Hoje Macau SociedadeTufão Hato: DST não detectou especulação nos preços dos hotéis [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) emitiu ontem um comunicado onde aponta que, até ao momento, não foram registados casos de especulação nos preços dos quartos de hotel, apesar dos vários relatos que existem nas redes sociais nesse sentido. A entidade, dirigida por Helena de Senna Fernandes, “não detectou até ao momento estabelecimentos hoteleiros a praticar preços mais elevados do que os reportados à DST pelos hotéis e pensões”. Contudo, a DST “detecto alguns portais de reservas de quarto online com subidas de preços”. “A DST irá continuar a verificar os preços dos quartos praticados pelos hotéis e caso detecte infracções, sancionará de acordo com os regulamentos”, lê-se ainda. Do total de 64 hotéis, classificados de três a cinco estrelas, há ainda seis estabelecimentos que não têm água nem luz, sendo que oito hotéis estiveram incontactáveis. “Devido à maior parte das pensões estar localizadas nas zonas mais afectadas pela passagem do tufão, a maior parte não tem abastecimento de água ou de electricidade.” Um total de 329 excursões chegaram ontem ao território, quando as ruas estavam ainda cheias de árvores caídas e sem um sistema de transportes normalizado. A DST alerta que “alguns itinerários poderão sofrer alterações devido ao impacto a vários níveis resultante da passagem do tufão”. Até ao momento registaram-se 11 casos “referentes a inquéritos, queixas e sugestões relativas a itinerários turísticos, serviço de táxis e autocarros, de devolução de bilhetes de espectáculo, serviços de agências de viagem e hotéis”. Nenhuma das queixas se referiu aos preços dos quartos de hotel.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Caixas de electricidade danificadas no Fai Chi Kei e Porto Interior [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Companhia de Electricidade de Macau (CEM) explica que tem vindo a normalizar o fornecimento de energia nas últimas horas. No entanto, “nas zonas do Porto Interior e Fai Chi Kei, devido aos danos causados pelas inundações, que danificaram as caixas de electricidade, a CEM irá trabalhar para retomar o abastecimento prevendo uma recuperação progressiva”. Não há, por enquanto, novas informações sobre o assunto. Entretanto o Instituto de Acção Social (IAS) garante estar atento à “situação de vida de alguns grupos sociais vulneráveis que se deparam com o corte de fornecimento de electricidade e de água”, tendo sido accionado o mecanismo de resposta a situações de crise. O IAS afirma que “será intermitente a recuperação do fornecimento de água e de electricidade para os equipamentos sociais” como o Complexo de Serviços de Apoio à Juventude e Família “Pou Tai”, na Taipa, o espaço Fonte da Esperança, também na Taipa, o Lar de Estrela da Esperança do Sheng Kung Hui, a Casa de Petisco “Sam Meng Chi”, a Casa do Arco-Íris Esplendoroso, na Areia Preta, o Centro de Santa Lúcia, na Estrada de Nossa Senhora de Ká-Hó, Coloane. Há também falhas de fornecimento de água e luz no Lar São Luís Gonzaga e no Centro de Santa Margarita, ambos na Taipa. “O IAS está a empenhar-se na coordenação com as instituições particulares de serviços sociais, de forma a que estas enviem os respectivos trabalhadores ao domicílio dos grupos sociais vulneráveis com necessidades urgentes, prestando-lhes a respectiva assistência”, afirma ainda.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Aulas na EPM começam a 6 de Setembro, apesar dos estragos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vice-presidente da Escola Portuguesa de Macau disse hoje à agência Lusa que as aulas vão começar, conforme previsto, a 6 de setembro, apesar da destruição causada na quarta-feira pela passagem do tufão Hato. Este foi o tufão mais forte dos últimos 50 anos a atingir Macau, tendo causado oito mortos no território, segundo o mais recente balanço das autoridades, hoje divulgado. “[O ano letivo] vai começar no dia 6 de setembro, porque nós vamos conseguir preparar tudo para que [as aulas] se iniciem nesse dia”, afirmou Zélia Baptista. “Os alunos podem não ter todas as comodidades que costumavam ter. Por exemplo, os jardins vão ficar vedados, mas tanto as salas de aula como os pátios de recreio vão ficar operacionais “, sublinhou. A vice-presidente admitiu que “poderá não haver cantina” no arranque das aulas, mas garantiu que, a confirmar-se, essa situação “será comunicada atempadamente aos pais “. A cantina, explicou, “ficou toda estilhaçada e neste momento está a ser difícil arranjar operários para trabalhar a esse nível, principalmente por causa dos vidros”, que ficaram destruídos com o tufão, afirmou. Zélia Baptista observou que ainda não é possível quantificar os estragos, que “foram avultados”, em termos monetários. “Temos na parte exterior da escola dois jardins que estavam vedados por muros. Os muros caíram e agora a escola está desprotegida. Qualquer pessoa pode entrar, portanto, essa é uma das nossas prioridades: tapar o local onde estavam os muros para dar privacidade e segurança à escola e posteriormente repor tudo o que lá estava”, disse. De forma a manter a data do arranque do ano letivo, é preciso “libertar primeiro a escola dos destroços” e depois criar condições nas salas de aula para que “estejam operacionais no dia 06”. “E isso é possível porque não houve muita destruição nas salas. A sala de música e uma das salas de informática é que estão um pouco mais danificadas”, observou. Zélia Baptista deixou ainda uma palavra de agradecimento aos pais e alunos que se mostraram solidários com a escola e “manifestaram disponibilidade para ajudar no que for necessário”. No entanto, disse que a escola ainda não recorreu a essa ajuda, porque primeiro era necessário retirar o entulho. Na Escola Portuguesa, o tufão destruiu dois muros exteriores que estavam a delimitar dois jardins, incluindo um onde o artista português Vhils criou um mural no final de maio. Quase todas as árvores nos pátios da escola foram arrancadas pelo vento, e duas, que apresentam risco de queda, têm de ser cortadas, para garantir a segurança dos alunos, segundo Zélia Baptista. O rasto de destruição inclui estragos nos ares condicionados e sistemas de ventilação, muitas janelas e algumas portas partidas, sobretudo na ala mais nova das instalações, junto ao hotel Grand Lisboa, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Ligações marítimas restabelecidas, mas com limitações [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s ligações marítimas a partir de Macau foram restabelecidas hoje, ainda com serviços limitados, devido aos danos em dois terminais, causados pelo tufão Hato, o mais forte dos últimos 50 anos a atingir o