HK | MNE critica violência que diz ser apoiada por forças estrangeiras

[dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Yi criticou segunda-feira “a violência pura e simples” dos manifestantes em Hong Kong, afirmando que foi “encorajada por forças estrangeiras”, em entrevista à agência de notícias francesa AFP.
“O que se passa hoje em Hong Kong não tem nada a ver com manifestações pacíficas. É violência pura e simples. São actos inaceitáveis em qualquer país”, declarou Wang Yi, evocando “manifestantes que atacam transeuntes”, a polícia e “paralisam os transportes”.
O chefe da diplomacia chinesa afirmou à AFP que “há forças estrangeiras que encorajam esse género de violência nas ruas com o objectivo de desestabilizar Hong Kong, de semear o caos (…) para destruir o progresso histórico alcançado com a aplicação da política ‘um país, dois sistemas’”. “Posso dizer-vos que tais acções nunca serão bem-sucedidas”, afirmou.
Wang Yi afirmou-se igualmente convicto de que “o Governo da região administrativa especial conseguirá restabelecer a ordem social e o respeito pelo Estado de direito em conformidade com a lei” e que, com o apoio de Pequim, Hong Kong “vai continuar a aplicar a política de ‘um país, dois sistemas’”.
“Neste momento, o mais importante, e para o que mais precisamos de apoio, é o fim da violência, restabelecer a ordem económica e gerir os assuntos relacionados com o Estado de direito”, disse.
Wang Yi sublinhou que “nenhum descontentamento pode servir de pretexto para a violência”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês criticou ainda que “certos meios de comunicação social estrangeiros, num desprezo total pela realidade, classifiquem essa violência de ‘movimento democrático e pacífico’ e não hesitam em classificar a acção da polícia como violenta”.
“Se essas alegações podem ser entendidas como a realidade, como é possível imaginar que ainda exista justiça no mundo?”, interrogou-se o ministro.

23 Out 2019

Hong Kong | Conflito com Taipé sobre caso que motivou protestos

No dia em que a lei de extradição deverá ser formalmente e definitivamente afastada é também posto em liberdade o suspeito de homicídio que desencadeou os problemas que se têm vivido na antiga colónia britânica. O homem pretende entregar-se às autoridades de Taiwan, mas as autoridades de Taipé querem um acordo de assistência mútua

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Hong Kong pediu ontem a Taiwan que não coloque a “política acima da justiça”, numa alusão à entrega de um suspeito de homicídio, um caso na origem da crise política na região.

“Em vez de permitirem que considerações políticas se sobreponham ao Estado de direito e à justiça, complicando uma questão simples, espero que as autoridades de Taiwan consigam ser pragmáticas e pró-activas. Quando um homem procurado quer entregar-se, por que razão se insiste num acordo de assistência mútua”, questionou o secretário para a Administração de Hong Kong, Matthew Cheung.

O governante falava ontem de manhã antes de presidir à reunião semanal do Conselho Executivo, numa altura em que a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, se encontra no Japão, de acordo com o jornal South China Morning Post.

Chan Tong-kai, o suspeito do homicídio que levou Hong Kong a apresentar uma proposta de emendas à lei de extradição vigente, na base da contestação social desde Junho, vai sair em liberdade esta quarta-feira, após 18 meses atrás das grades sob acusações de lavagem de dinheiro.

O residente de Hong Kong é procurado pelas autoridades de Taiwan pelo alegado envolvimento no assassínio da namorada grávida, Poon Hiu-wing, de 20 anos, em Fevereiro de 2018, quando ambos se encontravam de férias na ilha Formosa.

Matthew Cheung, que falava na qualidade de chefe do Governo interino, garantiu que o executivo de Hong Kong examinou já “todas as opções disponíveis”, tendo concluído que a melhor solução será deixar Chan entregar-se livremente às autoridades de Taiwan.

No entanto, Taipé respondeu que só iria receber Chan depois de um acordo de assistência mútua, uma decisão que o Governo da antiga colónia britânica disse esconder motivações políticas.

De saída

As emendas à lei de extradição teriam permitido a transferência de fugitivos para jurisdições com as quais Hong Kong não tem acordo prévio, incluindo Taiwan e a China continental.

Contudo, a proposta desencadeou protestos maciços contra a alegada crescente interferência de Pequim nos assuntos de Hong Kong, desencadeando a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China, em 1997.

Desde o início, a região administrativa especial chinesa é palco de protestos e ações violentas quase diárias contra o que os manifestantes definem como a erosão das liberdades no território.

De acordo com Matthew Cheung, a proposta vai ser formalmente retirada esta quarta-feira, depois de o Governo já ter anunciado a decisão, a 9 de Setembro.

23 Out 2019

Hong Kong | Conflito com Taipé sobre caso que motivou protestos

No dia em que a lei de extradição deverá ser formalmente e definitivamente afastada é também posto em liberdade o suspeito de homicídio que desencadeou os problemas que se têm vivido na antiga colónia britânica. O homem pretende entregar-se às autoridades de Taiwan, mas as autoridades de Taipé querem um acordo de assistência mútua

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo de Hong Kong pediu ontem a Taiwan que não coloque a “política acima da justiça”, numa alusão à entrega de um suspeito de homicídio, um caso na origem da crise política na região.
“Em vez de permitirem que considerações políticas se sobreponham ao Estado de direito e à justiça, complicando uma questão simples, espero que as autoridades de Taiwan consigam ser pragmáticas e pró-activas. Quando um homem procurado quer entregar-se, por que razão se insiste num acordo de assistência mútua”, questionou o secretário para a Administração de Hong Kong, Matthew Cheung.
O governante falava ontem de manhã antes de presidir à reunião semanal do Conselho Executivo, numa altura em que a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, se encontra no Japão, de acordo com o jornal South China Morning Post.
Chan Tong-kai, o suspeito do homicídio que levou Hong Kong a apresentar uma proposta de emendas à lei de extradição vigente, na base da contestação social desde Junho, vai sair em liberdade esta quarta-feira, após 18 meses atrás das grades sob acusações de lavagem de dinheiro.
O residente de Hong Kong é procurado pelas autoridades de Taiwan pelo alegado envolvimento no assassínio da namorada grávida, Poon Hiu-wing, de 20 anos, em Fevereiro de 2018, quando ambos se encontravam de férias na ilha Formosa.
Matthew Cheung, que falava na qualidade de chefe do Governo interino, garantiu que o executivo de Hong Kong examinou já “todas as opções disponíveis”, tendo concluído que a melhor solução será deixar Chan entregar-se livremente às autoridades de Taiwan.
No entanto, Taipé respondeu que só iria receber Chan depois de um acordo de assistência mútua, uma decisão que o Governo da antiga colónia britânica disse esconder motivações políticas.

De saída

As emendas à lei de extradição teriam permitido a transferência de fugitivos para jurisdições com as quais Hong Kong não tem acordo prévio, incluindo Taiwan e a China continental.
Contudo, a proposta desencadeou protestos maciços contra a alegada crescente interferência de Pequim nos assuntos de Hong Kong, desencadeando a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China, em 1997.
Desde o início, a região administrativa especial chinesa é palco de protestos e ações violentas quase diárias contra o que os manifestantes definem como a erosão das liberdades no território.
De acordo com Matthew Cheung, a proposta vai ser formalmente retirada esta quarta-feira, depois de o Governo já ter anunciado a decisão, a 9 de Setembro.

23 Out 2019

Imperador japonês entronizado em cerimónia com 2.000 convidados

[dropcap]O[/dropcap] imperador Naruhito do Japão, em funções desde Maio devido à abdicação inédita do seu pai, será entronizado esta terça-feira numa cerimónia que conta com a presença de aproximadamente dois mil convidados.

O novo soberano, de 59 anos, tornou-se o 126.º Imperador do Japão em 1 de Maio, no dia seguinte ao pai, Akihito, de 85 anos, ter abdicado, uma decisão inédita nesta dinastia de mais de dois séculos.

Akihito anunciou em Agosto de 2016 que a sua idade e problemas de saúde o impediam de cumprir plenamente os seus deveres como imperador e, após esse anúncio na televisão, sucederam-se decisões políticas para a sua abdicação, possibilidade que não estava contemplada no quadro legal então em vigor, até que uma lei específica foi aprovada nesse sentido.

Esta terça-feira decorre a cerimónia oficial que dará ao novo imperador o estatuto formal num evento semelhante a uma coroação nas monarquias ocidentais.

Como parte de um dos rituais, que datam desde o século VII, Naruhito terá de se autoproclamar imperador do Japão numa das áreas mais majestosas do Palácio Imperial do Japão, cujas portas só são abertas em ocasiões como esta.

Os historiadores afirmam que a entronização, nos dias de hoje, permite que o Governo exiba a monarquia para ganhar o apoio dos cidadãos e preserve a herança cultural do país.

A cerimónia de terça-feira é a segunda de três que caracterizam o evento, sendo que a primeira foi em Maio, quando se concretizou o acto de sucessão ao Trono do Crisântemo.

A última parte da cerimónia, um ritual altamente religioso e polémico conhecido como Grande Colheita, será em Novembro.

