Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Mais de 21.000 detidos em operação contra tríades [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 21.000 pessoas foram detidas em Hong Kong numa campanha de combate ao crime organizado realizada nos últimos dois meses em conjunto com as polícias de Macau e da província chinesa de Guangdong, informou ontem a imprensa local. A designada “Operação Trovoada”, que todos os anos envolve agentes dos três territórios, levou a acções de fiscalização em mais de 3.000 locais, incluindo bares e espaços de entretenimento, e centros de jogos. Na operação deste ano, as forças de segurança reforçaram o combate às actividades de tráfico humano depois de observarem uma tendência de aumento destes crimes, disse o superintendente Brian Lowcock, citado pela Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). Outras detenções estão relacionadas com crimes como tráfico de droga, branqueamento de capitais, e posse de armas. As autoridades apreenderam drogas como heroína e cocaína no valor de cerca de 70 milhões de dólares de Hong Kong (oito milhões de euros). Cerca de 70 pistolas de ar comprimido ilegalmente alteradas foram também apreendidas.
Hoje Macau China / ÁsiaGlobal Times | Assistência do ocidente a refugiados não é superioridade moral Pequim comprometeu-se, em sede da ONU, a doar 100 milhões de dólares para ajudar a crise dos refugiados, mas absteve-se de os receber no seu território. Ainda assim, criticou o discurso moralista do ocidente, a quem atribui a responsabilidade de vários conflitos que culminaram em vagas de refugiados [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) culpou os Estados Unidos da América e a Europa pela crise dos refugiados, argumentando que a assistência que prestam “não constitui uma prova de superioridade moral” acusando ainda que “com uma mentalidade arrogante, Europa e EUA precipitaram o Médio Oriente para adoptar uma democracia ao estilo ocidental, contribuindo para o fluxo de refugiados”, diz o Global Times, jornal do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC. Em editorial, a publicação sustenta que “estes países deviam sentir-se arrependidos” e não “moralmente superiores”, após terem “promovido guerras e revoluções coloridas”, que “levaram povos ao desespero, sem outra opção que não fugir”. Durante uma cimeira promovida esta semana pelos EUA, na sede das Nações Unidas, os líderes dos 193 Estados-membros da organização aprovaram a Declaração de Nova Iorque, que pretende criar condições para um melhor tratamento dos refugiados e migrantes. Segundo Washington, 52 países e organizações comprometeram-se a “duplicar o número” de refugiados que acolheram no ano passado e a elevar o apoio em 4,5 mil milhões de dólares. Demos o melhor Pequim comprometeu-se a doar mais 100 milhões de dólares, um valor inferior ao anunciado pela maioria das grandes economias, optando ainda por não receber refugiados. “A China fez o seu melhor e cumpriu com as suas responsabilidades”, defende o jornal, argumentando que Pequim “foi sempre contra intervenções no Médio Oriente e revoluções coloridas”, acrescentando que “o ocidente deve assumir a culpa pela sua incessante interferência em países não ocidentais”. Mais de 4,8 milhões de sírios deixaram o seu país devido à guerra, que já matou mais de 300.000 pessoas, desde Março de 2011. China e Rússia são os principais aliados do regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
Hoje Macau EventosPianista de Macau toca com Orquestra Filarmónica da China [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] edição deste ano do Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) vai contar com a participação do jovem pianista de Macau Kuok-Wai Lio. Em colaboração com a Orquestra Filarmónica da China, o residente vai interpretar, “com o seu emotivo estilo musical e técnica exímia”, o Concerto para Piano e Orquestra n.º 20 em Ré Menor, K. 466 de W. A. Mozart, de acordo com o Instituto Cultural (IC). O concerto realiza-se no dia 7 de Outubro, pelas 20h00 no Centro Cultural de Macau. O pianista Kuok-Wai Lio nasceu em Macau em 1989, tendo iniciado os estudos de piano aos cinco anos de idade. Aos oito venceu o Prémio IC. Em 2005, foi distinguido com o 1º Prémio e com o Prémio Especial no âmbito do 6º Concurso Internacional de Piano Chopin da Ásia, em Tóquio, no Japão, vencendo ainda, em 2007, o 1º Prémio no Concurso Internacional de Concerto para Pianistas Fullbright, nos EUA. Aos poucos Kuok-Wai Lio tem vindo a afirmar-se na cena musical, tendo tido múltiplos sucessos internacionais no âmbito de vários concursos de piano. Fusão musical A Orquestra Filarmónica da China vai estar sobre a ordens do maestro Li Xincao e interpreta um repertório de fusão entre a Ópera de Pequim, a música clássica austro-alemã e a nova música tradicional da Hungria. Vários temas serão tocados, incluindo o prelúdio sinfónico de Qigang Chen, “Instants d’un Opéra de Pékin”, “que constitui uma extraordinária fusão entre Oriente e Ocidente, entrelaçando a música da Ópera de Pequim e a música sinfónica ocidental”, como indica a organização. “Um concerto diversificado que apresentará ao público uma elegante experiência musical e estilos musicais variados”, garante o IC. No dia 18 de Outubro é a vez de “Num Jardim Italiano – L’Accademia d’Amore por Les Arts Florissants”, um “concerto altamente aguardado” no âmbito do qual o maestro e cravista internacional William Christie irá dirigir o ensemble Les Arts Florissants e Le Jardin des Voix “para fazer renascer o mundo da música italiana antiga. O espectáculo está marcado para as 20h00 no CCM. Os bilhetes estão já disponíveis.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim apoia candidato “mais capaz” para secretário-geral da ONU [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]A ONU está a analisar as candidaturas e a China vai trabalhar com os outros países para assegurar que é o (candidato) mais capaz a assumir o cargo”, sublinhou Lu Kang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, numa conferência de imprensa em Pequim. Rejeitando referir qualquer candidato, Lu afirmou que Pequim “crê que a decisão deve ser baseada no consenso, como consta na Carta das Nações Unidas, e o secretário ou secretária-geral deve ser alguém capaz de cumprir com as suas obrigações”. O jornal de Hong Kong South China Morning Post assinala ontem que Irina Bokova, a directora-geral da UNESCO, é a candidata favorita de Pequim, com base na opinião de analistas chineses, que a consideram “alguém que não actuaria a favor dos interesses de nenhum país em particular”. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, reuniu-se com Bokova no passado mês de Junho. A costa-riquenha Christiana Figueres, que desistiu da corrida na semana passada, foi também recebida por Wang Yi, e outros líderes chineses, em Julho. Já o ex-primeiro-ministro português António Guterres, que é considerado o favorito à liderança da organização, após ter ficado à frente em todas as quatro votações secretas ocorridas entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, esteve na capital chinesa em Maio, mas foi recebido pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Li Baodong, segundo informações no site do ministério. Na mais recente votação, Guterres teve 12 votos “encoraja”, dois “desencoraja” e um “sem opinião”. Lu recusou revelar o candidato preferido por Pequim e limitou-se a dizer que o cargo de secretário-geral “implica uma grande responsabilidade”. Bokova é também apontada como a favorita da Rússia, o principal aliado da China em grande parte dos assuntos internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaBanco chinês com mais balcões sai da bolsa. Operação aquém do esperado O banco com o maior número de sucursais abertas ao público na China poderá protagonizar este mês a maior saída em bolsa do ano, com a emissão de 6,6 mil milhões de euros na bolsa de Hong Kong [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]oferta pública inicial do Postal Savings Bank of China (PSBC) será também a maior desde que o gigante chinês de comércio electrónico Alibaba realizou a maior operação de entrada em bolsa de sempre. A estreia do Alibaba na bolsa de Nova Iorque, em 2014, atingiu os 22.430 milhões de euros. O valor da saída em bolsa do PSBC fica, contudo, aquém do previsto inicialmente pela empresa, que estimava uma operação de 6,6 mil milhões de euros, indicando uma procura aquém do esperado. No conjunto, o PSBC emitirá 12,1 mil milhões de acções, cada uma avaliada em 54 cêntimos de euro, no dia 28 de Setembro, segundo a agência de notícias Bloomberg. Trata-se de um valor próximo do mínimo no intervalo de preços por título estabelecido pela empresa, entre 4,68 e 5,18 dólares de Hong Kong. A maioria das acções deverá ser adquirida por grandes investidores. Com 40.000 sucursais na China, cerca de 70% em áreas rurais, o PSBC é o quinto maior banco do país. Fundado em 2007, fornece serviços bancários para agricultores e proprietários de negócios agrícolas e é a única instituição financeira presente em algumas das áreas mais remotas da China. De acordo com dados recentes, o valor total dos activos detidos pelo PSBC soma 1,03 biliões de euros. No primeiro trimestre do ano os lucros do grupo subiram 11%, para 1,67 mil milhões de euros. Originalmente detido na totalidade pelo Estado chinês, o PSBC angariou 6,06 mil milhões de euros com a venda de 16,92% da empresa a 10 investidores estratégicos, em Dezembro passado. Entre os grupos que adquiriram parte do banco constam os gigantes da ‘internet’ Alibaba e Tencent, o banco suíço UBS e a empresa de Singapura Temasek Holdings. Pequim tem defendido uma reforma urgente no sector do Estado, incluindo a promoção da propriedade mista e um sistema corporativo moderno, visando incutir uma “disciplina” de mercado nas empresas estatais. Apesar da China ter aderido às “práticas capitalistas” com a política de “Reforma Económica e Abertura ao Exterior”, adoptada em 1979, os grupos estatais continuam a dominar os sectores chave da economia chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim pronto para ajudar Moçambique a ultrapassar crise [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo da China manifestou ontem em Maputo disponibilidade para ajudar Moçambique a atravessar a actual crise económica e financeira, anunciando planos para o cancelamento de dívidas e a construção de um parque industrial. Em declarações aos jornalistas no final de um encontro com o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, o embaixador da China em Maputo, Su Jian, afirmou que Pequim estuda o cancelamento de empréstimos sem juros contraídos por Moçambique, como parte do seu compromisso de apoiar o país a ultrapassar a actual crise. “Desde 2001, a China já perdoou a Moçambique 10 verbas de empréstimos sem juros, recentemente perdoamos cinco milhões de dólares e agora as duas partes estão a preparar mais perdões de dívida”, declarou Su. No âmbito da cooperação bilateral, prosseguiu o embaixador chinês, os dois países estão a preparar a instalação de um parque industrial que vai permitir que empresas chinesas transfiram para Moçambique as suas linhas de produção. “O Governo chinês vai enviar um grupo de especialistas para preparar o planeamento e a localização do parque industrial, para podemos convidar empresas chinesas e moçambicanas”, afirmou Su Jian. Su acrescentou que a implantação do parque irá permitir a criação de mais empregos, aumento de exportações e de receitas e contribuir para a diversificação da economia moçambicana. No encontro com o primeiro-ministro moçambicano, o diplomata chinês endereçou um convite do Governo de Pequim a Carlos Agostinho do Rosário, para participar na Cimeira do Fórum da Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países Lusófonos, agendada para Outubro próximo em Macau. “A presença de uma delegação oficial de alto nível de Moçambique será muito importante para o sucesso dessa cimeira”, declarou Su Jian. A China é um importante parceiro de Moçambique, mantendo uma forte cooperação em vários domínios, incluindo no campo económico e empresarial. Moçambique atravessa uma crise económica e financeira, provocada pela queda do preço das matérias-primas e dos investimentos, calamidades naturais, derrapagem da moeda nacional, subida galopante da inflação e aumento exponencial da dívida pública. Em paralelo com a crise económica e financeira, o país é igualmente assolado por violência militar, com confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, na sequência da recusa do movimento de aceitar os resultados das eleições gerais de 2014.
Hoje Macau BrevesAutocarros | Mais paragens e novos trajectos A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) criou uma nova paragem de autocarro junto ao Edifício Iat Seng, na Estrada Nordeste da Taipa e entra em funcionamento a 24 de Setembro, data em que começam as carreiras n.ºs 39 e 72 a fazer escala na mesma paragem, depois do “Colégio Anglicano”. As carreiras n.ºs 35 e 50X passam também a fazer escala na paragem “Terminal de Carga do Aeroporto” em vez de parar na “Rotunda do Aeroporto / Wai Long”. Estas medidas integram uma série de iniciativas que têm vindo a acontecer no que respeita aos transportes públicos do território com o intuito de facilitar a deslocação dos residentes da Taipa.
