igualmente as principais iniciativas multilaterais de Pequim, incluindo o gigantesco projecto de infra-estruturas internacional Faixa e Rota e as iniciativas de Desenvolvimento Global, Segurança Global e Civilização Global, “sempre abertas a todos os países”. Anunciou igualmente que o país está disposto a convidar 50 mil jovens norte-americanos a viajar para a China, nos próximos cinco anos, no âmbito de programas de intercâmbio e académicos destinados a reforçar as relações entre os dois povos. O jantar, realizado à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que termina hoje em São Francisco, reuniu magnatas e presidentes executivos como Elon Musk, da Tesla e da SpaceX, Tim Cook, da Apple, Jane Fraser, em representação do banco Citigroup, Darren Woods, da petrolífera ExxonMobil, e Satya Nadella, da Microsoft. O preço por cada mesa de oito lugares foi de 40.000 dólares. Más apostas O Presidente chinês, Xi Jinping, instou ontem os Estados Unidos a “não apostarem contra a China” e “não interferirem nos assuntos internos” do seu país, durante um jantar com empresários norte-americanos em São Francisco. “A China nunca aposta contra os Estados Unidos e nunca interfere nos seus assuntos internos. A China não tem qualquer intenção de desafiar os Estados Unidos ou de destituir o país. Pelo contrário, ficaremos felizes por ver os Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, afirmou o líder chinês, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Xi expressou a esperança de que Washington “dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera”. O líder chinês considerou que é um “erro” ver a China, que está “empenhada no desenvolvimento pacífico”, como uma ameaça, e alinhar num pensamento de “tudo ou nada” contra o seu país. “A China está a procurar um desenvolvimento de alta qualidade e os Estados Unidos estão a revitalizar a sua economia. Há muito espaço para a nossa cooperação e somos plenamente capazes de nos ajudarmos mutuamente a ter sucesso e a alcançar resultados mutuamente benéficos”, afirmou o Presidente chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontro | Biden e Xi concordam em restaurar comunicações militares O Presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, concordaram na quarta-feira em restaurar algumas comunicações militares entre as duas Forças Armadas, numa reunião em São Francisco. Ambos os lados prometeram uma cooperação para aproximar os Estados Unidos e a China do regresso a conversações regulares no âmbito do que é conhecido como Acordo Consultivo Marítimo Militar, que até 2020 foi usado para melhorar a segurança aérea e marítima. No final do encontro, Biden considerou que a reunião com Xi levou a “progressos importantes”, de acordo com uma mensagem do Presidente norte-americano, divulgada na rede social X (antigo Twitter). “Acabei de concluir um dia de reuniões com o Presidente Xi e acredito que foram algumas das discussões mais construtivas e produtivas que tivemos”, disse. “Baseámo-nos no trabalho de base estabelecido ao longo dos últimos meses de diplomacia entre os nossos países e fizemos progressos importantes”, concluiu. Xi Jinping afirmou, depois da reunião, que os dois líderes concordaram em retomar os diálogos militares de alto nível com base na equidade e no respeito, de acordo com um comunicado divulgado pela emissora estatal chinesa. Os responsáveis militares norte-americanos têm vindo a manifestar repetidas preocupações sobre a falta de comunicações com a China, especialmente porque o número de incidentes entre os navios e aeronaves dos dois países aumentou. Um funcionário dos EUA, que pediu para não ser identificado, disse, após o fim da reunião entre Biden e Xi, que os acordos de comunicação militar significam que o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, poderá reunir-se com o homólogo chinês, assim que este for nomeado. Isto também abre a porta para acordos a outros níveis, incluindo permitir que o comandante das forças dos EUA no Pacífico, com base no Havai, se envolva em conversações com comandantes homólogos, disse o funcionário. O acordo provavelmente significará ainda compromissos operacionais entre os condutores de navios e outros a níveis muito mais baixos em cada país. Relações essenciais Os EUA consideram as relações militares com a China essenciais para evitar erros e manter em paz a região do Indo-Pacífico. Os dois líderes reuniram-se na quarta-feira numa bucólica propriedade rural nos arredores de São Francisco, à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC). A reunião é a primeira no espaço de um ano entre os dois líderes, depois de um encontro de cerca de três horas, em Novembro de 2022, em Bali, na Indonésia, à margem da cimeira do G20. A última vez que Xi se deslocou aos Estados Unidos foi em 2017, altura em que se reuniu com o então Presidente Donald Trump (2017-2021), na mansão do empresário em Mar-a-Lago, na Florida.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | China é principal origem de estudantes estrangeiros A China continua a ser o maior emissor de estudantes estrangeiros para universidades dos Estados Unidos, segundo dados do Instituto de Educação Internacional (IIE) divulgados ontem. No total, mais de 289 mil chineses estudam actualmente nos EUA, de acordo com a mesma fonte. O número de estudantes norte-americanos na China caiu, no entanto, para o nível mais baixo em mais de uma década. Apenas 211 norte-americanos estudaram na China continental, que exclui Hong Kong e Macau, no ano lectivo 2021/2022. Isto pode reflectir em parte o efeito da política de ‘zero casos’ de covid-19 adoptada pelo país asiático, que ditou o encerramento das fronteiras ao longo de quase três anos. A posição da China como principal país de origem dos alunos estrangeiros nos EUA surge apesar da preocupação com um maior escrutínio nas fronteiras pelas autoridades norte-americanas. De acordo com a embaixada chinesa em Washington, nos últimos dois anos, pelo menos 70 estudantes chineses com vistos legais foram “interrogados, assediados e deportados” pela polícia norte-americana após aterrarem no país. Apesar de existirem alguns indícios de que os estudantes chineses estão a procurar alternativas face ao deteriorar das relações, os EUA continuam a acolher quase o dobro de chineses em comparação com o segundo maior anfitrião, o Reino Unido. Cerca de metade dos alunos chineses nos EUA estudaram matemática, ciências informáticas, engenharia e outras disciplinas do ramo ciência e tecnologia. Os alunos oriundos da Índia, a segunda maior fonte de estudantes estrangeiros nos EUA, atingiram um recorde histórico de 268.923, no ano lectivo 2022/2023, um aumento de 35 por cento, em relação ao ano lectivo anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan/Presidenciais | Forças da oposição concorrem unidas O Kuomintang (KMT) e o Partido Popular de Taiwan (TPP), as duas principais forças da oposição em Taiwan, chegaram ontem a um acordo para apresentar um candidato conjunto às eleições presidenciais, marcadas para 12 de Janeiro. O acordo foi comunicado após uma reunião de duas horas e meia entre o candidato do KMT, Hou Yu-ih, o candidato do TPP, Ko Wen-je, e o presidente do KMT, Eric Chu, tendo como testemunha o antigo Presidente de Taiwan Ma Ying-jeou (KMT), noticiou o canal de televisão local SETN News. Os dois partidos tencionam desafiar o candidato do Partido Democrático Progressista, no poder, e actual vice-Presidente, William Lai, que as sondagens indicam ser o favorito. O acordo estabelece que cada um dos partidos vai nomear um perito em estatística para examinar e avaliar as sondagens publicadas por vários meios de comunicação social e as sondagens internas dos partidos, embora a forma como as avaliações vão ser efectuadas não tenha sido explicada em pormenor. Se houver uma diferença superior à margem de erro estatística entre os dois candidatos, o que tiver mais apoio será o candidato presidencial e o outro será apresentado como candidato a vice-Presidente. No caso de a diferença estar dentro da margem de erro, Hou será o candidato presidencial e Ko a vice-Presidente. Os resultados vão ser anunciados no sábado, após o que os dois partidos devem criar uma comissão de campanha para apoiar a nomeação de um ou outro candidato. Os dois partidos também se comprometeram a formar um Governo de coligação se ganharem as eleições, em que o quarto concorrente, também em último lugar nas intenções de voto, é o milionário Terry Gou, fundador da empresa tecnológica Hon Hai Precision Industry, que monta o iPhone e outros aparelhos eletrónicos e é conhecida internacionalmente como Foxconn. O resultado destas eleições vai definir o rumo da política de Taiwan em relação à China.
