João Luz Manchete PolíticaJogo | Receitas fiscais até Julho aumentam 3,4% face a 2024 O Governo recolheu mais de 53,37 mil milhões de patacas em impostos sobre jogo nos primeiros sete meses do ano, valor que representou uma subida de 3,4 por cento em termos anuais. Somando todas as receitas fiscais, a RAEM amealhou até Julho quase 62,3 mil milhões de patacas em impostos As receitas dos impostos sobre a indústria do jogo estão a subir. De acordo com dados da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), entre Janeiro e Julho foram recolhidos 53,37 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, montante que significa um aumento de 3,4 por cento face ao mesmo período do ano passado. Em relação a 2024, nos primeiros anos sete meses deste ano foram colectados mais 1,77 mil milhões de patacas às concessionárias de jogo. Em termos mensais, em Julho o Governo amealhou 8,11 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, quantia que representou um aumento de 19 por cento face às receitas fiscais colectadas aos casinos em Julho de 2024. Recorde-se que as concessões estabelecidas para uma década, e que passaram a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2023, fixaram um imposto de 40 por cento sobre as receitas brutas dos casinos do território. Após a revisão orçamental, o Executivo de Sam Hou Fai colocou em 88,56 mil milhões de patacas as estimativas para as receitas fiscais sobre o jogo em 2025. De acordo com os mais recentes dados da DSF, no final de Julho foram amealhados mais de 60 por cento dos impostos sobre o jogo estimados pelo Governo para todo o ano. Além disso, ao longo do ano, os impostos sobre o jogo representaram 86,3 por cento de todas as receitas fiscais apuradas até ao final de Julho. Boas colheitas Em termos de receita bruta acumulada pelos casinos, os primeiros sete meses deste ano registaram um aumento de 6,5 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 140,896 mil milhões de patacas contra 132,348 mil milhões de patacas entre Janeiro e Julho de 2024. Alargando o escopo dos impostos recolhidos em 2025, a DSF revela receitas totais este ano até Julho de quase 62,3 mil milhões de patacas e despesas totais a rondar 50,65 mil milhões de patacas, o que resulta num saldo positivo de 11,63 mil milhões de patacas. Durante o mesmo período do ano passado, as receitas totais do orçamento eram de 61,5 mil milhões de patacas, o que na altura representou um aumento superior a 10 mil milhões face a 2023. Seguindo a trajectória ascendente, o saldo orçamental acumulado nos primeiros sete meses de 2025 é 2,33 mil milhões de patacas superior ao excedente verificado no mesmo período de 2024.
João Luz Manchete SociedadeTuristas | Despesas per capita caem quase 13 por cento Apesar da subida anual de quase 15 por cento do número de turistas que visitaram Macau nos primeiros seis meses do ano, os gastos totais no território, não relacionados com jogo, cresceram apenas 0,2 por cento. A despesa per capita caiu 12,8 por cento no mesmo período, para uma média de 1.970 patacas O aumento do número de turistas que visitou Macau na primeira metade deste ano não se reflectiu na economia fora dos casinos. Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a despesa per capita dos visitantes não relacionada com o jogo (1.970 patacas) registou um decréscimo homólogo de 12,8 por cento. Em termos de origem, os dados da DSEC mostram que os turistas do Interior da China registaram despesas per capita de 2.253 patacas nos primeiros seis meses do ano, valor que representa uma quebra de 14,4 por cento. Porém, o decréscimo mais acentuado verificou-se nos turistas internacionais, com uma quebra de 16,9 por cento (para 1.885 patacas per capita), uma variação negativa com pouco impacto nas contas finais tendo em conta a pequena proporção deste segmento no volume total de turistas. Os visitantes de Hong Kong registaram a despesa per capita mais baixa (940 patacas), uma quebra de 13,4 por cento em termos anuais. Quando analisada a razão para a visita a Macau, os turistas que vieram nos primeiros seis meses do ano ao território para participar em convenções/exposições e para assistir a espectáculos/competições continuaram a registar despesas per capita mais elevadas, com 4.232 patacas e 4.161 patacas, respectivamente. Mar de gente O número de turistas que passou por Macau na primeira metade de 2025 só foi superado entre Janeiro e Junho de 2019, antes da pandemia de covid-19, período em que registou quase 20,3 milhões de visitantes. Apesar da entrada de 19,2 milhões de visitantes no primeiro semestre deste ano, (uma subida anual de 14,9 por cento), as despesas totais realizadas no território apenas aumentaram 0,2 por cento, para cerca de 37,86 mil milhões de patacas. Neste capítulo, a DSEC salienta que a despesa total dos excursionistas (7,85 mil milhões de patacas) aumentou 7 por cento, porém, a dos turistas (30,01 mil milhões de patacas) desceu 1,4 por cento. Porém, a evolução da despesa total melhorou entre o primeiro e o segundo trimestre, tendo em conta que no último período a DSEC registou uma subida de 4,6 por cento para um total de 18,25 mil milhões de patacas entre Abril e Junho. Durante este período de tempo, tanto as despesas totais não-jogo de excursionistas (3,61 mil milhões de patacas) aumentaram 5,5 por cento, como de turistas (14,64 mil milhões de patacas) subiram 4,4 por cento em termos anuais, graças ao aumento significativo de turistas que visitaram Macau. Ainda assim, no segundo trimestre de 2025, a despesa per capita dos visitantes acompanhou a tendência negativa com uma quebra anual de 12,3 por cento. A DSEC destaca que “a despesa per capita dos turistas (3.663 patacas) e a dos excursionistas (673 patacas) baixaram 2,1 e 19,3 por cento, respectivamente”.
João Luz Manchete SociedadeComércio | Volume de pagamentos electrónicos caiu mais de 10% Nos primeiros seis meses deste ano, o volume de transacções feitas através de pagamentos electrónicos caiu 10,2 por cento, face à primeira metade do ano passado, para um total de 25,05 mil milhões de patacas, segundo dados revelados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A maior descida verificou-se no ramo das quinquilharias e mercadorias de armazéns, com a descida das compras com uso aplicações móveis a ser de quase 18 por cento. Lojas de artigos de couro e comércio de relógios e joalharia ocuparam os restantes lugares no pódio negativo, com quebras de 11,9 e 10,3 por cento, respectivamente. Os únicos dois ramos analisados pela DSEC que registaram subidas anuais no primeiro semestre nos pagamentos electrónicos foram os supermercados (1,5 por cento) e farmácias (7,7 por cento). No mesmo período, o sector da restauração seguiu o percurso inverso, com a subida dos pagamentos electrónicos de 3,1 por cento, para um total de 6,75 mil milhões de patacas. Importa referir que o sector do comércio a retalho tem um volume de negócios quase quatro vez superior à restauração. Os restaurantes que registaram maior subida de transacções através de meios electrónicos foram os de comida rápida (fast food).
