Hoje Macau China / ÁsiaJustiça | Fundador de grupo que queria o Novo Banco condenado a 18 anos [dropcap style=’circle’] U [/dropcap] m tribunal chinês condenou ontem o fundador do grupo Anbang, que foi apontado como candidato à compra do Novo Banco, a dezoito anos de prisão, por ter angariado milhares de milhões de dólares de forma fraudulenta. O Tribunal Popular Intermédio Nr.1 de Xangai considerou Wu Xiaohui, que fundou a Anbang em 2004, culpado de ter enganado investidores e abusado do seu cargo em benefício próprio, segundo a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. O magnata foi detido em 2017 e, em Fevereiro passado, o regulador chinês assumiu as operações do Anbang Insurance Group, depois de uma vaga de aquisições por todo o mundo ter suscitado dúvidas sobre a origem do dinheiro e a sustentabilidade do grupo. Em Março passado, o empresário surgiu na televisão estatal chinesa a declarar-se culpado, apesar de ter inicialmente negado as acusações, segundo documentos do tribunal. O magnata possuía e controlava mais de 200 empresas que detinham participações na Anbang, de forma a assegurar um “controlo absoluto” sobre o grupo. Em 2011, por decisão de Wu, a seguradora lançou um novo produto para investidores e falsificou documentos para obter a aprovação da Comissão Reguladora de Seguros da China. O regulador impôs limites às vendas daquele produto, com base no estado financeiro da Anbang, mas Wu emitiu relatórios de contas falsos para convencer os investidores da sustentabilidade do grupo. Até Janeiro passado, aquele produto captou mais de 93 mil milhões de euros a partir de 10,6 milhões de investidores, superando os limites de capital estipulados pelos reguladores. Seguros tremidos Segundo o tribunal, Wu usou mais de oito mil milhões de euros para investir em projectos, saldar dívidas e “levar um estilo de vida luxuoso”. A mesma nota detalhou ainda que Wu ordenou altos executivos da empresa a destruírem informação para encobrir os seus crimes. Em Agosto de 2015, o grupo Anbang não conseguiu chegar a acordo com o Banco de Portugal para a compra do Novo Banco, numa corrida em que participaram também os chineses do Fosun e o fundo de investimento norte-americano Apollo. Wu, cuja empresa se tornou mundialmente famosa, em 2014, ao comprar o icónico hotel de Nova Iorque Waldorf Astoria, por 1,9 mil milhões de dólares, é um dos multimilionários mais conhecidos da China. A mulher é neta de Deng Xiaoping, o “arquitecto-chefe das reformas económicas” que abriram o país asiático à economia de mercado. A indústria dos seguros na China foi nos últimos dois anos abalada por vários casos de fraude. Em Setembro passado, o anterior director da Comissão Reguladora de Seguros da China foi julgado por receber subornos, enquanto executivos do sector foram punidos por corrupção e má gestão. Criada em 2004, com sede em Pequim, a Anbang tem mais de 30 mil trabalhadores e activos no valor de 227 mil milhões de euros, segundo o ‘site’ oficial.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Empresários “apavorados” face a possível guerra comercial [dropcap style=’circle’] E [/dropcap] mpresários chineses estão “apavorados e indignados” perante uma possível guerra comercial entre Washington e Pequim, que ameaça indústrias inteiras nos dois países, testemunham exportadores radicados na China, na véspera de nova ronda de negociações. “Existem fábricas com 300 funcionários que provavelmente vão parar”, contou Ricardo Geri, cofundador da Plan Ahead, empresa com sede em Pequim que exporta pedra artificial à base de quartzo para os Estados Unidos. Para cumprir uma das principais promessas eleitorais, o Presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu à China uma redução do crónico défice comercial dos EUA com o país em “pelo menos” 200.000 milhões de dólares, até 2020. Trump quer ainda taxas alfandegárias chinesas equivalentes às praticadas pelos EUA e que Pequim ponha fim a subsídios estatais para certos sectores industriais estratégicos. Caso estas exigências não sejam satisfeitas, o chefe da Casa Branca ameaçou subir os impostos sobre um total de 150.000 milhões de dólares de exportações chinesas para os EUA. “Há uma certa indignação entre os empresários chineses, que investiram muito dinheiro para aumentar a produção”, admitiu Geri, natural do estado brasileiro de Rio Grande do Sul e radicado em Pequim há cinco anos. No caso particular dos produtos de quartzo, “a China fornece 70 por cento do mercado norte-americano” e, nos últimos anos, “fábricas que tinham duas linhas de produção, passaram a ter quatro, seis ou até nove”, beneficiando da recuperação do sector da construção nos EUA e taxas alfandegárias inferiores a 2 por cento, contou o empresário. No entanto, aproveitando a crescente tensão entre Washington e Pequim, o fabricante líder norte-americano de produtos de quartzo, o Cambria Co., apresentou ao Departamento de Comércio dos EUA uma petição para subir as taxas sobre as importações oriundas da China para 455 por cento, acusando os produtores chineses de receberem subsídios ilegais e prática de ‘dumping’, venda abaixo do custo de produção. Cenário de risco Em Setembro, Washington irá decidir a taxa preliminar e, em Julho do próximo ano, sairá a taxa final, com os produtos importados entre aquele período a serem taxados retroactivamente. “Criou-se um cenário de alto risco, que parará praticamente todas as importações”, afirmou Ricardo Geri. Pedro Ribeiro, empresário português radicado em Cantão, no sul da China, e que também exporta para os