Nunu Wu Manchete SociedadeAeroporto | Residente detido por tentar entrar com canábis A PJ não confirmou a nacionalidade, mas o detido tem o apelido Pinho, é português e transportava cabeças de canábis e óleo com extractos da planta, que foram avaliados em cerca de 800 mil patacas. O caso foi entregue ao Ministério Público, e o homem está indiciado por três crimes Um residente de Macau, com nacionalidade portuguesa, foi detido quando tentava entrar com canábis no território, vindo de Banguecoque, na Tailândia. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária (PJ), durante uma conferência de imprensa, e, como tradicionalmente acontece, o detido foi mostrado a ser colocado numa viatura e transportado para o Ministério Público (MP). De acordo com a versão apresentada pelas autoridades, citada pelo jornal Ou Mun, a detenção aconteceu por volta das 18h de domingo, quando os agentes das forças de segurança realizavam as inspecções dos voos considerados de maior risco. Os representantes da PJ apontaram que o voo em causa estava identificado como sendo considerado de risco desde sábado. Ao entrar em Macau, o residente de 49 anos trazia consigo uma mochila e uma mala de mão. No interior das malas estavam três pares de sapatilhas que continham oito pacotes grandes e dois pacotes mais pequenos com cabeças de canábis, num total de 800 gramas, e ainda três garrafas de óleo de marijuana para serem fumados com cigarros electrónicos. Os produtos apreendidos foram avaliados em cerca de 803 mil patacas pela PJ. De acordo com a legislação em vigor, a dose para consumo diário de canábis é de uma grama e foi definida com base nos dados da Junta Internacional de Fiscalização de Estupefacientes (INCB – International Narcotics Control Board, em inglês). Lista de crimes Posteriormente, uma busca à habitação do residente, na Taipa, levou também à apreensão de nove pacotes de mortalhas. Os testes à urina do homem mostraram o consumo de estupefacientes. Todavia, se o consumo das drogas tiver acontecido na Tailândia, o homem não pode ser acusado do crime de consumo de drogas, dado que o país do sudeste asiático legalizou a prática. O homem, de 49 anos, tem o apelido Pinho e é funcionário de escritório. De acordo com o jornal Ou Mun, o detido está indiciado pela prática do crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, que tem prevista uma pena que pode ir dos cinco aos 16 anos de prisão, excluindo agravantes, um crime de consumo ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, que prevê uma pena que pode chegar aos três meses e ainda um crime de detenção indevida de utensílio ou equipamento, punido com pena que pode chegar aos três meses de prisão. De acordo com a Polícia Judiciária, apesar de ter realizado o teste à urina, o homem terá recusado cooperar com a investigação.
Nunu Wu Manchete PolíticaTrabalho | Técnicos de segurança querem mais poder Leong Sun Iok está preocupado com a implementação das medidas de segurança nos estaleiros, e em outros locais de trabalho, e pede ao Governo que garanta aos técnicos de segurança poderes para desempenharem com eficácia o seu trabalho O deputado Leong Sun Iok defendeu o reforço dos poderes dos responsáveis pelas medidas de segurança no trabalho em locais ligados a actividades de maior risco. A posição consta de uma interpelação escrita, em que o deputado ligado à Federação das Associações dos Operários Macau (FAOM) revela ter recebido queixas. De acordo com as denúncias, Leong indica que os responsáveis pela segurança e os técnicos superiores de segurança em estaleiros têm muitas vezes dificuldades em fazer com que os restantes trabalhadores cumpram algumas das medidas de segurança mais elementares, correndo riscos desnecessários. Segundo o deputado, parte destes problemas está relacionada com a falta de coordenação nos estaleiros entre as equipas de trabalho e as equipas de segurança. “O pessoal de gestão de segurança não recebe as instruções sobre como deve implementar as medidas de segurança nos estaleiros, por isso adopta uma postura mais passiva, porque sentem-se impotentes para executar as suas funções nos locais de trabalho”, denunciou Leong. Contudo, o membro da FAOM alerta que caso haja algum problema, devido à implementação incorrecta das medidas de segurança, são os técnicos de segurança que ficam com o posto de trabalho em risco: “No caso de haver um acidente, este pessoal corre o risco de ficar sem licença para exercer as suas funções”, alertou. Mudar o cenário Face a esta situação, o deputado pede ao Governo que faça uma avaliação dos problemas nos estaleiros e lance medidas para que o pessoal de gestão de segurança consiga exercer as suas funções. “Quanto às várias dificuldades que o pessoal de gestão de segurança enfrenta na execução das funções, que avaliação faz o Governo da situação real?”, questiona. “E que medidas e apoios vão ser aplicados para garantir os direitos destas pessoas no desempenho das suas funções e assegurar que só assumem as responsabilidades perante situações que podem controlar?”, foi acrescentado. O deputado também considera que o Governo deve seguir as práticas das regiões vizinhas, com a adopção de “sistemas de segurança inteligente” em estaleiros, ou seja, o recurso a meios digitais para controlar os trabalhadores. Leong exemplificou que no Interior são utilizados localizadores de GPS nos capacetes dos trabalhadores nos estaleiros, para rastrear a localização dos operários, em instalações como a torre da grua, plataformas de descarga, elevadores, e emitir sinais de alerta quando se detectam actividades irregulares. Leong admite que também se deve ponderar seguir o exemplo de Hong Kong a nível das obras públicas, em que qualquer contrato com um valor igual ou superior a 30 milhões de dólares de Hong Kong obriga à instalação nos estaleiros de um sistema de segurança inteligente. “Qual é a situação actual da aplicação destas técnicas no sector de construção civil? Para reforçar a segurança sectorial, que medidas vai o Governo lançar no futuro, sobretudo de âmbito tecnológico?” interpelou.
Nunu Wu Manchete SociedadeTrânsito | Advogado apela ao fim de “julgamentos morais” com imagens O causídico Luís Ho Ka Hou considera que a utilização de câmaras no trânsito pode levar a processos em tribunal, e que as imagens captadas devem ser encaminhadas para as autoridades, em vez de partilhadas nas redes sociais O advogado Luís Ho Ka Hou defende a utilização de câmaras de vigilância no trânsito por parte dos condutores, mas apela ao Governo para tomar medidas para evitar a utilização das imagens para “julgamentos morais”. A opinião do causídico foi partilhada ao jornal Ou Mun, na sequência de um incidente à frente da Escola Portuguesa de Macau, no qual foram partilhadas imagens de uma advogada de nacionalidade portuguesa. Ouvido pelo jornal Ou Mun, o advogado considerou que a gravação de vídeos por câmaras instaladas em veículos pode ser importante, nomeadamente quando há acidentes e a necessidade de accionar o seguro automóvel. Contudo, Ho Ka Hou destacou que não se podem transformar as câmaras dos veículos num sistema de vigilância móvel utilizado para fazer “julgamentos morais” nas redes sociais. Ho explicou igualmente que as imagens captadas pelos veículos devem ser entregues às autoridades, em vez de serem publicadas online, e que os responsáveis pela gravação apenas devem remetê-las às autoridades, seguindo os procedimentos legais previstos. Se as imagens tiverem interesse público, podem ser utilizadas. No entanto, se a utilização das imagens ultrapassar o âmbito do processo e das investigações das autoridades, como acontece com as publicações em redes sociais, e se houver elementos que podem ser considerados como insultuosos ou difamatórios, então o responsável pela captação e divulgação pode enfrentar responsabilidade penal. Problemas legais Luís Ho Ka Hou indicou ainda que, de acordo com a perspectiva judicial, a utilização apropriada de imagens gravadas no trânsito passa por captar os acidentes, accionar o segurou e cooperar com as autoridades, no caso de ser necessário recolha de provas. No caso de não haver consentimento das pessoas gravadas, e se o conteúdo for publicaoa em redes sociais para julgamentos morais, então estamos perante casos que dificilmente se enquadram na gravação apropriada, o que pode levar à violação da lei da protecção de dados pessoais ou de outros direitos de imagem. Ho Ka Hou alertou também que os “julgamentos” nas redes sociais podem causar danos nos direitos à privacidade e ao bom nome das partes envolvidas. Há cerca de duas semanas uma condutora foi captada no trânsito, depois de passar um sinal vermelho, estacionar em local proibido e fazer um gesto obsceno, junto de crianças. As imagens, que permitiam identificar a condutora, foram partilhadas online, o que desempenhou uma campanha contra a visada, inclusive com pedidos de despedimento junto da entidade patronal, além de vários comentários de ódio com expressões xenófobas.