João Luz Manchete PolíticaMetro | Nick Lei diz que inundações afectam confiança do público Nick Lei acha que as inundações que se verificaram em estações do Metro Ligeiro durante as intensas chuvadas das últimas semanas afectaram a confiança da população na qualidade da construção das estruturas. O deputado pediu ao Governo e à empresa do Metro Ligeiro para esclarecerem o que se passou e resolver os problemas que originaram vídeos nas redes sociais Nas últimas semanas, foram publicadas nas redes sociais vídeos que mostravam estações de Metro Ligeiro totalmente alagadas e infiltrações nas coberturas que criavam autênticos chuveiros. Nick Lei pediu ao Governo e à empresa Metro Ligeiro de Macau que clarifiquem o que se passou e resolvam os problemas que levaram às inundações o mais rapidamente possível. Segundo o deputado ligado à comunidade de Fujian, os problemas de infiltrações e falta de impermeabilidade das coberturas afectou a confiança do público na qualidade da construção das estações. Além disso, como a rede do Metro Ligeiro está em expansão, o legislador pede que seja feita uma revisão à qualidade dos materiais. Para tal, pede a realização de testes rigorosos à capacidade de resistir a chuvadas em todas as estações novas, e às soluções para lidar com inundações e salvaguardar a segurança do público. Em declarações ao jornal Cidadão, o deputado reiterou que esta não foi a primeira vez que estações do Metro Ligeiro inundaram. Já no ano passado, surgiram imagens e queixas de residentes sobre a entrada de água através das coberturas que deveriam proteger as plataformas de embarque. Além disso, Nick Lei realça que a empresa que gere o transporte fez reparações no passado e que, ainda assim, os problemas voltaram a surgir levantando ainda mais questões sobre a qualidade da construção e a sua manutenção. A resposta da Metro Ligeiro de Macau também não descansou o deputado, que acusa a empresa de fugir às questões afirmando apenas que foram escolhidos materiais e equipamentos à prova de água para as instalações das estações. Metros e litros Face às inundações e queixas do público, a empresa afirmou que iria intensificar os esforços para limpar a água acumulada nas áreas das estações durante os dias chuvosos e colocaria sinais de aviso para alertar os passageiros. O deputado da bancada parlamentar de Fujian considera que esta resposta não é suficiente, e que se mantém o risco de quedas nas estações do Metro Ligeiro. Como tal, instou os departamentos públicos responsáveis e a empresa a “realizarem uma revisão completa, esclarecerem a causa do problema e resolvê-lo o mais rápido possível”. O deputado salienta também que recentemente a Linha da Taipa apresentou falhas por duas vezes e em que em nenhuma das circunstâncias a empresa que gere o transporte emitiu comunicados a explicar o que se passou. A resolução dos problemas nas estruturas deve ser solucionada o mais rapidamente possível, tendo em conta o aumento de passageiros que usam o Metro Ligeiro. Nick Lei salienta que entre Janeiro e Outubro do ano passado, aproximadamente 13.600 passageiros utilizaram o transporte diariamente e, desde que as linhas de Seac Pai Van e Hengqin abriram, esse número tem aumentado. Entre Janeiro e Julho deste ano, a média diária de passageiros subiu para 24.000. Em relação à conectividade na rede de transportes públicos de Macau, Nick Lei sugeriu que o Governo aproveite o fim das concessões com as operadoras de autocarros, no próximo ano, para negociar medidas de transferência com o Metro Ligeiro que beneficiem os passageiros e façam com que o Metro Ligeiro seja o principal transporte, enquanto os autocarros são complementares.
João Luz Manchete SociedadeEconomia | Falências batem recorde de dez anos Na primeira metade de 2025, foram criadas menos empresas, ao mesmo tempo que se registaram mais falências nos últimos dez anos. Apesar do recorde negativo, no primeiro semestre, continuaram a ser constituídas mais empresas do que as que foram dissolvidas Nos primeiros seis meses deste ano, foram constituídas 2.020 empresas e dissolvidas 469, o que representou um crescimento líquido de 1.551 empresas. Segundos dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) na quarta-feira, o capital social das empresas criadas na primeira metade de 2025 fixou-se em 303 milhões de patacas. Apesar do saldo positivo entre empresas criadas e dissolvidas, no primeiro semestre deste ano as 469 falências registadas bateram o recorde dos últimos dez anos. Segundo dados avançados pela TDM – Rádio Macau, as falências no primeiro semestre de 2025 aumentaram 5 por cento face aos primeiros seis meses do ano passado, quando foram dissolvidas 445 empresas. O cenário fica mais negro comparando com os números de 2023, com o aumento de um quarto das falências, quando foram dissolvidas 376 empresas. A emissora pública realça também que na última década, apenas em dois anos faliram menos de 400 empresas no primeiro semestre. As estatísticas divulgadas pela DSEC mostram ainda que isolando o segundo trimestre deste ano foram constituídas 1.107 sociedades, “a maior parte destas pertencia ao ramo de actividade económica do comércio por grosso e a retalho (380) e ao ramo dos serviços prestados às empresas (326)”. Entre Abril e Junho, foram extintas 283 empresas, o que representou um crescimento líquido do número de sociedades de 824, mais 97 face aos primeiros três meses de 2025. Baixa natalidade O primeiro semestre deste ano, acumulou outro recorde dos últimos 10 anos, além das falências. Na última década, o primeiro semestre de 2025 foi aquele em que foram constituídas menos empresas. As 2.020 empresas criadas no período em análise representaram uma quebra anual de 12 por cento, uma vez que nos primeiros seis meses de 2024 foram criadas 2.296 sociedades. Pelo menos desde 2016 que não eram registadas tão poucas empresas, com a tendência decrescente no primeiro semestre a ser a tónica dominante dos últimos três anos. Porém, o fosso é ainda maior quando a comparação é feita com os anos antes da pandemia. Nos primeiros seis meses de 2019, foram criadas 3.278 empresas, mais 1.258 do que no primeiro semestre de 2025. Apesar do declínio do tecido empresarial de Macau, verificado nos números de falências e criação de sociedades, nos últimos dez anos o saldo positivo entre os dois factores foi uma constante, ou seja, foram sempre constituídas mais empresas do que dissolvidas.
João Luz Manchete SociedadePJ | Pelo menos 18 vítimas burladas em quase 28 milhões de patacas A Polícia Judiciária voltou ontem a alertar o público para se manter vigilante em relação a burlas, no mesmo comunicado em que revela ter recebido queixas de, pelo menos, 18 vítimas desfalcadas em quase 28 milhões de patacas. Promessas de amor e investimentos com ganhos avultados continuam a seduzir os residentes A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um novo aviso a apelar à atenção da população para burlas, ao mesmo tempo que revelou a continuação de vítimas e de desfalques avultados. No passado dia 8 de Junho, “a PJ emitiu um aviso alertando o público para estar atento a esquemas fraudulentos de investimento, comumente conhecidos como ‘burla do abate do porco’”, contextualizam as autoridades. “No entanto, posteriormente”, a PJ “recebeu denúncias de, pelo menos, 18 vítimas que relataram ter sido enganadas usando tácticas semelhantes, com perdas totais superiores a 27,89 milhões de patacas”. As autoridades recordam que nestes esquemas os burlões utilizam as redes sociais para se familiarizarem com as vítimas, chegando mesmo a estabelecer relações amorosas. Outro método frequente, é a publicação, também nas redes sociais, de anúncios falsos de investimento em acções, metais preciosos e criptomoedas, com o objectivo de atrair clientes para contactos directos em grupos de WhatsApp. Depois de ganhar a confiança da vítima, através de conversas em que os burlões se fazem passar por especialistas em investimentos, são “oferecidas” carteiras de investimento de “elevado retorno e baixo risco” para persuadir as vítimas a investir através de plataformas fraudulentas. Segundo a PJ, alguns chegam mesmo a afirmar que as plataformas são automatizadas utilizando ferramentas de inteligência artificial, enfatizando que as vítimas só precisam de investir dinheiro para obter lucros facilmente. A engorda do porco Depois de cair no esquema, as vítimas seguem as instruções dos burlões e depositam dinheiro para várias contas bancárias de Hong Kong para investir. Num primeiro instante, as pessoas são iludidas com os saldos na plataforma falsas onde “verificam” os elevados retornos dos primeiros investimentos, e é aí que o golpe se efectiva, com o investimento de grandes quantias de dinheiro. O primeiro choque com a realidade é no momento em que as vítimas pretendem levantar o dinheiro. Nessa altura, são solicitadas a pagar uma comissão para aceder aos fundos. De acordo com a PJ, é por essa altura que as vítimas acabam por apresentar queixa às autoridades. A PJ ontem divulgou os nomes de grupos de WhatsApp, aplicações e plataformas de investimento falsas que têm desfalcado residentes. Os grupos de WhatsApp identificados pelas autoridades são INSTINET Data Think Tank, INSTINET, Advanced Strategy Sharing Classroom, INSTINET Intelligent Navigator, K5’s smart stock identification, TP-ROBOT e GC TRADE PRO. As aplicações móveis para investimento referidas pela PJ são a INST-SI, INST-SIKK, AOT-SIGEMA e TOKENPOCKET, enquanto plataformas de investimento avançadas foram sites falsos da CITIC Securities, Douyin Charity e Junsheng Holdings.