território. “A situação é muito má, as instalações estão quase todas danificadas. Desde ontem à tarde [quarta-feira] começámos a reparação e conseguimos hoje de manhã dois lugares de atracação para recuperar a navegação”, disse Susana Wong, diretora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA, antiga Capitania). No terminal do Porto Exterior, em Macau, as ligações foram restabelecidas pelas 07:00 (00:00 em Lisboa) e no terminal da Taipa pelas 10:15. No entanto, as ligações são “limitadas”. “Os pontões de atracação têm de ser bem verificados antes de começarem a funcionar novamente. Penso que tem de ser gradualmente”, explicou. Hoje, o Centro de Operações de Proteção Civil (COPC) informou também que a última das três fronteiras terrestres que se mantinha fechada, o Posto Fronteiriço da Flor de Lótus, no Cotai [faixa de casinos entre as ilhas da Taipa e de Coloane], reabriu às 14:00. As autoridades informaram ainda que dois centros de ação social foram fechados para se procederem a ações de reparação urgente e de arrumação.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau Water não vai suspender fornecimento de água [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m comunicado emitido pela Macau Water desmente rumores que surgiram nas redes sociais sobre a possibilidade de ocorrer novamente uma suspensão do fornecimento de água. A Macau Water aponta que “por causa do pico do uso de água surgiu alguma instabilidade, mas nunca a suspensão de abastecimento”. Apesar de ainda existir 40 por cento da população sem água nas canalizações, “o fornecimento já foi retomado em algumas zonas”, sendo que a empresa “procura acelerar as operações para retomar a normalidade”. As forças de protecção civil apelam “junto da população para poupança no consumo da água”. Alerta sobre pragas A passagem do tufão Hato pelo território deixou muitas zonas do território cobertas de lixo e outro tipo de sujidade. Em comunicado, os Serviços de Saúde (SS) alertam para a necessidade de “reduzir a incidência de doenças transmissíveis”, uma vez que existe “dificuldade de limpeza, a curto prazo, do lixo acumulado”. As zonas da Praia do Manduco, na Barra, Hoi Pong e zona norte são apontadas como as mais afectadas por este problema, sendo que os SS já enviaram “funcionários para a desinfecção de pragas nas zonas mencionadas e distribuição de folhetos informativos a residentes”. Os SS emitiram ainda algumas recomendações, sendo uma delas “beber água de fonte confiável”, nomeadamente “da rede pública de abastecimento de água”. Contudo, 40 por cento da população continua sem fornecimento de água nas suas habitações, existindo uma corrida aos supermercados. Há ainda relatos de que estão a ser vendidas duas garrafas de água a cada pessoa. É ainda sugerida “cautela no manuseamento dos alimentos” e a necessidade de se prestar “atenção à higiene ambiental”. É necessário eliminar “as fontes de proliferação de vectores” para que se previnam mais casos de febre de dengue. “Após o tufão, os cidadãos ou associações de condomínio dos edifícios devem tomar a iniciativa de inspeccionar o edifício e os espaços comuns dos mesmos, limpar fontes de proliferação no interior e exterior do edifício”, aponta o comunicado dos SS.
Hoje Macau SociedadeTufão “Hato”: Recebidos pedidos de ajuda de turistas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) recebeu, até ao meio dia de hoje, vários pedidos de assistência por parte de turistas, pelos mais diversos motivos. Segundo um comunicado, a entidade, ligada à Direcção dos Serviços de Turismo, “recebeu dois pedidos de assistência de residentes de Macau que se encontravam em Banguecoque, devido ao cancelamento dos seus voos de regresso”, sendo que este episódio afectou cerca de 40 residentes. O GGCT tem vindo a contactar com a Air Macau para que a companhia aérea “organize voos, de modo a que um maior número de pessoas possa regressar assim que possível”. Foi ainda feito um pedido por parte de turistas “que se encontravam sem meios de abandonar o seu alojamento junto à praia de Hac Sa”, em Coloane”, “devido à suspensão dos serviços de transportes públicos”. Segundo o GGCT, “os turistas encontravam-se seguros”, tendo o organismo dado assistência para que chamassem um táxi. Foram ainda feitos dois pedidos adicionais de informação, um deles sobre os voos disponíveis para Macau. O outro pedido esteve relacionado com um grupo de turistas que se viu impossibilitado de deixar uma loja devido a uma inundação.
Hoje Macau PolíticaTufão Hato: Serviços públicos também foram afectados Nem todos os departamentos públicos do Governo escaparam aos estragos causados pelo tufão Hato. Instituto de Acção Social, Fundo de Segurança Social e alguns departamentos da tutela da Economia e Finanças tiveram de suspender os serviços [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar da Função Pública ter regressado ao trabalho ontem, bem como a maioria dos serviços no sector privado, houve alguns estragos que obrigaram muitos serviços a fechar portas. Dois centros de acção social do Instituto de Acção Social (IAS), localizados na zona norte e na zona central “estão fechados para que se procedam às respectivas acções de reparação urgente e de arrumação”. Vários balcões de contas individuais de previdências do Fundo de Segurança Social (FSS), localizados em vários pontos do território, também estiveram de portas fechadas. “Os cidadãos devem ter atenção até novos avisos”, refere-se em comunicado. Na tutela da Economia e Finanças, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) prestou, “de forma limitada” alguns serviços, tendo sido “normal o atendimento ao público em todos os postos de serviços”. Contudo, “como o servidor para computadores está avariado, todo o serviço informativo não consegue ser prestado normalmente, incluindo a website da DSAL”. Além disso, “todas as programações de cursos de formação para obtenção do cartão de segurança e saúde ocupacional e dos respectivos exames, bem como dos cursos e exames ligados à formação profissional e à certificação foram canceladas”. A DSAL não tem ainda uma data definida para a sua realização. “Nas instalações do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), sitas no World Trade Center, alguns dos serviços por ele prestados foram também afectados”, aponta o mesmo comunicado. “Devido à avaria da rede informática, os serviços de declaração alfandegária via internet foram também afectados”, estando o serviço disponível apenas via telefone. A DSE, a Direcção dos Serviços de Finanças, Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos ou o gabinete de apoio ao Fórum Macau, incluindo outros cinco departamentos tutelados pelo secretário Lionel Leong, não foram afectados.
