Hoje Macau SociedadeApoios | Subsídio provisório de invalidez deverá passar a pensão A Comissão para os Assuntos de Reabilitação discutiu ontem a possibilidade de tornar permanente o subsídio provisório de invalidez. O plano para tornar a cidade mais acessível a quem tem dificuldades de locomoção também esteve em debate. As regras não vão chegar ao sector privado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] proposta partiu do Fundo de Segurança Social e foi ontem debatida na Comissão para os Assuntos de Reabilitação. Na primeira sessão plenária do ano, propôs-se que seja eliminada uma das condições exigidas para o pedido de atribuição da pensão de validez. Se a sugestão for acolhida, deixa de ser necessária a obtenção da qualidade de beneficiário antes da verificação da invalidez. Com esta alteração à legislação em vigor, pretende-se que os portadores de deficiências possam ter direitos iguais em termos de protecção social. “Vamos propor que o subsídio provisório de invalidez passe a pensão de invalidez”, sintetizou o chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto de Acção Social (IAS). “Por isso, as pessoas que reúnem as condições podem passar a receber a pensão de invalidez, sendo o valor mensal de 3450 patacas”, indicou Choi Siu Un. Este ano, o prazo de atribuição do subsídio foi alargado até 31 de Dezembro de 2017. A lei que consagra este tipo de apoio entrou em vigor em 2010 e há mais de dois anos que tem estado a ser analisada. A Comissão para os Assuntos de Reabilitação acredita que a mudança resultará na simplificação das operações, com vantagens para os beneficiários. Só inspiração Em cima da mesa esteve ainda o projecto sobre as “normas para a concepção de design universal e livre de barreiras”. Macau acordou tarde para a necessidade de acabar com os obstáculos a quem tem dificuldades de locomoção, mas não só – as directrizes estão a ser pensadas também para quem transporta malas e empurra carrinhos de bebé. Agora, a Administração quer arrepiar caminho e ter o processo concluído até ao final deste ano. No entanto, o projecto diz apenas respeito às instalações com intervenção do erário público. “As normas vão ser aplicadas primeiro nas obras públicas e nas obras subsidiadas. Uma vez implementadas as instruções, devem ser respeitadas pelos serviços públicos”, garantiu Choi Siu Un. Questionado sobre a obrigatoriedade de aplicação destas regras em construções a serem feitas, no futuro, pelo sector privado, o chefe de departamento do IAS não respondeu directamente. Disse apenas que as directrizes “servirão de padrão para que haja um ambiente sem barreiras”. Além disso, funcionarão como um “exemplo para as instituições particulares”. Serão elas a decidir se querem ou não facilitar a vida a quem, por exemplo, não consegue subir umas escadas. Em meados do mês passado, a Administração fez cinco sessões de recolha de opiniões sobre este projecto, tendo ouvido 25 entidades que lidam com a reabilitação, 230 pessoas portadoras de deficiência, e 12 organizações profissionais e associações comerciais. Mais dois autocarros O serviço de autocarros de reabilitação foi outro assunto abordado no encontro que contou com a presença do secretário Alexis Tam. Neste momento, existem sete veículos em circulação que, por ano, providenciam 30 mil viagens. “Estes autocarros são utilizados com marcação prévia. Agora, estamos a planear traçar outro projecto sem marcação prévia. Estamos ainda a pensar no circuito, porque tem que ver com a rede de transportes públicos, pelo que tem de ser estudado”, declarou Choi Siu Un. A Caritas Macau vai dar o apoio necessário ao projecto. O IAS – que financia os autocarros – está ainda a planear a introdução de mais duas viaturas. “As instituições particulares vão ajudar-nos a gerir este serviço”, rematou o chefe do Departamento de Solidariedade Social.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Advogados processam autoridades por altos níveis de poluição [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] advogado Cheng Hai quer receber do Governo de Pequim uma compensação pelo “desgaste emocional” e danos para a saúde provocados pelas vagas de poluição que frequentemente atingem a cidade. “Há quem pense que, com o desenvolvimento económico, a poluição atmosférica é inevitável, mas isso é um erro”, disse Cheng, de 64 anos, citado pela Associated Press. “Temos leis que protegem a qualidade do ar e níveis altos de poluição podem ser evitados se estas foram devidamente aplicadas”, acrescentou. As palavras de Cheng ilustram o crescente descontentamento da classe média chinesa com a poluição que afecta a maioria das cidades do país. O tema deve voltar a ser debatido durante a sessão anual da Assembleia Nacional Popular, órgão máximo legislativo da China, três anos após o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ter declarado “guerra à poluição”. Desde então, as autoridades encerraram fábricas a carvão e retiraram os veículos mais antigos e poluentes das estradas. Dados oficiais revelam que essas medidas têm surtido efeito, com a qualidade do ar em Pequim a melhorar todos os anos, desde 2013. No entanto, a concentração média de partículas PM 2,5, as mais finas e susceptíveis de se infiltrarem nos pulmões, em Pequim, continua a ser sete vezes acima do nível máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde. “Somos vítimas da poluição e temos o direito de pedir ao Governo um pedido de desculpas e uma compensação”, afirmou o advogado Yu Wensheng, de 50 anos e natural de Pequim, citado pela AP. As acusações de que as autoridades falham em lidar efectivamente com a poluição são importantes para mostrar que o Governo não está acima da lei, afirmou Yu. “Se o Governo não é condicionado pela lei, que mais o poderá condicionar?”, questionou Yu, que em 2014 esteve detido, acusado de apoiar os protestos pró-democracia em Hong Kong e advogados dos Direitos Humanos. O grupo de advogados tentou ainda processar a província de Hebei, que confina com Pequim, e a cidade portuária de Tianjin, a 120 quilómetros da capital. Dizem que os processos visam sobretudo chamar a atenção para a inércia do Governo. Prós e contras Três décadas de acelerado desenvolvimento económico permitiram retirar da pobreza centenas de milhões de chineses, mas tiveram efeitos devastadores para o ambiente do país. Só este ano, Pequim vai gastar 2,7 mil milhões de dólares (2,5 milhões de euros) a combater a poluição. Parte do dinheiro será destinado a encerrar ou modernizar mais de 3.000 fábricas poluentes, substituir o uso de carvão por energias limpas e retirar das estradas 300.000 veículos altamente poluentes.
Hoje Macau China / ÁsiaKim Jong-nam | Coreia do Norte atribui morte a ataque cardíaco [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m emissário da Coreia do Norte negou ontem que Kim Jong-nam, meio-irmão do líder do país, Kim Jong-un, tenha sido assassinado com veneno e atribuiu a sua morte em 13 de Fevereiro a um ataque de coração. Ri Tong Il, embaixador da Coreia do Norte na ONU, que dirige uma delegação norte-coreana enviada à Malásia para reclamar o cadáver, negou a versão malaia numa declaração à imprensa diante da embaixada norte-coreana, segundo o canal televisivo Channel News Asia. O embaixador adiantou que a vítima tinha um historial médico de problemas cardíacos e pressão sanguínea alta e assegurou que há fortes indícios de que a sua morte se deveu a um ataque de coração, adiantou a mesma fonte. Ri disse ainda que se a causa da morte fosse o veneno VX, como disseram as autoridades da Malásia, deveriam enviar-se amostras do agente tóxico para a Organização para a Proibição de Armas Químicas. Outra verdade A Malásia indicou, com base numa autópsia preliminar, que Kim Jong-nam morreu minutos depois de duas mulheres, uma indonésia e uma vietnamita, terem lançado para o seu rosto o agente VX, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, a 13 de Fevereiro. A polícia malaia crê que ambas foram recrutadas por quatro norte-coreanos que fugiram do país no mesmo dia 13 de Fevereiro, horas após o incidente, e pediu a ajuda da Interpol para os localizar. Siti Aisyah, de 25 anos e nacionalidade indonésia, e Doan Thi Huong, de 28 e oriunda do Vietname, foram formalmente acusadas de homicídio na Malásia na quarta-feira e podem ser condenadas à pena capital se forem consideradas culpadas. Horas depois de as duas mulheres suspeitas do ataque serem formalmente acusadas, a agência oficial norte-coreana KCNA escreveu que a alegação, no relatório da autópsia, de que pequenas quantidades do veneno extremamente tóxico foram detectadas no cadáver é “um absurdo” a que falta “rigor científico e coerência lógica”.