João Luz Manchete SociedadeResidências médicas | Abertas inscrições para 79 vagas Abrem hoje inscrições para os exames de residência médica para 33 especialidades. Das 79 vagas disponíveis, 29 serão para formar quadros clínicos do Hospital Conde de São Januário e 28 para o Hospital das Ilhas. As especialidades incluem cardiologia, psiquiatria, medicina interna, medicina familiar e geriatria O Governo anunciou ontem oficialmente a abertura do concurso para avaliar “competências integradas médicas, para a admissão à residência médica” de 79 profissionais que vão reforçar os quadros clínicos dos hospitais do território. Os parâmetros do concurso foram ontem divulgados no Boletim Oficial, numa publicação assinada pelo director dos Serviços de Saúde Alvis Lo. As inscrições abrem hoje e os interessados podem candidatar-se até 18 de Agosto ao concurso da responsabilidade da Academia Médica. Os candidatos qualificados admitidos no programa de residência vão receber seis anos de formação sistemática no local de trabalho em instituições de saúde públicas, privadas e comunitárias em Macau, consistindo em dois anos de formação básica e quatro anos de formação avançada. As 79 vagas para residências médicas vão repartir-se em 33 especialidades, incluindo 10 cirurgiões, mas também médicos de cardiologia, psiquiatria, medicina interna, medicina familiar e geriatria. Entre as quase oito dezenas de vagas, apenas três são para médicos de psiquiatria (todos para o Hospitalar Conde de São Januário) Os dois pólos Entre as vagas que vão abrir para residências médicas, 29 irão reforçar o quadro clínico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, 28 no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, sete no Hospital Kiang Wu, duas em Saúde Pública no Centro de Prevenção e Controlo de Doenças e 13 em Medicina Familiar no Departamento de Cuidados de Saúde Comunitários. Segundo um comunicado publicado ontem pelos Serviços de Saúde, o concurso para residências médicas resultou do trabalho do Conselho de Especialidades da Academia Médica de Macau, que tomou posse em Março. O organismo liderado por Alvis Lo promete que continuará a desenvolver “o acesso à residência médica, a fim de preparar a reserva de talentos das diferentes especialidades e elevar o nível geral dos serviços médicos de Macau”. O Governo compromete-se também em aprofundar a cooperação com instituições de formação, e optimizar a alocação de recursos de formação e aumentar as vagas para mais formandos, com o objectivo de criar uma “plataforma de desenvolvimento profissional mais ampla para os jovens médicos de Macau”.
João Luz Manchete PolíticaCooperação | Convidadas empresas de Hong Kong para Hengqin O Chefe do Executivo de Hong Kong visitou Macau e “trocou impressões de forma aprofundada” com Sam Hou Fai para “reforçar ainda mais a cooperação”. O governante da RAEM reiterou a John Lee a importância de Hengqin no projecto da Grande Baía e convidou empresas de Hong Kong para a zona de cooperação aprofundada Uma comitiva do Governo de Hong Kong, liderada pelo Chefe do Executivo John Lee Ka-chiu, visitou Macau e Hengqin na terça-feira à tarde e teve um encontro com uma equipa de representantes do Executivo da RAEM. Segundo o Gabinete de Comunicação Social (GCS), Sam Hou Fai e John Lee “trocaram impressões de forma aprofundada sobre reforçar ainda mais a cooperação entre as duas regiões”, em áreas como o turismo, o “desenvolvimento de alta qualidade da Grande Baía” e “novas oportunidades” em Hengqin. O líder do Governo de Macau levou John Lee e membros do seu Executivo numa visita a Hengqin, que identificou como uma “plataforma importante da participação de Macau no desenvolvimento integrado da Grande Baía e da promoção da diversificação adequada da economia”. Nesse aspecto, Sam Hou Fai “sublinhou ser bem-vinda a participação de mais empresas de Hong Kong” em Hengqin, de modo a “agarrarem em conjunto novas oportunidades da segunda fase da Zona de Cooperação, para partilhar os benefícios do desenvolvimento de alta qualidade”. Se tu o dizes Em comunicados separados, ambos os governos salientaram que Hong Kong e Macau também são regiões administrativas especiais da China que, ao longo dos anos, têm aproveitado plenamente as vantagens únicas de “Um País, Dois Sistemas”, que o Executivo da RAEM refere ter “alcançado êxitos no desenvolvimento mundialmente notáveis”. Sam Hou Fai indicou ainda que Hong Kong e Macau também são cidades centrais da Grande Baía e motores nucleares do desenvolvimento regional. Em termos turísticos, o governante da RAEM sugeriu que as duas regiões deviam aproveitar a experiência dos Jogos Nacionais e realizar mais eventos desportivos em conjunto para “atraírem mais e diferentes turistas a visitarem Hong Kong, Macau e toda a Grande Baía”. Nesta área, Sam Hou Fai defendeu que as duas regiões devem “continuar a reforçar a conectividade da rede de transportes para proporcionar maior facilidades aos residentes e turistas que circulam entre os dois territórios”, e apostar na promoção de itinerários “multi-destinos”.
João Luz Manchete SociedadePatrimónio | Pedida acção ao Governo na gestão de edifícios Na sequência dos estragos provocados pelo tufão Whipa, o ex-conselheiro do IAM Chan Pou Sam entende que o Governo deveria assumir uma posição forte na gestão e manutenção de edifícios antigos ou interesse histórico. O responsável defende que o modelo de Kaiping seja seguido em Macau no Pátio do Espinho A passagem do primeiro tufão que levou à emissão do sinal 10 de alerta, o Whipa, levou o presidente honorário da Associação de Promoção de Vida Social e Bem-Estar da População de Macau, Chan Pou Sam, a alertar para a necessidade de mudar leis e regulamentações para garantir a integridade dos edifícios da cidade, em especial dos mais antigos e de interesse patrimonial. Em declarações ao jornal Cidadão, o ex-membro do conselho consultivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) deu como exemplos os danos em fachadas de prédios, como o novo e luxuoso Nova Grand, na Taipa, mas também o colapso de uma parede numa casa antiga no Pátio do Espinho. O responsável considera que o Governo deve melhorar os regulamentos que regem os edifícios privados, clarificar o estatuto legal dos proprietários, obrigar inspecções e reparações de edifícios e aumentar os subsídios para a manutenção dos edifícios e impulsionar uma atitude proactiva na defesa da integridade dos prédios. Chan Pou Sam refere que muitos proprietários têm idade avançada, não possuem instrução e não compreendem as leis e regulamentos sobre a manutenção de edifícios mais antigos. A situação agrava-se em prédios em que os direitos de propriedade não são claros, e que não têm associações de condóminos ou qualquer organização que trate da manutenção do prédio. Como tal, o dirigente considera essencial que o Executivo assuma um papel mais interventivo na defesa da integridade do parque urbano da cidade. Espinho encravado De acordo com os dados oficiais, existem aproximadamente 4.800 edifícios em Macau com mais de 30 anos, sendo que mais de 3.500 destes edifícios têm menos de sete andares e estão localizados em bairros antigos. Desta última amostra, cerca de 1.700 têm estruturas envelhecidas, portas e janelas em mau estado, falta de protecção contra incêndios, canalização e redes eléctricas antigas e saneamento precário. Além dos prédios que constituem um risco para a segurança pública, Chan Pou Sam salienta a degradação das casas do Pátio do Espinho (nas traseiras das Ruínas de São Paulo), um local com uma história de mais de 400 anos, que merece ser preservado por constituir uma memória física das “raízes e alma” de Macau. Uma vez que as propriedades e gestão dos imóveis permanecem inalteradas, o responsável acha que o Governo deveria assumir a responsabilidade pela conservação e revitalização das casas no Pátio do Espinho, seguindo o exemplo do modelo adoptado nas aldeias de Kaiping e Diaolou, em Jiangmen. Importa referir que Chan Pou Sam tem assumido cargos de direcção em associações ligadas à comunidade de Jiangmen e foi o conselheiro do IAM que sugeriu uma consulta pública para retirar os “nomes colonialistas” das ruas de Macau. Na altura, o Executivo liderado por Chui Sai On, no final do seu segundo mandato, não acedeu à sugestão.
