Hoje Macau China / ÁsiaGrupo Alibaba lança voo semanal de carga entre Hong Kong e São Paulo O Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos recebeu na segunda-feira à noite o primeiro voo semanal de mercadoria entre Hong Kong e São Paulo, numa parceria entre a Qatar Airways Cargo e o Alibaba. Segundo o portal do aeroporto, o voo aterrou por volta das 19:00, depois de ter partido de Hong Kong no sábado e feito uma paragem em Doha, no Qatar. Num comunicado divulgado na segunda-feira, a companhia aérea Qatar Airways Cargo revelou que o avião Boeing 777 utilizado nesta parceria tem capacidade para transportar mais de 100 toneladas de mercadoria. O primeiro voo fretado pela empresa de logística Cainiao Smart Logistics Network, parte do grupo chinês do comércio eletrónico Alibaba Group Holding Ltd, transportou bens de consumo, incluindo produtos de beleza, joias, relógios, eletrodomésticos, brinquedos e equipamento desportivo. O objetivo da nova rota é garantir que os produtos comprados por brasileiros nas plataformas da Alibaba sejam entregues no espaço de 72 horas, sublinhou o diretor-geral da Cainiao para a logística de exportação. William Xiong disse no comunicado que o comércio eletrónico no Brasil está a crescer “a uma velocidade fenomenal”, tornando-se um dos mais importantes mercados para a Alibaba na América Latina. Em abril de 2021, a Cainiao anunciou um acordo com o Latam Cargo para utilizar os voos do grupo de aviação chileno de e para o Brasil para reduzir o tempo de entrega de encomendas da China para o Peru e a Colômbia. Em novembro de 2020, a empresa chinesa lançou voos fretados, em cooperação com o grupo de aviação norte-americano Atlas Air Worldwide Holdings Inc, a ligar a China ao Brasil e ao Chile três vezes por semana. Em agosto, o Brasil tornou-se o primeiro país das Américas – e o sexto do mundo – cujos comerciantes podem vender os seus produtos na plataforma chinesa de comércio eletrónico AliExpress, gerida pela Alibaba. A Cainiao ficou a coordenar o envio de produtos brasileiros comprados na plataforma chinesa, garantindo a entrega no mesmo dia ou no dia seguinte à aquisição, com o transporte gratuito para compras acima de 50 reais (nove euros).
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Chefe da diplomacia da UE insta homólogo chinês a apoiar corredores humanitários O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) exortou ontem o seu homólogo chinês a apoiar a criação de corredores humanitários para a retirada de civis da Ucrânia, saudando ainda a “disponibilidade da China” para dialogar com a Rússia. Em causa está uma conversa telefónica hoje realizada entre o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, a segunda desde o início da invasão militar da Ucrânia por parte da Rússia, na qual o chefe da diplomacia europeia “pediu ao seu homólogo chinês que apoiasse a criação de corredores humanitários, a fim de permitir a retirada da população civil”. A informação foi avançada pelo Serviço Europeu de Ação Externa, que em nota à imprensa dá também conta que Josep Borrell expressou a Wang Yi “o seu apreço pela posição da China no Conselho de Segurança e Assembleia Geral das Nações Unidas, indicando o apoio à integridade territorial, soberania das nações e inviolabilidade das fronteiras, bem como pela disponibilidade da China para apoiar a cessação das hostilidades e o diálogo”. Na ocasião, o chefe da diplomacia da UE manifestou ainda “necessidade absoluta de cessar imediatamente as hostilidades e referiu-se ao maior número de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e ao inaceitável alvo e sofrimento da população civil, incluindo graves violações do Direito Humanitário Internacional”. E, de acordo com o Serviço Europeu de Ação Externa, ambos os responsáveis “concordaram que deve ser evitada uma crise humanitária em grande escala”. Para 01 de abril está marcada uma cimeira UE-China. Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia, já que se recusou a condená-la, mas tentou distanciar-se da guerra de Putin, apelando ao diálogo e ao respeito pela soberania dos outros países. Por um lado, a China defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema. Hoje mesmo, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, disse que Pequim “já está a mediar” o conflito na Ucrânia e que vai fazer esforços para oferecer assistência humanitária, o que “não deve ser politizado”. A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil. Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina critica Estados Unidos por reforço de laços militares no Indo-Pacífico O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, acusou ontem Washington de tentar criar uma versão asiática da NATO e disse que cabe ao Governo norte-americano melhorar as relações com a Coreia do Norte. A política dos Estados Unidos em relação ao leste da Ásia e ao Oceano Índico, e os esforços para reforçar os laços militares com Japão, Austrália e Índia são um “desastre, que interrompe a paz e a estabilidade regionais”, apontou Wang Yi, em conferência de imprensa. “Os Estados Unidos estão a jogar os seus jogos geopolíticos, sob o pretexto de promoção da cooperação regional”, disse Wang. O ministro acrescentou que a postura da Casa Branca “contraria” os desejos regionais de cooperação e “está condenada a não ter futuro”. Wang acusou Washington de estar a organizar uma aliança para “suprimir a China”. Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia reforçaram, nos últimos anos, os seus laços militares. Em 2021, Washington acordou fornecer tecnologia à Austrália para a construção dos seus primeiros submarinos movidos a energia nuclear. “O verdadeiro propósito da ‘estratégia Indo-Pacífico’ é criar uma versão da NATO para” a região, disse Wang Yi. A expansão da aliança ocidental foi citada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, como um dos motivos para invadir a Ucrânia. Do exterior Wang pediu ao Governo de Joe Biden que revivesse o espírito dos acordos dos anos 1970, que abriram as relações dos EUA com o executivo comunista de Pequim. “Os Estados Unidos não poupam esforços para concretizar uma intensa competição com a China, constantemente atacando e provocando problemas em questões relacionadas com os interesses centrais chineses”, disse Wang. Washington deve “voltar ao caminho certo da racionalidade e do pragmatismo”, apelou. Wang pediu aos Estados Unidos que tomem a iniciativa de melhorar as relações com a Coreia do Norte e acusou o Governo de Biden de não responder a “medidas positivas” de Pyongyang. “Depende em grande parte do que o lado americano fizer, se realmente vai adoptar acções concretas, para resolver o problema, ou vai continuar a usar a questão da península [coreana] como moeda de troca estratégica” disse Wang. Sobre o Mar do Sul da China, o ministro reclamou que actores externos estejam a interferir nos esforços para desenvolver um “código de conduta” e disse que Pequim e os governos dos países do Sudeste Asiático deveriam negociar entre si. Os Estados Unidos e outros governos enviaram navios de guerra para zonas daquele mar reivindicadas por Pequim, reclamando assim o direito de navios de todos os países usarem aquelas águas. As forças externas “não querem que o Mar do Sul da China permaneça calmo, porque isso faz com que percam o pretexto de intervir, para ganho pessoal”, disse Wang. “A interferência externa não pode parar o ritmo da cooperação regional”, apontou.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês diz que Rússia é o “parceiro estratégico mais importante” da China O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, disse hoje que a Rússia é o “parceiro estratégico mais importante” de Pequim, numa altura em que o seu país recusa condenar a invasão da Ucrânia. Wang disse que os laços entre Pequim e Moscovo constituem uma das relações bilaterais “mais cruciais do mundo”. “Não importa quão perigoso é o cenário internacional, vamos manter o nosso foco estratégico e promover o desenvolvimento de uma parceria abrangente China – Rússia na nova era”, disse o governante chinês, numa conferência de imprensa paralela à sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão legislativo máximo da China. “A amizade entre os dois povos é firme como uma rocha”, acrescentou. Além disso, Wang Yi acrescentou que Pequim “já está a mediar” o conflito na Ucrânia e que vai fazer esforços para oferecer assistência humanitária, o que “não deve ser politizado”. “A paz e o diálogo devem ser promovidos e a China já fez alguns esforços nesse sentido”, afirmou Wang Yi, numa conferência de imprensa paralela à sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão legislativo máximo da China. “Houve duas rondas de negociações e esperamos que haja uma terceira. Quanto mais divergências há, maior a necessidade de se sentarem para negociar”, disse. Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia. Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema. No início de fevereiro, o Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se, em Pequim, com o homólogo russo, Vladimir Putin. Os dois afirmaram, numa declaração conjunta, o seu “forte apoio mútuo à proteção dos interesses centrais” dos dois países. A Rússia apoiou a visão da China sobre Taiwan como “parte inalienável” do território chinês, enquanto a China apoiou a Rússia na oposição ao alargamento da NATO. O Governo chinês recusou-se a condenar a invasão da Ucrânia, mas tentou distanciar-se da guerra de Putin, apelando ao diálogo e ao respeito pela soberania dos outros países.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pede que fornecimento alimentar seja a “principal prioridade” O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu hoje que o fornecimento alimentar, particularmente de grãos, seja a “principal prioridade” das autoridades, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. Xi assegurou que a população chinesa, composta por mais de 1,4 mil milhões de pessoas, está “bem alimentada”, mas apelou para que a questão do fornecimento alimentar “não seja descurada”, durante uma reunião com membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, uma espécie de senado, sem poderes legislativos, cuja sessão anual está a decorrer em Pequim. “A oferta de alimentos não pode ser considerada uma questão insignificante”, explicou Xi, que alertou que o país asiático não pode “depender apenas do mercado internacional”. A China vai aderir aos princípios de “autossuficiência baseada na produção doméstica” e na “moderação das importações de grãos”, acrescentou, citado pela Xinhua. O líder chinês afirmou que a autossuficiência vai ser apoiada pelo desenvolvimento tecnológico, que permitirá à China “obter calorias e proteínas de plantas, animais e microrganismos”. O país asiático alimenta quase 18% da população mundial com apenas 8,5% das terras aráveis do mundo. Em comparação, o Brasil, por exemplo, tem quase 7% das terras aráveis para 2,7% da população mundial. A China deve “deter firmemente o uso não agrícola de áreas cultivadas”, pelo qual “os funcionários locais serão responsáveis”, enfatizou Xi. “O mundo entrou numa nova era de turbulência e mudanças”, alertou. A China depende parcialmente das importações para atender à procura de alimentos: as importações de soja, de países como Estados Unidos, Brasil ou Argentina, ascenderam no ano passado a 96,52 milhões de toneladas. No ano passado, o país asiático promulgou uma ampla lei destinada a reduzir o desperdício de alimentos. Ao comer fora, os anfitriões chineses tradicionalmente pedem comida em excesso, como forma de demonstrar hospitalidade aos convidados, mas os restaurantes podem agora cobrar uma taxa extra aos clientes que desperdiçam grande quantidade de comida. Os estabelecimentos que encorajam pedidos excessivos recebem, primeiro, um aviso e, de seguida, uma multa de até 10.000 yuans por reincidência.
Hoje Macau China / Ásia MancheteLi Keqiang | As pessoas estão primeiro e crescimento de “cerca de 5,5%” do PIB em 2022 O Primeiro-ministro chinês Li Keqiang entregou no sábado o Relatório de Trabalho anual do Governo na reunião de abertura da quinta sessão da 13º Assembleia Nacional Popular (ANP), a principal legislatura da China, que estabeleceu uma meta de crescimento do PIB de cerca de 5,5 por cento em 2022. O Relatório de Trabalho do Governo também delineou prioridades políticas para uma vasta gama de áreas de desenvolvimento social e económico, incluindo controlo de epidemias, criação de empregos, protecção ambiental e repressão do tráfico de mulheres e crianças – questões-chave relacionadas com a vida e a subsistência de 1,4 mil milhões de chineses. No documento, Li alertou para vários riscos e desafios, mas também destacou a resiliência e confiança da China. “Devemos estar mais atentos às potenciais dificuldades, enfrentar os problemas e desafios directamente, fazer todos os esforços para obter um desempenho satisfatório, e fazer o nosso melhor para corresponder às expectativas do povo”, disse Li aos deputados do CNP e aos membros do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o principal órgão consultivo político, no Grande Salão do Povo, em Pequim. “Foi sempre no decurso da resposta aos desafios que a China avançou no seu desenvolvimento. Nós, o povo chinês, temos a coragem, visão e força para superar qualquer obstáculo ou dificuldade”, disse Li. Objectivo de crescimento O PIB da China atingiu 114,4 triliões de yuan em 2021 e uma expansão de 5,5 por cento nesta base este ano equivale a um crescimento de 7,4 por cento há 5 anos ou um crescimento de 10,5 por cento há 10 anos, disse Xiang Dong, vice-director do Gabinete de Investigação do Conselho de Estado, numa conferência de imprensa em Pequim, no sábado à tarde, sobre o Relatório de Trabalho do Governo. “Isso também sugere um incremento económico de quase 9 triliões de yuan, o que equivale à dimensão anual da economia mundial nº 11 ou nº 12”, disse Xiang, observando que atingir o objectivo de 5,5 por cento de crescimento não é de modo algum um trabalho fácil e exige um esforço árduo. Os media oficiais disseram que “o objectivo reflecte que os decisores políticos estão plenamente conscientes das dificuldades enfrentadas pela economia chinesa”. “Este ano o nosso país irá enfrentar muitos mais riscos e desafios, e devemos continuar a insistir para os ultrapassar”, lê-se no relatório. “A estabilidade, uma palavra-chave no documento, foi mencionada 76 vezes, e todas as regiões e departamentos governamentais são obrigados a assumir a responsabilidade de estabilizar a economia e revelar proactivamente medidas que apoiem a estabilização económica”, disse Xiang. “Todos os factores foram tidos plenamente em conta na elaboração do Relatório de Trabalho do Governo”, disse Xiang, em resposta a uma pergunta sobre o impacto do conflito Rússia-Ucrânia sobre o objectivo de crescimento económico da China. “Um objectivo de crescimento de cerca de 5,5 por cento tem plenamente em conta as operações macroeconómicas e os objectivos de desenvolvimento a longo prazo da economia”, escreve o Zhixin Investment Research Institute numa nota, descrevendo o objectivo de cerca de 5,5 por cento como razoável e indicativo da calibração do governo para voltar a colocar a economia na via pré-COVID para um crescimento mais lento, mas estável. “A China tem condições, capacidade e confiança para atingir o objectivo de crescimento do PIB de 5,5 por cento, apesar dos múltiplos desafios e incertezas”, disse aos repórteres no sábado, à margem das duas sessões, He Lifeng, chefe do principal planeador económico da China. “O impacto existe, mas como grande economia, a China tem uma enorme dimensão e muitos instrumentos políticos. As medidas governamentais são eficazes e as políticas são flexíveis. Mesmo que haja choques, podemos manter políticas macroeconómicas independentes”, disse por seu lado Yu Yongding, antigo presidente da Sociedade de Economia Mundial da China e director do Instituto de Economia Mundial e Política na Academia Chinesa de Ciências Sociais. O Relatório também estabeleceu uma série de objectivos de desenvolvimento económico e social para 2022, incluindo a criação de mais de 11 milhões de novos empregos urbanos. Outro dado muito comentado é o rácio défice/PIB da China, que foi fixado em cerca de 2,8 por cento para 2022, contra 3,2 por cento no ano passado. Os principais objectivos para 2022 Yao Jinbo, um deputado da APN e CEO do site de classificados 58.com, disse que “a busca da estabilidade, enquanto se fazem progressos, será o princípio orientador do trabalho deste ano”. O relatório anual, como Yao coloca, “assinala uma mentalidade de desenvolvimento centrada nas pessoas”. Entre as principais tarefas do relatório anual para este ano estão também os esforços para fazer avançar a governação social e melhorar o bem-estar das pessoas. Por isso, “a China irá reprimir duramente o tráfico de mulheres e crianças e proteger os seus direitos e interesses legítimos, disse o primeiro-ministro ao apresentar o Relatório de Trabalho do Governo”. A questão tem merecido a atenção nacional na sequência de um caso recente em Xuzhou, província de Jiangsu, na China Oriental. “O sistema de apoio e cuidados aos idosos e pessoas