Hoje Macau China / ÁsiaChina | Mais de 2.000 milhões de deslocações internas registadas Semana Dourada A China registou mais de dois mil milhões de viagens entre 01 e 07 de Outubro, semana dos feriados do Dia Nacional, um aumento de 4,1 por cento no número médio diário, em comparação com o período homólogo. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério dos Transportes chinês, o último dia do feriado marcou um dos picos mais elevados em termos de mobilidade, com um fluxo maciço nas redes de transportes terrestres e aéreos. O tráfego nas estradas foi considerável, com um total acumulado de cerca de 1,85 mil milhões de viagens, mais 3,9 por cento do que no mesmo período do ano anterior. Nos caminhos-de-ferro, cerca de 19,86 milhões de pessoas utilizaram os comboios para regressar aos seus destinos na segunda-feira, com 1.705 comboios suplementares. Desde o início da época de férias, a 29 de Setembro, o volume diário de passageiros transportados nos comboios chineses ultrapassou os 17 milhões, tendo atingido o seu máximo a 01 de Outubro, quando foi estabelecido um novo recorde para o número de passageiros num só dia, com 21,4 milhões. Entretanto, as companhias aéreas transportaram um total de 16,12 milhões de pessoas em voos domésticos, representando uma média diária de 2,3 milhões de passageiros, mais 11,3 por cento do que no mesmo período de 2023, de acordo com o ministério. Assim, o número final de viagens é ligeiramente superior à previsão das autoridades chinesas de 1,94 mil milhões de viagens domésticas durante as férias. Apesar de a República Popular ter completado três quartos de século, as celebrações oficiais mantiveram-se relativamente discretas, uma vez que as autoridades chinesas organizam normalmente as maiores celebrações nos aniversários redondos.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim anuncia medidas “antidumping” provisórias sobre importações de brandy europeu A China vai obrigar os importadores de brandy europeu a deixar um depósito nas alfândegas chinesas, anunciou ontem o ministério do Comércio do país asiático, num contexto de tensões comerciais entre Pequim e a União Europeia (UE). “A partir de 11 de Outubro de 2024 [sexta-feira], quando importarem brandy da União Europeia, os importadores vão ter de fornecer o depósito correspondente às autoridades aduaneiras da República Popular da China”, afirmou o ministério, em comunicado, dias após a UE ter confirmado que vai impor taxas alfandegárias adicionais sobre automóveis eléctricos importados da China. No final de Agosto, a China afirmou que não ia impor medidas ‘antidumping’ provisórias sobre o brandy importado, o que afectaria principalmente a França, apesar de ter concluído que os produtores europeus vendiam o licor no mercado chinês “com margens de ‘dumping’ de entre 30,6 por cento a 39 por cento”. ‘Dumping’ significa a venda abaixo do custo de produção, possível através de atribuição de subsídios aos produtores. O inquérito, iniciado a 5 de Janeiro deste ano, determinou então que estas práticas representam uma ameaça significativa para a indústria local de brandy na China. A 18 de Julho, a pasta analisou os efeitos industriais e de interesse público relacionados com a importação de brandy europeu. A China lançou outras investigações “antidumping” sobre produtos como os laticínios e a carne de porco da UE, no que é visto como resposta aos atritos comerciais com o bloco. Europa dividida Após nove meses de investigação, Bruxelas sugeriu um aumento das taxas devido ao apoio estatal chinês às empresas que fabricam automóveis eléctricos. Dependendo do nível de subsídios públicos que as diferentes marcas receberam de Pequim, a Comissão Europeia recomendou um imposto de 7,4 por cento para a BYD, 20 por cento para a Geely e 38,1 por cento para a SAIC. As marcas ocidentais que produzem na China seriam igualmente tributadas a 21 por cento. A França considerou “proporcional e calibrada” a proposta da Comissão Europeia de aumentar os direitos aduaneiros sobre os veículos eléctricos chineses, uma posição diferente da tomada pela Alemanha.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Pequim aposta na procura e estabilização para reanimar economia Os novos estímulos à economia procuram contrariar as quedas no mercado imobiliário e os efeitos negativos do proteccionismo e da volatilidade do exterior As medidas recentemente aprovadas por Pequim para relançar a economia visam “expandir a procura interna” e “estabilizar o sector imobiliário”, afirmou ontem o principal órgão de planeamento da China, defendendo a “grande resiliência” das finanças do país. O director da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China (CNRD), Zheng Shajie, explicou, em conferência de imprensa, que os estímulos visam “expandir a procura interna efectiva”, “aumentar o apoio às empresas”, “conter a queda do mercado imobiliário e estabilizá-lo”, “impulsionar o mercado de capitais” e “harmonizar o ajustamento contracíclico das políticas macroeconómicas”. Zheng disse que foram “intensificados” os esforços para lançar “medidas para promover a recuperação contínua da economia”. O responsável insistiu na necessidade de “analisar a situação económica de forma objectiva” e afirmou que existe “um contexto complexo a nível interno e externo” em que “algumas potências viram o seu ritmo de crescimento abrandar”. “O proteccionismo e a volatilidade estão a aumentar”, o que “afecta a China”, afirmou. O responsável referiu que algumas empresas chinesas “aumentaram o investimento sem registar um aumento dos lucros” e que existem “pressões sobre a economia”. No entanto, afirmou que a China “tem feito progressos na redução dos riscos em áreas-chave”, apontando o “rápido crescimento industrial” em sectores como os automóveis e os electrodomésticos. “Nem as bases nem as vantagens da economia chinesa mudaram: o enorme potencial de mercado e a resiliência mantêm-se”, acrescentou. Meta alcançável O director adjunto do órgão, Zhao Chenxin, abordou o objectivo de crescimento económico para este ano, de cerca de 5 por cento, cuja realização tem sido questionada pelos especialistas. “No primeiro semestre do ano, registou-se um crescimento anual de cerca de 5 por cento e a situação económica manteve-se geralmente estável. Já assistimos a três trimestres de desempenho e a economia da China conseguiu manter a estabilidade e o crescimento”, argumentou. Zhao previu que, quando as medidas de apoio anunciadas pelas autoridades “entrarem em vigor”, “serão lançadas as bases para um funcionamento estável da economia”, ao mesmo tempo que transmitiu a sua “confiança” de que o país atingirá a meta de crescimento do produto interno bruto. Há duas semanas, as autoridades chinesas anunciaram a redução das taxas de juro dos empréstimos hipotecários existentes – poupando cerca de 21 mil milhões de dólares a 50 milhões de famílias – e a descida para 15 por cento do valor mínimo de entrada para as segundas habitações, numa tentativa de reanimar o sector imobiliário, que se encontra em profunda crise há três anos. A medida faz parte de um pacote de medidas apresentado pelas autoridades que inclui também a criação de mecanismos para oferecer cerca de 114 mil milhões de dólares de financiamento a empresas de valores mobiliários, fundos e companhias de seguros, bem como empréstimos a empresas cotadas em bolsa para recomprarem as suas acções e assim aumentarem o seu valor de mercado.