João Luz Manchete PolíticaConcessionárias | Pedido aumento de licença de maternidade Song Pek Kei quer que o Governo incentive as concessionárias de jogo a aumentar os dias de licença de maternidade e de férias anuais. A deputada, ligada à comunidade de Fujian, vinca a boa performance financeira do sector e que a expansão dos direitos laborais é o factor mais importante para a felicidade dos cidadãos Seguindo a tendência de bons resultados de receitas, as concessionárias de jogo de Macau devem tomar a dianteira no alargamento dos direitos laborais na RAEM. A ideia é defendida pela deputada Song Pek Kei, numa interpelação escrita em que pede ao Governo para incentivar as empresas que gerem casinos a aumentar os dias da licença de maternidade e de férias anuais. A legisladora salienta que as seis concessionárias “sempre desempenharam um papel de liderança em termos de medidas amigáveis e de apoio à família dos trabalhadores” e que agora é altura ideal para aumentar a licença de maternidade e as férias anuais, políticas que estão a ser estudadas pelo Executivo de Sam Hou Fai. A recuperação económica conseguida pelas empresas do jogo é outro aspecto que torna o alargamento dos direitos laborais uma medida oportuna. Outro aspecto que Song Pek Kei gostaria de ver consagrado contratualmente pelas concessionárias de jogo e empresas dos resorts integrados diz respeito à licença de acompanhamento de familiar em caso de doença, um direito que é salvaguardado na Função Pública. “Se o Governo aplica o regime das faltas dadas por motivo de doença de familiares de trabalhadores da Função Pública, porque não incentiva as seis empresas integradas de turismo e lazer a adoptar a mesma licença para que os seus trabalhadores possam equilibrar de melhor forma trabalho e família”, questiona Song Pek Kei. A busca da felicidade Para concretizar o objectivo de construir uma “Macau feliz”, a deputada considera que a garantia e a alargamentos dos direitos laborais é essencial. Nesse sentido, uma das formas de aumentar a felicidade pode passar por flexibilizar o sistema de trabalho por turnos nas empresas de jogo, de “forma razoável e científica”. “O Executivo deve incentivar as empresas do jogo a melhorarem as disposições de trabalho por turnos e aumentarem a flexibilidade na gestão dos turnos, seguindo uma lógica de medidas favoráveis à família e à melhoria do ambiente de trabalho”, defende a deputada.
João Luz Manchete PolíticaUm País, Dois Sistemas | Sam diz que princípio está numa nova fase O Chefe do Executivo indicou que o princípio “Um País, Dois Sistemas” entrou, outra vez, numa nova fase devido a “mutações drásticas e complexas” com que Macau se debate na “conjuntura interna e externa”. Sam Hou Fai realçou a evolução do princípio no discurso do aniversário da função do Exército de Libertação do Povo “Presentemente, grandes mudanças, inéditas nos últimos cem anos, estão a acelerar a evolução do mundo, e o mundo entrou num novo período de turbulência e mudanças. Macau debate-se com as mutações drásticas e complexas que se verificam na conjuntura interna e externa e a prática de ‘Um País, Dois Sistemas’ também entrou numa nova fase.” Foi desta forma que Sam Hou Fai fechou o discurso por ocasião da recepção comemorativa do 98.º aniversário do estabelecimento do Exército de Libertação do Povo (ELP), na sexta-feira. O governante garantiu que, em conjunto com a guarnição do ELP, o Executivo irá “persistir no caminho certo” e “escrever novos capítulos de desenvolvimento de alta qualidade da causa ‘Um País, Dois Sistemas’”. O anúncio da entrada numa nova fase do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ tem sido uma constante nos últimos anos, assim como a referência a “grandes mudanças, inéditas nos últimos cem anos”, que abrem portas a “períodos de turbulência”. O Chefe do Executivo prometeu que o seu Governo “continuará, como sempre, a manter a estreita ligação e a sincera cooperação com a Guarnição em Macau, a unir e liderar os compatriotas de Macau para valorizar ainda mais, e salvaguardar com empenho, a estabilidade e a harmonia sociais, nada fáceis de alcançar”. Quase um século Sam Hou Fai relembrou que, ao longo dos noventa e oito anos, o “honroso e grandioso Exército de Libertação do Povo Chinês, sempre norteado pelos ideais nobres e convicções firmes, tem acompanhado a evolução dos tempos com empenho e espírito inovador, honrando a tradição gloriosa com a conduta de excelência”. “O Exército cresce enquanto combate, inova enquanto guarda e transmite a tradição, e progride na construção de causas. Estreitamente alinhado com os passos do desenvolvimento da pátria e do povo, realizou grandes conquistas históricas, que o tornam numa força firme para salvaguardar a paz mundial”, acrescentou o Chefe do Executivo. Sam Hou Fai destacou também o objectivo do ELP definido “sob a orientação do pensamento de Xi Jinping”, que é “transformar as forças armadas do povo em forças de classe mundial que obedeçam ao comando do Partido, possam lutar e vencer e mantenham uma conduta excelente” Além disso, o Chefe do Executivo referiu que desde o estacionamento em Macau, o ELP “tem sempre persistido na defesa da soberania, da segurança e dos interesses do desenvolvimento do país, na implementação abrangente e precisa dos princípios ‘Um País, Dois Sistemas’ e “Macau governada pelas suas gentes” com alto grau de autonomia, e na observância escrupulosa da Lei Básica, da Lei do Estacionamento de Tropas”.
João Luz Manchete PolíticaDSAT | Dez anos depois, Lam Hin San deixa o cargo de director Lam Hin San abandonou o cargo de director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, depois do mandato ter terminado na terça-feira. Ontem, o secretário Raymond Tam subdelegou competências no director substituto Chiang Ngoc Vai, que surge nos websites do Governo no topo da hierarquia da DSAT Lam Hin San já não é o director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAL) depois de o seu mandato ter expirado na passada terça-feira. Após o nome ter sido retirado dos sites oficiais do Governo e da DSAT, agora no topo da hierarquia do organismo surge o director substituto Chiang Ngoc Vai, enquanto Lei Veng Hong continua identificado como subdirector. Para já, o Governo ainda não oficializou uma nomeação para o cargo cimeiro da DSAT. Porém, publicações no Boletim Oficial de ontem dão pistas sobre as alterações na chefia da direcção de serviços. Nos extractos, surge uma declaração do próprio Lam Hin San a anunciar que “cessou, automaticamente, a seu pedido, no termo do seu prazo, a comissão de serviço como director destes Serviços” a partir de 22 de Julho de 2025. Além disso, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man, publicou ontem um despacho no Boletim Oficial a subdelegar competências de chefia no director, substituto, Chiang Ngoc Vai. Década cheia Lam Hin San foi nomeado por Raimundo do Rosário para começar a exercer o cargo de director da DSAT exactamente 10 anos antes da cessão da comissão de serviço, no dia 22 de Julho de 2015. Na altura em que ascendeu à liderança da direcção de serviços, Lam contava no currículo com duas licenciaturas (Engenharia Civil e Direito em Língua Chinesa), dois mestrados (Engenharia Civil e Gestão de Administração Pública) e uma pós-graduação em Construção de Aeroportos. Profissionalmente, Lam Hin San foi subindo na hierarquia da Autoridade de Aviação Civil, onde trabalhou durante 20 anos, até ser nomeado para a DSAT. Durante o tempo que passou à frente da DSAT, Lam Hin San sofreu alguma contestação e passou por alguns episódios polémicos. Em Junho 2018, quando ainda eram autorizadas manifestações em Macau, vários milhares de pessoas partiram do Jardim Vasco da Gama em direcção à Sede do Governo para exigir a demissão de Lam Hin San e de Raimundo do Rosário devido ao aumento das multas de estacionamento. Na altura, Pereira Coutinho defendia a demissão de Raimundo do Rosário e de Lam Hin San. “Ambos deviam sair dos cargos. Se não conseguem sentir o pulso da população e gostam de ser ditadores, é melhor pedirem a demissão e fazer algo diferente, porque nestes cargos não conseguem resolver os problemas dos cidadãos”, vincou o deputado. A polémica mais recente surgiu com um relatório do Comissariado de Auditoria, onde a DSAT foi acusada de permitir que a Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau circulasse com menos veículos do que os definidos no contrato de concessão. Além disso, apesar das falhas terem sido verificadas, a DSAT perdoou duas vezes a aplicação de sanções à concessionária pelo não cumprimento das obrigações contratuais. Também desta feita, o número dois da lista desqualificada às legislativas liderada por Ron Lam, Johnson Ian deu eco às críticas publicadas online e referiu que a responsabilização de Lam Hin San era um teste político para o novo Governo de Sam Hou Fai.