Nunu Wu SociedadeIncêndios | Nova lei leva à punição de 83 pessoas Desde a entrada em vigor da nova lei de prevenção contra incêndios, em Agosto de 2022, foram punidas 83 pessoas, disse ontem o comandante do Corpo de Bombeiros (CB), Leong Iok Sam, durante a conferência de imprensa para a divulgação dos dados de trabalho do ano passado. O responsável destacou que “nos casos em que a situação é grave e os infractores insistem [em manter a mesma situação], aplicámos 83 sanções administrativas depois de os avisarmos várias vezes”, disse. Em 2024, foram feitas pelo CB 15.924 inspecções em edifícios habitacionais para identificar potenciais riscos de incêndios, ou obstáculos no acesso a extintores ou saídas de emergência. No tocante à formação, o CB realizou 220 cursos com 11.172 pessoas até Dezembro do ano passado, nas áreas de encarregados de segurança contra incêndios, uma exigência da nova lei. Ainda em relação aos incêndios, o comandante do CB destacou o “ligeiro aumento” no ano passado. “Em 2024 houve 882 casos de incêndios, um aumento de 46 casos, o que representa uma subida de 5,5 por cento em comparação a 2023”. Estes incidentes ocorreram por esquecimento de desligar o fogão, queima de incensos e papéis votivos ou curto-circuito de instalações eléctricas. No caso das saídas de ambulância, houve uma subida anual de 5,06 por cento, de 2.177 casos para 4.523. As grandes causas foram questões médicas como indisposições, tonturas ou dores de cabeça, entre outros. Leong Iok Sam referiu também que já existem três viaturas inscritas para o projecto experimental “Transporte Transfronteiriço em Ambulância entre Hong Kong e Macau”.
Nunu Wu SociedadeHabitação para idosos | Pedidos detalhes sobre nova fase O deputado Ma Io Fong quer que o Executivo revele detalhes sobre a próxima fase do projecto de residências para idosos, depois do lançamento do projecto-piloto na Areia Preta. Numa interpelação escrita, o legislador da bancada parlamentar da Associação Geral das Mulheres pergunta se podem ser divulgadas potenciais localizações para construir novos blocos e quantas fracções serão disponibilizadas. O responsável defendeu também que a renda deste tipo de habitação deveria ser mais baixa e flexível. “Quanto à fixação de valores das rendas, o Governo poderia criar um mecanismo de ajuste, ou elaborar diferentes planos para os moradores consoante a sua condição económica, além de expandir o período e os beneficiários de descontos nas rendas”, indicou. A ideia do deputado é fazer com que os montantes das rendas correspondam às necessidades sociais e à capacidade dos candidatos. Em relação às residências actuais na Areia Preta, erigidas no terreno que estava destinado ao Pearl Horizon, Ma Io Fong considera que existe espaço para melhorias. O deputado deu como exemplo a rapidez dos semáforos que dão apenas 11 segundos para atravessar a estrada, o que representa “um desafio para os idosos”, e perguntou se o Governo tem alguma solução provisória enquanto não for construída uma passagem superior para peões.
Nunu Wu Manchete SociedadeGripe | Governo diz estar satisfeito com vacinação Com a época da gripe e das infecções respiratórias a atingir o pico, o Governo está satisfeito com a vacinação e indica que o número de doentes internados nos hospitais da região é “relativamente estável”. Além disso, os casos de gripe aguda têm diminuído em relação ao ano anterior A chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Leong Iek Hou, referiu ontem que o número de doentes internados no Centro Hospitalar Conde São Januário e Hospital Kiang Wu devido a gripe está num estado “relativamente estável”. A responsável traçou um ponto de situação no programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau, revelando que este ano se tem verificado menos casos de gripe aguda do que no ano passado, com a proporção de doentes com febre a atingir cerca de 16,2 por cento. A responsável, que foi uma das protagonistas durante os tempos da covid-19, revelou que “a situação geral da vacinação contra a gripe deste ano é satisfatória”. Até ao domingo passado, mais de 179 mil pessoas foram vacinadas contra a gripe em Macau. A taxa de vacinação de idosos em instituições de apoio social fixou-se em 93 por cento, enquanto nas creches foram inoculadas 62 por cento das crianças e mais de 80 por cento dos alunos do ensino pré-escolar e ensino básico. Em relação às escolas secundárias, a taxa de vacinação atingiu quase 70 por cento, enquanto os adultos com mais de 65 anos registaram uma taxa de vacinação de 55 por cento. Porém, a responsável previu que o vírus da gripe terá actividade acentuada até Fevereiro, mas que outros vírus respiratórios, como o adenovírus, vão continuar activos no Inverno e na Primavera. Como tal, Leong Iek Hou recomendou a vacina contra a gripe a quem ainda não tomou, atenção à higiene pessoal e ambiental e uso de máscara para evitar infecções simultâneas com vários agentes patogénicos. Pequenos e graúdos Num contexto global, o vice-director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Wong Ka Ki, afirmou que a taxa de vacinação dos estudantes do ensino não superior é de quase 80 por cento. O responsável acrescentou que os alunos podem receber a vacina contra a gripe durante o período escolar com faltas justificadas. Por outro lado, nas creches e os centros de dia para idosos e deficientes foram implementados sistemas de controlo com check-ups diários logo pela manhã para detectar infecções ou acompanhar a evolução de pacientes. Leong Iek Hou deixou ainda um alerta para a população ter atenção à mistura de medicamentos, que podem interagir e causar problemas de saúde, e para não comprar por conta própria em farmácias, sem receita ou recomendação médica. A responsável referiu ainda que os cidadãos não devem adquirir medicamentos para armazenar em casa.
Nunu Wu Manchete PolíticaCrime | Alerta para abuso de medidas de múltiplas entradas Leong Sun Iok teme que a medida de múltiplas entradas em Macau para residentes de Zhuhai e Hengqin faça aumentar o contrabando e o trabalho ilegal. O deputado sugeriu ao Governo que aumente as penalizações para empregadores e trabalhadores ilegais A permissão de múltiplas entradas em Macau para residentes de Zhuhai, com período máximo de estadia de sete dias, que entrou em vigor no início deste ano, merece a atenção das autoridades. A ideia foi defendida por Leong Sun Iok, que teme que a nova política, anunciada pelo Governo Central no início de Dezembro, aumente o contrabando e o trabalho ilegal. O deputado da bancada parlamentar da Federação das Associações dos Operários de Macau (FOAM) considera que a medida pode mesmo ser alvo de abusos por grupos criminosos. Citando dados oficiais, em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado lembra que no ano passado, apesar de as autoridades terem realizado menos acções de fiscalização para detectar trabalhadores ilegais, foram encontradas mais situações de ilegalidade. Ao longo de 2024, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais e o Corpo de Polícia de Segurança Pública interceptaram 834 trabalhadores ilegais, mais 293 de que em 2023, ou seja, um aumento anual de quase 55 por cento. Face à tendência de aumento, o deputado argumenta que a política de múltiplas entradas pode exacerbar uma situação já complicada. Fotos e rímel O deputado salienta o carácter oculto deste fenómeno e reconhece que o trabalho das autoridades não é fácil na execução da lei, em especial para profissões como motorista e trabalhos de remodelação de apartamentos. Porém, Leong Sun Iok afirma ter recebido queixas de residentes que apontam para o aumento de fotógrafos e maquilhadoras de casamentos a trabalhar ilegalmente em Macau, que inclusive anunciam os seus serviços publicamente nas redes sociais. Como tal, o deputado sugere que o Governo reforce a cooperação com as autoridades do Interior da China para combater a criminalidade que possa surgir com a política de múltiplas entradas e reforce a penalização para trabalhadores ilegais e os seus empregadores. Além disso, Leong Sun Iok pede mais inspecções a locais de trabalho onde é frequente serem detectados casos destes, inclusivamente através de agentes à paisana.
