Hoje Macau China / ÁsiaSaúde | Ordenada inspecção geral às empresas produtoras de vacinas A China ordenou uma inspecção geral às empresas que produzem vacinas, numa resposta ao recente escândalo de vacinas defeituosas contra a raiva fabricadas por um dos maiores laboratórios do país [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]e acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, várias equipas vão investigar minuciosamente todo o processo e toda a cadeia de produção de vacinas de todos os produtores chineses, na sequência de uma ordem emitida na quarta-feira à noite pela Administração de Alimentos e Medicamentos da China (CFDA). Estas equipas “vão inspeccionar de alto a baixo todo o processo e a cadeia de produção de todos os fabricantes de vacinas”, garantiu a CFDA, em comunicado. Na semana passada, a CFDA acusou o laboratório farmacêutico Changchun Changsheng, um dos maiores produtores de vacinas do país, de falsificar registos de produção de cerca de 113 mil vacinas contra raiva, além de distribuir mais de 250 mil doses defeituosas contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa. De acordo com as autoridades, os dados de fabrico da vacina contra a raiva foram falsificados e os parâmetros de produção alterados. O escândalo suscitou uma reacção imediata na China, onde numerosos pais manifestaram a sua preocupação através das redes sociais. Garantia e desconfiança O Presidente chinês, Xi Jinping, repudiou de imediato as práticas “odiosas e chocantes” da empresa e exigiu uma investigação profunda do caso. Na terça-feira, a polícia da cidade de Changchun (nordeste) deteve 15 pessoas, incluindo a directora da empresa, com sede no nordeste da China. As autoridades garantiram que as vacinas adulteradas não saíram das fábricas da Changchun Changsheng. Mas o caso põe em causa o regulador e aumenta a desconfiança nos consumidores, já abalados com vários escândalos alimentares e sanitários ocorridos nos últimos anos.
Hoje Macau China / ÁsiaFMI diz que “não há provas” de manipulação de divisas pela China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Maurice Obstfeld, afirmou que “não há qualquer prova” de manipulação da sua divisa por parte da China. Estas afirmações surgem depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter acusado na passada sexta-feira a União Europeia e a China de manipularem as suas divisas. “A China, a União Europeia e outros manipulam as suas moedas baixando as taxas de juro, enquanto os Estados Unidos aumentam as taxas com o dólar a tornar-se mais forte todos os dias o que degrada a nossa competitividade”, afirmou Trump na rede social Twitter. Em declarações ao canal televisivo CNBC, Obstfeld declarou que “não há provas de manipulação” nos movimentos de divisas constatados recentemente. Maurice Obstfeld indicou que o relatório do departamento do Tesouro norte-americano chegou “à mesma conclusão”. Em meados de abril, o departamento do Tesouro considerou que a China não manipulava a sua moeda, mas colocou sob vigilância o país.
[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Maurice Obstfeld, afirmou que “não há qualquer prova” de manipulação da sua divisa por parte da China. Estas afirmações surgem depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter acusado na passada sexta-feira a União Europeia e a China de manipularem as suas divisas. “A China, a União Europeia e outros manipulam as suas moedas baixando as taxas de juro, enquanto os Estados Unidos aumentam as taxas com o dólar a tornar-se mais forte todos os dias o que degrada a nossa competitividade”, afirmou Trump na rede social Twitter. Em declarações ao canal televisivo CNBC, Obstfeld declarou que “não há provas de manipulação” nos movimentos de divisas constatados recentemente. Maurice Obstfeld indicou que o relatório do departamento do Tesouro norte-americano chegou “à mesma conclusão”. Em meados de abril, o departamento do Tesouro considerou que a China não manipulava a sua moeda, mas colocou sob vigilância o país.
Hoje Macau DesportoBrasil renova com selecionador Tite até ao Mundial do Qatar 2022 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] treinador Tite vai ser selecionador do Brasil até ao Mundial 2022 do Qatar, anunciou ontem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que garantiu também a continuidade do coordenador de seleções, Edu Gaspar, pelo mesmo período. “A experiência deste primeiro ciclo estabeleceu uma relação de confiança entre todos, que vai refletir-se no próximo passo. Entendo que a CBF nos deu as condições para construir um ambiente de união e de profissionalismo extremo e assim continuaremos. É um grande desafio e estamos felizes em enfrentá-lo, já com o foco voltado aos próximos jogos e competições”, disse Tite. O técnico de 56 anos soma 26 partidas à frente da seleção brasileira, conquistando 20 vitórias, cedendo quatro empates e sofrendo apenas duas derrotas. “A CBF está a investir num projeto de longo prazo ao garantir à equipa técnica seis anos e meio à frente da seleção. Acreditamos que um planeamento cuidadoso e execução criteriosa conduzirão o futebol brasileiro aos resultados que esperamos”, justificou o diretor executivo de gestão, Rogério Caboclo. Para o dirigente, que foi o chefe da delegação brasileira no Mundial 2018 da Rússia, no qual a ‘canarinha’ caiu nos quartos de final frente à Bélgica (2-1), estas renovações constituem uma “decisão natural”. “Ao longo desta primeira fase na CBF eles demonstraram alinhamento a valores que acreditamos muito, como talento, competência e dedicação”, completou. O caminho de Tite prossegue em 07 de setembro com particular nos Estados Unidos frente à seleção norte-americana.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente dos EUA acusa China de ser “cruel” com agricultores norte-americanos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, acusou ontem a China de ser “cruel” com os agricultores norte-americanos e alertou Pequim para as consequências desses actos. “A China visa os nossos agricultores, que sabem que eu adoro & respeito, como forma de me fazer deixá-los [os chineses] aproveitarem-se dos EUA. Estão a ser cruéis naquela que será uma tentativa falhada. Estávamos a ser gentis – até agora!” avisou Trump. No mesmo texto, publicado por volta do meio-dia em Lisboa, Trump disse que a China ganhou 517 mil milhões de dólares à custa dos Estados Unidos, no ano passado. Quanto a críticos do plano de distribuir 12 mil milhões de dólares a agricultores que sofram de retaliações da guerra comercial com a China, nomeadamente através de tarifas impostas pela China, Trump pede que esperem e que “estejam calmos”, porque “as negociações estão a correr bem” e o “resultado final vai valer a pena”. Numa publicação anterior, também no dia de hoje, Trump interrogava: “vamos continuar e deixar os nossos agricultores e a nossa terra serem roubados? Perdemos 817 mil milhões de dólares no ano passado”, para justificar as medidas que estão a ser tomadas contra o livre comércio e que se traduzem num agravamento de relações económicas com parceiros estratégicos, incluindo a China e países europeus.
Hoje Macau China / ÁsiaChina ordena inspeção geral às empresas produtoras de vacinas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China ordenou uma inspeção geral às empresas que produzem vacinas, numa resposta ao recente escândalo de vacinas defeituosas contra a raiva fabricadas por um dos maiores laboratórios do país. De acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, várias equipas vão investigar minuciosamente todo o processo e toda a cadeia de produção de vacinas de todos os produtores chineses, na sequência de uma ordem emitida na quarta-feira à noite pela Administração de Alimentos e Medicamentos da China (CFDA). Estas equipas “vão inspecionar de alto a baixo todo o processo e a cadeia de produção de todos os fabricantes de vacinas”, garantiu a CFDA, em comunicado. Na semana passada, a CFDA acusou o laboratório farmacêutico Changchun Changsheng, um dos maiores produtores de vacinas do país, de falsificar registos de produção de cerca de 113 mil vacinas contra raiva, além de distribuir mais de 250 mil doses defeituosas contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa. De acordo com as autoridades, os dados de fabrico da vacina contra a raiva foram falsificados e os parâmetros de produção alterados. O escândalo suscitou uma reação imediata na China, onde numerosos pais manifestaram a sua preocupação através das redes sociais. O Presidente chinês, Xi Jinping, repudiou de imediato as práticas “odiosas e chocantes” da empresa e exigiu uma investigação profunda do caso. Na terça-feira, a polícia da cidade de Changchun (nordeste) deteve 15 pessoas, incluindo a diretora da empresa, com sede no nordeste da China. As autoridades garantiram que as vacinas adulteradas não saíram das fábricas da Changchun Changsheng. Mas o caso põe em causa o regulador e aumenta a desconfiança nos consumidores, já abalados com vários escândalos alimentares e sanitários ocorridos nos últimos anos.
Hoje Macau InternacionalIncêndios | Número de mortos na Grécia subiu para 81 com autoridades a continuarem as buscas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de mortos nos incêndios que afectaram a região grega de Ática, perto de Atenas, subiu para 81, anunciou ontem a porta-voz dos bombeiros, referindo que as organizações de socorro continuam empenhadas nas buscas. Stavroula Maliri, porta-voz dos bombeiros, afirmou que existem já 81 vítimas mortais confirmadas, das quais quatro são turistas. Entre as vítimas mortais está um jovem irlandês, confirmou a embaixada irlandesa na Grécia. O jovem estava em lua de mel no local quando foi surpreendido pelas chamas, enquanto a sua mulher conseguiu chegar à praia, mas sofreu ferimentos na cabeça e nas mãos. Três outros turistas foram identificados entre as vítimas mortais: dois polacos, mãe e filho, e um belga, cuja filha adolescente foi salva. Stavroula Maliri afirmou que é possível que “algumas das pessoas desaparecidas” estejam entre as vítimas mortais, referindo que o estado dos corpos dificulta as identificações. A porta-voz apelou aos familiares das pessoas que estão desaparecidas para se deslocarem ao serviço de medicina forense, de modo a obterem “informações sobre os procedimentos”. Segundo a responsável, existem 11 feridos que continuam em estado crítico, referindo que as autoridades continuam a efetuar buscas, procurando potenciais novas vítimas. Milhares de casas e centenas de viaturas foram completamente destruídas pelas chamas, sobretudo em Mati, um dos bairros periféricos a norte de Rafina, onde muitos habitantes da capital têm segunda casa e onde passam férias de verão. Entretanto, o parlamento grego determinou, por unanimidade, uma série de medidas para apoiar as crianças que ficaram órfãs durante os incêndios da região da Ática oriental. A primeira medida será o pagamento de uma soma de 10 milhões de euros das reservas do parlamento para uma conta especial aberta pelo Estado para apoiar as vítimas de incêndio, e depois será paga uma quantia fica às crianças que perderam os pais, anunciou o presidente do parlamento, Nikos Voutsis.