Hoje Macau SociedadeJornal chinês associa declínio das receitas com campanha de Pequim [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] principal jornal oficial chinês de língua inglesa, o China Daily, publicou ontem um artigo em que volta a associar directamente o declínio das receitas de jogo em Macau à campanha contra a corrupção lançada por Pequim. “A Las Vegas da Ásia começou a perder algum brilho desde 2014 (…), quando o combate contra a corrupção e extravagância, por parte de Pequim, aliado à economia da China em ‘corda bamba’, assustou os grandes apostadores, afastando-os para outros destinos de jogo regionais”, refere o China Daily, destacando que o Camboja surge como “um rival emergente”. As receitas do jogo encetaram em Junho de 2014 uma trajectória descendente, com o mês de Agosto a colocar termo a 26 meses consecutivos de quedas anuais homólogas. Essa curva descendente – a mais longa de sempre – tem vindo a ser imputada por analistas a um cocktail de factores em que os efeitos da campanha anti-corrupção lançada por Pequim surgem à cabeça. No entanto, tal associação por parte da imprensa oficial chinesa tem sido muito pontual. Mesmo com uma forte queda de 34,3% em 2015, as receitas de jogo de Macau ainda são três vezes superiores às de Las Vegas, seis vezes superiores às de Singapura e dez vezes superiores às da Coreia do Sul e às Filipinas, segundo salienta o China Daily, citando o Chefe do Executivo, Chui Sai On. Na semana passada, a Fitch prognosticou uma diminuição de 5% das receitas dos casinos para o cômputo de 2016.
Hoje Macau SociedadeFórum de Turismo Global | Nova edição aborda tendências de consumo O 5º Fórum de Economia de Turismo Global vai acontecer nos dias 15 e 16 de Outubro no Studio City e tem por tema “As Novas formas de Consumo- Transformar a Indústria Turística”. É a resposta do Governo à geração mais nova que procura novas rotas, tem novos interesses e tem um novo aliado: a internet [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo quer adaptar a indústria às gerações mais novas. E vai começar já com a quinta edição do Fórum de Economia de Turismo Global, que acontece nos dias 15 e 16 de Outubro no Studio City. Numa conferência de imprensa que ontem decorreu, o Executivo centrou-se na necessidade que o turismo de Macau tem de se adaptar às novas necessidades de mercado. Uma nova geração de turistas emergiu e com ela a necessidade de novas respostas deste sector. Macau é conhecido pelos casinos, mas há muito mais para ver. “Macau não é só jogo”, disse Ip Peng Kin, chefe do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. Para Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, e Pansy Ho secretária-geral do Fórum de Economia de Turismo Global, é esta nova mensagem que importa passar junto dos operadores e representantes turísticos que vão participar durante os dois dias do Fórum. “Vivemos numa época de revolução ao nível do consumo, com as novas gerações de consumidores a apresentarem grandes mudanças em relação aos padrões de consumo. Esta nova tendência tem um forte impacto na economia de turismo”, frisou Ip keng Kin. “E é por isso que é necessário adaptar os modelos de gestão desta importante indústria.” Na mesma linha de pensamento, Pansy Ho sublinhou que o ecossistema de consumo se transformou, “passando do antigo modelo económico gerado pela oferta para um novo modelo económico orientado para o consumidor”. Esta edição, assegura, vai explorar como é que esta nova classe consumidora está a influenciar a indústria turística mundial e como é que os seus comportamentos de consumo e uso das novas tecnologias têm trazido mudanças sem precedentes para a indústria turística global. Portugal ausente? Com uma lista de vários participantes ligados ao sector do Turismo de todo o mundo, destacou-se a ausência de Portugal. Helena de Senna Fernandes avançou que “foi dirigido um convite ao Ministério da Economia, que é quem tutela o Turismo, mas até ao momento não foi recebida qualquer confirmação”. China e França são os grandes convidados deste Fórum, com quem se pretende a troca de sinergias no sentido de trazer e levar turistas. “A China por ter capacidade de difundir três mil anos de história e ser a cidade parceira do evento, com a Exposição das Cidades e Províncias Parceiras do Fórum. França porque continua a ser um importante pólo de atracção turística no mundo inteiro”, referiu a directora da DST. A cidade das luzes estará representada no Fórum com o tema “França: Arte e Cultura como impulsionadores do Turismo”. O Orçamento para esta edição é de 45 milhões de patacas, sendo que 21 milhões são pagos pelos operadores turísticos e os restantes divididos entre os patrocinadores, onde estão incluídas as operadoras de autocarros, empresas e casinos de Macau, disse Ip Peng Kin. O Governo tem como parceiros a Organização Mundial do Turismo e a Câmara do Turismo da China e do Centro de Pesquisa de Economia de Turismo Global. Durante a iniciativa será ainda lançado um guia com as atracções locais para facilitar a “venda” da RAEM aos operadores do turismo. Cedência de vistos Questionado sobre a questão de facilitar a cedência de vistos com vista a fomentar a entrada de mais turistas no território, o chefe do Gabinete para os Assuntos Sociais e Cultura disse apenas que não se pode continuar a aumentar este tipo de entradas. “Não podemos aumentar a atribuição dos vistos porque existem limites e temos de aprender a conviver com isso”, frisou Ip Peng Kin. Ainda assim, fez saber “que estão a ser levadas a cabo conversações a esse respeito”, ainda que seja “preciso mais trabalho governamental”. A esse propósito foi salientada a “participação pela primeira vez de uma delegação de Cantão, com oficiais do turismo, para consolidar e facilitar a relação regional”, concluiu Ip Peng Kin.
Hoje Macau BrevesHomem faz ameaças com seringa Um homem do interior da China ameaçou, em dois casinos, outros apostadores com uma seringa que, alegou, continha sangue com o vírus da SIDA. Os casos aconteceram em casinos na ZAPE e o homem queria, segundo as autoridades, exigir aos outros jogadores que pagassem pelas suas apostas. O homem foi detido quando tentava ameaçar mais clientes noutro hotel da mesma zona. Ninguém foi atacado e o suspeito revelou à polícia que não é portador de SIDA, tendo utilizado uma seringa que continha sangue falso para ameaçar os outros apostadores. A polícia ainda está à espera do relatório ao teste de sangue. O detido de 27 anos já foi transferido para o Ministério Público para a investigação.