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | AI diz que é vergonhoso que guerra já dure há 1 ano A Amnistia Internacional considerou ontem que o prolongamento durante um ano da guerra entre Israel e o Hamas é sinal de “um fracasso colectivo da Humanidade”, sublinhando que foram cometidas várias atrocidades. Lamentando que ainda não tenha havido um cessar-fogo nem libertação de reféns, a organização de defesa dos direitos humanos afirma que a necessidade de respeitar os “direitos de todas as vítimas à verdade, à justiça e à reparação” é mais premente do que nunca. Em comunicado ontem divulgado para assinalar o primeiro aniversário dos ataques do grupo islamita Hamas a Israel, que conduziram à guerra, a secretária-geral da organização, Agnes Callamard, descreveu o 7 de Outubro como “um dia de luto”. “É um dia de luto para os israelitas cujos entes queridos foram mortos e raptados e para milhares de pessoas que continuam a ser deslocadas desde os hediondos ataques do Hamas e de outros grupos armados”, afirmou, referindo que se assinala também “um ano desde o início da terrível ofensiva das forças israelitas em Gaza, que matou dezenas de milhares de pessoas, deslocou à força 90 por cento da população e desencadeou uma catástrofe humanitária sem precedentes, colocando os palestinianos de Gaza em risco de genocídio”. Sem fim à vista Há exactamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, dos quais quase 100 continuam detidos. O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram cerca de 41.500 pessoas e forçaram quase dois milhões de pessoas a fugir de casa. “A guerra prossegue sem fim à vista”, lembrou a responsável da Amnistia Internacional, afirmando que “a necessidade de um cessar-fogo, de respeito pelo direito internacional e pelos direitos de todas as vítimas” é “mais premente do que nunca”. O aniversário, adiantou Agnes Callamard, “é um lembrete sóbrio da necessidade urgente de abordar as causas profundas, cortar o fornecimento de armas a todas as partes e acabar com a impunidade de longa data que tem visto as forças israelitas, o Hamas e outros grupos armados desrespeitarem o direito internacional durante décadas sem temerem quaisquer consequências”. Apelando a “um cessar-fogo imediato e à libertação imediata e incondicional dos reféns civis detidos pelo Hamas e outros grupos armados e de todos os palestinianos detidos ilegalmente por Israel”, a líder da Amnistia Internacional sublinhou que “o mundo nunca deve esquecer as vítimas e a angústia das famílias afectadas”. A organização pediu a responsabilização daqueles que cometeram “assassinatos deliberados, raptos e ataques indiscriminados, incluindo ataques com ‘rockets’ contra Israel, e dos que são culpados de crimes de guerra, “incluindo ataques diretos a civis e objetos civis ou ataques desproporcionados e ilegais”.
Hoje Macau China / ÁsiaXanana Gusmão de visita ao Laos, Portugal e Indonésia O primeiro-ministro de Timor-Leste viajou ontem para visitas oficiais ao Laos e a Portugal, tendo também previsto deslocar-se à Indonésia para a tomada de posse do Presidente eleito do país, Prabowo Subianto. No Laos, Xanana Gusmão vai participar nas 44.ª e 45.ª cimeiras dos chefes de Estado e de Governo da Associação das Nações do Sudeste Asiático, em Vientiane, entre terça e sexta-feira, subordinadas ao tema “ASEAN: Reforçar a Conectividade e a Resiliência”, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro timorense. Timor-Leste tem o estatuto de observador na ASEAN e espera que a adesão à organização regional se formalize no próximo ano. No sábado, o primeiro-ministro timorense inicia uma visita oficial a Portugal, que termina no próximo dia 18, tendo previsto encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Pedro Aguiar-Branco, e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro. Durante a estada em Portugal, vão ser assinados o Programa Estratégico de Cooperação para o período 2024-2028, com um envelope financeiro de 75 milhões de euros, bem como um acordo relativo à reabilitação, património e turismo e outro sobre infra-estruturas, “sinalizando uma expansão contínua da forte relação bilateral”, salientou na mesma nota. Comitiva alargada Além de encontros com a comunidade timorense, académicos portugueses e sociedade civil, da agenda de Xanana Gusmão consta também uma deslocação aos Açores, a convite do governo regional, para “conhecer em primeira mão vários projectos e actividades da economia azul”. O programa da visita inclui também uma reunião com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, e com representantes dos Estados-membros. Em Portugal, acompanham Xanana Gusmão o vice-primeiro-ministro, ministro coordenador dos Assuntos Económicos e ministro do Turismo, Francisco Kalbuadi Lay, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bendito Freitas, os ministros da Educação, Dulce Neves, do Ensino Superior, José Jerónimo, da Justiça, Sérgio Hornai, e do Interior, Francisco Guterres, bem como o secretário de Estado da Comunicação Social, Expedito Ximenes, e também o presidente da Câmara de Comércio e Indústria timorense, Jorge Serrano. De Portugal, o chefe do Governo timorense viaja para Jacarta para assistir à cerimónia de posse do Presidente eleito da Indonésia, a 20 de Outubro.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Anunciado fórum internacional contra armas nucleares Uma organização composta por jovens e sobreviventes da bomba atómica vai realizar um fórum internacional em Tóquio no próximo ano para impulsionar o movimento em prol da abolição de armas nucleares. A Campanha do Japão para Abolir Armas Nucleares anunciou o evento numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira em Tóquio. Representantes da campanha dizem que o fórum acontecerá na Universidade do Sagrado Coração nos dias 8 e 9 de Fevereiro do próximo ano. Os organizadores vão convidar membros do governo e especialistas para realizar palestras e discussões sobre temas como a desumanidade das armas nucleares e apoio aos sobreviventes da bomba atómica. Os representantes informaram que apresentarão propostas para a terceira Reunião dos Estados Partes do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares. A reunião está marcada para Março do próximo ano. Tanaka Terumi, da Confederação Japonesa de Organizações dos Sobreviventes das Bombas Atómicas e de Hidrogénio, ou Nihon Hidankyo, disse que o primeiro-ministro do Japão, Ishiba Shigeru, se referiu ao que é chamado de “compartilhamento nuclear” e que a situação aparentemente está a ficar cada vez mais difícil. No entanto, afirmou que, através do fórum, quer revelar a desumanidade das armas nucleares e exortar o governo japonês a liderar os esforços para criar um mundo livre destas armas. O ano que vem marca os 80 anos dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Norte volta a lançar balões com lixo para o Sul As provocações norte-coreanas voltaram a invadir os vizinhos do Sul. Pyongyang considera a Coreia do Sul como o seu pior inimigo A Coreia do Norte voltou ontem a lançar balões com detritos para o território sul-coreano, no mesmo dia em que deverá rever a Constituição do regime para eliminar referências à reunificação e redefinir fronteiras. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) afirmou que o país vizinho voltou a lançar balões que podiam ser dirigidos contra a província de Gyeonggi, no norte, que rodeia Seul, e partes da capital do sul, de acordo com um comunicado. Desde Maio, o Norte lançou mais de 5.000 balões no total, em mais de 20 lançamentos, em resposta aos balões de propaganda contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un, enviados por activistas do Sul. Entretanto, os meios de comunicação norte-coreanos não noticiaram o início da sessão da Assembleia Popular Suprema convocada para ontem. Não se sabe como serão anunciadas as alterações à Constituição, uma vez que, em ocasiões anteriores, os meios de comunicação social estatais norte-coreanos apenas divulgaram pormenores básicos e o conteúdo completo das alterações legislativas só foi conhecido algum tempo depois. Mudança de atitude A convocação da sessão responde à vontade de Kim Jong-un de formalizar o que disse há nove meses sobre a Coreia do Sul, com a qual os laços são inexistentes há cinco anos e que qualificou como o principal inimigo da Coreia do Norte. O líder norte-coreano também fechou a porta à reconciliação e à reunificação com o Sul, o que representa uma mudança importante na estratégia diplomática que o governo de Pyongyang articulou durante mais de três décadas. Especialistas disseram acreditar que a vontade expressa por Kim de abandonar o diálogo, formalizar a existência de dois Estados claramente diferenciados na península e definir unilateralmente as fronteiras do Norte pode piorar ainda mais o terrível ambiente na região.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Anunciado projecto para facilitar pagamentos de estrangeiros As autoridades chinesas anunciaram na segunda-feira novas medidas que ajudarão a facilitar os serviços de pagamento para viajantes que chegam ao país do exterior. De acordo com uma circular emitida conjuntamente pela Administração Estatal de Regulação do Mercado e pela Administração Nacional de Dados, oito cidades realizarão um projecto piloto no âmbito do qual as plataformas de serviços de pagamento móveis serão apoiadas na verificação das informações de entidades empresariais individuais, para que possa ser simplificado o processo de abertura de códigos de pagamento baseados em plataformas que suportem cartões de crédito estrangeiros, indica o Diário do Povo. As oito cidades incluem Suzhou, Hangzhou, Jinan, Wuhan, Changsha, Shenzhen, Chengdu e Xi’an, disse a circular. O projecto cobrirá mais de 11 milhões de entidades empresariais individuais, representando cerca de 9,3 por cento do número total do país. A parte continental da China registou uma estimativa de 95 milhões de chegadas de turistas nos primeiros nove meses deste ano, um aumento anual de 55,4 por cento, à medida que o país expande a sua política de trânsito livre de visto, acrescenta a publicação. A China está a desenvolver esforços contínuos para tornar os pagamentos mais acessíveis para viajantes estrangeiros. Em Março, o Conselho de Estado divulgou uma directriz destinada a continuar a optimizar os serviços de pagamento de cartões bancários, promovendo o uso de dinheiro e facilitando o pagamento móvel. Em Abril, foi emitida uma circular, estipulando que cartões bancários nacionais e estrangeiros deveriam ser aceites em algumas das principais atracções turísticas do país.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Nova tripulação chega à estação espacial este mês A China lançará a nave espacial tripulada Shenzhou-19 e receberá os taikonautas da Shenzhou-18 de regresso à Terra no final de Outubro, de acordo com a Agência Espacial Tripulada da China. Segundo o plano de missão de Outubro da agência divulgado esta semana, a tripulação da Shenzhou-18, que está a bordo da estação espacial chinesa Tiangong, em órbita, concluirá este mês a missão espacial de seis meses e embarcará na viagem de volta à Terra, indica o Diário do Povo. A tripulação da Shenzhou-18 é composta por três taikonautas do sexo masculino: Ye Guangfu, Li Cong e Li Guangsu. A tripulação foi lançada no espaço no dia 25 de Abril. Durante o feriado do Dia Nacional, que dura uma semana, a tripulação da Shenzhou-18 está a esforçar-se para manter um equilíbrio regular e entre trabalho e vida pessoal. No entanto, o tempo é ocupado principalmente por uma carga de trabalho pesada, incluindo experiências científicas, recolha de dados e preparação para a chegada da nova tripulação e trabalhos de transferência. De acordo com imagens recentes divulgadas pelo China Media Group, os três taikonautas da Shenzhou-18 expressaram a sua emoção com a iminente “reunião” na estação espacial, acrescenta a publicação estatal. Disseram que vão limpar os “quartos”, preparar “refeições de reunião” e garantir que os recém-chegados “se sintam em casa”.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | China pede à UE que volte ao caminho correcto para resolver disputas Apesar de muitas reuniões entre os dois lados, a União Europeia decidiu avançar com a imposição de altas tarifas sobre os veículos eléctricos chineses. Pequim condena a decisão e, além de apelar à abertura de novos canais de comunicação, alerta para os danos que podem advir do desinvestimento chinês na Europa A China pediu à Comissão Europeia que tome medidas concretas para implementar a sua vontade política e voltar ao caminho certo para resolver as fricções comerciais através de consultas, disse um porta-voz do Ministério do Comércio na sexta-feira. As observações foram feitas após a proposta da comissão de impor tarifas compensatórias definitivas sobre as importações de veículos eléctricos da China ter o apoio necessário dos Estados Membros da União Europeia (UE) para a adopção de tarifas, indica o Diário do Povo. “A China opõe-se firmemente ao projecto de decisão final do lado da UE, mas também frisou a sua vontade política de continuar a resolver a questão através de negociações”, disse o porta-voz, observando