João Luz Manchete PolíticaEleições | Associação diz que desqualificações evitam o caos O presidente da Associação Choi In Tong Sam, da orbita da FAOM, afirmou que sem desqualificações nas eleições legislativas Macau entraria num estado caótico pior do que Hong Kong. A mesma associação teve Ron Lam como vice-presidente durante dois mandatos. Actualmente, Leong Sun Iok e Ella Lei fazem parte da direcção da Choi In Tong Sam As desqualificações das eleições legislativas de 14 de Setembro foram tema de conversa no programa matinal Fórum Macau de terça-feira, do canal chinês da Rádio Macau, que teve como oradores Vong Kuoc Ieng, vice-presidente da Associação de Educação de Macau e presidente da Associação Choi In Tong Sam e Joaquim Vong Keng Hei, filho do deputado Vong Hin Fai. Um ouvinte, de apelido U, defendeu que sem a desqualificação de candidatos das eleições para a Assembleia Legislativa, Macau poderia entrar numa fase de caos, também fomentada pelo panorama internacional. Como tal, seria um risco ter em cargos de poder elementos não patriotas. Vong Kuoc Ieng concordou com o ouvinte e acrescentou que devido à pequena dimensão de Macau, o território não conseguiria resistir a um nível de turbulência que se verificou em Hong Kong. Caos que concorda ter sido evitado com as desqualificações, incluindo de Ron Lam que foi vice-presidente da Associação Choi In Tong Sam, da esfera associativa da Federação das Associações dos Operários de Macau. Ron Lam fez parte dos quadros da primeira e segunda direcção da associação, com mandatos anteriores à tomada de posse de Vong Kuoc Ieng. Hoje em dia, os deputados Lam Lon Wai, Leong Sun Iok e Ella Lei também fazem parte da direcção da Choi In Tong Sam. Durante a sua participação, o mesmo ouvinte realçou que “além de amar a pátria e Macau, é necessário aprender a não fazer amizade com pessoas nocivas”. Harmonia total Vong Kuoc Ieng indicou ainda esperar que as eleições decorram de forma justa e imparcial, que a votação seja íntegra e que os deputados respeitem o princípio de Macau governado por patriotas e defensores dos interesses gerais do país e do desenvolvimento estável. Um outro ouvinte, de apelido Chan, afirmou compreender e a apoiar a decisão de desqualificar candidatos, mas questionou as razões para as desqualificações por incluírem um actual deputado da Assembleia Legislativa. Chan perguntou ainda se a desqualificação de Ron Lam não terá sido motivada pelas críticas frequentes ao Governo “Nesta legislatura, os discursos do deputado focaram temas relacionados com o bem-estar da população, incluindo o trânsito, emprego e economia. Será que no futuro as críticas ao Governo podem resultar em desqualificação”, questionou o ouvinte. Tanto Vong Kuoc Ieng, como Joaquim Vong Keng Hei, filho do deputado Vong Hin Fai, não concordam que criticar o Governo provoque desqualificação. “A minha percepção é que esta desqualificação não tem nada a ver com as críticas frequentes ao Governo. Muitos críticos acérrimos do Governo foram aprovados pelo mecanismo de verificação da capacidade para a participação nas eleições”, apontou Joaquim Vong.
João Luz Manchete SociedadeCCAC | Subornos têm diminuído significativamente O Comissariado contra a Corrupção indicou que “nos últimos anos”, as situações de abuso de poder e subornos têm diminuído significativamente. O órgão liderado por Ao Ieong Seong salienta que os casos actuais são mais violações de deveres gerais, como falsificação de registos de assiduidade “Com os esforços envidados ao longo dos anos, o número de casos típicos de corrupção nos serviços públicos envolvendo situações de abuso de poder para receber subornos tem diminuído significativamente nos últimos anos”, indicou a directora dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), Leong Weng In, citando o Comissariado contra a Corrupção (CCAC). A redução dos casos que envolveram abuso de poder e subornos é atribuída ao combate rigoroso ao fenómeno, assim como às acções de sensibilização levadas a cabo pelo CCAC para mudar mentalidades na Função Pública, é indicado numa resposta a interpelação do deputado Nick Lei pela directora dos SAFP. Leong Weng In cita o CCAC numa análise aos tipos mais frequentes de infracções nos dias de hoje. “Actualmente, os casos relacionados com os trabalhadores dos serviços públicos estão relacionados principalmente com a violação dos deveres gerais a que os mesmos estão sujeitos, tais como casos de falsificação de registos de assiduidade e de acumulação ilegal de funções, o que demonstra que os respectivos trabalhos têm alcançado resultados positivos”, é indicado. Bom comportamento Para acompanhar a evolução do tipo de infrações cometidas com maior frequência, o CCAC ajustou o conteúdo das acções de sensibilização “em função da tendência”. “O CCAC tem chamado continuamente também a atenção dos mesmos, no âmbito da formação, para a importância de uma conduta ética”, é indicado por Leong Weng In. A directora dos SAFP salienta mesmo que, depois de serem detectadas infrações, “muitos serviços públicos convidam, por sua iniciativa o CCAC”. O combate à corrupção é um processo contínuo e de longo prazo, que tem de ser encarado com atitude pragmática e realista de forma a poder dar resposta eficaz às minhas tendências de infrações, é ainda referido.
João Luz Manchete PolíticaMaternidade | “Entidade independente” estuda aumento de licença O Governo incumbiu uma “terceira entidade independente” de elaborar um estudo sobre o aumento da licença de maternidade e das férias anuais. Em cinco meses, a DSAL fez quase 900 inspecções de combate ao trabalho ilegal, que resultaram na punição de apenas três entidades patronais O secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, já tinha indicado que o Governo estava a trabalhar no ajuste do número de dias de licença de maternidade e férias anuais numa sessão plenária da Assembleia Legislativa. A aceleração do processo foi confirmada pelo director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, que revelou que o Governo encomendou uma terceira entidade independente para proceder a um inquérito e estudo sobre o aumento dos padrões laborais, nomeadamente à questão do aumento dos dias da licença de maternidade, actualmente fixado em 70 dias, e das férias. A lei de Macau estabelece o número de férias anuais remuneradas em seis dias, regra que não muda há quatro décadas e que muitas empresas ignoram com contratos mais generosos para os trabalhadores. Os funcionários públicos gozam de 22 dias de férias remuneradas. Porém, o director da DSAL salienta a necessidade de “chegar a um consenso entre as partes dos empregadores e dos trabalhadores”, através do Conselho Permanente de Concertação Social (CPCS). Para tal, “tendo em conta que a revisão da legislação no domínio do trabalho envolve vários factores sociais”, o Executivo realça que é preciso “considerar os interesses gerais de Macau” e realizar uma consulta pública. O ponto de situação sobre a reforma das leis laborais foi adiantado pelo director da DSAL em resposta a uma interpelação escrita de Leong Hong Sai. Muita parra Um dos temas incontornáveis quando se fala de mercado e leis laborais em Macau é a questão dos trabalhadores não-residentes (TNR). O deputado dos Moradores não deixou passar a oportunidade para pedir o aperfeiçoamento da fiscalização a irregularidades envolvendo TNR. Nesse aspecto, Chan Un Tong indicou que entre Janeiro e Maio deste ano, a DSAL fez um total de 874 inspecções, que resultaram na aplicação de sanções administrativas a 856 pessoas devido a trabalho ilegal “(incluindo “exercício de funções em local/ para empregador diferentes do autorizado”, “exercício de funções alheias às autorizadas”, trabalhador ilegal e trabalho por conta própria)”. Porém, apesar das quase 900 inspecções realizadas, apenas três entidades empregadoras foram “punidas com sanções acessórias”, como a revogação de autorizações de contratação respeitantes a 10 trabalhadores não-residentes. Os três empregadores ficaram também impedidos, por seis meses, de pedirem novas autorizações de contratação de TNR. A questão das “horas extraordinárias voluntárias” e do direito ao descanso foi também mencionado. O director da DSAL recordou que a lei define que o período normal de trabalho não pode exceder 48 horas por semana, sendo este número de horas apenas o limite máximo semanal do período normal de trabalho. Contudo, a lei abre a hipótese de acordo entre empregador e trabalhador para o tempo de serviço, “devendo o empregador assegurar ao trabalhador 10 horas consecutivas de descanso por dia, num total não inferior a 12 horas”.