Hoje Macau DesportoShanghai SIPG, de Vítor Pereira, eliminado nos quartos de final da Taça da China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Shanghai SIPG, equipa treinada pelo português Vítor Pereira, foi ontem eliminado nos quartos de final da Taça de China de futebol, apesar de vencer por 2-1 o Beijing Guoan. A equipa de Xangai acabou eliminada no desempate por grandes penalidades (5-4), após a eliminatória terminar igualada, tendo em conta que na primeira mão, em Pequim, o Beijing Guoan tinha vencido igualmente por 2-1. No jogo de hoje, a equipa de Vítor Pereira marcou por Yu Hai, aos 19 minutos, e Cai Huikang, aos 39, mas já nos descontos o Beijing Guoan ‘forçou’ o prolongamento, com um golo do espanhol Jonathan Viera, aos 90+4.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Cathay Pacific passa a identificar Formosa como território chinês [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] Cathay Pacific, sediada em Hong Kong, tornou-se a mais recente companhia aérea a identificar Taiwan como território chinês, uma decisão tomada depois de receber um pedido da China. Em Abril, a Autoridade de Aviação Civil da China pediu a 36 companhias aéreas estrangeiras que se referissem a Taiwan como território da China numa tentativa de isolar no cenário internacional aquela ilha que tem sido administrada de forma independente desde 1949. Até então, a Cathay e sua subsidiária Dragon Air, designavam Taiwan como uma entidade autónoma, mas, desde quarta-feira, as sua páginas na internet referem-se à ilha como “Taiwan, China”, em inglês e chinês. A porta-voz do Governo de Taiwan, Kolas Yotaka, classificou esta decisão de “injusta” e pediu o apoio da comunidade internacional. “Continuamos a pedir que a comunidade internacional não se torne cúmplice no assédio da China”, disse ela aos jornalistas. Seguir a linha Já a Cathay Pacific explicou que a empresa foi registada na “Região Administrativa Especial de Hong Kong da República Popular da China” e que deve “respeitar os regulamentos das autoridades competentes da aviação civil”, acrescentou a empresa. Empresas menores da antiga colónia britânica, que regressaram em 1997 sob a tutela chinesa, como Hong Kong Express e Hong Kong Airlines, fizeram o mesmo. Um número crescente de empresas internacionais, como a australiana Qantas e a Singapore Airlines, já se refere a Taiwan como pertencente à China. Washington denunciou recentemente como um “absurdo orwelliano” as exigências de Pequim. Uma referência ao escritor britânico George Orwell, cujas obras denunciam o totalitarismo e a vigilância dos indivíduos. Destaque Até então, a Cathay e sua subsidiária Dragon Air, designavam Taiwan como uma entidade autónoma, mas, desde quarta-feira, as sua páginas na internet referem-se à ilha como “Taiwan, China”, em inglês e chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaSaúde | Detidas 15 pessoas envolvidas no escândalo de vacinas defeituosas [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] polícia chinesa ordenou, na terça-feira, a detenção de quinze pessoas envolvidas no recente escândalo de vacinas defeituosas contra a raiva, incluindo a directora do laboratório Changchun Changsheng, acusada de falsificar registos de produção e inspecção. “O departamento de segurança pública do novo distrito de Changchun [noroeste da China] deteve 15 pessoas, incluindo a presidente e outras pessoas envolvidas no caso Changsheng”, de acordo com a emissora estatal CCTV. Na semana passada, uma investigação da Administração de Alimentos e Medicamentos da China (CFDA), acusou a empresa de falsificar registos de produção de aproximadamente 113 mil vacinas contra raiva, além de distribuir mais de 250 mil doses defeituosas contra difteria, tétano e tosse convulsa. Em resposta, o primeiro-ministro chinês ordenou na segunda-feira uma série de investigações à indústria de vacinas chinesa. Em comunicado, Li Keqiang referiu que a Changchun Changsheng “violou uma linha moral”, num momento em que as autoridades lutam para restaurar a fé pública na regulamentação de segurança. No mesmo dia, Xi Jinping repudiou as práticas “chocantes” da empresa e exigiu uma investigação profunda do caso. A raiva é endémica em algumas áreas da China.
Hoje Macau SociedadeLucros da Melco Resorts sobem no segundo trimestre [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment anunciou lucros líquidos de 48,9 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, um aumento de 43,1 por cento face ao período homólogo do ano passado. De acordo com o comunicado divulgado ontem, o grupo alcançou receitas de 1,048 milhões de euros, o que representa uma queda de 5 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a receita tinha sido de 1,108 mil milhões de euros. “A redução na receita líquida é atribuída principalmente a maiores comissões e devido à adopção a um novo padrão de reconhecimento de receita emitido pelo Financial Accounting Standards Board”, lê-se no comunicado. “A administração, após avaliar a actual posição de liquidez do Grupo e as futuras necessidades de capital, decidiu aumentar o dividendo trimestral em 7 por cento”, declarou Lawrence Ho, filho do magnata do jogo de Macau Stanley Ho e presidente da Melco Resorts. Os lucros operacionais sofreram também uma queda de 7 por cento. Os resultados apresentados demonstram que o Grupo obteve 118,1 milhões de dólares neste trimestre. O EBITDA ajustado (lucros antes de impostos, amortizações e depreciações) aumentou 8 por cento relativamente aos meses de Abril a Junho de 2017, para 355,5 milhões de dólares.
Hoje Macau SociedadeWebsite explica como adquirir vacinas em Macau [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] mais recente escândalo ocorrido na China relacionado com a adulteração de vacinas para crianças, poderá estar a gerar uma procura de vacinas em Macau, que não importa estes medicamentos do continente. O website agregador de notícias Wang Yi, associado ao motor de busca chinês Baido, disponibiliza informações de como podem ser adquiridas vacinas no mercado privado de saúde, fazendo referência ao Hospital Kiang Wu e a outras clinicas privadas. O HM tentou contactar a direcção do hospital privado no sentido de perceber se há uma maior procura por parte de famílias do continente, mas até ao fecho desta edição não foi possível obter informações. Um contacto junto da clínica da Aliança do Povo de Instituição de Macau permitiu concluir que não são disponibilizadas vacinas administradas às crianças. O mesmo website utiliza a imagem do Centro Hospitalar Conde de São Januário e a publicidade institucional dos Serviços de Saúde de Macau (SSM) relativa à vacinação, apesar de apenas os portadores de bilhete de identidade de residente poderem ter acesso às vacinas no hospital público. Os SSM não fizeram quaisquer comentários sobre o facto de estar a ser utilizada a imagem institucional desta entidade no website. A polémica com a adulteração de vacinas pela empresa Changsheng Biotechnology é o mais recente escândalo de saúde na China, que motivou mesmo o presidente Xi Jinping a pronunciar-se sobre o assunto. O jornal Apple Daily, de Hong Kong, escreveu que uma mulher residente na província de Hebei, de apelido Deng, levou o filho de um ano de idade para ser vacinado. No dia seguinte a criança morreu. De acordo com informação veiculada pelo Apple Daily, a mulher acredita que as duas ocorrências estão relacionadas. O mesmo jornal escreve que vários pais ficaram ansiosos na sequência das notícias, uma vez que registaram nos filhos sintomas de tosse, febre e paralisia depois de terem sido vacinadas. Um grupo de pais acusou o Governo chinês de falta de honestidade, tendo convocado um movimento para lutar pelos seus direitos e interesses. Contudo, o acto fez com que tenham sido detidos, além de terem sido proibidos de enviar uma petição às autoridades. Qi Jing, um dos detidos, terá sido alegadamente avisado para acusar a empresa e não o Governo. As autoridades da província de Chongqing não têm permitido os protestos destes pais. Para Qi Jing, este caso mostra como as autoridades estão a tentar controlar a liberdade de expressão da população, além de considerar que as informações divulgadas sobre este caso estão a ser controladas, escreveu o Apple Daily. Qi Jing defende que o erro é também do Governo chinês. “Nós, como pais, temos de lutar pelos direitos básicos das nossas crianças ao nível da sua sobrevivência e saúde. O problema das vacinas adulteradas não está apenas num único lote”, lê-se no texto convocatório do movimento.
Hoje Macau DesportoJosé Mourinho reconhece que Manchester United dificilmente lutará pelo título [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] treinador português José Mourinho reconheceu que o Manchester United não tem potencial suficiente para se intrometer entre os favoritos a ganhar a liga inglesa de futebol. “A primeira realidade que há que aceitar é que o nosso nível não está à altura dos plantéis de equipas como o Liverpool e o Chelsea. Precisamos fazer algumas contratações e manter as nossas estrelas se queremos lutar pelo título”, disse o técnico, na conferência de imprensa de lançamento da sua estreia na International Champions Cup. José Mourinho considera que faltam no plantel dois jogadores de qualidade que lhe permita voltar a lutar pelo título: “Gostava de ter mais dois jogadores, mas uma coisa é o que eu gostaria, outra é o que vai acontecer.” O técnico português tem mostrado algum desconforto, porque, até ao momento, o Manchester United apenas fez três aquisições, Fred, Diogo Dalot, ex-Fc Porto, e o guarda-redes Lee Grant, enquanto rivais como o Liverpool têm gastado muito dinheiro na tentativa de reduzir as diferenças para o campeão em título, o Manchester City. O United foi segundo classificado na temporada passada, mas a distantes 19 pontos do City, o que leva Mourinho a querer mais investimento na equipa antes do fecho do mercado, que este ano encerra mais cedo em Inglaterra (09 de agosto). O treinador português também já mostrou preocupação com o facto de não poder contar atualmente com nove jogadores titulares para o estágio que vai efetuar nos Estados Unidos, uma vez que estes cumprem o período de férias, depois de terem participado no Mundial2018 da Rússia.