EUA, lembrou que as disputas comerciais poderão afectar também os exportadores norte-americanos de produtos alimentares. “A China tem muito a perder nesta guerra”, refere Pedro Ribeiro. O empresário refere ainda que não acredita que o que “os EUA anunciaram entre em efeito na totalidade”. “Esta é apenas a forma como o Trump negoceia”, concluiu. Porém, a China advertiu ontem que vai manter a posição na próxima ronda de negociações com os Estados Unidos, que visa encontrar uma solução para as crescentes disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo. “A posição chinesa é muito clara: opomo-nos ao unilateralismo e ao proteccionismo comercial. Os EUA devem retirar as suas ameaças”, disse Gao Feng, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Na véspera de uma delegação chinesa, chefiada pelo vice-primeiro-ministro Liu He, retomar as negociações com o secretário de Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, em Washington, Gao advertiu: “A posição chinesa não mudou e não mudará”. O porta-voz disse esperar que a nova ronda de negociações permita que a China e EUA “avancem, em conjunto, no desenvolvimento da cooperação económica e comercial e que alcance benefícios mútuos para os povos de ambos os países e do mundo”. A viagem de Liu a Washington segue-se a uma primeira ronda de conversações, realizada na semana passada, em Pequim, entre uma delegação norte-americana chefiada por Mnuchin, e da qual não resultaram acordos concretos.
Hoje Macau DesportoShanghai SIPG de Vítor Pereira perde com Kashima Antlers na ‘champions’ asiática [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Shanghai SIPG, orientado pelo treinador português Vítor Pereira, comprometeu hoje a continuidade na Liga dos Campeões asiáticos de futebol, ao perder no terreno do Kashima Antlers, por 3-1, na primeira mão dos oitavos de final. A equipa japonesa colocou-se em vantagem antes do intervalo, através de Yuma Suzuki (43 minutos), e chegou ao 3-0 na segunda, com um tento Daigo Nishi (49) e um autogolo de Yu Hai (75), que logo depois faria a assistência para o brasileiro Elkeson reduzir a diferença e fixar o resultado final (77). O conjunto de Vítor Pereira, que lidera o campeonato chinês, apesar das duas derrotas e do empate acumulados nas últimas três jornadas, recebe o Kashima Antlers em 16 de maio, no jogo da segunda mão. Noutros encontro da primeira mão, o Al-Sadd, do Qatar, comandado por Jesualdo Ferreira, venceu em casa os sauditas do Al Ahli, por 2-1, na segunda-feira, enquanto o Tianjin Quanjian, equipa chinesa treinada por Paulo Sousa, empatou a zero na receção ao Guangzhou Evergrande, heptacampeão da China e vencedor da ‘champions’ asiática em 2015.
Hoje Macau InternacionalPortugal vai ajudar na construção dos projetos do Bando Africano de Desenvolvimento para os lusófonos, diz Teresa Ribeiro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] secretária de Estados dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação disse hoje que o objetivo de Portugal na estratégia de financiamento integrado do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para os países lusófonos é ajudar na construção dos projetos. “O papel de Portugal, que não é um país beneficiário dos financiamentos do BAD, é ajudar na construção dos projetos” que o BAD vai financiar nos países lusófonos, explicou Teresa Ribeiro. Em entrevista à Lusa, a governante vincou que Portugal “tem de estar numa fase muito precoce [do desenvolvimento dos grandes projetos], em que as grandes prioridades de desenvolvimento dos países parceiros são transformadas em projetos”. “Temos de estar ao nível das embaixadas, na identificação das prioridades, temos de estar com a SOFID no desenho dessas prioridades, e depois transformá-las em projetos bancáveis, financiáveis, e contribuir para a construção do próprio esquema de financiamento desses projetos”, explicou Teresa Ribeiro, vincando que “é assim que temos mais hipóteses de associar as nossas empresa e fazê-las intervir numa fase mais prematura de um determinado projeto”. O objetivo final é ajudar as empresas portuguesas na internacionalização e na obtenção de contratos no estrangeiro, nomeadamente em África, onde o BAD está a criar um programa de financiamento integrado para os países lusófonos. “Celebrámos já um protocolo para a introdução do português [de apoio aos funcionários do BAD], porque a língua é uma barreira que impede uma ação mais consistente do BAD nos países lusófonos”, acrescentou a governante. “O BAD está muito interessado em ter um programa específico para o conjunto dos PALOP porque reconhece que apesar da diversidade entre eles, com estádios de desenvolvimento e realidade diferentes, há traços importantes quando se pensa em termos de financiamento e desenvolvimento, como a língua e as matrizes jurídicas muito semelhantes, que são elementos essenciais para o interesse do BAD em desenhar um programa financeiro dirigido ao conjunto dos países lusófonos”, salientou Teresa Ribeiro. A ideia de um programa de financiamento integrado surgiu quando o presidente do BAD visitou Portugal, no ano passado, e discutiu com o Governo português uma nova abordagem à cooperação devido às enormes necessidades de financiamento que obrigam ao envolvimento dos parceiros financeiros. O próprio presidente do BAD, Akinwumi Adesina, já tinha assumido esta ideia em entrevista à Lusa em novembro, no final da visita a Portugal, quando disse que o BAD vai “olhar para os países lusófonos de uma maneira diferente, com um compacto entre o BAD e Portugal para ver como olhar para projetos maiores e usar os nossos instrumentos para tirar risco e dar mais escala aos projetos”.