Hoje Macau China / ÁsiaDados pessoais | Europa “optimista” com projecto transfronteiriço Um grupo empresarial europeu disse ontem ter acolhido “com optimismo” o projecto sobre regulação e promoção do fluxo transfronteiriço de dados da Administração do Ciberespaço da China, “um passo importante” para optimizar as normas no país. A Câmara Europeia afirmou, na apresentação do projecto de estudo, em Pequim, que a avaliação completa vai depender do texto final e da aplicação prática dos limiares relevantes. “Trata-se de uma evolução positiva, mas a verdadeira medida virá com a aplicação efectiva dos regulamentos”, afirmou o vice-presidente da Câmara Europeia, Stefan Bernhart. O inquérito mostrou que 96 por cento das empresas europeias na China transferem dados internamente, sobretudo informações pessoais de empregados e clientes. Sobre os regulamentos planeados, Bernhart disse que, embora “aprecie as isenções propostas”, é “necessária mais clareza”, especialmente em termos como “grandes volumes de dados” e “informações pessoais”. As empresas defenderam um limiar mais elevado para a avaliação da segurança, visando permitir a transferência dos dados necessários para a gestão dos contratos e dos recursos humanos, e sugeriram a revisão das isenções relativas ao fluxo destes dados, a fim de incluir, entre outros, os familiares dos funcionários, que veriam benefícios associados comprometidos. Mais de 40 por cento dos inquiridos salientaram a necessidade de sincronizar as novas regras com as regras existentes em matéria de transferência transfronteiriça de dados. O inquérito mostrou também que a regulação actual aumentou os custos de conformidade, mas 31 por cento das empresas declararam que, em contrapartida, reforçaram os mecanismos de protecção de dados.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim pede melhor ambiente para empresas chinesas A China instou ontem a União Europeia (UE) a ouvir as sugestões das empresas chinesas que operam no bloco e a oferecer-lhes um ambiente de negócios “justo, transparente, estável e previsível”. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, referiu um relatório da Câmara de Comércio Chinesa na UE, que analisa o desenvolvimento das empresas chinesas no mercado europeu e propõe uma série de medidas para melhorar a sua situação. A responsável enfatizou as preocupações das empresas chinesas, incluindo a tendência da UE para “politizar” questões económicas e comerciais, o impacto da política de redução de riscos (‘derisking’) do bloco, os “obstáculos à cooperação científica” e a “falta de eficiência e comunicação” no ambiente empresarial. “As empresas chinesas estão a manter um crescimento sólido na Europa e a contribuir para a recuperação e transformação do continente com os seus projectos em áreas como o ambiente, economia digital, inovação e cooperação sustentável”, frisou. A porta-voz sublinhou que as empresas do país asiático “assumem a sua responsabilidade social” e “promovem o emprego e o bem-estar local”, tornando-se “partes interessadas importantes” na UE. A China e a UE são “forças importantes” na construção de uma “economia mundial aberta” e ambas as partes devem “manter a direcção certa da globalização económica, facilitar o comércio livre e o investimento, reduzir e evitar a criação de novas barreiras”, frisou. “Esperamos que a parte europeia ouça atentamente as sugestões razoáveis das empresas chinesas e satisfaça as suas exigências legítimas”, disse. O comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, afirmou na semana passada, em Pequim, que a China e a UE estão a trabalhar para realizar uma cimeira, a primeira do género em quatro anos, nos dias 7 e 8 de Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa dá sinais de retoma apesar da persistente debilidade no imobiliário A economia da China deu sinais de retoma, em Outubro, com as vendas a retalho e a indústria transformadora a crescerem, embora o sector imobiliário continue a contrair, indicam dados oficiais ontem divulgados. Em Outubro, a produção industrial aumentou 4,6 por cento, em termos homólogos. As vendas a retalho subiram 7,6 por cento, ajudadas pelo forte consumo durante a semana de férias do Dia Nacional. O investimento em imobiliário caiu 9,3 por cento e as autoridades reconheceram que o sector ainda se encontra em “plena fase de ajustamento”, depois de, há dois anos, uma campanha de desalavancagem lançada por Pequim ter suscitado uma crise de liquidez. As perturbações na indústria transformadora, nos transportes, nas viagens e em praticamente toda a actividade económica durante a pandemia terminaram há quase um ano, quando os dirigentes chineses abandonaram a estratégia ‘zero casos’ de covid-19. A melhoria dos dados económicos de Outubro reflecte também o efeito base de comparação face à paralisia da actividade no ano anterior. Os recentes indícios de que a segunda economia mundial está novamente a ganhar força surgem numa altura em que o Presidente chinês, Xi Jinping, se prepara para se reunir com o homólogo dos EUA, Joe Biden, na Califórnia. Novos ritmos Liu Aihua, porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, sublinhou repetidamente a transição da China para novos modelos de crescimento, após décadas de rápida industrialização e grandes investimentos em fábricas, portos e outras infra-estruturas, para um ritmo mais sustentável, liderado pelo consumo interno. A economia continua a melhorar com “políticas eficazes”, embora a recuperação esteja a passar por um “desenvolvimento