com deficiência será também melhorado”, lê-se o Relatório de Trabalho do Governo. Além disso, o país melhorará as medidas de apoio à política de três filhos, fará despesas para cuidar de crianças com menos de três anos de idade, fará deduções adicionais especiais do imposto sobre o rendimento individual, e desenvolverá serviços de interesse público para aliviar o fardo da criação de uma família, de acordo com o relatório anual. Segundo Huo Tao, um deputado da APN e presidente da Baiyunshan Technology Company, o Relatório mostra as realizações do país, aponta os problemas, traça um plano, demonstra a coragem de enfrentar os desafios, e transmite a confiança de que a unidade prevalecerá. O que mais impressionou Huo, foi a menção repetida da implementação de políticas que respondem às preocupações das pessoas, tais como o apoio às pequenas e médias empresas, a inovação científica e tecnológica, e a redução de impostos e taxas. Jiang Haoran, membro do Comité Nacional do CCPPC, disse que sentiu “calma face a uma crise” e a confiança dno país. “Face às conquistas que alcançámos, estivemos sempre atentos aos perigos em tempos de paz. Como os riscos e desafios aumentaram significativamente, temos de ultrapassar os obstáculos e quanto mais dificuldades enfrentamos, mais confiantes e empenhados devemos estar”. Foco na inovação O Relatório prevê também que a economia digital desempenhe um melhor papel no fortalecimento da economia. “Vamos reforçar o planeamento global da iniciativa da China Digital, construir mais infra-estruturas de informação digital, e aplicar a tecnologia 5G em maior escala”, afirma o documento, destacando os passos para construir indústrias digitais tais como circuitos integrados e inteligência artificial, e melhorar a inovação tecnológica da China e as capacidades de fornecimento de software e hardware chave. Xiao Hong, CEO do gigante do jogo chinês Perfect World, que ficou animado com o Relatório de Trabalho do Governo para assumir resolutamente compromissos com a economia digital, disse que a economia digital fornece um forte impulso à economia e ao desenvolvimento sustentável e saudável da sociedade. O desenvolvimento verde e sustentável é um objectivo de longa data da China e foi também uma das principais prioridades do Relatório de Trabalho do Governo, que prometeu melhorar o ambiente e promover o desenvolvimento verde e com baixo teor de carbono, apesar dos riscos e desafios crescentes. Segurança | Despesas militares vão aumentar 7,1% A China vai aumentar este ano as despesas militares em 7,1 por cento, de acordo com um relatório preliminar apresentado no sábado na sessão de abertura na Assembleia Popular Nacional. Em 2021, o orçamento militar do gigante asiático, que se manteve em cerca de 1,3 por cento do produto interno bruto (PIB) nos últimos anos, cresceu 6,8 por cento. Este ano deverá atingir os 229 mil milhões de dólares. A informação surge num momento de tensões crescentes com Taiwan, território sobre o qual a China reivindica a soberania, e enquanto a Europa vive a invasão da Ucrânia pela Rússia, um dos principais aliados de Pequim. A China tem o segundo maior orçamento de defesa do mundo, depois dos Estados Unidos.
Hoje Macau China / Ásia MancheteUcrânia | China pede aos EUA que não “lancem mais achas para a fogueira” O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a China se opõe a quaisquer ações que “lancem mais achas para a fogueira” na Ucrânia. Wang pediu negociações para resolver a crise na Ucrânia, bem como conversas sobre a criação de um mecanismo de segurança europeu “equilibrado”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Num telefonema realizado no sábado, o diplomata chinês disse ainda que os EUA e a Europa devem prestar atenção ao impacto negativo que a expansão da NATO para o leste tem para a segurança da Rússia. Durante a conversa, Blinken mais uma vez pressionou a China a ser mais crítica com a Rússia, indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Ned Price, em comunicado. A China, por enquanto, tem evitado condenar a invasão russa da Ucrânia, tendo expressado oposição às sanções unilaterais impostas a Moscovo pelos Estados Unidos, UE e outros países ocidentais. O telefonema entre os dois chefes de diplomacia concentrou-se no conflito “premeditado e injustificado” provocado pela Rússia, disse o Departamento de Estado dos EUA. Blinken aproveitou a oportunidade para lembrar a Wang que “o mundo está atento para saber quais as nações que defendem os princípios básicos de liberdade, autodeterminação e soberania”. O secretário de Estado norte-americano também sublinhou que o mundo está a agir “em uníssono” para responder à agressão russa, procurando fazer com que Moscovo pague “um preço alto” pelas suas ações. Pequim tem defendido a soberania territorial das nações, mas manteve uma posição ambígua em relação ao conflito na Ucrânia e absteve-se em duas votações de condenação à Rússia na ONU, uma no Conselho de Segurança e outra na Assembleia-Geral. Numa entrevista publicada no sábado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, defendeu que a China deve tentar mediar uma possível resolução do conflito na Ucrânia, considerando que “não há alternativa”. “Não podemos, nós [europeus] ser os mediadores, isso é óbvio”, disse Borrell, numa entrevista ao jornal espanhol El Mundo, lembrando as discussões diplomáticas quadripartidas que desde 2014 reuniam Rússia, Ucrânia, França e Alemanha sobre o processo de paz no leste da Ucrânia. O diplomata sublinhou, no entanto, que uma possível mediação chinesa não foi ainda proposta nem pela UE nem pela China. A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaLançada campanha na China para reprimir o tráfico de mulheres e crianças Após a denúncia de vários casos de tráfico humano que chocaram a opinião pública, as autoridades lançaram uma ofensiva especial contra estas práticas criminosas O Ministério da Segurança Pública da China lançou uma campanha especial, de 1 de Março a 31 de Dezembro, para reprimir o tráfico de mulheres e crianças. Uma teleconferência foi realizada pelos órgãos de segurança pública de todo o país na quarta-feira para a realização da acção especial ao longo do ano. Esta campanha nacional acontece na sequência do recente caso trágico de uma mulher traficada na província de Jiangsu, na China Oriental, o que provocou uma enorme onda de controvérsia no país. Os legisladores chineses apelaram a penas mais pesadas para os compradores e para os cúmplices em casos de tráfico de seres humanos, com alguns a dizerem que é de esperar que as propostas sejam implementadas com tão grande atenção pública. Os órgãos de segurança pública de todo o país realizaram uma teleconferência na quarta-feira para a implementação da campanha, que começou na terça-feira e decorrerá até ao final do ano. O ministério disse que a campanha será uma “tarefa importante” em 2022, prometendo punir severamente os criminosos envolvidos em raptos e tráfico de mulheres e crianças, e resgatar as vítimas. A campanha surge após o caso de uma mulher traficada na cidade de Xuzhou de Jiangsu, e vários casos recentes relacionados, que causaram grande consternação em todo o país e levaram a um forte apelo público para que as autoridades e a sociedade reprimissem o crime de tráfico de seres humanos. A acção especial do ministério foi lançada quase simultaneamente com as reuniões anuais do Congresso Nacional Popular (CNP), a principal legislatura da China, e o Comité Nacional da Conferência Consultiva Política Popular, o principal órgão consultivo político, colectivamente conhecido como as “duas sessões”, que, segundo os observadores, proporcionaram uma janela para os legisladores e conselheiros políticos avançarem com propostas relevantes relativas a crimes de tráfico de seres humanos. Propostas relevantes Zhang Baoyan, um deputado do CNP que é também o fundador de uma organização social que ajuda crianças a encontrar os seus pais biológicos, disse que a intensa atenção pública ao crime de tráfico de mulheres e crianças este ano poderia facilitar a apresentação de algumas propostas relevantes. Outro deputado do CNP, de nome Fadima da região de Xinjiang, sugeriu que as disposições relevantes da Lei Penal deveriam ser alteradas para fazer “comprar” e “vender” o mesmo crime em casos de tráfico de seres humanos e aumentar as potenciais penas de prisão para os dois comportamentos criminosos. Ela propôs que o nome do crime fosse alterado de “tráfico de mulheres e crianças” para “tráfico ilegal de seres humanos”, e que a pena fosse levantada dos actuais cinco anos para 20 anos. “As cumplicidades