Hoje Macau BrevesAssociação diz que nova biblioteca pode trazer vitalidade cultural Wong Ka Fai, presidente da Associação para a Reinvenção de Estudos do Património Cultural, concorda com a decisão do Governo em transformar o antigo tribunal na nova Biblioteca Central. A Associação diz que, pelo facto de ficar no centro, o novo espaço pode ser articulado não só com a necessidade de leitura dos moradores da zona, mas também com o Centro Histórico e projectos culturais que a ele ficam próximos, como o Anim’Arte Nam Van e a C-SHOP. Tal, diz, contribui para mais um avanço na melhoria do ambiente artístico e cultural da zona. “Com a revitalização, o velho tribunal serve não só como um espaço de descanso dos cidadãos, mas atrai também mais a visita dos turistas à zona sul. Entrando na nova biblioteca, os turistas utilizam as instalações mas sentem também o contexto cultural histórico único de Macau.”
Hoje Macau BrevesReajustamentos de autocarros no Cotai Face à conclusão sucessiva de instalações turísticas no Cotai, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) vai proceder ao ajustamento da localização de algumas paragens e à alteração da sua designação. Neste sentido, a paragem “Rotunda Flor de Lótus -2” será conhecida por “Est. do Istmo/Studio City”, a paragem “Av. da Nave Desportiva/Rotunda da U.C.T.” será deslocada para a frente numa distância aproximada de 250 metros e a paragem “Av. Dr. Henry Fok/Av. do Aeroporto” vai ficar fora do complexo turístico Wynn Palace, sito na Avenida Dr. Henry Fok, enquanto as paragens “Rotunda da U.C.T./M.U.S.T.”, “Rotunda do Istmo/C.O.D.”, “Av. da Nave Desportiva/Rotunda da U.C.T.” e “Av. Dr. Henry Fok/Av. do Aeroporto” passam a ser conhecidas, respectivamente, por “Av. Dr. Henry Fok/M.U.S.T.”, “Av. Dr. Henry Fok/C.O.D.”, “Av. da Nave Desportiva/Wynn Palace” e “Av. Dr. Henry Fok/Wynn Palace”. Em articulação com este ajustamento, a DSAT vai actualizar as informações dos autocarros na sua página electrónica.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim critica visita de Dalai Lama ao Parlamento Europeu A visita do Dalai Lama ao Parlamento Europeu (PE) não foi vista com bons olhos, e o aviso de que as relações entre Pequim e Bruxelas podem sair beliscadas foi feito pelo Ministro dos Negócios chinês, durante uma conferência na capital chinesa [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China criticou na segunda-feira o Parlamento Europeu por ter recebido o Dalai Lama, o líder político e espiritual dos tibetanos, afirmando que aquela decisão poderá danificar as relações entre Bruxelas e Pequim. Durante as suas declarações em Estrasburgo, na semana passada, o líder religioso apelou à União Europeia para que “critique de forma construtiva” a China, na questão do Tibete. “A China opõe-se firmemente às acções equivocadas do Parlamento Europeu”, afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Lu Kang, numa conferência de imprensa, em Pequim. Situada na cordilheira dos Himalaias, o Tibete é uma das regiões chinesas mais vulneráveis ao separatismo. O Dalai Lama vive exilado na vizinha Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa, em 1959. Pele de cordeiro Pequim pressiona com frequência entidades e líderes estrangeiros a não receberem o Dalai Lama, que em 1989 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, acusando-o de ser um “lobo que veste como um monge” e procura a independência do Tibete, através de “terrorismo espiritual”. Lu lembrou que as relações entre a UE e a China estão a desenvolver-se rapidamente e que existe boa comunicação entre os dois lados, acrescentando: “Mas, desta vez, os líderes do Parlamento Europeu insistiram obstinadamente em adoptar a sua própria via e tomar a posição errada, prejudicando os interesses estratégicos da China e danificando seriamente a base política para os intercâmbios parlamentares bilaterais”. O Dalai Lama apelou aos políticos europeus para que façam uma crítica construtiva à China, na questão do Tibete, “numa altura em que os líderes chineses, até os mais ortodoxos neste aspecto, estão a enfrentar um dilema sobre como lidar com o problema”. No mês passado, o Partido Comunista Chinês (PCC) anunciou a nomeação de um novo secretário-geral da organização no Tibete, Wu Yingjie, que substitiu Chen Quanguo, que abandona os seus cargos no comité central do PCC na região, por razões não detalhadas.