Hoje Macau Manchete SociedadeGoverno | Fornecimento de combustível é suficiente [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Economia (DSE) anuncia que o depósito de combustíveis existente no território “é abundante”, sendo que o veículo que transporta combustíveis “já está agendado para sair do Terminal de Combustíveis do Porto de Ká-Hó”, pelo que “os cidadãos possam ficar descansados”. A DSE aponta ainda que já foi enviado pessoal “para efectuar vistoria nos postos de abastecimento de combustíveis, tendo verificado que parte dos postos está a operar e fornecer combustíveis com toda a normalidade”. A entidade refere que os cidadãos não necessitam de ter “pressa de abastecer os seus veículos nos postos de abastecimento caso não tenham necessidade urgente, no sentido de não agravar o encargo das estradas”. Várias imagens partilhadas nas redes sociais dão conta de uma corrida às bombas de gasolina nas últimas horas por parte dos cidadãos.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão Hato: Escola Portuguesa de Macau com “maiores danos de sempre” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Hato provocou hoje os “maiores danos de sempre” na Escola Portuguesa de Macau, com a queda de dois muros exteriores – incluindo um mural do Vhils – além de árvores, e janelas e portas partidas, disse à Lusa a vice-presidente. “Sem sombra de dúvida foram os maiores danos de sempre”, disse Zélia Baptista. Numa visita da Lusa à escola foi possível constatar um amontado de cimento dos muros que estavam a delimitar dois jardins exteriores, a queda de quase todas as árvores na zona de recreio, e algumas janelas e portas partidas, sobretudo na ala mais nova das instalações, junto ao hotel Grand Lisboa. Uma das ruas junto à escola – onde o artista português Vhils tinha em Junho esculpido um mural – continuava, ao início da noite (tarde em Lisboa), cortada ao trânsito, com árvores arrancadas a atravessar a estrada, e um candeeiro de rua tombado junto a uma paragem de autocarro estilhaçada, testemunha da força dos ventos que assolaram o centro da cidade. Zélia Baptista explicou que a ala nova da escola foi “bastante afectada por placas que voaram do Grand Lisboa”, situado a poucos metros. O tufão Hato partiu também um painel em vidro na zona da cantina, e causou danos num carro da direção e nos ares condicionados instalados nos telhados da escola. Zélia Baptista disse à agência Lusa que já foi feito um levantamento dos estragos, mas que “ainda é cedo para avaliar os prejuízos”. “Amanhã [quinta-feira] é preciso conversar com os elementos do conselho de administração, planificar as intervenções a realizar, e assim dar-se o máximo para se conseguir começar as aulas no dia 6 conforme previsto”, afirmou a vice-presidente. “Fiquei muito frustrada. Senti uma mágoa muito grande quando cheguei à escola. Parecia um cenário de destruição total e já tínhamos practicamente tudo pronto para o início das aulas”, afirmou, indicando que já tinham sido realizadas limpezas, pinturas e algumas intervenções no interior e exterior. A prioridade, explicou, “é limpar a sujidade e lamas e remover o lixo. Depois é pedir orçamentos e começar as obras, o mais rapidamente possível”. “Agora voltámos quase à estaca zero”, disse, afirmando que os trabalhos deverão começar “pelas salas de aula, recreios e cantina”.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão Hato: Casinos fecharam pela primeira vez devido a cortes e inundações [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Hato vai também ficar na história por ter afetado a sua principal indústria, com alguns casinos quase vazios ou fechados por cortes de electricidade ou inundações. Um apagão atingiu todo o território às 12:24. A energia foi sendo reposta gradualmente, com as autoridades a darem prioridade às habitações. Esta noite parte dos grandes complexos turísticos – hotéis e casinos – continuava sem electricidade, assim como pelo menos 20 por cento das habitações. As autoridades não avançaram números, mas disseram à agência Lusa que os casinos sem electricidade foram obrigados a fechar. “Para assegurar que os jogos nos casinos são conduzidos de forma justa e honesta e também para garantir a segurança das pessoas (…), a DICJ [Direção de Inspecção e Coordenação de Jogos] ordenou aos casinos que foram afetados pelos cortes de eletricidade a suspensão das atividades de jogo e a disponibilização da ajuda necessária às pessoas no interior dos casinos”, disse uma porta-voz do organismo. No Porto Interior, uma das zonas mais afectadas por inundações na península de Macau, o Ponte 16, era, esta tarde, um dos casinos encerrados ao público. A entrada estava bloqueada com uma barreira do sistema de proteção de cheias, tendo um polícia no local confirmado à Lusa o encerramento do espaço. Horas depois do pico de maior intensidade do tufão, mas ainda com o sinal 08 içado, o hotel Grand Lisboa, também na península, estava às escuras e tinha entrada vedada a quem não era hóspede, explicaram dois porteiros à agência Lusa. Numa altura em que o serviço de autocarros públicos não tinha sido ainda retomado, no exterior do Grand Lisboa, alguns turistas formavam filas para apanhar os autocarros do casino, outros tentavam apanhar um táxi, e havia ainda quem se aventurasse de riquexó pelas ruas da cidade. Outros exploravam a pé os estragos do tufão, registando em fotografia ou vídeo as árvores caídas e postes tombados na estrada que separa um dos hotéis do grupo de Stanley Ho do Clube Militar, um edifício histórico do tempo da administração portuguesa no centro da cidade. Uns metros à frente, o Hotel Lisboa – dos primeiros espaços de jogo em Macau fundado por Stanley Ho – evidenciava estragos numa das entradas, deixando a olho nu a escuridão no interior. Em frente, no Wynn, empreendimento da operadora de jogo do magnata norte-americano Steve Wynn, o registo das entradas e saídas dos hóspedes era feito sob a luz de lanternas, enquanto ‘croupiers’ se mantinham a postos nas mesas de jogo, totalmente vazias de apostadores. Já do outro lado da rua, no Starwold, da operadora de jogo com interesses de Hong Kong Galaxy Entertainment, os apostadores mantinham em funcionamento grande parte das mesas do primeiro piso, e ainda manifestavam interesse pelas ‘slots’ instaladas no terceiro andar, apesar de as escadas rolantes não estarem a funcionar e de alguns hóspedes se concentrarem no bar no lobby. O apagão afectou também outros casinos fora da península, nomeadamente na ‘strip’ do COTAI, entre as ilhas da Taipa e Coloane. Imagens divulgadas nas redes sociais mostravam, por exemplo, que o corte de electricidade afectou as mesas de jogo no Venetian, o maior empreendimento de jogo da operadora Sands, do magnata norte-americano Sheldon Adelson.