nos casos de tráfico de seres humanos também deveriam ser punidas mais severamente”, acrescentou, dizendo que um factor-chave para que as mulheres ou crianças traficadas não possam escapar aos seus compradores é o sistema patriarcal em algumas regiões que justifica a existência de pessoas traficadas na família. “Devemos aumentar a punição para aqueles que conhecem mas ignoram o tráfico humano, especialmente os funcionários das aldeias, para que tenham uma elevada motivação para prevenir tais crimes”, disse Fadima. Partilhando uma opinião semelhante, Zhang Baoyan sugeriu que o trabalho anti-tráfico deveria ser tomado como um indicador das avaliações anuais de desempenho dos governos locais e, para as regiões onde novos casos de tráfico ocorrem, os líderes dos governos regionais deveriam ser proibidos de promoção no prazo de cinco anos. Através dos esforços do Ministério da Segurança Pública, os crimes de tráfico de seres humanos foram efectivamente reprimidos nos últimos anos. Em 2021, os casos de tráfico de mulheres e crianças diminuíram 88,3 por cento, em comparação com 2013. Em particular, o número de casos de crianças roubadas ou raptadas é inferior a 20 por cento por ano, em média, segundo o ministério. “Mas apesar disso, os esforços para reprimir tais crimes ainda precisam de ser reforçados”, afirmou o Ministério. Ao ataque A investigação incidirá especialmente sobre mulheres e crianças com deficiências intelectuais, doenças mentais, deficiências físicas e aqueles que são vagabundos e mendigos nas ruas com origens desconhecidas, disse o ministério. “Raptar e vender mulheres é essencialmente objectivar as mulheres, pois muitas delas são forçadas a casar com os compradores ou coagidas à prostituição, durante a qual as mulheres sofrem frequentemente de abusos mentais e físicos terrivelmente graves”, disse a deputada do CNP Jiang Shengna. Na sua proposta, Jiang sugeriu que os casamentos e as adopções resultantes da compra de uma mulher ou de uma criança sejam considerados nulos porque são contra a lei e a verdadeira vontade das vítimas. Jiang ainda apelou a uma busca e salvamento a longo prazo e a nível nacional de mulheres traficadas, especialmente em regiões onde tais crimes são mais comuns, tais como áreas com graves desequilíbrios de género à nascença nas últimas duas décadas. Ela observou que nestes locais, as pessoas ajudam frequentemente os compradores a “esconder” e “controlar” as mulheres traficadas, pelo que é mais difícil encontrar e resgatar as vítimas. No caso de Xuzhou, o marido da mulher suspeita de ser traficada foi acusado de a ter acorrentado e abusado dela desde 2017. A mulher deu à luz oito filhos depois de ter começado a viver com o homem em 1998, e foi-lhe diagnosticada esquizofrenia, uma doença mental, e uma grave periodontite. O ministério promete “erradicar fundamentalmente o terreno fértil para o crime de tráfico e estabelecer um mecanismo de trabalho integrado para prevenir e reprimir estes crimes, e fornecer assistência atempada para as vítimas”.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira virtual entre Joe Biden e líderes do Japão, da Índia e da Austrália O Presidente dos Estados Unidos e os primeiros-ministros japonês, indiano e australiano vão hoje reunir-se, numa cimeira virtual, para “trocar pontos de vista” sobre “os importantes desenvolvimentos na região indo-pacífico”. No anúncio, o Governo indiano não esclareceu o objetivo desta cimeira entre os países que integram a aliança “Quad”, organizada uma semana depois da invasão da Ucrânia pela Rússia. A nota indicou apenas que o presidente dos EUA, Joe Biden, e dos primeiros-ministros do Japão, Fumio Kishida, da Índia, Narendra Modi, e da Austrália, Scott Morrison, “vão trocar pontos de vista” sobre “os importantes desenvolvimentos na região indo-Pacífico” e “rever os esforços em curso para implementar as iniciativas dos líderes anunciadas no âmbito da agenda ‘Quad’”. O comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano surgiu um dia depois de o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, se ter encontrado com o Presidente russo, Vladimir Putin, pela segunda vez desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na semana passada. Os EUA apelaram a Nova Deli para que usasse “a sua influência” com Moscovo. O ‘diálogo quadrilateral de segurança’ (Quad), é uma aliança estratégica informal entre os EUA, Austrália, Japão e Índia, iniciada em 2007, foi relançada em 2017 para combater a influência chinesa. A Índia e muitos países da região receiam que a crise da Ucrânia leve Washington a perder o interesse na região Ásia-Pacífico. A cimeira poderá também ser uma oportunidade para outros líderes pressionarem o primeiro-ministro indiano a tomar uma posição mais clara sobre a invasão russa da Ucrânia. Nova Deli e Moscovo foram próximas durante a Guerra Fria, uma relação que continua até hoje, e a Rússia continua a ser o maior fornecedor de armas da Índia. Nova Deli exortou a Rússia e a Ucrânia a cessarem as hostilidades, mas não condenou a invasão. Na quarta-feira, voltou a abster-se na votação de uma resolução da ONU, exigindo “que a Rússia cesse imediatamente o uso da força contra a Ucrânia”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Delegação paralímpica chegou a Pequim para participar nos Jogos de Inverno Os atletas da Ucrânia que vão participar nos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim2022 chegaram ontem à China em total segurança, apesar da situação que se vive no seu país, anunciou o Comité Paralímpico Internacional (IPC). “Estou satisfeito por poder anunciar que, há poucas horas, chegou a Pequim, sem qualquer incidente, a delegação ucraniana, composta por 20 atletas e nove técnicos”, anunciou Andrew Parsons, presidente do IPC. A chegada da delegação ucraniana foi anunciada poucas horas depois do IPC ter informado que os atletas da Rússia e da Bielorrússia vão participar nos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim2022 sob bandeira neutra, e não serão incluídos no quadro de medalhas. Na quinta-feira, o IPC juntou-se ao homólogo olímpico para criticar a quebra da trégua olímpica por parte da Rússia, que lançou uma ofensiva militar sobre território ucraniano. A trégua começou em 04 de fevereiro, pouco antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno, e estende-se até 20 de março, e a sua quebra representa, declarou o presidente do IPC, Andrew Parsons, “uma situação verdadeiramente horrível”. Pequim, que acolheu entre 04 e 20 de fevereiro os Jogos Olímpicos de Inverno, será palco da competição paralímpica entre sexta-feira e 13 de março. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Companhias aéreas asiáticas ficam com ‘monopólio’ das ligações para a Ásia O encerramento do espaço aéreo russo às companhias aéreas europeias resultou na suspensão de vários voos para a China, Japão ou Coreia do Sul, passando as transportadoras asiáticas a ter o monopólio das ligações aéreas. A União Europeia fechou o espaço aéreo aos aviões russos após a invasão da Ucrânia, e Moscovo retaliou com proibições semelhantes. Empresas como a Air France-KLM, Deutsche Lufthansa e Finnair suspenderam já várias ligações aéreas para a China, em alguns casos até maio. Mas as transportadoras asiáticas, como a Cathay Pacific Airways, Korean Air, China Eastern Airlines e Air China, continuam a poder sobrevoar a Rússia, a rota mais curta entre as duas regiões. O país representa cerca de um oitavo da massa terrestre do mundo e abrange grande parte do norte da Europa e da Ásia. O vasto alcance do território torna difícil para as operadoras manterem várias rotas intercontinentais. A exclusão do espaço aéreo da Rússia, como muitas companhias aéreas ocidentais tiveram que fazer durante a Guerra Fria, pode aumentar as horas de voo. O custo mais alto do combustível, que aumentou desde a invasão, torna esse tempo extra no ar ainda mais caro. A Finnair, que serve como um centro para passageiros em trânsito de outras partes da Europa para a Ásia, via Helsínquia, terá mais a perder do que qualquer outra transportadora ocidental. Quase dois terços dos 537 voos de longa distância da Finnair, programados de e para Helsínquia, em março, devem começar ou terminar na Ásia, mostram dados da consultora de aviação Cirium. Para a indústria como um todo, os efeitos são mínimos, devido às rígidas restrições impostas já devido à pandemia, sobretudo na China. As viagens de e para a China, em particular, foram praticamente interrompidas, em março de 2020. Muitas transportadoras também interromperam os voos para Hong Kong nas próximas semanas, devido à imposição de rígidas medidas de quarentena para viajantes e tripulações de voo. Mas as companhias aéreas europeias podem evitar ser completamente cortadas das viagens para a Ásia, graças a alianças globais de companhias aéreas, como a Oneworld e SkyTeam, e acordos comerciais separados com companhias asiáticas, para transportar passageiros reciprocamente. A Singapore Airlines tem a maioria dos voos programados entre a Europa e a Ásia em março, de acordo com dados da Cirium. Muitos dos seus itinerários passam pelo sul da Rússia. Voos da Japan Airlines, All Nippon Airways e Korean Air sobrevoam o país durante horas, a caminho de destinos como Tóquio e Seul. Com a China ainda praticamente fechada, os voos das transportadoras europeias de e para o Japão e a Coreia do Sul serão os mais afetados, por enquanto.