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira entre Kim e Xi reafirmam papel da China na península coreana – analistas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] cimeira surpresa entre os líderes da Coreia do Norte e da China terá servido para garantir que a voz de Pequim será ouvida quando Kim Jong-un reunir com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmam analistas. “Penso que Xi [Xi Jinping, o Presidente chinês] quer evitar um resultado imprevisível na cimeira entre Trump e Kim”, afirma Bonnie Glaser, conselheiro do Centro Estratégico e de Estudos Internacionais, em Washington, citado pela agência Associated Press. O Presidente chinês, Xi Jinping, quer proteger os interesses estratégicos da China na península coreana, ao manter um país aliado como Estado-tampão, face às tropas norte-americanas, estacionadas na Coreia do Sul. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, chegou hoje a Pyongyang, um dia depois de Kim reunir com Xi Jinping, para preparar a cimeira entre o líder norte-coreano e Donald Trump. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, entretanto, realçou o seu desejo de que a China participe no diálogo, sobretudo com o seu apelo a uma desnuclearização “faseada e sincronizada”, em oposição à exigência de Trump, de que Pyongyang termine imediatamente com o seu programa nuclear. Xi e Kim reuniram na terça-feira, na cidade chinesa portuária de Dalian, pela segunda vez no espaço de um mês, ilustrando um reaproximar de dois aliados ideológicos. A cimeira de Dalian é também significativa porque seria expectável que Xi visitasse Pyongyang antes do líder norte-coreano voltar a deslocar-se à China. Ao visitar o país por duas vezes seguidas, o líder norte-coreano mostra aceitar a sua posição de “parceiro menor” na relação com Pequim, segundo Michael Mazza, da unidade de investigação American Enterprise, citado pela AP. Segundo a imprensa chinesa, Kim disse a Xi que a Coreia do Norte está comprometida com a desnuclearização, caso uma das “partes interessada” acabe com a sua “política hostil e ameaças à segurança” do país, numa referência evidente a Washington. A visita ocorre poucos dias depois de Pyongyang mostrar o seu desagrado com os comentários de Washington, que sugeriu que Kim Jong-un foi forçado a negociar, devido à pressão e sanções impostas pelos EUA. Glaser considera que Xi quer garantir que os interesses chineses são protegidos durante as conversas entre Pyongyang e Washington. Essa visão foi enfatizada no editorial da versão de hoje do Global Times, jornal do Partido Comunista Chinês. “Como resolver a questão da península, incluindo a questão nuclear, não poder ser decidido apenas por Washington”, lê-se. Os EUA, “devem respeitar as opiniões e interesses de Pequim, visto que pediram muitas vezes à China que cooperasse”, lembrou. Nos anos 1950, China e Coreia do Norte lutaram juntos contra os EUA. Até há pouco tempo, as relações entre os dois países eram descritas como sendo de “unha com carne”. Nos últimos anos, no entanto, a China afastou-se do país, desagradada com a insistência de Pyongyang em desenvolver o seu programa nuclear e consciente de que este representa cada vez mais uma fonte de tensão regional. A China, que representava 90% do comércio externo da Coreia do Norte, passou a aprovar as sanções impostas pelas Nações Unidas ao país, contribuindo ainda mais para o seu isolamento. “Para Xi, a mensagem importante é simplesmente de que a China é um elemento-chave para resolver a questão da península coreana e o encontro [em Dalian] serviu para reafirmar essa mensagem”, afirmou Steve Tsang, diretor do Instituto da China, na Escola de Estudos Orientais e Africanos, em Londres. Kim, por seu lado, quis mostrar que a “China continua a ser um aliado da Coreia do Norte e que estará lá para apoiar o país, caso Trump exija demasiado durante as negociações”, acrescentou.
Hoje Macau PolíticaConclusão para as obras do novo hospital público de Macau continua sem data [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Macau escusou-se ontem a avançar com uma data prevista para a conclusão das obras do segundo hospital público do território, adiantando apenas que até abril estava quase metade da obra feita. De acordo com a meta prevista, 80% das obras deveria estar concluída em 2019, mas é ainda “impossível garantir” uma previsão para o final dos trabalhos, disse hoje o porta-voz do Governo na reunião plenária da Assembleia Legislativa. Sabe-se, porém, que foram concluídas até meados de abril 46,6% das obras de construção deste complexo hospitalar. “A calendarização depende agora inteiramente dos trabalhos dos concursos públicos”, frisou o mesmo responsável. Além dos prazos, foi também abordada a escassez dos recursos humanos. Alguns deputados destacaram a urgência da formação na área da medicina, sem a qual este “gigante complexo” não poderá operar. O Hospital Geral do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – na zona do Cotai – é uma das grandes obras públicas em curso em Macau. A infra-estrutura está planeada desde 2009. Em dezembro, na Assembleia Legislativa, a deputada Song Peng Kei afirmou terem sido despendidos, até à data, “cerca de dois mil milhões de patacas”. De acordo com os Serviços de Saúde, o novo hospital do território vai ter cerca de 1.100 camas e instalações especializadas em Medicina Nuclear, Centro de Radioterapia e Centro de Transplantes.