Hoje Macau InternacionalIncêndios/Grécia: Voluntários recebem donativos mas autarquia considera situação controlada [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ezenas de voluntários reuniram-se hoje na autoridade municipal grega de Rafina-Pikermi, em Rafina, para juntarem ajudas às vítimas dos incêndios que destruíram parte da região, mas o presidente da autarquia considera que a situação está controlada. “Para já, temos solução em termos de comida, alojamento, ajuda médica e apoio psicológico”, afirmou Vagelis Bournous à agência Lusa na noite de terça-feira, quando ainda havia uma grande azáfama dentro e fora do edifício, cerca das 00:30 (hora de Lisboa). Nas últimas 24 horas, pessoas e empresas têm feito chegar comida, garrafas de água, fraldas para bebés, medicamentos e “até dinheiro”, incluindo do estrangeiro, disse. “As infraestruturas da cidade estão a funcionar, mas a beleza natural em algumas partes desapareceu completamente”, lamentou Bournous. Na segunda-feira, os incêndios nesta região costeira nos arredores de Atenas provocaram a morte de, pelo menos, 74 pessoas e 187 feridos, vários dos quais em estado muito grave, segundo fontes oficiais. Mais de 1.500 casas foram afetadas e mais de 300 viaturas completamente destruídas pelas chamas, sobretudo em Mati, um dos bairros periféricos a norte de Rafina, onde têm segunda casa muitos habitantes da capital e onde passam férias de Verão. Os feridos em pior estado foram assistidos nos hospitais mais próximos e os desalojados colocados em hotéis ou em casa de familiares ou amigos. Apesar de estar escuro e de a zona de Mati não ter eletricidade, é possível sentir esta madrugada um forte cheiro a queimado, mesmo depois de as chamas terem sido extintas. Vasiliki Beka, assessora do presidente da câmara local, relatou à Lusa que foi “uma tragédia” o que aconteceu na região, onde muitas casas estavam ocupadas por idosos, que tomavam conta dos netos durante as férias. “Houve pessoas que não conseguiram escapar, outras que se lançaram no mar e que ficaram na água durante cinco a seis horas, algumas afogaram-se. Um grupo de 26 pessoas ficou queimado, com os pais a abraçarem as mulheres e os filhos para tentar salvá-los, mas não conseguiram”, relatou, emocionada. A catástrofe levou um grupo de voluntários que normalmente distribui comida pelos sem-abrigo em Atenas a deslocar-se a Rafina, a cerca de 30 quilómetros de distância. “Pedimos aos restaurantes com quem trabalhamos e eles fizeram mais refeições. Como não são precisas para as vítimas, entregámos-las aos outros voluntários e à Cruz Vermelha”, afirmou Maniana Peppa, coordenadora do grupo Dypno Agapis. Junto à sede do município, um dos voluntários, o residente local George Petridis, relatou como viu o incêndio aproximar-se a meio da tarde de segunda-feira até 300 metros da sua casa. “Tivemos de sair porque era difícil respirar por causa do fumo. Penso que o problema foi que as pessoas subestimaram a gravidade do incêndio e não sairam logo. Depois veio muito vento, que pegou fogo a tudo”, afirmou. As autoridades gregas continuam à procura de eventuais vítimas do incêndio, em terra ou no mar. O Governo de Alexis Tsipras decretou três dias de luto e pediu ajuda internacional na noite de segunda-feira, tendo já alguns países respondido com meios de apoio, como é o caso de Portugal. O executivo grego já desbloqueou uma verba de 20 milhões de euros, procedente do Programa de Investimento Público, destinada à ajuda imediata e a cobrir as necessidades das zonas mais afetadas. O ministro da Administração Interna português, Eduardo Cabrita, anunciou hoje que Portugal disponibilizou 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) para ajudar a combater os incêndios na Grécia, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Hoje Macau China / ÁsiaMilhares saem às ruas contra “viragem ditatorial” de Duterte Milhares de filipinos saíram no início da semana às ruas em protesto contra o que designam de “viragem ditatorial” e os abusos de poder de Rodrigo Duterte. Durante a manifestação foi pedida a destituição do polémico Presidente filipino [dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]o mesmo dia em que o Presidente fez o discurso sobre o Estado da Nação, associações de estudantes, sindicatos, organizações feministas, grupos religiosos e activistas dos direitos humanos juntaram-se num enorme protesto contra a gestão de Duterte. Os cartazes exibidos pelos manifestantes mostravam caricaturas de Duterte, exigiam justiça pelas “execuções extrajudiciais” na violenta guerra antidrogas e criticavam a política externa de aproximação à China, a quem consideram que estão a ser vendidas as Filipinas. “O país já sofreu demasiado com este Governo. Estamos aqui a lutar pelos direitos fundamentais dos filipinos, estamos a lutar pela vida”, disse à Efe uma estudante de 19 anos da Universidad Ateneo, que pediu para não ser identificada. Os manifestantes concentraram-se ao longo da manhã no ‘campus’ da Universidade das Filipinas, no distrito de Quezon, e seguiram até à igreja de San Pedro onde segundo dados da polícia se terão juntado 15000 pessoas. Além de gritarem, em inglês e tagalo – uma das principais línguas das Filipinas -, contra o Presidente, há dois anos no cargo, alguns activistas queimaram uma máscara com o rosto de Duterte e outros apresentaram-se amordaçados e caracterizados com sangue e feridas, para recordar as vítimas da campanha antidrogas. Segundo as organizações de direitos humanos, além de 4200 mortos em operações policiais, há que contabilizar 23500 homicídios que estão a ser investigados, dos quais entre 12 a 15.000 serão assassinatos encobertos pelo clima de impunidade da campanha antidrogas. De acordo com Cristina Palabay, secretária-geral da organização não-governamental Karapatan, os “programas de contrainsurreição do regime de Duterte” não acontecem apenas nos subúrbios das cidades, onde o problemas das drogas é mais sangrento, mas também chegam às comunidades rurais e indígenas. Esse “assédio ao povo” implica, em números, que “o regime de Duterte mata uma média de duas pessoas por semana e prende 20 pessoas”, disse Palabay. Protesto feminino Os grupos feministas também se destacaram no protesto, com numerosos cartazes que repudiam as atitudes misóginas e “repugnantes” de Duterte. No discurso do Estado da Nação, o Presidente filipino comprometeu-se a, num prazo de 48 horas, assinar um pacto para acabar com o conflito separatista muçulmano na ilha de Mindanao, palco de um dos confrontos mais duradouros da região. “Prometo solenemente que este Governo nunca negará aos nossos irmãos e irmãs muçulmanos os instrumentos legais básicos para traçar o seu próprio destino dentro da estrutura constitucional do nosso país”, afirmou Duterte. O Presidente, de 73 anos, disse ainda que o seu controverso combate contra as drogas “está longe de terminar” e garantiu que permanecerá “tão implacável e assustador como no primeiro dia”. “Se acham que eu posso ser dissuadido de continuar esta luta com os vossos protestos estão errados. Vocês preocupam-se com os direitos humanos. Eu preocupo-me com vidas humanas”, afirmou, dirigindo-se aos activistas que se manifestaram nas ruas. Hoje Macau EventosVanessa Redgrave recebe prémio carreira no Festival de Veneza [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] actriz britânica Vanessa Redgrave vai receber o Leão de Ouro pela carreira no 75.º Festival Internacional de Cinema de Veneza, anunciou ontem a organização. Em comunicado, o festival explicou que a decisão foi tomada pelo Conselho de Directores da Bienal de Veneza, presidido por Paolo Baratta, sob recomendação do director do Festival de Cinema de Veneza, Alberto Barbera. “Estou surpreendida e especialmente satisfeita por saber que serei premiada no Festival de Cinema de Veneza pela minha carreira cinematográfica”, disse a actriz, que venceu em 1966 e 1969 os prémios de melhor actriz do Festival de Cannes, com os filmes “Morgan – Um Caso para Tratamento” e “Isadora”, respectivamente. Barbera declarou que Vanessa Redgrave é “considerada uma das melhores actrizes de hoje”, explicando que “as performances sensíveis e infinitamente facetadas de Redgrave criam personagens complexas e muitas vezes controversas”. Este é o segundo Leão de Ouro de carreira a ser anunciado para o 75.º Festival de Cinema de Veneza, depois do anúncio da atribuição ao realizador David Cronenberg. A cada ano, La Biennale atribui dois Leões de Ouro para a Realização da Vida no Festival de Veneza: o primeiro é concedido a um realizador, o segundo a um intérprete. Nascida em 1937, a actriz estreou-se em cinema em 1958 com o filme “Por detrás da máscara”, de Brian Desmond Hurst, e participa em televisão desde 1962. A 75.ª edição do Festival de Cinema de Veneza decorre de 29 de Agosto a 8 de Setembro. Hoje Macau EventosFogo-de-Artifício | Dez equipas concorrem ao concurso internacional em Setembro [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ilipinas, Coreia do Sul, Japão, Bélgica, França, Portugal, Alemanha, Áustria, Itália e China vão mostrar as suas habilidades na arte da pirotecnia no 29.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau (CIFAM). O evento, apresentado ontem, vai ter lugar nos dias 1, 8, 15 e 24 de Setembro e 1 de Outubro na baía em frente à Torre de Macau. Das dez empresas participantes, quatro (oriundas da Coreia do Sul, Bélgica, França e China) vão fazer a sua estreia no CIFAM, iniciativa de cariz anual organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Paralelamente às cinco noites de explosões de cores nos céus vai realizar-se um Arraial (entre as 17h e as 23h), que reunirá gastronomia, espectáculos, jogos, entre outros, numa iniciativa em cooperação com a União Geral das Associações dos Moradores de Macau. O canal chinês da TDM vai assegurar a transmissão em directo dos espectáculos pirotécnicos, enquanto o canal chinês da Rádio Macau vai transmitir em directo a música das exibições (às 21h e às 21h40). Há também vários programas de divulgação, patrocinados pela Wynn Resorts, incluindo o Concurso de Composição de Canção para o próximo 30.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, mantendo-se ainda a organização dos Concursos de Fotografia, de Desenho para Estudantes e de Design do Troféu do CIFAM. Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Deputado suspeito de corrupção suicida-se em Seul [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m deputado sul-coreano, visado num inquérito sobre um caso de corrupção, suicidou-se em Seul, anunciou a polícia. Roh Hoe-chan cumpria já um terceiro mandato como deputado, eleito pelo Partido da Justiça (esquerda). O deputado era suspeito de ter recebido 50 milhões de won (37 mil euros) de “Druking”, um bloguista ligado a vários políticos e actualmente a ser julgado por ter usado ilegalmente programas informáticos para influenciar opiniões no Naver, o primeiro portal na Internet da Coreia do Sul. “Druking” foi acusado de ter aumentado artificialmente o número de respostas positivas a comentários publicados no Naver para apoiar ou criticar políticos. Numa nota deixada num apartamento em Seul, Roh reconheceu ter recebido o dinheiro do bloguista, mas negou ter concedido em troca qualquer favor político, de acordo com a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. Roh, que foi encontrado morto junto do edifício de onde presumivelmente se atirou, desenvolvia uma carreira de advogado especializado em questões de defesa dos direitos humanos, antes de ser eleito em 2004. A Casa Azul, sede da presidência sul-coreana, lamentou este “trágico acontecimento”. A Coreia do Sul tem uma das taxas de suicídios mais elevada do mundo, nomeadamente de figuras públicas implicadas em escândalos. Em 2009, o antigo Presidente Roh Moo-hyun suicidou-se depois de ser acusado de corrupção. Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Temperaturas recorde com onda de calor mortal [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] temperatura numa cidade a norte de Tóquio atingiu ontem os 41,1 graus Celsius, a mais alta registada no Japão, quando uma onda de calor mortal tomou conta de parte do país e da vizinha Coreia do Sul. O recorde foi atingido na cidade de Kumagaya, na província de Saitama, que fica a cerca de 65 quilómetros a noroeste de Tóquio, informou a Agência Meteorológica do Japão. Um sistema persistente de alta pressão levou temperaturas recordes para a região já há uma semana, matando mais de 40 pessoas no Japão e 10 na Coreia do Sul. Milhares de pessoas no Japão foram levadas para hospitais com sintomas de insolação. A agência de notícias Kyodo registou mais de 40 mortes no país. Muitas das vítimas são pessoas idosas que não usam ar condicionado. Na Coreia do Sul, 10 pessoas morreram de insolação e outras causas relacionadas com o calor neste Verão. Sete deles morreram na semana passada, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia. Cerca de 1040 pessoas adoeceram devido ao calor, entre 20 de Maio e 21 de Julho, um aumento de 61 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. A temperatura mais elevada da manhã de ontem na Coreia do Sul foi registada na cidade de Gangneung, onde os termómetros chegaram aos 31 graus Celsius às 6h45. Já em Seul a temperatura mais baixa foi de 29,2 graus, a maior registada na capital do país, segundo a agência meteorológica da Coreia do Sul. O mercúrio atingiu 39,9 graus Celsius na cidade de Hayang, no sudeste do país, a mais alta temperatura registada no país este ano. As autoridades japonesas aconselharam a população a permanecer em casa e usar o ar condicionado. Hoje Macau China / ÁsiaDireitos humanos | ONG pede libertação de presos políticos no Vietname A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) pediu a libertação dos presos políticos no Vietname e que Hanói respeite os compromissos assumidos perante a ONU para garantir o respeito pelos direitos cívicos [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]uma carta enviada ao conselho dos Direitos Humanos da ONU, a ONG disse que Hanói aceitou 182 de 227 recomendações na última revisão periódica de 2014, mas que desde então “pouco fez” para cumprir as recomendações. De acordo com a HRW, o regime comunista utiliza frequentemente uma visão permissiva do código penal para prender activistas políticos ou religiosos. Desde o início do ano, as autoridades detiveram já 27 pessoas ao abrigo desta interpretação legal. A ONG denunciou uma reforma legal do ano passado, que alarga a responsabilidade penal dos activistas e das pessoas que os ajudam, contrária aos compromissos assumidos três anos com a ONU. Também criticou a aprovação, em Junho, de uma lei de cibersegurança que restringe a liberdade de expressão “de forma grave”, além do assédio constante contra os direitos de reunião e associação. Distinção vergonhosa “O Vietname parece estar a competir pelo título de Governo mais repressivo da Ásia”, disse o subdirector para a Ásia da HRW, Phil Robertson, em comunicado. “O Governo controlado pelo Partido Comunista esmaga qualquer desafio às suas acções e castiga qualquer pessoa ou grupo que considere uma ameaça ao monopólio absoluto do poder”, acrescentou. A carta entregue ao conselho da ONU propõe uma série de recomendações às autoridades do Vietname, antes da próxima revisão periódica universal, em Janeiro do próximo ano. Hoje Macau China / ÁsiaDumping | Pequim investiga importações da UE, Japão, Coreia do Sul e Indonésia [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China vai investigar as importações de produtos de aço inoxidável da União Europeia (UE), Japão, Coreia do Sul e Indonésia para determinar se estes estão a ser vendidos no país abaixo do preço de mercado, anunciou ontem o Ministério do Comércio. A decisão foi tomada depois da empresa Shanxi Taigang Stainless Steel – apoiada por outras quatro empresas do sector – ter solicitado às autoridades chinesas que iniciassem uma investigação sobre práticas de ‘dumping’ na venda de tarugos de aço inoxidável e placas de aço inoxidável laminado a quente importados desses países. A investigação começou ontem e terminará dentro de um ano, a 23 de Julho de 2019, embora o ministério tenha indicado na sua página na Internet que o prazo pode ser prorrogado por mais um ano, até 23 de Julho de 2020, caso se verifiquem “circunstâncias excepcionais”. As autoridades vão analisar se o ‘dumping’ ocorreu entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2017 e, ao mesmo tempo, os danos que ocorreram na indústria entre 1 de Janeiro de 2014 e 31 de Março de 2018. Os produtos testados são utilizados como matéria-prima para o aço inoxidável laminado a frio ou para a venda directa como um produto acabado para a construção de barcos, contentores, empresas ferroviárias e de energia e indústrias petroquímicas, entre outros. Em 2017, a China importou 703 mil toneladas desses produtos de aço inoxidável, um aumento de 200 por cento em relação ao ano anterior. A quase totalidade desses produtos, 98 por cento, vieram da UE, Japão, Coreia do Sul e Indonésia. Hoje Macau Manchete SociedadeSaúde | Pequim ordena investigação à indústria de vacinas, que não são exportadas para Macau O primeiro-ministro da China ordenou uma investigação à indústria de vacinas chinesa depois de violações cometidas por um produtor de vacinas contra a raiva terem provocado protestos públicos. Não é a primeira vez que Pequim se vê obrigado a intervir depois de mais um escândalo relacionado com vacinas [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m comunicado, Li Keqiang referiu que a Changchun Changsheng Life Sciences Ltd, que é acusada de fabricar registos de produção e inspecção, “violou uma linha moral”, num momento em que as autoridades lutam para restaurar a fé pública na regulamentação de segurança. Na mesma nota, o governante prometeu “reprimir de forma resoluta” as violações que coloquem em perigo a segurança pública. Não houve relatos de ferimentos causados pela vacina contra a raiva, mas a divulgação provocou um coro de protestos, sobretudo depois de vários escândalos relacionados com a venda de medicamentos e alimentos de baixa qualidade, cujo consumo causou vítimas mortais entre a população chinesa. Os reguladores chineses anunciaram na semana passada que a Changsheng Life Sciences foi obrigada a suspender a produção e a recolher as vacinas contra a raiva. Raiva tradicional A agência de notícias Xinhua disse que os investigadores estão a testar a eficácia da vacina e a ponderar avançar com acusações criminais. A raiva é endémica em algumas áreas da China. Em Outubro, a mesma empresa foi condenada a interromper a produção de uma vacina combinada para a difteria, tosse convulsa e tétano, cujo lote foi posteriormente apontado como defeituoso. Esta não foi a primeira vez que o líder chinês prometeu limpar a indústria das vacinas, depois de há mais de dois anos ter assumido esse compromisso depois de um escândalo similar. De acordo com comunicado divulgado no portal do Governo chinês, Li referiu em Março de 2016 que Pequim devia reparar as lacunas de supervisão de produção e distribuição de vacinas. As declarações foram proferidas depois de ter sido revelado que 84 milhões de dólares em medicamentos armazenados em condições impróprias e fora do prazo estavam a ser vendidos há vários anos por todo o país. Estima-se que entre centenas de milhar ou milhões de crianças chinesas, de idades a partir dos três meses, tenham sido inoculadas com vacinas ineficazes produzidas por algumas das maiores empresas do sector ao abrigo do sistema de saúde público. A raiva e o medo espalharam-se pelas redes sociais chinesas, em especial com pais indignados perante a inoperância das autoridades que levou a esta situação. A palavra chinesa para “vacina” foi citada 321 milhões de vezes em artigos e buscas no WeChat, um número 80 vezes superior ao registado na sexta-feira. Macau não afectado O Chefe do Centro de Prevenção de Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Lam Chong, afirmou que o Governo não adquiriu vacinas produzidas no continente, em resposta ao escândalo que abalou o sistema de saúde de Pequim. O dirigente esclareceu que as vacinas ministradas em Macau são provenientes da Europa e dos Estados Unidos. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o chefe acrescentou que, em geral, as vacinas adquiridas pelo Executivo servem apenas os residentes locais além de muito poucas crianças não residentes que são autorizadas a permanecer em Macau. Lam Chong afirmou ainda que existem vacinas suficientes em Macau e que não existem motivos para a população se preocupar. Lam Chong disse ter conhecimento de que no continente é raro exportarem-se vacinas por causa de grande procura e do fornecimento insuficiente. Além disso, acrescenta que os SS não autorizaram a importação de vacinas produzidas da fábrica continental envolvida no escândalo. Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de 16,5 milhões de visitantes no primeiro semestre [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 16,5 milhões de pessoas visitaram Macau no primeiro semestre do ano, um aumento de 8 por cento em relação ao período homólogo de 2017, indicaram ontem as autoridades. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos de Macau (DSEC), ao todo visitaram o território 16,814 milhões de pessoas entre Janeiro e Junho de 2018. O número de turistas (8,767 milhões) e o número de excursionistas (8,047 milhões) cresceu 8,3 por cento e 7,8 por cento, respectivamente, em termos anuais. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). No primeiro semestre do ano, entraram em Macau 11.705.164 visitantes oriundos da China continental, um aumento de 13,3 por cento. De Taiwan, chegaram à região 529.947 visitantes, mais 0,9 por cento que em igual período de 2017. Já o número de visitantes da Coreia do Sul (423.952) e de Hong Kong (3.000.131) desceram 2,2 por cento e 3,7 por cento, respectivamente. O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,2 dias, à semelhança do período homólogo de 2017, indicou a DSEC. Em 2017, chegaram a Macau 32,61 milhões de visitantes, mais 5,4 por cento do que em 2016. Hoje Macau Internacional MancheteIsrael | Parlamento aprova lei que limita auto-determinação a judeus Há quem lhe chame o novo apartheid. A Lei Básica da Nação-Estado aprovada, na semana passada, no parlamento israelita define que apenas os judeus têm direito à autodeterminação. Entretanto, os árabes que têm sido vítimas de crescentes restrições, ficam cada vez mais isolados. União Europeia e Nações Unidas estão preocupadas com a situação [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós um intenso debate, de mais de oito horas, no parlamento israelita, a “Lei Básica da Nação-Estado” foi aprovada com 62 votos a favor e 55 contra. O diploma está envolto em controvérsia, e foi considerado por alguns sectores políticos como discriminatório. Muitos dos deputados árabes israelitas não participaram na votação. A polémica lei consagra Israel como nação judaica, “lar nacional” do povo judaico e o hebraico como única língua oficial. A língua árabe perde direitos, os colonatos judeus são considerados de interesse estratégico nacional e Jerusalém, “una e indivisa”, será a capital do país. Além disso, a nova legislação determina que apenas os judeus têm o direito de autodeterminação no país. Para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apoiado por uma maioria de direita e de extrema direita, trata-se de uma vitória e fortalecimento da democracia em que a maioria tem o direito de decisão, refere a LUSA. O objectivo “é garantir o carácter de Israel como o Estado nacional dos judeus, para definir na Lei Básica os valores de Israel como um Estado democrático judaico, no espírito dos princípios da Declaração de Independência”, de acordo com um comunicado publicado na página da Internet do Knesset, parlamento de Israel. Até aqui, a menção directa à identidade judaica tinha sido sempre evitada devido à existência de outras culturas e religiões no país, que vivem em Israel desde a sua criação, em 1948, e que representam cerca de 20 por cento da população – 1,8 milhões de uma população total de cerca de nove milhões. A minoria árabe no parlamento israelita considera que morreu a democracia em Israel com a criação de um estado segregacionista. O Centro de Apoio Jurídico às Minorias Árabes defende que “a aprovação desta lei representa uma tentativa de implementar a superioridade étnica através da promoção de políticas racistas”. Categorias especiais A proposta de lei inicial que incluía um artigo relativo à “criação de comunidades no país compostas por motivos de fé ou origem” foi muito criticada pelo Presidente de Israel, Reuven Rivlin, como sendo discriminatória, tendo o artigo sido retirado. De acordo com a nova legislação, “os árabes terão uma categoria especial, todos os judeus terão o direito de migrar para Israel e obter a cidadania de acordo com as disposições da lei, o Estado agirá para reunir os judeus no exílio”. Durante as alegações e diante de uma câmara praticamente vazia, o parlamentar palestiniano de nacionalidade israelita Ayman Odeh, da United List (Lista Unida), denunciou a falta de carácter democrático da proposta iniciativa e ergueu uma bandeira negra para representar “o funeral da democracia”. O primeiro-ministro israelita foi alvo de duras críticas durante o mesmo debate. Outro deputado palestiniano Jamal Zahalka afirmou que Benjamin Netanyahu está a forçar os cidadãos a escolherem entre serem judaicos ou democratas. Preocupação internacional A União Europeia fez questão de manifestar a sua preocupação com a aprovação da lei da nacionalidade judaica pelo parlamento israelita, mas escusou-se a condenar a lei que consagra Israel como nação judaica, “lar nacional” do povo judaico, e o hebraico como única língua oficial. “A democracia e a igualdade, relativamente às minorias, continuam a ser a base da nossa associação com Israel”, começou por referir a porta-voz do Serviço Europeu de Acção Externa da União Europeia, Federica Mogherini, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário. “Estamos muito preocupados e já expressámos essa preocupação. Vamos continuar a comunicar com as autoridades israelitas dentro deste contexto”, referiu a porta-voz, citada pela agência de notícias Reuters. “Fomos muito claros na nossa defesa de uma solução para o conflito israelo-palestiniano com dois Estados, com Jerusalém como capital, e acreditamos que esta decisão torna mais difícil que esta se torne realidade”, sublinhou. Ao ser questionada sobre a possibilidade de a UE “condenar ou reprovar” que o árabe deixe de ser considerado língua oficial ou que se promovam as comunidades exclusivamente judias, Maja Kocijancic limitou-se a manifestar a sua preocupação e a assegurar que esta foi comunicada ao Governo de Israel. Direitos pouco humanos De acordo com a agência noticiosa chinesa, Xinhua, também a Organização das Nações Unidas (ONU) já expressou a sua relutância face à decisão israelita. “Reafirmamos que as Nações Unidas respeitam a soberania dos estados na definição do seu carácter constitucional bem como enfatizamos a necessidade de todos aderirem aos princípios dos direitos humanos, incluindo a protecção dos direitos das minorias”, disse o porta voz da ONU, Farhan Haq, citado pela Xinhua. De acordo com a mesma fonte, Haq apontou ainda que a única solução para se conseguir uma paz duradoura capaz de resolver o estado permanente de conflito e que tenha em conta as aspirações dos dois povos é através da negociação de uma solução que inclua a existência de dois estados. “Apelamos mais uma vez a todas as partes para evitarem movimentos unilaterais que possam boicotar uma solução de paz”, cita a Xinhua. A Turquia, que se opôs peremptoriamente à decisão, anunciada no ano passado, dos Estados Unidos em deslocar a embaixada daquele país para Jerusalém, também criticou a aprovação da nova lei. “Identificar o direito à autodeterminação como um direito dado apenas a judeus é o resultado e uma mentalidade ultrapassada e discriminatória”, disse o ministro dos negócios estrangeiros, de acordo com a Reuters. O porta-voz do presidente Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin , apelou mesmo à comunidade internacional “para reagir a esta injustiça que está a acontecer à frente dos olhos do mundo inteiro”, lê-se. O porta-voz presidencial criticou ainda aquilo a que chamou de “movimento racista que vai servir para acabar com o povo palestiniano e proibi-lo de viver na sua terra quer fisicamente, quer legalmente”, disse. Análise | Pacheco Pereira realça a oficialização do apartheid “Agora não foi sequer a gota de água, foi uma torrente que se abriu com a nova lei da nacionalidade que institui na prática uma situação de apartheid e de racismo”. As palavras são de José Pacheco Pereira num artigo de opinião publicado no jornal Público. O ex-deputado e historiador lamenta as transformações que estão a acontecer num país que um dia fez parte da sua admiração. “Sempre fui amigo de Israel e não só pelas razões que vêm do Holocausto (…) eram pró-israelitas contra ‘as monarquias feudais árabes’, até aos eventos mais recentes que colocavam uma pequena democracia armada no meio de inimigos governados por ditaduras, umas mais cruéis do que as outras, mas nenhuma recomendável”, começa por dizer. No entanto, “o ‘querido Bibi’ acossado pela Justiça empurrou a actual legislação racista que acaba com os últimos traços de um Estado de Israel que pertencia a judeus e árabes, assente na “completa igualdade de direitos políticos e sociais (…) para todos os seus habitantes, independentemente de religião, raça e sexo, como se lia na Declaração de Independência de 1948”, remata Pacheco Pereira. Minorias | Comunidade LGBT israelita contra exclusão na lei A comunidade LGBT israelita está contra a exclusão de homossexuais da lei da sub-rogação, aprovada na semana passada, juntamente com a nova lei de Nação-Estado que declara o país nação judaica e o hebraico língua oficial. Membros e apoiantes da comunidade LGBT de Israel estiveram no domingo em protesto contra a exclusão de homossexuais da lei. Os protestantes marcharam em Telavive e em outras cidades israelitas, exibindo bandeiras com as sete cores do arco-íris — símbolo da comunidade LGBT (lésbicas, ‘gays’, bissexuais e transexuais) — e bloquearam, inclusive, uma autoestrada durante algum tempo. A comunidade contesta a legislação apoiada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que prevê a sub-rogação para pais homossexuais (a substituição numa relação jurídica duma pessoa por outra que toma o seu lugar). O chefe do Governo de Israel acabou por votar contra, alegadamente sob a pressão dos parceiros de coligação ultraortodoxos. Os protestos evoluíram para um alerta sobre a igualdade, considerando que a legislação aprovada parece ter como alvo o liberalismo israelita. As manifestações foram amplamente apoiadas por centenas de entidades patronais que permitiram funcionários observar e participar nos protestos sem penalizações. Ainda para este domingo está programado um comício, na Praça Rabin, em Telavive. Hoje Macau SociedadeEnsino | IPM prepara abertura da sucursal da academia sénior na Taipa [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) vai abrir uma sucursal da sua Academia do Cidadão Sénior na Taipa, com o objectivo de disponibilizar cursos do ensino superior aos mais idosos. A informação foi ontem avançada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, na resposta a uma interpelação da deputada Angela Leong. “Para oferecer aos idosos mais oportunidades de aprendizagem, o Governo irá aproveitar o primeiro andar do centro comunitário na Rua do Delgado, junto à povoação Chun Su Mei, na Taipa, para ser a sucursal da Academia do Cidadão Sénior. O IPM está a dedicar-se aos trabalhos preparatórios e prevê-se que as obras de remodelação possam ser realizadas em 2019, e o novo campus escolar pode funcionar e recrutar alunos em 2020.” Alexis Tam referiu ainda que “no primeiro ano de funcionamento esta sucursal pode oferecer à sociedade 170 vagas, mas o alvo é que haja vagas suficientes para satisfazer, no futuro, a vontade de 520 alunos”. O ano passado, a Academia do Cidadão Sénior do IPM registou 673 alunos e para o ano lectivo de 2018/2019 inscreveram-se 795 idosos. “A sede da academia em Macau e a sua sucursal na ilha da Taipa poderão oferecer mais de 300 vagas no primeiro ano de funcionamento deste novo campus”, um número que “poderá preencher as necessidades de mais de metade do número de idosos com vontade de frequentar cursos superiores da academia, de acordo com os dados existentes”. «1...648649650651652653654...858»