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China pede respeito pelos seus “interesses legítimos” e critica sanções à Rússia A China pediu ontem que os seus “interesses legítimos” sejam respeitados e reiterou que se opõe “firmemente” a qualquer tipo de “sanções unilaterais” contra a Rússia, país com o qual vai manter intercâmbios económicos. “Pequim e Moscovo, com base no respeito mútuo e na igualdade, mantêm a cooperação comercial normal”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiro chinês, Wang Wenbin, em conferência de imprensa. “Pedimos às partes relevantes que não prejudiquem os interesses legítimos da China, enquanto lidamos com a situação na Ucrânia, e as nossas relações com a Rússia”, defendeu o porta-voz. Questionado se a China vai continuar a comprar gás russo, após as sanções impostas pelo Ocidente, Wang limitou-se a comentar que o país asiático se opõe “firmemente” a “qualquer tipo de sanções unilaterais”, uma vez que “nunca são uma forma eficaz para resolver problemas”. O presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros (CBIRC) e o “número dois” do Banco Central chinês, Guo Shuqing, acrescentou hoje que a China não vai participar nas sanções e que vai continuar as trocas a “nível económico, financeiro e comercial”, com “todas as partes” envolvidas, noticiou a imprensa local. Wang acrescentou que a China vai continuar a desempenhar um papel “construtivo” ao pressionar por uma resolução do conflito na Ucrânia, após a invasão russa, um termo que as autoridades chinesas evitam usar. O porta-voz também disse que o ministério e a Embaixada da China na Ucrânia estão a tomar “várias medidas”, para ajudarem os seus cidadãos a saírem do território ucraniano. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dymtro Kuleba, assegurou, na terça-feira, ao seu homólogo chinês, Wang Yi, que o seu país está disposto a continuar as negociações com a Rússia, e que espera que a “mediação da China” permita um cessar-fogo. A China tem mantido uma posição ambígua em relação ao conflito na Ucrânia. Defende o “respeito pela integridade territorial de todos os países”, mas diz compreender as “legítimas exigências de segurança” da Rússia. O país asiático absteve-se, na sexta-feira passada, na votação de uma resolução a condenar a Rússia nas Nações Unidas. Em 04 de fevereiro, os Presidentes russo e chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, respetivamente, proclamaram, após reunirem em Pequim, a entrada das relações bilaterais numa “nova era”, e destacaram o bom estado das relações entre a Rússia e a China. Segundo Pequim, a sua relação com Moscovo é a de uma “parceria estratégica”, mas isso não inclui “nem aliança, nem confronto” nem tem como alvo “terceiros países”. A Rússia lançou na passada quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, desde o início da invasão da Ucrânia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA desaconselham viagens para Hong Kong e alertam para risco de separação familiar Os Estados Unidos aconselharam hoje os seus cidadãos a evitarem viajar para Hong Kong devido às rigorosas medidas de controlo contra a covid-19, alertando que as crianças podem ser separadas à força dos pais. “Em alguns casos, as crianças que tiveram resultados positivos em Hong Kong foram separadas dos pais e mantidas em isolamento até cumprirem os requisitos do hospital local para a alta”, disse, em comunicado, o Departamento de Estado. Hong Kong está atualmente a enfrentar um surto sem precedentes que sobrecarregou completamente o sistema de saúde. A política de Hong Kong, tal como a da China continental, passa por isolar todos os pacientes, incluindo os assintomáticos, em instalações designadas para o efeito. No entanto, a capacidade destas instalações está atualmente saturada. Vários casos de crianças, incluindo bebés, separadas dos pais após teste positivo à covid-19 foram noticiados nos últimos dias. As autoridades apontaram a insuficiente capacidade de alojamento como motivo para as separações quando os pais testam negativo. Na semana passada, o consulado do Reino Unido em Hong Kong “protestou veementemente” contra a prática, mas os EUA são o primeiro país a mencioná-la explicitamente num aviso de viagem. Hong Kong registou cerca de 12.000 casos e 200 mortes durante os dois primeiros anos da pandemia. Mas, com a chegada da variante altamente contagiosa Ómicron, foram contabilizados mais de 220.000 casos desde o início de janeiro, enquanto as mortes, principalmente entre idosos não vacinados, são contabilizadas às dezenas todos os dias. Os especialistas disseram acreditar que o número de infeções será provavelmente muito mais elevado, com muitas pessoas a temer que sejam isoladas à força se informarem as autoridades de um resultado positivo depois de autodiagnóstico. Os hospitais e mortuárias estão sobrelotados, falta pessoal médico e ambulâncias e os supermercados estão a ser invadidos por residentes em pânico. Na esperança de derrotar a pandemia, as autoridades tencionam testar toda a população de Hong Kong (7,4 milhões de pessoas) três vezes seguidas em março e isolar todos os casos positivos, determinadas em proibir os pacientes com poucos ou nenhuns sintomas de se isolarem em casa, suscitando receios de mais separações familiares. Foram requisitadas dezenas de milhares de quartos de hotel e unidades de alojamento público desocupados, e estão a ser construídos vários campos pré-fabricados, com a ajuda da China, para isolar todas as pessoas infetadas. Cerca de 70.000 vagas para isolamento deverão estar disponíveis nas próximas semanas. Ao ritmo atual, mal cobre o número de novas infeções verificadas nos últimos dois dias.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China vai submeter todo o correio internacional a testes de PCR A empresa estatal de correios China Post vai submeter todas as cartas e encomendas que chegam à China oriundas do estrangeiro a testes de PCR, para reduzir o risco de infeções por covid-19. A medida surge depois de as autoridades de saúde terem atribuído surtos recentes ao contacto com correio internacional. Em comunicado nas redes sociais, o China Post descreveu a medida como uma “barreira adicional”, para impedir a transmissão do novo coronavírus através do contacto com objetos contaminados. Um funcionário do China Post na Mongólia Interior, no norte do país, disse à televisão estatal CCTV que o correio seria entregue 14 a 20 horas após a obtenção de um resultado negativo no teste de PCR. “Após desinfeção e isolamento durante 24 horas, vamos abrir as embalagens e testar o seu conteúdo, com o consentimento do destinatário (do correio)”, explicou o responsável. A China, que mantém uma política severa de “tolerância zero” à covid-19, atribuiu alguns dos surtos das últimas semanas ao contacto com encomendas oriundas do exterior. O primeiro caso detetado da variante Ómicron em Pequim deveu-se, segundo as autoridades sanitárias do país, ao contacto com encomenda proveniente do Canadá e desencadeou cautela em relação ao correio internacional. Houve casos de pessoas cuja aplicação usada na China para identificar o risco de contágio do usuário, e permitir o seu acesso a locais públicos, mudou de verde, para laranja – cor que identifica como contacto de risco -, após receberem correio oriundo do estrangeiro. A tese chinesa de que o contágio é possível através do contacto com correio contaminado ou através de produtos congelados foi refutada por grande parte da comunidade científica internacional, que considera que o vírus não consegue sobreviver tanto tempo em superfícies. Segundo dados da Comissão Nacional de Saúde da China, o país somou 109.526 positivos desde o início da pandemia e 4.636 mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Governo pede à China para mediar conflito para se