Hoje Macau China / ÁsiaUE quer igualdade de tratamento para as empresas europeias na China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] representante da União Europeia (UE) para a China apelou ontem a Pequim que dê “igualdade de tratamento” às empresas europeias que operam no país, alertando que, caso contrário, o investimento estrangeiro poderá ser afectado. Desde 2013 que as autoridades chinesas e da UE negoceiam um acordo de investimento, visando aumentar a transparência e reciprocidade dos investimentos. Numa altura de renovadas tensões entre Pequim e Washington, em torno de questões comerciais, o embaixador Hans Dietmar Schweisgut disse esperar que o “actual contexto internacional” incentive a China a avançar nas negociações. “A igualdade de tratamento que temos vindo a negociar desde há muito precisa de ser estabelecida”, afirmou Schweisgut, numa conferência de imprensa à margem das celebrações do Dia Europeu, em Pequim. O responsável da UE afirmou que “a mudança na disposição e ambiente” para o investimento estrangeiro está já a acontecer e pode tornar-se mais evidente. “Garantir um sistema internacional de comércio aberto e justo é essencial para ambos os lados”, afirmou. “Como uma das maiores economias do mundo e a maior potência comercial, a China poderia fazer uma enorme contribuição”, acrescentou. Uma delegação da Comissão de Comércio do Parlamento Europeu está também na China esta semana para abordar questões comerciais com as autoridades do país. Segundo um comunicado da delegação da UE, os eurodeputados vão abordar as taxas recentemente impostas pelos EUA sobre as importações de aço e alumínio, o excesso de capacidade de produção, um acordo bilateral de investimento, acesso ao mercado chinês e direitos de propriedade intelectual.
Hoje Macau SociedadeIlha Verde | Governo sem investigação a proprietários [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), Li Canfeng, admitiu ontem que a questão da propriedade na Ilha Verde foi resolvida, sem que tivesse havido uma investigação. “Em relação à situação da propriedade do terreno, tratámos tudo de acordo com a legislação. Na realidade, as Obras Públicas não fizeram uma investigação em relação a isso, tratámos de tudo de acordo com o registo e a inscrição”, afirmou Li Canfeng, ontem, à saída da reunião do Conselho do Planeamento Urbanístico. “Só tratamos das informações de acordo com o registo e inscrição feita”, acrescentou. Nos últimos dias, a Associação Geral das Mulheres, através de deputada Wong Kit Cheng, e a Associação Sinergia de Macau apresentaram pedidos de investigação ao Comissariado Contra a Corrupção de Macau (CCAC) face à propriedade das terras na Colina da Ilha Verde.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Pyongyang insta Washington a não minar actual clima de diálogo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] órgão de propaganda de Pyongyang adverte ontem o Governo norte-americano quanto à dureza do seu discurso, instando-o a não minar o clima de diálogo criado antes da cimeira que juntará os respetivos líderes, Donald Trump e Kim Jong-un. “Os EUA deveriam saber que é melhor absterem-se de palavras e actos que possam estragar o bom ambiente excepcionalmente criado para as conversações” que em breve se realizarão entre Trump e Kim para debater a desnuclearização da península, lê-se num editorial ontem publicado no diário Rodong Sinmun, o jornal oficial do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia. O texto sugere ainda que Washington “também deve esforçar-se por mostrar atitudes sinceras e genuínas, à altura das actuais circunstâncias”. Já no passado fim de semana, a agência de notícias KCNA tinha acusado os Estados Unidos de “manipularem a opinião pública”, ao afirmarem que a intenção de se desnuclearizar expressa por Pyongyang após a sua recente reunião com Seul era “resultado da pressão e das sanções” impulsionadas pela Administração Trump. Esta nova advertência da Coreia do Norte sobre o discurso de linha dura da nova equipa negocial norte-americana surge precisamente no mesmo dia em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, chegou a Pyongyang para preparar a cimeira entre os dois dirigentes.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Pequim, Tóquio e Seul prometem cooperar sobre Coreia do Norte Os líderes da China, Japão e Coreia do Sul demonstraram ontem apoio ao acordo alcançado entre Pyongyang e Seul sobre a “total desnuclearização” e a paz duradoura na península coreana, comprometendo-se a cooperar para alcançar tais objectivos [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a primeira cimeira trilateral em mais de dois anos entre os três vizinhos do nordeste da Ásia, realizada em Tóquio, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o primeiro-ministro chinês, Li Kegiang concordaram em unir esforços e concentrar-se no diálogo aberto com o líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, com vista ao abandono irreversível do programa nuclear da Coreia do Norte. O primeiro-ministro nipónico destacou a importância do acordo intercoreano para a estabilidade na região, sublinhando que partilha com Pequim e Seul “uma posição comum sobre as resoluções das Nações Unidas para resolver os problemas norte-coreanos”, declarou Shinzo Abe, durante um intervenção conjunta dos três líderes, à margem da