Hoje Macau Manchete SociedadeAlto de Coloane | Empresa de Sio Tak Hong apoia investigação [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Win Loyal Development veio apoiar as instruções dadas pelo Chefe do Executivo ao Ministério Público para que investigasse o caso do Alto de Coloane. A tomada de posição do grupo ligada ao empresário Sio Tak Hong foi divulgada através de um anúncio no jornal Ou Mun. “A empresa apoia o pedido do Chefe do Executivo ao Ministério Público para que o caso seja investigado de forma profunda, com o objectivo de apurar os factos nos termos legais e para garantar a segurança dos terrenos públicos, assim como os direitos e interesses dos privados”, consta num dos pontos do comunicado da Win Loyal. “Acreditamos que o Governo cumpre a lei e que os investimentos das empresas são protegidos pelos termos legais em vigor”, é acrescentado. O grupo deixou ainda elogios à investigação do Comissariado Contra a Corrupção e à conferência de imprensa onde foi dito que, até ao momento, a Win Loyal é encaradas como um dos lesados. “Damos as boas-vindas à conferência de imprensa do CCAC a 7 de Fevereiro, onde foi esclarecido, e com o objectivo de evitar mal-entendidos com os cidadãos, que a nossa empresa não está envolvidas na prática de actos ilegais”, foi sublinhado. No mesmo comunicado, a Win Loyal Development defende que não concorda em todos os pontos com as conclusões do CCAC, mas que isso não significa que a empresa e do organismo de investigação tenham posições opostas.
Hoje Macau PolíticaAu Kam San | Defendida lei para concessão de áreas marítimas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Au Kam San quer legislação clara no que respeita à concessão de zonas marítimas. Em causa, aponta o deputado pró-democrata, está a autorização do uso de 54 mil metros quadrados dos 85 quilómetros quadrados da área marítima sem necessidade de concurso para a construção de uma zona de iates. O terreno situa-se entre a Avenida Marginal Flor de Lótus e a Avenida dos Jogos da Ásia Oriental no Cotai, com uma área de 107,573 metros quadrados e o seu propósito foi alterado passando de clube náutico para fins comerciais e habitacionais, sem necessidade de pagamento de prémio de concessão. Para o deputado a situação leva a que existam duvidas no método de calculo do prémio de concessão por parte do Executivo, pelo que é necessária legislação clara a este respeito.
Hoje Macau China / ÁsiaMercedes-Benz pede desculpas à China por citar Dalai Lama Agora foi a Mercedes Benz que ofendeu a China. A lista aumenta e os pedidos de desculpas, humildes e contristados, também [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a segunda-feira, a Mercedes publicou uma mensagem no Instagram, promovendo um salão da marca, acompanhada da frase “Observe uma situação de todos os ângulos, abra a sua mente!”. O autor foi devidamente citado: Dalai Lama. Apesar de o acesso ao Instagram ser bloqueado na China, a mensagem desencadeou reacções furiosas com toques nacionalistas nas redes sociais chinesas. O governo chinês diz que o Dalai Lama é “um lobo disfarçado de monge” e “um separatista”, apesar de o líder tibetano, exilado na Índia, exigir apenas maior autonomia para a região chinesa do Tibete. Diante da fúria chinesa, a Mercedes apagou prontamente a mensagem e publicou, no dia seguinte, um pedido de desculpas, em mandarim, na plataforma Weibo, uma versão local do Facebook. “Estamos conscientes de que ferimos os sentimentos do povo deste país”, reconheceu a empresa, afirmando “lamentar profundamente a publicação de informações extremamente incorrectas” e estar determinado a “aprofundar seu conhecimento da cultura chinesa”. A Mercedes-Benz tem todos os motivos para não desagradar à China, o seu primeiro mercado e onde as vendas aumentaram 26% no ano passado. Apesar das desculpas da empresa, a versão digital do Diário do Povo, porta-voz do Partido Comunista, dedicou ao incidente um editorial inteiro nesta quarta-feira: “Mercedes-Benz, tornaste-te um inimigo do povo chinês”, diz o texto, que acusa a empresa de “obter grandes benefícios” na China, principal mercado de automóveis do mundo, enquanto “humilha” o seu povo. Várias empresas ocidentais foram identificadas nas últimas semanas por ignorar a linha oficial de Pequim sobre a sua soberania, seja sobre o Tibete, Hong Kong, Macau ou Taiwan. Há tempos, os artistas sabem o quanto custa caro atravessar tais linhas vermelhas. O grupo de rock britânico Placebo recebeu no ano passado “a proibição vitalícia” de se apresentar na China, depois de publicar uma foto do Dalai Lama no Instagram. A comunicação das empresas é controlada de perto. A marca espanhola Zara e a companhia aérea americana Delta Airlines foram accionadas em Janeiro por terem incluído as suas sedes em Hong Kong e Taiwan na lista de “países”, como se fossem entidades independentes. A porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, sublinhou recentemente que a China “recebe com grande prazer as empresas estrangeiras, mas todas devem respeitar a soberania e a integridade territorial do país”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Importações sobem mais de 30 por cento [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s importações chinesas registaram em Janeiro uma subida homóloga de 30,2%, para 1,19 biliões de yuan, depois de em Dezembro terem crescido apenas 4,5%, segundo dados das alfândegas chinesas. No mesmo mês, as exportações da segunda maior economia mundial cresceram 6%, para 1,32 biliões de yuan. No conjunto, as trocas comerciais entre a maior potência comercial do planeta e o resto do mundo fixaram-se em 2,51 biliões de yuan, um aumento de 16,2% face a Janeiro de 2017. A China tem sido o motor da recuperação global, desde a crise financeira de 2008, e uma aceleração nas importações chinesas pode ter repercussões em vários países cujas economias dependem da exportação de matérias-primas. Nos primeiros seis meses de 2017, por exemplo, a China comprou 25% do conjunto das exportações brasileiras. O país é também o principal cliente do petróleo angolano. O excedente comercial da China caiu 59,7% em Janeiro, relativamente ao mesmo mês de 2017, para 135.800 milhões de yuan. As exportações chinesas para a União Europeia, o principal parceiro comercial do país, aumentaram 11,6%, para 33,7 mil milhões de dólares, enquanto as importações de produtos europeus subiram 44,4%, para 23,8 mil milhões de dólares. O excedente comercial da China com a UE caiu 29,8%, face ao mesmo mês do ano passado.