alcançar cessar-fogo O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, assegurou hoje ao seu homólogo chinês, Wang Yi, que está disposto a “continuar as negociações” com a Rússia e que espera a “mediação da China” para alcançar “um cessar-fogo”. “Acabar com a guerra é a prioridade do lado ucraniano e estamos calmos, abertos para negociar uma solução”, disse Dmytro Kuleba, citado em comunicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Este comunicado surge após o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, ter conversado hoje com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kouleba, a pedido deste último. “Embora as negociações não avancem sem problemas, estamos prontos para prosseguir [com elas] e a fortalecer os contactos com a China”, disse ainda o governante ucraniano, realçando que aguarda pela “mediação da China para chegarem a um cessar-fogo”. Wang Yi expressou ainda a sua “preocupação” com os danos causados à população civil e pediu à Ucrânia para “continuar a negociar”. “A China lamenta a eclosão do conflito e está extremamente preocupada com os danos causados à população civil. A nossa prioridade é aliviar ao máximo a situação no terreno para evitar que o conflito se agrave ou saia fora do controlo”, salientou o governante no comunicado. Além disso, realçou que a China “apela a ambos os lados para que procurem uma solução pela via das negociações”. Trata-se da primeira ligação entre diplomatas chineses e ucranianos desde o início do conflito armado, sendo que a China até agora tem mantido uma posição ambígua. É também a primeira vez que diplomatas chineses se referem aos “danos” infligidos à população civil. Wang Yi disse ainda que “a situação na Ucrânia mudou rapidamente” e que além de lamentar a “eclosão do conflito” e estar “extremamente preocupada” com os danos causados aos civis, defende o “respeito pela soberania e integridade de todos os países”. Apelamos, pois, à “Ucrânia e à Rússia” para que encontrem soluções através de “contactos”, disse Wang, embora tenha realçado que “a segurança de um país não pode ser alcançada à custa da [segurança] de outros” ou também que “não pode ser alcançada através da expansão dos blocos militares”. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês disse que o Governo procura garantir a segurança de seus concidadãos na Ucrânia e que o processo de retirada destes está a “progredir graças ao apoio e cooperação” ucraniana. A China tem mantido uma posição ambígua em relação ao conflito na Ucrânia, insistindo por um lado no “respeito pela integridade territorial de todos os países” e na atenção que deve ser dada às “legítimas exigências de segurança” da Rússia. Segundo a televisão estatal chinesa a CCTV, cerca de 600 estudantes chineses foram transferidos da capital Kiev e Odessa (sul) para a Moldávia, sendo que um cidadão chinês que tentava viajar para Lviv foi ferido, mas está a ser tratado num hospital. Até agora, a China, atendendo às boas relações diplomáticas com a Rússia, absteve-se de condenar a intervenção russa na Ucrânia, recusando-se mesmo em falar de “invasão”. Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês tinha dito que estava a ajudar os cidadãos chineses na Ucrânia (cerca de 6.000) a deixarem o país, embora sem avançar mais detalhes.
Hoje Macau China / ÁsiaChina inicia retirada dos seus cidadãos da Ucrânia A China retirou da Ucrânia o primeiro grupo de cidadãos chineses, incluindo 200 estudantes, residentes em Kiev, e outros 400 em Odessa, e planeia retirar hoje mais mil chineses do país, segundo a embaixada chinesa. Os estudantes foram primeiro retirados para a Moldávia, onde chegaram após seis horas de carro, detalhou a chancelaria, citada pelo jornal oficial Global Times. Segundo a embaixada da China, outros países vizinhos, como a Moldávia, Roménia, Eslováquia, Hungria e Polónia, vão ajudar os cidadãos chineses a entrar no seu território, garantindo-lhes temporariamente a entrada sem visto. Na sexta-feira, a embaixada publicou um comunicado sobre a retirada dos cerca de 6.000 cidadãos chineses radicados na Ucrânia. A China tem mantido uma posição ambígua em relação ao conflito. Pequim insiste no “respeito pela integridade territorial de todos os países”, mas diz entender as “legítimas exigências de segurança” da Rússia. O país asiático absteve-se, na sexta-feira passada, na votação de uma resolução a condenar a Rússia, no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, explicou nos últimos dias que a estabilidade de um país “não pode ser conseguida à custa da de outros”, embora os seus porta-vozes tenham evitado referir-se às ações russas com a palavra “invasão”. Em 4 de fevereiro, os presidentes russo e chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, anunciaram, após reunião em Pequim, a entrada das relações bilaterais numa “nova era”, e sublinharam o bom estado das relações entre a Rússia e a China. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Historiadores chineses contra a invasão russa Uma carta aberta escrita por cinco historiadores denunciou a guerra e apelou a Pequim para tornar mais clara a sua posição Sábado passado, cinco historiadores chineses de renome escreveram uma carta aberta denunciando a acção da Rússia sobre a Ucrânia e fizeram um apelo à paz. Para os autores da carta, o que a Rússia está a fazer é errado. Para Xu Guoqi, um historiador chinês, a situação é alarmante. “Sou um historiador da Primeira Guerra Mundial. A Europa foi sonâmbula num enorme conflito há mais de 100 anos, que também teve enormes consequências para a China”, disse Xu. “O mundo pode estar outra vez num ponto de não retorno. Receio que ainda não tenhamos aprendido as lições das tragédias do passado. Como historiador, estou muito desapontado”. “A que conduzirá esta guerra? A uma guerra mundial em grande escala?” perguntam os historiadores. “As grandes catástrofes da história começaram muitas vezes com conflitos locais. Opomo-nos veementemente à guerra da Rússia contra a Ucrânia. A invasão pela força de um Estado soberano pela Rússia … é uma violação das normas das relações internacionais baseadas na Carta das Nações Unidas e uma violação do sistema de segurança internacional existente”. Publicamente, a China opõe-se a qualquer acto que viole a integridade territorial dos países. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reafirmou novamente esta posição numa mensagem de última hora publicada no portal do seu ministério na sexta-feira. Mas, ao longo da última semana, Pequim continuou a fazer eco do argumento de Putin de que a acção de Moscovo é uma resposta à expansão da NATO para leste. “Será que acreditam realmente nisso? Vale [a pena] para a China minar a sua própria credibilidade para defender o indefensável? Receio que tenham sido enganados por Putin”, disse Xu, sublinhando que ele e os seus colegas escreveram esta carta porque amam o país, e não desejam que uma potencial tragédia mundial paralise o futuro da China. “Isto é simplesmente uma questão a preto e branco”, continuou. “Isto é uma invasão. Como diz o ditado chinês: não se pode chamar veado a um cavalo. Como historiadores chineses, não desejamos ver a China ser arrastada para algo que irá prejudicar fundamentalmente a actual ordem mundial. Pelo amor da humanidade, paz mundial e desenvolvimento, devemos deixar isto bem claro”. Prós e contras A carta aberta de Xu e dos seus colegas provocou reacções variadas na internet chinesa. Alguns chineses pró-guerra denunciaram os autores – que estão baseados em Nanjing, Pequim, Hong Kong e Xangai – como “vergonhosos” e “traidores”. “Por que não disseram nada durante a invasão do Ocidente no Iraque?”, um deles perguntou. Alguns chineses expressaram a sua admiração por Putin online. Alguns chamaram ao líder russo “o maior estratega deste século”. Outros disseram que a China deveria aproveitar a situação actual para “tomar Taiwan de volta”. Mas no WeChat, por exemplo, muitos têm também estado a discutir a situação na Ucrânia. No domingo, quando Putin ordenou aos seus militares que colocassem as forças de dissuasão nuclear da Rússia em alerta máximo, alguns utilizadores publicaram uma declaração de 1994 na qual a China exortava todos os Estados detentores de armas nucleares a não utilizarem ou ameaçarem utilizar armas nucleares contra Estados que as não possuam, incluindo a Ucrânia. Nas redes sociais, alguns são contra a acção da Rússia, embora se encontrem frequentemente com outros pró-guerra que os acusam de serem “fracos” e “ingénuos”. “Se a Rússia tem problemas com a NATO, deve lidar com a NATO, porquê invadir a Ucrânia?”, foi questionado