Gastos em causa

Alguns especialistas questionaram o gasto com as cerimónias religiosas que rondam os 130 milhões de euros.

A cerimónia terá a duração de 30 minutos, culminando com a autoproclamarão do imperador diante de cerca de dois mil convidados. O primeiro-ministro, Shinzo Abe, após discursar e felicitar brevemente o novo monarca, liderará as três saudações gritando “banzai” em honra do imperador.

Tradicionalmente segue-se um desfile ao longo dos 4,6 quilómetros que separam o palácio da residência imperial de Akasaka, mas esta parte da cerimónia foi adiada para 10 de Novembro devido aos estragos provocados pelo tufão Hagibis este mês em Tóquio.

O novo casal real foi bem recebido pelo público japonês, ainda que a Imperatriz, Masako, tenha sofrido durante mais de 10 anos de transtorno de adaptação, após o nascimento da única filha do casal e após sofrer pressões para produzir um rapaz.

Cavaco presente

Naruhito estudou história, toca viola e é um especialista em transporte de água que estudou em Oxford e Masako é uma ex-diplomata que estudou em Harvard. Para comemorar a ocasião, o Governo vai conceder perdões a cerca 550 mil pessoas condenadas por pequenos delitos como infracções rodoviárias ou fraude eleitoral.

Quando o avô de Naruhito morreu em 1989, mais de 10 milhões de pessoas foram perdoadas e 2,5 milhões foram amnistiadas quando o seu pai assumiu o trono. Na entronização estarão representantes de mais de 200 países, entre os quais diplomatas, políticos e membros da realeza, contando mais de 2 mil convidados e 70 chefes de Estado.

A Presidência da República Portuguesa decidiu enviar o ex-Presidente Aníbal Cavaco Silva, “atendendo às muito antigas e amistosas relações entre Portugal e o Japão” para representar o país.

Na cerimónia estarão personalidades como o Rei Felipe VI de Espanha, o príncipe Carlos do Reino Unido, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o actual presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o vice-presidente chinês Wang Qishan, a secretária dos Transportes dos EUA Elaine Chao, a Alta Representante da EU para Política Externa e Segurança Frederica Mogherini, entre outras figuras de destaque.

22 Out 2019

Filipinas | Chefe da polícia encorajado a “matar todos” suspeitos de tráfico de droga

[dropcap]O[/dropcap] Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, encorajou na quinta-feira o novo chefe da polícia da cidade de Bacolod, no centro do país, a matar todos os suspeitos de tráfico de droga.

“Tens permissão para matar todos”, disse Duterte ao tenente-coronel Jovie Espenido, durante uma cerimónia oficial em Manila.

Espenido é conhecido no arquipélago por ter liderado operações nas províncias de Leyte e Misamis Ocidental, no auge da guerra contra as drogas de Duterte, campanha que as organizações não-governamentais estimaram já ter matado quase 30 mil pessoas.

Algumas destas operações resultaram na morte de políticos locais, alegadamente implicados no tráfico de drogas. “Bacolad está actualmente muito mal e por isso escolhi Espenido, que é um oficial muito temido. Já lhe disse que podia matar todos”, declarou Duterte, que já encorajara noutras ocasiões as autoridades a matar suspeitos de tráfico de droga.

Em Janeiro, Duterte destituiu o chefe da polícia de Bacolad e quatro agentes por alegado envolvimento naquele tráfico. Na segunda-feira, o responsável máximo da polícia das Filipinas, Oscar Albayalde, anunciou a demissão, após suspeitas de ter encoberto, em 2013, agentes policiais suspeitos de venderem grandes quantidades de drogas apreendidas, conhecidos no país como ‘polícias ninja’.

Apesar de ter apresentado a demissão, Oscar Albayalde insistiu na inocência, afirmando nunca ter sido acusado criminalmente ou administrativamente por esta alegada irregularidade. “Consigo ser mais malvado do que vocês”, advertiu Duterte, na mesma ocasião, numa advertência aos chamados “polícias ninja”.

Sob investigação

Em Julho passado, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução para investigar as supostas execuções extrajudiciais em operações de antidroga e encarregou a alta comissária Michelle Bachelet de preparar um relatório sobre o assunto, a ser apresentado no próximo ano.

O Governo filipino descreveu a resolução como “desrespeitosa e com motivos políticos” e chamou de “falsos amigos” os países que votaram a favor, como Espanha, Itália, Reino Unido, Argentina, México, Peru, Uruguai e Islândia.

A guerra contra as drogas tem sido uma das bandeiras políticas do Presidente das Filipinas.
Apesar da campanha reunir o apoio de uma boa parte da opinião pública filipina, esta tem merecido a condenação da comunidade internacional na sequência de relatos de assassínios, cometidos pelas forças policiais (e por agentes à paisana) e da existência de atiradores contratados.

Segundo as autoridades filipinas, 5.300 pessoas foram mortas pela polícia ao abrigo desta campanha, mas as organizações de defesa dos direitos humanos indicaram que este número ronda as 30 mil.

21 Out 2019

Filipinas | Chefe da polícia encorajado a "matar todos" suspeitos de tráfico de droga

[dropcap]O[/dropcap] Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, encorajou na quinta-feira o novo chefe da polícia da cidade de Bacolod, no centro do país, a matar todos os suspeitos de tráfico de droga.
“Tens permissão para matar todos”, disse Duterte ao tenente-coronel Jovie Espenido, durante uma cerimónia oficial em Manila.
Espenido é conhecido no arquipélago por ter liderado operações nas províncias de Leyte e Misamis Ocidental, no auge da guerra contra as drogas de Duterte, campanha que as organizações não-governamentais estimaram já ter matado quase 30 mil pessoas.
Algumas destas operações resultaram na morte de políticos locais, alegadamente implicados no tráfico de drogas. “Bacolad está actualmente muito mal e por isso escolhi Espenido, que é um oficial muito temido. Já lhe disse que podia matar todos”, declarou Duterte, que já encorajara noutras ocasiões as autoridades a matar suspeitos de tráfico de droga.
Em Janeiro, Duterte destituiu o chefe da polícia de Bacolad e quatro agentes por alegado envolvimento naquele tráfico. Na segunda-feira, o responsável máximo da polícia das Filipinas, Oscar Albayalde, anunciou a demissão, após suspeitas de ter encoberto, em 2013, agentes policiais suspeitos de venderem grandes quantidades de drogas apreendidas, conhecidos no país como ‘polícias ninja’.
Apesar de ter apresentado a demissão, Oscar Albayalde insistiu na inocência, afirmando nunca ter sido acusado criminalmente ou administrativamente por esta alegada irregularidade. “Consigo ser mais malvado do que vocês”, advertiu Duterte, na mesma ocasião, numa advertência aos chamados “polícias ninja”.

Sob investigação

Em Julho passado, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução para investigar as supostas execuções extrajudiciais em operações de antidroga e encarregou a alta comissária Michelle Bachelet de preparar um relatório sobre o assunto, a ser apresentado no próximo ano.
O Governo filipino descreveu a resolução como “desrespeitosa e com motivos políticos” e chamou de “falsos amigos” os países que votaram a favor, como Espanha, Itália, Reino Unido, Argentina, México, Peru, Uruguai e Islândia.
A guerra contra as drogas tem sido uma das bandeiras políticas do Presidente das Filipinas.
Apesar da campanha reunir o apoio de uma boa parte da opinião pública filipina, esta tem merecido a condenação da comunidade internacional na sequência de relatos de assassínios, cometidos pelas forças policiais (e por agentes à paisana) e da existência de atiradores contratados.
Segundo as autoridades filipinas, 5.300 pessoas foram mortas pela polícia ao abrigo desta campanha, mas as organizações de defesa dos direitos humanos indicaram que este número ronda as 30 mil.

21 Out 2019

Manifestantes em Hong Kong desafiam polícia com protesto não autorizado

[dropcap]M[/dropcap]ilhares de manifestantes de Hong Kong inundaram hoje novamente as ruas, enfrentando a proibição de protestos, movidos pela raiva, após os violentos ataques, esta semana, sobre dois militantes pró-democracia.

As autoridades haviam proibido a manifestação organizada em Tsim Sha Tsui, uma área densamente povoada, conhecida pelas suas lojas de luxo e hotéis.

Para justificar a proibição, as autoridades invocaram razões de segurança, após os violentos confrontos entre a polícia e a franja mais radical de manifestantes.

Mas hoje, ao meio-dia, milhares de pessoas participaram na manifestação proibida, pelo vigésimo fim de semana consecutivo de protestos, e continuam a fazer pressão sobre o governo em Pequim.

Há quatro meses que a ex-colónia britânica atravessa a sua pior crise política, desde a transferência do poder para a China, em 1997, com manifestações e acções quase diárias denunciando a perda de liberdade, mas também a crescente ingerência de Pequim nos assuntos do território.

Desde que as autoridades proibiram o uso de máscaras durante manifestações, no início de Outubro, Hong Kong sofreu uma onda de violência, com vários actos de vandalismo contra empresas acusadas de apoiar o governo pró-Pequim.