cimeira. Shinzo Abe apelou a Kim Jong-un para que tome medidas concretas em relação à desnuclearização do regime norte-coreano, aludindo à necessidade de manter as sanções impostas pela comunidade internacional a Pyongyang até que a desnuclearização seja uma realidade. Este último ponto não foi corroborado pelos restantes dois países presentes na cimeira. O primeiro-ministro chinês, por sua vez, destacou o encaminhamento do diálogo na península, expressando o seu apoio a “todas as partes que estão a aproveitar este momento para resolver o conflito”. Li Kegiang declarou ainda que Pequim “fará todos os esforços para conseguir a desnuclearização da Coreia do Norte” e destacou a importância de trabalhar com Seul e Tóquio “para alcançar uma cooperação estável e saudável”, demonstrando ainda confiança no bom andamento do diálogo entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Kim Jong-un. À espera de Trump Já o presidente sul-coreano sinalizou o “grande apoio” manifestado por Li e Abe à chamada “Declaração de Panmunjom” assinada entre Seul e Pyongyang na cimeira de 27 de Abril, prometendo fazer “o possível” para implementar este pacto. A cimeira de ontem realizou-se depois da histórica cimeira intercoreana e antes do encontro do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, para debater a desnuclearização da península, que deverá realizar-se em meados de Junho, em Singapura. A reunião surgiu também poucos dias depois da visita-surpresa de Kim Jong-un à cidade portuária de Dalian, no norte da China, onde se encontrou com o Presidente chinês, Xi Jinping. Esta é a sétima cimeira entre os três vizinhos do nordeste asiático desde que as reuniões trilaterais foram criadas em 2008, mas é a primeira desde 2015. Os três países do nordeste da Ásia estão intimamente ligados em termos económicos. Contudo, o sentimento anti-Japão permanece bem vivo entre alguns cidadãos chineses e sul-coreanos, devido a disputas territoriais que remontam ao período da colonização da península coreana e à invasão da China na primeira metade do século XX, por parte do Japão.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Seul espera que Pyongyang liberte três norte-americanos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Norte deverá libertar ontem três cidadãos norte-americanos, durante a visita a Pyongyang do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou um responsável da Presidência sul-coreana, citado pela agência noticiosa Yonhap. Pompeo chegou a Pyongyang para discutir os preparativos da cimeira entre o dirigente norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o arsenal nuclear da Coreia do Norte. A data e o local do encontro histórico não foram ainda oficialmente anunciados, mas um diário sul-coreano citando fontes diplomáticas norte-americanas noticiou que a cimeira se realizará em Singapura, em “meados de Junho”. Mas a questão dos três cidadãos norte-americanos presos na Coreia do Norte é sensível para os Estados Unidos, e Trump deu a entender na semana passada que o desfecho do caso estava próximo. De acordo com algumas fontes, eles foram deslocados antecipando uma possível libertação. “Esperamos que ele (Pompeo) leve de volta os presos”, declarou o responsável da Casa Azul, a Presidência sul-coreana, citado pela Yonhap. Kim Dong-Chul, um empresário e pastor norte-americano de cerca de 60 anos, foi condenado em Abril de 2016, na Coreia do Norte, a dez anos de trabalhos forçados, após ter sido detido no ano anterior por subversão e espionagem. Kim Hak-Song e Kim Sang-Duk, também conhecido como Tony Kim, ambos norte-americanos, trabalhavam para a Universidade de Ciências e Tecnologia de Pyongyang (USTP) quando foram detidos, no ano passado, por “actos hostis”. Seis cidadãos sul-coreanos estão igualmente detidos na Coreia do Norte e Seul está a exercer pressão para obter a sua libertação.
Hoje Macau China / ÁsiaDisputa | Vietname pede retirada do equipamento militar das Ilhas Spratly [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades vietnamitas pediram à China que retire o seu equipamento militar das Ilhas Spratly, arquipélago desabitado no Mar do Sul da China, reiterando que tais acções violam a soberania de Hanói e aumentam as tensões regionais. Este apelo do Vietname surge poucos dias depois de uma reportagem da estação televisiva norte-americana CNBC ter divulgado a instalação de mísseis de cruzeiro anti-navio e sistemas de mísseis terra-ar em três postos avançados nas Ilhas Spratly, por parte das autoridades chinesas. Estas ilhas desabitadas no Mar do Sul da China são há muito tempo reivindicadas pelo Vietname como sendo parte do seu território. Em comunicado, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrageiros vietnamita declarou que o Vietname tem bases legais suficientes e evidências históricas para reivindicar quer as ilhas Spratly, quer as ilhas Paracel, também localizadas no Mar do Sul da China e ocupadas pela República Popular da China. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês declarou na sexta-feira passada que a instalação de mísseis de cruzeiro anti-navio e sistemas de mísseis terra-ar em três postos avançados são “construções pacíficas e instalações defensivas” com o objectivo de “atender à necessidade de salvaguardar a soberania e a segurança nacional, que é também o direito de um Estado soberano”.