Nunu Wu SociedadeJunket com ligações a Macau nega operar centro de burlas no Myanmar O empresário Ji Xiaobo, proprietário do grupo Heng Sheng, que no passado explorava uma sala de jogo VIP em Macau, recusou qualquer ligação aos centros de burlas e tráfico humano no Myanmar. O desmentido foi feito através de uma mensagem de Pace Wu, namorada do empresário, actriz e cantora de Taiwan, que ameaçou ainda processar quem divulgasse os “boatos”. No mês passado, o portal de Hong Kong HK01 tinha divulgados vários artigos sobre os centros de burlas no Myanmar e o tráfico de pessoas. Pelo menos 28 pessoas de Hong Kong foram traficadas para o Myanmar, através da Tailândia, depois de serem enganadas com propostas fictícias de emprego. O HK01 tinha ligado Ji Xiaobo a um dos centros de burlas no Myanmar, dado que este centro utilizava o mesmo nome e logótipo do grupo Heng Sheng. Este grupo de junkets foi condenado em Novembro de 2023, por um Tribunal de Pequim, pelo crime de jogo ilegal no Interior, com Ji Xiaobo a ser considerado o líder de uma associação criminosa. Desde essa altura, Ji está fugido às autoridades, existindo rumores de que estará no Japão. Sem ligações “O senhor Ji Xiaobo não tem qualquer ligação directa ou indirecta com o Parque Heng Sheng, a reportagem sobre o senhor Ji Xiaobo foi incorrecta e constitui uma difamação”, pode ler-se no comunicado nas redes sociais. “O portal precisa de assumir a responsabilidade legal e precisa de remover imediatamente todo o conteúdo que envolve Ji Xiaobo na reportagem, ou o escritório do advogado vai lançar um processo ao portal para pedir compensações devido aos danos causados a Ji Xiaobo”, foi acrescentado. No início de Dezembro, uma revista de Taiwan escreveu que Ji Xiaobo está na lista de procurados do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, devido a suspeitas de crimes de branqueamento de capitais, como extorsão, conspiração para corrupção ou emprego de imigrantes ilegais. As ilegalidades terão sido cometidas através de um resort na Ilha de Saipã, que faz parte das Ilhas Marianas do Norte.
Nunu Wu Manchete PolíticaCheques | Pedidos limites para residentes que estão fora A deputada Lo Choi In defende que o novo Executivo deve rever o sistema de comparticipação pecuniária, a fim de limitar a atribuição de cheques pecuniários aos residentes que estão fora de Macau. Para a responsável, deveria ser criado um mecanismo permanente de atribuição e definir que, para os receber, os residentes teriam de ficar em Macau 183 dias por ano Numa altura em que o Governo já começou a ronda de auscultações a propósito do novo relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, a deputada Lo Choi In apresenta a sua sugestão: limitar a atribuição dos cheques pecuniários apenas aos residentes que vivem, de facto, em Macau, para uma melhor utilização dos fundos públicos. Segundo o Jornal do Cidadão, a deputada afirmou que são necessárias alterações ao sistema de comparticipação pecuniária, que existe desde 2008 e que, actualmente, atribui aos residentes não permanentes seis mil patacas, e aos permanentes dez mil patacas, por ano. A deputada ligada à comunidade de Jiangmen recordou que apoios como a pensão para idosos, o subsídio de sete mil patacas nas contas de previdência e o regime de segurança social obrigam os beneficiários a estar em Macau 183 dias por ano para os poderem receber, a fim de assegurar que estes mantêm uma relação estreita com o território. Assim, Lo Choi In afirmou que o mesmo argumento deveria ser aplicado no caso dos cheques pecuniários, a fim de melhor se aproveitar o erário público. Para os residentes que já não vivem em Macau, a deputada defende limites na atribuição dos cheques, para que esse montante seja poupado e aplicado nos apoios ao desenvolvimento dos bairros comunitários e a incentivos à economia local. Mudar a lei Actualmente, o sistema de comparticipação pecuniária, nomeadamente quanto ao calendário de distribuição e valores, é decidido anualmente por regulamento administrativo, mas a deputada pede alterações na legislação para que a atribuição dos cheques passe a ter um funcionamento permanente. Lo Choi In lembrou que, nos últimos tempos, têm surgido opiniões sobre a necessidade de se melhor aproveitar os saldos orçamentais extraordinários e utilizá-los apenas com residentes que mantém uma ligação estreita a Macau. Em 2022, o deputado Leong Sun Iok defendeu que o Executivo deveria deixar de atribuir cheques às pessoas com estatuto de residente que “já não têm contacto” com a região e que vivem “permanentemente” fora da China. Nesse ano, a medida custou aos cofres públicos 7,23 mil milhões de patacas, sendo que mais de mil milhões de patacas foram distribuídos às “mais de 100.000” pessoas com estatuto de residente permanente, mas que “residem permanentemente no estrangeiro”, disse Leong Sun Iok numa sessão plenária.
Nunu Wu Manchete SociedadeEconomia | Previsto desenvolvimento estável para 2025 A Associação Económica de Macau acredita que o território terá, este ano, um desenvolvimento estável, tendo em conta os dados do Índice de Prosperidade publicados por esta entidade na terça-feira. Espera-se um crescimento do Produto Interno Bruto de 5 por cento em termos anuais Dados divulgados esta terça-feira pela Associação Económica de Macau, relativos ao Índice de Prosperidade, apontam para uma estabilidade do desenvolvimento económico do território para este ano. Segundo um comunicado da associação, a economia local deverá ficar no nível considerado estável mediante este Índice, com 6,4 a 6,5 pontos, numa escala de 0 a 10. Os dados dizem respeito ao primeiro trimestre. A associação denota que este nível estável é semelhante ao indicado nos meses de Novembro e Dezembro do ano passado, quando Macau registou também com 6,4 a 6,5 pontos. A entidade, liderada pelo antigo deputado nomeado Joey Lao, denota que é esperada a continuidade da estabilidade económica, com mais estímulos à confiança e uma maior modernização em alguns sectores, sendo estes “elementos importantes” para que a economia continue a estabilizar depois de três anos difíceis devido à pandemia. Outra previsão da associação, prende-se com o crescimento anual de 5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do território. As causas A equipa responsável pelo Índice destacou factores para o bom desempenho económico, nomeadamente a entrada em vigor do regime de múltiplas entradas para os residentes de Zhuhai e Hengqin em Macau, que vigora desde o dia 1 de Janeiro, esperando-se benefícios para os sectores do retalho e restauração. Sobre o jogo, a associação alertou que o nível dos preços das acções das seis concessionárias se tem mantido baixo nos últimos tempos, bem como o índice de confiança do consumidor na China. Quanto a estes dois factores, prevê-se que se mantenham num nível baixo até Março deste ano, o que denota falta de confiança da parte dos investidores e também dos consumidores. Além disso, foi apontado que a China pode ter um melhor desempenho económico este ano, prevendo-se que no Interior se reduzam as taxas de juro e taxas de reserva obrigatória para manter a liquidez e juros baixos, a fim de dar resposta “à incerteza dos mercados exteriores e para proporcionar condições para o crescimento económico”. Ainda no tocante ao impacto da economia mundial, a associação destaca que persiste um cenário de incerteza, sobretudo no que diz respeito ao ritmo dos cortes nos juros. Um dos exemplos apontados foi o dos EUA, cuja Reserva Federal aplicou apenas dois cortes de juros este ano, o que significa que para muitos países o custo do capital permanece relativamente elevado a curto prazo. Estima-se que tenha lugar um novo aumento dos juros, mas a chegada de Donald Trump à Casa Branca e as suas futuras políticas de tarifas alfandegárias dificultam as previsões da associação, é referido na mesma nota.