Mas os violentos ataques a dois activistas pró-democracia nesta semana exacerbaram o movimento. Na quarta-feira, Jimmy Sham, uma das figuras do campo pró-democracia, foi hospitalizado após ser violentamente agredido com martelos por pessoas desconhecidas.
Jimmy Sham é o principal porta-voz da Frente Civil de Direitos Humanos (FCDH), uma organização que promove a não-violência e esteve por detrás dos protestos mais pacíficos dos últimos meses.

Na noite de sábado, um homem de 19 anos que distribuía panfletos pedindo manifestações foi gravemente ferido por um agressor que o esfaqueou no pescoço e no abdómen.

Vídeos difundidos nas redes sociais mostraram também o agressor a segurar uma faca após o ataque e a gritar “Hong Kong faz parte da China” e “vocês estragaram Hong Kong”.

Figo Chan, da FCHR, disse que os defensores da democracia devem mostrar que a sua determinação permanece intacta. “Se não sairmos amanhã, a violência vai prevalecer e vai intensificar-se: a violência infligida pelo regime, pela polícia e pelas tríades locais”, afirmou no sábado, em declarações aos jornalistas.

Nos dois campos do conflito – pró-democracia e pró-Pequim – a violência tem vindo a crescer em intensidade, aumentando ainda mais a divisão ideológica.

20 Out 2019

Hong Kong | Carrie Lam impedida de intervir no Parlamento pelo segundo dia consecutivo

[dropcap]A[/dropcap] chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, que conta com o apoio da China, foi ontem impedida de intervir no Parlamento pelo segundo dia consecutivo, ao ser interrompida novamente por deputados pró-democracia. Os parlamentares da oposição foram retirados à força do hemiciclo por agentes das forças de segurança.

Na quarta-feira, o regresso à actividade do Conselho Legislativo (Parlamento) de Hong Kong foi marcado por um clima de alta tensão, três meses depois desta câmara ter sido ocupada por centenas de manifestantes pró-democracia e dos parlamentares terem sido forçados a suspender os trabalhos parlamentares.

Apoiada por Pequim para dirigir a antiga colónia britânica, Carrie Lam tinha previsto fazer, na quarta-feira, o seu discurso anual de política geral, mas, após ter sido interrompida várias vezes por deputados da oposição, decidiu abandonar o Conselho Legislativo sob protestos. Carrie Lam acabaria por proferir o discurso através de um vídeo, filmado à porta fechada.

No discurso, o terceiro desde que assumiu funções em 2017, Carrie Lam interpretou novamente a vaga de contestação registada nos últimos meses em Hong Kong como uma crise não política, mas sim como algo que tem fundamentos sociais, destacando, entre outros aspectos, as dificuldades reais que enfrentam os habitantes daquele território.

A chefe do Governo de Hong Kong regressou ontem ao Parlamento – maioritariamente pró-Pequim – para responder às perguntas dos deputados sobre o seu discurso, mas a política enfrentou novos protestos, com os elementos da oposição a gritaram frases de ordem sempre que Carrie Lam tomava a palavra.

Momentos mais tarde, Carrie Lam voltaria a usar um meio alternativo para expressar em directo as suas posições políticas, tendo recorrido à rede social Facebook (Facebook Live). Mas, como relatam as agências internacionais, a página da transmissão ‘online’ foi rapidamente invadida por comentários críticos.

18 Out 2019

Hong Kong | Carrie Lam impedida de intervir no Parlamento pelo segundo dia consecutivo

[dropcap]A[/dropcap] chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, que conta com o apoio da China, foi ontem impedida de intervir no Parlamento pelo segundo dia consecutivo, ao ser interrompida novamente por deputados pró-democracia. Os parlamentares da oposição foram retirados à força do hemiciclo por agentes das forças de segurança.
Na quarta-feira, o regresso à actividade do Conselho Legislativo (Parlamento) de Hong Kong foi marcado por um clima de alta tensão, três meses depois desta câmara ter sido ocupada por centenas de manifestantes pró-democracia e dos parlamentares terem sido forçados a suspender os trabalhos parlamentares.
Apoiada por Pequim para dirigir a antiga colónia britânica, Carrie Lam tinha previsto fazer, na quarta-feira, o seu discurso anual de política geral, mas, após ter sido interrompida várias vezes por deputados da oposição, decidiu abandonar o Conselho Legislativo sob protestos. Carrie Lam acabaria por proferir o discurso através de um vídeo, filmado à porta fechada.
No discurso, o terceiro desde que assumiu funções em 2017, Carrie Lam interpretou novamente a vaga de contestação registada nos últimos meses em Hong Kong como uma crise não política, mas sim como algo que tem fundamentos sociais, destacando, entre outros aspectos, as dificuldades reais que enfrentam os habitantes daquele território.
A chefe do Governo de Hong Kong regressou ontem ao Parlamento – maioritariamente pró-Pequim – para responder às perguntas dos deputados sobre o seu discurso, mas a política enfrentou novos protestos, com os elementos da oposição a gritaram frases de ordem sempre que Carrie Lam tomava a palavra.
Momentos mais tarde, Carrie Lam voltaria a usar um meio alternativo para expressar em directo as suas posições políticas, tendo recorrido à rede social Facebook (Facebook Live). Mas, como relatam as agências internacionais, a página da transmissão ‘online’ foi rapidamente invadida por comentários críticos.

18 Out 2019

Hong Kong | Amnistia Internacional pede investigação ao ataque contra activista

[dropcap]A[/dropcap] Amnistia Internacional (AI) pediu às autoridades de Hong Kong que iniciem uma “investigação exaustiva” ao ataque, na quarta-feira, contra um proeminente activista pró-democracia do território.

“Ficámos devastados ao tomar conhecimento do ataque a Jimmy Sham, um corajoso defensor dos direitos humanos e uma das forças motrizes dos protestos pró-democracia de Hong Kong”, escreveu o investigador da AI para a Ásia, Joshua Rosenzweig.

O coordenador da Frente Cívica dos Direitos Humanos (FCDH), que tem liderado os maiores protestos na antiga colónia britânica, foi brutalmente espancado na quarta-feira por quatro homens mascarados, segundo a própria organização e a imprensa local.

“Jimmy Sham foi deixado a sangrar na rua e foi hospitalizado com ferimentos na cabeça. Mesmo no contexto de crescentes ataques a activistas, este incidente é chocante na sua brutalidade”, apontou Rosenzweig.

O activista pró-democracia foi hospitalizado, mas encontra-se estável, de acordo com informações divulgados ontem nos ‘media’ locais.

“As autoridades devem conduzir prontamente uma investigação sobre este ataque terrível e levar todos os responsáveis à justiça”, afirmou ainda o investigador.

Os protestos em Hong Kong, que se tornaram maciços em Junho contra as emendas propostas à lei de extradição, transformaram-se num movimento que exige reformas democráticas.

Durante os quatro meses de manifestações, registou-se uma escalada de violência. Os manifestantes têm acusado a polícia do uso de força excessiva, enquanto as autoridades condenam as tácticas violentas de alguns grupos, que apelidam de radicais.

18 Out 2019

Hong Kong | Amnistia Internacional pede investigação ao ataque contra activista

[dropcap]A[/dropcap] Amnistia Internacional (AI) pediu às autoridades de Hong Kong que iniciem uma “investigação exaustiva” ao ataque, na quarta-feira, contra um proeminente activista pró-democracia do território.
“Ficámos devastados ao tomar conhecimento do ataque a Jimmy Sham, um corajoso defensor dos direitos humanos e uma das forças motrizes dos protestos pró-democracia de Hong Kong”, escreveu o investigador da AI para a Ásia, Joshua Rosenzweig.
O coordenador da Frente Cívica dos Direitos Humanos (FCDH), que tem liderado os maiores protestos na antiga colónia britânica, foi brutalmente espancado na quarta-feira por quatro homens mascarados, segundo a própria organização e a imprensa local.
“Jimmy Sham foi deixado a sangrar na rua e foi hospitalizado com ferimentos na cabeça. Mesmo no contexto de crescentes ataques a activistas, este incidente é chocante na sua brutalidade”, apontou Rosenzweig.
O activista pró-democracia foi hospitalizado, mas encontra-se estável, de acordo com informações divulgados ontem nos ‘media’ locais.
“As autoridades devem conduzir prontamente uma investigação sobre este ataque terrível e levar todos os responsáveis à justiça”, afirmou ainda o investigador.
Os protestos em Hong Kong, que se tornaram maciços em Junho contra as emendas propostas à lei de extradição, transformaram-se num movimento que exige reformas democráticas.
Durante os quatro meses de manifestações, registou-se uma escalada de violência. Os manifestantes têm acusado a polícia do uso de força excessiva, enquanto as autoridades condenam as tácticas violentas de alguns grupos, que apelidam de radicais.