Hoje Macau SociedadeLucros da SJM caíram 5,6 por cento em 2016 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Sociedade de Jogos de Macau (SJM) anunciou uma queda de 5,6 por cento nos seus lucros em 2016, que totalizaram 2,327 mil milhões de dólares de Hong Kong. Num comunicado enviado à bolsa de Hong Kong, a SJM reportou uma queda de 11,5 por cento no EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) para 3,417 mil milhões de dólares de Hong Kong, comparando com 2015. As receitas de jogo diminuíram 14,5 por cento, de 48,282 mil milhões de dólares de Hong Kong para 41,272 mil milhões em 2016. A SJM informou que em 2016 as receitas do grupo geradas pelo mercado VIP caíram 20,5 por cento e que as receitas no segmento de massas diminuíram 8,2 por cento. “Em 2016, o grupo representou 19,1 por cento das receitas dos casinos de Macau, no valor de 216,709 mil milhões de dólares de Hong Kong. A quota de mercado global do grupo diminuiu em relação aos 21,7 por cento registados em 2015”, adianta o comunicado. Até 31 de Dezembro, a SJM tinha 315 mesas de jogo VIP em operação (menos 71 em relação a 2015) e 20 promotores VIP (mais um do que no ano anterior). As receitas VIP do grupo passaram a corresponder a 17,3 por cento do total gerado pelos casinos de Macau nesse segmento, quando em 2015 a SJM detinha 20,2 por cento de quota no mercado VIP. Segundo a informação divulgada à bolsa de Hong Kong, a construção do novo empreendimento da SJM – o Grand Lisboa Palace – iniciada a 13 de Fevereiro de 2014, deverá estar concluída no final deste ano e abrir no primeiro semestre de 2018. A SJM disse em comunicado que “o desempenho do grupo em 2017 e no médio prazo é susceptível ao desempenho económico global da região envolvente, às políticas governamentais, e ao nível de visitantes, assim como ao ambiente de concorrência entre os operadores de casinos em Macau”. “Embora não seja claro por quanto tempo vão manter-se as condições que inibiram o crescimento da receita de jogo, o grupo mantém-se optimista quanto às suas perspectivas de futuro, tendo em conta o potencial de crescimento dos visitantes e despesa em Macau, o desenvolvimento de infra-estruturas que melhorem o acesso à região, e a prosperidade geral da região asiática”, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeHo Chio Meng | Acusação passa a pente fino milhares de contratos As testemunhas ouvidas pelo Tribunal de Última Instância não têm feito referência ao ex-procurador. Wong Kuok Wai, empresário a ser julgado no processo conexo, é a pessoa de quem se fala quando em causa estão transacções e contratos [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]as últimas sessões do julgamento de Ho Chio Meng, o nome do antigo procurador não tem sido referido pelas testemunhas chamadas ao Tribunal de Última Instância. De acordo com o Canal Macau, que tem estado a acompanhar o julgamento, o empresário Wong Kuok Wai é o nome que tem sido apontado quando se fala na maior parte das transacções e contratos assinados. Segundo a estação de televisão, as testemunhas têm deixado a ideia de que era o empresário que contactava as empresas para a prestação de serviços, sendo que era também Wong Kuok Wai que cobrava comissões às companhias e o responsável pelo pagamento das despesas dos contratos. Nas últimas sessões, em que a acusação tem passado a pente fino os milhares de adjudicações, o nome de Ho Chio Meng não tem surgido. A acusação tem sublinhado que as adjudicações foram autorizadas pelo antigo líder do Ministério Público, mas as testemunhas, com ligações às empresas subadjudicatárias, não reconhecem sequer o nome do ex-procurador. O Canal Macau conta ainda que ontem foi possível ver alterações a facturas de uma empresa de construção. O documento original faz referência a despesas de obras de decoração da residência oficial de Ho Chio Meng, onde foi construída uma piscina para crianças que custou mais de 100 mil patacas. Foram também exibidas provas sobre obras na casa do irmão do ex-procurador e na residência de Cheoc Van que serviria para albergar convidados do MP, mas que Ho Chio Meng utilizaria para seu benefício. Também nestes casos terá sido Wong Kuok Wai a encomendar os serviços, de acordo com o que foi dito em tribunal. Uma das testemunhas explicou que o empresário pediu para que a referência ao local das intervenções fosse retirada das facturas apresentadas ao MP. De resto, numa sessão em que foram ouvidas mais de dez testemunhas, três delas apontaram Roque Chan – funcionário do MP e irmão da antiga secretária para a Administração e Justiça –, como o outro nome de contacto. Em silêncio A mulher de Ho Chio Meng compareceu ontem pela primeira vez no Tribunal Judicial de Base para ser julgada pelos crimes de riqueza injustificada e prestação de falsas declarações, noticiou a Rádio Macau. Arguida no processo conexo ao do antigo procurador, Chao Sio Fu faltou às primeiras semanas de julgamento para dar assistência a um dos filhos do casal que está em tratamento hospitalar. No tribunal, Chao Sio Fu permaneceu em silêncio.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Regina Ip desiste de candidatura a chefe do Executivo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] antiga secretária para a Segurança de Hong Kong Regina Ip anunciou ontem a desistência das eleições para o cargo de chefe do Executivo da cidade, depois de não ter conseguido as necessárias 150 nomeações do comité eleitoral. Regina Ip disse que não só não conseguiu mais nomeações como perdeu algumas para outros candidatos a chefe do Executivo, depois de alguns membros do comité eleitoral terem mudado de ideias e desistido de apoiá-la. Qualquer candidato a chefe do Executivo de Hong Kong tem de conseguir o apoio de pelo menos 150 membros do comité eleitoral para concorrer às eleições. O comité eleitoral composto por cerca de 1.200 membros vai escolher o próximo líder de Hong Kong a 26 de Março. “Não posso continuar a minha campanha”, disse, segundo o jornal South China Morning Post. Regina Ip foi a primeira mulher secretária para a Segurança de Hong Kong, tendo apresentado a sua demissão em Julho de 2003, depois da contestação nas ruas contra uma polémica proposta da lei anti-subversão no território. A presidente do partido pró-Pequim New People’s Party disse que iria regressar na quinta-feira ao Conselho Legislativo (parlamento) para continuar o seu trabalho de deputada, escreveu a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). Corrida a três Os outros três – Carrie Lam, John Tsang e Woo Kwok-hing – submeteram as suas nomeações e foram confirmados como candidatos oficiais à eleição para o chefe do Executivo. A antiga número dois do actual governo, Carrie Lam, foi a que conseguiu maior apoio entre os membros do comité eleitoral, tendo visto aprovadas 572 das 579 nomeações que submeteu na terça-feira. Já as candidaturas de Tsang e de Woo obtiveram o apoio de 160 e de 179 membros do comité eleitoral, respectivamente. Nos últimos meses houve outros interessados nas eleições, mas que desistiram antes de apresentarem a respectiva candidatura oficial. É o caso de Leung Kwok-hung, o activista e deputado da League of Social Democrats (Liga dos Sociais Democratas), também conhecido por ‘long hair’ (cabelo comprido), que no sábado disse que não iria tentar a corrida eleitoral.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Pequim e Moscovo rejeitam sanções contra Damasco [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Rússia e a China vetaram terça-feira um projecto de resolução da ONU que previa sanções contra a Síria pela utilização de armas químicas no conflito que afecta aquele país há quase seis anos. Na votação realizada terça-feira no Conselho de Segurança da ONU, o projecto de resolução, apresentado pelo Reino Unido, França e Estados Unidos, recebeu nove votos favoráveis e três votos contra (China, Rússia e Bolívia). O Cazaquistão, Etiópia e o Egipto abstiveram-se. Washington, Paris, Londres, Pequim e Moscovo são os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e têm todos poder de veto. Na semana passada, a Rússia, aliada tradicional do regime de Damasco, já tinha anunciado o seu veto ao projecto de resolução. É a sétima vez que Moscovo utiliza o seu poder de veto para proteger o regime de Bashar al-Assad de sanções da ONU. Em seis dessas ocasiões, a China apoiou o veto russo. Algumas horas antes da votação, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que era inoportuno impor sanções à Síria em pleno processo de negociações de paz entre a oposição síria e o regime de Damasco. A guerra na Síria já fez mais de 310.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados, desde 2011. “Esta resolução é muito oportuna”, afirmou a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley, diante dos membros do Conselho de Segurança, após a votação. “É um dia triste para o Conselho de Segurança quando os membros começam a encontrar desculpas para outros Estados-membros que matam o seu próprio povo. O mundo está definitivamente mais perigoso” após esta rejeição, acrescentou a embaixadora. O projecto de resolução rejeitado terça-feira previa sanções contra 11 responsáveis sírios, principalmente chefes militares, e 10 organismos, todos com ligações a pelo menos três ataques com armas químicas, em 2014 e 2015. Estes ataques visaram as cidades sírias de Tell Mannas, Qmenas e Sarmin.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente filipino insta polícia a retomar a “guerra contra a droga” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, instou a polícia a servir novamente na “guerra contra a droga”, um mês depois de ter suspendido a campanha após a confirmação de corrupção no seio das forças de segurança. O Presidente filipino afirmou que deu ordens ao chefe da Polícia Nacional, Ronald dela Rosa, para “recrutar homens jovens e patriotas da Polícia Nacional como membros das forças de trabalho” nas operações anti-droga, em declarações reproduzidas ontem pela estação local ABS-CBN. “Tenho que fazê-lo porque me faltam homens”, disse Duterte, que não apontou uma data concreta ou mais detalhes sobre o reinício da campanha. O Presidente especificou, no entanto, que os polícias que integrem as futuras operações não devem estar envolvidos em corrupção. Duterte suspendeu a sua campanha anti-droga no final de Janeiro depois de reconhecer que, no âmbito desta, alguns agentes tinham levado a cabo práticas abusivas, como o sequestro e homicídio de um empresário no quartel-general da Polícia Nacional na cidade Quezón. Duterte prometeu então centrar-se em levar a cabo uma “limpeza” na Polícia Nacional e, uma vez finalizada, retomar as operações que desde o passado mês de Junho até Janeiro custaram a vida a mais de 7.000 alegados narcotraficantes e toxicodependentes. Às armas Vários políticos apoiantes de Duterte e o próprio chefe da Polícia Nacional, Ronald dela Rosa, instaram nos últimos dias o Presidente a retomar o quanto antes a campanha. Dela Rosa disse na segunda-feira que se isso não acontecer vão “perder-se os avanços conseguidos nos primeiros sete meses”. Por outro lado, as Forças Armadas das Filipinas assinaram na terça-feira um acordo com a agência anti-droga (PDEA) que serviu para envolver os militares do país na campanha contra o narcotráfico de Duterte. Duterte, que chegou ao poder em Junho de 2016, prometeu ‘limpar’ as Filipinas de narcotraficantes e toxicodependentes, por considerar que a droga está a destruir as novas gerações do país. Vários países e organizações internacionais criticaram a sua política de linha dura, denunciando que viola os direitos humanos.