Nunu Wu Manchete PolíticaEnsino | Lo Choi In exige limites nos trabalhos de casa A deputada Lo Choi In entende que seria importante as escolas limitarem o número de trabalhos de casa passados a cada aluno, a fim de assegurar tempo livre necessário para a realização de outras actividades e reduzir problemas de saúde mental Loi Choi In, deputada e vogal da Federação Nacional das Mulheres da China, considera que é necessário a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) ponderar uma alteração dos regulamentos administrativos para que as escolas e docentes reduzam o número de trabalhos de casa para cada aluno. A deputada falou ao jornal Ou Mun depois da ocorrência de uma tentativa de suicídio numa escola local, defendendo também a redução do número de provas e testes a fim de aliviar a pressão sentida pelos estudantes e para que possa ser assegurado o descanso suficiente. Lo Choi In entende que os factores potenciais de casos de suicídio são complexos, sendo que, no caso dos adolescentes, são sobretudo a vida escolar, as relações familiares e o estado de saúde. Por essa razão, a deputada diz que os casos de bullying entre os mais jovens e o excesso de trabalhos de casa são problemas que não podem ser ignorados pelas autoridades. A deputada lamenta que, nos últimos anos, o número de trabalhos de casa não tenha diminuído, dando o exemplo de dois inquéritos publicados no ano passado que mostram que cerca de 70 por cento dos estudantes disseram sofrer um nível “médio-alto” de pressão, com os estudos a serem apontados como a causa principal. Menos fatalidades Tendo em conta os mesmos inquéritos, a deputada referiu ainda que cerca de 50 por cento dos estudantes inquiridos disse sentir pressão do nível “médio-alto” no que respeita aos trabalhos de casa, enquanto mais de 60 por cento disse que gasta mais de três horas por semana a realizar este tipo de exercícios. Além disso, metade dos inquiridos disse ter mais de cinco provas, entre exames e testes, por cada semestre. Para Lo Choi In, estes dados comprovam que as instruções elaboradas pelas autoridades nos anos anteriores não trouxeram uma melhoria da situação, defendendo ainda ser necessária uma maior coordenação entre departamentos para prevenir casos de suicídio entre jovens. Como exemplo, a deputada ligada à comunidade de Jiangmen defende que a DSEDJ deve cooperar com o Instituto de Acção Social e Serviços de Saúde em articulação para lidar com o fenómeno.
Nunu Wu Manchete SociedadeTailândia | Turismo imune a impacto negativo de casos de rapto Apesar das polémicas recentes com a segurança, o presidente da Associação da Indústria Turística, Andy Wu, desconhece casos de cancelamentos de viagens à Tailândia Apesar das notícias recentes dos casos de tráfico humano na Tailândia, o turismo local ainda não sente qualquer impacto negativo. O cenário foi traçado pelo presidente da Associação da Indústria Turística, Andy Wu, em declarações ao jornal Ou Mun. De acordo com Wu, tanto os residentes de Macau como os do Interior prestam muito atenção às notícias dos raptos na Tailândia e à situação da segurança, o que terá inclusive levado alguns artistas a cancelarem concertos agendados para Banguecoque. Um dos exemplos recentes foi o do artista Eason Chan, de Hong Kong, que se justificou com o facto de não poder garantir a segurança das deslocações dos seus compatriotas, face à possibilidade de serem sequestrados. Neste sentido, o presidente da Associação da Indústria Turística admite que é de esperar que o ambiente de insegurança tenha impacto no turismo tailandês. Contudo, até domingo não tinha recebido qualquer informação sobre o cancelamento de bilhetes de avião para a Tailândia. Apesar deste aspecto, o responsável pela associação apelou aos residentes que viajem para a Tailândia para que se façam acompanhar pelos contactos de emergência, inclusive das autoridades chinesas. Wu aconselhou também os turistas a optarem por meios de transporte colectivos, como o metro ou autocarro, em vez de optarem por meios particulares. Viagens individuais O jornal com maior circulação do território cita ainda uma agência de viagens anónima a indicar que não sentiu variações devido à polémica mais recente com o actor Wang Xing. O cidadão chinês foi raptado a 3 de Janeiro na Tailândia, onde tinha sido atraído com uma promessa de emprego, e traficado para o Myanmar onde foi forçado a permanecer num centro de burlas informáticas. Após uma campanha online iniciada online pela namorada, acabou por ser libertado, devido ao esforço das autoridades da China. Estes casos têm crescido nos últimos anos, e de acordo com as autoridades de Hong Kong, há 28 residentes da RAEHK que continuam desaparecidos. O número de residentes do Interior desparecidos na Tailândia é conhecido, mas uma lista que circulou online, antes de ser removida da Internet, apontava para a existência de mais de 600 pessoas procuradas pelas famílias. Além de estarem ligados a militares do Myanmar ou líderes de milícias locais, os centros de fraudes surgem frequentemente ligados a tríades e empresários do Interior ou mesmo de Macau. Segundo a agência citada, durante o Ano Novo Lunar estão previstas cerca de cinco excursões de Macau na Tailândia e não houve qualquer alteração da situação, como os pedidos de reembolso ou cancelamento das viagens. A agência explicou também que em termos das viagens individuais recebeu um pedido de informações sobre o cancelamento, mas que não se confirmou. No caso de desistirem da viagem, os clientes têm de pagar uma penalização. Centro de Segurança A Tailândia anunciou a criação de um Centro de Segurança para Turistas, na sequência do rapto de Wang Xing, que vai ser liderado por Prakhuab Wongsuk e que pode ser contactado através de uma aplicação móvel da Polícia Turística da Tailândia ou do número de telefone 1155. “O Governo dá prioridade à prevenção da criminalidade e à protecção abrangente da vida e dos bens dos turistas estrangeiros, de forma a manter a reputação como um destino de viagem de confiança”, afirmou Prakhuab na apresentação do projecto.
Nunu Wu Manchete SociedadeEnsino Superior | Exigidos resultados de exame gaokao para acesso Após o escândalo do ano passado com a falsificação de resultados de exames de admissão ao ensino superior, as instituições de Macau passaram todas a exigir aos candidatos do Interior que façam o exame gaokao A partir deste ano, todos os candidatos do Interior às instituições de ensino superior em Macau precisam de apresentar os resultados do gaokao, o exame nacional unificado. As alterações foram noticiadas pelo jornal Nanfang Daily, que tem sede na cidade de Cantão, com as restantes instituições de ensino a seguirem o exemplo da Universidade de Macau. Anteriormente, a maior instituição do ensino superior do território tinha anunciado que ia deixar de permitir que os candidatos do Interior se candidatassem através do contingente para os alunos internacionais, o que permitia evitar a realização do exame gaokao. Como alternativa, estes alunos tinham de realizar outras provas internacionais, certificadas por institutos de locais como os Estados Unidos ou Canadá, como os exames A-Levels, Advanced Placement ou International Baccalaureate. As alterações na UM surgiram na sequência de um escândalo com resultados de exames falsificados em Hong Kong. Em Maio do ano passado, a Universidade de Hong Kong descobriu que havia alunos que conseguiram inscrever-se em diferentes licenciaturas com a apresentação de diplomas falsos. A universidade identificou pelo menos 30 nessa situação. Dois deles foram detidos e indiciados da prática do crime de “uso de instrumento falso”. O caso teve impacto em Macau, e em Novembro a Polícia Judiciária anunciou ter detido quatro estudantes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês) devido a suspeitas de utilização de diplomas falsos nas candidaturas de admissão. Mudança geral Agora, as informações da publicação do Interior indicam que além da UM, a restrição foi igualmente aplicada na MUST, Universidade Politécnica de Macau, Universidade da Cidade de Macau e Universidade de Turismo de Macau. No website da MUST, a informação sobre a possibilidade dos candidatos do Interior se candidatarem pelo concurso internacional foi removida, só estando disponível a informação sobre as candidaturas com os resultados do teste gaokao, ou pedidos de transferência de outras instituições do ensino superior. No caso da Universidade da Cidade de Macau, a página da admissão para os alunos internacionais exclui os candidatos do Interior da China. A Universidade de Turismo de Macau e a Universidade Politécnica de Macau também esclarecem nos websites de candidaturas que os residentes do Interior só se podem candidatar com os resultados do exame gaokao e que a escolha tem como critério os resultados conseguidos. De acordo com o Nanfang Daily, estas medidas devem ter pouco impacto em termos das inscrições internacionais em Macau. A publicação ouviu também um especialista na área educativa, Shen Chongyang, que indicou que a proporção dos alunos de cursos internacionais que pedem a admissão em instituições do ensino superior em Macau é reduzida. Shen Chongyang explicou que como os critérios de admissão em Macau são exigentes, vários alunos do Interior preferem dar prioridade a Hong Kong. Além disso, para Shen, as universidades de Macau oferecem também poucas vagas para estudantes internacionais.