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão Hato: SMG dizem que trajectória mudou de repente. Registados 390 incidentes [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Hato foi o mais forte desde que há registos, ou seja, há meio século, de acordo com os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). “Desde que começamos a fazer registo foi a primeira vez que um tufão foi tão forte”, afirmou o director dos SMG, Fong Soi Kun, confirmando também que foram batidos recordes em termos das rajadas de vento – que chegaram a ser superiores a 200 quilómetros horários (km/h). As estatísticas disponíveis no portal dos SMG listam tempestades tropicais desde 1968. Segundo os registos, em 49 anos, o sinal máximo de tufão (10) apenas foi içado quatro vezes, todas no tempo da administração portuguesa, a mais recente às portas da transferência, em 1999. Estes dados revelam que as rajadas de vento – durante o mesmo período – nunca superaram os 200 km/h. Até hoje, as rajadas mais fortes tinham sido registadas em 1999 (181 km/h). Entretanto o serviço de protecção civil anunciou que, até às nove da manhã de hoje, registaram-se um total de 390 incidentes, incluindo 25 casos de danificações de edifícios, quedas de reboco e objectivos, bem como 78 casos de objectos suspensos, incluindo “queda de reclamos, toldos, placas metálicas, varas de ferro e janelas”. Há 84 casos de quedas de fios de antenas e árvores. Segundo um comunicado, os serviços de protecção civil continuam a acompanhar “os técnicos das companhias da água, electricidade e telecomunicações que procedem a trabalhos de recuperação dos respectivos serviços, o mais rápido possível, com o objectivo do território e população retomarem a vida com normalidade”. “Os trabalhos de limpeza das estradas continuam a ser desenvolvidos para que os veículos possam voltar a circular em segurança. Apela-se à população para permanecer em locais seguros e evitar circular na rua”, lê-se ainda. SMG explicam Macau içou o sinal 3 de tempestade tropical às 03:00 (20:00 em Lisboa), elevando-o a 8 seis horas depois. Passada uma hora e meia foi hasteado o sinal 9 e somente 45 minutos depois içado o sinal máximo (10). O curto intervalo de tempo entre sinais, em particular atendendo à velocidade a que se movia o tufão, fez gerar dúvidas sobre a capacidade de previsão dos SMG. Confrontado com uma série de perguntas, Fong Soi Kun argumentou que houve uma mudança repentina da trajectória do Hato além de a tempestade tropical se ter fortalecido mais do que aquilo que se previa, ao ponto de até ser designada na vizinha Hong Kong de ‘supertufão’. “O tufão mudou de repetente o seu trajecto” e também, “de um momento para o outro, num curto de espaço de tempo tornou-se muito mais forte do que se previa de manhã cedo”, explicou o director dos SMG. “As previsões meteorológicas nem sempre conseguem dar resposta a estas mudanças tão repentinas dos ciclones ou dos tufões”, sublinhou. O mesmo responsável garantiu que “foram seguidos todos os procedimentos e orientações” ao nível da divulgação de alertas ao público, incluindo os referentes à subida do nível da água (o sinal máximo de ‘storm surge’ foi içado pelo meio-dia), dado que o Porto Interior inundou. O portal dos SMG esteve em baixo durante um largo período de tempo na sequência do ‘apagão’ que afectou toda a cidade de Macau. Os canais de rádio e televisão públicos também sofreram interrupções, pese embora a Protecção Civil recomende aos cidadãos que estejam atentos aos seus noticiários especiais. Fong Soi Kun reiterou não ter qualquer problema em pedir desculpa à população, mas que o nível de imprevisibilidade é elevado. “O tufão é um fenómeno natural, mas não tenho qualquer problema em pedir desculpa a todos”, afirmou, acrescentando: “Fazemos o melhor possível”.
Hoje Macau Manchete SociedadeNúmero de mortes sobe para oito. Chefe do Executivo lamenta vítimas [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]egundo informação dos Serviços de Polícia Unitários o número de mortos causados pela passagem do tufão Hato aumentou para oito. Além dos cinco mortos reportados em Macau na quarta-feira, durante a madrugada de hoje foram encontrados dois cadáveres em parques de estacionamentos de edifícios residenciais e outro numa loja, disse à Lusa o responsável dos Serviços de Polícia Unitários. O balanço anterior das autoridades dava conta de cinco mortos e 153 feridos, causados pela passagem do tufão Hato. Na mesma nota, o COPC acrescentou que os Serviços de Alfândega e o Corpo de Bombeiros continuavam no local e prosseguiam os trabalhos para drenar a água. Entretanto, o Chefe do Executivo de Macau lamentou “as vítimas” do tufão Hato e as “perdas avultadas” provocadas pela tempestade tropical. Quando Chui Sai On fez a declaração o número de mortes era cinco, enquanto os feridos eram 153 feridos. Chui Sai On falava durante uma visita ao Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), durante a tarde de quarta-feira para avaliar as consequências da pior tempestade tropical dos últimos 18 anos em Macau e verificar os trabalhos de recuperação. O Governo está a prestar atenção “às consequências causadas pelo tufão Hato, tendo conhecimento de situações de inundações surgidas em várias zonas do território, vidros partidos e outros danos, o que afectou a vida da população”, destacou, de acordo com um comunicado oficial. Em “desastres naturais e estados de emergência, tem de se dar prioridade à segurança da população”, sublinhou. Os serviços estão coordenados para resolver os problemas e “iniciar as reparações” para garantir o abastecimento de água, eletricidade e telecomunicações, que sofreram cortes devido ao tufão, afirmou. Chui Sai On, que se deslocou à zona do Jardim Cidade das Flores, na ilha da Taipa, para conhecer a situação no terreno, acrescentou que os vários organismos vão fazer um balanço da tempestade, rever os mecanismos vigentes e procurar aperfeiçoar os trabalhos de protecção civil. Por seu lado, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam, garantiu o empenho do sistema de Saúde na prestação de cuidados médicos aos feridos causados pela passagem do tufão Hato, após uma visita ao serviço de urgência do centro hospitalar Conde de São Januário. O responsável destacou “a mobilização de maior número de mão-de-obra efectiva” e “a activação atempada de produção eléctrica” para responder ao corte de energia ocorrido no território e garantir “o funcionamento normal do hospital” e a “prestação de assistência médica a um número de feridos relativamente grande”, de acordo com um comunicado oficial. Hospital sem luz Na sequência de um corte de energia, sentido em todo o território durante a tarde de quarta-feira, o centro hospitalar Conde de São Januário, o único hospital público de Macau, informou ter ativado o “gerador ‘backup’ para o fornecimento de iluminação de emergência e eletricidade, tendo assim os serviços básicos sido assegurados”. O hospital indicou que a interrupção de energia afetou os sistemas de gás, de abastecimento de água, de proteção contra incêndios, de segurança, alguns equipamentos de imagiologia e de ar condicionado, mas todos voltaram a funcionar após ser ligado o gerador. Alexis Tam reuniu-se ainda com o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, o diretor do São Januário, Kuok Cheong U e o responsável do serviço de urgência, Lei Wai Seng, para abordar os trabalhos de acompanhamento durante a passagem por Macau da pior tempestade tropical dos últimos 18 anos. O responsável pediu ainda a todos os serviços e entidades sob a sua tutela para “trabalharem em conjunto” na resposta aos efeitos do tufão. Marcelo envia condolências O Presidente da República enviou hoje “sentidas e sinceras” condolências ao chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, lamentando as “trágicas consequências” da passagem do furacão Hato, que provocou pelo menos cinco mortos e 153 feridos. “Foi com a maior tristeza que tomei conhecimento das trágicas consequências da passagem em Macau do furacão Hato”, lê-se na mensagem enviada por Marcelo Rebelo de Sousa ao chefe do Executivo e que foi divulgada no ‘site’ da Presidência da República. Na nota, o chefe de Estado transmite ainda “as mais sentidas e sinceras condolências” aos familiares das vítimas mortais e “votos de rápidas melhoras para todos os feridos” causados pela passagem da tempestade tropical pela Região Administrativa Especial de Macau. “Quero expressar a Vossa Excelência, em meu nome e em nome do povo português, a nossa profunda solidariedade para com todos os macaenses”, é ainda referido na mensagem.