Hoje Macau China / ÁsiaDetida empresária próxima de Wei Jiabao [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas detiveram uma das mulheres mais ricas da China, que no passado fez negócios com familiares de um antigo primeiro-ministro chinês, avançou o jornal norte-americano The New York Times (NYT). A detenção de Duan Weihong, 49 anos, indica que a campanha anti-corrupção lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, poderá voltar a atingir um alto responsável do regime comunista. Duan, que fundou empresas em conjunto com familiares de Wen Jiabao, primeiro-ministro da China entre 2003 e 2013, foi detida no ano passado, nas vésperas do XIX Congresso do Partido Comunista Chinês, segundo o NYT, que cita várias fontes não identificadas. Nascida no norte da China, Duan Weihong trabalhou para uma firma estatal antes de criar um grupo imobiliário em Tianjin, cidade portuária a cerca de 120 quilómetros de Pequim. Segundo o NYT, o relacionamento entre Duan e Wen Jiabao, que é natural de Tianjin, remonta aos anos 1990, durante o seu período de ascensão no regime. De acordo com registos corporativos citados pelo jornal, Duan fundou várias empresas com a mãe, o irmão e a filha de Wen Jiabao. Uma das firmas de Duan realizou também investimentos em conjunto com a New Horizon Capital, um fundo de investimento gerido por Wen Yusong, filho de Wen Jiaobao, detalha o NYT. Em 2012, Duan reconheceu numa entrevista ao jornal norte-americano que era próxima da mulher e familiares de Wen, e que registou empresas em nome destes. Ela disse então que utilizou a identificação destes para esconder a sua participação na Ping An, um dos maiores conglomerados financeiros do país. “Quando investi na Ping An, não queria que ficasse registado”, disse na altura. “Por isso, pedi a familiares meus que encontrassem pessoas que pudessem manter a minha participação”, contou.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim pede aos EUA para seguirem exemplo das Coreias [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, enalteceu ontem a aproximação entre as duas Coreias, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, e pediu aos Estados Unidos para seguirem o exemplo. “Enquanto as duas partes na península coreana estão a abrir a porta, não é correcto que outros a tentem fechar”, afirmou Wang, numa conferência de imprensa em Pequim. “Esperamos que o diálogo por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno se transforme em conversações de rotina, e o que existe agora entre as duas Coreias se expanda a outras partes, sobretudo entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”, acrescentou. Uma delegação da Coreia do Norte vai participar no evento desportivo que se realiza na cidade sul-coreana de PyeongChang. Kim Yo-jong, irmã do atual líder norte-coreano Kim Jong-un, vai assistir ao evento, enquanto os atletas dos dois países desfilarão lado a lado na cerimónia de abertura, na sexta-feira. “Os dois lados da península tiveram recentemente uma interacção positiva nos preparativos para os Jogos Olímpicos de Inverno, e como vizinhos queremos que isto acabe com a situação de ponto morto e alivie as tensões”, afirmou Wang Yi. A China, que é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial do regime norte-coreano, defende o regresso ao diálogo e propõe que Pyongyang suspenda o programa nuclear em troca do fim dos exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul, que Pyongyang considera um treino para uma invasão.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Dívida de empresas estatais trocada por acções São a estrutura central da economia chinesa. E estão cheias de dívidas. O governo quer agora ver acções a privados para solucionar o problema [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Conselho de Estado chinês divulgou na quarta-feira uma série de medidas para reduzir ainda mais as dívidas das empresas estatais no seu mais recente esforço para controlar os riscos financeiros. A China fornecerá um apoio mais forte para a troca de dívidas por acções, vai promover a reforma de propriedade mista e melhorar as políticas sobre reorganizações e falência de empresas, disse uma nota divulgada depois de uma reunião executiva presidida pelo primeiro-ministro Li Keqiang. As empresas estatais continuarão a ser prioridade na campanha de recuperação e o trabalho deve ser executado com meios orientados pelo mercado e baseados na lei, segundo a nota. A proporção dívidas/activos das empresas industriais com um facturamento anual de mais de 20 milhões de yuans caiu para 55,5% no fim de 2017, face aos 56,1% de há um ano atrás. A proporção para as empresas controladas pelo Estado ficou em 60,4%. Os programas de troca de dívidas por acções receberam destaque durante a reunião. O governo alargará o canal ao capital privado para a troca de dívidas por acções das empresas estatais. As instituições de investimento em acções serão incentivadas a participar do processo, com medidas para permitir o estabelecimento de fundos de private equity concentrados na troca de dívidas por acções. As instituições financeiras como bancos, companhias estatais de investimento de capital e seguradoras, serão apoiadas para conduzir trocas de dívidas por acções usando unidades existentes ou criando novos departamentos. Haverá directrizes específicas do governo para melhorar a qualidade das trocas e executar os acordos relacionados o mais breve possível. Medidas serão adoptadas para melhorar a governança corporativa. Um mecanismo de controlo de dívidas será estabelecido e capitais corporativos podem ser reabastecidos por ofertas adicionais de acções ou entrada de investidores estratégicos. A reforma de propriedade mista será promovida. As políticas sobre a reestruturação de dívidas e falência também serão melhoradas. Governo, empresas e bancos assumirão juntos as perdas de acções resultantes da falência das “empresas zombie”, que têm altas dívidas e prejuízos.