Nunu Wu Manchete SociedadeConsumo | “Mega Sales Carnival” com fracos números Decorreu no último fim-de-semana a 22.ª edição do “Mega Sales Carnival”, na Doca dos Pescadores, mas os números de vendas não foram satisfatórios, registando-se menos comerciantes a participar e menos compradores locais. Lou Kam Fai, promotor e organizador do evento, justifica a falha com a realização recente do Grande Prémio de Consumo A população de Macau compra cada vez menos no território e nem a realização de grandes eventos de incentivo ao consumo parecem colmatar a redução de lucros das pequenas lojas locais. Lou Kam Fai, vice-presidente da Associação das Companhias e Serviços de Publicidade de Macau, e promotor do evento, disse ao jornal Ou Mun que o evento “Mega Sales Carnival” [Carnaval dos Grandes Saldos], que decorreu no último fim-de-semana, de sexta-feira a domingo, na Doca dos Pescadores, não conseguiu obter grandes resultados ao nível das vendas. Para Lam Kou Fai, os fracos resultados do evento podem explicar-se pelo facto de o Grande Prémio para o Consumo de Macau ter terminado há pouco tempo, no final de Dezembro. Assim sendo, Lou Kam Fai apontou que houve menos 15 por cento de comerciantes a participar no “Mega Sales Carnival” em comparação com a edição anterior, o que revela a atitude conservadora dos pequenos negócios face ao consumo mais reduzido dos residentes. Lou Kam Fai fala também na redução do número de visitantes do evento, em cerca de dez por cento, o que é fruto da falta de vontade de consumir depois da realização do Grande Prémio de Consumo. O também organizador da feira destacou que, dada a proximidade do Ano Novo Chinês, o “Mega Sales Carnival” ofereceu bancas com mariscos secos e produtos de puericultura, o que atraiu algum movimento, caso contrário o fluxo de pessoas poderia ter sido bem pior, destacou. Lou Kam Fai diz que é cada vez mais difícil e desafiante atrair consumidores locais para os pequenos negócios, sendo necessário saber conquistar o cliente, sobretudo com a realização deste tipo de feiras e eventos, destinados a mostrar e divulgar novos produtos. Futuro vem de fora Convidado a comentar o futuro do consumo com ligação ao sector das convenções e exposições, Lou Kam Fai apontou que vai convidar mais expositores e negócios da zona da Grande Baía, e outras províncias da China, para participar no “Mega Sales Carnival”, a fim de enriquecer a oferta de produtos e atrair mais turistas, bem como potenciais novos consumidores. O responsável disse ainda que a feira vai tentar ser uma forma de expositores procurarem mais oportunidades de cooperação comercial, a fim de incentivar o intercâmbio de negócios entre Macau e regiões adjacentes. Lou Kam Fai afirmou também que o sucesso do “Mega Sales Carnival” não depende apenas dos comerciantes, mas também dos apoios concedidos e do auxílio do Governo, sobretudo no que diz respeito à necessidade de simplificar procedimentos para a organização e concessão de apoio financeiro. Desta forma, Lou Kam Fai sugere que o Governo reforce a cooperação entre departamentos públicos a fim de melhorar os recursos disponíveis e fomentar a partilha de informações, para que o “Mega Sales Carnival” possa desenvolver-se ainda mais.
Nunu Wu Manchete SociedadeBurlas | PJ alerta para ofertas de emprego suspeitas Após o actor chinês Wang Xing ter sido sequestrado na Tailândia e obrigado a trabalhar para uma rede de burlas no Myanmar, a PJ emitiu um novo comunicado a alertar os residentes para ofertas de emprego suspeitas A Polícia Judiciária (PJ) alertou os residentes para se manterem atentos e não confiaram em propostas de emprego originárias de alguns países estrangeiros. O comunicado da PJ surge numa altura em que o problema dos cidadãos chineses raptados na Tailândia e transportados para o Myanmar, onde são obrigados a participar em burlas informáticas, volta a estar na ordem do dia, devido ao caso do actor chinês Wang Xing, que foi raptado e só acabou libertado, depois de uma campanha online da namorada. O aviso surge igualmente na sequência de um caso local, em que a PJ afirma ter actuado a tempo de evitar que um residente fosse atraído com uma proposta falsa de emprego para o estrangeiro, onde seria explorado num centro de burlas. Segundo as autoridades, a PJ foi contactada por um residente que se mostrou preocupado com uma oferta de emprego recebida por um amigo. O residente explicou às autoridades que a proposta aparentava todos os elementos da prática de rapto e que caso o amigo viajasse para o estrangeiro seria raptado e escravizado num centro de burlas. Como não era capaz de convencer o amigo a recusar o “convite” de trabalho, o residente pediu auxílio à polícia. “A Polícia Judiciária interveio de imediato na investigação e acabou por ajudar a vítima a reconhecer a burla, dissuadindo-a do seu plano de ir para o estrangeiro em tempo útil”, foi revelado pela força policial, que não divulgou o país da oferta de emprego. A PJ indicou ainda que entre Setembro e Dezembro foram identificados cinco casos de residentes obrigados a trabalhar em centros de burlas, depois de terem sido atraídos com ofertas falsas de emprego. Entre estes, quatro residentes foram obrigados a trabalhar em esquemas de burla em Taiwan, onde acabaram detidos pela polícia local, e no quinto caso o centro de burlas ficava no Camboja, embora o residente tenha conseguido fugir e regressar à RAEM. No comunicado das autoridades, os residentes são aconselhados a desconfiarem de propostas de emprego que implicam deslocações ao estrangeiro e que prometem salários elevados, para posições em que não são necessárias qualificações. Wan Kuok Koi mencionado Nos últimos dias, tem crescido o número de denúncias sobre cidadãos chineses que foram convencidos a deslocarem-se à Tailândia com ofertas de emprego e acabaram raptados no Myanmar e escravizados. Segundo a BBC, o caso do actor Wang Xing serviu como catalisador para o surgimento de várias denúncias de famílias do Interior desesperadas, que apelam às autoridades chinesas que actuem junto dos governos da Tailândia e Myanmar, para que os seus familiares sejam libertados. A existência de parques industriais utilizados como centros de burlas informáticas no Myanmar é conhecida e tem sido noticiada frequentemente. De acordo com os artigos pulicados pela emissora alemã DW e, mais recentemente, pelo jornal Wall Street Journal, Wan Kuok Koi, residente de Macau conhecido como Dente Partido, é um dos responsáveis por um dos centros de burlas no Parque KK, situado entre na fronteira do Myanmar junto à Tailândia. Também nos últimos dias, a conta de Wan Kuok Koi na rede social Douyin, o Tiktok do Interior, foi bloqueada, ao mesmo tempo que o agora empresário soma acusações online de contribuir para o rapto de cidadãos chineses. Uma destas acusações, partiu do influencer Zhao Haibo, que faz vídeos sobre a prevenção de burlas e que no passado esteve ele mesmo sob suspeita de cometer burlas.