que as equipas técnicas de ambos os lados continuarão em negociações. O ministério pediu que a UE esteja claramente ciente dos danos da imposição de tarifas adicionais, uma vez que isso não resolverá nenhum problema, mas apenas abalará a confiança e a determinação das empresas chinesas e as impedirá de realizar investimentos na Europa. “A posição da China é consistente e clara. A China opõe-se firmemente às práticas proteccionistas injustas, ilegais e irracionais da UE nesse caso, e opõe-se resolutamente à tarifa compensatória adicional da UE sobre os veículos eléctricos chineses”, disse o porta-voz. As práticas proteccionistas da UE violam seriamente as regras da OMC e perturbam a ordem normal do comércio internacional, prejudicando não apenas a cooperação comercial e de investimentos entre a China e a UE, mas também a transição verde da UE, com um impacto negativo na resposta climática global, observou o porta-voz. O representante disse ainda que a China implementou o consenso alcançado pelos líderes dos dois lados, tendo sempre em mente os interesses gerais da parceria estratégica abrangente China-UE, e manteve sempre a máxima sinceridade em lidar adequadamente com as diferenças através do diálogo e de consultas. Desde o final de Junho, os dois lados realizaram mais de dez consultas técnicas envolvendo chefes de departamentos de sub-ministérios e duas consultas vice-ministeriais sobre o caso. Sem resultados A 19 de Setembro, o ministro do Comércio, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo e comissário de comércio da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, mantiveram conversas abrangentes, profundas e construtivas, disse o porta-voz, acrescentando que ambos expressaram claramente a vontade política de resolver as diferenças através de consultas e concordaram em estabelecer compromissos sobre preços para evitar a escalada das fricções comerciais. Nos 14 dias seguintes, equipas técnicas de ambos os lados realizaram seis rondas de consultas. Ao longo do processo, repetidamente, o lado chinês ouviu plenamente os pedidos e opiniões das indústrias chinesas e europeias, demonstrando uma atitude aberta e cooperativa e exercendo o máximo de flexibilidade, de acordo com o porta-voz. “A China tomará todas as medidas possíveis para defender firmemente os interesses das empresas chinesas”, acrescentou o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil recebe primeiros 229 resgatados do Líbano O Presidente do Brasil esperava ontem pelos primeiros 229 brasileiros resgatados do Líbano no primeiro voo de repatriamento que descolou sábado de Beirute, segundo um comunicado do Palácio do Planalto. A Presidência brasileira anunciou que “o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe neste domingo, 06 de Outubro, os brasileiros resgatados no primeiro voo de repatriação da zona de conflito no Líbano”. “Essa é a primeira chegada da operação Raízes do Cedro, que decolou na tarde deste sábado de Beirute, trazendo 229 pessoas e três animais domésticos” a bordo, sublinha o Planalto. O avião da Força Aérea brasileira estava previsto aterrar em Lisboa numa escala para reabastecimento. Outros resgates Já a Austrália, a China e a Coreia do Sul concluíram sábado um primeiro processo de evacuação do Líbano de mais de 500 dos seus cidadãos, no contexto da invasão do exército israelita e da intensificação dos confrontos com as milícias do Hezbollah. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China confirmou que 215 cidadãos “foram resgatados em segurança do Líbano”, de acordo com um comunicado divulgado sábado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. O exército sul-coreano também completou sábado o seu primeiro voo de repatriamento do Líbano, com o regresso de 96 cidadãos. O avião de transporte militar KC-330 aterrou na base aérea de Seongnam, a sul de Seul, capital do país, por volta das 00:50 da manhã, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgado pela agência noticiosa oficial sul-coreana Yonhap. Entre estes repatriados, encontra-se, segundo a agência de notícias espanhola EFE, um cidadão libanês, familiar de um dos sul-coreanos que regressou ao país, ambos pertencentes a um grupo em que 30 por cento dos seus elementos são menores. Por último, o primeiro de dois aviões fretados pelo Governo australiano para transportar mais de 500 cidadãos durante o fim de semana aterrou no Chipre também sábado. O primeiro voo aterrou sábado à tarde com 229 cidadãos australianos, residentes permanentes e respectivas famílias, segundo a Ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo PM japonês preocupado com divisões globais O novo primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, advertiu que “a Ucrânia de hoje pode ser a precursora da Ásia Oriental de amanhã”, numa referência velada aos receios de uma invasão chinesa de Taiwan. “Porque é que a dissuasão não funcionou na Ucrânia?”, questionou Ishiba no seu primeiro discurso político perante o parlamento japonês, citado pela agência francesa AFP. Ishiba, 67 anos, tomou posse como primeiro-ministro do Japão na passada terça-feira, sucedendo a Fumio Kishida, que se demitiu após vários escândalos de corrupção no Partido Liberal Democrático (PDL) terem feito cair a sua popularidade. “Se tivermos também em conta a situação no Médio Oriente, a comunidade internacional está cada vez mais dividida e propensa a confrontos”, disse Ishiba. As relações entre o Japão e a China têm-se deteriorado nos últimos anos. Pequim tem afirmado a presença militar em territórios disputados na região e Tóquio tem reforçado os laços de segurança com os Estados Unidos e os seus aliados. Ishiba apoia a criação de uma aliança militar regional nos moldes da NATO e afirmou, na passada terça-feira, que a segurança do Japão “nunca esteve tão ameaçada desde o final da Segunda Guerra Mundial”. A nível interno, Ishiba disse pretender aumentar os salários no Japão através de um novo programa de estímulo monetário, e de apoio às autoridades locais e às famílias com baixos rendimentos. Nesta década, afirmou que pretende aumentar o salário mínimo nacional médio para 1.500 ienes por hora, um aumento de quase 43 por cento em relação ao salário actual de 1.050 ienes. “Conseguiremos aumentos salariais superiores aos aumentos de preços, aumentando a produtividade individual e acrescentando valor”, afirmou. Emergência silenciosa Numa reacção ao discurso, Takahide Kiuchi, do instituto de investigação Nomura, comentou que as declarações de Ishiba nesta fase são “provavelmente preparatórias para as próximas eleições gerais”, que o novo líder do PDL disse que irá convocar a 27 de Outubro. “A principal prioridade da administração Ishiba é ganhar estas eleições e consolidar a sua base de poder”, afirmou o analista, citado pela AFP. Daiju Aoki, do UBS SuMi TRUST, observou que “a ausência de uma estratégia de crescimento