Hoje Macau SociedadePonte em Y | Apesar das falsificações, vistoria foi concluída com sucesso [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vistoria da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau foi concluída com sucesso esta terça-feira. De acordo com o jornal Ou Mun, os trabalhos de vistoria das condições da ponte foram avaliados numa reunião em Zhuhai, tendo as condições da ponte obtido mais de 90 pontos em 100. O jornal escreve que os membros que estiveram presentes na reunião aprovaram os requisitos de qualidade e concepção da ponte, tendo frisado que a infra-estrutura dispõe de condições para a circulação de veículos, ainda a título experimental. O responsável da Autoridade da Ponte Hong-Kong-Zhuhai-Macau, Zhuj Yongling, sublinhou que a vistoria das obras para a ponte em Y põe um ponto final no projecto da construção que demorou vários anos, sendo a ponte o laço importante que liga os lados leste e oeste da zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. O próximo passo passa pela concretização mais profunda das opiniões e sugestões da reunião, fazer uma cooperação entre as três regiões para o teste em conjunto do sistema, para que a infra-estrutura esteja preparada para a abertura oficial. De frisar que a nova ponte esteve envolvida num escândalo de falsificação de testes de materiais, como o cimento e o aço, usados na zona sob responsabilidade de Hong Kong. O caso obrigou a uma investigação da Comissão Independente Contra a Corrupção de Hong Kong, tendo um suspeito sido detido. O jornal Apple Daily escreveu que alguns engenheiros consideraram o caso grave para a segurança da ponte, tendo sido instaurado um processo de investigação pelo Gabinete de Transportes e Habitação de Hong Kong.
Hoje Macau SociedadeHabitação social | Entregues quase dez mil boletins de candidatura [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto da Habitação (IH) recebeu um total de 9.600 boletins de candidatura para o mais recente concurso para a atribuição de habitações sociais, cujo prazo chegou ao fim esta quarta-feira. De acordo com um comunicado, metade dos candidatos não entregou todos os documentos necessários, e, caso não o façam até 2 de Março, serão desqualificados. “Os principais documentos em falta são relativos a documentos comprovativos dos rendimentos e do património líquido, nomeadamente: documento comprovativo do rendimento mensal, e documento comprovativo emitido pelo banco ou caderneta bancária, com o valor patrimonial líquido, na data definida”, explica o IH. Além disso, “após o termo do prazo da entrega dos documentos em falta, o IH irá iniciar, de imediato, os trabalhos de apreciação das candidaturas e proceder à elaboração da lista provisória de espera e lista de candidatos excluídos”.
Hoje Macau Manchete SociedadeAssédio sexual | Inspecção de Jogos vai avaliar novos líderes da Wynn Macau A demissão de Steve Wynn do cargo de CEO da concessionária de jogo levou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos a avaliar os perfis dos próximos líderes da empresa. Paulo Martins Chan disse que ainda não foram registadas novas queixas sobre assédio sexual ocorridas no sector [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]aulo Martins Chan, responsável pela Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), disse ontem à Rádio Macau que estão a ser avaliados os perfis dos futuros dirigentes da Wynn Macau, depois da saída de Steve Wynn da empresa, após rebentar o escândalo de assédio sexual. “Neste momento, o que estamos a fazer é verificar o background das pessoas que foram recentemente nomeadas para os respectivos cargos”, disse Paulo Martins Chan. Neste momento a presidência da Wynn Macau é assumida por Matthew Maddox, que ocupou também a posição de liderança na Wynn Resorts, em Las Vegas. Allan Zeman, até agora director não executivo, foi nomeado, também com efeitos imediatos, presidente não executivo. Paulo Martins Chan disse ainda à Rádio Macau que não há registo de mais casos de assédio sexual relacionados com operadoras de jogo. “Não recebemos nenhuma queixa dessa natureza. Isso dificulta muito a nossa investigação por razão territorial. Nós chegámos a mandar um ofício ao Gaming Control Board do Nevada para nos informar caso haja alguma evolução da situação. Penso que eles vão fazer uma investigação. Naturalmente eles têm melhores condições para aceder às pessoas, às provas, que nós não temos aqui. Aguardamos as notícias deles”, afirmou. O magnata norte-americano dos casinos Steve Wynn é acusado de agressão sexual por várias empregadas do seu grupo, cujos testemunhos foram recolhidos pelo Wall Street Journal. Steve Wynn apresentou a demissão esta terça-feira enquanto presidente do conselho de administração da Wynn Resorts, com efeitos imediatos, em virtude das alegações de conduta sexual imprópria que têm sido noticiadas desde o final do passado mês de Janeiro. Em comunicado, informou que decidiu afastar-se porque “uma avalanche de publicidade negativa” originou um ambiente “no qual a rapidez de julgamento prevalece sobre tudo o resto, incluindo de factos”, de acordo com o The New York Times. Jockey Club com novidades Sobre o Jockey Club, da Sociedade de Jogos de Macau, Paulo Martins Chan prometeu anunciar novidades “muito em breve”, uma vez que o contrato com a empresa terminal no final deste mês. “Estamos a trabalhar nisso. E naturalmente porque envolve trabalhos em muito sectores, nomeadamente as Obras Públicas, o Turismo, etc. De modo que nesta parte técnica também gastámos bastante tempo. Mas penso que em muito em breve vai haver notícias”, frisou. O responsável da DICJ adiantou que foram exigidas melhorias às cavalariças do Jockey Club, porque “algumas estão degradadas”.
Hoje Macau PolíticaAlto de Coloane | Chefe do Executivo garante investigação rigorosa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, falou ontem à margem do evento organizado pelo Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, tendo comentado o relatório do CCAC. Citado por um comunicado oficial, Chui Sai On disse que o documento “foi analisado minuciosamente e, seguindo as opiniões dos assessores jurídicos, foi entregue de imediato ao Ministério Público (MP) para se proceder à devida investigação”. “Caso envolva comportamentos e infracções ilegais, incorrerá em responsabilidade legal, sublinhando que considerando a complexidade e gravidade da situação mencionada no relatório do CCAC, foi necessário entregar o caso ao MP para acompanhar e investigar em conformidade com a lei”, acrescentou Chui Sai On. No seu discurso, o Chefe do Executivo falou também do início da transmissão do canal GDTV World. O canal “disponibilizará informações relativas aos avanços no desenvolvimento da Província de Guangdong e à iniciativa Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, satisfazendo assim as aspirações da população de Macau no que respeita à diversificação de opções televisivas”. Chui Sai On disse ainda que o Executivo “está empenhado no reforço da capacidade de prevenção e de redução de desastres, colocando em primeiro lugar a garantia da segurança da vida e dos bens materiais dos residentes, mediante uma maior alocação de recursos e a adopção de medidas de curto, médio e longo prazo, no sentido de criar um mecanismo eficiente de longo prazo no âmbito da prevenção e redução de desastres”.