semelhante a uma onda e um progresso tortuoso”, afirmou. “A pressão externa ainda é grande, os constrangimentos suscitados pela insuficiente procura interna ainda são proeminentes, as empresas têm muitas dificuldades na produção e operação, e os riscos ocultos em alguns domínios exigem muita atenção”, descreveu Liu. Os dados indicam que o consumo está a desempenhar um papel cada vez mais importante no crescimento económico. O consumo contribuiu em 83,2 por cento para o crescimento do produto interno bruto (PIB) entre Janeiro e Outubro, mais 6 por cento do que no mesmo período do ano anterior. Dado o grande fosso entre os rendimentos dos habitantes das cidades e os das pessoas que vivem nas zonas rurais, há grande margem para crescer, disse Liu. O desemprego manteve-se em 5 por cento em Outubro. O Governo chinês deixou de anunciar a taxa de desemprego dos jovens trabalhadores há alguns meses, quando esta atingiu os 20 por cento. Liu disse que o gabinete de estatísticas e outros departamentos relevantes estão a estudar a questão e a trabalhar para melhorar a recolha de estatísticas e que serão publicadas actualizações sobre a situação “no momento oportuno”.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | ONU indica que há 200 mil deslocados no sul Os combates entre as tropas israelitas e as forças do Hamas no norte da Faixa de Gaza provocaram a fuga de mais 200 mil pessoas para o sul do enclave nos últimos 10 dias, informou ontem o gabinete humanitário da ONU. O gabinete humanitário das Nações Unidas (OCHA), disse ainda que só um hospital no norte do território tem capacidade para tratar doentes. Alguns dos combates ocorrem em torno dos hospitais, onde os doentes, os recém-nascidos e os médicos ficam retidos, sem electricidade e com poucas provisões. Ontem, a aviação israelita destruiu cerca de 200 “alvos terroristas” enquanto a as forças navais atacaram um campo militar utilizado pela unidade naval do Hamas para “treino e armazenamento de armas”, informou o Exército. Israel reiterou a acusação contra o Hamas pela alegada utilização de hospitais como cobertura para os combatentes, alegando que o principal centro de comando está instalado no hospital de Shifa. Tanto o Hamas como os médicos do hospital Shifa negam as alegações israelitas. Por outro lado, a zona sul de Gaza mantém-se insegura porque Israel efectua frequentes ataques aéreos contra alvos que diz serem militantes mas que muitas vezes atingem civis, incluindo crianças. A cidade de Gaza, a maior área urbana do território, é o centro da campanha militar de Israel contra o Hamas, na sequência da incursão do grupo no sul de Israel, a 07 de Outubro e que desencadeou a guerra. Mais de 1.200 pessoas morreram em Israel, a maioria das quais durante o ataque do Hamas, e cerca de 240 reféns foram levados de Israel para Gaza pelas forças do movimento que governa o enclave. Mais de 11.000 palestinianos, dois terços dos quais mulheres e menores, foram mortos desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde de Gaza e 2.700 pessoas estão dadas como desaparecidas.
Hoje Macau China / ÁsiaNepal proíbe TikTok por “perturbar a harmonia social” O Governo do Nepal anunciou na segunda-feira a proibição da rede social TikTok por “perturbar a harmonia social”, juntando-se à lista de países que proibiram a plataforma, como a sua vizinha Índia. “Apesar da liberdade de expressão ser um direito básico, o Governo decidiu proibir o TikTok pois há uma tendência crescente na perturbação da harmonia social”, disse o porta-voz do Governo nepalês, Rekha Sharma, numa conferência de imprensa. A data exacta da entrada em vigor da proibição ainda não foi anunciada. A medida foi recebida com várias críticas, inclusive na coligação frágil governamental do país, liderada pelo Partido Centro Maoísta (CPN-Maoísta), do primeiro-ministro Pushpa Kamal Dahal. “Parece que a intenção do Governo é sufocar a liberdade de expressão e a individualidade. O Governo deve recuar”, declarou Gagan Thapa, deputado e secretário-geral do partido do Congresso do Nepal, que faz parte da coligação no poder. A proibição suscitou ainda queixas entre alguns profissionais da imprensa asiática. “Considero esta decisão caprichosa e prevejo que não irá durar muito tempo, dada a ausência de dados substanciais ou de investigação para apoiar a proibição”, afirmou o jornalista Krishna Acharya. Nova lei A medida surge dias após o Conselho de Ministros do Nepal ter aprovado um conjunto de regras para regular as redes sociais. O porta-voz do Ministério das Comunicações e Tecnologias de Informação, Netra Prasad Subedi, informou que as autoridades irão implementar a decisão do gabinete a nível técnico. As regras incluem, entre outros, a proibição dos utilizadores de criarem perfis falsos ou de publicarem conteúdos relacionados com o trabalho e exploração infantil ou tráfico humano. Redes sociais como o Facebook, o X ou o Youtube terão que abrir gabinetes de ligação no Nepal, sob ameaça de verem o seu acesso bloqueado pelas autoridades, caso não cumpram com a exigência. Este anúncio assemelha-se às decisões tomadas por outros países, como a vizinha Índia, embora por razões diferentes. Nova Deli proibiu o TikTok em 2020, juntamente com dezenas de outras aplicações desenvolvidas pela China. A proibição aconteceu após uma crise diplomática com Pequim, na sequência de um confronto fronteiriço entre as forças de segurança dos dois países nos Himalaias ocidentais, que causou a morte de pelo menos 20 soldados indianos e mais de 70 feridos.