Hoje Macau China / ÁsiaMilhares saem às ruas contra “viragem ditatorial” de Duterte Milhares de filipinos saíram no início da semana às ruas em protesto contra o que designam de “viragem ditatorial” e os abusos de poder de Rodrigo Duterte. Durante a manifestação foi pedida a destituição do polémico Presidente filipino [dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]o mesmo dia em que o Presidente fez o discurso sobre o Estado da Nação, associações de estudantes, sindicatos, organizações feministas, grupos religiosos e activistas dos direitos humanos juntaram-se num enorme protesto contra a gestão de Duterte. Os cartazes exibidos pelos manifestantes mostravam caricaturas de Duterte, exigiam justiça pelas “execuções extrajudiciais” na violenta guerra antidrogas e criticavam a política externa de aproximação à China, a quem consideram que estão a ser vendidas as Filipinas. “O país já sofreu demasiado com este Governo. Estamos aqui a lutar pelos direitos fundamentais dos filipinos, estamos a lutar pela vida”, disse à Efe uma estudante de 19 anos da Universidad Ateneo, que pediu para não ser identificada. Os manifestantes concentraram-se ao longo da manhã no ‘campus’ da Universidade das Filipinas, no distrito de Quezon, e seguiram até à igreja de San Pedro onde segundo dados da polícia se terão juntado 15000 pessoas. Além de gritarem, em inglês e tagalo – uma das principais línguas das Filipinas -, contra o Presidente, há dois anos no cargo, alguns activistas queimaram uma máscara com o rosto de Duterte e outros apresentaram-se amordaçados e caracterizados com sangue e feridas, para recordar as vítimas da campanha antidrogas. Segundo as organizações de direitos humanos, além de 4200 mortos em operações policiais, há que contabilizar 23500 homicídios que estão a ser investigados, dos quais entre 12 a 15.000 serão assassinatos encobertos pelo clima de impunidade da campanha antidrogas. De acordo com Cristina Palabay, secretária-geral da organização não-governamental Karapatan, os “programas de contrainsurreição do regime de Duterte” não acontecem apenas nos subúrbios das cidades, onde o problemas das drogas é mais sangrento, mas também chegam às comunidades rurais e indígenas. Esse “assédio ao povo” implica, em números, que “o regime de Duterte mata uma média de duas pessoas por semana e prende 20 pessoas”, disse Palabay. Protesto feminino Os grupos feministas também se destacaram no protesto, com numerosos cartazes que repudiam as atitudes misóginas e “repugnantes” de Duterte. No discurso do Estado da Nação, o Presidente filipino comprometeu-se a, num prazo de 48 horas, assinar um pacto para acabar com o conflito separatista muçulmano na ilha de Mindanao, palco de um dos confrontos mais duradouros da região. “Prometo solenemente que este Governo nunca negará aos nossos irmãos e irmãs muçulmanos os instrumentos legais básicos para traçar o seu próprio destino dentro da estrutura constitucional do nosso país”, afirmou Duterte. O Presidente, de 73 anos, disse ainda que o seu controverso combate contra as drogas “está longe de terminar” e garantiu que permanecerá “tão implacável e assustador como no primeiro dia”. “Se acham que eu posso ser dissuadido de continuar esta luta com os vossos protestos estão errados. Vocês preocupam-se com os direitos humanos. Eu preocupo-me com vidas humanas”, afirmou, dirigindo-se aos activistas que se manifestaram nas ruas.
Hoje Macau EventosVanessa Redgrave recebe prémio carreira no Festival de Veneza [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] actriz britânica Vanessa Redgrave vai receber o Leão de Ouro pela carreira no 75.º Festival Internacional de Cinema de Veneza, anunciou ontem a organização. Em comunicado, o festival explicou que a decisão foi tomada pelo Conselho de Directores da Bienal de Veneza, presidido por Paolo Baratta, sob recomendação do director do Festival de Cinema de Veneza, Alberto Barbera. “Estou surpreendida e especialmente satisfeita por saber que serei premiada no Festival de Cinema de Veneza pela minha carreira cinematográfica”, disse a actriz, que venceu em 1966 e 1969 os prémios de melhor actriz do Festival de Cannes, com os filmes “Morgan – Um Caso para Tratamento” e “Isadora”, respectivamente. Barbera declarou que Vanessa Redgrave é “considerada uma das melhores actrizes de hoje”, explicando que “as performances sensíveis e infinitamente facetadas de Redgrave criam personagens complexas e muitas vezes controversas”. Este é o segundo Leão de Ouro de carreira a ser anunciado para o 75.º Festival de Cinema de Veneza, depois do anúncio da atribuição ao realizador David Cronenberg. A cada ano, La Biennale atribui dois Leões de Ouro para a Realização da Vida no Festival de Veneza: o primeiro é concedido a um realizador, o segundo a um intérprete. Nascida em 1937, a actriz estreou-se em cinema em 1958 com o filme “Por detrás da máscara”, de Brian Desmond Hurst, e participa em televisão desde 1962. A 75.ª edição do Festival de Cinema de Veneza decorre de 29 de Agosto a 8 de Setembro.
Hoje Macau EventosFogo-de-Artifício | Dez equipas concorrem ao concurso internacional em Setembro [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ilipinas, Coreia do Sul, Japão, Bélgica, França, Portugal, Alemanha, Áustria, Itália e China vão mostrar as suas habilidades na arte da pirotecnia no 29.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau (CIFAM). O evento, apresentado ontem, vai ter lugar nos dias 1, 8, 15 e 24 de Setembro e 1 de Outubro na baía em frente à Torre de Macau. Das dez empresas participantes, quatro (oriundas da Coreia do Sul, Bélgica, França e China) vão fazer a sua estreia no CIFAM, iniciativa de cariz anual organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Paralelamente às cinco noites de explosões de cores nos céus vai realizar-se um Arraial (entre as 17h e as 23h), que reunirá gastronomia, espectáculos, jogos, entre outros, numa iniciativa em cooperação com a União Geral das Associações dos Moradores de Macau. O canal chinês da TDM vai assegurar a transmissão em directo dos espectáculos pirotécnicos, enquanto o canal chinês da Rádio Macau vai transmitir em directo a música das exibições (às 21h e às 21h40). Há também vários programas de divulgação, patrocinados pela Wynn Resorts, incluindo o Concurso de Composição de Canção para o próximo 30.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, mantendo-se ainda a organização dos Concursos de Fotografia, de Desenho para Estudantes e de Design do Troféu do CIFAM.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Deputado suspeito de corrupção suicida-se em Seul [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m deputado sul-coreano, visado num inquérito sobre um caso de corrupção, suicidou-se em Seul, anunciou a polícia. Roh Hoe-chan cumpria já um terceiro mandato como deputado, eleito pelo Partido da Justiça (esquerda). O deputado era suspeito de ter recebido 50 milhões de won (37 mil euros) de “Druking”, um bloguista ligado a vários políticos e actualmente a ser julgado por ter usado ilegalmente programas informáticos para influenciar opiniões no Naver, o primeiro portal na Internet da Coreia do Sul. “Druking” foi acusado de ter aumentado artificialmente o número de respostas positivas a comentários publicados no Naver para apoiar ou criticar políticos. Numa nota deixada num apartamento em Seul, Roh reconheceu ter recebido o dinheiro do bloguista, mas negou ter concedido em troca qualquer favor político, de acordo com a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. Roh, que foi encontrado morto junto do edifício de onde presumivelmente se atirou, desenvolvia uma carreira de advogado especializado em questões de defesa dos direitos humanos, antes de ser eleito em 2004. A Casa Azul, sede da presidência sul-coreana, lamentou este “trágico acontecimento”. A Coreia do Sul tem uma das taxas de suicídios mais elevada do mundo, nomeadamente de figuras públicas implicadas em escândalos. Em 2009, o antigo Presidente Roh Moo-hyun suicidou-se depois de ser acusado de corrupção.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Temperaturas recorde com onda de calor mortal [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] temperatura numa cidade a norte de Tóquio atingiu ontem os 41,1 graus Celsius, a mais alta registada no Japão, quando uma onda de calor mortal tomou conta de parte do país e da vizinha Coreia do Sul. O recorde foi atingido na cidade de Kumagaya, na província de Saitama, que fica a cerca de 65 quilómetros a noroeste de Tóquio, informou a Agência Meteorológica do Japão. Um sistema persistente de alta pressão levou temperaturas recordes para a região já há uma semana, matando mais de 40 pessoas no Japão e 10 na Coreia do Sul. Milhares de pessoas no Japão foram levadas para hospitais com sintomas de insolação. A agência de notícias Kyodo registou mais de 40 mortes no país. Muitas das vítimas são pessoas idosas que não usam ar condicionado. Na Coreia do Sul, 10 pessoas morreram de insolação e outras causas relacionadas com o calor neste Verão. Sete deles morreram na semana passada, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia. Cerca de 1040 pessoas adoeceram devido ao calor, entre 20 de Maio e 21 de Julho, um aumento de 61 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. A temperatura mais elevada da manhã de ontem na Coreia do Sul foi registada na cidade de Gangneung, onde os termómetros chegaram aos 31 graus Celsius às 6h45. Já em Seul a temperatura mais baixa foi de 29,2 graus, a maior registada na capital do país, segundo a agência meteorológica da Coreia do Sul. O mercúrio atingiu 39,9 graus Celsius na cidade de Hayang, no sudeste do país, a mais alta temperatura registada no país este ano. As autoridades japonesas aconselharam a população a permanecer em casa e usar o ar condicionado.