18 Out 2019

5G | Huawei nega ter “instruções” do Estado para espionagem

A rede 5G e a Huawei estiveram em debate no Parlamento Europeu esta quarta-feira. A gigante tecnológica chinesa voltou a rejeitar as acusações de espionagem lançadas pelos Estados Unidos, afirmando que se o fizesse estaria a cometer suicídio

 

[dropcap]A[/dropcap] companhia tecnológica Huawei negou quarta-feira, num debate no Parlamento Europeu, ter “instruções” do Estado chinês para instalar ‘backdoors’ (portas de acesso) em dispositivos móveis de quinta geração (5G), notando que isso seria “um suicídio” para a empresa.

“As pessoas perguntam sempre qual é a relação entre a Huawei e o Estado chinês. É a mesma relação que têm outras empresas privadas ou internacionais que operam na China, como a Siemens ou a Nokia: temos de pagar os nossos impostos e respeitar as leis”, afirmou o representante chefe da Huawei para as instituições europeias, Abraham Liu.

O responsável respondia a uma questão relacionada com acusações de espionagem que têm recaído sobre a tecnológica chinesa, nomeadamente sobre a alegada instalação de ‘backdoors’ em equipamentos 5G, num debate público promovido pelo Parlamento Europeu, em Bruxelas.

“Nunca recebemos qualquer instrução para instalar ‘backdoors’ nos nossos equipamentos 5G”, vincou Abraham Liu, afastando, assim, “qualquer obrigação legal” para o fazer.

E reforçou: “Como empresa privada […], não temos qualquer motivação para fazer algo desse género porque se o fizéssemos isso seria cometer suicídio”.

“Nunca faríamos algo que pudesse pôr os dados pessoais dos nossos clientes em perigo”, salientou Abraham Liu.

Na sua intervenção inicial, o responsável observou que “a Huawei tem sido um parceiro de confiança da Europa durante 20 anos”.

“Temos crescido juntos, mas sabemos que ainda têm dúvidas sobre nós e, por isso, viemos ao Parlamento Europeu responder a todas as vossas questões”, adiantou Abraham Liu.

Europa aberta

O debate de quarta-feira foi organizado pelos eurodeputados Maria Grapini (dos socialistas europeus), Franc Bogovic (do Partido Popular Europeu), Bill Newton Dunn (do partido Renovar a Europa) e Jan Zahradil (dos conservadores e reformistas), em parceria com a tecnológica chinesa, e foi subordinado ao tema “Manter um ecossistema global aberto com a Huawei: uma perspectiva europeia”.

Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados.

Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE e a adopção de medidas comuns para mitigar estas ameaças, isto até final do ano.

Nessa análise feita aos riscos nacionais, os Estados-membros detectaram a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros, segundo um relatório divulgado na semana passada.

Apesar de Bruxelas rejeitar incidir no documento sobre uma determinada empresa ou sobre um determinado país, certo é que a tecnológica chinesa Huawei tem vindo a ser acusada, principalmente pelos Estados Unidos, de espionagem através das redes 5G.

A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.

18 Out 2019

5G | Huawei nega ter “instruções” do Estado para espionagem

A rede 5G e a Huawei estiveram em debate no Parlamento Europeu esta quarta-feira. A gigante tecnológica chinesa voltou a rejeitar as acusações de espionagem lançadas pelos Estados Unidos, afirmando que se o fizesse estaria a cometer suicídio

 
[dropcap]A[/dropcap] companhia tecnológica Huawei negou quarta-feira, num debate no Parlamento Europeu, ter “instruções” do Estado chinês para instalar ‘backdoors’ (portas de acesso) em dispositivos móveis de quinta geração (5G), notando que isso seria “um suicídio” para a empresa.
“As pessoas perguntam sempre qual é a relação entre a Huawei e o Estado chinês. É a mesma relação que têm outras empresas privadas ou internacionais que operam na China, como a Siemens ou a Nokia: temos de pagar os nossos impostos e respeitar as leis”, afirmou o representante chefe da Huawei para as instituições europeias, Abraham Liu.
O responsável respondia a uma questão relacionada com acusações de espionagem que têm recaído sobre a tecnológica chinesa, nomeadamente sobre a alegada instalação de ‘backdoors’ em equipamentos 5G, num debate público promovido pelo Parlamento Europeu, em Bruxelas.
“Nunca recebemos qualquer instrução para instalar ‘backdoors’ nos nossos equipamentos 5G”, vincou Abraham Liu, afastando, assim, “qualquer obrigação legal” para o fazer.
E reforçou: “Como empresa privada […], não temos qualquer motivação para fazer algo desse género porque se o fizéssemos isso seria cometer suicídio”.
“Nunca faríamos algo que pudesse pôr os dados pessoais dos nossos clientes em perigo”, salientou Abraham Liu.
Na sua intervenção inicial, o responsável observou que “a Huawei tem sido um parceiro de confiança da Europa durante 20 anos”.
“Temos crescido juntos, mas sabemos que ainda têm dúvidas sobre nós e, por isso, viemos ao Parlamento Europeu responder a todas as vossas questões”, adiantou Abraham Liu.

Europa aberta

O debate de quarta-feira foi organizado pelos eurodeputados Maria Grapini (dos socialistas europeus), Franc Bogovic (do Partido Popular Europeu), Bill Newton Dunn (do partido Renovar a Europa) e Jan Zahradil (dos conservadores e reformistas), em parceria com a tecnológica chinesa, e foi subordinado ao tema “Manter um ecossistema global aberto com a Huawei: uma perspectiva europeia”.
Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em Março deste ano, a fazer recomendações de actuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas ‘arriscadas’ dos seus mercados.
Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até Junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE e a adopção de medidas comuns para mitigar estas ameaças, isto até final do ano.
Nessa análise feita aos riscos nacionais, os Estados-membros detectaram a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros, segundo um relatório divulgado na semana passada.
Apesar de Bruxelas rejeitar incidir no documento sobre uma determinada empresa ou sobre um determinado país, certo é que a tecnológica chinesa Huawei tem vindo a ser acusada, principalmente pelos Estados Unidos, de espionagem através das redes 5G.
A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.

18 Out 2019

Deputada norueguesa propõe “povo de Hong Kong” para Nobel da Paz 2020

[dropcap]U[/dropcap]ma deputada norueguesa anunciou ontem que propôs o “povo de Hong Kong” para o Prémio Nobel da Paz 2020, condecoração que já em 2010 desagradou à China ao distinguir o dissidente Liu Xiaobo.

“Nomeei o povo de Hong Kong para o Prémio Nobel da Paz 2020″, disse Gury Melby, membro do parlamento pelo partido liberal, que faz parte da coligação no poder na Noruega, justificando a nomeação por os populares do território “arriscarem as suas vidas e segurança todos os dias para defender a liberdade de expressão e democracia básica”.

Durante uma entrevista publicada pela Aftenposten ontem, Melby explicou que “o que eles estão a fazer tem um impacto que vai muito além de Hong Kong, tanto na região quanto no resto do mundo”.

Há quatro meses que a ex-colónia britânica tem enfrentado a sua pior crise política, marcada por manifestações, às vezes violentas, que denunciaram uma restrição nas liberdades, mostrada na resposta policial considerada brutal pelos manifestantes.

A iniciativa de Melby deverá incomodar a China, cujo Governo ficou desagradado com a escolha do activista de direitos humanos Liu Xiaobo, que morreu em 2017, para o Prémio Nobel da Paz 2010.

Embora o Comité Nobel seja independente do poder do Estado norueguês, Pequim congelou as suas relações com o país escandinavo durante um período de tempo, suspendendo negociações para acordos de livre comércio e impedindo as importações de salmão norueguês.

A relação entre os dois países foi normalizada seis anos depois, em Dezembro de 2016, após Oslo prometer “não apoiar acções que comprometam” os interesses chineses.

Etiópia em festa

Este ano, o prémio foi concedido ao primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed, que conseguiu a reconciliação do seu país com a Eritreia, distinguindo-o entre os 301 candidatos para a condecoração.

Segundo os estatutos da Fundação Nobel, entre as pessoas qualificadas para fazer indicações ao Prémio Nobel da Paz estão membros de governo e de assembleias nacionais, além de membros do Tribunal Permanente de Arbitragem e do Tribunal Internacional de Justiça em Haia, professores universitários de história, ciências sociais, filosofia, direito e teologia, reitores de universidades ou ex-laureados com aquele prémio, entre outros.