João Luz Manchete SociedadePME | Pedidos empréstimos no valor de 1,1 mil milhões Em pouco menos de três meses, foram aprovados 433 empréstimos com juros bonificados a PME, num valor de 1,1 mil milhões de patacas e bonificações de 130 milhões de patacas. A adesão ao plano para reforçar o fluxo de capitais do tecido empresarial pode ser requisitada até 22 de Abril de 2026 Desde que foi lançado, a 22 de Abril deste ano, até à passada quarta-feira, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) recebeu um total de 581 pedidos de bonificação de juros ao abrigo do Plano de Bonificação de Juros de Créditos Bancários para as Pequenas e Médias Empresas (PME) 2025, dos quais 433 foram aprovados. A informação divulgada ontem pela DSEDT, de acordo com dados fornecidos pelo sector bancário, revela ainda que os empréstimos envolveram créditos bancários no valor de cerca de 1,1 mil milhões de patacas e bonificações no valor de 130 milhões de patacas. Comparando com outras edições do plano de empréstimos com juros bonificados a PME, a adesão é significativamente mais baixa. No primeiro plano de empréstimos foi lançado no início da pandemia, a 17 de Março de 2020, em três meses o Governo injectou cerca de 4,3 mil milhões de patacas na PME em juros bonificados. No mesmo período de três meses, foram recebidos 3.944 pedidos, dos quais 3.272 foram aprovados. Na edição do plano lançada em 2022, e que se prorrogou até Julho de 2023, o montante de créditos bonificados foi cerca de 4,52 mil milhões de patacas, envolvendo uma bonificação de juros no valor de cerca de 360 milhões de patacas. Pataca e conhecimento O montante máximo dos créditos a conceder a cada empresário no plano deste ano é de 5 milhões de patacas, com o prazo máximo de bonificação de três anos e o limite máximo da taxa anual de bonificação é de 4 por cento. No comunicado divulgado ontem, o Governo reforça que o plano de empréstimos com juros bonificados “visa ajudar as PME a reforçar o fluxo de capitais, promover o desenvolvimento estável das empresas e aumentar a sua confiança na exploração dos negócios.” A celeridade de procedimentos foi outro objectivo elencado pela DSEDT que diz que “continua a colaborar estreitamente com bancos licenciados para agilizar o processo de aprovação de empréstimos, com o objectivo de facilitar o financiamento das empresas, apoiar o seu desenvolvimento sustentável e salvaguardar o emprego da população”. Além disso, foram organizadas até agora mais de 10 sessões de esclarecimento para empresários, em colaboração com o sector bancário e as associações e instituições, para apresentar os detalhes do plano, como a forma de bonificação, os requisitos de candidatura e os procedimentos de apreciação”.
João Luz Manchete PolíticaPatrimónio | Ron Lam pede responsabilização por falhas na protecção O ainda deputado Ron Lam pediu que os dirigentes do Instituto Cultural sejam responsabilizados politicamente pela forma como foi gerido o dossier do viaduto entre as zonas A e B dos novos aterros, ignorando pedidos de informação e impacto ambiental abrangente que a obra pode acarretar Ron Lam divulgou ontem uma interpelação escrita onde pede a responsabilização dos dirigentes do Instituto Cultural (IC) pela forma como foi gerido o assunto do viaduto projectado para ligar as zonas A e B dos novos aterros, assim como o planeamento de obras para a construção da Linha Leste do Metro Ligeiro. O ainda deputado, que viu na semana passada a sua candidatura desqualificada de participar nas próximas eleições por veto político, lamentou que o IC se tenha desviado dos critérios internacionais de protecção do património, conduta que deveria acarretar responsabilidades para governantes. Recentemente, o Comité do Património Mundial da UNESCO exigiu ao Governo a realização de avaliações de impacto patrimonial abrangentes “antes que sejam tomadas quaisquer decisões irreversíveis”. Ron Lam recordou que em Julho do ano passado interpelou o Governo precisamente sobre o projecto do viaduto entre Zona A e Zona B dos Novos Aterros devido à sua altura da infra-estrutura e do impacto no corredor visual do Farol da Guia, um dos “monumentos” classificados pela UNESCO. Na altura, o IC respondeu ao deputado que o viaduto ocuparia apenas 0,34 por cento da área total da zona de protecção do corredor visual do Farol da Guia, sem lhe provcoar impacto. Na interpelação divulgada ontem, o deputado sublinha a discrepância entre as considerações do IC demonstradas na resposta de 2024 e as preocupações vincadas no recente relatório da UNESCO. Passar por baixo “Durante o processo de planeamento e avanço do viaduto entre Zona A e Zona B, sobretudo face à sugestão alternativa de construir um túnel subterrâneo, porque é que o IC não efectuou consulta pública, nem avaliações sobre o ambiente e impacto ao património”, perguntou o deputado. Além do viaduto, Ron Lam recordou que o comité da UNESCO acusou a RAEM de não entregar a avaliação do impacto patrimonial e concepção urbana da zona em redor da Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, entregando apenas um resumo. Apesar de o IC apontar que houve divergências de entendimento com a organização internacional, Ron Lam argumentou que o Centro Histórico de Macau já entrou na lista da UNESCO há 20 anos e que as falhas de comunicação deveriam ter sido evitadas, em vez de repetidas. “Esta divergência de entendimento resultou de falhas nos procedimentos administrativos ou de erro humano? Como vai IC corrigir os seus procedimentos para que erros semelhantes não se repitam no futuro” questiona o deputado. Ron Lam recordou ainda que o Comité do Património Mundial da UNESCO pediu várias vezes desde 2017 os relatórios do Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau, do Plano Director e Plano de Pormenor da Zona A, salientando a necessidade de apreciação previa antes de serem iniciados projectos nas áreas de protecção patrimonial. Um dos exemplos do não cumprimento das normas delineadas pela UNESCO diz respeito ao projecto da Linha Leste do Metro Ligeiro, que foi iniciado antes da entrega da avaliação de impacto patrimonial.
João Luz Manchete SociedadeUNESCO | Urbanista critica decisão unilateral de construir viaduto O urbanista Lam Iek Chit criticou a forma como o Governo decidiu avançar com o viaduto para ligar a Zona A à Zona B dos novos aterros, sem ouvir especialistas e a população. O responsável entende que as preocupações da UNESCO podiam ter sido evitadas, assim como possíveis encargos com compensações se o projecto fosse cancelado A decisão de avançar com um concurso público para construir um viaduto entre as zonas A e B dos novos aterros, sem realizar uma consulta pública nem ouvir alertas para a possibilidade de obstrução ao corredor visual do Farol da Guia, motivou críticas do urbanista Lam Iek Chit. O também membro do Conselho do Património Cultural tem criticado frequentemente a polémica obra e aquilo que considera como “erros consecutivos” do projecto. As suas preocupações acabaram por ser reforçadas depois da divulgação do relatório do o Comité do Património Mundial da UNESCO, que pediu uma avaliação de impacto ambiental abrangente em relação à construção do viaduto, em especial uma parte que poderá violar as restrições de altura em torno do Farol da Guia. O conselheiro acredita que os alertas da UNESCO podiam ter sido evitados se as autoridades não tivessem ignorado a opinião pública e tomado decisões erradas. Além disso, o urbanista teme que a postura do Executivo resulte na obrigação de cancelar o projecto do viaduto, causando perdas desnecessárias para o erário público, nomeadamente devido a possíveis compensações aos adjudicatários do projecto. Sentido único Em declarações ao jornal All About Macau, Lam Iek Chit recordou que o Governo tem argumentado que o viaduto entre Zona A e Zona B não teria de obedecer às regras de protecção do corredor visual do Farol da Guia uma vez que não é edifício, e que a UNESCO pediu detalhes sobre o projecto “antes que fossem tomadas decisões irreversíveis”. O urbanista foi surpreendido pelas conclusões “fortes e directas” da UNESCO, que ultrapassaram as suas expectativas, e que, no seu entender, mostraram uma posição clara em relação ao viaduto no sentido de dar prioridade à protecção da paisagem, em detrimento da finalidade prática da obra. “O Governo não tem outras opções, só pode seguir os pedidos do Comité do Património Mundial da UNESCO,” acrescentou. Para evitar males maiores, Lam Iek Chit defende que o Governo tem de abandonar o projecto do viaduto, antes que as obras avancem. O urbanista lançou ainda críticas ao anterior Governo liderado por Ho Iat Seng por, a determinada altura, ter passado a ignorar a vontade da população, não lançando consultas públicas em relação a várias obras públicas, não só o viaduto entre as zonas A e B.