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão Hato: Governo apoia pequenas e médias empresas afectadas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou ontem que vai abrir uma linha de crédito, sem juros, para as pequenas e médias empresas afectadas pelo tufão Hato até ao montante máximo de 600 mil patacas. “Para ajudar as PME (Pequenas e Médias Empresas) a ultrapassarem as dificuldades”, o Governo da RAEM lançou o “plano de apoio às PME afectadas pelo tufão Hato” que oferece um “empréstimo sem juros no montante máximo de 600 mil patacas, com um prazo de reembolso de oito anos”, de acordo com um comunicado oficial. Os candidatos podem apresentar os pedidos à Direcção dos Serviços de Economia, que actuará “o mais rapidamente possível, no sentido de aliviar a pressão operacional” causada pelo temporal.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato: Número de mortos sobe para cinco. Há 153 feridos registados Cinco pessoas morreram e 153 ficaram feridas, a maioria sem gravidade, devido à passagem hoje em Macau do tufão Hato, o mais forte desde há 18 anos, avançaram as autoridades locais. [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] informação anterior dava conta de três mortos à passagem da tempestade tropical, a pior dos últimos 18 anos. Grande parte da cidade continua sem eletricidade. Em comunicado, o Centro Hospitalar Conde de São Januário, o único hospital público de Macau, informou que ativou o “gerador ‘backup’ para o fornecimento de iluminação de emergência e eletricidade, tendo assim os serviços básicos sido assegurados”. O hospital informa que a interrupção de energia afetou o sistema de gás, abastecimento de água, de proteção contra incêndios, de segurança, alguns equipamentos de imagiologia e o sistema de ar condicionado, mas todos voltaram a funcionar após ser ligado o gerador. A intensidade da tempestade fez suspender as ligações entre a península de Macau e a Taipa, as ligações aéreas e marítimas, e obrigou ao encerramento das fronteiras. No entanto, ao início da noite foram parcialmente reabertas as pontes e reiniciadas as viagens de avião e barco. A circulação no tabuleiro superior da ponte de Sai Van continua, no entanto, interdita a motociclos, enquanto o tabuleiro inferior, em túnel, foi encerrado. Este tabuleiro é habitualmente aberto em caso de tufão, quando a parte superior é fechada ao trânsito. Na ponte da Amizade só foi reaberta a faixa no sentido Taipa-Macau, enquanto na ponte Nobre de Carvalho foi totalmente reposta a circulação, indicou o Centro de Operações da Proteção Civil (COPC) em mensagem telefónica. As instalações dos postos fronteiriços da Flor de Lótus e da Zona Industrial Transfronteiriça da parte de Zhuhai, adjacente a Macau, sofreram danos e as autoridades remeteram o anúncio da reabertura para data posterior. Na mesma mensagem, o COPC informou que ainda não tinham sido reabertas as instalações danificadas do terminal marítimo do Porto Exterior e do Pac On, na Taipa. A passagem do Hato originou um corte de energia que afectou parcialmente os serviços de telecomunicações, que ainda não foram restaurados. Chefe do Executivo fez visita Ontem o Chefe do Executivo, Chui Sai On, realizou uma visita ao serviço de protecção civil e ao jardim Flower City, na Taipa, para se inteirar dos estragos e para acompanhar os trabalhos de acompanhamento. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, fez ainda uma visita ao hospital público, tendo referido, segundo um comunicado, que todos os departamentos da sua tutela devem “unirem-se e trabalharem juntamente com vista à reparação dos efeitos e ajudarem a diminuir, na medida do possível, os prejuízos causados pelo tufão”. Entretanto o COPC emitiu ontem um outro comunicado sobre um grupo de pessoas que “alegadamente terá ficado encurralado nos edifícios Classic Bay, Grandeur Heights e Hang Tak”. Nele se afirma que “os Serviços de Alfândega e o Corpo de Bombeiros, mal receberam o pedido de ajuda, destacaram imediatamente socorro para o local, nomeadamente um veículo autobomba e outros equipamentos para drenar água”. “Até este momento, ainda ninguém foi encontrado, contudo os meios deslocados para o local vão continuar as buscas. Se houver informação adicional, será prontamente divulgada ao público”, acrescenta o mesmo comunicado. O COPC fez ainda um esclarecimento sobre “rumores que circulam na internet sobre um intenso cheiro a gás em várias zonas da região”. “Após vistorias organizadas pelo Corpo de Bombeiros, não foi detectada nenhuma fuga de gás, contudo as autoridades vão manter-se atentas à respectiva situação”, lê-se.
Hoje Macau PolíticaEleições | Eilo Yu não prevê grandes mudanças nestas eleições [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] académico da Universidade de Macau (UM) não considera que as eleições do próximo dia 17 de Setembro tragam grandes novidades à composição da Assembleia Legislativa (AL). Eilo Yu não prevê que se registe uma grande diferença em relação ao acto eleitoral de 2013. O docente acrescentou ao Jornal Ou Mun, que não considera que os novos candidatos tenham capacidade suficiente para desafiar as posições já estabelecidas das candidaturas tradicionais. Em relação à saída de alguns deputados com história na AL, o académico diz que estará atento à influência que estas mudanças de elenco no hemiciclo vão trazer à taxa de votação. Apesar do número recorde de comissões de candidatura, que chegaram às 25, com listas que concorrem este ano separadamente, Eilo Yu destaca que praticamente não há caras novas nos boletins de voto. No entanto, a multiplicidade de candidaturas merece a reflexão do académico que considera que a separação das listas pode representar uma maior especialização dos candidatos por vários assuntos específicos. Na visão do docente da UM, esta realidade é também reflexo de uma sociedade cada vez mais detalhada e que escapa aos modelos de candidatura de antigos sufrágios. Eilo Yu é da opinião de que a tradição vale bastante nas eleições de Macau, mas que ainda assim vai haver uma grande concorrência para os últimos três assentos no hemiciclo.
Hoje Macau SociedadeFórum Macau | Nove propostas para construção do complexo [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m total de nove propostas de orçamento foram ontem abertas nos serviços de Obras Públicas e Transportes referentes à construção do futuro complexo do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua (Fórum Macau) na zona do lago Nam Van, junto à Assembleia Legislativa. De acordo com a informação divulgada pelo canal de rádio da TDM, as propostas, com valores que variam entre 598 milhões e 1,06 mil milhões de patacas, serão conhecidas até à manhã desta quarta-feira. Só após a análise da comissão técnica haverá a decisão sobre qual a empresa responsável pelo projecto, que deverá ser ainda iniciado este ano. O novo complexo será edificado em dois lotes de terreno com 14 mil metros quadrados, terá uma altura variável entre os 14 e os 21 metros e dois pisos em cave para estacionamento. De acordo com o caderno de encargos, o novo edifício vai albergar todas as plataformas do Fórum Macau incluindo os centros de exposição de produtos dos países de língua portuguesa, de serviços para empresas, de formação e o pavilhão de exposições de relações económicas e da cultura lusófona. A obra deverá estar concluída ainda a tempo de receber a sexta conferência ministerial que deverá ter lugar no final do ano de 2019, quando se celebrarem os 20 anos da transferência da administração de Macau de Portugal para a China.