Hoje Macau China / ÁsiaHerdeiro do reino da Samsung indiciado por corrupção O herdeiro do império da Samsung e quatro outros executivos do maior fabricante de ‘smartphones’ do mundo, foram indiciados ontem nomeadamente por corrupção no âmbito do vasto escândalo que afecta a Coreia do Sul há meses, informou o Ministério Público. [dropcap style=’circle’]”O[/dropcap]s procuradores especiais indiciaram hoje, (ontem), o vice-presidente da Samsung Electronics Lee Jae-Yong (…) por corrupção, desfalque, ocultação de activos no estrangeiro e perjúrio”, afirmou Lee Kyu-Chul, porta-voz da equipa que investiga o escândalo de corrupção e tráfico de influências que levou à destituição, ainda não definitiva, da Presidente, Park Geun-Hye. Maior fabricante mundial de ‘smartphones’, que representa um quinto da economia sul-coreana, a Samsung vê-se novamente envolvida num escândalo, quando ainda está a tentar recuperar do problema do Galaxy Note 7, cujas baterias explodiam. Vice-presidente da Samsung Electronics e filho do presidente do grupo, Lee Jae-Yong, 48 anos, é suspeito de ter pago cerca de 40 milhões de dólares em subornos à confidente de Park Geun-Hye, Choi Soon-Sil, conhecida como “Rasputina sul-coreana”, em troca de favores políticos. Lee, que se tornou no patrão de facto da Samsung, depois do pai ter sofrido um ataque de coração em 2014, em prisão preventiva desde dia 17, negou todas as acusações contra si. Os seus colegas enfrentam acusações idênticas à excepção da de perjúrio. Amiga do alheio O escândalo em causa centra-se em Choi Soon-Sil, amiga de 40 anos da Presidente, suspeita de ter usado pessoas para obrigar os grandes grupos industriais do país a “dar” quase 70 milhões de dólares a duvidosas fundações por si controladas. O Ministério Público considerou Park como cúmplice no caso, ao ter permitido que Choi interviesse em assuntos de Estado – apesar de não deter qualquer cargo público. Choi terá extorquido, com a sua conivência, os principais conglomerados do país para fazer entrar 77.400 milhões de won (cerca de 61 milhões de euros) em duas fundações que controlava, em troca de favores. O parlamento, controlado pela oposição, aprovou a destituição da Presidente a 9 de Dezembro por causa daquele que é um dos maiores escândalos políticos da história recente da Coreia do Sul, uma decisão que terá de ser ratificada pelo Tribunal Constitucional para ser definitiva. A justiça tem até Junho para decidir se Park tem de abdicar permanentemente ou pode voltar a assumir o cargo. Os poderes presidenciais de Park estão suspensos, com o primeiro-ministro a liderar o Governo. Caso a destituição de Park avance, a Coreia do Sul tem que realizar eleições presidenciais nos 60 dias seguintes. Mesmo no caso de o Constitucional rejeitar o “impeachment” parlamentar, a Coreia do Sul vai realizar eleições presidenciais no próximo dia 16 de Dezembro, já que o mandato de cinco anos de Park Geun-hye está prestes a expirar.
Hoje Macau EventosCasa Garden acolhe exposição de João Palla [vc_row][vc_column][vc_column_text] Casa Garden [dropcap style=’circle’]”T[/dropcap]racing Liners” foca os traços enquanto parte do espaço circundante e como objecto plástico. É assim um resumo possível para a exposição do arquitecto João Palla, inaugurada na próxima sexta-feira, às 18h30, na Casa Garden. “Neste trabalho os traços são entendidos enquanto novas espacialidades onde se pretende atribuir um valor ao acto do delinear e um sublimar enquanto objecto plástico”, lê-se na nota de imprensa. Para João Palla, “o desenho de uma passadeira é executado por linhas que são projectadas no pavimento, um pré-traçado para o posterior preenchimento com aplicação de tinta”. Estes traçados que apareceram nos Estados Unidos há cem anos mantêm os mesmos métodos de execução até aos dias de hoje e sofrerem raras alterações. Esta invariabilidade de uma técnica, descrita como “quase artesanal”, conflui “num diálogo entre o desenho, a memória e a sua materialidade.” Por outro lado, “a não uniformidade de regras entre regiões do planeta resulta em situações sui generis muito diferentes”. São os traços feios pelos seus desenhadores que João Palla vai apresentar de forma multidisciplinar, numa “relação entre pré-traçado e pintura final”.[/vc_column_text][vc_cta h2=”João Palla” h2_font_container=”font_size:33px|color:%23ffffff” h2_google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” shape=”square” style=”flat” color=”peacoc” use_custom_fonts_h2=”true”]JOÃO PALLA licenciou-se pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, tendo passado pelo Instituto Universitário de Arquitectura de Veneza. Colaborou com o arquitecto Manuel Vicente em Macau e Lisboa entre 1990 e 1997. Como bolseiro da Fundação Oriente completou uma tese de investigação intitulada ‘Arquitectura de Bambu em Macau’. Em 2000, é um dos membros fundadores da Associação dos Arquitectos Sem Fronteiras Portugal. Completou o Mestrado em Design e Cultura Visual no IADE e o Doutoramento em Ciências da Arte na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Ensina no IADE desde 1999 e dedica-se à prática profissional enquanto arquitecto, fazendo incursões pelo campo das artes plásticas expondo ocasionalmente.[/vc_cta][/vc_column][/vc_row]
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan assinala 70.º aniversário de massacre Taiwan assinalou ontem o 70.º aniversário da sangrenta repressão de protestos contra o governo, numa altura de renovada tensão entre Pequim e Taipé. [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s protestos, que começaram a 28 de Fevereiro de 1947, foram dirigidos contra a administração corrupta do Partido Nacionalista da China, de Chiang Kai-shek. Tropas governamentais abriram fogo sobre manifestantes que protestavam pacificamente contra a morte de civis em confrontos com a polícia na sequência do espancamento de uma vendedora de cigarros. Entre 18.000 e 28.000 pessoas terão morrido no incidente, ocorrido entre a derrota dos japoneses que ocuparam Taiwan até 1945 e a retirada para a ilha das forças nacionalistas, de Chiang kai-shek, que na altura controlavam ainda a China. A China considera a revolta popular parte da luta global que levou à vitória comunista em 1949, enquanto muitos taiwaneses a vê como uma reacção contra as tentativas da China para governar a ilha sem o consentimento da sua população nativa. Suprimidos sob o governo nacionalista, a revolta tornou-se um ponto aglutinador para os taiwaneses que dizem que a ilha e a China são nações separadas. Achas para a fogueira As comemorações deste ano são particularmente especiais, porque o governo está a preparar uma lei que poderá rebaptizar um monumento histórico no centro da capital, Taipé, dedicado a Chiang kai-shek e remover a sua estátua do local. A administração independentista de Taiwan, liderada pela Presidente Tsai Ing-wen, também está a revelar todos os documentos governamentais secretos sobre o incidente. O Kuomintang, que Chiang dirigia quando foi derrubado pelo Partido Comunista Chinês (PCC) de Mao Tse Tung que, nesse ano, fundou a República Popular da China levando Chiang Kai-shek a refugiar-se em Taiwan, que liderou sob lei marcial até à sua morte em 1975. O então governo nacionalista pediu desculpa às vítimas do massacre em 1995, mas movimenta-se para excisar a memória de Chiang que se manteve intacta sob a administração do anterior Presidente nacionalista Ma Ying-jeou, que deixou a liderança de Taiwan no ano passado.
