Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Pequim pede “tranquilidade” face a vaga de expulsão de diplomatas A China apelou ontem à “tranquilidade” e ao “abandono da mentalidade da Guerra Fria” após a expulsão de diplomatas russos por países em todo o mundo, na sequência do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal no Reino Unido. “Os países implicados deviam obedecer à lei internacional e às normas básicas das relações diplomáticas, visando evitar uma maior escalada das confrontações”, disse a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying. A porta-voz reagia assim à decisão dos Estados Unidos e cerca de vinte outros países de expulsar, no conjunto, quase uma centena de diplomatas russos dos seus territórios, em apoio ao Reino Unido. Na semana passada, Londres expulsou 23 funcionários como represália pelo alegado envenenamento com um gás neurotóxico do ex-espião russo Sergei Skripal e da sua filha. Hua afirmou que a China “se opõe firmemente ao uso de armas químicas”, mas defende que o caso “deve ser adequadamente tratado entre o Reino Unido e a Rússia, e os factos aclarados”. “Todas as partes deveriam abandonar a mentalidade da Guerra Fria, renunciar à confrontação e trabalhar em conjunto para a paz, estabilidade e tranquilidade”, disse. Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Faltam quatro dias para estação espacial chinesa atingir a Terra As últimas previsões apontam para que seja a 1 de Abril que os detritos da estação espacial chinesa, Tiangong-1, atinjam a Terra. A maior parte deverá desintegrar-se na reentrada na atmosfera A estação espacial chinesa, Tiangong-1, que pesa oito toneladas, deverá cair na Terra a 1 de Abril. A maior parte da infraestrutura deverá ser consumida na reentrada da atmosfera terrestre, devido às altas temperaturas, mas é provável que alguns detritos consigam sobreviver e atingir o Planeta. Fora de controlo desde 2016, o laboratório especial chinês, também conhecido por “Palácio Celestial”, deverá reentrar na atmosfera no próximo fim-de-semana, de acordo com as últimas estimativas da ESA. Uma estimativa, que diz o organismo, é “altamente variável”. As possibilidades de ser atingido por um detrito do Tiangong-1 são zero, refere o jornal britânico The Guardian. “Se qualquer uma das estações espaciais chegar à superfície, é improvável que acerte em pessoas”, é referido na publicação. Aliás, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) referiu que não há registo de uma pessoa ter sido ferida por lixo espacial. “Existe mais probabilidade de se ser atingido por um carro ao atravessar uma rua de Sydney hoje do que de ser atingido pela estação espacial chinesa”, garante o engenheiro espacial Wareick Holmes, director executivo do Departamento de Engenharia Espacial da Faculdade de Aeronáutica da Universidade de Sidney. Citado pelo site ABC News, este especialista refere que cerca de 70 por cento da Terra é coberta por água e, por isso, há poucas hipóteses de os detritos da Tiangong-1 caírem em solo terrestre. Local de aterragem Segundo o The Guardian, a China não revelou todos os pormenores sobre a estação espacial, pelo que se torna difícil perceber quais as partes que podem sobreviver às altas temperaturas que se fazem sentir na reentrada da atmosfera terrestre. A ESA prevê que a reentrada na atmosfera possa acontecer sobre qualquer ponto da terra entre as latitudes 43ºN e 43ºS. “Áreas acima ou abaixo destas latitudes estão excluídas”, pode ler-se na página da Agência Espacial Europeia. O especialista espacial norte-americano William Ailor, citado pelo ABC News, afirma que será possível ver no céu os detritos da estação espacial como se fossem pequenas bolas de fogo em Adelaide, Camberra, Melbourne e Sidney. “É como um meteorito, mas é muito mais pequeno. Por isso é uma imagem bonita de se ver”, diz. A Tiangong-1 é a primeira estação espacial chinesa, lançada no espaço em Setembro de 2011. Pesa cerca de oito toneladas e mede 12 metros de comprimento. É descrita por um conselheiro da NASA, aquando do seu lançamento, como “um potente símbolo político” do país e parte de um ambicioso projecto científico da China em tornar-se uma superpotência espacial. Tiangong-1 é composta por dois módulos laboratoriais para experiências, revelou, em 2011, a agência de notícias chinesa Xinhua. Foi criada para durar uma década e