Hoje Macau EventosHong Kong | Crystal Liu mostra trabalhos inéditos [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] a primeira exposição individual da artista com ascendência de Hong Kong, Crystal Liu. A mostra “In Dreams” foi feita especialmente para o evento a ter lugar na Galerie du Monde na região vizinha. São 17 pinturas inéditas que retratam de forma abstracta o tema da paisagem e que vão estar em exibição de 14 de Setembro a 29 de Outubro. De acordo com a apresentação do evento, “In Dreams” é mais uma exploração levada a cabo pela artista, agora radicada no Canadá, da paisagem enquanto “metáfora das forças intangíveis que dominam o ser humano”. Nas telas estão representados, de forma livre, os vários estados emocionais que acompanham Crystal Liu no processo criativo. “São narrativas de aprisionamento, de disputas, de desejo e optimismos frágeis que se reflectem em montanhas, estrelas, rios e rochas”, lê-se na apresentação da “In Dreams”. A intenção é retratar a complexidade muitas vezes paradoxal da existência, o caminho entre a esperança e a desilusão num misto de paisagem e vida privada da própria artista. O guache e a aguarela são os materiais escolhidos para esta série e “In Dreams” foca-se no reflexo do céu na água, em ambientes nocturnos dentro de um contexto montanhoso. “O reflexo simboliza o espaço imaginário dos sonhos”, lê-se. A Galerie du Monde vai também levar o trabalho de Crystal Liu à China Continental com a participação na Art Shenzhen e na ART021 em Xangai.
Hoje Macau EventosFilme de Pedro Pinho pré-seleccionado pela Academia Europeia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] filme português “A fábrica de nada”, de Pedro Pinho, está entre os pré-seleccionados para os prémios da Academia Europeia de Cinema, anunciou aquela entidade. “A Fábrica de Nada” é o único filme português na lista de 51 pré-seleccionados, de 31 países, divulgada na página oficial da Academia Europeia de Cinema na Internet. Nas próximas semanas, os cerca de três mil elementos da Academia Europeia de Cinema irão escolher os nomeados nas várias categorias, cujos vencedores serão decididos por um júri constituído por sete pessoas. As nomeações serão anunciadas a 4 de Novembro, no Festival de Cinema Europeu de Sevilha, em Espanha, e os vencedores serão revelados na 30.ª cerimónia dos prémios da Academia Europeia de Cinema a 09 de Dezembro, em Berlim. “A Fábrica de Nada”, que chega às salas portuguesas de cinema a 21 de Setembro, estreou em Maio no Festival de Cannes, onde venceu o Prémio Fipresci, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, a que se seguiu o prémio CineVision, em Junho, em Munique, para melhor novo filme. O filme de Pedro Pinho, com três horas de duração, é interpretado por actores e não actores e segue a vida de um grupo de operários que tentam segurar os postos de trabalho, através de uma solução de autogestão colectiva, e evitar, assim, o encerramento de uma fábrica. Pedro Pinho assina a realização, mas o filme de ficção foi construído em conjunto com Luísa Homem, Leonor Noivo e Tiago Hespanha, a partir de uma ideia de Jorge Silva Melo e da peça de teatro “A Fábrica de Nada”, de Judith Herzberg. Sucesso em Cannes Em Cannes, o filme foi considerado também o melhor de todas as secções do festival, de acordo com a soma final dos críticos presentes no evento, sendo só superado pela série televisiva “Twin Peaks”, de David Lynch. “A Fábrica de Nada” teve estreia mundial na Quinzena dos Realizadores, secção paralela do Festival de Cannes. O director artístico da Quinzena dos Realizadores, Edouard Waintrop, destacou “a película pelo “uso de uma variedade incrível de géneros cinematográficos: é praticamente um ‘thriller’ no início, tornando-se íntimo, político, social, fazendo um breve desvio para a comédia musical.” Em Julho, o filme venceu o prémio CineVision do Festival de Cinema de Munique. “O prémio CineVision para melhor novo filme foi para ‘A Fábrica de Nada’, de Pedro Pinho. O júri considerou o filme ‘um drama comovente, um musical peculiar, um documentário preciso, um ensaio desafiador – compre quatro por um com este excelente filme em tempos de turbo capitalismo”, referiu na altura a organização do festival.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Sanções de Pequim vão custar 1.500 milhões de dólares [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]specialistas consideraram que as sanções impostas pela China à Coreia do Norte vão custar a Pyongyang 1.500 milhões de dólares, mas não deverão travar a ambição nuclear do regime de Kim Jong-un. A suspensão das importações, anunciada este mês pela China em cumprimento do último pacote de sanções decidido pela ONU, vai prejudicar fortemente a economia norte-coreana, mas o regime vai adaptar-se, sublinharam os analistas citados pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post. A China anunciou a suspensão das importações de carvão, ferro, chumbo e produtos do mar da Coreia do Norte, cumprindo o pacote de sanções adoptado pelo Conselho de Segurança da ONU. Em 2016, a China foi o destino de mais de 92% das exportações norte-coreanas. Aqueles produtos constituem quase 60% das vendas norte-coreanas para a China ou 1.500 milhões de dólares só no ano passado. Para Sun Xingjie, especialista em assuntos da Coreia do Norte na Universidade de Jilin, uma grande proporção das receitas procedentes das exportações era destinada a programas militares e famílias de elite do regime norte-coreano. “Desta vez, a proibição da China fará com que Kim sinta pressão”, afirmou. A prazo Membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China votou a favor, no passado dia 6 de agosto, do sétimo pacote de sanções contra a Coreia do Norte, em resposta ao programa nuclear e ensaios com mísseis balísticos realizados por Pyongyang. Justin Hasting, professor de Relações Internacionais da Universidade de Sydney (Austrália), que investiga o comércio entre a China e a Coreia do Norte, disse duvidar que a China aplique com rigor a proibição durante muito tempo. “A China provavelmente vai cumprir a proibição a curto prazo”, mas é provável que “elimine a aplicação rigorosa passado algum tempo”, afirmou Hasting, citado pelo SCMP. A Coreia do Norte “provavelmente será prejudicada a curto prazo, mas a longo prazo, e a menos que a China mude completamente a postura em relação a Pyongyang, é provável que se possa adaptar”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Universidade de Cambridge repõe artigos censurados [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Universidade britânica de Cambridge vai repor mais de 300 artigos politicamente