visível por parte da administração Ishiba constitui um risco político” para o primeiro-ministro. Apesar de o PDL ser o favorito, o governo de Ishiba tem apenas 51 por cento de apoio da população, segundo uma sondagem publicada na passada quarta-feira pelo diário Nikkei, abaixo do resultado do primeiro executivo de Kishida, quando tomou posse no final de 2021. No discurso no parlamento, Ishiba também descreveu a situação da taxa de natalidade como uma “emergência silenciosa” e anunciou que o governo vai promover medidas de apoio às famílias, como horários de trabalho flexíveis. O Japão, tal como muitos países industrializados, enfrenta uma crise demográfica iminente, com uma população envelhecida e uma taxa de natalidade teimosamente baixa. De acordo com o Banco Mundial, o país de 125 milhões de habitantes tem a população mais idosa do mundo, a seguir ao Mónaco. No ano passado, a taxa de natalidade no Japão foi de 1,2, muito abaixo dos 2,1 filhos necessários para manter os níveis populacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaRPC 75 anos | Biden envia mensagem de felicitações a Xi O Presidente dos EUA, Joe Biden, enviou uma mensagem de felicitações ao Presidente chinês, Xi Jinping, por ocasião do 75.º aniversário da fundação da República Popular da China (RPC), disse no sábado um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. Líderes de muitos países e partidos políticos e chefes de organizações internacionais enviaram recentemente mensagens ou cartas de felicitações ao presidente Xi, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China, pelo 75.º aniversário da fundação da RPC, indica a Xinhua. O porta-voz confirmou que o Presidente Biden estava entre os líderes que felicitaram a China. Na mensagem, o Presidente Biden observou que “em nome do povo dos Estados Unidos, envio as nossas felicitações a si e ao povo da República Popular da China ao comemorar o 75.º aniversário de sua fundação. O povo norte-americano e eu transmitimos nossos melhores votos ao povo da República Popular da China”, de acordo com o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaRelatório | Uso transfronteiriço do renminbi sobe mais de 20% O renminbi (RMB) tem sido usado com mais frequência no comércio transfronteiriço nos primeiros oito meses deste ano, face à crescente presença da moeda chinesa no mercado global, segundo um relatório do banco central. O relatório 2024 do Banco Popular da China sobre a internalização do RMB informou que os pagamentos e recebimentos transfronteiriços em RMB aumentaram 21,1 por cento em termos anuais, atingindo 41,6 biliões de yuans (US$ 5,94 biliões) no período de Janeiro a Agosto, indica o Diário do Povo. De acordo com o relatório, nos primeiros oito meses, os pagamentos e recebimentos transfronteiriços em RMB no comércio de mercadorias representaram 26,5 por cento do total de liquidações em moedas local e estrangeiras no mesmo período, em comparação com 24,8 por cento, em 2023. Para o comércio de serviços, o uso transfronteiriço do RMB aumentou anualmente 22,3 por cento, para 1,2 bilião de yuans, representando 31,8 por cento do total. O relatório também observou melhorias na função do RMB em termos de investimento e financiamento. Até o final de Agosto, os investidores estrangeiros detinham cerca de 4,6 biliões de yuans em títulos chineses, representando 2,7 por cento do total de títulos nacionais em custódia. A liquidação transfronteiriça em RMB para as principais commodities totalizou 1,5 biliões de yuans no período de oito meses, um aumento anual de 22,7 por cento, acrescenta a publicação. Para a próxima etapa, o banco central afirmou que melhorará os arranjos institucionais fundamentais para o uso transfronteiriço do RMB, abrirá ainda mais o mercado financeiro, fortalecerá as infraestruturas financeiras e aumentará a regulamentação sobre os negócios transfronteiriços de RMB.
Hoje Macau China / ÁsiaPassagem do tufão Krathon causou quatro mortos em Taiwan, refere novo balanço A passagem do tufão Krathon pelo sul de Taiwan na quinta-feira causou quatro mortos, de acordo com um novo balanço divulgado no sábado pelas autoridades da ilha. Duas pessoas que tinham sido dadas como desaparecidas foram encontradas mortas no sábado na cidade de Nova Taipé, no norte da ilha, informou a Agência Nacional de Bombeiros taiwanesa, sem adiantar pormenores. O Krathon feriu ainda 700 pessoas. O anterior balanço falava de duas vítimas mortais, ambas registadas ainda antes da chegada do tufão a Taiwan. Um homem de 70 anos morreu depois de cair de uma escada enquanto cortava ramos de árvores na cidade de Hualien, no leste do país. Outro homem, de 66 anos, morreu, depois de o camião que conduzia ter embatido contra pedras caídas na estrada na região de Taitung. Em toda a ilha, 20 mil casas estiverem até sábado sem electricidade, principalmente na cidade costeira de Kaohsiung (sudoeste), com 2,7 milhões de habitantes, situada perto do local onde o tufão atingiu a costa. Em Nova Taipé, as fortes chuvas causaram deslizamentos de terra e inundaram ruas, deixando temporariamente dezenas de alunos retidos em escolas, disseram as autoridades. Em Kaohsiung e na cidade vizinha de Pingtung, cerca de 1.500 soldados foram destacados para ajudar nas operações de ajuda, segundo o Ministério da Defesa, que disse que 250 soldados foram mobilizados em Nova Taipé e Keelung para ajudar a limpar as estradas. Perigo acrescido Num incidente separado, nove pessoas morreram na quinta-feira num incêndio que atingiu um hospital na região de Pingtung e que pode ter sido causado por falhas de energia durante o tufão, de acordo com funcionários do centro médico. As vítimas morreram devido a inalação de fumo, disseram as autoridades locais. Militares de uma base próxima foram mobilizados para ajudar os médicos e os bombeiros na evacuação dos doentes e no apagar das chamas. Ambulâncias transferiram 176 pacientes para abrigos próximos e lonas foram utilizadas para proteger os restantes doentes da chuva torrencial. Os tufões raramente atingem a densamente povoada costa oeste de Taiwan, afectando, em vez disso, o lado montanhoso do leste da ilha. As tempestades tropicais são comuns em Taiwan de Julho a Outubro. No entanto, um estudo recente concluiu que estão a formar-se mais perto da costa, ganhando intensidade mais rapidamente e persistindo durante mais tempo após atingirem terra firme devido às alterações climáticas. Antes de chegar a Taiwan, o Krathon atravessou na segunda-feira o norte das Filipinas, onde causou quatro mortes e deixou quase cinco mil pessoas desalojadas.