apoiar astronautas em vários trabalhos científicos. A estação espacial recebeu várias missões, numa das quais fazia parte a primeira mulher chinesa astronauta, Liu Yang, em 2012. Hoje Macau China / ÁsiaChina | Lucros industriais aumentam em Janeiro e Fevereiro As principais empresas da China registaram crescimento anual de lucros nos primeiros dois meses do ano, anunciou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). As companhias com receita anual de mais de 20 milhões de yuans relataram lucros de 969 biliões de yuans em Janeiro e Fevereiro, um aumento de 16,1 por cento em comparação com o ano anterior, segundo um comunicado do DNE. O índice foi 5,3 pontos percentuais maior que a taxa de crescimento registada em Dezembro de 2017. Entre as 41 indústrias pesquisadas, 29 obtiveram crescimento anual de lucro nos dois primeiros meses do ano. Todas as indústrias de produtos farmacêuticos, mineração de carvão e têxteis registaram um grau de crescimento mais rápido em Janeiro e Fevereiro, segundo o DNE. He Ping, investigador do departamento, comenta que “além do crescimento rápido e contínuo nos lucros industriais, foram feitas melhorias na eficiência e rentabilidade”. Nos primeiros dois meses, os custos por cada 100 yuans de receita das empresas industriais caíram 0,33 yuan em termos anuais, informou He. O técnico do DNE indicou que a razão de alavancagem das empresas industriais da China também diminuiu. Até o final de Fevereiro, a relação dívida/activos caiu 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior para ficar em 56,3 por cento. Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”. Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas. Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado. Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002. Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos. Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço. Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras. Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT. Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”. Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros. Hoje Macau SociedadeMais de 180 mil TNR em Fevereiro em Macau [dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau contava com 180.781 trabalhadores não-residentes no final de Fevereiro passado, mais 1.959 do que no período homólogo, indicam dados oficiais ontem divulgados. Comparativamente com os dados do final de Janeiro de 2018, houve apenas um aumento de 299 trabalhadores não-residentes, de acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) publicados no portal da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). A maioria dos trabalhadores não-residentes continua a ser da China, com 113.399, seguindo-se as Filipinas (28.145) e o Vietname (15.257). Por outro lado, a indústria de hotelaria, restaurantes e similares empregam a maior parte de mão-de-obra importada, com 51.505, seguidos pela construção, com 29.720. As famílias com empregados domésticos absorvem 27.348 trabalhadores não-residentes, sendo a maioria (14.238) das Filipinas. Os trabalhadores não-residentes ultrapassaram os 100 mil pela primeira vez na história de Macau em 2008. No final de 2000, Macau contava com 27.221 trabalhadores não-residentes, em 2005 com 39.411, em 2012 com 110.552, em 2014 com 170.346, em 2015 com 181.646, e em 2016 com 177.638. Portadores do chamado ‘blue card’, os trabalhadores não-residentes só podem permanecer em Macau com contrato de trabalho válido, não possuindo direito de residência. Hoje Macau SociedadeCooperação | Moçambique vai ser “país parceiro” na 23.ª MIF [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]oçambique será o “país parceiro” da 23.ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), organizada pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), anunciou a instituição. A próxima edição vai decorrer de 18 a 20 de Outubro e vai centrar-se nas vantagens de Macau como plataforma de serviços para a cooperação internacional entre a China e os Países de Língua Portuguesa, indicou o IPIM em comunicado. Para promover o certame e fortalecer o intercâmbio cultural entre os dois países, os representantes do IPIM visitaram, na semana passada, o país africano, onde foram recebidos pelo primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário. Durante os encontros, o governante moçambicano manifestou interesse em desenvolver, através de Macau, os mercados da China e dos países lusófonos para atrair um maior número de empresas investidoras no país. A MIF realiza-se anualmente em Outubro e tem como objectivo reforçar a cooperação e o intercâmbio comerciais. Ao mesmo tempo, terá lugar a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX). Na edição passada, que teve como “país parceiro” Angola, a MIF recebeu mais de 50 países e regiões, bem como mais de mil empresas e outras organizações. Hoje Macau SociedadeSSM | Mais de 350 pessoas multadas por fumarem dentro dos casinos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 350 pessoas foram multadas, desde o início do ano, por fumarem dentro dos casinos de Macau, indicaram ontem os Serviços de Saúde. De acordo com os dados, referentes a 219 inspecções em casinos, das 364 pessoas multadas, 86,2 por cento eram turistas e 343 do sexo masculino. As inspecções nos casinos do território decorreram entre 1 de Janeiro último, data de entrada em vigor da nova lei do tabaco, e a passada sexta-feira, acrescentaram. Com a entrada em vigor das alterações à lei de controlo do tabagismo, passou a ser proibido fumar dentro dos casinos, excepto em salas legalmente equipadas para o efeito. A lei prevê ainda a proibição de fumar em todos os recintos fechados, à excepção então dos casinos e dos aeroportos, os únicos dois locais onde as salas para fumadores são permitidas. Segundo um relatório divulgado em Janeiro pelos Serviços de Saúde, nos últimos anos a mortalidade por doenças relacionadas com o tabagismo em Macau foi de quase 30 por cento. Em 2017, 67.300 indivíduos com mais de 15 anos consumiam tabaco. Hoje Macau PolíticaJogo | Governo mantém data para apresentação de relatórios de estudos A Direcção dos Serviços de Economia garantiu ao deputado José Pereira Coutinho que os dois estudos de análise do sector do jogo em Macau e a sua concorrência a nível regional deverão estar mesmo concluídos no terceiro trimestre deste ano [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho inquiriu o Governo, em interpelação escrita, sobre as datas da conclusão de dois estudos sobre o sector do jogo e os objectivos com a adjudicação destes projectos à Universidade de Macau (UM) e Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST). Na resposta ao deputado, a directora substituta da Direcção dos Serviços de Economia (DSE), Chan Tze Wai, garantiu que as datas se mantém tal como estava anunciado em Dezembro último. “Enquanto entidade de apoio técnico-administrativo do Conselho para o Desenvolvimento Económico, a DSE finalizou já todos os processos adjudicatórios destes dois projectos, estando prevista a conclusão dos respectivos relatórios no terceiro trimestre do corrente ano.” Estes estudos visam saber mais detalhes sobre o futuro desenvolvimento da indústria do jogo entre 2020 e 2030, período durante o qual expiram os contratos das seis operadoras. Um dos estudos foi adjudicado a Davis Fong, deputado nomeado à Assembleia Legislativa, membro Conselho para o Desenvolvimento Económico e director do Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo na UM. O objectivo dos referidos estudos é “propor recomendações cientificamente sólidas e justificáveis ao Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] sobre a política de diversificação económica moderada”. O Executivo quer, com estes estudos, ter acesso a “recomendações cientificamente justificáveis quanto às políticas de diversificação adequada da economia”, escreveu Chan Tze Wai. Poucas informações O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, justificou o adiamento de informações por parte do Governo como forma de garantir que Macau se mantém competitiva em relação a outras jurisdições. “Muitas pessoas estão preocupadas se temos tempo necessário para preparar esses concursos, se as operadoras têm de assumir mais responsabilidade social. (…) Temos de pensar qual o momento oportuno para lançar essas regras para garantir um desenvolvimento saudável deste sector”, disse Lionel Leong, em Novembro, aos deputados na Assembleia Legislativa. À luz da actual legislação, tem de se realizar um concurso público após o termo dos contratos de exploração de jogo. Não obstante, a duração de cada concessão pode ser prorrogada, a título excepcional, por um período máximo