17 Out 2019

Deputada norueguesa propõe "povo de Hong Kong" para Nobel da Paz 2020

[dropcap]U[/dropcap]ma deputada norueguesa anunciou ontem que propôs o “povo de Hong Kong” para o Prémio Nobel da Paz 2020, condecoração que já em 2010 desagradou à China ao distinguir o dissidente Liu Xiaobo.
“Nomeei o povo de Hong Kong para o Prémio Nobel da Paz 2020″, disse Gury Melby, membro do parlamento pelo partido liberal, que faz parte da coligação no poder na Noruega, justificando a nomeação por os populares do território “arriscarem as suas vidas e segurança todos os dias para defender a liberdade de expressão e democracia básica”.
Durante uma entrevista publicada pela Aftenposten ontem, Melby explicou que “o que eles estão a fazer tem um impacto que vai muito além de Hong Kong, tanto na região quanto no resto do mundo”.
Há quatro meses que a ex-colónia britânica tem enfrentado a sua pior crise política, marcada por manifestações, às vezes violentas, que denunciaram uma restrição nas liberdades, mostrada na resposta policial considerada brutal pelos manifestantes.
A iniciativa de Melby deverá incomodar a China, cujo Governo ficou desagradado com a escolha do activista de direitos humanos Liu Xiaobo, que morreu em 2017, para o Prémio Nobel da Paz 2010.
Embora o Comité Nobel seja independente do poder do Estado norueguês, Pequim congelou as suas relações com o país escandinavo durante um período de tempo, suspendendo negociações para acordos de livre comércio e impedindo as importações de salmão norueguês.
A relação entre os dois países foi normalizada seis anos depois, em Dezembro de 2016, após Oslo prometer “não apoiar acções que comprometam” os interesses chineses.

Etiópia em festa

Este ano, o prémio foi concedido ao primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed, que conseguiu a reconciliação do seu país com a Eritreia, distinguindo-o entre os 301 candidatos para a condecoração.
Segundo os estatutos da Fundação Nobel, entre as pessoas qualificadas para fazer indicações ao Prémio Nobel da Paz estão membros de governo e de assembleias nacionais, além de membros do Tribunal Permanente de Arbitragem e do Tribunal Internacional de Justiça em Haia, professores universitários de história, ciências sociais, filosofia, direito e teologia, reitores de universidades ou ex-laureados com aquele prémio, entre outros.

17 Out 2019

HK | Pró-democratas forçam Carrie Lam a discursar à porta fechada

O regresso aos trabalhos no parlamento de Hong Kong ficou marcado pelos apupos dos deputados pró-democracia dirigidos à Chefe do Executivo, Carrie Lam, quando esta se preparava para fazer o discurso anual

 

[dropcap]A[/dropcap] chefe do Executivo de Hong Kong foi ontem obrigada a discursar à porta fechada, depois ter sido impedida de falar no parlamento por deputados pró-democracia, que exibiram cartazes e projectaram um vídeo.

O discurso de Carrie Lam foi apresentado como uma tentativa de recuperar a confiança do público, após mais de quatro meses de uma crise política sem precedentes.

Parlamentares pró-democracia vaiaram Carrie Lam, exibiram cartazes a mostrar a líder do Governo com sangue nas mãos e projectaram uma imagem na parede, atrás do local onde discursava, na qual se podia ler: “cinco exigências, nem uma menos”.

O protesto obrigou Lam a sair do Conselho Legislativo (LegCo), o parlamento de Hong Kong.
Na origem da contestação, que se vive no território desde o início de Junho, está uma proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo da região administrativa especial chinesa.

Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão de Lam e eleição por sufrágio universal para este cargo e para o parlamento.

Sem hipótese

Carrie Lam tentou por duas vezes proferir o discurso anual, no dia em que o LegCo regressou aos trabalhos, mas sem sucesso, tendo sido obrigada a falar à porta fechada, durante 75 minutos, num discurso emitido pela televisão.

“As pessoas estão a perguntar: Hong Kong voltará ao normal”, questionou, para apelar, em seguida, aos 7,5 milhões de cidadãos do território para “valorizarem a cidade”. “A contínua violência e a disseminação do ódio” vai “corroer os valores centrais de Hong Kong”, alertou.

Já fora do parlamento local e depois do discurso, um grupo de deputados pró-democracia improvisou uma conferência de imprensa, durante a qual foi ouvida uma gravação, que reproduziu gritos de manifestantes a serem atacados pela polícia com gás lacrimogéneo.

“Ela é apenas uma marioneta comandada por Pequim”, acusou a deputada Cláudia Mo.
“Estas são as vozes das pessoas que gritam e são apenas pessoas comuns de Hong Kong”, disse a parlamentar Tanya Chan.

“Por favor, por favor, por favor, Carrie Lam, não nos deixes sofrer mais”, concluiu.
Os protestos, que se tornaram maciços em Junho contra a proposta de lei, transformaram-se num movimento que exige reformas democráticas em Hong Kong.

Durante os quatro meses de manifestações, registou-se uma escalada de violência. Os manifestantes têm acusado a polícia do uso de força excessiva, enquanto as autoridades condenam as tácticas violentas de alguns grupos, que apelidam de radicais.

17 Out 2019

HK | Pró-democratas forçam Carrie Lam a discursar à porta fechada

O regresso aos trabalhos no parlamento de Hong Kong ficou marcado pelos apupos dos deputados pró-democracia dirigidos à Chefe do Executivo, Carrie Lam, quando esta se preparava para fazer o discurso anual

 
[dropcap]A[/dropcap] chefe do Executivo de Hong Kong foi ontem obrigada a discursar à porta fechada, depois ter sido impedida de falar no parlamento por deputados pró-democracia, que exibiram cartazes e projectaram um vídeo.
O discurso de Carrie Lam foi apresentado como uma tentativa de recuperar a confiança do público, após mais de quatro meses de uma crise política sem precedentes.
Parlamentares pró-democracia vaiaram Carrie Lam, exibiram cartazes a mostrar a líder do Governo com sangue nas mãos e projectaram uma imagem na parede, atrás do local onde discursava, na qual se podia ler: “cinco exigências, nem uma menos”.
O protesto obrigou Lam a sair do Conselho Legislativo (LegCo), o parlamento de Hong Kong.
Na origem da contestação, que se vive no território desde o início de Junho, está uma proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo da região administrativa especial chinesa.
Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão de Lam e eleição por sufrágio universal para este cargo e para o parlamento.

Sem hipótese

Carrie Lam tentou por duas vezes proferir o discurso anual, no dia em que o LegCo regressou aos trabalhos, mas sem sucesso, tendo sido obrigada a falar à porta fechada, durante 75 minutos, num discurso emitido pela televisão.
“As pessoas estão a perguntar: Hong Kong voltará ao normal”, questionou, para apelar, em seguida, aos 7,5 milhões de cidadãos do território para “valorizarem a cidade”. “A contínua violência e a disseminação do ódio” vai “corroer os valores centrais de Hong Kong”, alertou.
Já fora do parlamento local e depois do discurso, um grupo de deputados pró-democracia improvisou uma conferência de imprensa, durante a qual foi ouvida uma gravação, que reproduziu gritos de manifestantes a serem atacados pela polícia com gás lacrimogéneo.
“Ela é apenas uma marioneta comandada por Pequim”, acusou a deputada Cláudia Mo.
“Estas são as vozes das pessoas que gritam e são apenas pessoas comuns de Hong Kong”, disse a parlamentar Tanya Chan.
“Por favor, por favor, por favor, Carrie Lam, não nos deixes sofrer mais”, concluiu.
Os protestos, que se tornaram maciços em Junho contra a proposta de lei, transformaram-se num movimento que exige reformas democráticas em Hong Kong.
Durante os quatro meses de manifestações, registou-se uma escalada de violência. Os manifestantes têm acusado a polícia do uso de força excessiva, enquanto as autoridades condenam as tácticas violentas de alguns grupos, que apelidam de radicais.

17 Out 2019

Hong Kong | Câmara dos representantes dos EUA aprova projectos de lei de apoio a manifestantes

A Câmara dos Representantes norte-americana aprovou na terça-feira três projectos de lei para demonstrar apoio aos manifestantes em Hong Kong, que há mais de quatro meses lutam por reformas democráticas e denunciam a erosão das liberdades no território. Pequim reagiu com indignação e ameaçou retaliar

 

Com agências 

[dropcap]D[/dropcap]e um lado, temos um regime repressivo que esmaga as liberdades democráticas em Hong Kong. Do outro, temos jovens que lutam pela liberdade e reformas democráticas. Tenho orgulho em estar ao lado de Jim McGovern em apoio aos votos bipartidários que mostram o compromisso da Câmara dos Representantes para com Hong Kong”. Assim rezou o tweet de Nancy Pelosi, a democrata que preside à câmara baixa do Congresso norte-americano, quando se preparava para votar um trio de projectos de lei em apoio aos protestos na região vizinha. A publicação veio acompanhada de uma fotografia com Pelosi e McGovern a segurar uma t-shirt preta onde se lê o slogan “Liberdade para Hong Kong. Revolução dos nossos tempos”.

No que diz respeito à legislação, um dos projectos de lei condena a ingerência de Pequim nos assuntos de Hong Kong e apoia o direito à liberdade de manifestação. O segundo, intitulado de ‘Hong Kong Human Rights and Democracy Act”, implica uma reavaliação anual do estatuto particular que os Estados Unidos concedem a Hong Kong em termos comerciais e que prevê sanções contra os responsáveis chineses.

Por último, o projecto de lei proíbe que armas norte-americanas sejam usadas contra os manifestantes por parte da polícia de Hong Kong.