Hoje Macau SociedadeMacau | Aberto mais um centro para tratamento de dependências [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM) inaugurou ontem um novo centro para tratamento de dependências como droga, álcool e jogo, com capacidade para acolher um total de 80 pacientes. “É um projecto antigo. Na ARTM temos estado sempre lotados e havia necessidade de aumentar o espaço, a capacidade de apoio. É um projecto que vem desde há muito tempo, desde 2008 sensivelmente que o temos em mente, e agora finalmente concretizou-se”, explicou o presidente da ARTM, Augusto Nogueira. O centro tem capacidade para acolher 50 homens e 20 mulheres, estando reservadas dez camas para pessoas de ambos os sexos que “requeiram cuidados intensivos” ou que “estejam em grave situação de saúde”. Trata-se da primeira valência da ARTM – fundada há mais de década e meia – direccionada em particular para diferentes tipos de dependências, apesar de os vários centros da organização não-governamental terem lidado no passado com casos de outras adições. “Já temos vindo a trabalhar com pessoas com álcool e uma ou outra com problemas de jogo, apenas não estávamos focalizados para isso e agora vamos estar”, sublinhou Augusto Nogueira à agência Lusa. Frentes diversas Localizada em Ka-Hó, na ilha de Coloane, a nova unidade de reabilitação da ARTM conta com 28 funcionários, incluindo colaboradores que estiveram recentemente na Austrália a receber “formação intensiva”. Das três dependências, Augusto Nogueira salienta que a droga constitui a que “exige maior atenção”, por ser aquela em que a organização que fundou e preside é “especializada” e por “requerer maior atenção, tanto a nível do tratamento como da prevenção”. Segundo dados do Sistema de Registo Central do Instituto de Acção Social (IAS) estavam referenciados, no final do ano passado, 617 toxicodependentes em Macau. Um número calculado com base na declaração voluntária de quem solicita ajuda, junto das instituições oficiais ou organizações não-governamentais, ou em dados da polícia ou dos tribunais, pelo que, como observa o presidente da ARTM, estima-se que “o número real seja superior”. A ARTM opera em diversas frentes, contando com centros ou unidades de tratamento, incluindo com metadona, além de um programa de distribuição ou recolha de seringas e serviços de aconselhamento e apoio e ainda prevenção e sensibilização.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Rácio entre crédito e PIB acima dos 30% coloca economia em risco O principal indicador de dívida da China atingiu um nível recorde no primeiro trimestre de 2016, dando um sinal de alerta para os riscos iminentes no sistema bancário da segunda maior economia do mundo, avançou ontem uma agência financeira suíça [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]ntre Janeiro e Março, o desvio do rácio entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 30,1%, o nível mais alto de sempre e bem acima dos 10%, o patamar que “acarreta riscos para o sistema bancário”, segundo o relatório difundido ontem pelo Bank for International Settlements (BIS) que alertou também para a possibilidade de uma crise financeira na segunda economia mundial, nos próximos três anos. A dívida da China tem aumentado à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, num esforço para incentivar o crescimento económico. Analistas chineses e estrangeiros alertam, no entanto, que o rápido aumento da dívida e do crédito mal parado poderá resultar numa crise financeira. A agência suíça coloca o nível da dívida chinesa, entre Janeiro e Março, acima de todos os outros 41 países analisados, incluindo os Estados Unidos da América, Grécia e Reino Unido. No final do ano passado, o endividamento da China atingiu o valor total de 168,48 mil milhões de yuan, o equivalente a 249% do PIB, segundo a Academia de Ciências Sociais da China. Em combate Em Agosto, todos os quatro maiores bancos estatais chineses anunciaram um aumento do crédito mal parado, no primeiro semestre do ano. Um funcionário do regulador bancário chinês estimou, em Junho, que os bancos do país amortizaram mais de 269 mil milhões de euros, um valor superior ao PIB português, em crédito mal parado, desde 2013. Pequim anunciou, entretanto, medidas para combater o problema, incluindo a conversão das dívidas em títulos, enquanto analistas defendem que as reservas cambiais da China, as maiores do mundo, e o controlo do Estado sobre o sistema bancário podem ajudar a atenuar o impacto de uma crise financeira.
Hoje Macau EventosMacau Original Melodies apoia nova causa solidária [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo terceiro ano consecutivo vai ser lançado o álbum “Macau Original Melodies” que conta com a participação de cantores locais e cujos lucros das vendas revertem para a Associação de Síndrome de Down de Macau. Esta iniciativa é financiada pela Fundação Macau, pelo Gabinete dos Assuntos Sociais e Cultura e é produzido pelo músico Hyper Lo e pela SP Entertainment. A cerimónia de lançamento é no dia 24, às 17h00, no Centro de Convenções e Entretenimento da Torre de Macau. Artistas como David Chan, Anabela Ieong, Fanny Cheong, Hyper Lo, Cherry Ho, AJ, Josie Ho e José Rodrigues aceitaram dar as mãos para participarem na gravação do álbum. Esta iniciativa que acontece pelo terceiro ano consecutivo já atingiu um importante patamar de reconhecimento pelo impacto social na área dos grupos menos privilegiados. “Este ano, o grupo continua a espalhar amor e carinho, não se limitando à composição de temas para ajudar a Associação de Síndrome de Down de Macau, mas também dando a oportunidade aos membros da referida Associação de mostrar os seus talentos de diversas maneiras. Como? Convidando os utentes a cantarem um dos dez temas que incluem o disco.” Os lucros vão reverter para a Associação e o cd estará à venda em lojas locais e de Hong Kong e plataformas de música online.
Hoje Macau BrevesAcademia Jao Tsung- I abre espaços a associações culturais A Academia Jao Tsung-I vai abrir ao público alguns dos seus espaços. A ideia é estimular a divulgação, a investigação e o intercâmbio cultural e artístico, pelo que o Instituto Cultural (IC) lançou o Plano de Utilização dos Espaços da Academia, que possibilita a organizações locais registadas utilizarem os espaços desta Academia para a realização de actividades culturais e artísticas não lucrativas. As inscrições já estão abertas. O IC disponibiliza os espaços da biblioteca do rés-do-chão e do auditório do 1º andar da Academia, que poderão ser utilizados por quaisquer organizações sem fins lucrativos e cujas iniciativas estejam abertas ao público. A prioridade será dada às actividades relacionadas com a cultura e arte chinesas. Para utilizarem estes espaços, os requerentes devem preencher os formulários na página da Academia. Os períodos disponíveis para a utilização dos espaços são das 10h00 às 12h00 ou das 15h00 às 17h00 de terça a sexta-feira, e das 15h00 às 17h00 aos sábados.
Hoje Macau BrevesIACM não detecta anomalias no leite da Arborea O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) assegura que já procedeu à recolha de amostras de leite produzido pela empresa Arbórea e que não foi encontrada nenhuma anomalia. De acordo com notícias veiculadas pela imprensa italiana, país de origem da empresa, havia suspeitas da existência da aflatoxina M1, substância cancerígena, fora dos padrões normais num lote de pacotes de leite produzidos por esta cooperativa. O Centro de Segurança Alimentar do IACM estava a acompanhar a situação, mas até ao momento não há informação de que o lote no qual foram identificados os níveis elevados da substância tenham entrado no mercado local. O Centro diz que “também não verificou, ainda, no sistema de fiscalização de incidentes de produtos alimentares correntes no mercado qualquer comunicação sobre devolução dos respectivos produtos”.
Hoje Macau BrevesJovem de Hong Kong terá cometido suicídio O caso da morte do jovem residente de Hong Kong registado na manhã de domingo após queda da passagem aérea que serve a zona do Terminal Marítimo do Porto Exterior está a ser investigado pela Polícia Judiciária enquanto caso de presumível suicídio. Uma notícia adiantada ontem pela imprensa local dá a conhecer o caso de um jovem de 20 anos que terá caído daquela passagem aérea. Após notificado, por volta das 8h00, o Corpo de Bombeiros transportou o indivíduo para o Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde o jovem de Hong Kong veio a falecer vítima de ferimentos graves.