Hoje Macau Manchete SociedadeSegurança | Maioria apoia recolha de identificação na compra de cartão pré-pago [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] maioria das opiniões recolhidas na consulta pública sobre a Lei de Cibersegurança de Macau apoia o recurso a dados de identificação na compra de cartões pré-pagos de telemóvel, revela o secretário para a Segurança. Wong Sio Chak afirmou que as 716 opiniões recolhidas em 45 dias de consulta pública estão agora a ser analisadas para aperfeiçoar a proposta de lei, fase que deverá ser concluída ainda no primeiro semestre do ano. O processo legislativo deverá ser iniciado no segundo semestre, disse à imprensa, segundo um comunicado do Governo. As opiniões, recolhidas entre 11 de Dezembro e 24 de Janeiro, referem-se principalmente aos dados de identificação (“real name system”) na aquisição de cartão pré-pago, prática já existente em muitos países e territórios, acrescentou. O responsável acrescentou que o sector das telecomunicações apresentou sugestões no âmbito da protecção dos dados pessoais e dos procedimentos. O pedido aos utentes dos dados de identificação (“real name system”) na aquisição de um cartão pré-pago pode ser feito mediante o registo da informação pessoal na altura da aquisição, a inserção dos dados na activação do cartão, ou ainda uma combinação das duas, disse Wong Sio Chak. O secretário indicou ainda que a direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações está a analisar a questão para escolher o processo que dê maior protecção aos dados pessoais. Os trabalhos de monitorização referidos na Lei de Cibersegurança visam garantir a segurança de infra-estruturas críticas e a dos cidadãos na utilização da internet, visando-se apenas o tráfego e características dos dados e não o conteúdo, reiterou. A descodificação do conteúdo só será possível com a autorização judicial, em caso de suspeita de crime, sublinhou Wong Sio Chak.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Primeiro drone de passageiros realiza voo inaugural [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s veículos voadores que se deslocam entre arranha-céus, costumava ficar exclusivamente pelas histórias de ficção científica. No entanto, o sonho de voar sobre o trânsito rodoviário torna-se realidade. O primeiro drone de passageiros no mundo, EHang 184, realizou o seu primeiro voo na terça-feira. Uma vez que os passageiros entram na pequena cabine e apertam o cinto de segurança, o avião automático pode descolar. “Nenhum veículo voador tradicional pode materializar a meta de voo autónomo, por isso, é cedo para dizer que o veículo pode ser usado no transporte diário,” disse Hu Huazhi, CEO da EHang, o fabricante do drone. O voo levado a cabo na terça-feira significa que a cena da ficção científica “está bem próxima à população comum”, acrescentou Hu. O fabricante afirma que o veículo é movido a energia eléctrica. O aparelho pode carregar uma pessoa com peso até 100 quilos, voando a uma altitude de 500 metros com a velocidade máxima de 100 km por hora por 25 minutos. A companhia diz que o drone foi submetido a mais de mil testes, sendo projectado para resistir a vento moderado com a velocidade de até 50 km por hora. Mas a maior preocupação continua a ser a segurança. “Temos sistemas especiais de segurança que podem controlar o drone em caso de avaria. Além disso, os passageiros podem fazer com que o veículo páre e fique no lugar se for necessário,” afirmou Hu. Acredito que este ano podemos obter a permissão de voo em 80% dos países e regiões no mundo.” No ano passado, o Dubai anunciou um plano de cooperar com a EHang para desenvolver um táxi de voo autónomo para transportar as pessoas na cidade. De acordo com especialistas, o veículo voador autónomo pode reduzir o congestionamento visivelmente e, mais importante, pode ser usado nos serviços urbanos como resgate de emergência. A EHang afirmou que o produto final para uso comercial provavelmente entrará no mercado dentro de um ano.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo em Taiwan faz pelo menos quatro mortos [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos quatro pessoas morreram e 225 ficaram feridas num sismo de magnitude 6,4 registado em Taiwan na terça-feira à noite, havendo 145 pessoas ainda desaparecidas, segundo a Agência Noticiosa Central de Taiwan. Seis edifícios de Hualien ficaram bastante danificados e três deles ruíram parcialmente, incluindo um hotel, cujo piso térreo abateu, matando um funcionário e deixando outros dois presos nos escombros. De acordo com a televisão TVBS, está ainda em curso a operação de resgate e salvamento no hotel Marshal, embora os hóspedes estivessem sobretudo nos andares superiores do edifício. Devido à destruição causada pelo terramoto em edifícios e infra-estruturas, as autoridades suspeitam de que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas, à medida que decorrerem as operações de resgate. O sismo danificou ainda dois hospitais e duas pontes de Hualien tiveram de ser encerradas devido aos estragos. Também se registaram deslizamentos de terras que afectaram uma auto-estrada central da ilha e há fendas em várias estradas e ruas, com roturas em canos de água e gás e colapso de fios eléctricos, serviços que foram interrompidos em milhares de casas. O sismo ocorreu às 23:50 locais, com epicentro a 18 quilómetros da cidade de Hualien e foi sentido em toda a ilha, incluindo a capital, Taipé. O governo de Taiwan, citando informações do serviço de bombeiros, relatou que outro hotel também sofreu danos, mas sem adiantar mais pormenores, nomeadamente sobre eventuais vítimas. O USGS, organismo norte-americano que é uma referência a nível mundial em matérias sismológicas, precisou que o sismo foi registado a uma profundidade de cerca de 9,4 quilómetros. Nos últimos três dias foram registados mais de 20 movimentos sísmicos diários e o sismólogo Lee Chyi-tyi, da Universidade Central de Taiwan, referiu, na segunda-feira, que a ilha entrou num ciclo sísmico de 100 anos. No século XX, a ilha de Taiwan, que a China considera ser parte integrante do seu território, registou dois sismos de magnitude 8,0. Um ocorreu em 1910 ao largo da costa de Yilan, enquanto o outro foi registado em 1920 ao largo da costa de Hualien. Alguns sismólogos em Taiwan afirmam que será provável o registo de sismos de magnitude 8,0 em torno da Fossa Ryukyu, uma fenda geológica que se encontra a entre 500 e 600 quilómetros de Hualien, dentro de 10 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaMarcas chinesas conquistam mercados As empresas chinesas são encorajadas a ampliar os seus horizontes, e muitas delas começaram a explorar novos mercados, como o Brasil e o México, em vez de pensarem apenas na Europa e nos EUA [dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]mpulsionadas pela inovação e pela iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, as