num vídeo WeChat que atraiu mais de meio milhão de visualizações num espaço de horas. Cerca de 9.000 utilizadores gostaram do vídeo e mais de 23.000 partilharam-no. Inquietação Na sexta-feira, a China absteve-se no final da votação do Conselho de Segurança da ONU, condenando a agressão russa. Os diplomatas ocidentais viram isto como um sinal de que Pequim está cada vez mais inquieto em ser visto como defensor da acção de Putin, o que tem atraído a condenação mundial. No domingo, o enviado chinês a Kyiv, Fan Xianrong, salientou num vídeo que “a China respeitava a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”. Instou também os cidadãos chineses baseados na Ucrânia a não revelarem a sua identidade ou mostrarem quaisquer sinais da sua nacionalidade, invertendo o anterior aconselhamento da sua embaixada que encorajava os cidadãos a hastear a bandeira nacional nos seus carros. “Mais cedo ou mais tarde, eles terão de se sentir”, disse Xu. “Os chineses são muito pragmáticos. Precisam de compreender que são um grande beneficiário da actual ordem mundial, sob a qual a China também prosperou. Esta é uma oportunidade para todos nós demonstrarmos que somos um verdadeiro interveniente responsável”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China pede redução das tensões no arranque das conversações entre Moscovo e Kiev A China, que recusa condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia, apelou hoje a uma desescalada do conflito, numa altura em que as duas partes iniciaram negociações na Bielorrússia. Em declarações feitas hoje, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, não condenou a recente decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de colocar as suas forças nucleares em alerta, e pediu às partes envolvidas que “permaneçam calmas e exerçam moderação para evitar uma maior escalada”. A China “apoia todos os esforços para uma redução das tensões e uma solução política”, acrescentou, enquanto os negociadores russos e ucranianos estabelecem os primeiros contactos na Bielorrússia, país aliado de Moscovo. Desde o início do conflito, a diplomacia chinesa tentou manter o equilíbrio entre a sua proximidade política com Moscovo e a sua tradicional defesa da “soberania e integridade territorial” dos Estados. Pequim recusou-se a aprovar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira a condenar a agressão russa, mas também não votou contra, refugiando-se na abstenção. O regime comunista diz “entender” as exigências “razoáveis” da Rússia em termos de segurança, levando em conta as queixas de Moscovo contra o alargamento da NATO. Nas mesmas declarações, Wang também criticou as sanções adotadas pelos países ocidentais contra a Rússia, acreditando que só vão criar novos problemas. A China não esclareceu se foi ou não avisada sobre a invasão da Ucrânia por Putin, que se encontrou com o líder chinês, Xi Jinping, em Pequim, no início de fevereiro, por ocasião da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. Pequim ignorou os avisos dos serviços de informações ocidentais de que um ataque russo à Ucrânia era iminente, deixando os seus cerca de 6.000 cidadãos que vivem em território ucraniano sob ameaça de guerra. A embaixada chinesa em Kiev inicialmente pediu aos seus concidadãos que se identificassem com uma bandeira chinesa, tendo anunciado evacuações aéreas para a China. Mas, no sábado, a missão diplomática reviu as suas indicações e pediu aos cidadãos chineses para que mantivessem a máxima descrição. Face ao agravamento da situação no terreno, a embaixada chinesa em Kiev desistiu, no domingo, dos planos de retirada. Nas redes sociais, internautas relatam incidentes entre ucranianos e chineses radicados no país. “Os ucranianos estão numa situação difícil e estão a sofrer muito”, disse o embaixador chinês na Ucrânia, Fan Xianrong, num vídeo difundido no domingo, no qual ele pediu aos chineses que “não discutam com os habitantes locais”. “Temos que entender os seus sentimentos”, acrescentou. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de quase 500 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Rublo afunda, acções asiáticas em queda e preço do barril do petróleo sobe O rublo caiu hoje quase 30% em relação ao dólar norte-americano, as acções asiáticas desceram e o preço do barril de petróleo de referência nos Estados Unidos, West Texas Intermediate (WTI), aumentou mais de 5%. A moeda russa perdeu 27% em relação ao dólar, noticiou a Bloomberg News, depois de as potências internacionais terem imposto novas sanções mais duras a Moscovo pela invasão da Ucrânia. Os preços das ações asiáticas caíram nas bolsas de valores em Tóquio, Hong Kong e Xangai. Já o preço de um barril de crude WTI subiu mais de 5% nas primeiras transações, também hoje, evidenciando o nervosismo dos mercados face a uma provável crise energética, na sequência do conflito na Ucrânia. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Japão junta-se ao Ocidente nas sanções envolvendo o sistema SWIFT O Japão irá juntar-se aos países ocidentais para excluir alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos SWIFT, essencial para os fluxos financeiros mundiais, anunciou ontem o seu primeiro-ministro, Fumio Kishida. Segundo o governante japonês, os países ocidentais anunciaram as medidas “para isolar a Rússia do sistema financeiro internacional e da economia mundial, nomeadamente a exclusão de certos bancos russos do SWIFT”. “Pediram ao Japão para participar. O Japão juntar-se-á a essa iniciativa”, anunciou Fumio Kishida, citado pela agência France-Presse (AFP). A União Europeia, os Estados Unidos da América e o Reino Unido acordaram no sábado bloquear o sistema internacional de comunicações bancárias SWIFT a alguns bancos russos, como retaliação à invasão da Ucrânia. A medida foi anunciada em Bruxelas conjuntamente como parte de um novo pacote de sanções financeiras destinadas a “responsabilizar a Rússia e a garantir coletivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para [o Presidente russo] Putin”. O sistema financeiro SWIFT (‘Society for Worldwide Interbank Financial Communications’) movimenta diariamente milhares de milhões de dólares em mais de 11.000 bancos e outras instituições financeiras em todo o mundo. Ao anunciar as medidas em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que vai pressionar os Estados-membros também a “paralisar os ativos do Banco Central da Rússia” para que as suas transações sejam congeladas. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaGrupo Alibaba realiza tour com empresas em Portugal Decorreu a semana passada em Portugal, nas cidades de Albufeira, Lisboa e Porto, uma tour de representantes do grupo chinês Alibaba na Europa com empresas portuguesas que pretendem explorar as oportunidades de ligação a esta grande plataforma de comércio electrónico. As visitas foram organizadas pelas câmaras de comércio e indústria Portugal-Hong Kong e Luso-chinesa, das quais Bernardo Mendia é presidente e secretário-geral, respectivamente. Ao HM, o responsável traça um balanço positivo destas iniciativas. “Disseram-nos que já tinham Portugal em mente e que tinham muito interesse. Deu para perceber que as pessoas e as empresas estavam satisfeitas. O balanço é positivo e está acima das expectativas deles [representantes do grupo Alibaba]”, disse. Segundo Bernardo Mendia, a plataforma alibaba.com permite que as empresas portuguesas possam exportar os seus produtos para mercados de 190 países. Tal é importante em contexto de pandemia, “num momento em que as empresas não conseguem sair para estarem representadas em feiras ou estar com clientes”. “A plataforma alibaba.com é a maior do mundo a nível do comércio entre empresas e é realmente uma oportunidade para as empresas terem uma montra e chegarem a mercados onde nunca tinham pensado chegar”, frisou Bernardo Mendia. Neste momento marcas como a SuperBock ou Sumol já trabalham com a Alibaba. “Esta é uma experiência recente. A maior parte das empresas só está presente nesta plataforma há cerca de dois anos.” HK sem alterações Questionado sobre as consequências da situação pandémica em Hong Kong para o sector empresarial, Bernardo Mendia assegurou que o impacto sente-se sobretudo a nível interno. “Não se alterou nada a nível das empresas porque já não era possível viajar para Hong Kong. Não há uma quebra de facturação. Digamos que a situação já não estava boa e agora temos a confirmação de que vai continuar assim por uns tempos”, frisou. Relativamente à câmara de comércio Portugal-Hong Kong, existem planos para criar, em Outubro, a distinção Ambrose So. Esta terá um