Hoje Macau China / ÁsiaEncerrado sistema que fez sair sete mil milhões de euros para fora do país [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] China anunciou ontem ter encerrado um sistema que transferiu ilegalmente 6,8 mil milhões de euros para fora do país, numa altura em que Pequim tenta travar a fuga de capitais. Em comunicado, a Administração Estatal de Divisas da China anunciou ter investigado seis empresas com sede em Shenzhen, no sul do país. Outras firmas terão usado documentos falsos ou falsificado compras ao exterior como forma de transferir dinheiro para fora do país, revelou o regulador. Entre os métodos utilizados consta ainda a transferência de grandes montantes através de várias pequenas transferências, visando despistar as autoridades. O regulador chinês disse que este ano vai “fortalecer a supervisão do mercado de troca de divisas e atacar seriamente as violações das regras do câmbio, como forma de proteger a balança de pagamentos da China com o exterior”. “Ao mesmo tempo, vamos aumentar a transparência das políticas e promover a abertura dos mercados financeiros ao exterior”, acrescentou. Ser racional No ano passado, o aumento do investimento chinês além-fronteiras, procurando melhores retornos, levou Pequim a criticar o que designa de investimento “irracional” e a adoptar uma série de restrições à transferência de dinheiro para o exterior, face à fuga de capitais, abrandamento do crescimento económico e queda do valor do yuan. Em Portugal, o país asiático tornou-se, nos últimos anos, um dos principais investidores, comprando participações nas áreas da energia, seguros, saúde e banca. Em Janeiro passado, no entanto, o Banco de Portugal escolheu o fundo norte-americano Lone Star para negociar a compra do Novo Banco, em detrimento do fundo chinês China Minsheng Financial Holding. Apesar de ter a melhor proposta financeira, o Minsheng não apresentou provas de que conseguiria pagar o montante oferecido, devido às restrições nas transferências de divisas para fora da China. As reservas cambiais do país asiático, as maiores do mundo, caíram consecutivamente nos últimos sete meses, à medida que o banco central chinês gastou entre 40.000 e 60.000 milhões de dólares para aumentar o valor da moeda chinesa, o yuan. Em janeiro, as reservas chinesas caíram para o valor mais baixo em seis anos, ao atingir 2,99 biliões de dólares (2,82 biliões de euros), uma queda de 992 mil milhões de dólares (937 mil milhões de euros), comparativamente ao valor máximo de 3,99 biliões de dólares, atingido em unho de 2014.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia tem de gastar 26 biliões de dólares em infra-estruturas até 2030 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s nações asiáticas têm de gastar 26 biliões de dólares em infra-estruturas até 2030 para combater a pobreza, os efeitos das alterações climáticas e impulsionar o crescimento económico, aponta um relatório do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) ontem divulgado. No seu relatório apresentado ontem em Hong Kong, o BAD, instituição com sede em Manila, afirma que os governos de alguns dos países mais pobres do mundo que devem investir em quase todas as áreas, desde transportes, a telecomunicações, passando pelo saneamento e fornecimento de electricidade e de água. Os especialistas do BAD instam os legisladores da Ásia a duplicar a actual despesa em infra-estruturas, que se situa aproximadamente em 881.000 milhões de dólares por ano. “A procura de infra-estruturas ao longo da Ásia e no Pacífico excede em muito a actual oferta”, afirmou o presidente do BAD, Takehiko Nakao, em comunicado. Em falta A Ásia é uma das regiões economicamente mais dinâmicas do planeta, mas também é ‘casa’ de 400 milhões de pessoas que vivem sem electricidade, de 300 milhões que carecem de água potável e de 1.500 milhões que não têm acesso a saneamento básico, segundo os dados do BAD. Além disso, muitos países precisam de portos, caminhos-de-ferro e estradas adequadas que permitir ligar os seus territórios de forma eficiente, observa o BAD no relatório. Em concreto, o banco estima que, até 2030, nos países asiáticos em desenvolvimento falta investir 14,7 biliões de dólares em electricidade, 8,4 biliões em transportes, 2,3 biliões em telecomunicações e 0,8 biliões em instalações sanitárias. Os 1,7 biliões por ano que o BAD aconselha que sejam investidos até 2030 no seu mais recente relatório representam mais do dobro do que o calculado no anterior relatório do tipo que elaborou, em 2009, para o período 2010-2020, altura em que instava a investimentos na ordem dos 750.000 milhões de dólares por ano. Os especialistas da instituição atribuem essa diferença, por um lado, ao aumento do número de países incluídos no relatório – dado que o de 2009 referia 32 e o deste ano abarca todos os 45 países em desenvolvimento da Ásia e Pacífico e, por outro, ao aumento dos preços que se verificou desde então.
Hoje Macau SociedadeJustiça | TSI mantém arguidos ligados ao caso Ho Chio Meng em preventiva Foram detidos preventivamente porque se temia que combinassem o depoimento com Ho Chio Meng. Os dois empresários do caso do ex-procurador vão continuar na prisão, com a justiça a usar o mesmo argumento. A defesa não concorda e lembra que o julgamento já está a decorrer [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Tribunal de Segunda Instância (TSI) negou o pedido de libertação dos dois empresários envolvidos no processo conexo ao do ex-procurador, Ho Chio Meng. A notícia foi avançada à Rádio Macau pelo advogado Pedro Leal. Mak Im Tai e Wong Kuok Wuai estão em prisão preventiva há um ano. São os únicos dos nove arguidos deste caso que se encontram presos: quatro estão a monte e três aguardam pelo fim do julgamento em liberdade. No recurso contra a prisão preventiva, Pedro Leal alegou violação do princípio da igualdade e defendeu que deixou de haver motivos para a medida de coacção continuar a ser aplicada. Os dois empresários ficaram em prisão preventiva por, alegadamente, terem tentado combinar o depoimento com Ho Chio Meng, durante a fase de inquérito. Ora, o ex-procurador encontra-se também ele detido preventivamente. Com o processo já em julgamento, o TSI entende que a prisão continua a justificar-se, ainda com o argumento da manutenção da prova. Pedro Leal discorda, dizendo que se trata de “uma falsa questão, porque a prova está a ser feita em audiência de julgamento”. “[Os dois arguidos] estão a produzir a prova de acordo com as questões que lhes estão a ser colocadas. Cada um está a ouvir o que o outro diz. Se a ideia fosse impedir que um repetisse o que o outro disse, não estariam a prestar declarações em frente um do outro”, observa. “Além do mais, eu defendo os dois – se for essa a questão, posso conciliar a prova dos dois. Mas não há que conciliar: os factos estão ali; eles têm de responder ao que é perguntado pelo tribunal. A prova está lá toda. Se não está, não deviam ter sido acusados”, acrescentou à emissora. Voto vencido A decisão do TSI não foi unânime, sendo o voto de vencido do juiz Dias Azedo. A declaração foi, no entanto, escrita à mão. Pedro Leal aguarda pela informatização da sentença para perceber o conteúdo. O advogado deverá avançar com novo pedido de libertação quando começarem a ser ouvidas as testemunhas. “Sempre que entender que a prisão preventiva não se justifica, vou requerer. A partir do momento em que tenham prestado declarações em relação à matéria que consta da acusação, já não há que ter receio – a não ser que se entenda que, por estarem em liberdade, poderão pressionar as testemunhas. É uma situação de que nunca ouvi falar. Mas tudo é possível”, diz Pedro Leal. O tribunal está ainda a ouvir os arguidos sobre os milhares de factos que constam da acusação. Mulher de Ho Chio Meng apresenta novo atestado A mulher do antigo procurador apresentou novo atestado médico para justificar a ausência em tribunal. Apesar de se encontrar em Macau, Chao Sio Fu está a ser julgada à revelia desde que o julgamento do processo conexo ao de Ho Chio Meng começou, a 17 de Fevereiro, uma vez que nunca apareceu na sala de audiências. De acordo com a Rádio Macau, que está a acompanhar o julgamento no Tribunal Judicial de Base, a arguida tem vindo a justificar as faltas com a necessidade de dar assistência a um dos filhos, que está a receber tratamento hospitalar. Havia a expectativa de que comparecesse ontem, mas de acordo com advogada da arguida, foi marcada mais uma consulta. Chao Sio Fu está acusada de dois crimes de prestação de falsas declarações e um crime de riqueza injustificada. O TJB continuou a ouvir o ex-chefe de Gabinete de Ho Chio Meng. António Lai foi confrontado com uma série de contratos referentes à compra e manutenção de telecopiadoras no Ministério Público. Em alguns casos, não houve confirmação superior a autorizar a aquisição, o que não impediu que os serviços fossem contratados. António Lai mostrou-se surpreendido, admitiu que a situação era “estranha” e disse não conseguir explicar o que aconteceu, diz a emissora.