A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, enfatizou que os projectos de lei, que ainda terão de ser aprovados no Senado, reforçam o apoio dos EUA em relação aos direitos humanos face aos interesses comerciais chineses. “Se os Estados Unidos não defendem os direitos humanos na China por causa de interesses comerciais, perdemos toda a autoridade moral para falar em nome dos direitos humanos em qualquer lugar do mundo”, disse.
Pelosi afirmou que a bravura dos jovens manifestantes em Hong Kong contrasta com “o Governo cobarde que se recusa a respeitar o Estado de Direito” e o período de 50 anos (até 2047) com elevado grau de autonomia do território, a nível executivo, legislativo e judiciário, com o Governo Central chinês a ficar responsável pelas relações externas e defesa.

Estatuto especial

De acordo com a lei dos EUA, Hong Kong recebe tratamento especial em questões como comércio, alfândega, aplicação de sanções e cooperação policial.

Tanto Pelosi, como vários parlamentares que usaram da palavra durante a votação, apontaram que a China tem beneficiado deste estatuto especial e que o tem utilizado para fugir dos controlos e sanções às exportações dos EUA.

Um dos promotores do projecto, o congressista republicano Christopher Smith afirmou que os Estados Unidos estão “simplesmente a pedir ao Presidente chinês e à líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam que honrem as promessas do Governo”.

A China “fala em esmagar corpos, quebrar ossos, torturar dissidentes e encher campos de concentração, praticar crimes massivos contra a humanidade pelos quais houve pouca ou nenhuma responsabilidade ou sanção”, afirmou Smith, recordando as palavras proferidas pelo Presidente da China, Xi Jinping, que afirmou no fim-de-semana no Tibete que “quem tentar actividades separatistas em qualquer lugar da China acabará com o corpo esmagado e os ossos quebrados”.

No dia 7 de Outubro, na Casa Branca, o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que “gostaria de ver uma solução muito humana” para os protestos de Hong Kong. “Acho que o Presidente Xi tem a capacidade de fazer isso”, afirmou, reforçando que “Hong Kong é muito importante como centro mundial, não apenas para a China, mas para o mundo”.

Outro dos promotores do projecto, o congressista democrata Brad Sherman afirmou estar na hora de enfrentar a China, responsabilizando também as empresas norte-americanas que dão primazia ao lucro em detrimento dos direitos humanos. “As empresas inclinam-se para a China na procura de lucro”, disse Sherman. “O interesse comercial sempre vence, (…) é sempre sobre o dinheiro”, destacou, na mesma linha de raciocínio, Nancy Pelosi.

Afundanço empresarial

Sob pressão da China, a gigante da tecnologia Apple removeu um aplicativo para ‘smartphone’ que permitia que os manifestantes de Hong Kong seguissem a polícia, enquanto a Liga Norte-Americana da Basquetebol (NBA) tem estado desde a semana passada envolta numa polémica por não ter defendido a liberdade de expressão, depois do director-geral dos Houston Rockets, Daryl Morey, ter escrito na rede social Twitter “Luta pela liberdade. Força Hong Kong”.
Como consequência, a televisão estatal chinesa suspendeu a difusão de jogos da pré-época da NBA. O proprietário do Houston Rockets, Tilman Fertitta, distanciou a equipa destas opiniões, escrevendo no Twitter que Daryl Morey não falava pelos Houston Rockets.

A ‘superestrela’ LeBron James, conhecido por apoiar causas sociais e injustiças sociais, como a brutalidade policial contra os negros, criticou na segunda-feira Daryl Morey. “Não quero entrar numa discussão verbal com Daryl Morey, mas acredito que ele não tinha conhecimento suficiente sobre a situação em questão e falou (…) ou estava mal informado. (…) Sim, nós temos liberdade de expressão, mas esta pode levar a coisas “muito negativas”.

Estas afirmações provocaram uma onda de protestos em Hong Kong, com muitos manifestantes a queimarem camisolas com o nome da ‘superestrela’ e a alguns utilizarem máscaras com a cara de LeBron James a agarrar notas chinesas.

Império contra-ataca

A China expressou ontem “profunda indignação” perante a actuação da Câmara dos Representantes e prometeu retaliar. “Hong Kong pertence à China e os assuntos do território são assuntos internos da China que não tolera interferência externa”, declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, citado pela agência de notícias estatal Xinhua. Shuang assegurou que Pequim irá tomar medidas contra “as más decisões” de Washington, a fim de salvaguardar firmemente os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento”.

Para Pequim, “o actual desafio de Hong Kong nada tem que ver com direitos humanos ou democracia. A questão fundamental é pôr fim à violência, restabelecer a ordem e garantir o Estado de direito”.

“Caso a lei venha a entrar em vigor, não só prejudicará os interesses da China e das relações China-EUA, mas também prejudicará gravemente os interesses dos Estados Unidos”, advertiu o porta-voz chinês.

Os Estados Unidos “negarem as agressões violentas” cometidas pelos manifestantes de Hong Kong, sublinhou a porta-voz chinês, é algo que “expõe a extrema hipocrisia de alguns norte-americanos (…) e a intenção de prejudicar a prosperidade e estabilidade de Hong Kong e conter o desenvolvimento da China”.

O Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado também reagiu através do seu porta-voz, Yang Guang, que expressou “um protesto solene e forte condenação” da actuação da Câmara dos Representantes. “Este tipo de comportamento é uma interferência grosseira nos assuntos internos da China e um apoio directo às forças radicais da oposição de Hong Kong. Fica exposto o esquema político da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e de alguns políticos, de usar Hong Kong para conter o desenvolvimento chinês”, apontou o porta-voz.

Na mesma linha de Pequim, o Governo de Hong Kong já “lamentou” a recente aprovação e assegurou que, “desde o seu regresso à pátria, a região exerceu (…) um alto nível de autonomia” que serviu para garantir direitos e liberdades impensáveis na China.

17 Out 2019

Hong Kong | Câmara dos representantes dos EUA aprova projectos de lei de apoio a manifestantes

A Câmara dos Representantes norte-americana aprovou na terça-feira três projectos de lei para demonstrar apoio aos manifestantes em Hong Kong, que há mais de quatro meses lutam por reformas democráticas e denunciam a erosão das liberdades no território. Pequim reagiu com indignação e ameaçou retaliar

 
Com agências 
[dropcap]D[/dropcap]e um lado, temos um regime repressivo que esmaga as liberdades democráticas em Hong Kong. Do outro, temos jovens que lutam pela liberdade e reformas democráticas. Tenho orgulho em estar ao lado de Jim McGovern em apoio aos votos bipartidários que mostram o compromisso da Câmara dos Representantes para com Hong Kong”. Assim rezou o tweet de Nancy Pelosi, a democrata que preside à câmara baixa do Congresso norte-americano, quando se preparava para votar um trio de projectos de lei em apoio aos protestos na região vizinha. A publicação veio acompanhada de uma fotografia com Pelosi e McGovern a segurar uma t-shirt preta onde se lê o slogan “Liberdade para Hong Kong. Revolução dos nossos tempos”.
No que diz respeito à legislação, um dos projectos de lei condena a ingerência de Pequim nos assuntos de Hong Kong e apoia o direito à liberdade de manifestação. O segundo, intitulado de ‘Hong Kong Human Rights and Democracy Act”, implica uma reavaliação anual do estatuto particular que os Estados Unidos concedem a Hong Kong em termos comerciais e que prevê sanções contra os responsáveis chineses.
Por último, o projecto de lei proíbe que armas norte-americanas sejam usadas contra os manifestantes por parte da polícia de Hong Kong.
A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, enfatizou que os projectos de lei, que ainda terão de ser aprovados no Senado, reforçam o apoio dos EUA em relação aos direitos humanos face aos interesses comerciais chineses. “Se os Estados Unidos não defendem os direitos humanos na China por causa de interesses comerciais, perdemos toda a autoridade moral para falar em nome dos direitos humanos em qualquer lugar do mundo”, disse.
Pelosi afirmou que a bravura dos jovens manifestantes em Hong Kong contrasta com “o Governo cobarde que se recusa a respeitar o Estado de Direito” e o período de 50 anos (até 2047) com elevado grau de autonomia do território, a nível executivo, legislativo e judiciário, com o Governo Central chinês a ficar responsável pelas relações externas e defesa.

Estatuto especial

De acordo com a lei dos EUA, Hong Kong recebe tratamento especial em questões como comércio, alfândega, aplicação de sanções e cooperação policial.
Tanto Pelosi, como vários parlamentares que usaram da palavra durante a votação, apontaram que a China tem beneficiado deste estatuto especial e que o tem utilizado para fugir dos controlos e sanções às exportações dos EUA.
Um dos promotores do projecto, o congressista republicano Christopher Smith afirmou que os Estados Unidos estão “simplesmente a pedir ao Presidente chinês e à líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam que honrem as promessas do Governo”.
A China “fala em esmagar corpos, quebrar ossos, torturar dissidentes e encher campos de concentração, praticar crimes massivos contra a humanidade pelos quais houve pouca ou nenhuma responsabilidade ou sanção”, afirmou Smith, recordando as palavras proferidas pelo Presidente da China, Xi Jinping, que afirmou no fim-de-semana no Tibete que “quem tentar actividades separatistas em qualquer lugar da China acabará com o corpo esmagado e os ossos quebrados”.
No dia 7 de Outubro, na Casa Branca, o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que “gostaria de ver uma solução muito humana” para os protestos de Hong Kong. “Acho que o Presidente Xi tem a capacidade de fazer isso”, afirmou, reforçando que “Hong Kong é muito importante como centro mundial, não apenas para a China, mas para o mundo”.
Outro dos promotores do projecto, o congressista democrata Brad Sherman afirmou estar na hora de enfrentar a China, responsabilizando também as empresas norte-americanas que dão primazia ao lucro em detrimento dos direitos humanos. “As empresas inclinam-se para a China na procura de lucro”, disse Sherman. “O interesse comercial sempre vence, (…) é sempre sobre o dinheiro”, destacou, na mesma linha de raciocínio, Nancy Pelosi.