Hoje Macau PolíticaConcurso para Biblioteca Central até fim do ano ou início de 2017 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo concurso de arquitectura para a futura Biblioteca Central vai ser lançado até ao final do ano ou início de 2017, disse o presidente do Instituto Cultural (IC), Guilherme Ung Vai Meng. Este falava numa sessão de esclarecimento no fim-de-semana passado, onde frisou ainda que cerca de 70 mil documentos em Português são guardados nos armazéns dos edifícios industriais e o espaço da nova biblioteca vai ser “útil” para a sua preservação e recuperação. A nova biblioteca, que vai ocupar dois edifícios antes ocupados pelo antigo tribunal e Polícia Judiciária (PJ), no centro da cidade, contempla 11 pisos e uma área de 33 mil metros quadrados, sendo que custará 900 milhões de patacas apenas para a estrutura. Em 2008 foi objecto de um concurso público, que entretanto foi alvo de uma investigação do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) e posteriormente suspenso. O IC assumiu então o projecto, no qual está a trabalhar em conjunto com as Obras Públicas. Nenhuma das propostas submetidas a concurso foi aproveitada, tendo sido decidido lançar novo concurso. “Nós, Instituto Cultural, e a Direcção de Obras Públicas vamos trabalhar em conjunto neste concurso. (…) Não vamos usar o passado concurso, vamos fazer um novo.” Para os de cá Numa apresentação à imprensa, no final de Agosto, Ung Vai Meng disse que o concurso deveria atrair “talentos locais” e que não deveria ser aberto a designers internacionais. “Este fim de ano vamos começar este concurso público (…) para o planeamento da nova biblioteca central e vamos acabar a construção por volta de 2018″, acrescentou a chefe do departamento de gestão de bibliotecas públicas, Tang Mei Lin.”Ainda estamos a começar, mas são muitos documentos e temos de fazer as traduções e as preparações das partes financeiras, por isso, nós planeamos [lançar o concurso de arquitectura] este ano, mas pode vir a ser no início do próximo ano”. Durante a apresentação, residentes, incluindo arquitectos locais e estudantes, colocaram dúvidas sobre o cálculo do valor do orçamento e localização da nova biblioteca. Tal como já tinha afirmado noutras ocasiões, Ung Vai Meng disse que o valor foi apresentado pelas Obras Públicas, com base em cálculos sobre custos de materiais até 2019 e valor do preço do metro quadrado. Sobre a localização, Tang Mei Lin afirmou que enquanto noutras partes do mundo há uma tendência para as novas bibliotecas serem afastadas do centro da cidade, na Ásia é normalmente privilegiado o coração urbano. Deverá estar pronta no prazo de cinco anos, estimou ainda Tang Mei Lin.
Hoje Macau SociedadeDesporto | Centro de alto rendimento concluído em três anos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] centro de alto rendimento há muito prometido pelo Governo vai estar concluído, depois de sucessivos atrasos, dentro de três anos, revelou o presidente do Instituto do Desporto (ID), Pun Weng Kun. O centro destina-se a acolher os atletas de alto rendimento que participam no plano de formação e, numa fase posterior, “caso haja condições”, atletas estrangeiros. “A elaboração do projecto já está na última fase (…). Esperamos que esteja concluído dentro de três anos”, disse Pun Weng Kun à agência Lusa, referindo-se ao Centro Polivalente de Estágio, que deveria ter sido inaugurado no ano passado, à luz das previsões de 2012. Actualmente, há mais de uma centena de atletas de elite incluídos no programa de apoio financeiro concebido pelo Governo em 2014. Contudo, apenas dez se dedicam em exclusivo a uma modalidade, com formação especializada. No nível mais elevado do programa – reservado a medalhados com ouro em Mundiais ou Jogos Asiáticos – está apenas Huang Junhua, praticante de Wushu, que recebe 25 mil patacas mensais, segundo dados do ID. Nas modalidades praticadas pelos restantes nove, incluindo portadores de deficiência, há sobretudo artes marciais – Wushu, Karaté e Taekwondo. Estes encontram-se numa categoria inferior, que também exige a conquista de pódios em competições internacionais, recebendo um financiamento menor. Os dez atletas de elite treinam pelo menos cinco dias por semana ou um mínimo de 25 horas. O programa divide os atletas em três grandes níveis, subdivididos em diversas categorias, às quais correspondem por conseguinte distintos financiamentos. O presidente do ID reconheceu que “no passado, o número era maior”, pelo que a ideia passa por “sensibilizar os atletas para que adiram ao programa de modo a passarem para um nível semi-profissional ou profissional”. Apesar do plano não exigir a prática de uma modalidade específica, admitiu a vontade de “aumentar o nível desportivo”, em particular das artes marciais – com especial destaque para o Wushu –, por permitirem uma “formação mais sistemática”, como disciplinas individuais. O ID pretende melhorar a formação em outros desportos como ténis de mesa, barcos-dragão ou futebol: “Não é por se ter bons ou maus resultados, é porque são as modalidades favoritas e as mais praticadas pela população”. Alta competição confusa Manuel Silvério, presidente do ID de 1996 a 2008, considerou “inconsequentes” os planos ao nível da alta competição. Por um lado, encontra-se centralizada nas associações desportivas – subsidiadas – marcadas por “puro amadorismo” e, por outro, “há um corte entre o desporto escolar e o desporto federado ou associativo”, uma ligação que seria fundamental para “haver um verdadeiro desenvolvimento para se chegar à alta competição”, defendeu o ex-dirigente do ID. Apesar de reconhecer que “não existe nenhuma fórmula”, considerou que a “falta de hábitos dos técnicos, dos dirigentes, dos atletas, de instalações ou os calendários de competições confusos” impedem o fomento da alta competição. Em paralelo, a falta de instalações desportivas é um dos grandes entraves à prática de determinadas modalidades em Macau, como o futebol. Para Manuel Silvério, o “Desporto para Todos”, que promove actividades e eventos com o objectivo de divulgar as vantagens do exercício físico, contribui para agravar o problema, pois entra em conflito com o desporto associativo, apesar de reconhecer que essa política – também vigente enquanto esteve à frente do ID – foi relevante no passado. “Sei de equipas da I divisão [de futebol] que não