Hoje Macau SociedadeJogo | Galáctica subida de lucros [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Galaxy Entertainment anunciou ontem lucros de 6,3 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2016, mais 51 por cento face a 2015. As receitas de jogo do grupo cifraram-se em 52,8 mil milhões de dólares de Hong Kong, mais quatro por cento em termos anuais homólogos, segundo o comunicado da empresa. O EBITDA ajustado – lucros antes de impostos, amortizações e depreciações – aumentou 18 por cento para 10,3 mil milhões de dólares de Hong Kong. “A médio e longo prazo temos uma perspectiva positiva sobre Macau e estamos confiantes de que Macau irá transformar-se num centro mundial de turismo e lazer, como previsto pelo Governo, e estamos satisfeitos por sermos capazes de o apoiar a sua visão de liderança”, afirmou o presidente do Galaxy Entertainment, Lui Che Woo. No último trimestre de 2016, as receitas de jogo do grupo aumentaram sete por cento em termos anuais para 13,3 mil milhões de dólares de Hong Kong, com as receitas do segmento de massas a aumentarem 15 por cento para 5,6 mil milhões de dólares de Hong Kong, e as receitas VIP a apresentarem um aumento de três por cento para 7,2 mil milhões de dólares de Hong Kong. A operadora prevê iniciar a construção da terceira e quarta fase da expansão do Galaxy Macau no final do primeiro trimestre ou início do segundo, com foco nas actividades extrajogo, e dirigidas principalmente para o sector MICE (reuniões, convenções e exposições), entretenimento e espaços para as famílias. No comunicado, a empresa remete para mais tarde detalhes sobre o resort integrado a construir em 2,7 quilómetros quadrados na Ilha da Montanha, um projecto que não contempla a componente de jogo. Além disso, refere que está considerar oportunidades nos mercados estrangeiros, incluindo o Japão. O grupo opera seis dos 38 casinos de Macau.
Hoje Macau SociedadeExportações | Comércio externo caiu em Janeiro [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] comércio externo de mercadorias de Macau em Janeiro atingiu 7,53 mil milhões de patacas, registando uma queda de 2,6 por cento em termos anuais homólogos, indicam dados oficiais ontem divulgados. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), Macau exportou bens avaliados em 971 milhões de patacas – menos 0,4 por cento face a Janeiro de 2016 – e importou mercadorias no valor de 6,56 mil milhões de patacas, menos 2,9 por cento face ao período homólogo do ano passado. Consequentemente, o défice da balança comercial de Janeiro alcançou 5,59 mil milhões de patacas, indicou a DSEC. Em termos de destino, verificou-se em Janeiro uma descida de 19,8 por cento nas exportações para a China, num total de 111 milhões de patacas, e uma ligeira subida para Hong Kong (1,4 por cento), para um total de 643 milhões de patacas. Em contrapartida, os bens vendidos para a União Europeia (22 milhões de patacas) e Estados Unidos (21 milhões de patacas) registaram aumentos de 21,6 por cento e 110,2 por cento, respectivamente. Já do lado das importações, registou-se uma descida de 13 por cento nas compras à China (2,33 mil milhões de patacas) e uma subida de 6,4 por cento nas aquisições à União Europeia (1,68 mil milhões de patacas).
Hoje Macau Manchete SociedadePIB | Fitch prevê crescimento de 2,5 por cento do PIB de Macau O Produto Interno Bruto a subir, o jogo em recuperação. Em 2017, o Cotai vai ter casinos novos, o que contribui para um cenário positivo. A Fitch acredita que, depois da pequena tempestade, regressou a bonança [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] agência de notação financeira Fitch prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) de Macau cresça 2,5 por cento em termos reais este ano, apoiado pelo crescimento das receitas do jogo, depois da contracção de 2,1 por cento em 2016. “A economia de Macau está a começar a recuperar, com o PIB a expandir-se em 4,4 por cento em termos reais no terceiro trimestre de 2016 e sete por cento no quatro trimestre do ano passado. A grande contracção no primeiro semestre de 2016 deixou o crescimento real do PIB negativo em termos anuais, fixando-se em -2,1 por cento, mas a Fitch espera um crescimento de 2,5 por cento em 2017, apoiado pelas melhorias das receitas com a abertura de novos casinos”, refere o relatório divulgado esta semana. “Os dados sugerem que os segmentos dos clientes VIP e do mercado de massas registaram um crescimento positivo no quarto trimestre de 2016, aumentando a probabilidade de recuperação este ano”, acrescenta. No projecto de orçamento para 2017, o Executivo de Macau prevê que as receitas globais da Administração ascendam a 102,944 mil milhões de patacas, menos 0,29 por cento do que o previsto para 2016. Dentro dessas receitas globais esperadas em 2017, 80 mil milhões de patacas (mais de 9,2 mil milhões de euros) correspondem a impostos directos, o que traduz um aumento de 0,77 por cento em relação ao estimado para este ano. Para 2017, a Fitch prevê um excedente orçamental de cinco por cento do PIB, reflectindo as suas expectativas de um crescimento de aproximadamente seis por cento das receitas do sector do jogo. Nota igual A agência de notação mantém a sua avaliação de AA- à economia de Macau, com uma perspectiva estável, sustentando a sua avaliação no “quadro de políticas credíveis do território pelas finanças públicas e externas excepcionalmente fortes, que continuam a fortalecer-se apesar dos três anos consecutivos de contracção económica”. Por outro lado, refere que “a classificação é limitada dada a elevada volatilidade do PIB, elevada concentração no sector do jogo e turismo pelo interior da China”, assim como a susceptibilidade de Macau “às mudanças no ambiente político mais amplo da China”.
Hoje Macau SociedadeCrime | Rapaz acusado de coacção sexual a colega de 11 anos [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Polícia Judiciária deteve um jovem de 17 anos, aluno de uma escola local, por alegada coacção sexual de uma menina de 11 anos, que frequenta o mesmo estabelecimento de ensino. A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) já teve conhecimento do caso e assegura que vai dar o acompanhamento necessário aos alunos envolvidos. De acordo com Leong Vai Kei, chefe do Departamento de Ensino, a história ontem tornada pública não é um acontecimento isolado. “De vez em quando temos casos destes”, concede. “Mas o mais importante são os trabalhos de prevenção.” A responsável explicou que o apoio da DSEJ junto das escolas não se limita ao aconselhamento, garantindo que é feito um vasto trabalho de sensibilização para que os estudantes saibam viver em sociedade. “A maioria dos problemas tem que ver com a autodisciplina”, acrescentou Leong Vai Kei. “Queremos que saibam o que é correcto e o que não é, o que devem fazer, quais os comportamentos que devem ter perante os outros.” Em relação ao caso mais recente, a responsável contou que, mal os serviços souberam do que aconteceu, comunicaram com a escola. Os conselheiros da DSEJ iam entrar em contacto com a vítima e com a mãe, bem como com o rapaz de 17 anos. “A rapariga é muito corajosa. Quando foi atacada, gritou e o rapaz afastou-se. Falou com a mãe que, por sua vez, foi à polícia”, disse. “Se fosse tímida e não tivesse dito nada, este rapaz poderia ter feito mais. Estamos muito orgulhosos dela”, afirmou Leong Vai Kei. “Vamos também trabalhar com os alunos da mesma turma para que saibam que esta atitude não foi correcta.” Já em relação ao modo como jovens em idade escolar utilizam a Internet, e a possibilidade de partilha de dados pessoais a desconhecidos através de redes sociais e de programas de chat, a chefe de Departamento de Ensino frisou que o trabalho de sensibilização não deve ser feito apenas pelas escolas e pelo Governo. “A educação tem de ser dada também em casa, não é apenas na escola”, vincou.