Nunu Wu SociedadeContrabando | Jovens vestiam uniformes escolares para não levantarem suspeitas na fronteira Um grupo de três adolescentes foi interceptado no âmbito de operação conjunta da Polícia Judiciária (PJ) e os Serviços de Alfândega (SA) contra uma rede de contrabando para o Interior. O caso foi divulgado na quarta-feira, e de acordo com a versão das autoridades, a rede contratava adolescentes que tinham desistido da escola para realizar operações de contrabando. Aos jovens, eram fornecidos uniformes escolares de diferentes instituições do ensino básico, que estes vestiam na altura de atravessar a fronteira com os produtos. A utilização dos uniformes visava não levantar suspeitas junto das autoridades. Quando a PJ e os SA realizaram uma rusga num armazém na Avenida Venceslau Morais, onde a rede guardava a mercadoria para ser levada para o Interior, apreendeu mais de 20 mil produtos, como material electrónico e processadores em segunda mão, com um valor de mercado de 17 milhões de patacas. No armazém, estavam ainda 40 peças de roupa de uniformes de diferentes escolas. As autoridades ainda estão à procura dos responsáveis pelo armazém. Fumo da traição De acordo com a PJ, o alerta para a situação foi dado por uma das escolas, que recebeu denúncias de transeuntes sobre a possibilidade de estarem alunos da instituição a fumar junto às Portas do Cerco. As denúncias indicavam também a possibilidade de os alunos estarem envolvidos no transporte ilegal de produtos para o Interior. Alertada, a PJ e os SA seguiram três suspeitos, até que estes entraram no armazém na Avenida Venceslau Morais. Quando saíram, vinham vestidos com os uniformes escolares e chamaram um táxi para as Portas do Cerco. Ao atravessarem a fronteira, os três adolescentes foram interceptados e uma revista mostrou que preso à perna dos adolescentes estavam 552 processadores de computadores antigos. Ainda de acordo com as autoridades, por cada vez que os jovens atravessavam a fronteira recebiam 200 patacas. Quando o caso foi revelado, as autoridades deixaram ainda o apelo aos jovens para não serem “gananciosos” e não arriscarem o futuro a troco de “pequenos lucros”.
Nunu Wu Manchete SociedadeMPay | App cobra mais de 70 tarifas de autocarro em cinco minutos Uma residente publicou uma fotografia da sua conta de MPay a mostrar a cobrança de mais de 70 viagens de autocarros públicos durante escassos minutos. A empresa afirmou que as tarifas eram relativas a viagens feitas em 2021. A Autoridade Monetária afirma não terem sido encontrados problemas ou vulnerabilidades na segurança da aplicação Uma internauta publicou na noite de quarta-feira uma captura de ecrã da aplicação MPay com a dedução de mais de setenta cobranças de tarifas de viagens de autocarros públicos em cerca de 5 minutos, por volta das 04h da madrugada de quarta-feira. No total, a conta de MPay ficou com menos 220 patacas. Surpreendida com a rápida avalanche de tarifas, a utente ligou para a empresa Macau Pass, responsável pela aplicação móvel, a apresentar queixa. A resposta que obteve foi que as cobranças diziam respeito a tarifas que estavam por pagar. “O responsável do Departamento do Apoio ao Cliente afirmou que eu tinha dívidas em atraso referentes a tarifas de viagens feitas em 2021. Como recentemente, o sistema do MPay foi actualizado, disseram-me que foi por isso que foram cobradas todas as tarifas”, pode ler-se na publicação. A chamada telefónica deixou a internauta enfurecida, confessando também perplexidade por nunca ter recebido uma notificação sobre pagamentos em atraso, e que a sua conta de MPay sempre teve saldo suficiente. Além disso, achou suspeito o facto de as tarifas demorarem tantos anos a serem cobradas. Importa referir que a aplicação tem um sistema de segurança que impede a criação de novos códigos QR para pagar autocarros depois de duas tarifas não pagas por falta de saldo. Ou seja, o MPay permite a geração de dois códigos mesmo que a aplicação não tenha saldo suficiente. Situação que aumentou a confusão da utente. “O dirigente não conseguiu dar uma resposta completa, só confirmou um reembolso de 220 patacas e oferece-me uma versão especial do cartão da Macau Pass. Em raiva, perguntei porque a empresa não admitiu o problema, desviando a responsabilidade para o cliente,” criticou. Está tudo bem Na sequência da publicação viral, onde a utente questiona a confiança que a população deve depositar no MPay, a Autoridade Monetária de Macau emitiu ontem um comunicado a revelar ter solicitado “de imediato à instituição que realizasse uma investigação completa e apresentasse um relatório de investigação”. “Após uma investigação preliminar, a organização informou que o incidente não envolveu quaisquer problemas de segurança da rede, como a utilização não autorizada de contas ou a vulnerabilidade do sistema em termos de segurança, nem afectou o serviço normal do sistema. O incidente esteve principalmente relacionado com o processo de dedução das tarifas de autocarro, ou seja, quando a tarifa de um utilizador não é deduzida no momento do pagamento do serviço de autocarro, o sistema processa a dedução mais tarde,” lê-se no comunicado. A AMCM solicitou à organização que contactasse os utilizadores afectados o mais rapidamente possível para explicar a situação e melhorar o mecanismo de dedução suplementar, de modo a minimizar o impacto nos utilizadores. Na quarta-feira, a Macau Pass já publicou um anúncio na sua página a dizer que vai melhorar o mecanismo de dedução suplementar.
Nunu Wu Manchete PolíticaEconomia | Leong Sun Iok defende modelo do cartão de consumo Com o Interior da China a adoptar incentivos para a compra de novos electrodomésticos e produtos digitais, como forma de promover o consumo, Leong Sun Iok considera que Macau pode seguir o exemplo. Porém, o deputado prefere uma nova ronda de cartão de consumo Leong Sun Iok defende que se o Chefe do Executivo lançar medidas de apoio à economia deve optar por uma nova ronda do cartão de consumo. A opinião do deputado que integra a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) foi partilhada em declarações ao jornal Exmoo. A criação de mais uma ronda do cartão do consumo, uma medida adoptada durante a pandemia, através da qual o Governo distribuiu montantes entre 3 mil e 8 mil patacas aos residentes, foi defendida, depois de o Governo Central ter lançado várias medidas de subsídio à compra de electrodomésticos e equipamentos digitais. Segundo a mais recente medida revelada na quarta-feira pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e pelo Ministério das Finanças do Interior, a compra de electrodomésticos e produtos digitais vai ser comparticipada, tal como acontece igualmente no Interior da China com a compra de veículos eléctricos. Neste contexto, o legislador considerou plausível que seja lançada mais uma ronda do cartão de consumo em Macau, até porque o Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, admitiu a hipótese de estudar medidas de incentivo ao consumo. Olhar para dentro No entanto, Leong Sun Iok considera que as medidas de incentivo ao consumo precisam ter em conta o contexto de Macau, que é diferente daquele do Interior, porque o tecido económico é diferente. O deputado explicou que o subsídio para aquisição de novos electrodomésticos e equipamentos digitais teriam um impacto mais limitado em Macau, porque não ajudaria alguns sectores importantes económicos, como acontece a restauração. “Para o sector da restauração, o modelo de incentivo à compra de novos produtos não tem utilidade”, afirmou. A restauração no norte da península tem atravessado maiores dificuldades nos últimos meses, devido à maior concorrência do Interior, onde os preços são mais baratos. Em termos da economia local e das medidas implementadas, o deputado fez uma avaliação crítica do Grande Prémio para o Consumo em Macau, uma iniciativa de incentivo ao comércio local que terminou no final do ano passado. Ao abrigo do Grande Prémio para o Consumo, os clientes que utilizassem meios de pagamento electrónicos no comércio local durante a semana ficavam habilitados a participar num sorteio imediato que distribuía cupões com descontos. Esses descontos só podiam ser utilizados no fim-de-semana seguinte, para evitar que as pessoas apenas consumissem no Interior.