conseguem campos para treinar. Muitas vezes é por causa do ‘Desporto para Todos’. Os campeonatos são interrompidos por causa de uma efeméride, para uns joguinhos de idosos, para o festival das mulheres, para as competições dos deficientes. (…) Num espaço tão exíguo, já com tantos atritos entre modalidades, estarmos ainda a insistir nesse tipo de campanha é chover no molhado”, considerou. Família para sempre Manuel Silvério defende que a região “deve continuar a batalhar” para integrar a família olímpica, uma ambição que remonta ao final da década de 1980. “Macau deve continuar a batalhar para filiar-se nesta grande família olímpica. A filiação no COI [Comité Olímpico Internacional] é um direito e até é um dever das gentes de Macau de lutar por ela”, afirmou. Manuel Silvério, que foi dirigente do ID desde 1996 até 2008 e integrou a direcção do Comité Olímpico de Macau (COM) até 2008, mantém que o território não está a ser tratado “em pé de igualdade” com Hong Kong, que integra o COI e se estreou nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, em 1952, então como colónia britânica. Além disso, depois de 1999, “Macau deu mais contributo do que outros comités olímpicos nacionais” para o desenvolvimento do movimento olímpico, mais acentuadamente na Ásia, organizando e participando nos mais diversos eventos sob a égide do olimpismo. O pedido de adesão “nunca foi recusado formal ou informalmente” e isso “é importante”, sublinhou, destacando ainda que “apesar de Macau não ser membro do COI, continua a ser membro de pleno direito do Conselho Olímpico da Ásia (COA)”. “É a única janela que Macau ainda tem para participar nessas competições internacionais a nível da Ásia” e permitiu, aliás, a Macau organizar os Jogos da Ásia Oriental (2005), os Jogos da Lusofonia (2006) e os Jogos Asiáticos em Recinto Coberto (2007). Em 1996, o COI alterou os estatutos, clarificando que apenas os “Estados independentes” podem ser membros do COI, razão pela qual “Macau não reúne condições”. As dúvidas persistem, no entanto, por, segundo Silvério, nunca ter chegado um “não”, mas também por o pedido de adesão ser anterior às mudanças dos estatutos do COI. Tanto que, em 1997, aquando de uma visita a Macau, o então presidente do COI, Juan António Samaranch, – que garantiu que Macau teria em si um “advogado de defesa” – afirmou que a participação do então enclave português em provas internacionais e o facto de ter solicitado a sua adesão ainda durante a vigência do artigo que permitia o reconhecimento de territórios poderia “funcionar como um reforço das aspirações de Macau”.
Hoje Macau Manchete SociedadeIPM | Laboratório de tradução automática para breve É a revolução que pode ajudar a diminuir as dificuldades da tradução no Governo: o IPM quer inaugurar em breve um laboratório de tradução automática de Chinês e Português e já tem colaboradores prontos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) vai inaugurar, em breve, um laboratório de tradução automática de Chinês e Português, projecto de “grande importância” que tem como parceiro o Politécnico de Leiria, disse à agência Lusa o presidente da instituição. O laboratório vai ser inaugurado, em princípio, no próximo mês, por ocasião da V Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau), a 11 e 12 de Outubro, indicou Lei Heong Iok. Esse laboratório, que vai funcionar no IPM, contará com três equipas, versadas em particular na área da Informática e da Interpretação/Tradução, em que membros de Macau, de Portugal e do interior da China vão trabalhar em conjunto para conceber uma “máquina” capaz de traduzir de Chinês para Português e de Português para Chinês. “É um projecto difícil, mas de grande significado”, observou, explicando que o laboratório conjunto das duas instituições de ensino superior – parceiras de longa data – vai contar com outros reforços de Portugal e do interior da China. “Tem o apoio da Universidade de Coimbra. E, do outro lado, conta com o apoio técnico da maior empresa de tradução da China, porque eles já têm tecnologia na área da tradução Chinês-Inglês/Inglês-Chinês”, e da Universidade de Línguas Estrangeiras de Cantão, explicou Lei Heong Iok. A porta não está, contudo, fechada à entrada de novos parceiros, com o presidente do IPM a referir que outras universidades portuguesas e/ou chinesas com interesse ou cursos de tradução automática podem vir a contribuir, no futuro, para o projecto. “Se conseguirmos [conceber] um computador intérprete/tradutor automático quem ganhará com isso é a Administração de Macau. Hoje em dia fala-se muito de dificuldades, da falta de intérpretes/tradutores, de bilingues, há queixas de burocracia, lentidão. Se conseguirmos um computador que saiba traduzir Português-Chinês e Chinês-Português vai ser um grande instrumento”, afirmou o presidente do IPM, deixando claro que a ideia não é criar uma máquina para substituir o homem, mas apoiá-lo e reduzir o volume de trabalho que enfrenta, reiterou Lei Heong Iok, dando o exemplo que lhe serviu de inspiração: o sistema usado pela União Europeia. “Visitei a União Europeia e eles mostraram-me a máquina de Português-Inglês ou Francês. Eu pensei: por que não [utilizar um sistema idêntico] em Macau? Temos duas línguas oficiais e há tantas dificuldades e queixas”, explicou Lei Heong Iok, indicando que na área da conversão assistida há “pouca coisa”. “De facto, outras instituições também pensaram nesse sentido mas não conseguiram resultados satisfatórios”, apontou Lei, indicando que a primeira meta a atingir é até 2020. Esse objectivo passa por “resolver problemas que existem neste momento na área da tradução na administração pública”, podendo depois evoluir para outras áreas, como a da Educação ou mesmo Medicina. Qualidade e orçamentos Lei Heong Iok reconheceu, porém, que a qualidade é um importante factor a ter em conta: “É sempre um problema, a gente tem sempre de se esforçar pela excelência. Depende também das áreas, a da ciência e tecnologia não é tão difícil.” Sobre o financiamento do novo laboratório, com uma área de 200 metros quadrados, indicou que o IPM “começou com alguns milhões”, sem especificar. Este projecto é financiado pelo IPM e a empresa de Pequim. Para o próximo ano, o orçamento do laboratório é de seis milhões de patacas, indicou, dando conta de que foi pedido apoio à Fundação Macau e encetados contactos com a