João Luz Manchete SociedadeCasinos | Transacções suspeitas caem 15 por cento Os dados mais recentes do Gabinete de Informação Financeira (GIF) mostram uma redução do número de transacções financeiras suspeitas comunicadas pelas operadoras de jogo e pelas instituições financeiras Entre Janeiro e Junho, o número de transacções financeiras suspeitas reportadas pelos casinos apresentou uma quebra de 15,0 por cento em comparação com o período homólogo. O número foi divulgado pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF) dos Serviços de Polícia Unitários, na terça-feira. Os números mais actualizados mostram que na primeira metade deste ano as operadoras de jogo comunicaram a existência de 1.856 transacções suspeitas. No mesmo período do ano passado o número de transacções financeiras suspeitas tinha sido de 2.181. A redução pelas operadoras do jogo do número de transacções financeiras suspeitas comunicadas é apontada como a responsável pela tendência geral, em que se verificou uma redução de 12,6 por cento do número de transacções financeiras suspeitas reportadas no território. O número total de transacções financeiras suspeitas recebidas pelo o Gabinete de Informação Financeira dos Serviços de Polícia Unitários durante o primeiro semestre de 2025 foi de 2,515, o que significa uma diminuição de 12.6 por cento em relação ao mesmo período de 2024”, pode ler-se com a informação. “A mudança deveu-se principalmente à diminuição do número de transacções financeiras suspeitas reportadas pelo sector do jogo”, foi acrescentado. Ao mesmo tempo, a proporção de transacções financeiras suspeitas reportadas pelas operadoras desceu de 75,8 por cento do total das transacções para 73,8 por cento. “As transacções financeiras suspeitas recebidas do sector financeiro e do sector do jogo foram 19.9 por cento e 73.8 por cento do número total de transacções financeiras suspeitas recebidas, enquanto as recebidos de outras instituições constituíram 6.3 por cento”, foi revelado. Tendências opostas Em relação às instituições financeiras e companhias de seguros, também se verificou uma redução das transacções suspeitas comunicadas, de 556 na primeira metade de 2024 para 500. Esta diminuição representou uma diferença de 10,1 por cento. A única área onde o número de transacções suspeitas aumentou prende-se com as “outras instituições”, que não surgem discriminadas nos dados de terça-feira pelo Gabinete de Informação Financeira, mas que envolvem negócios como lojas de penhores, joalharias, imobiliárias ou casas de leilões. Nesta área, no espaço de um ano registaram-se mais 17 transacções, de 142 na primeira metade de 2025 para 159 para o período mais recente. A diferença de 17 transacções comunicadas implica um aumento de praticamente 12 por cento.
João Luz Manchete SociedadeDST | Prometida celeridade no licenciamento de hotéis de baixo custo A directora dos Serviços de Turismo garante que as autoridades continuam empenhadas em acelerar o processo de licenciamento de “pousadas de juventude” e “hotéis em cápsulas”. O objectivo é aumentar e diversificar o leque de escolhas de vários tipos de alojamento para investidores e consumidores O Governo quer alargar a variedade da oferta hoteleira de Macau, um objectivo que se mantém desde a legislação foi alterada para promover o alojamento de baixo custo, há sensivelmente quatro anos. A posição foi sublinhada pela directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, numa resposta a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai. Além de elencar a aprovação de legislação e regulamentos administrativos sobre o assunto, a responsável afirmou que a DST continua a “optimizar os procedimentos de licenciamento” para “acelerar ainda mais os trabalhos de apreciação e autorização das licenças”. A directora da DST dá o exemplo da “criação de um mecanismo de interconexão de dados com outros serviços públicos para obter informações no processo de licenciamento”, assim como a “integração de mais serviços de requerimento” numa plataforma electrónica para tratar a burocracia necessária. A ideia do Governo é facilitar a “instalação de estabelecimentos de alojamento vulgarmente designados por pousadas da juventude e hotéis em cápsulas, de modo a criar mais condições e espaços favoráveis para o sector, ajudar a diversificação de alojamento turístico e aumentar a leque de escolhas nos tipos de alojamento para os investidores e consumidores”. Qualidade e experiência Helena de Senna Fernandes indicou também que em todas as fases do processo de licenciamento de hotéis de baixo custo, a DST mantém “uma boa comunicação com o requerente e os serviços técnicos” responsáveis pelas vistorias e pareceres técnicos. O objectivo é informar com rigor os requerentes que querem abrir unidades hoteleiras de baixo custo, também através de reuniões de trabalho com os serviços envolvidos, e “elevar a eficiência do procedimento de licenciamento”. Além disso, a responsável salienta a clareza com que foram definidas as exigências e critérios relativos “às instalações e aos serviços dos estabelecimentos de alojamento de baixo custo para assegurar que os visitantes possam obter bons serviços e experiências de alojamento”.
João Luz Eventos“Adeus, Minha Concubina” encerra temporada da Orquestra Chinesa O concerto que irá encerrar a temporada da Orquestra Chinesa de Macau está marcado para o sábado dia 26 de Julho, às 20h, no grande auditório no Centro Cultural de Macau. Paradoxalmente, o concerto de fecho da temporada intitula-se “Chegada Auspiciosa”. Sob a batuta do director musical e maestro principal da orquestra, Zhang Lie, o concerto contará com a participação da mestre de jinghu Wang Caiyun, da solista de yangqin Liu Yinxuan e da soprano Cui Rui e um programa que “entrelaça clássicos da música chinesa e a essência lendária da Ópera de Pequim”, é referido numa nota de imprensa da Orquestra Chinesa de Macau. Um dos pontos altos da performance será a interpretação de “Adeus, Minha Concubina” pela soprano Cui Rui, que dará voz ao poema sinfónico nacional de Guan Xia. “Adeus Minha Concubina” recria a “história épica de Xiang Yu e da consorte Yu com uma abordagem vocal inspirada na ópera chinesa, dando uma nova vida a este tesouro cultural chinês”. Espírito de Pequim O concerto reunirá vários artistas de excelência, que interpretarão obras clássicas intemporais. A solista de yangqin Liu Yinxuan interpretará concerto para Yangqin “Rapsódia”, da autoria da compositora Wang Danhong. Segundo a nota de apresentação do concerto, esta composição “evidencia as infinitas possibilidades expressivas do instrumento através do uso de técnicas de execução variadas e de uma grande expressividade musical”. A mestre de jinghu Wang Caiyun interpretará, juntamente com a orquestra, “Espírito de Pequim”, uma obra de Wu Hua, que exige um domínio técnico magistral do jinghu e revela o charme artístico dos instrumentos. Os bilhetes para o derradeiro concerto da temporada estão à venda na bilheteira online de Macau e custam entre 120 e 380 patacas. A temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau 2024-25 é organizada pelo Instituto Cultural e co-organizada pela Sociedade Orquestra de Macau, Limitada, contando com o apoio do Banco da China (Macau).