marcas chinesas têm recebido um reconhecimento cada vez maior nos mercados globais, especialmente nos sectores dos produtos electrónicos e do comércio electrónico, de acordo com o último relatório de marcas divulgado na terça-feira pela Google e Brandz. Analisando em profundidade as marcas chinesas que estão a criar impacto nos mercados internacionais, o relatório Top 50 Chinese Global Brand Builders 2018 classifica as marcas chinesas em termos de influência no exterior. A categoria de electrónicos de consumo é, de longe, a que contém as marcas mais conhecidas, como por exemplo a Lenovo, Huawei, Xiaomi e Anker. Simultaneamente, o sector dos jogos tem sido uma categoria com um rápido crescimento, com duas marcas classificadas no top 10 deste ano. Colectivamente, os electrónicos de consumo, jogos para dispositivos móveis e comércio electrónico representam 61% das 50 principais marcas chinesas mais influentes, segundo o relatório. “Os jogos são geralmente subestimados em termos de influência”, disse Scott Beaumont, presidente da Google Greater China, à CGTN na terça-feira, observando que o chamado nicho de mercado é muitas vezes maior do que as indústrias de filmes e música combinadas. Além da inovação em produtos e serviços, a iniciativa Uma Faixa, Uma Rota desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de empresas no exterior. As empresas chinesas são encorajadas a ampliar os seus horizontes, e muitas delas começaram a explorar novos mercados, como o Brasil e o México, em vez de pensarem apenas na Europa e nos EUA, afirmou Beaumont. Concomitantemente, a expansão global das marcas chinesas também beneficiou da abertura dos jovens consumidores. “Os consumidores mais jovens estão a voltar-se para marcas como a Lenovo, Alibaba e JD.com, pois combinam bons produtos com serviços interessantes e acessíveis”, referiu Doreen Wang, chefe global da BrandZ. Os rankings são baseados em pontuações obtidas por um algoritmo aplicado a 168 marcas chinesas, em 12 categorias de produtos, com base em dados do Google e BrandZ.
Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixador: “China permanece confiante e aberta apesar do fraco juízo de alguém nos EUA” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai, disse recentemente que apesar do fraco juízo de alguém nos Estados Unidos, a China permanecerá confiante no caminho do desenvolvimento e os que esperam pelo contrário devem enfrentar a realidade. “Recentemente, registaram-se alguns desenvolvimentos nas relações China-EUA que são matéria de preocupação, o que reflecte a deficiência de alguém dos Estados Unidos no seu entendimento da China, e também o seu fraco juízo de estratégias adoptadas pela China. Por exemplo, alguém se sente deprimido por causa de adesão da China ao seu próprio caminho de desenvolvimento,” disse Cui numa reunião realizada na embaixada chinesa para celebrar o Ano-Novo chinês. O caminho do desenvolvimento escolhido pela China está baseado nas realidades nacionais do país, guiado pelas suas próprias teorias, garantido por seu próprio sistema e estabelecido em sua própria cultura, disse Cui. “Então, nosso caminho do desenvolvimento não pode e não deve mudar.” “A escolha chinesa do caminho do desenvolvimento não mudará devido ao pensamento de outras pessoas. Espero que aqueles O embaixador disse que a China permanece confiante, mas também permanecerá aberta a novas ideias e está disposta a aprender com outras culturas.
Hoje Macau SociedadeServiços de Saúde de Macau defendem aumento de imposto sobre tabaco [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] chefe do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo de Macau defende “um aumento substancial” dos impostos sobre os produtos do tabaco para reforçar as medidas de controlo do tabagismo. Na análise do trabalho de controlo do tabagismo, Tang Chi Hou disse ser preciso um maior acompanhamento do consumo de tabaco entre os jovens e o impacto de novos produtos de tabaco aquecidos, sem combustão, e também um reforço de aplicação da lei. Entre os jovens e os idosos, “o aumento do imposto sobre o tabaco é adequado para travar a subida do consumo nestes dois grupos etários”, afirmou o responsável, em conferência de imprensa, sublinhando ser essa também a recomendação da Organização Mundial de Saúde. “O Governo vai vigiar constantemente o desenvolvimento e o consumo de produtos do tabaco aquecidos, sem combustão, para os incluir, o mais rapidamente possível, na regulamentação legal, de modo a reduzir o seu impacto entre os jovens”, indicou. Em Janeiro último, as autoridades realizaram 34.280 inspecções de controlo do tabagismo e acusaram 507 pessoas de infracções, menos 20 por cento do que no período homólogo de 2016. Dos acusados, 63,7 por cento são turistas, 32,7 por cento são residentes e 3,6 por cento são trabalhadores não residentes. Cerca de 13 por cento das infracções foram registadas em paragens de autocarros, acrescentou. É proibido fumar a menos de 10 metros dos sinais indicadores de paragens de autocarros e de táxis. Em 2017, 67.300 indivíduos com mais de 15 anos consumiam tabaco, sendo 23,2 por cento do sexo masculino. Tang Chi Hou sublinhou que, nos últimos anos, as doenças do foro oncológico, pulmonares e cardiovasculares, em que o uso do tabaco é um dos principais factores de risco continuaram a estar entre as dez principais causas de morte em Macau. Nos últimos anos, a mortalidade por doenças relacionadas com o tabagismo em Macau foi de quase 30 por cento, ou seja, três em cada dez. Aprovada a 1 de Janeiro de 2012, a Lei da Prevenção e Controlo do Tabagismo começou por visar a generalidade dos espaços públicos. A versão final da lei, aprovada pela Assembleia Legislativa em meados de Julho de 2017 e em vigor desde 1 de Janeiro último, prevê a proibição de fumar em todos os recintos fechados, à excepção dos casinos e dos aeroportos, os únicos dois locais onde as salas para fumadores são permitidas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Três activistas evitam prisão. Recurso aceite no tribunal [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]rês membros do movimento pró-democracia evitaram a prisão após o tribunal superior em Hong Kong aceitar o seu recurso, num caso considerado como um teste sobre a independência da justiça em relação a Pequim. Os activistas Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow advertiram, no entanto, que ainda não é hora de celebrações, porque a liberdade de pensamento e de expressão ainda estão ameaçadas no território, que foi devolvido pelo Reino Unido à China em 1997. Joshua Wong, de 21 anos, que se tornou o rosto da “revolta dos guarda-chuvas” – que ocorreu no outono de 2014 -, e os seus companheiros foram condenados, em agosto, a penas de entre seis e oito meses de prisão. Essa condenação seguiu-se a um recurso do Ministério Público, que pedia sentenças mais pesadas do que as