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim com “forte oposição” aos impostos extra a veículos eléctricos Apesar da oposição alemã, a União Europeia votou favoravelmente a introdução de taxas elevadas às importações de veículos eléctricos chineses. Pequim protestou veementemente contra a decisão e alerta que as consequências negativas poderão recair não só sobre o país asiático, mas também sobre empresas europeias e multinacionais com operações na China Pequim manifestou na sexta-feira “forte oposição” à decisão da União Europeia de impor impostos adicionais sobre veículos eléctricos chineses, segundo o Ministério do Comércio da China. “A China opõe-se firmemente às práticas proteccionistas injustas, não conformes e vergonhosas da UE neste caso e opõe-se fortemente à imposição pela UE de direitos anti-subsídios sobre os veículos eléctricos chineses”, segundo o ministério. O ministério instou os países da UE a “voltarem ao bom caminho”, resolvendo as tensões comerciais através do diálogo, e avisou que iria “salvaguardar os interesses das empresas chinesas”. Para a Câmara de Comércio da China na União Europeia a imposição de tarifas elevadas “não vai prejudicar apenas as empresas chinesas”, mas também “as empresas europeias e multinacionais com operações na China”. A imposição “não irá melhorar a resiliência da indústria europeia local” e poderá “dissuadir futuros investimentos chineses na Europa, prejudicando a competitividade do mercado europeu e enfraquecendo a cadeia de abastecimento global de veículos eléctricos”, alertou a mesma fonte. O gigante automóvel chinês Geely indicou que “esta decisão corre o risco de prejudicar as relações económicas e comerciais entre a UE e a China”. Numa votação realizada na sexta-feira, os 27 confirmaram a imposição de direitos aduaneiros sobre os automóveis eléctricos importados da China, apesar da oposição dos alemães, que receiam uma guerra comercial com Pequim. A Comissão Europeia tem agora carta branca para acrescentar ao imposto de 10 por cento já em vigor uma sobretaxa que pode ir até 35 por cento sobre os veículos a bateria fabricados na China. Estes direitos de compensação deverão entrar em vigor no final de Outubro. Em pormenor, os impostos adicionais ascenderão a 7,8 por cento para a Tesla, 17 por cento para a BYD, 18,8 por cento para a Geely e 35,3 por cento para a SAIC, de acordo com um documento final enviado aos países membros a 27 de Setembro. O objectivo declarado é restabelecer a igualdade de condições com os fabricantes acusados de beneficiarem de importantes subsídios públicos. A imposição de impostos visa ainda defender a indústria automóvel europeia e os seus cerca de 14 milhões de postos de trabalho contra práticas consideradas injustas e identificadas durante uma longa investigação da Comissão. A aplicação de tarifas iniciou-se em Julho, numa base provisória quando Bruxelas decidiu impor direitos aduaneiros até 36,3 por cento ao fabricante de automóveis SAIC, 19,3 por cento à Geely e 17 por cento à BYD, alegando que recebem subsídios que prejudicam os fabricantes da UE. As tarifas também afectam as importações de fabricantes ocidentais que produzem na China, como a Telsa, a Dacio e a BMW, que seriam tributadas a 21 por cento. Olho por olho Em Junho, em resposta às tarifas, o Ministério do Comércio chinês anunciou uma investigação “anti-dumping” contra a carne de porco ou miudezas da UE – tanto refrigerada como congelada -, bem como gordura e derivados de porco ou miudezas, uma medida que poderia acabar por afectar Espanha, o principal exportador de carne de porco para a China, tanto a nível da UE como a nível mundial. De acordo com dados das alfândegas chinesas, em 2023, o gigante asiático importou 1.537 milhões de dólares destes produtos de Espanha. Espera-se que as conclusões desta investigação sejam conhecidas dentro de um ano, embora o processo possa ser prolongado por mais seis meses “em circunstâncias especiais”. Além da carne de porco, Pequim anunciou, em Agosto, uma investigação anti-subvenções a certas importações de produtos lácteos da UE, que afecta, nomeadamente, a Irlanda, a Áustria, a Bélgica, a Itália, a Croácia, a Finlândia, a Roménia e a República Checa.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Portugal criticado por defender dois Estados sem reconhecer Palestina A relatora especial da ONU para os territórios palestinianos ocupados apontou ontem o que diz ser a “incoerência” de Portugal e outros países europeus de defender a solução de dois Estados sem reconhecer o Estado da Palestina. “Continuamos a falar de uma solução de dois Estados sem reconhecer o Estado da Palestina. Só mostra a incoerência, a inconsistência, a incapacidade de fazer o que se diz”, disse Francesca Albanese, numa audição pública na Assembleia da República. Para Albanese, a questão prioritária neste conflito já nem é o reconhecimento da Palestina, mas sim contribuir para “acabar com o massacre de pessoas em Gaza, e que se está a estender à Cisjordânia”. Numa sessão onde apenas marcou presença a esquerda parlamentar (PS, BE, PCP, Livre e PAN), a relatora da ONU lamentou ser recebida em Portugal, tal como nos restantes países ocidentais, apenas por partidos de esquerda, apelando a que seja incutida a ideia de que esta matéria não pode estar dependente de “partidarismo”. “Pergunto-me o que se passa com as pessoas. Porque é que quando vou a países ocidentais, os únicos deputados que se encontram comigo são de esquerda, onde estão os outros? Peço-vos, realmente, que tentem incutir este sentimento de que não se trata de partidarismo. A vida humana não pode ser considerada sob a bandeira de um ou outro partido. Não há diferença entre a vida israelita e a vida palestiniana”, declarou.
Hoje Macau China / ÁsiaLíbano | UE avança com ajuda humanitária de 30 ME A União Europeia (UE) mobilizou ontem 30 milhões de euros para ajuda humanitária ao Líbano, devido ao conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, anunciou a Comissão Europeia, admitindo estar “extremamente preocupada” com um alargamento regional. “À medida que prossegue a escalada das hostilidades entre o Hezbollah e Israel, a Comissão Europeia anunciou hoje (ontem) mais 30 milhões de euros de ajuda humanitária para ajudar os mais necessitados no Líbano”, indicou ontem o executivo comunitário em comunicado. Citada pela nota, a Presidente da instituição, Ursula von der Leyen, diz estar “extremamente preocupada com a constante escalada das tensões no Médio Oriente”. “Todas as partes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as vidas de civis inocentes”, apela a responsável, apontando que a ajuda humanitária ontem anunciada visa garantir “que os civis recebem a tão necessária assistência durante este período tão difícil”. “Continuamos a apelar a um cessar-fogo na fronteira com o Líbano e em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns”, adianta Ursula von der Leyen. A verba mobilizada pela UE vem juntar-se aos 10 milhões de euros já anunciados a 29 de Setembro, elevando o total da ajuda humanitária europeia ao país para mais de 104 milhões de euros este ano. Este novo pacote de ajuda de emergência fornecerá assistência