Hoje Macau China / ÁsiaActivismo | UE quer solução “em breve” para casos de Liu Xia e Gui Minhai [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] União Europeia (UE) quer uma solução “em breve” para os casos de Liu Xia, viúva do Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo, e do cidadão sueco Gui Minhai, ambos detidos pelas autoridades chinesas sem acusações formais. “Veremos uma solução em breve porque, num caso, não há qualquer indício de infração, e no outro falamos de um cidadão comunitário, cujos direitos não estão a ser respeitados”, disse o embaixador da UE em Pequim, Hans Dietmar Schweisgut. Uma carta divulgada no início deste mês pelo escritor chinês exilado Liao Yiwu revela que Liu Xia, que está em prisão domiciliária desde que o marido ganhou o Nobel, em 2010, está disposta a morrer em casa, como forma de protesto. Liu Xiaobo morreu no ano passado, de cancro no fígado, sob custódia da polícia. Foi condenado, em 2009, a 11 anos de prisão por subversão, depois de ter exigido reformas democráticas na China. Desde então, vários governos estrangeiros pediram a libertação da sua mulher, que caiu em depressão, e que se permita a sua saída do país. Gui Minhai Gui Minhai foi detido, em Janeiro passado, pelas autoridades chinesas, quando viajava de comboio até Pequim, acompanhado de diplomatas suecos, para uma consulta médica na embaixada do seu país. Gui era o coproprietário de uma editora de Hong Kong que vendia livros críticos do Partido Comunista Chinês. Em finais de 2015, desapareceu na Tailândia e reapareceu meses mais tarde, sob custódia da polícia na China. O embaixador da UE em Pequim lembrou que estes “não são os únicos” casos de desrespeito pelos direitos humanos no país, referindo os vários advogados detidos há quase três anos, durante uma campanha repressiva contra activistas. “Todos estes casos são de grande preocupação, já que não respeitam as leis e constituição chinesas”, afirmou Schweisgut. “Referimo-los em várias reuniões” com as autoridades chinesas e “não vão desaparecer” da política da UE, garantiu.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Washington indicia antigo agente da CIA por ligações a Pequim [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou na terça-feira Jerry Chun Shing Lee, antigo agente dos serviços de inteligência CIA, suspeito de passar informação para agentes secretos da China. O norte-americano entrou na agência nos anos 90 e é residente de Hong Kong O homem, de 53 anos, foi acusado de conspiração, por reunir e passar informação sobre a Defesa dos EUA a um Governo estrangeiro, e de ter ilegalmente retido documentos com informação classificada como secreta. Os procuradores dizem que Lee, que é fluente em chinês, reteve ilegalmente documentos que incluem nomes e números de agentes secretos da CIA e os locais onde se reuniam. Lee, cidadão norte-americano naturalizado que reside em Hong Kong, começou a trabalhar para a CIA em 1994. Segundo a imprensa norte-americana, ele é suspeito de estar relacionado com o desmantelamento de uma rede de informadores da CIA na China. “As acusações neste caso são perturbadoras. Conspirar com agentes estrangeiros constitui uma ameaça real e grave para a nossa segurança nacional”, afirmou Tracy Doherty-McCormick, procuradora norte-americana. Detido no aeroporto O advogado de Lee, Edward MacMahon, negou as acusações: “Lee não é um agente chinês. É um americano leal, que ama o seu país”. A acusação diz que três anos após deixar a CIA, em 2007, Lee foi abordado por dois agentes chineses, que lhe ofereceram dinheiro em troca de informação. “Lee fez vários depósitos de dinheiro não declarado e mentiu repetidamente ao Governo norte-americano quando questionado sobre as suas viagens à China e as suas ações fora do país”, afirma a acusação. Em Janeiro passado, o antigo agente foi detido à chegada ao aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova Iorque, por posse ilegal de informação classificada como secreta.
Hoje Macau EventosMúsica | IIM lança obra de Enio de Souza focada em instrumentos chineses [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Internacional de Macau (IIM) vai lançar a obra “Instrumentos Musicais Chineses – Colecção do Museu do Centro Científico e Cultural de Macau/Lisboa”, da autoria de Enio de Souza, no próximo dia 21 de Maio pelas 18h30. Trata-se da dissertação de mestrado realizada na Universidade de Católica Portuguesa (UCP) por Enio de Souza, “uma personalidade ligada há mais de três décadas a instituições culturais e centros de investigação académica cujo objecto principal tem a ver com estudos de Macau e das relações interculturais de Portugal com a China, nas suas diversificadas vertentes, sendo hoje um reconhecido especialista em diversas matérias neste domínio”. Este projecto tem o apoio da Fundação Jorge Álvares e Albergue SCM, e revela “o contexto histórico da música chinesa e respectiva organologia, a que se segue um outro em que é divulgada a história da colecção que constitui objecto principal deste trabalho”. “São depois classificados e caracterizados os instrumentos, cada um dos quais é mostrado através de bonitas fotografias coloridas, sendo também referidos os selos, marcas e inscrições neles existentes”, acrescenta o comunicado do IIM. A obra faz parte da colecção “Suma Oriental”, do IIM, e já foi lançado pela UCP no passado dia 11 de Abril, contando com a “numerosa participação de professores, estudantes, entidades ligadas a Macau, colegas e amigos do autor”.