decididas em primeira instância – realização de serviço comunitário e penas suspensas. Os três foram libertados sob fiança algumas semanas depois, enquanto decorria a análise do seu recurso perante o Tribunal Supremo de Hong Kong, o mais alto tribunal de recurso. O juiz Geoffrey Ma referiu ontem que os três activistas receberam penas “significativamente mais pesadas” do que as sentenças geralmente impostas em casos de manifestações ilegais. Levando em consideração o idealismo dos réus, a sua juventude e o facto de o seu registo criminal estar limpo, o tribunal de primeira instância fez um julgamento adequado, declarou o juiz Ma. Os três activistas foram condenados pelo seu papel numa manifestação ocorrida em 26 de Setembro de 2014, quando manifestantes escalaram barreiras de metal e entraram na Praça Cívica, que está situada num complexo governamental. Na semana passada, 12 deputados dos Estados Unidos propuseram a nomeação dos líderes da ‘revolta dos guarda-chuvas’, Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow, como candidatos ao Prémio Nobel da Paz, a atribuir em Outubro. De acordo com uma carta enviada ao comité Nobel, os 12 republicanos e democratas acreditam que Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow, que lideraram o movimento, devem ser honrados “pelos seus esforços pacíficos para implementar reformas políticas e proteger a autodeterminação de Hong Kong”.
Hoje Macau InternacionalFAO alerta para “epidemia avassaladora” da obesidade [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) defendeu ontem que a fome no mundo se restringe cada vez mais a zonas de conflito, mas advertiu que a obesidade é “uma epidemia avassaladora”. “Hoje estamos confiantes no progresso em reduzir o número de famintos, cada vez mais a fome se restringe a ambientes de conflito explícito, guerra civil, impactados pela mudança climática e alguns bolsões de pobreza extrema”, disse José Graziano da Silva, na abertura do seminário sobre Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no âmbito da reunião de alto nível de três dias a decorrer em Lisboa. O director-geral da FAO alertou que, “paralelamente, uma epidemia fora de controlo, avassaladora, tanto em África como na Europa, ameaça-nos: a malnutrição, a obesidade, mais especificamente, em mulheres e crianças”. Na sua intervenção, José Graziano apontou algumas medidas essenciais para apoiar o sector da agricultura familiar, como a garantia do acesso dos agricultores aos recursos naturais e meios de produção, alertando que a ausência de “políticas específicas” impede um “reconhecimento explícito deste setor diferenciado”. O responsável do organismo da ONU deu o exemplo “de muito sucesso” no Brasil, já replicado em vários países africanos e da América Latina, que garante compras directas aos produtores familiares para os lanches escolares. Graziano alertou ainda para a necessidade de “fortalecer os instrumentos da protecção social”, face ao envelhecimento da população de agricultores familiares. “Os agricultores familiares são fundamentais para a coesão social, o desenvolvimento do interior, a luta contra a desertificação da população, a manutenção da paisagem e a preservação dos vários ecossistemas”, considerou o responsável da FAO. A agricultura familiar é “o maior empregador” na maioria dos Estados-membros da CPLP (entre 60 a 85% da população) e responsável pela produção de uma média dos 70% dos alimentos básicos, mas “a paradoxal verdade” é que os agricultores familiares “estão entre os mais pobres”, advertiu, por seu turno, a secretária-executiva da organização lusófona, Maria do Carmo Silveira. Além disso, em vários países, as mulheres são “a maioria da força de trabalho na agricultura”, mas enfrentam “desigualdades de género”, com restrição de acesso aos recursos naturais, disse. Construir uma CPLP “livre da fome” é “um dos maiores desígnios” da comunidade lusófona, sublinhou a secretária-executiva. Em representação da Plataforma de Camponeses da CPLP, Luís Muchanga recordou que o sector representa, nos países da comunidade, mais de sete milhões de agricultores e agricultoras. O representante dos camponeses identificou como “prioridades” o trabalho ao nível das leis, estatutos, registo e cadastro, “para ter uma radiografia real dos agricultores familiares”. “A valorização da semente local e a promoção de banco de sementes são estratégias imprescindíveis”, bem como a promoção do “papel importante da mulher e os jovens” neste sector, defendeu. Muchanga apelou ainda ao desenvolvimento, entre todos, de “estratégias de luta” contra “os novos inimigos: a escassez de água para a agricultura e os impactos das mudanças climáticas, “que carregam consigo várias pragas e que minam os esforços dos camponeses na luta incansável pela melhoria da produção e produtividade agrária”.
Hoje Macau China / ÁsiaJornal do PC garante relações com o Vaticano “mais cedo ou mais tarde” [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m jornal do Partido Comunista Chinês (PCC) considerou ontem que Pequim e o Vaticano vão estabelecer relações diplomáticas “mais cedo ou mais tarde”, o que implicaria que a Santa Sé cedesse na nomeação dos bispos. “Acreditamos que os diplomatas de Pequim podem gerir as negociações tendo em conta o interesse nacional e as crenças religiosas”, escreve o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC. Pequim e a Santa Sé não têm relações diplomáticas, divergindo sobretudo na nomeação dos bispos, com cada lado a reclamar para si esse direito. A China tem cerca de 12 milhões de católicos, mas as manifestações católicas no país são apenas permitidas no âmbito da Associação Patriótica Católica Chinesa, a igreja aprovada pelo PCC e independente do Vaticano. O objectivo é garantir que os católicos do país funcionam “independentemente” de forças externas e “promovem o socialismo e patriotismo através da religião”. Milhões de católicos chineses estão, porém, ligados às chamadas igrejas clandestinas, constituídas fora do controlo daquele organismo estatal e que juram lealdade ao papa. “A chegada a um acordo com a China sobre a escolha dos bispos iria reflectir a habilidade dos católicos para se adaptarem às mudanças”, acrescenta o Global Times, em editorial. Vários órgãos de comunicação próximos do Vaticano afirmam que um acordo entre ambos os Estados está pronto e pode ser assinado nos próximos meses, mas não se sabe ainda como será resolvida a questão da nomeação dos bispos. No caso do Vietname, país vizinho da China e também governado por comunistas, um acordo assinado em 1996 estabelece que a Santa Sé propõe três bispos a Hanói, e o governo vietnamita escolhe um deles. Na semana passada, o cardinal de Hong Kong Joseph Zen criticou a própria Santa Sé pelos seus avanços diplomáticos com o regime chinês. Zen acusou a igreja de forçar bispos a retirarem-se, para que possam ser substituídos por outros, apoiados por Pequim.