Hoje Macau China / ÁsiaDeputada timorense denuncia detenção de jovens por exibirem bandeira palestiniana A deputada da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) denunciou ontem no Parlamento timorense a detenção de dois jovens pela polícia, no domingo, por circularem com a bandeira palestiniana. “No dia em que celebramos 32 anos [do massacre de Santa Cruz], dois jovens timorenses foram detidos por estarem a circular com bandeiras do Estado da Palestina, em solidariedade” com o povo palestiniano de Gaza, disse Nurima Ribeiro Alkatiri. “Segundo o que circula na ‘media’ social, esta detenção foi feita por percepção de poderem ser terroristas”, denunciou. Numa declaração, lida na sessão parlamentar, a deputada lembrou que Timor-Leste apoia a “solução de reconhecimento de dois Estados” e sempre defendeu a “independência do Estado palestino, bem como a liberdade do povo palestino”. “Acredito que muitos de nós ao ouvir as palavras ‘opressão’, ‘violência’, ‘tortura’, lembramo-nos do nosso recente passado sob a ocupação ilegal de um regime autoritário. Hoje, conseguimos viver como nação soberana, livre e independente, depois de uma luta de resistência longa e dura, porque conseguimos também apoio e solidariedade de outras nações e outros povos”, afirmou Nurima Ribeiro Alkatiri. “Como não nos juntamos aos que exigem o cessar-fogo e fim destas mortes? Por que razão tentamos calar e intimidar aqueles que, por iniciativa própria, procuram demonstrar solidariedade com quem sofre? Já esquecemos que bem recentemente era a nossa população em situação semelhante? Já esquecemos que bem recentemente éramos nós os que muitos tentavam fazer que fossem esquecidos como povo e Estado?”, questionou a deputada da Fretilin. Afirmando que não se vai calar e continuar a exigir um cessar-fogo em Gaza, a deputada apelou a todos os timorenses para se “juntarem aos que querem construir a paz na Palestina e oporem-se ao ódio e perseguição que em nada contribuirá para a construção de um clima de entendimento e de uma relação sã e sustentável entre os povos, entre as civilizações, entre as nações”. Apanhados de surpresa Os dois jovens detidos fazem parte da Frente Maubere da Solidariedade Internacional, que, na segunda-feira, também denunciou, em comunicado, a detenção, que considerou “ilegal e uma violação dos direitos humanos”. “Os jovens caminhavam pacificamente e exibiam as bandeiras para expressar solidariedade e não cometeram crimes, não perturbaram a situação, apenas ouviram música e seguraram as bandeiras”, refere a Frente Maubere da Solidariedade Internacional. A organização não-governamental referiu também que vai apresentar uma queixa ao Provedor de Direitos Humanos e ao Ministério Público. A 7 de Outubro, o movimento islamita Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e electricidade. Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram pelo menos 11.240 vítimas, na maioria civis, na Faixa de Gaza, indicou o Ministério da Saúde do Hamas.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | Air China retoma ligação aérea Pequim – Washington A companhia aérea estatal chinesa Air China anunciou na segunda-feira a retoma dos voos directos entre Pequim e Washington a partir de 21 de Novembro, um gesto simbólico nas vésperas de os líderes dos dois países se reunirem. A companhia aérea vai operar dois voos semanais de ida e volta entre as capitais das duas maiores economias do mundo, no âmbito da retoma das ligações aéreas entre os dois países, suspensas desde o início da pandemia da covid-19, que coincidiu com o deteriorar das relações entre Pequim e Washington. A Air China informou ainda, em comunicado, que vai retomar a ligação directa entre Pequim e Los Angeles, com frequência de três voos por semana, a partir de 30 de Novembro. No mês passado, China e Estados Unidos acordaram em aumentar de 48 para 70 o número de voos directos semanais de passageiros entre os dois países. Os responsáveis norte-americanos manifestaram então o desejo de prosseguir um “diálogo produtivo” com as autoridades chinesas, para facilitar uma reabertura gradual e mais alargada das ligações aéreas. O reduzido número de voos entre os dois países desde 2020 e a lenta retoma das rotas fizeram com que os preços dos bilhetes entre as maiores economias do mundo se mantivessem invulgarmente elevados. O encontro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, decorre esta semana à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Pequim retirou todos os seus cidadãos de Gaza O Governo chinês anunciou ontem que retirou com sucesso todos os seus cidadãos da Faixa de Gaza, onde prossegue a incursão terrestre do Exército israelita. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que as autoridades chinesas “prestaram grande atenção” à segurança dos seus cidadãos na zona de conflito. Segundo Mao, várias missões diplomáticas chinesas no estrangeiro “têm estado em contacto com os cidadãos chineses” no território, desde o início da escalada do conflito israelo-palestiniano. “Graças aos esforços de várias partes, todos os cidadãos chineses deixaram Gaza em segurança há alguns dias”, disse, sem especificar o número de pessoas retiradas. Na segunda-feira, a China apelou a uma “cessação imediata das hostilidades” em Gaza para “proteger os civis” e aumentar a ajuda face à “situação humanitária extremamente grave” no enclave palestiniano. Mao instou a comunidade internacional a “tomar medidas concretas” e a “envidar mais esforços para aliviar a crise humanitária” em Gaza, onde mais de 11 mil pessoas morreram e 27.000 ficaram feridas na sequência do ataque do Hamas em solo israelita, a 7 de Outubro, que causou 1.200 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Biden e Xi vão “falar sobre paz e desenvolvimento” Um ano depois do encontro na Indonésia, os Presidentes das duas maiores economias mundiais voltam a trocar argumentos sobre as grandes questões globais da actualidade Os líderes dos Estados Unidos e China, Joe Biden e Xi Jinping, vão discutir a “paz e desenvolvimento” no mundo, disse na segunda-feira Pequim, nas vésperas de um encontro em São Francisco. Os dois dirigentes vão reunir-se hoje pela primeira vez em quase um ano à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC), em São Francisco, que acolhe desde sábado mais de 20 países da região e que se prolonga até sexta-feira. “Os dois chefes de Estado vão manter um diálogo aprofundado sobre questões estratégicas, gerais e direccionais, relativas às relações entre China e Estados Unidos, bem como sobre questões fundamentais relativas à paz e ao desenvolvimento no mundo”, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning. A responsável pediu aos EUA que “respeitem sinceramente as preocupações razoáveis da China e os seus direitos legítimos ao desenvolvimento, em vez de se concentrarem apenas nas suas próprias preocupações, prejudicando os interesses da China”. Biden e Xi vão discutir questões bilaterais, regionais e globais, bem como formas de “gerir a concorrência de forma responsável”, de acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. Segundo um alto funcionário dos EUA, o objectivo da reunião é “estabilizar” as relações bilaterais. Espera-se que a reunião aborde um vasto leque de divergências, incluindo sobre Taiwan, onde as próximas eleições, dentro de dois meses, podem desencadear novas tensões com Pequim. Jogo político A cimeira Biden – Xi ocorre após várias reuniões nos últimos meses entre altos funcionários dos dois países. Este é o primeiro encontro entre os chefes de Estado desde Novembro de 2022, em Bali. A APEC foi criada há 30 anos, quando os políticos norte-americanos acreditavam que um comércio vigoroso aproximaria os países banhados pelo Oceano Pacífico. Esta visão é hoje repudiada em Washington, por preocupações com direitos laborais e segurança nacional. “Como os tempos mudaram”, afirmou Nicholas Szechenyi, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um grupo de reflexão (‘think tank’). “Os parceiros querem ter acesso ao mercado e querem a liberalização do comércio. Mas os EUA já não estão para aí virados”. Ambos os países apelam a uma maior estabilidade nas suas relações económicas e políticas, mas como uma visita a Washington é politicamente inviável, a APEC oferece a Xi uma oportunidade única de ver o seu homólogo em solo norte-americano. Enquanto utilizam recursos diplomáticos consideráveis para se reaproximarem da China, os Estados Unidos estão a tentar isolar a Rússia, que também é membro da APEC, devido à invasão da Ucrânia. Moscovo vai ser representada pelo vice-primeiro-ministro Alexei Overtchouk. É o visitante russo de mais alto nível a visitar os Estados Unidos desde o início da guerra. Em termos de diplomacia, Biden, ao contrário do seu antecessor e rival Donald Trump, tem feito questão de enfatizar as alianças, em particular através de novos formatos, como o pacto militar tripartido com a Austrália e o Reino Unido. Os aliados dos EUA na APEC incluem o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, que visitou Washington e Pequim no mês passado, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol. Antes de viajar para São Francisco, Biden recebeu na Casa Branca o Presidente cessante da Indonésia, Joko Widodo. Os Estados Unidos cobiçam as vastas reservas de níquel do arquipélago, que são essenciais para produzir baterias para veículos eléctricos, mas a China domina a produção local. É improvável que a cimeira ofereça uma pausa na questão diplomática que tem dominado a atenção de Biden no último mês: a guerra entre Israel e o Hamas. Os membros da APEC incluem não só a Indonésia, o maior país de maioria muçulmana do mundo, mas também a vizinha Malásia. O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, desloca-se a São Francisco apesar dos apelos da oposição a um boicote, devido ao apoio dos EUA a Israel.