Hoje Macau SociedadeJustiça | António Lai não assinou auto de declarações no CCAC O antigo chefe de gabinete de Ho Chio Meng, António Lai, deixou ontem em tribunal a ideia de que foi induzido pelo Comissariado contra a Corrupção, na fase de investigação do processo. Vai daí, recusou-se a assinar o seu depoimento [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-chefe de gabinete de Ho Chio Meng, António Lai, recusou-se a assinar o auto de declarações no Comissariado contra a Corrupção (CCAC). De acordo com a Rádio Macau, que tem estado a acompanhar o julgamento do processo conexo ao do antigo procurador, António Lai, arguido, sugeriu mesmo que o depoimento foi induzido. Segundo o que diz o CCAC, o antigo número dois de Ho Chio Meng foi claro nas explicações que deu aquando da inquirição. O arguido disse que o ex-procurador escolheu as empresas que, durante dez anos, ficaram com todos os contratos de obras, bens e serviços do Ministério Público (MP). É esta a informação que consta no auto de declarações que António Lai se recusou a assinar por “não concordar” com o que está escrito. O facto não impediu que a acusação pedisse ao tribunal para ler o depoimento, alegando que as declarações foram depois confirmadas no MP. Para a acusação, António Lai está a contradizer-se porque, confrontado em tribunal com contratos muito específicos – alguns com mais de dez anos – tem vindo a alegar falhas de memória. No auto de declarações do CCAC consta que o antigo número dois de Ho Chio Meng identificou as empresas alegadamente sugeridas pelo ex-procurador e quais os serviços prestados. Ontem, o arguido esclareceu que nunca soube o nome das empresas e explicou que foi “o funcionário do CCAC” que lhe mostrou uma lista com o nome das companhias, tendo-lhe dito que “Ho Chio Meng estava envolvido”. “Têm de ver o ambiente [em que o depoimento foi prestado]”, frisou. Dúvidas sobre a contradição Apesar de se ter recusado a assinar o auto de declarações, António Lai confirmou parcialmente o depoimento quando foi ouvido pelo MP, às quatro da manhã: declarou que Ho Chio Meng lhe “deu a entender” quais as empresas a escolher. Já em tribunal, o ex-chefe de gabinete apenas mantém que o antigo procurador indicou Wong Kuok Wai para ser o empreiteiro e fornecedor do MP. O empresário, primeiro arguido no processo, era quem dava a cara pelas dez empresas que ficaram com as adjudicações do MP, contextualiza a Rádio Macau. Segundo a emissora em língua portuguesa, António Lai tem vindo também a afirmar que houve casos em que Ho Chio Meng “entregou cotações” – o que foi lido pelo arguido como um sinal em como o ex-procurador queria que fossem escolhidas aquelas empresas. O tribunal tem dúvidas, pelo que vai analisar se o António Lai está ou não a contradizer-se.
Hoje Macau SociedadeReceitas públicas voltaram a subir em Janeiro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s receitas da Administração de Macau aumentaram seis por cento em Janeiro, em termos anuais homólogos, impulsionadas pela subida da verba encaixada com os impostos directos cobrados sobre a indústria do jogo, indicam dados oficiais. De acordo com dados provisórios publicados no portal da Direcção dos Serviços de Finanças, a Administração de Macau fechou o primeiro mês do ano com receitas totais de 8,998 mil milhões de patacas, estando cumpridas em 9,9 por cento. Os impostos directos sobre o jogo foram de 7,258 mil milhões de patacas, reflectindo um aumento de 7,7 por cento face ao primeiro mês do ano passado e uma execução também de 9,9 por cento face ao Orçamento autorizado para 2017. A importância do jogo reflecte-se no peso que detém no orçamento: 80,6 por cento nas receitas totais, 80,7 por cento nas correntes e 94,7 por cento nas derivadas dos impostos directos. Já na rubrica da despesa verificou-se uma queda de 28,9 por cento face ao primeiro mês de 2016, para 2,615 mil milhões de patacas – influenciada por um declínio de 29 por cento nos gastos correntes –, com a taxa de execução a corresponder a 3,1 por cento. No primeiro mês do ano não foram despendidas verbas ao abrigo do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA) – cujo valor orçamentado para 2017 é de 15,256 mil milhões de patacas. Entre receitas e despesas, a Administração de Macau acumulou assim um saldo positivo de 6,383 mil milhões de patacas – com a ‘almofada’ financeira a aumentar 32,7 por cento em termos anuais homólogos para um valor que excede o previsto para todo o ano, colocando a taxa de execução em 114,7 por cento do orçamentado. Os valores das receitas e despesas referentes ao Orçamento aprovado e respectiva execução, que é mensalmente divulgada, incluem apenas os “serviços centrais”, ou seja, a conta Central do Governo, excluindo organismos autónomos, como a Autoridade Monetária ou a Fundação Macau, por exemplo. O aumento da receita pública – que volta a crescer após meses de quedas anuais homólogas – encontra-se em linha com o desempenho da indústria de jogo que tem vindo a mostrar sinais de recuperação desde a segunda metade do ano passado.
Hoje Macau China / ÁsiaEstratégia de erradicação da pobreza elogiada por Guterres [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, salientou há dias em Munique, que o desenvolvimento é um canal importante para prevenir conflitos, sobretudo no que diz respeito à frágil situação internacional. Guterres referiu também que a China foi o país que mais contribuiu na erradicação da pobreza no mundo, na última década. A China, cuja população supera os 1,3 mil milhões, é o país com maior número de população pobre erradicada, além de ser um dos países a cumprirem mais cedo os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODB). Nos últimos 30 anos, mais de 700 milhões de chineses foram retirados da pobreza, com o número da população em situação de miséria a cair para 558 milhões em 2015, um total de 70% da população retirada da pobreza no mundo inteiro. Xi Jinping, logo após assumir o cargo, apresentou o plano ambicioso de erradicar até 2020 toda a população pobre no critério actual, de modo a tornar o país numa sociedade modestamente confortável, indica o órgão de comunicação estatal, China Daily. Para o efeito, a China estabeleceu um mecanismo do combate à pobreza a cinco escalões. Durante os quatro anos entre 2013 e 2016, a China retirou por ano mais de 10 milhões de pessoas da miséria, totalizando em 55,6 milhões de indivíduos. Concretamente, a estratégia chinesa na erradicação da pobreza frisa a precisão na assistência de famílias, planeamento, uso de fundos, acesso a medidas, entre outros, para que os programas de combate à pobreza atinjam todas as pessoas desfavorecidas. A estratégia supracitada não só abre um novo capítulo para a missão chinesa do combate à pobreza, mas também oferece um exemplo piloto a muitos países menos desenvolvidos, afirma a publicação. Directivas presidenciais O Presidente Xi Jinping apresentou uma série de propostas em relação à cooperação global na luta contra a pobreza, tais como “acelerar o processo global de erradicação da pobreza”, “reforçar a cooperação na luta contra a pobreza”, e “melhorar o ambiente internacional de desenvolvimento”, entre outras, tendo sido galardoado com a resposta positiva da ONU e alguns países em desenvolvimento. Para além disto, a China tem procurado realizar cooperações sul-sul, prestando assistência a outros países em desenvolvimento, sem adicionar qualquer condição política, visando apenas ajudar os países menos desenvolvidos a erradicar a pobreza. Nos últimos uns 60 anos, a China tem oferecido um total de 400 mil milhões de yuans de assistência a 166 países e organizações internacionais, assim como enviou mais de 600.000 pessoas em missões de ajuda humanitária.