Nunu Wu Manchete SociedadeAAM | Vong Hin Fai diz que suspensão de Ho Kam Meng é temporária O presidente da Associação dos Advogados de Macau confirmou a suspensão do advogado que está a ser acusado pelos crimes de associação criminosa e corrupção, devido às ligações com Ho Chio Meng e Kong Chi Uma medida temporária devido a um despacho do tribunal. Foi desta forma que Vong Hin Fai, presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM), se pronunciou sobre a suspensão de Ho Kam Meng e a notícia do Canal Macau de que o advogado está em prisão preventiva e a ser acusado dos crimes de corrupção e associação criminosa. Apesar das informações sobre a suspensão do advogado terem começado a circular em Setembro, esta foi a primeira vez que um representante da associação se pronunciou sobre o assunto. As declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau foram prestadas à margem de uma reunião na Assembleia Legislativa, em que Vong Hin Fai participou como presidente da 3.ª Comissão Permanente. O presidente da AAM afirmou ainda que, por enquanto, a suspensão não está relacionada com nenhum processo disciplinar, que estará sempre dependente das decisões dos tribunais e que terá de ser decidido pelo Conselho Superior de Advocacia. Contudo, Vong Hin Fai destacou que a associação está atenta ao caso e que qualquer decisão vai ter tomada tendo em conta a Lei Básica, a presunção de inocência e o princípio do segredo de justiça. Vong Hin Fai comentou ainda que esta não é a primeira vez que advogados são suspensos, mas o número tende a ser relativo. Por outro lado, o presidente da Associação dos Advogados sublinhou que a ética profissional é uma das prioridades da associação e que no curso de formação de estagiários há sempre módulos sobre o assunto. Ligações antigas De acordo com o Canal Macau, Ho Kam Meng está a ser acusado de ter criado uma associação secreta em conjunto com o ex-Procurador da RAEM, Ho Chio Meng, e o Procurador-Adjunto, Kong Chi. O advogado está em prisão preventiva há cerca de dois meses. De acordo com a mesma fonte, as suspeitas sobre o advogado estão relacionadas com o exercício de funções no Ministério Público, ainda antes de se tornar advogado. Além da acusação de associação secreta, a TDM indica que Ho Kam Meng está igualmente acusado de crimes de corrupção, o que terá levado a que fossem realizadas buscas no seu escritório, com a apreensão de computadores e processos. Ho Chio Meng foi condenado em 2017 a uma pena de prisão de 21 anos pela prática de 1092 crimes no Tribunal de Última Instância, que tinha como principal juiz Sam Hou Fai, actualmente Chefe do Executivo. Kong Chi, de quem Ho Kam Meng é amigo de infância, foi condenado no ano passado a uma pena de prisão de 17 anos, pela prática de 22 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 19 crimes de prevaricação, 7 crimes de violação de segredo de justiça, 3 crimes de abuso de poder, 1 crime de favorecimento pessoal e 1 crime de riqueza injustificada.
Nunu Wu Manchete PolíticaHospital das Ilhas | Pedido fim de residências para especialistas Um membro do Conselho de Serviços Comunitários das Ilhas defende que o Governo deve abandonar o projecto de habitação em Seac Pai Van para médicos e funcionários do Hospital das Ilhas e, no seu lugar, criar instalações recreativas e desportivas. O conselheiro justifica a posição com o facto de a maioria dos médicos e funcionários serem residentes de Macau O Governo planeia construir edifícios habitacionais em Seac Pai Van para alojar médicos especialistas e funcionários do Hospital Macau Union, também conhecido como Hospital das Ilhas. Porém, o membro do Conselho de Serviços Comunitários das Ilhas Ho Chong Chun defende que o Executivo de Sam Hou Fai deve abandonar o projecto e usar o terreno para acrescentar instalações recreativas e desportivas de Seac Pai Van, um apelo que os moradores da zona têm repetido ao longo dos anos. Em declarações ao jornal Ou Mun, o conselheiro, que até há pouco tempo foi vice-presidente dos Kaifong, justificou a sua posição com o facto de a maioria dos funcionários e médicos do novo hospital serem residentes de Macau e que apenas uma pequena parte do quadro da instituição, médicos clínicos seniores ou médicos instrutores, foram enviados da capital pelo Hospital Peking Union. Ho Chong Chun reforça a ideia, indicando que as exigências profissionais da cerca de meia centena de médicos destacados para Macau obriga a que passem pouco tempo no território. Além disso, tempo em conta a permanência intermitente dos profissionais em Macau, o conselheiro acrescentou que o Hospital das Ilhas tem um dormitório, com uma área de19,5 mil metros quadrados, que oferece cerca de 250 quartos. Outro indicador que o responsável apontou foi a baixa taxa de utilização do dormitório, depois de ter sido muito usado durante a pandemia. Alertas para despesismo Recorde-se que o edifício residencial para médicos especialistas em Seac Pai Van irá ocupar o lote em frente do edifício de habitação pública Ip Heng, um dos blocos afectados pela queda de azulejos das paredes exteriores na zona, e tem um custo estimado de 500 milhões de patacas. O deputado Ron Lam foi uma das pessoas que alertou para o eventual despesismo do projecto, mostrando-se relutante face à necessidade de construir um bloco de edifícios para médicos especialistas, que vão auferir salários elevados. Daí as críticas recentes de Ho Chong Chun, que pediu também uma alteração das prioridades do Governo. O conselheiro refere que desde a construção dos complexos de habitação pública em Seac Pai Van, as estimativas do Governo apontavam para a criação de uma comunidade com cerca de 60 mil moradores. Desde que os prédios começaram a receber residentes, em 2013, uma das queixas mais frequentes, além dos problemas relativos à qualidade da construção e escassez de transportes, prendeu-se com a falta de instalações ao ar livre, sobretudo de espaços desportivos. Em 2022, o Governo de Ho Iat Seng apresentou um plano para construir um campo de futebol, um parque e zonas para desporto e recreação infantil, porém os projectos foram suspensos depois da divulgação do Plano Director da RAEM.
Nunu Wu Manchete SociedadeComércio | Negócios continuam aquém das expectativas A quebra do volume das vendas no ano passado levou a Associação de Retalhistas e Serviços de Turismo de Macau a marcar uma reunião para discutir estratégias e ajudar as PME a encararem o novo cenário económico Apesar de o número de entradas e saídas em 2024 ter atingido um novo recorde histórico, com um registo de 210 milhões de entradas e saídas, muitas pequenas e médias empresas (PME) não sentiram os benefícios da maior circulação de pessoas. O cenário foi traçado pelo o vice-presidente da Associação de Retalhistas e Serviços de Turismo de Macau, Lo Wang Chun, num programa da Radio Television Hong Kong (RTHK). Face ao facto de os negócios em áreas de luxo, como a venda relógios, joias, artigos de couro ou equipamento de telecomunicações terem inclusive registado uma perda de 20 por cento entre Janeiro e Setembro de 2024, a Associação de Retalhistas e Serviços de Turismo de Macau realizou um encontro para discutir o problema. Na visão de Lo Wang Chun o menor consumo deve-se ao facto de Macau ter perdido as vantagens comerciais face a outros destinos, como o Japão ou a Tailândia. “O Japão e Tailândia aplicaram medidas de isenção de visto para os turistas da China, enquanto os turistas da China ainda precisam de pedir visto de entrada em Macau. Este aspecto significa que Macau perdeu uma vantagem”, afirmou Lo. “Também temos de ter em conta a taxa de câmbio nestes países. Viajei para a Tailândia e troquei uma pataca por 4,2 Baht, se estivesse a trocar renminbis até recebia mais Baht”, apontou. No programa, foram ouvidos outros comerciantes que se mostraram preocupados por terem registado uma redução nas vendas durante as festividades recentes, em comparação com o que aconteceu no final de 2023. Pensar diferente Lo Wang Chun recusou ainda a ideia de que Macau seja um destino para turistas do Interior com pouco dinheiro: “Eles consumem em Macau, têm vontade e capacidade para pagar três mil patacas para um bilhete de concerto, por isso não acredito que a redução do consumo esteja ligada à falta de poder de compra dos visitantes”, argumentou. Apesar das dificuldades, Lo Wang Chun mostrou confiança de que a recente medida de permissão de entradas múltiplas para os turistas de Zhuhai possa ajudar a indústria. “Esta medida de múltiplas entradas para os residentes de Zhuhai vai permitir que eles sejam como nós, quando nos deslocamos frequentemente para Hong Kong. A cidade de Zhuhai tem uma população de 1,7 milhões de pessoas, não é um número pequeno, por isso devemos pensar em como atrair estes clientes e como fazer com que gastem mais dinheiro”, considerou. Lo Wang Chun apelou ainda às PME para evitarem pessimismos e que adoptem uma nova mentalidade, com novas estratégias de comércio. A título de exemplo, Lo sugeriu uma maior ligação entre as PME e outros fornecedores, para melhor promover os produtos locais, ao mesmo tempo que se deve apostar numa maior diferenciação da oferta para os turistas face às regiões vizinhas de Hong Kong e do Interior.