Hoje Macau China / ÁsiaEquipas continuam a tentar resgatar 40 trabalhadores soterrados em túnel na Índia As equipas de socorro continuam hoje os trabalhos de remoção de destroços para tentar resgatar os 40 trabalhadores que ficaram soterrados no domingo após o colapso de um túnel em construção no norte da Índia. “Um tubo de aço será empurrado através de uma abertura criada (…) para retirar com segurança os trabalhadores retidos”, disseram as autoridades, que esperam poder libertá-los nas próximas 24 horas. Cerca de 200 equipas de resgate de agências federais e estaduais de ajuda humanitária estão a usar equipamentos de perfuração e escavadoras para chegar aos trabalhadores. Na segunda-feira, um responsável dos serviços de socorro anunciou que os 40 trabalhadores que ficaram soterrados quando um túnel rodoviário em construção no norte da Índia se desmoronou, no domingo, estão vivos. “Todos os 40 trabalhadores presos dentro do túnel estão vivos”, disse, em comunicado, o comandante da Força de Resposta a Desastres indiana, Karamveer Singh Bhandari, acrescentando que está a ser enviada água e comida. As equipas de resgate conseguiram entrar em contacto com os sobreviventes, primeiro através de uma mensagem num pedaço de papel, e, mais tarde, conseguiram estabelecer comunicação por meio de aparelhos de rádio. Um responsável dos serviços de socorro do estado de Uttarakhand disse que as autoridades estão a bombear oxigénio e a enviar “alguns pequenos pacotes de alimentos” para o interior do túnel, através de uma conduta. A parte do túnel, que desabou, com 4,5 quilómetros de comprimentos fica a cerca de 200 metros da entrada, disseram as autoridades à agência de notícias Press Trust of India. A derrocada ocorreu na madrugada de domingo, na região dos Himalaias, quando um grupo de trabalhadores abandonava o estaleiro e chegava uma equipa de substituição. O túnel faz parte da autoestrada Chardham, um projeto emblemático do governo federal da Índia em construção entre Silkyara e Dandalgaon para ligar os dois importantes santuários hindus de Uttarkashi e Yamnotri, em Uttarakhand, um estado montanhoso que atrai muitos peregrinos e turistas. Em janeiro, as autoridades de Uttarakhand transferiram centenas de pessoas para abrigos temporários depois de um templo ter desabado e terem surgido fissuras em mais de 600 casas devido ao afundamento de terrenos na cidade de Joshimath e arredores.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão pede libertação de espião O Japão pediu ontem a libertação de um cidadão, cuja sentença de 12 anos de prisão na China por espionagem foi recentemente confirmada em recurso, num novo episódio das difíceis relações entre os dois países vizinhos. “Estamos cientes de que, em 3 de novembro, foi confirmado em recurso um veredicto de 12 anos de prisão contra um cidadão japonês na casa dos 50 anos que está detido [na China] desde julho de 2019”, disse o porta-voz do Governo japonês, Hirozaku Matsuno, em conferência de imprensa. “No que diz respeito à detenção de cidadãos japoneses na China, estamos a trabalhar com [as autoridades locais] para obter o rápido regresso ao nosso país e para assegurar a transparência do sistema judicial [chinês] a vários níveis e por vários meios”, acrescentou. Pelo menos 17 japoneses foram detidos na China desde que Pequim agravou a legislação antiespionagem em 2015, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês. No mês passado, a embaixada do Japão em Pequim confirmou a detenção oficial na China de outro japonês, um executivo do grupo farmacêutico nipónico Astellas detido no país desde março por suspeita de espionagem. Vários meios de comunicação social japoneses noticiaram recentemente que estava a ser preparada uma reunião bilateral entre o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em que os dois chefes de Estado devem participar esta semana, em São Francisco (costa oeste dos Estados Unidos). De acordo com a agência de notícias japonesa Jiji, que citou fontes governamentais nipónicas, se o encontro bilateral se confirmar, Kishida deverá levantar a questão dos japoneses detidos na China. Kishida deverá também discutir a suspensão das importações chinesas de produtos do mar do Japão desde a libertação de água tratada da central nuclear de Fukushima, no nordeste do país, para o oceano Pacífico, no final de agosto.
Hoje Macau China / ÁsiaAPEC | Analistas ocidentais consideram “crucial” estabilidade na relação China-EUA Analistas ouvidos pela Lusa consideram a estabilização dos laços entre China e Estados Unidos crucial para os países da Ásia-Pacífico, quando tensões geopolíticas, inflação alta e transformações demográficas ameaçam abrandar o acelerado crescimento da região. “Os aliados e parceiros dos EUA na região estão a enviar sinais de exigência silenciosos, mas claros, que querem ver estabilizadas as relações” com Pequim, afirmou Jude Blanchette, presidente do Departamento para Estudos da China no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um grupo de reflexão (‘think tank’) com sede em Washington, à Lusa. “Os efeitos da competição entre grandes potências afetam todos, desde o Japão ou Indonésia às Filipinas ou Singapura”, realçou. A China é o maior parceiro comercial da maioria dos países da Ásia-Pacífico, que, ao mesmo tempo, consideram a parceria com Washington fundamental. Estimativas apontam que, no conjunto, os 21 países que participam no fórum de Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC, na sigla em inglês), que se realiza esta semana em São Francisco, vão crescer 3,3%, este ano. No entanto, as projecções para os três anos seguintes revelam um atraso em relação a outras economias mundiais. “Há sinais promissores, mas a APEC está a caminhar na corda bamba entre diferentes riscos”, observou Carlos Kuriyama, diretor do Departamento de Investigação da APEC, com sede em Singapura, num relatório. Embora o analista tenha identificado alguns pontos positivos para os países da região, incluindo o turismo ou consumo interno, estes estão a ser ofuscados por outros factores, como a inflação, aumento da dívida, alterações climáticas, proteccionismo comercial e a rivalidade entre EUA e China, afirmou. “Uma relação estável entre EUA e China é vantajoso para todos”, frisou. “São as duas maiores economias do mundo. Faz todo o sentido que trabalhem juntas”, disse. Os líderes dos EUA e China, Joe Biden e Xi Jinping, vão reunir na quarta-feira, à margem da cimeira da APEC. “As expectativas são baixas”, reconheceu Jude Blanchette. “O ambiente continua muito pesado”, notou.