Fundação de Ciência e Tecnologia de Macau. Bodas de prata Uma das principais metas do Instituto Politécnico de Macau (IPM) é dar o salto académico, oferecendo mais mestrados e doutoramentos, quando celebra, na próxima sexta-feira, 25 anos de existência, disse o presidente da instituição. O IPM cruzou o milénio com seis escolas, tantas quantas tem hoje: Língua e Tradução (a mais antiga), Saúde, Administração Pública, Educação e Desporto, Gestão e Artes. A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior de Portugal validou, até ao momento, dois – o de Administração Pública e o de Tradução/Interpretação português-chinês/chinês-português –, sendo que o IPM pretende pedir ajuda para mais cursos, incluindo na área da Saúde, de forma “a garantir a [sua] qualidade e reconhecimento internacional”. Português Global lançado em Outubro O manual de ensino “Português Global”, publicado pelo Instituto Politécnico de Macau (IPM), vai ser lançado oficialmente no próximo mês e depois distribuído na China graças a um inédito acordo com uma editora de Pequim. O lançamento vai ter lugar por ocasião da V conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau), marcada para 11 e 12 de Outubro, embora a data em concreto ainda esteja por decidir, adiantou à agência Lusa o presidente do IPM, Lei Heong Iok. O acordo alcançado no ano passado com a Commercial Press constitui o primeiro do tipo em que uma editora chinesa vai difundir manuais de ensino de Português produzidos fora do interior da China, como explicou, em Abril, o coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM, Carlos André. O manual é essencialmente o mesmo, com ligeiras variações, a fim de o moldar ainda mais ao público-alvo. Em princípio, no mesmo dia do lançamento oficial do manual, vai ser lançado um outro livro, editado pelo IPM, da autoria de Carlos André, adiantou Lei Heong Iok. “Uma língua para ver o mundo: olhando o português a partir de Macau” é o título da “colectânea de ensaios”, todos inéditos à excepção de dois, escritos ao longo do tempo, em particular nos últimos dois anos. “Reflexões” que incidem principalmente sobre o actual ponto de situação, mas “apontam obviamente perspectivas ou caminhos”.
Hoje Macau SociedadePatuá | Pensados planos de nova ortografia e aulas [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stão a ser preparados planos para promover o patuá, incluindo uma nova ortografia mais afastada do Português e a organização de aulas. O linguista Alan Baxter e o presidente da Associação dos Macaenses, Miguel Senna Fernandes, apresentaram os planos durante a conferência ‘Línguas em Contacto na Ásia e no Pacífico’, dedicada ao multilinguismo e com especial enfoque nos crioulos de base portuguesa da Ásia. O patuá, derivado do crioulo ‘kristang’ de Malaca e que incorpora Português e Chinês, foi em tempos língua corrente da comunidade macaense, mas acabou por cair em desuso. Hoje, o dialecto é preservado através do grupo de teatro Dóci Papiaçam di Macau, que encena uma peça por ano maioritariamente falada no crioulo. “Vou propor refazer o ‘Maquísta Chapado’ [glossário de patuá] e fazer uma coisa revolucionária, que se calhar vai chocar, que é propor uma outra ortografia para o patuá”, disse Senna Fernandes, que dirige o grupo de teatro, explicando que a forma como o patuá é hoje escrito utiliza a ortografia portuguesa. Segundo o macaense, a grafia portuguesa não permite traduzir o som para quem só domine, por exemplo, Inglês ou Chinês. “Todo o sistema é português. Não tenho nada contra isso, mas não chega (…) Vai implicar uma nova técnica para abordar a língua, mas não é nada do outro mundo. Porque temos de nos manter teimosamente num sistema que nem todos podem entender”, questionou. Grupos de interesse Senna Fernandes garantiu que há um interesse crescente no patuá e não apenas de ‘filhos da terra’. Confrontado com o interesse, por exemplo, de pessoas que vêm de Portugal, o presidente da Associação dos Macaenses confessou dificuldade em aconselhar meios de aprendizagem, já que não há aulas nem manual. A questão da aprendizagem foi mencionada, no final da conferência, por Alan Baxter, antigo director do Departamento de Português da Universidade de Macau (2007 – 2011) e especialista em crioulos de base portuguesa, que este ano regressou ao território para dirigir a Faculdade de Humanidades da Universidade de São José. “Acho que seria muito interessante criar um grupo de interesses, com pessoas da comunidade [macaense] e outras pessoas que gostariam de aprender patuá”, disse, garantindo que há material e linguistas, incluindo-se nesse grupo. “Poderíamos fazer bastante”, comentou. Na Universidade de São José, além de aulas, Baxter tem planos de apoiar o patuá em várias frentes: através da cedência de espaço para os ensaios do grupo de teatro e até criando disciplinas de pós-graduação sobre a “conservação da herança intangível linguística”. Outra ideia avançada – todas ainda no campo das intenções –, é juntar grupos de interessados em Malaca, onde podem aprender o ‘kristang’ de forma mais sistematizada, sendo depois mais fácil, acredita, adaptar o crioulo ao de Macau.
Hoje Macau SociedadeHo Chio Meng já foi acusado [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério Público (MP) já deduziu acusação contra o ex-Procurador da RAEM no final de Agosto. Segundo a Rádio Macau, Ho Chio Meng requereu abertura de instrução ao Tribunal de Última Instância (TUI), pelo que um dos três juízes do tribunal terá de decidir se há provas suficientes para levar o arguido a julgamento pelos crimes de que é acusado. A acusação terá sido deduzida no final de Agosto, já na recta final de terminar o prazo para manter Ho Chio Meng em prisão preventiva com o processo ainda em fase de inquérito. À Rádio Macau, o Ministério Público limita-se a dizer que o caso está em “processo judicial” e que “não tem qualquer informação a divulgar”. Ho Chio Meng está em prisão preventiva desde 26 de Fevereiro por suspeitas de corrupção. O arguido é suspeito de ter favorecido familiares na adjudicação de obras e serviços durante dez dos 15 anos em que foi Procurador. O processo decorre de imediato no TUI porque o arguido é acusado por crimes que terá cometido enquanto exercia um cargo público. A fase de instrução tem duração máxima de dois meses, a contar a partir da data do despacho que a declarou aberta.