Nunu Wu SociedadeDavis Fong prevê receitas mensais de pelo menos 20 mil milhões O director do Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da Universidade de Macau, Davis Fong, acredita que as receitas de jogo vão atingir 20 mil milhões de patacas durante todos os meses deste ano. A previsão foi feita pelo ex-deputado em declarações ao Jornal Ou Mun. Em 2024 apenas em Maio e Outubro as receitas do sector ultrapassaram os 20 mil milhões de patacas, porém, Fong acredita que essa barreira pode ser ultrapassada todos os meses. No entanto, alertou que para calcular essa média é preciso considerar os meses de Janeiro e Fevereiro em conjunto, dividindo o montante total por dois, para ter em conta as receitas do Ano Novo Lunar, que se celebra a 29 de Janeiro, e o facto de nos primeiros dias os turistas evitarem viajar, por terem os tradicionais jantares de família. Sobre as metas do Governo, Davis Fong acredita que as receitas podem chegar aos 24 mil milhões de patacas em alguns meses, e podem mesmo aproximar-se mais de 25 mil milhões de patacas em alguns meses. Medidas favoráveis Ao longo do ano, Davis Fong acredita que o mercado do jogo vai ser beneficiado com algumas medidas, como a autorização de mais entradas múltiplas em Zhuhai, o maior número de grandes eventos organizados pelas concessionárias de jogo e até os recentes acidentes aéreos, que podem levar mais pessoas a optar por visitar Macau, em vez de viajarem para outros destinos que requeiram ligações aéreas. Em relação a este último aspecto, Fong indicou que tanto Macau como Hong Kong são destinos que têm todas as condições para beneficiar com um eventual medo de voar por parte dos turistas do Interior. Por outro lado, o académico elogiou as receitas de Dezembro, de 18,20 mil milhões de patacas, por tere, ultrapassado as suas previsões, mesmo num período especial, numa referência não assumida às deslocações oficiais durante a transferência.
Nunu Wu Manchete SociedadeNatalidade | Inquérito confirma pouca vontade de ter filhos Um inquérito da Associação Chinesa para a Promoção da Juventude revela que apenas 38 por cento dos inquiridos deseja ter filhos. Questões financeiras foram as principais razões apontadas para não constituir família. Pouco mais de metade dos jovens ouvidos deseja casar A Chinese Youth Advancement Association [Associação Chinesa para a Promoção da Juventude] realizou um inquérito que revela a baixa vontade dos jovens de constituir família, embora o casamento continua a ser opção para muitos. Os resultados mostram que apenas 38 por cento dos entrevistados desejam ter filhos, 35,91 por cento disseram não querer, enquanto 26,09 por cento ainda não tomou uma decisão. As razões para os jovens não desejarem ter filhos prendem-se com factores económicos: 46,63 por cento diz não conseguir suportar as despesas com cuidados infantis, 55,16 por cento não tem rendimentos suficientes e 37 por cento diz não conseguir suportar a renda da casa. Em relação ao casamento, há ainda vontade dos jovens de o realizar: 55,84 por cento dizem ter esperança em subir ao altar, enquanto 27,85 por cento dizem não querer casar por pressão económica, por já terem um determinado estilo de vida e aversão a responsabilidades conjugais. Mais de metade dos entrevistados defendem que, para escolher uma parceira ou parceiro de vida, olham para semelhantes posturas que possam ter perante a vida, as condições económicas ou a aparência. Além disso, 56,12 por cento dos entrevistados disseram que ainda estão solteiros por não terem encontrado um parceiro ou parceira adequados. Cerca de 46 por cento dos entrevistados dizem sentir nervosismo com a ideia de casar devido às pressões familiares e sociais, e a maioria só admite casar quando tiver capacidade económica e emprego estável. Enquanto isso, 46 por cento dos entrevistados dizem participar em actividades desportivas e competições para fazer amigos. Pedidas medidas O inquérito contou com um total de 1010 respostas válidas de entrevistados entre 18 e 35 anos de idade. Foram também colocadas questões sobre medidas de apoio do Governo para as áreas da família e natalidade. Cerca de 50 por cento dos entrevistados respondeu que não conhecem bem as medidas em vigor. Por outro lado, 37 por cento dos inquiridos entendem que o Executivo não dá apoios económicos suficientes, enquanto 38 por cento confessou que a melhoria dos serviços de cuidados a crianças poderia aumentar a sua vontade de ter filhos. A equipa responsável pelo inquérito considera que o Governo poderia melhorar as políticas nestas áreas e criar novos incentivos à natalidade, nomeadamente o prolongamento do prazo das faltas dadas por motivos de casamento no trabalho, de três dias para uma semana. Já a licença de maternidade poderia aumentar para seis meses, enquanto a licença de paternidade poderia passar a 15 dias. A equipa também sugeriu que o valor do subsídio de casamento aumente de cinco para dez mil patacas, e que o subsídio de nascimento também suba para 20 mil patacas por família. A associação sugeriu também que famílias com baixos rendimentos recebam um subsídio para filhos até aos três anos e que o Governo reduza impostos para famílias com mais filhos.
Nunu Wu Manchete SociedadeFai Chi Kei | Homem atira cutelo para a rua e é detido Um homem foi detido por ter atirado pela janela um cutelo para uma rua movimentada do Fai Chi Kei. Há quase um ano que o CPSP recebia queixas de moradores devido a objectos atirados para a via pública, mas nunca actuou. Tudo mudou depois de um programa da TVB Foi detido na quarta-feira um residente suspeito de atirar um cutelo do edifício onde mora para uma rua movimentada no Fai Chi Kei. Porém, a detenção, levada a cabo por agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), só ocorreu depois de o caso ter sido noticiado na TVB, canal de Hong Kong, no programa “Scoop”, com declarações de uma moradora do mesmo edifício onde reside o suspeito. Segundo um comunicado do CPSP, a investigação ao caso decorreu durante alguns dias e as autoridades apontam como possíveis causas para o comportamento do suspeito de 40 anos questões emocionais ou do foro psicológico. Tudo aconteceu na tarde da passada segunda-feira, no edifício Precious Jade Garden, no bairro do Fai Chi Kei. O homem já tinha atirado vários objectos potencialmente perigosos para a rua, comportamento que motivou a apresentação de queixa à polícia, que apenas deixou um alerta preventivo. Porém, à TVB, a moradora, de nome Eva, criticou o facto de a autoridade nada ter feito durante um ano, período em que decorreram os incidentes que não resultaram em feridos ou danos de maior. “O homem atirou para a rua objectos durante vários dias, a situação foi denunciada várias vezes à polícia, até porque ele chegou a atirar uma tesoura para a rua. A polícia sempre disse que não podia instaurar um processo porque não havia feridos”, queixou-se ao “Scoop”. Durante o programa foram exibidas imagens de videovigilância que mostram uma mulher a passar na rua e a ser quase atingida pelo cutelo atirado pelo suspeito. Queixa na rádio Também outra residente se queixou do comportamento do suspeito, na terça-feira, ao programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. A mulher lembrou que o agente do CPSP destacado para o local apenas disse que não lhe era possível tratar do caso porque não conseguia apurar de onde tinha sido atirado o cutelo. No testemunho prestado à rádio, a ouvinte disse acreditar que o indivíduo atirava objectos para a rua com a intenção de ferir alguém e que “precisa de ter aconselhamento psicológico”.