sensíveis, removidos de uma das suas publicações na China a pedido das autoridades locais, anunciou na segunda-feira o editor daqueles conteúdos. Tim Pringle, editor do The China Quarterly, disse à agência noticiosa Associated Press (AP) que a publicação concordou em repor os artigos imediatamente. A decisão surgiu depois de vários académicos terem assinado uma petição para que a editora da universidade recuse compactuar com a censura imposta pelo Governo chinês. “Estou encantado com o apoio da comunidade académica internacional”, afirmou Pringle, citado pela AP. Na sexta-feira, a Cambridge University Press (CUP) afirmou ter cumprido um pedido para bloquear alguns artigos da versão electrónica da publicação The China Quarterly, na China. Os artigos censurados abordam assuntos sensíveis para o regime chinês, como o massacre na praça Tiananmen, em 1989, a Revolução Cultural (1966-76) e a questão do Tibete. “O acesso a material publicado da mais alta qualidade é uma componente essencial da pesquisa académica”, escreveu Pringle na rede de mensagens instantâneas Twitter. “Impedir esse acesso não é o papel de publicações respeitadas mundialmente, como a CUP”, acrescentou. Sob controlo Académicos indicaram que as universidades têm também sido submetidas a um crescente controlo ideológico, incluindo acompanhamento frequente nas salas de aula. Christopher Balding, professor associado de economia na Peking University HSBC Business School, na cidade de Shenzhen, disse ter lançado o abaixo-assinado, para pressionar a CUP e universidades e académicos que interagem com a China, e para que as instituições se revoltem contra a censura oficial. À medida que as instituições de ensino superior chinesas contratam cada vez mais professores estrangeiros, o Governo está preocupado que as universidades percam “adesão ideológica”. A petição apela à CUP para que recuse acatar a censura do Governo chinês, afirmando que académicos e universidades têm o direito de boicotar a instituição e as suas publicações, caso cedam às exigências das autoridades. “O motivo fundamental é simplesmente exercer controlo, tentar impor o que eles pensam como a forma correta de pensar”, disse Balding. De acordo com o texto, que acompanha o abaixo-assinado, os académicos acreditam no intercâmbio livre e aberto de ideias e informação e que é “perturbador que a China esteja a tentar exportar a sua censura em assuntos que não se encaixam na sua narrativa preferida”.
Hoje Macau SociedadeSinal de tempestade vai baixar para 3. Previstos aguaceiros com ventos esta noite e amanhã [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) prevêem, segundo a Rádio Macau, a ocorrência de aguaceiros e ventos durante a noite de hoje e a manhã desta quinta-feira. A partir do fim da tarde de hoje o sinal de tempestade vai baixar de 8 para 3. “Durante esta noite e a manhã de amanhã, ainda se prevê que as bandas externas de pressão [do tufão] possam afectar a região. Ainda são esperados alguns aguaceiros e algum vento, não tão fortes como os desta manhã e tarde”, disse à Rádio Macau a porta-voz dos SMG, Vera Varela. A tempestade que durou cerca de hora e meia provocou três mortos e vários feridos, tendo o sinal 10 de tufão sido içado a partir das 11h30. Nas redes sociais foram publicadas fotografias e vídeos da zona da avenida de Almeida Ribeiro ou junto ao Mercado Vermelho totalmente inundada, sendo que nas zonas do Porto Interior e Ilha Verde ocorreram “graves” incidentes do género. No final do dia não eram visível a circulação de táxis ou autocarros, sendo que casinos como o Grand Lisboa tinham as portas fechadas. A queda de várias árvores na zona da avenida da Praia Grande levou ainda ao corte temporário de estradas. A fronteira das Portas do Cerco, em Macau, foi reaberta pelas 15:30, após ter estado fechada durante duas horas e meia devido à aproximação do tufão Hato, informou o Centro de Proteção Civil (COPC). A fronteira terrestre mais movimentada de Macau é a única das três reaberta: a de Flor de Lótus e a do Parque Industrial Transfronteiriço permanecem fechadas desde as 13:00. As ligações marítimas e aéreas continuam suspensas. Cerca de 100 voos previstos para hoje foram cancelados ou adiados e os Serviços do Aeroporto Internacional de Macau deverão manter-se suspensos até às 19:00.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão “Hato”: Três mortos não são de nacionalidade portuguesa [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s três pessoas que morreram hoje em Macau, na sequência da passagem do tufão Hato, não são cidadãos portugueses, disse à Lusa o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno. “De acordo com as autoridades de segurança de Macau, nenhum dos três mortos confirmados e dos dois desaparecidos é cidadão português”, afirmou o diplomata, acrescentando ter já comunicado a informação ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro. Fonte dos Serviços de Polícia Unitários disse à agência Lusa que um homem, de 62 anos, residente em Macau, morreu quando “caiu de um prédio”, um outro, de 45 anos, turista da China, foi “atropelado por um camião”, e um terceiro, de 30 anos, trabalhador não residente no território, “estava na rua e não resistiu ao vento forte e bateu contra uma parede”. Na zona de Fai Chi Kei, no norte da cidade, duas pessoas foram dadas como desaparecidas. A passagem do tufão Hato obrigou os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau a emitirem, pela primeira vez desde 1999, o sinal 10, o máximo numa escala formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10. Até às 15:30, o Centro de Proteção Civil (COPC) tinha registado 168 incidentes, incluindo 38 casos de quedas de fios de antenas e árvores, 35 de anúncios, toldos e janelas e seis de andaimes. A fronteira das Portas do Cerco, em Macau, foi reaberta pelas 15:30, após ter estado fechada durante duas horas e meia devido à aproximação do tufão Hato, informou o COPC. A fronteira terrestre mais movimentada de Macau é a única das três reaberta: a de Flor de Lótus e a do Parque Industrial Transfronteiriço permanecem fechadas desde as 13:00. As ligações marítimas e aéreas continuam suspensas. Cerca de 100 voos previstos para hoje foram cancelados ou adiados e os Serviços do Aeroporto Internacional de Macau deverão manter-se suspensos até às 19:00. As autoridades deram ainda conta de que um barco se afundou no Porto Interior. Fonte da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) disse à agência Lusa que o barco de pesca, que se encontrava atracado no porto, “agora está submerso”. Duas pessoas foram resgatadas da água e transportadas para o hospital.