Afundanço empresarial

Sob pressão da China, a gigante da tecnologia Apple removeu um aplicativo para ‘smartphone’ que permitia que os manifestantes de Hong Kong seguissem a polícia, enquanto a Liga Norte-Americana da Basquetebol (NBA) tem estado desde a semana passada envolta numa polémica por não ter defendido a liberdade de expressão, depois do director-geral dos Houston Rockets, Daryl Morey, ter escrito na rede social Twitter “Luta pela liberdade. Força Hong Kong”.
Como consequência, a televisão estatal chinesa suspendeu a difusão de jogos da pré-época da NBA. O proprietário do Houston Rockets, Tilman Fertitta, distanciou a equipa destas opiniões, escrevendo no Twitter que Daryl Morey não falava pelos Houston Rockets.
A ‘superestrela’ LeBron James, conhecido por apoiar causas sociais e injustiças sociais, como a brutalidade policial contra os negros, criticou na segunda-feira Daryl Morey. “Não quero entrar numa discussão verbal com Daryl Morey, mas acredito que ele não tinha conhecimento suficiente sobre a situação em questão e falou (…) ou estava mal informado. (…) Sim, nós temos liberdade de expressão, mas esta pode levar a coisas “muito negativas”.
Estas afirmações provocaram uma onda de protestos em Hong Kong, com muitos manifestantes a queimarem camisolas com o nome da ‘superestrela’ e a alguns utilizarem máscaras com a cara de LeBron James a agarrar notas chinesas.

Império contra-ataca

A China expressou ontem “profunda indignação” perante a actuação da Câmara dos Representantes e prometeu retaliar. “Hong Kong pertence à China e os assuntos do território são assuntos internos da China que não tolera interferência externa”, declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, citado pela agência de notícias estatal Xinhua. Shuang assegurou que Pequim irá tomar medidas contra “as más decisões” de Washington, a fim de salvaguardar firmemente os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento”.
Para Pequim, “o actual desafio de Hong Kong nada tem que ver com direitos humanos ou democracia. A questão fundamental é pôr fim à violência, restabelecer a ordem e garantir o Estado de direito”.
“Caso a lei venha a entrar em vigor, não só prejudicará os interesses da China e das relações China-EUA, mas também prejudicará gravemente os interesses dos Estados Unidos”, advertiu o porta-voz chinês.
Os Estados Unidos “negarem as agressões violentas” cometidas pelos manifestantes de Hong Kong, sublinhou a porta-voz chinês, é algo que “expõe a extrema hipocrisia de alguns norte-americanos (…) e a intenção de prejudicar a prosperidade e estabilidade de Hong Kong e conter o desenvolvimento da China”.
O Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado também reagiu através do seu porta-voz, Yang Guang, que expressou “um protesto solene e forte condenação” da actuação da Câmara dos Representantes. “Este tipo de comportamento é uma interferência grosseira nos assuntos internos da China e um apoio directo às forças radicais da oposição de Hong Kong. Fica exposto o esquema político da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e de alguns políticos, de usar Hong Kong para conter o desenvolvimento chinês”, apontou o porta-voz.
Na mesma linha de Pequim, o Governo de Hong Kong já “lamentou” a recente aprovação e assegurou que, “desde o seu regresso à pátria, a região exerceu (…) um alto nível de autonomia” que serviu para garantir direitos e liberdades impensáveis na China.

17 Out 2019

Peste suína leva China a proibir carne de Timor-Leste

[dropcap]A[/dropcap] China interditou a entrada de carne de porco proveniente de Timor-Leste devido ao surto de peste suína africana detectado no arquipélago.

Segundo um edital publicado hoje pela Administração Geral da Alfândega da China mas datado de sábado passado, passa a ser proibida a importação, directa ou indirecta, ou o transporte de porcos, javalis ou “produtos derivados” de Timor-Leste.

Quem violar a interdição será punido de acordo com a lei, sublinha a Alfândega, e os animais ou produtos serão devolvidos ao arquipélago ou destruídos.

No caso de a China servir apenas como ponto de passagem dos animais ou produtos rumo a um outro mercado, o veículo em que segue a mercadoria deverá ser selado e só aberto com a autorização da alfândega chinesa, explica o edital.

O Ministério da Agricultura de Timor-Leste anunciou a 3 de Outubro que cerca de 400 porcos em explorações agrícolas tinham morrido de peste suína.

A interdição não deverá ter impacto na economia timorense, uma vez que a China não importou qualquer produto animal de Timor-Leste nem no ano passado nem nos primeiros oito meses deste ano, segundo dados oficiais da Administração Geral da Alfândega da China.

A Alfândega justifica a medida com a necessidade de “proteger a segurança da pecuária chinesa e prevenir a introdução da epidemia” na China continental.

Mas a peste suína africana foi já detectada na China continental há um ano, tendo-se espalhado por 32 províncias e regiões do país. A doença não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis, tendo obrigado ao abate de mais de um milhão de suínos, segundo o Ministério chinês da Agricultura.

O país já perdeu 40% do seu gado, o que levou a inflação na China a subir em Agosto ao ritmo mais rápido dos últimos 18 meses. A carne de porco é parte essencial da cozinha chinesa, compondo 60% do total do consumo de proteína animal no país. Dados oficiais revelam que os consumidores chineses comem mais de 120 mil milhões de quilos de carne de porco por ano.

Para compensar o défice na produção doméstica, estimado em 10 milhões de toneladas, a China tem aumentado as importações do Brasil e da Europa.

No final do ano passado, as autoridades chinesas autorizaram três matadouros portugueses a exportar para o país.

As estimativas iniciais apontavam que as exportações portuguesas para China se fixassem em 15 mil porcos por semana, movimentando, no total, 100 milhões de euros.

15 Out 2019

Sri Lanka | Católicos queixam-se de visto recusado para visitar Fátima

[dropcap]U[/dropcap]m padre católico e um grupo de peregrinos do Sri Lanka, que pretendiam visitar este fim de semana o Santuário de Fátima, queixaram-se à Lusa de lhes ter sido negado o visto de entrada em Portugal.

Os católicos cingaleses, da diocese de Trincomalee, no leste do Sri Lanka, solicitaram o visto junto da Embaixada francesa em Colombo, no dia 4 de Setembro, mas o pedido “foi rejeitado”, afirmou o lusodescendente Earl Barthelot, que integrava o grupo.

A Embaixada de França representa a portuguesa em Colombo, após um acordo assinado com a Embaixada de Portugal na Índia, explicou.

O grupo tinha planeado aterrar no Porto na passada quinta-feira, para o início de uma viagem que passaria por Fátima – onde arrancou ontem a peregrinação internacional -, mas também por Lisboa, onde os cingaleses tinham previsto visitar o Museu da Fundação Oriente, e ainda por Sintra.

Perante a recusa, Earl Barthelot disse ter escrito várias vezes à Embaixada portuguesa em Nova Deli, bem como ao consulado português em Colombo, mas as representações diplomáticas “nunca responderam aos telefonemas ou e-mails”, lamentou.

O lusodescendente afirmou ainda ter contactado directamente o embaixador português na Índia, o embaixador português em Banguecoque e até conselheiros das comunidades portuguesas. “Ninguém respondeu”, disse.

Aquando da aplicação, Barthelot garante ter enviado todos os documentos exigidos, além de uma carta-convite da Fundação Oriente e do Duque de Bragança, tendo esta última sido remetida à agência Lusa.

“Por que é que o Governo português depende da embaixada francesa? Por que é que não existe uma Embaixada portuguesa em Colombo”, questionou, lamentando que “nem o Governo português nem o Governo cingalês” reconheçam os descendentes de portugueses no Sri Lanka.