alimentar urgente, abrigo e cuidados de saúde, entre outros apoios essenciais, sendo que a Comissão Europeia também está a facilitar a prestação de assistência material a Beirute através do Mecanismo de Proteção Civil da UE. Tragédia alastrada O conflito desencadeou uma deslocação sem precedentes da população no Líbano, tendo já provocado milhares de vítimas e feridos entre os civis. Depois do ataque iraniano com 180 mísseis contra Israel na terça-feira, o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, lançou na quarta-feira cerca de 100 foguetes, sem causar feridos nem vítimas mortais. De acordo com um comunicado militar israelita, foram detectados 70 lançamentos de foguetes num período de duas horas contra a zona da Galileia Ocidental, no norte de Israel, e os projécteis caíram em zonas abertas. Da mesma forma, foram detectados outros dois mísseis que atravessaram a fronteira entre o Líbano e Israel e outros 30, novamente contra a Galileia Ocidental ao final da tarde, todos atingindo zonas despovoadas. A ofensiva terrestre de Israel ocorreu após 10 dias de pesados bombardeamentos aéreos que fizeram quase dois mil mortos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano. Os bombardeamentos mataram dirigentes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização apoiada pelo Irão, Hassan Nasrallah. As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de Outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns. Em retaliação, o exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez milhares de mortos e de feridos. O cessar-fogo na Faixa de Gaza está a ser mediado, principalmente, pelos Estados Unidos, Egipto e Qatar, que há meses buscam uma trégua entre Israel e o Hamas, mas as duas partes beligerantes não chegam a um acordo.
Hoje Macau China / ÁsiaVietname acusa China de agressão a pescadores O Vietname condenou ontem a China, acusando agentes chineses de agrediram 10 pescadores vietnamitas e apreenderem cerca de quatro toneladas de peixe perto das disputadas Ilhas Paracel, no Mar do Sul da China. Os pescadores informaram pela primeira vez no domingo ter sido agredidos perto das ilhas controladas pela China, mas não identificaram os agressores. Ontem, o Ministério dos Negócios Estrangeiros vietnamita responsabilizou as forças da ordem chinesas pelo ataque em alto mar, afirmando que este “violou gravemente a soberania do Vietname nas Ilhas Paracel”, o direito internacional e um acordo entre os países sobre gestão das disputas territoriais. O Vietname transmitiu o protesto ao embaixador chinês em Hanói, exigindo que Pequim respeitasse a sua soberania nas Ilhas Paracel, que iniciasse uma investigação e que fornecesse informações sobre o ataque. Segundo informações divulgadas pela imprensa estatal vietnamita sobre o incidente, três dos pescadores registaram fraturas e os restantes sofreram outros ferimentos. Os relatos divulgados descrevem que os pescadores depois de espancados foram obrigados a ajoelhar-se e cobertos com lonas de plástico antes de os agressores partirem. Controlo chinês As Ilhas Paracel situam-se a cerca de 400 quilómetros (250 milhas) da costa oriental do Vietname e aproximadamente à mesma distância da província chinesa de Hainan, no extremo sul. Ambos os países reivindicam as ilhas. As ilhas têm estado sob o controlo de facto da China desde 1974, quando Pequim as tomou ao Vietname num breve, mas violento conflito naval. No ano passado, fotografias de satélite mostraram que a China parecia estar a construir uma pista de aterragem na ilha Triton, no grupo Paracel. Na altura, a pista parecia ser suficientemente grande para acomodar aviões turbo-hélice e drones, mas não caças ou bombardeiros. Há anos que a China possui um pequeno porto e edifícios na ilha, bem como um heliporto e radares. A China afirmou apenas que o seu objectivo é promover a segurança da navegação global e tem rejeitado acusações, incluindo as dos EUA, de que está a militarizar a passagem marítima.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Iorque | Mulher chinesa condenada por assassínio de advogado activista Uma chinesa foi condenada quarta-feira em Nova Iorque a cumprir uma pena de prisão entre 25 anos e prisão perpétua pelo assassínio de um compatriota seu, advogado especializado em questões migratórias. O assassinado, Jim Li, foi um conhecido activista durante os protestos na Praça de Tiananmen, em Pequim, em 1989. A procuradoria do condado de Queens especificou que Jim Li, que se especializou nesta área depois de fugir da China, era um conhecido advogado de migrações, que representava quem procurasse asilo nos EUA e tinha aceitado gratuitamente o caso de Xiaoning Zhang, de 27 anos. Contudo, quando esta admitiu que tinha mentido no pedido de asilo, ao declarar que tinha sido violada pela polícia em Pequim, o advogado abandonou o seu caso e pediu-lhe que saísse do seu escritório. A mulher reagiu de forma violenta, ao colocar as mãos à volta do pescoço de Li e procurando estrangulá-lo. Depois da intervenção da polícia, Zhang foi retirada do local com a ordem de não regressar. Porém, três dias depois, em 14 de Março de 2022, regressou com duas facas e esfaqueou o advogado no peito e pescoço. Li morreu pouco depois, num hospital. Em Setembro, Zhang foi considerada culpada de assassínio, posse ilegal de arma, ameaça, assédio e obstrução de respiração ou circulação sanguínea.
Hoje Macau China / ÁsiaQinghai-Xizang | Cientistas descobrem glaciar mais espesso do planalto Cientistas identificaram o glaciar mais espesso do planalto Qinghai-Xizang, conhecido como a torre de água da Ásia, após a descoberta de um campo de gelo de quase 400 metros de espessura. O campo de gelo, com uma espessura máxima mensurada de quase 400 metros, faz parte do glaciar Purog Kangri, no distrito de Tsonyi, na Região Autónoma de Xizang, sudoeste da China, de acordo com investigadores da Academia Chinesa de Ciências (CAS, em inglês), indicou o Diário do Povo. A medição determinou que o glaciar Purog Kangri é agora o glaciar mais espesso do planalto Qinghai-Xizang, substituindo a calota de gelo Guliya na sub-região de Ngari. Os glaciares contêm informações importantes sobre a história climática da Terra. Anteriormente, os cientistas perfuraram um núcleo de gelo de 308,6 metros de Guliya, que foi formado ao longo de um período de mais de 700.000 anos. Os cientistas estão actualmente a extrair núcleos de gelo do glaciar Purog Kangri, que acreditam conter gelo mais antigo. “Actualmente, os glaciares em todo o mundo estão a recuar. Uma vez que derretam, os registos históricos encapsulados não seu interior também desaparecerão”, disse Lonnie Thompson, académico da CAS e membro da Academia Americana de Ciências.”Portanto, extrair e preservar núcleos de gelo é crucial para recuperar informações históricas”, acrescentou Thompson, que participou no processo de medição.