Hoje Macau China / ÁsiaA China “não procura mudar os Estados Unidos”, diz MNE A China afirmou ontem que “não teme a concorrência” com os Estados Unidos, mas que se opõe a que a esta defina a relação bilateral, nas vésperas de os líderes dos dois países se reunirem em São Francisco. Em conferência de imprensa, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, criticou Washington por “enquadrar a relação com a China na perspectiva da competição entre grandes potências”, acrescentando que isto “não se adequa à tendência dos tempos”, nem “resolve os problemas dos Estados Unidos” ou os “desafios que o mundo enfrenta”. “A China sempre encarou e tratou as relações sino-americanas de acordo com os princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica”, disse. De acordo com a porta-voz, os EUA “devem respeitar as legítimas preocupações e os legítimos direitos de desenvolvimento da China”, em vez de “enfatizarem apenas as suas próprias preocupações e prejudicarem os interesses chineses”. Mao sublinhou que a China “não procura mudar os Estados Unidos” e que os EUA “também não devem procurar moldar ou mudar” o país asiático. A porta-voz manifestou esperanças de que Washington honre o seu compromisso de não procurar uma “nova Guerra Fria” e que “trabalhe em conjunto” com Pequim para que as relações sino-americanas regressem ao “caminho do desenvolvimento saudável e estável”. O encontro entre Xi e Biden vai decorrer na quarta-feira, à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC) e é mais um passo na tentativa de estabilizar a relação bilateral.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Campanha de compras “Duplo 11” bate recordes. Apoio ao consumo eficaz Depois de o festival anual de compras “Duplo 11”, considerado o maior do mundo, ter terminado à meia-noite de sábado, os Correios da China e alguns gigantes chineses do comércio electrónico comunicaram “números recorde”, enquanto outros comunicaram um “crescimento positivo”, sublinhando o forte poder de compra dos consumidores chineses. No seu 15.º ano, o festival de compras “Duplo 11”, também conhecido como Dia dos Solteiros, tornou-se um barómetro fiável do sentimento dos consumidores. Embora o balanço final das vendas do festival de compras “Duplo 11″não tenha sido divulgado de imediato e o entusiasmo dos consumidores pareça relativamente baixo em comparação com os anos anteriores, vários destaques, incluindo a ascensão das marcas nacionais, sublinham as tendências de mudança no consumo chinês. De qualquer modo, as vendas totais, que deverão registar um crescimento de dois dígitos, sublinham a recuperação do consumo na China. Embora muitas plataformas de comércio electrónico tenham deixado de comunicar o valor bruto das mercadorias (GMV) para as vendas do “Duplo 11” desde o ano passado, apresentaram vários destaques das actividades de vendas nas suas plataformas no domingo. A JD.com, um gigante chinês do comércio electrónico, registou novos recordes em vários indicadores. “O volume de transacções, o volume de encomendas e o número de utilizadores do 11.11 da JD.com atingiram novos máximos”, afirmou a empresa num relatório. No entanto, não forneceu números específicos. Noutro indicador importante, o Departamento Estatal dos Correios da China disse no domingo que a China estabeleceu um novo recorde ao processar 639 milhões de encomendas no “Duplo 11” no sábado, 1,87 vezes o volume em dias normais e 15,76 por cento mais do que no mesmo dia do ano passado. Entre 1 de Novembro e sábado, o volume aumentou 23,22% em termos anuais. Entretanto, o Grupo Alibaba, a quem se atribui o lançamento do festival de compras há 15 anos, afirmou no domingo que as suas plataformas, Taobao e Tmall, registaram um “crescimento positivo” durante o festival. “Durante todo o período da campanha, o Taobao e o Tmall registaram um crescimento anual positivo em termos de GMV, número de encomendas e comerciantes participantes, em comparação com o mesmo período do ano passado”, afirmou a empresa num comunicado. Várias outras plataformas online chinesas, incluindo sítios de transmissão em direto como o Kuaishou e o Douyin, também registaram fortes números de vendas. Douyin, o aplicativo irmão do TikTok na China, disse que seu GMV médio diário e o volume de pedidos aumentaram em mais de 50%, embora não tenha oferecido números específicos de vendas. A importância do consumo Normalmente, não é possível obter uma contagem total das vendas em todas as plataformas de comércio eletrónico chinesas, mas várias consultoras mundiais divulgam frequentemente estimativas após a conclusão do festival de compras. As vendas do “Duplo 11” do ano passado atingiram 1,15 biliões de yuans (157,97 mil milhões de dólares), de acordo com um relatório recente da empresa de consultoria norte-americana Bain. Este valor é mais de quatro vezes superior aos 35,3 mil milhões de dólares que os compradores norte-americanos gastaram durante a Cyber Week – da Black Friday à Cyber Monday, segundo a Reuters. Para as vendas do “Duplo 11” deste ano, algumas consultoras globais previram um crescimento total do GMV entre 14% e 18%, o que significaria um regresso do crescimento das vendas a dois dígitos pela primeira vez desde a pandemia da COVID-19. Na China, as discussões sobre o “Double 11”, tanto online como offline, parecem ter diminuído um pouco em comparação com anos anteriores, e muitos optaram por não participar devido ao aumento de outros festivais de compras e plataformas que oferecem descontos durante todo o ano. No entanto, alguns consumidores continuaram a gastar muito no “Duplo 11”, tanto por necessidade como por grandes descontos. “Gastei cerca de 40 000 yuan este ano, sobretudo em artigos de grande valor, como mobiliário e electrodomésticos”, disse um residente de Pequim, de apelido Li. Trata-se de um grande aumento em relação aos “vários milhares de yuans” que gastou no ano passado. Li disse que os descontos são relativamente grandes, especialmente em artigos de pequena dimensão. Este ano, os responsáveis políticos chineses tomaram uma série de medidas para impulsionar o consumo, uma vez que este se tornou o maior motor do crescimento económico da China. Em Julho, as autoridades emitiram 20 medidas para impulsionar o consumo interno, incluindo as despesas das famílias em tudo, desde casas a electrodomésticos. Graças a vários factores, incluindo o apoio político, o consumo da China tem vindo a recuperar de forma constante. Nos primeiros nove meses, as vendas a retalho totais da China cresceram 6,8% em termos anuais, com as vendas online a aumentarem 11,6%, de acordo com dados oficiais. Para além de fornecerem sinais para o mercado de consumo global da China, as vendas do “Double 11” também oferecem indicadores cruciais para a mudança de tendências entre os compradores chineses. Por exemplo, o reconhecimento da marca torna-se cada vez mais crucial para os consumidores chineses. A Alibaba afirmou que um total de 402 marcas viram o seu GMV ultrapassar os 100 milhões de yuan, das quais 243 são marcas chinesas. Entretanto, 38.000 marcas alcançaram um crescimento anual superior a 100 por cento no GMV, afirmou a empresa. O livestreaming está também a tornar-se um local importante para as vendas online. A JD.com afirmou que o total de espectadores dos seus serviços de livestream ultrapassou os 380 milhões.