14 Out 2019

Sri Lanka | Católicos queixam-se de visto recusado para visitar Fátima

[dropcap]U[/dropcap]m padre católico e um grupo de peregrinos do Sri Lanka, que pretendiam visitar este fim de semana o Santuário de Fátima, queixaram-se à Lusa de lhes ter sido negado o visto de entrada em Portugal.
Os católicos cingaleses, da diocese de Trincomalee, no leste do Sri Lanka, solicitaram o visto junto da Embaixada francesa em Colombo, no dia 4 de Setembro, mas o pedido “foi rejeitado”, afirmou o lusodescendente Earl Barthelot, que integrava o grupo.
A Embaixada de França representa a portuguesa em Colombo, após um acordo assinado com a Embaixada de Portugal na Índia, explicou.
O grupo tinha planeado aterrar no Porto na passada quinta-feira, para o início de uma viagem que passaria por Fátima – onde arrancou ontem a peregrinação internacional -, mas também por Lisboa, onde os cingaleses tinham previsto visitar o Museu da Fundação Oriente, e ainda por Sintra.
Perante a recusa, Earl Barthelot disse ter escrito várias vezes à Embaixada portuguesa em Nova Deli, bem como ao consulado português em Colombo, mas as representações diplomáticas “nunca responderam aos telefonemas ou e-mails”, lamentou.
O lusodescendente afirmou ainda ter contactado directamente o embaixador português na Índia, o embaixador português em Banguecoque e até conselheiros das comunidades portuguesas. “Ninguém respondeu”, disse.
Aquando da aplicação, Barthelot garante ter enviado todos os documentos exigidos, além de uma carta-convite da Fundação Oriente e do Duque de Bragança, tendo esta última sido remetida à agência Lusa.
“Por que é que o Governo português depende da embaixada francesa? Por que é que não existe uma Embaixada portuguesa em Colombo”, questionou, lamentando que “nem o Governo português nem o Governo cingalês” reconheçam os descendentes de portugueses no Sri Lanka.

14 Out 2019

Osaka | Mais de 30 portugueses retido após passagem do Hagibis

[dropcap]U[/dropcap]m grupo de mais de 30 portugueses ficou retido este fim de semana em Osaka, na sequência da passagem do tufão Hagibis pelo Japão, apesar de não terem sido registados grandes incidentes nesta cidade.

“Ficámos retidos em Osaka. Somos um grupo cerca de 35 pessoas, onde se incluem dois guias – um português e uma japonesa. A guia japonesa já não está connosco, mas também não pode viajar para Tóquio. Nós tínhamos avião no sábado pelas 23:00, mas o aeroporto estava fechado.

Os voos da Emirates para sábado e domingo foram cancelados”, avançou à Lusa, Isabel Parreira, um dos elementos do grupo.

Porém, ao contrário do que tinha sido previsto pelas autoridades nipónicas, Osaka não foi afectada pela passagem do tufão, tendo-se registado apenas algum vento e chuva no sábado.

“Ontem [sábado] choveu um pouco e o mercado tradicional estava fechado, apesar das grandes superfícies estarem abertas. O vento não era muito forte. Tínhamos alguns programas, inseridos na excursão, como a visita a um castelo, mas foram cancelados, porque o castelo estava encerrado”, explicou a turista portuguesa.

Já ontem, o comércio voltou a estar em normal funcionamento, assim como as atrações turísticas e alguns aviões já sobrevoaram a cidade, tendo-se ainda registado um tempo “normalíssimo”.

Devido à lotação dos aviões, o grupo conseguirá regressar a Portugal apenas entre quarta e quinta-feira, em dois voos diferentes, também operados pela Emirates.

Isabel Parreira sublinhou ainda que a informação a quem têm tido acesso é muito escassa, tendo em conta as notícias que não são transmitidas em inglês e que não têm encontrado muitas pessoas a saber falar este idioma.

“É muito estranho, nunca vi um sítio onde houvesse tão pouca gente a saber falar inglês”, relatou a portuguesa, acrescentando que apenas sabe que os principais estragos foram registados em Tóquio e que também foram causados alguns danos em Quioto, embora não consiga indicar a dimensão dos mesmos.

Quanto a medidas de segurança e prevenção, Isabel Parreira sublinhou que o grupo não foi informado de nada, embora acredite que existam medidas pensadas, caso “a situação se complicasse”, tendo em conta o elevado número de tufões registados no Japão.

“Estamos todos muito serenos. Não vi ninguém preocupado e estavam muitas pessoas pelas ruas. É como se não houvesse nenhum tufão. Sei que também houve um sismo, mas aqui não sentimos nada”, concluiu.

Da devastação

A passagem do tufão Hagibis, que atingiu este sábado o Japão, provocou pelo menos 33 mortos e 170 feridos, segundo o último balanço das autoridades locais.

De acordo com as autoridades de resgate, outras 17 pessoas encontram-se desaparecidas.
O Governo japonês mobilizou 27 mil membros das Forças de Autodefesa (exército) para os trabalhos de socorro.

O Hagibis tocou terra no sábado pouco antes das 19:00 e, cerca de duas horas depois, chegou à capital japonesa com rajadas de vento até 200 quilómetros por hora, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês).

As chuvas torrenciais fizeram transbordar o rio Chikuma, afectando várias cidades e províncias como Negano.

Na cidade de Sano, em Tochigi, a enchente no rio Akiyama afectou também uma área residencial, à qual já acorreram equipas de resgate, incluindo soldados.

Em Kawagoe, o rio Ope deixou cerca de 260 pessoas presas num lar de idosos.
Por sua vez, em Tóquio, o rio Tama também excedeu o seu limite, inundando os pisos térreos de vários edifícios, incluindo um hospital.

Mais de sete milhões de pessoas foram aconselhadas a deixar as suas casas, tendo dezenas de milhares sido acolhidas em centros de abrigo.

14 Out 2019

Osaka | Mais de 30 portugueses retido após passagem do Hagibis

[dropcap]U[/dropcap]m grupo de mais de 30 portugueses ficou retido este fim de semana em Osaka, na sequência da passagem do tufão Hagibis pelo Japão, apesar de não terem sido registados grandes incidentes nesta cidade.
“Ficámos retidos em Osaka. Somos um grupo cerca de 35 pessoas, onde se incluem dois guias – um português e uma japonesa. A guia japonesa já não está connosco, mas também não pode viajar para Tóquio. Nós tínhamos avião no sábado pelas 23:00, mas o aeroporto estava fechado.
Os voos da Emirates para sábado e domingo foram cancelados”, avançou à Lusa, Isabel Parreira, um dos elementos do grupo.
Porém, ao contrário do que tinha sido previsto pelas autoridades nipónicas, Osaka não foi afectada pela passagem do tufão, tendo-se registado apenas algum vento e chuva no sábado.
“Ontem [sábado] choveu um pouco e o mercado tradicional estava fechado, apesar das grandes superfícies estarem abertas. O vento não era muito forte. Tínhamos alguns programas, inseridos na excursão, como a visita a um castelo, mas foram cancelados, porque o castelo estava encerrado”, explicou a turista portuguesa.
Já ontem, o comércio voltou a estar em normal funcionamento, assim como as atrações turísticas e alguns aviões já sobrevoaram a cidade, tendo-se ainda registado um tempo “normalíssimo”.
Devido à lotação dos aviões, o grupo conseguirá regressar a Portugal apenas entre quarta e quinta-feira, em dois voos diferentes, também operados pela Emirates.
Isabel Parreira sublinhou ainda que a informação a quem têm tido acesso é muito escassa, tendo em conta as notícias que não são transmitidas em inglês e que não têm encontrado muitas pessoas a saber falar este idioma.
“É muito estranho, nunca vi um sítio onde houvesse tão pouca gente a saber falar inglês”, relatou a portuguesa, acrescentando que apenas sabe que os principais estragos foram registados em Tóquio e que também foram causados alguns danos em Quioto, embora não consiga indicar a dimensão dos mesmos.
Quanto a medidas de segurança e prevenção, Isabel Parreira sublinhou que o grupo não foi informado de nada, embora acredite que existam medidas pensadas, caso “a situação se complicasse”, tendo em conta o elevado número de tufões registados no Japão.
“Estamos todos muito serenos. Não vi ninguém preocupado e estavam muitas pessoas pelas ruas. É como se não houvesse nenhum tufão. Sei que também houve um sismo, mas aqui não sentimos nada”, concluiu.

Da devastação

A passagem do tufão Hagibis, que atingiu este sábado o Japão, provocou pelo menos 33 mortos e 170 feridos, segundo o último balanço das autoridades locais.
De acordo com as autoridades de resgate, outras 17 pessoas encontram-se desaparecidas.
O Governo japonês mobilizou 27 mil membros das Forças de Autodefesa (exército) para os trabalhos de socorro.
O Hagibis tocou terra no sábado pouco antes das 19:00 e, cerca de duas horas depois, chegou à capital japonesa com rajadas de vento até 200 quilómetros por hora, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês).
As chuvas torrenciais fizeram transbordar o rio Chikuma, afectando várias cidades e províncias como Negano.
Na cidade de Sano, em Tochigi, a enchente no rio Akiyama afectou também uma área residencial, à qual já acorreram equipas de resgate, incluindo soldados.
Em Kawagoe, o rio Ope deixou cerca de 260 pessoas presas num lar de idosos.
Por sua vez, em Tóquio, o rio Tama também excedeu o seu limite, inundando os pisos térreos de vários edifícios, incluindo um hospital.
Mais de sete milhões de pessoas foram aconselhadas a deixar as suas casas, tendo dezenas de milhares sido acolhidas em centros de abrigo.

14 Out 2019