Hoje Macau InternacionalPequim, contra declarações dos EUA, sai em defesa da Venezuela [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] governo da China tomou posição na segunda-feira sobre as ameaças feitas pelos Estados Unidos à Venezuela, depois da viagem do secretário Rex Tillerson a vários países da América Latina. Tillerson chegou a defender um golpe militar na Venezuela e criticou a China, ao dizer que não há espaço para uma nova “potência imperial” na região. O secretário norte-americano pediu, inclusive, aos países do continente que intervenham no país vizinho, liderado por Nicolas Maduro. O Tesouro dos Estados Unidos acusou a China de ajudar o governo do presidente venezuelano com investimentos suspeitos envolvendo empréstimos em troca de petróleo. Num discurso proferido na sexta-feira,no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o principal diplomata especialista em economia do Tesouro dos EUA, David Malpass, disse que o foco da China nas “commodities e em acordos financeiros vagos” prejudicaram, e não ajudaram, países da América Latina. O ataque ao papel chinês no apoio ao governo da Venezuela veio um dia depois de o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, ter aventado a hipótese de um golpe militar no país sul-americano rico em petróleo, antes de iniciar uma digressão de cinco dias pela América Latina. O porta-voz do MNE chinês Geng Shuang disse que a cooperação financeira bilateral com a Venezuela foi estabelecida com base em princípios comerciais benéficos para os dois países. “O que os Estados Unidos disseram é infundado e extremamente irresponsável”, afirmou Geng. A cooperação entre a China e a Venezuela auxiliou a construção de mais de 10 mil casas de baixo custo, a geração de electricidade e o gasto com electrodomésticos para três milhões de lares venezuelanos de baixo rendimento, acrescentou, segundo informa a Reuters. “A cooperação China-Venezuela incentivou favoravelmente o desenvolvimento socioeconómico da Venezuela e é aprovada e apoiada por todos os níveis da sociedade”, disse Geng. “Uma Venezuela estável atende aos interesses de todos os lados”. Ainda segundo a Reuters, recentemente, após a imposição de sanções individuais e económicas sobre Caracas pelos EUA, Maduro acusou Washington de tentar depô-lo para ter mais acesso à riqueza petrolífera do país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). EUA temem perder influência Washington advertiu vários países latino-americanos sobre os riscos da influência cada vez maior de Pequim na região e sobre os riscos de uma suposta dependência excessiva da segunda economia mundial, advertências vistas pela China como uma falta de respeito à política exterior dessas nações. Enquanto a administração Trump rompeu acordos e questiona alianças, o gigante asiático impulsionou os laços políticos, culturas e sociais, com destaque para a América Latina; as viagens constantes de Xi Jinping continuam a seguir a proposta de construir “uma comunidade global de futuro partilhado”. Na América Latina, a China, que há mais de dez anos é um importante parceiro comercial, aumenta agora sua influência política, cultural e social para ocupar o vazio criado pela ausente estratégia norte-americana. E, dessa maneira, a China acabou por se tornar uma ameaça aos interesses dos EUA na região, que por décadas esteve presente interferindo continuamente na soberania e nas decisões dos países latino-americanos. Tillerson, pouco antes de fazer uma viagem por países como o México, Argentina, Peru e Colômbia, afirmou que a região não precisa de “novas potências imperiais” e advertiu sobre a estratégia de se apoiar excessivamente na China, “que significa ganhos no curto prazo em troca de uma dependência no longo prazo”. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês considerou que essa premissa é falsa e que o intercâmbio com a América Latina se baseia “em interesses comuns e necessidades mútuas”. Como a China defendeu até o momento, a sua aproximação com as outras nações acontece seguindo os princípios de “igualdade, reciprocidade, abertura e inclusão”. A China reforçou recentemente seus laços com a região durante o segundo fórum ministerial entre o gigante asiático e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizado há apenas duas semanas em Santiago, no Chile, como informa o El País. O bloco decidiu apoiar, numa declaração oficial, a iniciativa chinesa da nova Rota da Seda – o megaprojeto de interconexão mundial idealizado pelo presidente chinês, Xi Jinping, que colocou sobre a mesa bilhões de dólares para investi-los em obras de infra-estrutura que melhorem a conectividade. O objectivo, segundo o MNE chinês, Wang Yi, é que o país se transforme no “parceiro mais confiável” da região.