Hoje Macau EventosFAM | Mísia e Pedro Moutinho actuam com Orquestra Chinesa de Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s fadistas Mísia e Pedro Moutinho vão actuar com a Orquestra Chinesa de Macau num concerto integrado nesta edição do Festival de Artes de Macau (FAM). O espectáculo, intitulado “Concerto de Fado”, acontece a 31 de Maio no grande auditório do Centro Cultural de Macau. O programa deste concerto inclui temas como “Fado Adivinha”, “Fogo Preso”, “Lágrima”, “Tive um Coração, Perdi-o”, “Garras dos Sentidos”, “Ao Deus Dará”, “Veio a Saudade”, “Alfama”, entre outros. De acordo com o Instituto Cultural, “está apenas disponível um número limitado de bilhetes para este concerto”, já estando disponíveis para venda.
Hoje Macau Sociedade“Uma Faixa, Uma Rota” | Ex-ministro Manuel Pinho vem a Macau [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Rádio Macau noticiou ontem que Manuel Pinho, ex-ministro da Economia português e arguido no caso EDP, vem a Macau para participar na conferência “Uma Faixa, Uma Rota”, um evento que se organiza nos próximos dias 6 e 7 de Junho na Universidade de Macau. Trata-se de um evento organizado pelo Gabinete de Estudo das Políticas do Governo, pela Fundação Macau e pela associação “Grand Thought Think Tank”, liderada pelo deputado nomeado Ma Chi Seng. Paulo Portas, ex-vice primeiro-ministro e actual consultor da construtora Mota-Engil, também deverá ser um dos convidados, tal como Li Zhaoxing, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Li Zhaoxing.
Hoje Macau PolíticaAL | Agnes Lam abre gabinete para receber cidadãos [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a deputada Agnes Lam realizou uma cerimónia de abertura do seu gabinete na Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida para receber os cidadãos. A deputada disse que, desde a tomada de posse e até finais de Abril, além de fiscalizar a acção governativa e demais propostas do Governo, deu acompanhamento aos pedidos de ajuda apresentados por cerca de 300 residentes e famílias. A maioria das queixas recebidas envolveram questão de conflitos jurídicos no âmbito de construção predial, serviços médicos, protecção ambiental e acreditação.
Hoje Macau PolíticaTailândia | Macau quer cooperar nas áreas do turismo e cultura [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve ontem um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Don Pramudwinai, na capital do país, Banguecoque. Citado por um comunicado oficial, o Chefe do Executivo frisou que “Macau e a Tailândia têm grande potencialidade para cooperar na área do turismo e cultura, podendo alargar, gradualmente, o intercâmbio ao sector da economia, comércio, educação e da medicina tradicional.” Além disso, “ambas as partes podem aproveitar a oportunidade do desenvolvimento da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, e alargar, em conjunto, ainda mais a cooperação pragmática com benefícios mútuos”. Foi também assinado um memorando de entendimento para a geminação de Macau e Phuket. “De acordo com o memorando, Macau e Phuket vão cooperar sob o princípio de igualdade e reciprocidade, com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento próspero dos dois territórios, e desenvolver, de forma abrangente, o intercâmbio e a cooperação em várias áreas, como também impulsionar os contactos directos e colaboração estreita entre os respectivos departamentos dos dois lados, incentivando o intercâmbio e visitas mútuas.”
Hoje Macau SociedadeNovo Macau | ID terá resolvido falta de pagamento de horas extraordinárias [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) recebeu uma resposta do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) onde é garantido que o Instituto do Desporto (ID) começou a regularizar a situação de falta de pagamento de horas extraordinárias a um grupo de trabalhadores. O caso remonta a Abril do ano passado, quando foi divulgada uma carta, assinada por 30 funcionários do ID, que revelava a falta de pagamento de horas extraordinárias relativas a um período de três anos. Os funcionários seriam chamados pelo ID para cumprirem serviço nas folgas, fins-de-semana e feriados, não tendo recebido a devida compensação. O ID explicou ao CCAC que as horas extra funcionaram apenas como reforço da sua capacidade de trabalho. Contudo, Sulu Sou, adiantou que todas as horas cumpridas por trabalhadores sob decisão de uma chefia, devem ser consideradas horas de trabalho. O ID prometeu também que, no futuro, irá cumprir a lei quando decretar a realização de horas extraordinárias aos seus funcionários. O CCAC decidiu arquivar o caso.