Hoje Macau China / ÁsiaRegistado progresso significativo em projectos-chave de Plano Quinquenal (2021-2025) A China fez progressos significativos na implementação dos 102 principais projectos listados no 14º Plano Quinquenal (2021-2025), com realizações notáveis em sectores como infraestrutura de transporte, sistemas de energia e desenvolvimento verde, afirmou o principal planeador económico do país, citado pela Xinhua. De acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), são destaques das realizações que os projectos tiveram nos últimos anos itens como a rede de infraestruturas de transporte do país que tem sido fortalecida, com cerca de 95 por cento das áreas de serviços de vias expressas do país agora equipadas com instalações de carregamento. Um total de 151 centros logísticos nacionais foi incluído na lista de projectos de construção importantes emitida pela comissão em 2021, abrangendo 31 regiões de nível provincial. Também em destaque está, face aos esforços da China para construir um sistema de energia moderno, o maior corredor de energia limpa do mundo construído ao longo do Rio Yangtzé. A capacidade total de geração de energia instalada da China ultrapassou 3 mil milhões de quilowatts, com as capacidades instaladas de geração de energia eólica e solar superando a energia a carvão. Outros desenvolvimentos A China tem também feito progressos coordenados no desenvolvimento urbano e rural desde 2021. Nesse período, começou a renovar cerca de 195 mil comunidades residenciais urbanas antigas, e aproximadamente 210 mil quilómetros de gasodutos antigos foram renovados em áreas urbanas, acrescenta a publicação. A extensão total das estradas rurais da China era de 4,6 milhões de quilómetros até o final de 2023. A cobertura de água canalizada nas áreas rurais da China atingiu 90 por cento até ao final do ano passado, e cerca de 75 por cento das famílias rurais da China tinham acesso a banheiros sanitários. O país tem se esforçado sistematicamente para promover o desenvolvimento ecológico, com áreas naturais protegidas que agora representam cerca de 18 por cento da área total da China. Liderados pelos esforços mais amplos da China para reduzir a poluição nos principais sectores, cerca de 80 por cento da capacidade nacional de produção de aço passou por uma actualização de emissões de carbono ultrabaixas.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Incêndio em hospital faz oito mortos enquanto tufão atinge a ilha Pelo menos oito pessoas morreram ontem num incêndio num hospital no sul de Taiwan, quando a ilha está a ser atingida por ventos fortes e chuvas torrenciais causados pela chegada do tufão Krathon. O incêndio, cuja origem ainda está sob investigação, ocorreu na região de Pingtung, e as vítimas morreram devido a inalação de fumo, disseram as autoridades locais. Militares de uma base próxima foram mobilizados para ajudar os médicos e os bombeiros na evacuação dos doentes e no apagar das chamas. Ambulâncias transferiram 176 pacientes para abrigos próximos e lonas foram utilizadas para proteger os restantes doentes da chuva torrencial. O Krathon atingiu a densamente povoada costa oeste de Taiwan “perto do distrito de Xiaogang, em Kaohsiung, por volta das 12:40”, disse a Administração Meteorológica Central de Taiwan nas redes sociais. A aproximação do tufão, com ventos máximos sustentados de 173 quilómetros por hora e rajadas de 209 quilómetros por hora, já tinha causado dois mortos e pelo menos 123 feridos em Taiwan, obrigando milhares de pessoas a abandonar zonas baixas ou montanhosas. Um homem de 70 anos morreu depois de cair de uma escada enquanto cortava ramos de árvores na cidade de Hualien, no leste do país. Outro homem, de 66 anos, morreu, depois de o camião que conduzia ter embatido contra pedras caídas na estrada na região de Taitung. Duas pessoas foram dadas como desaparecidas. Mais para vir Os tufões raramente atingem a costa oeste de Taiwan, afectando, em vez disso, o lado montanhoso do leste da ilha. Pelo menos 128 centímetros de chuva caíram na região costeira de Taitung nos últimos quatro dias e 43 centímetros na cidade portuária de Kaohsiung. As autoridades encerraram escolas e escritórios governamentais em toda a ilha e cancelaram todos os voos domésticos. Na região de Hualien, mais de três mil pessoas foram retiradas de municípios vulneráveis a aluimentos de terra. Quase 200 pessoas na cidade de Tainan, no sudoeste, e mais de 800 residentes de Pingtung, no sul, também foram retiradas. As autoridades de Kaohsiung, uma cidade de 2,7 milhões de habitantes que deverá ser directamente atingida pelo tufão, retiraram mais de 2.500 residentes de áreas onde podem ocorrer aluimentos de terra e lama. O tufão provocou cortes de energia em quase 55 mil casas, de acordo com as autoridades. O Krathon atravessou na segunda-feira o norte das Filipinas, onde causou quatro mortes e deixou quase cinco mil pessoas desalojadas. As tempestades tropicais são comuns em Taiwan de Julho a Outubro. No entanto, um estudo recente concluiu que estão a formar-se mais perto da costa, ganhando intensidade mais rapidamente e persistindo durante mais tempo após atingirem terra firme devido às alterações climáticas. No caso de Macau, os SMG destacam que a tempestade deverá enfraquecer após ter atingido Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Israel declara Guterres ‘persona non grata’ O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou ontem ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira. “Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos”, disse Katz num comunicado. Terça-feira, Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente “com escalada após escalada” e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis. “Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, frisou o ex-primeiro-ministro português, através da rede social X. Bola de neve A publicação de Guterres surgiu pouco depois do início de um ataque com mísseis do Irão contra Israel. “Em resposta ao martírio de [Ismail] Haniye, de Hassan Nasrallah e do mártir [Abbas] Nilforushan (ex-comandante da Guarda Revolucionária iraniana morto na sexta-feira Beirute), atacámos o coração dos territórios ocupados”, declarou a Guarda Revolucionária do Irão num comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal ISNA. Este anúncio iraniano surgiu depois de o Exército israelita ter informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30 locais, e ordenado à população para procurar abrigo. Guterres já se tinha manifestado “extremamente preocupado” com a escalada do conflito no Líbano, pedindo respeito pela “soberania e integridade territorial” deste país, horas depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem iniciado uma ofensiva terrestre para deter a ameaça da milícia xiita Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta-feira num bombardeamento israelita em Beirute.