Hoje Macau China / ÁsiaDireitos humanos | ONG pede libertação de presos políticos no Vietname A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) pediu a libertação dos presos políticos no Vietname e que Hanói respeite os compromissos assumidos perante a ONU para garantir o respeito pelos direitos cívicos [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]uma carta enviada ao conselho dos Direitos Humanos da ONU, a ONG disse que Hanói aceitou 182 de 227 recomendações na última revisão periódica de 2014, mas que desde então “pouco fez” para cumprir as recomendações. De acordo com a HRW, o regime comunista utiliza frequentemente uma visão permissiva do código penal para prender activistas políticos ou religiosos. Desde o início do ano, as autoridades detiveram já 27 pessoas ao abrigo desta interpretação legal. A ONG denunciou uma reforma legal do ano passado, que alarga a responsabilidade penal dos activistas e das pessoas que os ajudam, contrária aos compromissos assumidos três anos com a ONU. Também criticou a aprovação, em Junho, de uma lei de cibersegurança que restringe a liberdade de expressão “de forma grave”, além do assédio constante contra os direitos de reunião e associação. Distinção vergonhosa “O Vietname parece estar a competir pelo título de Governo mais repressivo da Ásia”, disse o subdirector para a Ásia da HRW, Phil Robertson, em comunicado. “O Governo controlado pelo Partido Comunista esmaga qualquer desafio às suas acções e castiga qualquer pessoa ou grupo que considere uma ameaça ao monopólio absoluto do poder”, acrescentou. A carta entregue ao conselho da ONU propõe uma série de recomendações às autoridades do Vietname, antes da próxima revisão periódica universal, em Janeiro do próximo ano.
Hoje Macau China / ÁsiaDumping | Pequim investiga importações da UE, Japão, Coreia do Sul e Indonésia [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China vai investigar as importações de produtos de aço inoxidável da União Europeia (UE), Japão, Coreia do Sul e Indonésia para determinar se estes estão a ser vendidos no país abaixo do preço de mercado, anunciou ontem o Ministério do Comércio. A decisão foi tomada depois da empresa Shanxi Taigang Stainless Steel – apoiada por outras quatro empresas do sector – ter solicitado às autoridades chinesas que iniciassem uma investigação sobre práticas de ‘dumping’ na venda de tarugos de aço inoxidável e placas de aço inoxidável laminado a quente importados desses países. A investigação começou ontem e terminará dentro de um ano, a 23 de Julho de 2019, embora o ministério tenha indicado na sua página na Internet que o prazo pode ser prorrogado por mais um ano, até 23 de Julho de 2020, caso se verifiquem “circunstâncias excepcionais”. As autoridades vão analisar se o ‘dumping’ ocorreu entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2017 e, ao mesmo tempo, os danos que ocorreram na indústria entre 1 de Janeiro de 2014 e 31 de Março de 2018. Os produtos testados são utilizados como matéria-prima para o aço inoxidável laminado a frio ou para a venda directa como um produto acabado para a construção de barcos, contentores, empresas ferroviárias e de energia e indústrias petroquímicas, entre outros. Em 2017, a China importou 703 mil toneladas desses produtos de aço inoxidável, um aumento de 200 por cento em relação ao ano anterior. A quase totalidade desses produtos, 98 por cento, vieram da UE, Japão, Coreia do Sul e Indonésia.
Hoje Macau Manchete SociedadeSaúde | Pequim ordena investigação à indústria de vacinas, que não são exportadas para Macau O primeiro-ministro da China ordenou uma investigação à indústria de vacinas chinesa depois de violações cometidas por um produtor de vacinas contra a raiva terem provocado protestos públicos. Não é a primeira vez que Pequim se vê obrigado a intervir depois de mais um escândalo relacionado com vacinas [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m comunicado, Li Keqiang referiu que a Changchun Changsheng Life Sciences Ltd, que é acusada de fabricar registos de produção e inspecção, “violou uma linha moral”, num momento em que as autoridades lutam para restaurar a fé pública na regulamentação de segurança. Na mesma nota, o governante prometeu “reprimir de forma resoluta” as violações que coloquem em perigo a segurança pública. Não houve relatos de ferimentos causados pela vacina contra a raiva, mas a divulgação provocou um coro de protestos, sobretudo depois de vários escândalos relacionados com a venda de medicamentos e alimentos de baixa qualidade, cujo consumo causou vítimas mortais entre a população chinesa. Os reguladores chineses anunciaram na semana passada que a Changsheng Life Sciences foi obrigada a suspender a produção e a recolher as vacinas contra a raiva. Raiva tradicional A agência de notícias Xinhua disse que os investigadores estão a testar a eficácia da vacina e a ponderar avançar com acusações criminais. A raiva é endémica em algumas áreas da China. Em Outubro, a mesma empresa foi condenada a interromper a produção de uma vacina combinada para a difteria, tosse convulsa e tétano, cujo lote foi posteriormente apontado como defeituoso. Esta não foi a primeira vez que o líder chinês prometeu limpar a indústria das vacinas, depois de há mais de dois anos ter assumido esse compromisso depois de um escândalo similar. De acordo com comunicado divulgado no portal do Governo chinês, Li referiu em Março de 2016 que Pequim devia reparar as lacunas de supervisão de produção e distribuição de vacinas. As declarações foram proferidas depois de ter sido revelado que 84 milhões de dólares em medicamentos armazenados em condições impróprias e fora do prazo estavam a ser vendidos há vários anos por todo o país. Estima-se que entre centenas de milhar ou milhões de crianças chinesas, de idades a partir dos três meses, tenham sido inoculadas com vacinas ineficazes produzidas por algumas das maiores empresas do sector ao abrigo do sistema de saúde público. A raiva e o medo espalharam-se pelas redes sociais chinesas, em especial com pais indignados perante a inoperância das autoridades que levou a esta situação. A palavra chinesa para “vacina” foi citada 321 milhões de vezes em artigos e buscas no WeChat, um número 80 vezes superior ao registado na sexta-feira. Macau não afectado O Chefe do Centro de Prevenção de Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Lam Chong, afirmou que o Governo não adquiriu vacinas produzidas no continente, em resposta ao escândalo que abalou o sistema de saúde de Pequim. O dirigente esclareceu que as vacinas ministradas em Macau são provenientes da Europa e dos Estados Unidos. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o chefe acrescentou que, em geral, as vacinas adquiridas pelo Executivo servem apenas os residentes locais além de muito poucas crianças não residentes que são autorizadas a permanecer em Macau. Lam Chong afirmou ainda que existem vacinas suficientes em Macau e que não existem motivos para a população se preocupar. Lam Chong disse ter conhecimento de que no continente é raro exportarem-se vacinas por causa de grande procura e do fornecimento insuficiente. Além disso, acrescenta que os SS não autorizaram a importação de vacinas produzidas da fábrica continental envolvida no escândalo.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de 16,5 milhões de visitantes no primeiro semestre [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 16,5 milhões de pessoas visitaram Macau no primeiro semestre do ano, um aumento de 8 por cento em relação ao período homólogo de 2017, indicaram ontem as autoridades. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos de Macau (DSEC), ao todo visitaram o território 16,814 milhões de pessoas entre Janeiro e Junho de 2018. O número de turistas (8,767 milhões) e o número de excursionistas (8,047 milhões) cresceu 8,3 por cento e 7,8 por cento, respectivamente, em termos anuais. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). No primeiro semestre do ano, entraram em Macau 11.705.164 visitantes oriundos da China continental, um aumento de 13,3 por cento. De Taiwan, chegaram à região 529.947 visitantes, mais 0,9 por cento que em igual período de 2017. Já o número de visitantes da Coreia do Sul (423.952) e de Hong Kong (3.000.131) desceram 2,2 por cento e 3,7 por cento, respectivamente. O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,2 dias, à semelhança do período homólogo de 2017, indicou a DSEC. Em 2017, chegaram a Macau 32,61 milhões de visitantes, mais 5,4 por cento do que em 2016.