João Luz Manchete SociedadePIB | Associação prevê crescimento de 2,8% no primeiro semestre O Produto Interno Bruto (PIB) da RAEM poderá crescer 2,8 por cento, em termos anuais, no primeiro semestre de 2025 e cerca de 7 por cento na segunda metade do ano. Esta é a perspectiva da Associação Económica de Macau, que lançou ontem o Índice de Prosperidade Económica. A análise da associação presidida por Joey Lao destaca o papel fundamental da organização de concertos, que terá impulsionado a performance dos casinos. “Graças à forte organização de concertos, as receitas brutas do jogo continuaram a recuperar de forma constante, com as receitas médias diárias a situarem-se entre 684 milhões e 702 milhões de patacas em Maio e Junho”, contextualizam os analistas. As receitas apuradas superaram mesmo as expectativas do mercado, acompanhando também o aumento do volume de turistas que visitou Macau. No passado mês de Maio, uma média diária de cerca de 109 mil pessoas visitou o território, dos quais quase 40 mil ficaram hospedados em hotéis de Macau, elevando a taxa de ocupação dos quartos para 87,8 por cento. Porém, apesar de mencionar o aumento da massa monetária e a abundância de fundos, os analistas da associação destacam a contínua queda do índice de preços do mercado imobiliário para habitação, assim como o rácio empréstimos/depósitos do banco dos residentes locais que desceu ainda mais para 49,3 por cento, atingindo ambos um novo mínimo na última década. Este desequilíbrio é interpretado pelos analistas como um reflexo da dificuldade de transformar eficazmente os fundos em dinamismo económico real. Confiança e sentimento Apesar do poderia económico do Cotai, o organismo liderado por Joey Lao volta a realçar a situação externa complexa e imprevisível, e a fraca confiança dos consumidores e baixa procura, lançado incertezas em relação à saúde da economia da cidade. “A economia de Macau está numa fase crítica de transformação e desenvolvimento. É necessário um esforço conjunto do Governo e do mercado para optimizar o ambiente empresarial e promover o desenvolvimento diversificado das indústrias, a fim de melhorar a competitividade global e alcançar um desenvolvimento sustentável”, é referido no Índice de Prosperidade. A estabilidade da taxa de desemprego é também mencionada como uma prova da capacidade de resiliência da economia local.
João Luz Eventos MancheteTaipa Village | Leques pintados por Chao Iok Leng em exposição A exposição “Chinese Foldable Fan Paintings por Chao Iok Leng” é inaugurada hoje na Taipa Village Art Space, apresentando ao público a expressão estética da artista baseada em Macau, que nesta mostra saiu do confinamento restrito da tela para um objecto do dia-a-dia: o leque dobrável. Numa altura em que as ventoinhas portáteis se tornaram num objecto omnipresente, a expressão artística de Chao Iok Leng é uma abordagem refrescante à tradição das pinturas de leques dobráveis chineses com uma técnica inegavelmente hábil utilizando tinta da China. A colecção de leques pintados representa uma “rara intersecção de função e beleza, em que a função de arrefecimento é acentuada pela impressão artística no seu delicado papel”, refere a organização da mostra. “Esta exposição procura reabastecer o nosso quotidiano com um objecto exótico enraizado na cultura chinesa antiga e na apreciação do sublime”, é acrescentado pela organização da exposição. Nesta mostra, Chao Iok Leng adornou a folha dos leques com imagens inspiradas em motivos florais (com hostas, glicínias, peónias, magnólia, ameixas e lótus), frutos (romã e líchia) e legumes (couve, pimento, lenteinhas). Também aparecem representações de animais, com insectos e algumas aves, realça o curador da mostra João Ó. Cada pintura é acompanhada por uma inscrição ou um pequeno poema que acrescenta um contexto adicional, revelando a visão emocional da artista durante a criação. No comunicado da organização que apresenta a exposição, a artista é citada explicando que “estes não são géneros de ‘naturezas mortas’, mas retratam elementos vivos que vemos no nosso quotidiano, mas que raramente apreciamos”. Retrato da artista Chao Iok Leng, originária de Nanhai, Guangdong, viveu em Macau durante a maior parte da sua vida e, desde a infância, tem um profundo e vasto interesse pela arte. No início dos anos 70, estudou com Guan Wanli, aprendendo a pintura meticulosa de flores e pássaros, e mais tarde estudou pintura ocidental com Li Lun, misturando os estilos oriental e ocidental. No final da década de 1970, mudou-se para Hong Kong, onde estudou pintura de flores e pássaros e pintura de paisagem com Luo Zuishan e aprendeu caligrafia com Liang Zijiang. Depois de regressar a Macau, estudou pintura chinesa e ocidental com Zhao Weifu e saía frequentemente para desenhar com os seus pares. Na década de 1980, estudou técnicas de pintura Lingnan com Zhao Shaoang e viajou para Pequim para aprender a pintura meticulosa de flores e pássaros com Xu Junxiu. Chao Iok Leng é vice-presidente da Associação de Caligrafia e Pintura Yi Un de Macau, conselheira académica da Associação de Cultura e Artes Chinesas de Macau, conselheira artística da Associação de Cultura e Arte de Macau, conselheira honorária da Associação Internacional de Mulheres Artistas de Macau e membro da Sociedade de Artistas de Macau. Em 1987, realizou a sua primeira exposição individual no Museu Luís de Camões de Macau, com obras coleccionadas pelo museu. Em 1996, foi convidada pela Direcção dos Serviços de Turismo para realizar uma exposição de pinturas chinesas intituladas “O Encanto do Lazer”, e participou em inúmeras exposições conjuntas tanto a nível local como internacional. A exposição “Chinese Foldable Fan Paintings por Chao Iok Leng” estará patente ao público até 17 de Setembro e é patrocinada pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura.
João Luz Manchete SociedadeJogos Nacionais | Espectadores chineses com visto alargado Os espectadores chineses que venham a Macau assistir a competições dos Jogos Nacionais vão beneficiar de uma extensão do visto para permanecer na RAEM. A novidade foi revelada no domingo pelo coordenador do gabinete preparatório para a organização dos jogos, Pun Weng Kun, que confirmou negociações com as autoridades de Guangdong no sentido de alargar os vistos para cidadãos chineses que tenham bilhetes para competições em Macau. Pun Weng Kun indicou que a extensão poderá incluir o dia antes e depois da competição. Para beneficiar da medida, os visitantes precisam apenas de mostrar os ingressos para provas em Macau nos departamentos que tratam dos vistos. No sentido de tornar mais conveniente as travessias fronteiriças, segundo Pun Weng Kun, as autoridades de Guangdong pretendem tornar o processo de inspecção alfandegária mais fácil, nomeadamente através do uso de tecnologia de reconhecimento facial. O coordenador do organismo encarregue da preparação logística para a competição espera que as novas medidas permitam aos espectadores ficar mais tempo em Macau, possibilitando ver um espectáculo e apreciar a gastronomia e a cidade. A bom ritmo A menos de quatro meses da cerimónia de abertura dos Jogos Nacionais, marcada para 9 de Novembro, é esperado que as três regiões envolvidas (Guangdong, Macau e Hong Kong) coloquem bilhetes à venda no próximo mês de Agosto. Além da venda online, serão colocados à venda bilhetes em locais específicos para facilitar a compra de ingressos por residentes de Macau. Para já, Pun Weng Kun afirma que o processo de testes e preparação para o início do evento desportivo está a decorrer com suavidade, com as instruções das autoridades nacionais. Aliás, apesar de existirem situações a corrigir, o feedback das autoridades chinesas sobre os testes feitos em Macau foi elogioso. Porém, além da boa organização das competições, Pun Weng Kun afirmou que o objectivo é proporcionar aos espectadores uma boa experiência em Macau. Uma das apostas passa pela colaboração com associações locais para angariar voluntários que estarão espalhados pela cidade como “embaixadores da boa vontade”, para ajudar as equipas desportivas e fãs do desporto no que for preciso. Macau irá acolher competições de cinco modalidades: Ténis de mesa (todos os grupos), basquetebol de três (todos os grupos), basquetebol de cinco (masculino sub-18), voleibol (feminino adultos) e karaté́ (todos os grupos). Além disso, a prova individual masculina de ciclismo irá atravessar as três regiões.