Hoje Macau EventosÓbito | Jao Tsung-I, mestre em estudos chineses, faleceu ontem Faleceu, na madrugada de ontem, o mestre Jao Tsung-I, que nos anos 80 veio para Macau onde fundou, na antiga Universidade da Ásia Oriental, o departamento de história e literatura chinesa. No território, Jao Tsung-I deu também o nome a uma academia dedicada às artes e cultura. O Chefe do Executivo dedicou condolências à família [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]urpresa e consternação. Foram estas as primeiras palavras que o Chefe do Executivo, Chui Sai On, usou para se referir ao falecimento do mestre de estudos chineses e grande nome das artes, Jao Tsung-I. Este morreu na madrugada de ontem, depois de uma carreira preenchida, que passou pela criação de duas academias com o seu nome, em Macau e Hong Kong. Jao Tsung-I veio para Macau em 1981, quando foi convidado para ser professor catedrático da antiga Universidade da Ásia Oriental, actual Universidade de Macau (UM). Foi ele o fundador do departamento de história e literatura chinesa desta instituição de ensino. Chui Sai On referiu-se a ele como sendo “um grande mestre dos estudos chineses, uma personalidade conceituada na China e no exterior”. “O professor Jao Tsung-I foi um famoso historiador, paleógrafo, literato, calígrafo e educador, cuja fama cruzou mares. Durante toda a sua vida, divulgou a cultura chinesa, contribuindo de forma importante para o ensino superior e a investigação académica em Macau.” O Chefe do Executivo destacou ainda a importância que Jao Tsung-I continuou a ter na sociedade local após o regresso de Macau à China. Este “continuou a dedicar-se e a orientar os estudos na área da paleografia, apoiando veementemente o nosso desenvolvimento cultural”. “Expôs aqui repetidas vezes os seus trabalhos de caligrafia e pintura, tendo oferecido algumas das suas obras aos museus locais”, disse Chui Sai On. Essas obras levariam à criação da Academia Jao Tsung-I. Além disso, o mestre de estudos chineses tinha “o espírito patriótico”. “O trabalho académico meticuloso do professor Jao Tsung-I são um modelo para todos nós”, acrescentou o Chefe do Executivo. Um grande contributo De acordo com a biografia disponível no website da Academia Jao Tsung-I, o mestre, ao criar o departamento na Universidade da Ásia Oriental, com cursos de mestrado e doutoramento, “contribuiu consideravelmente para o desenvolvimento académico local lançando as sementes de estudos subsequentes em literatura chinesa”. Em 2004 a UM concedeu a Jao Tsung-I o grau de doutor honoris causa em Humanidades, tendo-lhe sido atribuído também o título de Professor Honorário da universidade. A sua biografia aponta que o mestre “deu bastante atenção aos estudos arqueológicos em Macau, dando conselhos e orientando as escavações do sítio arqueológico da baía de Hac-Sa, Coloane, em 2006”. Em 2011, Jao Tsung-I doou 30 pinturas e caligrafias da sua autoria ao Museu de Arte de Macau, além de 159 peças de arte e trabalhos académicos ao Governo, em 2013. “Ter estas peças de arte entre nós é uma honra e sentimo-nos gratos pois servirão de inspiração aos artistas locais e às gerações vindouras”, aponta a biografia do mestre. Foram diversas as exposições que Jao Tsung-I realizou no território: Terra Pura – Exposição de Pintura e Caligrafia do Jao Tsung-I (Centro UNESCO de Macau, Novembro de 1999); Exposição de Caligrafia e Pintura de Rao Zongyi (Museu de Arte de Macau, Julho de 2001) onde, a par de 103 obras de arte de autoria do Professor Jao, foram apresentados outros trabalhos de artistas chineses do continente e ultramarinos, bem como uma variedade de objectos ornamentais e estudos; Lótus Imortal: Pintura e Caligrafia de Jao Tsung-i. Alem disso, em Novembro de 2006 foi feita uma exposição para celebrar o seu 90º aniversário, tendo sido realizada, em Novembro de 2011, a iniciativa Aspirações Convergentes: Exposição de Pinturas e Caligrafias Doadas ao Museu de Arte de Macau por Jao Tsung-I, patente no Museu de Arte de Macau. O apoio à Macaulogia Entretanto, a UM reagiu também à morte do mestre, tendo referido, num comunicado, que os membros da universidade “nunca se vão esquecer” do seu contributo. Jao Tsung-I foi, aos olhos da UM, “um académico erudito e um escritor prolífero”, bem como “um mestre da sinologia, um historiador, arqueólogo e académico de Confúcio”. “Ele dedicou toda a sua vida à promoção da sinologia, também com grandes realizações na arte e literatura. O professor Jao Tsing-I e a sua persistência nos objectivos académicos é um exemplo para todos nós.” Na UM, Jao Tsing-I “apoiou activamente o desenvolvimento da Macaulogia, tendo dado uma grandiosa contribuição para a UM na implementação e desenvolvimento da disciplina”.
Hoje Macau SociedadeIPIM | Macau leva alimentos lusófonos à China O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) vai levar os produtos dos países lusófonos à primeira exposição internacional de importações da China, em novembro, em Xangai. A representação na exposição de Xangai será feita mediante delegações de empresas de produtos alimentares de Macau e de agentes e distribuidores no território de alimentos dos países de língua portuguesa, organizadas pelo IPIM, de acordo com um comunicado oficial. A direção dos Serviços de Turismo de Macau vai organizar também a participação de operadores turísticos de Macau. Além da delegação empresarial, vai participar na exposição uma delegação governamental do território. Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em maio passado, durante o fórum “Uma Faixa, Uma Rota” para a cooperação internacional, a exposição internacional de importações da China constitui uma importante medida de Pequim para apoiar a liberalização do comércio e a globalização económica, abrindo ainda mais, por iniciativa própria, o mercado chinês ao mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina acusa EUA de prática de dumping [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério de Comércio da China informou neste domingo ter dado início a investigações para apurar uma suposta prática de dumping nas exportações de sorgo dos Estados Unidos. Informações preliminares apontam que grandes volumes do produto têm sido vendidos pelos EUA à China a preços baixos e com subsídios do governo dos EUA, prejudicando os produtores chineses. O ministério disse também que a produção chinesa de sorgo depende de um grande número de pequenos agricultores. Ao anunciar a acção, o governo chinês não mencionou a recente decisão da administração Trump de impor tarifas sobre as importações norte-americanas de painéis solares chineses. Autoridades da China disseram a representantes de empresas dos EUA que Pequim está a preparar medidas de retaliação caso as exportações chinesas sejam afectadas pela política defendida por Trump conhecida como “America First”. Os EUA estão envolvidos também em processos que podem impor à China penalidades relacionadas à propriedade intelectual e comércio de aço e alumínio. Produtos agrícolas dos EUA são um alvo provável na lista do governo chinês, já que Estados agrícolas norte-americanos são vistos como a base política do presidente Donald Trump. A China tem-se destacado como um grande mercado para o sorgo produzido nos EUA. Desde 2013, mais de 27 milhões de toneladas do produto foram vendidas para o país asiático, conforme dados da associação de produtores de sorgo dos EUA.