Hoje Macau Internacional MancheteIsrael | Parlamento aprova lei que limita auto-determinação a judeus Há quem lhe chame o novo apartheid. A Lei Básica da Nação-Estado aprovada, na semana passada, no parlamento israelita define que apenas os judeus têm direito à autodeterminação. Entretanto, os árabes que têm sido vítimas de crescentes restrições, ficam cada vez mais isolados. União Europeia e Nações Unidas estão preocupadas com a situação [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós um intenso debate, de mais de oito horas, no parlamento israelita, a “Lei Básica da Nação-Estado” foi aprovada com 62 votos a favor e 55 contra. O diploma está envolto em controvérsia, e foi considerado por alguns sectores políticos como discriminatório. Muitos dos deputados árabes israelitas não participaram na votação. A polémica lei consagra Israel como nação judaica, “lar nacional” do povo judaico e o hebraico como única língua oficial. A língua árabe perde direitos, os colonatos judeus são considerados de interesse estratégico nacional e Jerusalém, “una e indivisa”, será a capital do país. Além disso, a nova legislação determina que apenas os judeus têm o direito de autodeterminação no país. Para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apoiado por uma maioria de direita e de extrema direita, trata-se de uma vitória e fortalecimento da democracia em que a maioria tem o direito de decisão, refere a LUSA. O objectivo “é garantir o carácter de Israel como o Estado nacional dos judeus, para definir na Lei Básica os valores de Israel como um Estado democrático judaico, no espírito dos princípios da Declaração de Independência”, de acordo com um comunicado publicado na página da Internet do Knesset, parlamento de Israel. Até aqui, a menção directa à identidade judaica tinha sido sempre evitada devido à existência de outras culturas e religiões no país, que vivem em Israel desde a sua criação, em 1948, e que representam cerca de 20 por cento da população – 1,8 milhões de uma população total de cerca de nove milhões. A minoria árabe no parlamento israelita considera que morreu a democracia em Israel com a criação de um estado segregacionista. O Centro de Apoio Jurídico às Minorias Árabes defende que “a aprovação desta lei representa uma tentativa de implementar a superioridade étnica através da promoção de políticas racistas”. Categorias especiais A proposta de lei inicial que incluía um artigo relativo à “criação de comunidades no país compostas por motivos de fé ou origem” foi muito criticada pelo Presidente de Israel, Reuven Rivlin, como sendo discriminatória, tendo o artigo sido retirado. De acordo com a nova legislação, “os árabes terão uma categoria especial, todos os judeus terão o direito de migrar para Israel e obter a cidadania de acordo com as disposições da lei, o Estado agirá para reunir os judeus no exílio”. Durante as alegações e diante de uma câmara praticamente vazia, o parlamentar palestiniano de nacionalidade israelita Ayman Odeh, da United List (Lista Unida), denunciou a falta de carácter democrático da proposta iniciativa e ergueu uma bandeira negra para representar “o funeral da democracia”. O primeiro-ministro israelita foi alvo de duras críticas durante o mesmo debate. Outro deputado palestiniano Jamal Zahalka afirmou que Benjamin Netanyahu está a forçar os cidadãos a escolherem entre serem judaicos ou democratas. Preocupação internacional A União Europeia fez questão de manifestar a sua preocupação com a aprovação da lei da nacionalidade judaica pelo parlamento israelita, mas escusou-se a condenar a lei que consagra Israel como nação judaica, “lar nacional” do povo judaico, e o hebraico como única língua oficial. “A democracia e a igualdade, relativamente às minorias, continuam a ser a base da nossa associação com Israel”, começou por referir a porta-voz do Serviço Europeu de Acção Externa da União Europeia, Federica Mogherini, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário. “Estamos muito preocupados e já expressámos essa preocupação. Vamos continuar a comunicar com as autoridades israelitas dentro deste contexto”, referiu a porta-voz, citada pela agência de notícias Reuters. “Fomos muito claros na nossa defesa de uma solução para o conflito israelo-palestiniano com dois Estados, com Jerusalém como capital, e acreditamos que esta decisão torna mais difícil que esta se torne realidade”, sublinhou. Ao ser questionada sobre a possibilidade de a UE “condenar ou reprovar” que o árabe deixe de ser considerado língua oficial ou que se promovam as comunidades exclusivamente judias, Maja Kocijancic limitou-se a manifestar a sua preocupação e a assegurar que esta foi comunicada ao Governo de Israel. Direitos pouco humanos De acordo com a agência noticiosa chinesa, Xinhua, também a Organização das Nações Unidas (ONU) já expressou a sua relutância face à decisão israelita. “Reafirmamos que as Nações Unidas respeitam a soberania dos estados na definição do seu carácter constitucional bem como enfatizamos a necessidade de todos aderirem aos princípios dos direitos humanos, incluindo a protecção dos direitos das minorias”, disse o porta voz da ONU, Farhan Haq, citado pela Xinhua. De acordo com a mesma fonte, Haq apontou ainda que a única solução para se conseguir uma paz duradoura capaz de resolver o estado permanente de conflito e que tenha em conta as aspirações dos dois povos é através da negociação de uma solução que inclua a existência de dois estados. “Apelamos mais uma vez a todas as partes para evitarem movimentos unilaterais que possam boicotar uma solução de paz”, cita a Xinhua. A Turquia, que se opôs peremptoriamente à decisão, anunciada no ano passado, dos Estados Unidos em deslocar a embaixada daquele país para Jerusalém, também criticou a aprovação da nova lei. “Identificar o direito à autodeterminação como um direito dado apenas a judeus é o resultado e uma mentalidade ultrapassada e discriminatória”, disse o ministro dos negócios estrangeiros, de acordo com a Reuters. O porta-voz do presidente Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin , apelou mesmo à comunidade internacional “para reagir a esta injustiça que está a acontecer à frente dos olhos do mundo inteiro”, lê-se. O porta-voz presidencial criticou ainda aquilo a que chamou de “movimento racista que vai servir para acabar com o povo palestiniano e proibi-lo de viver na sua terra quer fisicamente, quer legalmente”, disse. Análise | Pacheco Pereira realça a oficialização do apartheid “Agora não foi sequer a gota de água, foi uma torrente que se abriu com a nova lei da nacionalidade que institui na prática uma situação de apartheid e de racismo”. As palavras são de José Pacheco Pereira num artigo de opinião publicado no jornal Público. O ex-deputado e historiador lamenta as transformações que estão a acontecer num país que um dia fez parte da sua admiração. “Sempre fui amigo de Israel e não só pelas razões que vêm do Holocausto (…) eram pró-israelitas contra ‘as monarquias feudais árabes’, até aos eventos mais recentes que colocavam uma pequena democracia armada no meio de inimigos governados por ditaduras, umas mais cruéis do que as outras, mas nenhuma recomendável”, começa por dizer. No entanto, “o ‘querido Bibi’ acossado pela Justiça empurrou a actual legislação racista que acaba com os últimos traços de um Estado de Israel que pertencia a judeus e árabes, assente na “completa igualdade de direitos políticos e sociais (…) para todos os seus habitantes, independentemente de religião, raça e sexo, como se lia na Declaração de Independência de 1948”, remata Pacheco Pereira. Minorias | Comunidade LGBT israelita contra exclusão na lei A comunidade LGBT israelita está contra a exclusão de homossexuais da lei da sub-rogação, aprovada na semana passada, juntamente com a nova lei de Nação-Estado que declara o país nação judaica e o hebraico língua oficial. Membros e apoiantes da comunidade LGBT de Israel estiveram no domingo em protesto contra a exclusão de homossexuais da lei. Os protestantes marcharam em Telavive e em outras cidades israelitas, exibindo bandeiras com as sete cores do arco-íris — símbolo da comunidade LGBT (lésbicas, ‘gays’, bissexuais e transexuais) — e bloquearam, inclusive, uma autoestrada durante algum tempo. A comunidade contesta a legislação apoiada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que prevê a sub-rogação para pais homossexuais (a substituição numa relação jurídica duma pessoa por outra que toma o seu lugar). O chefe do Governo de Israel acabou por votar contra, alegadamente sob a pressão dos parceiros de coligação ultraortodoxos. Os protestos evoluíram para um alerta sobre a igualdade, considerando que a legislação aprovada parece ter como alvo o liberalismo israelita. As manifestações foram amplamente apoiadas por centenas de entidades patronais que permitiram funcionários observar e participar nos protestos sem penalizações. Ainda para este domingo está programado um comício, na Praça Rabin, em Telavive.
Hoje Macau SociedadeEnsino | IPM prepara abertura da sucursal da academia sénior na Taipa [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) vai abrir uma sucursal da sua Academia do Cidadão Sénior na Taipa, com o objectivo de disponibilizar cursos do ensino superior aos mais idosos. A informação foi ontem avançada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, na resposta a uma interpelação da deputada Angela Leong. “Para oferecer aos idosos mais oportunidades de aprendizagem, o Governo irá aproveitar o primeiro andar do centro comunitário na Rua do Delgado, junto à povoação Chun Su Mei, na Taipa, para ser a sucursal da Academia do Cidadão Sénior. O IPM está a dedicar-se aos trabalhos preparatórios e prevê-se que as obras de remodelação possam ser realizadas em 2019, e o novo campus escolar pode funcionar e recrutar alunos em 2020.” Alexis Tam referiu ainda que “no primeiro ano de funcionamento esta sucursal pode oferecer à sociedade 170 vagas, mas o alvo é que haja vagas suficientes para satisfazer, no futuro, a vontade de 520 alunos”. O ano passado, a Academia do Cidadão Sénior do IPM registou 673 alunos e para o ano lectivo de 2018/2019 inscreveram-se 795 idosos. “A sede da academia em Macau e a sua sucursal na ilha da Taipa poderão oferecer mais de 300 vagas no primeiro ano de funcionamento deste novo campus”, um número que “poderá preencher as necessidades de mais de metade do número de idosos com vontade de frequentar cursos superiores da academia, de acordo com os dados existentes”.