Hoje Macau EventosÓscares | Musical de Chazelle com mais estatuetas. “Moonlight” é o melhor filme O musical “La La Land”, com seis estatuetas, arrecadou o maior número de prémios da 89.ª edição dos Óscares. Mas foi derrotado por “Moonlight” na categoria de melhor filme. A entrega do prémio principal ficou marcada por uma confusão de envelopes [dropcap style≠’circle’]“L[/dropcap]a La Land” partiu como favorito aos prémios da Academia de Hollywood, com 14 nomeações, mas afinal conquistou seis estatuetas: a de melhor realizador (Damien Chazelle), de melhor actriz principal (Emma Stone), a melhor banda sonora original, a melhor canção original (“City of Stars”), a melhor produção artística e a melhor fotografia. Além de ter ficado aquém das nomeações alcançadas – que puseram o musical lado a lado com “Titanic” (1997), por exemplo –, “La La Land” falhou na obtenção do prémio mais importante da noite, o de melhor filme, com “Moonlight” a sagrar-se vencedor apesar de um primeiro anúncio errado que dava a vitória ao musical, numa confusão com o envelope que marcou o final da cerimónia. “Moonlight”, contracenado por Mahershala Ali e Naomie Harris, conta a história de um jovem afro-americano que luta para encontrar o seu lugar à medida que cresce em Miami, pelo que o derradeiro Óscar da noite acaba por responder, em parte, às críticas da falta de diversidade entre os premiados nos últimos anos. Novos, longos e diferentes A 89.ª gala dos Óscares, que decorreu no Teatro Dolby, em Los Angeles, ficou ainda marcada por uma série de estreias e recordes. Damien Chazelle, de 32 anos, que conquistou o Óscar com “La La Land: Melodia de Amor”, tornou-se no mais jovem realizador a ser distinguido; Mahershala Ali, que venceu o Óscar de melhor actor secundário pela sua interpretação em “Moonlight”, foi o primeiro actor muçulmano a receber uma estatueta dourada; enquanto “O Herói de Hacksaw Ridge”, realizado por Mel Gibson, conquistou o de melhor mistura de som, naquele que foi o primeiro Óscar em 21 nomeações para Kevin O’Connell. “O.J. Made in America”, com quase oito horas, venceu na categoria de melhor documentário, transformando-se no filme mais longo a receber um Óscar, destronando “Guerra e Paz”, a adaptação russa que venceu, em 1969, a estatueta de melhor filme estrangeiro (467 minutos contra 431 minutos). Política e ausências Destaque ainda para os Óscares das categorias de melhor filme estrangeiro e de melhor documentário em curta-metragem. “O Vendedor”, do realizador iraniano Asghar Farhadi, que tinha declarado que não iria estar presente na cerimónia em protesto pelas medidas anti-imigração de Donald Trump, recebeu o prémio para melhor filme estrangeiro; enquanto “Os Capacetes Brancos” (“The White Helmets”), sobre os voluntários que resgatam vítimas da guerra na Síria, conquistaram a estatueta de melhor documentário em curta-metragem. A cerimónia foi também palco de vários discursos políticos, a começar pelas várias intervenções do anfitrião, Jimmy Kimmel, sobre o facto de os Estados Unidos serem hoje um país “dividido”, passando pela declaração lida pela astronauta iranian Anousheh Ansari em nome de Farhadi, até às frases de apresentadores como Gael García Bernal que, enquanto mexicano e ser humano, se mostrou “contra qualquer tipo de muro” que estabeleça uma separação. A meio da gala, Kimmel enviou, através do Twitter, uma mensagem ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, em menos de 10 minutos, foi partilhada por mais de 150 mil utilizadores. “Olá Donald Trump. Estás por aí?”, escreveu Kimmel na sua conta no Twitter, durante a cerimónia transmitida em directo por televisões de todo o mundo, após perceber que o Presidente dos Estados Unidos, um utilizador activo das redes sociais, ainda não tinha comentado nada no Twitter, duas horas depois do início da gala. As estatuetas Melhor filme: – “Moonlight” Melhor realizador: – Damien Chazelle, “La La Land” Melhor actor: – Casey Affleck, “Manchester by the sea” Melhor actriz: – Emma Stone, “La La Land” Melhor actor secundário: – Mahershala Ali, “Moonlight” Melhor actriz secundária: – Viola Davis, “Vedações” Melhor filme de animação: – “Zootrópolis” (Byron Howard, Rich Moore e Clark Spencer) Melhor argumento original: – “Manchester by the sea” (Kenneth Lonergan) Melhor argumento adaptado: – “Moonlight” (Barry Jenkins) Melhor filme estrangeiro: – “O Vendedor” (Asghar Farhadi, Irão) Melhor desenho de produção: – “La La Land” (David Wasco e Sandy Reynolds-Wasco) Melhor fotografia: – “La La Land” (Linus Sandgren) Melhor guarda-roupa: – “Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los” (Colleen Atwood) Melhor montagem: – “O Herói de Hacksaw Ridge” (John Gilbert) Melhores efeitos visuais: – “O Livro da Selva” (Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Dan Lemmon) Melhor caracterização: – “Esquadrão Suicida” (Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson) Melhor montagem de som: – “O Primeiro Encontro” (Sylvain Bellemare) Melhor mistura de som: – “O Herói de Hacksaw Ridge” (Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie e Peter Grace) Melhor banda sonora: – “La La Land ” (Justin Hurwitz) Melhor canção original: – “City of Stars” (Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul, “La La Land”) Melhor documentário: – “O.J. Made in America” (Ezra Edelman e Caroline Waterlow) Melhor documentário em curta-metragem: – “The White Helmets” (Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara) Melhor curta-metragem: – “Sing” (Kristof Deák e Anna Udvardy) Melhor curta-metragem de animação: – “Piper” (Alan Barillaro e Marc Sondheimer)
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasPalácio de Mafra e Tapada candidatos a Património Mundial da UNESCO Michel Reis [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] dossier de candidatura do Palácio Nacional de Mafra e respectiva tapada a Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), foi entregue ao comité internacional desta organização no dia 27 de Janeiro de 2017, correspondendo a uma etapa histórica neste complexo e exigente processo, que permitirá a tomada de decisão da UNESCO. Constando da lista de bens patrimoniais portugueses a serem alvo de processo de classificação proposta pela Comissão Nacional da UNESCO desde 2004, o monumento voltou a constar da listagem em 2016, depois de uma recomendação da UNESCO em 2013 para que fossem actualizadas as listas dos estados-membros, a cada 10 anos, pré-requisito para a inscrição de bens na Lista do Património Mundial. Em 2014, a Câmara de Mafra constituiu uma comissão municipal, composta pelo director do Centro Cultural de Belém, ex-secretário de Estado da Cultura e vereador Elísio Summavielle e por outros dois vereadores, destinada a elaborar a candidatura do Palácio Nacional a património mundial da UNESCO. A candidatura a património mundial pretende contribuir para a valorização e promoção monumental e ambiental daquele conjunto arquitectónico, ao contribuir para a atracão de turistas e para o desenvolvimento socioeconómico do concelho. O dossier de candidatura, designado Real Edifício de Mafra, foi coordenado pelo município e pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) da República Portuguesa, com a colaboração do Palácio Nacional, Escola das Armas, Tapada Nacional e Paróquia de Mafra. Caso venha a ser atribuída a classificação, os parceiros querem fazer coincidir o anúncio da UNESCO com as comemorações dos 300 anos do lançamento da primeira pedra do palácio, que se assinalam este ano e têm o ponto alto a 17 de Novembro. Estas comemorações estão a ser alvo de um vasto programa de actividades que teve início a 17 de Novembro de 2016. Datado do início do século XVIII, o Palácio Nacional de Mafra, situado a 28km de Lisboa, mandado construir pelo Rei D. João V em cumprimento de um voto para obter sucessão do seu casamento com D. Maria Ana Josefa, Arquiduquesa de Áustria ou, há quem diga, a cura de uma doença de que sofria, é o mais importante monumento representante do barroco em Portugal, nomeadamente do barroco joanino. A sua construção foi iniciada em 1717 e concluída em 1755, ano em que ocorreu o grande terramoto na capital portuguesa. Os trabalhos começaram no dia 17 de Novembro de 1717 como um modesto projecto para abrigar 13 frades franciscanos, mas o ouro do Brasil começou a entrar nos cofres portugueses; e Dom João V e o seu arquitecto alemão Johann Friedrich Ludwig (conhecido em Portugal por João Frederico Ludovice), iniciaram planos mais ambiciosos, não se poupando a despesas. Construído em pedra lioz da região, o edifício colossal ocupa uma área de perto de quatro hectares (37.790 m2), compreendendo 1200 divisões, mais de 4700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões. A sua construção empregou 52 mil trabalhadores. Tal magnificência só foi possível devido ao ouro do Brasil, que permitiu ao monarca por em prática uma política mecenática e de reforço da autoridade régia. O monumento é uma referência do pensamento urbanístico, arquitectónico e natural da