Hoje Macau China / ÁsiaTrabalhadores soterrados em túnel no norte da Índia estão vivos, confirmam socorristas Os 40 trabalhadores que ficaram soterrados quando um túnel rodoviário em construção no norte da Índia se desmoronou, no domingo, estão vivos, anunciou hoje um responsável dos serviços de socorro. “Todos os 40 trabalhadores presos dentro do túnel estão vivos”, disse, em comunicado, o comandante da Força de Resposta a Desastres indiana, Karamveer Singh Bhandari, acrescentando que está a ser enviada água e comida. As equipas de resgate conseguiram entrar em contacto com os sobreviventes, primeiro através de uma mensagem num pedaço de papel, e, mais tarde, conseguiram estabelecer comunicação por meio de aparelhos de rádio. Um responsável dos serviços de socorro do estado de Uttarakhand disse que as autoridades estão a bombear oxigénio e a enviar “alguns pequenos pacotes de alimentos” para o interior do túnel, através de uma conduta. Durgesh Rathodi acrescentou que as equipas de resgate usaram escavadoras para remover cerca de 20 metros de escombros, estando atualmente a 40 metros dos trabalhadores. Um agente da polícia, Prashant Kumar, disse que mais de 150 socorristas usaram também equipamentos de perfuração para remover escombros durante toda a noite. A parte desabada do túnel com 4,5 quilómetros de comprimentos fica a cerca de 200 metros da entrada, disseram as autoridades à agência de notícias Press Trust of India. O primeiro-ministro de Uttarakhand, Pushkar Singh Dhami, que visitou já o local do acidente, escreveu na rede social X (antigo Twitter) que a remoção dos escombros continua “sem parar” para retirar os trabalhadores “com segurança”. “O lado positivo é que os trabalhadores não estão uns em cima dos outros e têm um espaço tampão de cerca de 400 metros para caminhar e respirar”, assegurou um outro responsável dos serviços de socorro, Devendra Patwal, ao jornal Indian Express. A derrocada ocorreu na madrugada de domingo, na região dos Himalaias, quando um grupo de trabalhadores abandonava o estaleiro e chegava uma equipa de substituição. O túnel faz parte da autoestrada Chardham, um projeto emblemático do governo federal da Índia em construção entre Silkyara e Dandalgaon para ligar os dois importantes santuários hindus de Uttarkashi e Yamnotri, em Uttarakhand, um estado montanhoso que atrai muitos peregrinos e turistas. Em janeiro, as autoridades de Uttarakhand transferiram centenas de pessoas para abrigos temporários depois de um templo ter desabado e terem surgido fissuras em mais de 600 casas devido ao afundamento de terrenos na cidade de Joshimath e arredores.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza/ONU | Ataque a sede de agência causa vários mortos e feridos O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) denunciou ontem “um número significativo de mortos e feridos” no bombardeamento, no sábado, da sua sede na cidade de Gaza, agora ocupada por centenas de palestinianos deslocados. O PNUD avisa em comunicado que “a tragédia contínua de civis mortos e feridos encurralados neste conflito (…) tem de acabar”. “Os civis, as infraestruturas civis e a inviolabilidade das instalações da ONU devem ser respeitados e protegidos em todas as circunstâncias”, defende a agência da ONU. Imagens da AFPTV também mostraram ontem uma cratera no meio do pátio de uma escola gerida pela agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa) em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza. A escola foi atingida quando milhares de pessoas deslocadas se mudaram para lá, após cinco semanas de bombardeamentos incessantes por parte de Israel. O ministério afirma que já não consegue estabelecer contacto com todos os hospitais e que dezenas de corpos se encontram espalhados pelas ruas e à volta dos hospitais, sem que nenhuma ambulância se possa aproximar devido à violência dos combates e dos ataques. A agência da ONU para os refugiados palestinianos disse na sexta-feira que mais de 100 dos seus funcionários morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra.
Hoje Macau China / ÁsiaMassacre de Santa Cruz é memória dolorosa, mas destaca resiliência dos jovens, diz Ramos Horta O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou ontem que o massacre de Santa Cruz, ocorrido há 32 anos, evoca “memórias dolorosas”, mas também destaca a “resiliência e força” da juventude timorense. “É um dia que evoca memórias dolorosas, mas também destaca a resiliência e a força de nossa juventude”, refere, numa mensagem divulgada à imprensa, o chefe de Estado timorense. Timor-Leste assinalou ontem o 32.º aniversário do massacre de Santa Cruz e o Dia Nacional de Juventude. “Hoje, olhamos para trás, para as lutas travadas por aqueles que vieram antes de nós. O massacre do cemitério de Santa Cruz é uma cicatriz na nossa história, uma lembrança de como a busca pela liberdade e justiça pode ser difícil e muitas vezes dolorosa”, afirmou José Ramos-Horta. Mas, segundo Presidente timorense, é também um “testemunho do espírito indomável da juventude timorense”, quando os jovens estiveram na “linha da frente” a dar o “corpo às balas” e a defender “corajosamente os ideais da liberdade e autodeterminação”. “Hoje, celebramos com vocês, uma nova geração da juventude de Timor-Leste. Vocês são a força motriz do nosso país, os herdeiros da independência que tanto lutámos para alcançar. A juventude é a chama que mantém viva a visão de uma nação justa, próspera e unida”, salientou. Legado herdado Na mensagem, José Ramos-Horta afirma que os jovens timorenses têm um “papel crucial a desempenhar” e considera “crucial” a sua entrada na “liderança do desenvolvimento do país”. “Hoje, exorto cada jovem timorense a envolver-se activamente na construção do futuro de Timor-Leste. Sejam os agentes da mudança, os visionários que transformam desafios em oportunidades. O Dia Nacional da Juventude não é apenas sobre celebrar, mas também sobre assumir a responsabilidade pelo legado que herdamos”, referiu. A 12 de Novembro de 1991, mais de duas mil pessoas reuniram-se numa marcha até ao cemitério de Santa Cruz, em Díli, para prestarem homenagem ao jovem Sebastião Gomes, morto em Outubro desse ano pelos elementos ligados às forças indonésias. No cemitério, militares indonésios abriram fogo sobre a multidão. Segundo números do comité 12 de Novembro, 2.261 pessoas participaram na manifestação, 74 foram identificadas como tendo morrido no local e 127 morreram nos dias seguintes no hospital militar ou em resultado da perseguição das forças ocupantes. O massacre foi ontem assinalado em Díli com uma marcha entre a igreja de Motael e o cemitério de Santa Cruz e uma cerimónia de homenagem às vítimas.