carácter bi-anual e pretende “distinguir uma personalidade, instituição ou actividade que tenha contribuído para as relações entre Portugal e Hong Kong”. Quanto à câmara de comércio e indústria luso-chinesa, está prevista a abertura de uma delegação em Xangai no final do Verão. “Este é um projecto que temos há 15 anos e agora foi possível concretizá-lo. Criaram-se agora condições para termos portugueses e chineses, pessoas com bastante credibilidade que se quiseram associar a este projecto”, rematou. Lucros com queda de 50 por cento A gigante chinesa do comércio eletrónico Alibaba obteve um lucro líquido de 70.937 milhões de yuans, nos primeiros nove meses do seu ano fiscal, uma queda de 54,47%, face ao mesmo período do ano anterior. No relatório enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a empresa atribuiu a queda dos seus lucros entre abril e dezembro a um menor volume de negócios, relacionado com algumas das suas operações e a contração das receitas, devido à alteração no valor dos seus investimentos. A receita da empresa de tecnologia nesse período foi de 649.010 milhões de yuans, o que representa um aumento de 22,48%, em termos homólogos. Porém, ainda maior foi o aumento dos custos operacionais, que subiram 35,42%, para 400.505 milhões de yuans. No terceiro trimestre fiscal (outubro-dezembro), os lucros líquidos caíram 74%, fixando-se em 20.429 milhões de yuans. O volume de negócios aumentou 10% no mesmo período, para 242.580 milhões de yuans. A diretora financeira do Alibaba, Maggie Wu, assegurou que o crescimento das receitas do último trimestre é representativo de “resultados saudáveis”, salientando que nesse período a empresa efetuou a recompra de mais de 10 milhões das suas ações cotadas nos EUA, por cerca de 1.400 milhões de dólares. O presidente e CEO do grupo, Daniel Zhang, falou em termos semelhantes: “Continuamos a executar a nossa estratégia de crescimento diversificado, num ambiente de mercado complexo e volátil”. Na divisão por segmentos de negócios, o setor de comércio na China continuou a dominar amplamente no trimestre – realizado principalmente através dos seus populares portais Taobao e Tmall -, que representa 73% do faturamento total e registou receitas 7% superiores às do mesmo período do ano anterior. Os negócios internacionais avançaram 18%. Fora desses dois segmentos tradicionais, que respondem por 80% do faturamento do Alibaba, destacam-se os avanços do negócio de computação em nuvem (‘cloud’), que cresceu 20%, ou da subsidiária de logística Cainiao (+15%). Negócios menores, como serviços ao consumidor local (+27%) ou iniciativas de inovação (+63%) também tiveram um bom desempenho. Os órgãos digitais e de entretenimento mantiveram o volume de negócios, face ao ano passado. “Sempre inovamos e investimos a longo prazo. Os nossos investimentos contínuos em iniciativas de crescimento produziram resultados tangíveis”, disse Wu. No final de dezembro, as plataformas da Alibaba – designadas por “ecossistema” pela empresa – acumulavam cerca de 1,28 mil milhões de usuários ativos anuais, ou seja, clientes que realizam pelo menos uma transação por ano. Desse montante, cerca de 76,5% correspondem a utilizadores na China, enquanto os restantes encontram-se noutros territórios; no entanto, em termos de crescimento por área geográfica, o crescimento internacional (+5,6%) é superior ao verificado no país de origem do grupo (+2,7%). As ações do Alibaba na Bolsa de Hong Kong fecharam hoje com uma queda de 6,67%, para 104,9 dólares de Hong Kong. Com Lusa
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte culpa EUA pela invasão russa na Ucrânia A Coreia do Norte acusou os Estados Unidos de serem “a causa raiz da crise ucraniana”, numa primeira reação oficial à invasão russa da Ucrânia. Washington prosseguiu uma política de “supremacia militar, desafiando a legítima exigência da Rússia pela sua segurança”, pode ler-se numa mensagem publicada sábado no ‘site’ do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, assinada por um investigador da Sociedade para o Estudo da Política Internacional. “A causa raiz da crise ucraniana reside também no autoritarismo e arbitrariedade dos Estados Unidos”, acrescentou. Na mesma nota critica-se os EUA por terem “dois pesos e duas medidas” em relação ao resto do mundo. Acusou os EUA de interferir nos assuntos internos de outros países em nome da “paz e estabilidade”, enquanto “denunciava injustificadamente as medidas de autodefesa tomadas por [esses] países para garantir a sua própria segurança nacional”. “Os dias em que os Estados Unidos reinavam terminaram”, concluiu. Ainda assim, a mensagem publicada no ‘site’ do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte é entendida como uma resposta oficial “discreta” de Pyongyang porque foi publicada em nome individual, disse Park Won-gon, professor de estudos norte-coreanos na Universidade Ewha em Seul, na Coreia do Sul. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China reitera oposição a sanções contra a Rússia O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reiterou no sábado a oposição da China às sanções impostas à Rússia de forma conjunta por vários países ocidentais, como retaliação à invasão da Ucrânia. Segundo um comunicado publicado pelo ministério, Wang disse que “a China opõe-se a sanções unilaterais que não têm como base o direito internacional”, pois “não resolverão problemas, mas sim criarão novos”. Numa conversa por telefone com a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, Wang assegurou que a China “está a prestar muita atenção” à situação na Ucrânia. O ministro chinês defendeu que “as legítimas preocupações de segurança de todos os países devem ser levadas a sério”, incluindo, “após cinco rondas de expansão da NATO para o leste, as legítimas exigências de segurança da Rússia”. Numa conversa que, segundo o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, ocorreu por iniciativa alemã, Wang lembrou que “a Guerra Fria acabou há muito tempo” e que, por isso, a NATO “deve reconsiderar a sua própria posição e responsabilidades” O país asiático “apoia todos os esforços para resolver politicamente” o conflito, disse o diplomata, que apelou ao diálogo entre a União Europeia, a NATO e a Rússia para “alcançar a paz e a estabilidade na Europa”. A Comissão Europeia, os Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá e Itália acordaram no sábado excluir alguns bancos russos da plataforma interbancária internacional Swift. Os aliados anunciaram ainda o compromisso de tomarem medidas para travar os vistos ‘gold’ e a formação esta semana de uma ‘task-force’ transatlântica para garantir que essas e outras sanções à Rússia sejam implementadas de forma eficaz através de partilha de informações e congelamento de ativos russos. Bruxelas vai ainda propor aos Estados-membros da União Europeia o bloqueio dos ativos do Banco Central da Rússia, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Bilionário japonês doa quase oito milhões de euros a Kiev O bilionário japonês Hiroshi Mikitani anunciou hoje que vai doar mil milhões de ienes (7,7 milhões de euros) ao Governo de Kiev, chamando a invasão russa de “atropelamento da Ucrânia” e “desafio à democracia”. O fundador da Rakuten, a gigante japonesa de comércio eletrónico e outros serviços ‘online’, pediu, numa carta ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, para que a doação seja usada para “atividades humanitárias para ajudar pessoas na Ucrânia que são vítimas de violência”. Mikitani disse que visitou Kiev em 2019 e se encontrou com Zelensky. “Os meus pensamentos estão consigo e com o povo da Ucrânia”, disse o bilionário japonês na carta enviada ao Presidente ucraniano. “Acredito que atropelar uma Ucrânia pacífica e democrática pela força indevida é um desafio à democracia”, defendeu Mikitani. “Espero sinceramente que a Rússia e a Ucrânia possam resolver esta questão pacificamente e que o povo ucraniano possa encontrar a paz o mais rápido possível”, concluiu. O Japão anunciou na sexta-feira novas sanções contra a Rússia face à invasão da Ucrânia, que abrangem o controlo das exportações de semicondutores e outros produtos usados para fins militares, bem como o congelamento de fundos de entidades financeiras russas. O Japão foi um dos 50 países que subscreveram no sábado, nas Nações Unidas, uma declaração sublinhando que o Presidente russo, Vladimir “Putin, é o agressor” da Ucrânia, e prometendo levar a condenação da Rússia à Assembleia Geral da ONU, depois do veto russo a uma resolução do Conselho de Segurança. A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.