civilização ocidental, quer enquanto unidade, congregando um paço real, uma basílica, um convento, um hospital monástico, um jardim e uma tapada, quer devido aos seus equipamentos de prestígio, entre os quais se conta uma das mais notáveis e ricas bibliotecas europeias do século XVIII, abrangendo todas as áreas de estudo; a mais importante colecção de escultura barroca em Portugal e fora de Itália, da autoria de mestres italianos e portugueses da época (no reinado de D. José I, que precedeu D. João V, foi criada em Mafra uma importante Escola de Escultura, sob a direcção do mestre italiano Alessandro Giusti, de que são exemplo os retábulos de mármore da Basílica); dois carrilhões, os maiores do mundo, constituídos por 119 sinos afinados musicalmente entre si; encomendados na Flandres a dois fundidores de sinos diferentes e pesando o maior 12 toneladas, num total de 217 toneladas; e o único conjunto conhecido de seis órgãos de tubos concebidos para utilização simultânea, instalado na basílica, encomendados por D. João VI, no final do séc. XVIII, para substituir os primitivos que estavam degradados. Estes instrumentos foram construídos pelos dois mais importantes mestres organeiros portugueses da época – António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes – tendo sido terminados entre 1806 e 1807. Criada em 1747, a Tapada possui mais de 500 animais de 60 espécies diferentes, entre gamos, veados, javalis, aves como a águia de Bonelli ou o bufo real, répteis como salamandras, tritões e cobras e uma floresta de 800 hectares. Algumas das árvores são consideradas de interesse público, como o castanheiro-da-índia, a olaia e o sobreiro. Nunca tendo sido residência permanente da Família Real, o Palácio de Mafra foi até ao fim da monarquia frequentemente visitado pelos monarcas, que aqui vinham celebrar algumas festas religiosas ou caçar na Tapada. Foi também em Mafra que o último Rei de Portugal, D. Manuel II passou a sua última noite no país antes da sua partida para o exílio aquando da implantação da República, a 5 de Outubro de 1910. Mudança de estatuto Decretado Monumento Nacional pelo Decreto de 10 -1-1907 e pelo Decreto de 16-6-1910, o Paço Real é transformado em museu, abrindo logo em 1911 com a designação de Palácio Nacional de Mafra que mantém até hoje. O Convento foi incorporado na Fazenda Nacional quando da extinção das ordens religiosas em Portugal, a 30 de Maio de 1834 e, desde 1841 até aos nossos dias, foi sucessivamente ocupado por diversos regimentos militares, sendo actualmente sede da Escola das Armas. Para além desta escala verdadeiramente europeia, o monumento constitui, inquestionavelmente, um referencial identitário do Concelho de Mafra, não só porque tão grandiosa construção inaugurou uma nova fase no desenvolvimento deste território, mas também porque o posicionou num patamar superior de visibilidade nacional e internacional. Em 2010, foi concluído o restauro dos seis órgãos históricos do monumento, um conjunto único em todo o mundo, e que representou um investimento de 1milhão de euros. Os instrumentos estiveram a ser restaurados durante 11 anos, sob a supervisão do mestre organeiro português Dinarte Machado. Por Portaria publicada no Diário da República em 17 de Setembro de 2015, o Governo de Portugal autorizou a Direcção-Geral do Património Cultural a celebrar contrato destinado à operação de Reabilitação dos Carrilhões e Torres Sineiras do Palácio Nacional de Mafra. Em 2015, a DGPC lançou o concurso público no valor de 2,3 milhões de euros para as obras de restauro dos carrilhões e sinos do monumento, o maior conjunto sineiro do mundo que está em risco. A garantia desta recuperação era fundamental para o Estado e a Câmara de Mafra poderem candidatar o monumento a património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A tutela apontou na altura o prazo de conclusão para o final de 2017 , data que coincide com as comemorações dos 300 anos sobre o lançamento da primeira pedra do monumento, mas que afinal não se irá concretizar.
Hoje Macau Desporto5ª Jornada Liga de Elite | O líder manteve o estatuto João Maria Pegado [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]em grandes surpresas, foi assim que se realizou mais uma jornada da Liga de Elite. Destaque para os primeiros pontos dos Development Team e do Lai Chi. A equipa da associação(Development 0 vs 0 Polícia)conseguiu este ponto saboroso e teve talvez o seu melhor jogo até ao momento, a equipa da Polícia com este empate consegue o terceiro jogo sem derrotas e sem sofrer golos um registo sem dúvida bastante bom para a equipa de Ka Li Man que assim segue no 5º lugar da tabela. O Lai Chi foi a outra equipa a conseguir o primeiro ponto da prova,(Lai Chi 2 vs 2 Chen Fung)contra a equipa de João Rosa que volta a desiludir depois do empate na segunda jornada com Benfica o que poderia antever uma boa prestação, principalmente com equipas que lutam pela permanência, mas a verdade é que já desperdiçaram 5 pontos contra essas mesmas equipas estando neste momento em 6º lugar a um ponto da Polícia. Já o Lai Chi e os Development Team garantiram um ponto importante na luta pela sobrevivência na 1ªDivisão encurtando para dois pontos a distância para Sporting de Macau e KA I que se encontram com 3 pontos. KA I que perdeu com o Benfica de Macau(KA I 0 vs 5 Benfica) e assim confirma o seu decréscimo de rendimento averbando a quarta derrota seguida depois da vitória na ronda inaugural contra o Sporting. O Benfica de Macau por seu turno continua seguro na perseguição do líder com nova goleada e novamente com destaque para Nicholas Torrão que conseguiu mais um hat-trick reforçando a liderança nos melhores marcadores. Os leões do território averbaram mais uma derrota mas novamente mostraram uma boa imagem contra um candidato ao título(Sporting 0 vs 2 CPK). O CPK conseguiu os três pontos com uma noite inspirada de Diego Patriota marcando os dois golos do jogo com o golo da tranquilidade a vir novamente de bola parada. Sexta-feira gorda Na sexta-feira realizou-se o jogo de maior cartaz,(Monte Carlo 2 vs 0 Kei Lun) com a liderança em jogo, já que com uma vitória o Kei Lun poderia chegar ao primeiro lugar. O Monte Carlo começou por mostrar que queria resolver essa questão rápido tentando chegar à vantagem cedo. Apresentando-se na sua variação de sistema conforme o momento do jogo, que tanto pode estar no 5-2-3 quando tentava pressionar a primeira fase de construção do Kei Lun, como depois de o Kei Lun passar essa fase de construção recuava as linhas e colocava-se num 5-4-1 e foi num desses momentos de pressão à primeira fase de construção do adversário que provocou o erro do central do Kei Lun, que num mau atraso ao guarda redes, deixa Hougaro Da Silva no um para um com Jorge Tavares que facilmente o contorna e faz o primeiro golo da partida logo aos 23 minutos. Estava alcançado o primeiro objectivo de marcar cedo. O jogo decorria num ritmo algo lento talvez pelo frio que se fazia sentir à hora do jogo com algumas boas oportunidades para os dois lados do campo, quando numa bola nas costas da defesa do Kei Lun, Diego Souza derruba o jogador do Monte Carlo que se isolava e o árbitro assinala falta e mostra vermelho ao jogador do Kei Lun mesmo no final da primeira parte. Pior não poderia ser para equipa de Josecler que chegava ao intervalo a perder por um golo e com menos um elemento. Nos segundos 45 minutos da partida poderíamos pensar que o Monte Carlo iria facilmente resolver a questão mas não foi bem assim. O Kei Lun demonstrou um coração imenso e mesmo com menos um, lancou-se para a discussão do jogo onde dois jogadores sobressaíram : Taylor Gomes a fazer a ligação com o ataque da sua equipa e na baliza Jorge Tavares que ia mantendo o resultado na margem mínima. Mesmo antes do golo da tranquilidade do Monte Carlo, auto golo do defesa do Kei Lun ao tentar cortar um remate de Miguel Noronha, o Kei Lun teve duas excelentes oportunidades para empatar que se o conseguisse teria com certeza complicado o jogo para os pupilos de Cláudio Roberto. Destaque ainda para uma grande penalidade falhada por Neto que poderia ter feito o 3-0 que seria um resultado demasiado desnivelado para o que se passou dentro das quatro linhas. Em suma, excelente atitude do Kei Lun mas tem que melhorar a sua organização defensiva. O Monte Carlo conseguiu o mais importante que era manter a liderança do campeonato, mas terá que melhorar também alguns aspectos na sua forma de defender porque na próxima jornada será o Benfica de Macau, que com Nicholas Torrão na forma soberba em que se encontra, não desperdiçará as oportunidades que o a equipa canarina ofereceu ao Kei Lun. Algo para o técnico trabalhar esta semana antes do grande jogo na próxima jornada. Melhor jogador da jornada Nicholas Torrão – Pela segunda vez consecutiva é o nomeado e não há como o não ser. Está atravessar um excelente momento de forma e a maneira que finaliza é de uma subtileza só alcance dos avançados de categoria. Sem dúvida o melhor jogador desta primeiras cinco jornadas.