Hoje Macau China / ÁsiaJovens chinesas jogam à “gravidez virtual” para poupar dinheiro Enquanto a China procura formas de aumentar a taxa de natalidade, as jovens chinesas mostram relutância em ser mães, mas aderiram à “e-gravidez”, permitindo-lhes poupar dinheiro e familiarizar-se com a maternidade, fingindo uma “gravidez virtual”. Numa mistura de preocupação com o aumento do custo de vida e de fascínio pelos antigos brinquedos “tamagotchi”, o sistema envolve o planeamento de uma gravidez e a atribuição de dinheiro para as várias despesas envolvidas, mas esses fundos vão efectivamente para as contas bancárias das jogadoras sob a forma de poupanças. Testes de gravidez, suplementos vitamínicos, exames médicos, seguro hospitalar para o parto e alimentação saudável são algumas das despesas iniciais que, em vez de reduzirem o rendimento, aumentam a poupança. As mulheres têm a opção de escolher em que momento da “gravidez virtual” começam o jogo, onde podem ter outras seguidoras que interagem com elas, acompanham o processo e são motivadas a igualar as suas “despesas”. Xiaoding, uma mulher desempregada citada pelos meios de comunicação iFeng, decidiu em Setembro iniciar a sua “gravidez virtual” aos três meses de gestação “como fazem muitas celebridades, porque acho que nessa altura a gravidez já é estável”, disse. Nos dois meses seguintes, quando comprou testes de gravidez, ácido fólico e sopa de tofu “nutritiva”, os seus seguidores aumentaram para dezenas de milhares, poupando entre 30 e 200 yuan consoante o produto adquirido. Alguns dos seus fãs chegaram mesmo a elevar a fasquia e optaram pela “parentalidade premium”, poupando o equivalente ao custo de vitaminas importadas e de cuidados hospitalares privados. Mas, tal como na vida real, outros jogadores têm dificuldade em suportar as despesas inerentes à maternidade e alguns decidem interromper a “gravidez” antes do termo. Interrupção virtual O South China Morning Post cita Miaomiao, uma designer gráfica de 23 anos do centro de Chongqing, que se submeteu a um “aborto virtual” aos quatro meses de gravidez porque já não podia suportar “despesas inesperadas”. Poupou 2.050 yuan nesses quatro meses, um valor que inclui o preço que a interrupção clínica lhe teria custado na vida real. Mas o entusiasmo gerado pelo jogo entre os ‘millennials’ não despertou os seus instintos maternais, chegando mesmo a desencorajar algumas jovens, que se sentem esmagadas pela “intensidade” do processo. “Muitas mulheres ainda têm receios e reservas em relação ao parto”, afirma Xiaoding, enquanto Miaomiao diz que o tema da gravidez a deixa desconfortável “porque é demasiado imersivo”. Como é habitual, a questão também gerou algum debate nas redes sociais chinesas, onde muitos têm uma opinião sobre se se deve jogar ou não a “e-gravidez”. “Receio que as pessoas que passaram pela experiência virtual estejam agora ainda menos dispostas a ter filhos”, lamentou um internauta, enquanto outros pais alertaram para o facto de a parentalidade real “ser muito mais complexa e dispendiosa” do que a versão virtual. Nos últimos tempos, as autoridades chinesas têm-se preocupado cada vez mais com a baixa taxa de natalidade do país, apesar da recente adopção de medidas e campanhas para aumentar a taxa de natalidade.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Detidas 335 pessoas ligadas a jogo ilegal e prostituição A polícia de Hong Kong deteve 335 pessoas numa operação de três dias que visou estabelecimentos clandestinos controlados por tríades suspeitas de explorar jogo ilegal e prostituição, noticiou a imprensa local no sábado. Os agentes da lei realizaram rusgas de madrugada num total de 223 locais de entretenimento, incluindo salões de mahjong, bares, discotecas, centros recreativos e saunas, informou o Dim Sum Daily. As autoridades apreenderam armas brancas, 22 mesas de mahjong, fichas de jogo num valor estimado de 1,8 milhões de dólares de Hong Kong e pequenas quantidades de estupefacientes. Os detidos, com idades compreendidas entre os 18 e os 88 anos, são acusados de exploração de estabelecimentos de jogo e de bordéis ilegais, posse de armas de fogo, fraude, branqueamento de capitais, danos e posse de droga. A cruzada da antiga colónia britânica contra as máfias intensificou-se no último ano com rusgas selectivas a estabelecimentos de diversão, com o objectivo de interromper as actividades ilícitas associadas ao crime organizado, como o jogo ilegal e a prostituição. A 9 de Novembro, realizou-se o funeral do pai de “Tsz Tung”, antigo líder da histórica tríade de Hong Kong “Wo Shing Wo”, ligado à extorsão, ao tráfico de droga e à prostituição. De acordo com os meios de comunicação social locais, o evento atraiu um grande número de indivíduos ligados a estes grupos criminosos e centenas de cidadãos enlutados que se reuniram para prestar homenagem ao falecido. O funeral e a possibilidade de tumultos obrigaram as autoridades a mobilizar agentes da brigada anti-gangues e da unidade táctica do distrito policial de Kowloon Oeste e a aplicar medidas de controlo do tráfego devido à grande afluência de pessoas. As tríades tiveram origem entre 1842 e 1930, quando membros de sociedades secretas chinesas migraram para Hong Kong.