Hoje Macau China / ÁsiaAntigo político favorito à liderança chinesa condenado a prisão perpétua [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m tribunal chinês condenou esta terça-feira a prisão perpétua Sun Zhengcai, antigo alto quadro do Partido Comunista que era considerado um dos favoritos à liderança nacional, por aceitar subornos no valor de 22 milhões de euros. Segundo o veredito do Tribunal Popular Intermédio de Tianjin, Sun será privado dos seus direitos políticos para toda a vida e as suas propriedades e ativos serão confiscados. A televisão estatal CCTV difundiu imagens do antigo político em tribunal a afirmar que não vai recorrer da sentença. Sun ocupou o cargo de secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) no município de Chongqing até julho passado, quando foi anunciado que estava a ser investigado pela Comissão de Inspeção e Disciplina do partido. Com 54 anos, era um dos membros mais novos do Politburo do PCC, que reúne os 25 mais poderosos da China, pelo que constava entre os favoritos para suceder ao atual secretário-geral do PCC e Presidente da China, Xi Jinping. Sun “admitiu a sua culpa, mostrou-se arrependido e assinalou que aceita a sentença”, informou o tribunal. Em troca de subornos, Sun terá beneficiado empresas e individuais com contratos para projetos públicos e negócios, precisa o veredito. A liderança e a imprensa da China, no entanto, tornaram claro que as falhas de Sun foram também de natureza política. Durante o Congresso do PCC, em outubro passado, um alto quadro do regime admitiu que Sun e outras figuras do partido atingidas pela campanha anticorrupção de Xi Jinping, “conspiraram abertamente para usurpar a liderança do partido”. Sun foi substituído como secretário-geral em Chongqing por Chen Miner, ex-chefe de propaganda de Xi. A campanha anticorrução lançada há cinco anos pelo Presidente chinês puniu já mais de um milhão e meio de membros do PCC e investigou 440 altos quadros do regime. Entre os altos funcionários investigados, 43 faziam parte do Comité Central do PCC – os 200 membros mais poderosos da China. Sun é visto como próximo da Liga da Juventude Comunista, fação associada ao antecessor de Xi, Hu Jintao, e que o atual Presidente chinês afastou durante o seu processo de consolidação do poder. Em Março passado, Xi conseguiu abolir da Constituição do país o limite de mandatos para o exercício do seu cargo.
Hoje Macau DesportoTianjin Quanjian, de Paulo Sousa, empata nos ‘oitavos’ da ‘Champions’ da Ásia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Tianjin Quanjian, orientado pelo português Paulo Sousa, empatou sem golos, na receção ao Guangzhou Evergrande, em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões Asiática de futebol. A formação orientada por Paulo Sousa ocupa a 11.ª posição da liga chinesa de futebol, competição na qual o Guangzhou Evergrande, treinado pelo ex-futebolista italiano Fabio Cannavaro, é quarto. A superliga chinesa é liderada pelo Shangai SIPG, que é treinado pelo português Vítor Pereira, em igualdade de pontos com o Shandong Luneng. O Shangai SIPG também ainda está em competição na Liga dos Campeões Asiática, defrontando fora na quarta-feira os japoneses do Kashima, em jogo da primeira mão dos ‘oitavos’. O encontro da segunda mão entre o Tianjin Quanjian e Guangzhou Evergrande está agendado para terça-feira, 15 de maio.
Hoje Macau InternacionalNuclear/Irão: Presidente do Irão diz que país mantém-se no acordo se os seus interesses forem respeitados [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente iraniano, Hassan Rohani, anunciou ontem que o Irão “vai manter-se” no acordo nuclear de 2015 após a retirada dos Estados Unidos, caso os seus interesses sejam garantidos, e tomará decisões posteriores em caso contrário. “Devemos ser pacientes para ver como os outros países reagem”, disse Rohani num discurso, numa alusão às restantes potências que assinaram o acordo nuclear, e sugerindo que pretende discutir com europeus, russos e chineses. O Presidente Donald Trump anunciou hoje que os Estados Unidos abandonam o acordo nuclear assinado entre o Irão e o grupo dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha. O acordo foi concluído em julho de 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e Reino Unido – e a Alemanha) e visa, em troca de um levantamento progressivo das sanções internacionais, assegurar que o Irão não desenvolve armas nucleares. Conseguido depois de 21 meses de duras negociações, o acordo foi assinado, por parte dos Estados Unidos, pelo antecessor de Trump, Barack Obama.
Hoje Macau China / ÁsiaHomem detido no sudoeste da China por “tráfico de esposas” vietnamitas [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m homem foi detido no sudoeste da China por trazer ilegalmente três vietnamitas para o país, uma para casar consigo e mais duas para os amigos, ilustrando o “tráfico de esposas” do Vietname para a China. Segundo a imprensa chinesa, que cita a polícia, o homem, identificado como Hu, atravessou a fronteira com as mulheres e os seus familiares, depois de uma das vietnamitas ter acordado casar com ele por 140.000 yuan (18,5 mil dólares). As outras duas mulheres iriam negociar o ‘dote’ com os amigos de Hu, mas o grupo acabou por ser detido em Nanchang, capital da província de Jiangxi, quando viajavam de comboio sem documentos legais. O dote de casamento, pré-requisito essencial para selar o matrimónio na China rural, tem-se tornado um encargo demasiado grande para as famílias, face ao défice de noivas. Fruto da tradição feudal que dá preferência a filhos do sexo masculino, a política de filho único, que vigorou entre 1980 e 2016, gerou um excedente de 33 milhões de homens na China. A dificuldade em ‘seduzir’ noivas chinesas leva homens do interior da China a procurar mulher no sudeste asiático, sobretudo no Vietname, alimentando uma rede de tráfico humano entre os dois países vizinhos. Em 2014, cem vietnamitas fugiram depois de se casarem com chineses da cidade de Quzhou, na província de Hebei, incluindo a mulher que tinha arranjado os casamentos, arrecadando assim centenas de milhares de yuan.