Hoje Macau SociedadeSinal de tempestade vai baixar para 3. Previstos aguaceiros com ventos esta noite e amanhã Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) prevêem, segundo a Rádio Macau, a ocorrência de aguaceiros e ventos durante a noite de hoje e a manhã desta quinta-feira. A partir do fim da tarde de hoje o sinal de tempestade vai baixar de 8 para 3. “Durante esta noite e a manhã de amanhã, ainda se prevê que as bandas externas de pressão [do tufão] possam afectar a região. Ainda são esperados alguns aguaceiros e algum vento, não tão fortes como os desta manhã e tarde”, disse à Rádio Macau a porta-voz dos SMG, Vera Varela. A tempestade que durou cerca de hora e meia provocou três mortos e vários feridos, tendo o sinal 10 de tufão sido içado a partir das 11h30. Nas redes sociais foram publicadas fotografias e vídeos da zona da avenida de Almeida Ribeiro ou junto ao Mercado Vermelho totalmente inundada, sendo que nas zonas do Porto Interior e Ilha Verde ocorreram “graves” incidentes do género. A fronteira das Portas do Cerco, em Macau, foi reaberta pelas 15:30, após ter estado fechada durante duas horas e meia devido à aproximação do tufão Hato, informou o Centro de Proteção Civil (COPC). A fronteira terrestre mais movimentada de Macau é a única das três reaberta: a de Flor de Lótus e a do Parque Industrial Transfronteiriço permanecem fechadas desde as 13:00. As ligações marítimas e aéreas continuam suspensas. Cerca de 100 voos previstos para hoje foram cancelados ou adiados e os Serviços do Aeroporto Internacional de Macau deverão manter-se suspensos até às 19:00.
Hoje Macau Internacional MancheteAngola/Eleições | Sem José Eduardo dos Santos, coligações são quase certas Desde 1979 que José Eduardo dos Santos tem estado à frente do país e, pela primeira vez, não é candidato nas eleições que decorrem amanhã. O futuro político de Angola está em aberto e a formação de uma coligação governativa é uma possibilidade [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om o anúncio da retirada da vida política do líder histórico do país, e após vários momentos de especulação, José Eduardo dos Santos anunciou, em Fevereiro deste ano, a quem passaria a pasta. A encabeçar a lista do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) está João Lourenço. Na corrida às eleições gerais de Angola, estão também o cabeça de lista e presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, enquanto Abel Chivukuvuku é o candidato pela Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE). O Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN) também constam do boletim de voto. As sondagens ainda são dúbias, mas apontam para possibilidade de um MPLA vitorioso, no entanto sem maioria para constituir governo. Uma coligação pode ser a solução para um governo estável e os partidos da oposição já vincam o assunto. A CASA-CE é um partido recente que conseguiu, nas eleições de 2012, arrecadar seis por cento dos votos na sua estreia em processos eleitorais. Dos dados disponíveis, e apesar de nenhum ser tido como certo, tudo indica que o CASA-CE possa vir a ganhar terreno. Dos eleitores constam jovens, maioritariamente urbanos e que não se contentam com os dois grandes da vida política de Angola: o MPLA e a UNITA. O cabeça-de-lista da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, já mostrou a sua convicção de que o partido que lidera vai formar governo, não excluindo uma “coligação à angolana” com a UNITA ou com o MPLA. “Já anunciámos, no ano passado, que a CASA-CE tem probabilidades de ser Governo. Se não for Governo, no mínimo vai ser parte do Governo”, afirmou Abel Chivukuvuku, confrontado pelos jornalistas com a disponibilidade já demonstrada pelo presidente e candidato da UNITA, Isaías Samakuva, para um entendimento pós-eleitoral. “Por Angola, pela mudança, temos que pôr todas as portas abertas”, admitiu Chivukuvuku, classificando esse hipotético entendimento como uma “gerigonça angolana”. De bem com qualquer um A possibilidade de entendimento pós-eleitoral com o partido no poder em Angola desde 1975 também não é totalmente colocada de parte por Abel Chivukuvuku. No entanto, ressalva: “com este MPLA não, tinha de ser um MPLA diferente”. Por sua vez, o cabeça de lista do MPLA, João Lourenço, tem vindo a repetir os apelos ao voto e à conquista de uma maioria qualificada nestas eleições, afirmando que aquele partido é o único que pode garantir a estabilidade no país. Isaías Samakuva, presidente da UNITA, disse na quinta-feira à agência Lusa acreditar ser possível replicar em Angola uma solução governativa semelhante à “geringonça” em Portugal, que junta o Partido Socialista, Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda. O cabeça de lista da UNITA às eleições gerais de Angola admitiu uma coligação pós-eleitoral com os partidos da oposição, nomeadamente a CASA-CE, “se as condições e as circunstâncias” o exigirem. “Desde que as condições, as circunstâncias no momento nos forcem a isso, não hesitaremos”, disse Isaías Samakuva. “Se chegarmos à posição de Portugal – na qual os partidos da esquerda juntos foram capazes de formar uma maioria – nós poderemos fazê-lo. O essencial é afastar o MPLA”, completou. O MPLA, representado por João Lourenço, apela à maioria e contou, no último dia de campanha, com a presença de José Eduardo dos Santos. De acordo com a leitura de alguns analistas, a escolha de João Lourenço foi um passo para a criação de alguma assertividade dentro do partido. “É um compromisso aceitável, uma ponte de transição para a geração dos mais novos. Comparado com muitos dos possíveis aspirantes a Presidente, não é exibicionista e construiu uma carreira de prudência”, diz o director do Programa para África do “think tank Chatham House”, Alex Vines, ao jornal Público. Europa de fora A União Europeia (UE) não vai enviar nenhuma missão de observadores às eleições gerais angolanas, tal como aconteceu no acto eleitoral de 2012, por falta de acordo com o Governo, confirmaram à Lusa fontes ligadas ao processo. De acordo com uma fonte comunitária, a UE deverá enviar uma pequena missão de peritos para estar presente em Angola durante o processo eleitoral, sem lugar a relatório oficial ou a declarações políticas. O convite de José Eduardo dos Santos para a UE enviar uma missão de observação eleitoral chegou a Bruxelas no dia 27 de Junho, pelo que não houve tempo para preparar a deslocação de uma equipa de observadores, “uma vez que os aspectos logísticos devem ser tratados muito antes das eleições através de um memorando de entendimento”, segundo a fonte comunitária. Bruxelas ofereceu-se no âmbito da “excelente parceria com Angola”, para enviar uma missão de peritos eleitorais, “para estar presente durante todo o processo eleitoral”. Ao contrário do que acontece com a missão de observação, uma missão com peritos não contempla qualquer declaração política final nem sequer um relatório oficial para divulgação. Recentemente o ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, Georges Chikoti, disse que o Governo angolano não aceitaria acordos específicos com as organizações convidadas a observar as eleições gerais. O chefe da diplomacia angolana comentava o pedido da UE para a assinatura de um memorando de entendimento prévio para observar as eleições angolanas, pretensão que foi recusada. “O convite é aberto. Mas não queremos quaisquer acordos específicos com cada uma destas organizações. Quem quiser vir, vem e quem não quiser, pode não vir, mas o certo é que o convite é aberto”, disse Georges Chikoti. A UE foi uma das entidades convidadas pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), indicadas pelo Presidente da República, para observar as eleições gerais angolanas, tal como a União Africana, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ou a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).