de cinco anos. Hoje Macau PolíticaTerrenos | Ella Lei pede seguimento dos casos sem caducidade declarada [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]lla Lei revelou que, de acordo com informação disponível na página da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), até ao final do ano passado restam 17 casos relativos aos terrenos cuja caducidade de concessão ainda não foi declarada. Perante isto, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pede explicações ao Executivo sobre o acompanhamento destes casos. Em muitos dos terrenos em causa, a concessão já terá ultrapassado o prazo de 25 anos em 2016. A deputada recordou, numa interpelação escrita entregue ao Governo, que o relatório divulgado em 2015 pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC), sobre os 16 terrenos, aponta para a necessidade do Governo declarar a caducidade da concessão de forma temporária. A ausência desta medida poderia causar transtornos em termos da utilização de bens públicos e afectar o uso eficiente dos terrenos disponíveis, lembrou Ella Lei. Hoje Macau PolíticaTrabalho | Lei Chan U quer aumentar número de férias pagas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Lei Chan U entregou uma interpelação escrita ao Governo onde pede um aumento do número de férias anuais pagas. Actualmente, a lei das relações do trabalho determina apenas um limite máximo de seis dias pagos por cada ano de trabalho. Na perspectiva do deputado, registam-se cada vez mais famílias em que os pais precisam de trabalhar fora de casa, sendo que muitos deles o fazem por turnos, o que acaba por causar problemas sociais e familiares. Na sua interpelação, Lei Chan U lembrou que, em 1970, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou uma convenção relativa às férias pagas, em que se previa o direito dos trabalhadores gozarem dias de férias com um vencimento não inferior a 21 dias, depois de completado um ano de serviço. Lei Chan U lamenta que esta regra esteja em vigor em Macau desde 1984. Contudo, há empresas que adoptam os 22 dias de férias remuneradas, sendo que há outras companhias que oferecem ao trabalhador a possibilidade de gozar 12 dias de férias anuais. Lei Chan U, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), pede que o Governo implemente esta convenção da OIT, questionando se as autoridades vão tomar como exemplo a situação de Hong Kong e Taiwan, onde as empresas aumentam o número de dias de férias consoante o número de anos em que o trabalhador está na companhia. Hoje Macau EventosDocumentos inéditos revelam relação cúmplice entre Natália Correia e António Sérgio [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m livro com documentos, maioritariamente inéditos, de Natália Correia, que testemunham a relação cúmplice, de partilha de lutas e ideais, com o pensador António Sérgio, chegou às livrarias, quando passam 25 anos da morte da poeta. “Entre a Raiz e a Utopia (Escritos sobre António Sérgio e o Cooperativismo)”, editado pela Ponto de Fuga, inclui três datiloscritos inéditos escritos por Natália Correia sobre António Sérgio, maioritariamente em 1983, aquando do centenário do nascimento do pensador, pedagogo, ensaísta e cooperativista. Esta edição, resulta de uma pesquisa na biblioteca e arquivo público de Ponta Delgada, onde estão depositados documentos da escritora açoriana, entre os quais datiloscritos, manuscritos e recortes de jornais, explica a escritora e investigadora científica Ângela de Almeida, que assina a introdução e faz as notas do livro. Como resultado dessa pesquisa, foram também incluídos neste volume três artigos de Natália Correia sobre cooperativismo, publicados em jornais, acrescenta Ângela de Almeida, que defendeu uma tese sobre a simbólica da ilha e do Pentecostalismo em Natália Correia, sob orientação de Urbano Tavares Rodrigues. Os documentos constantes de “Entre a raiz e a utopia” correspondem a pelo menos 12 anos de uma relação de “profunda cumplicidade e de luta pelos ideais universais, vivida entre poeta e pensador, na senda do cooperativismo e da paz”, diz a especialista. Natália Correia e António Sérgio conheceram-se em 1946 – a jovem poeta com 23 anos e o pedagogo com 63 – e aderiram ao Movimento de Unidade Democrática (MUD). No mesmo ano, António Sérgio foi admitido na Cooperativa Fraternidade Operária, e Natália Correia ingressou, no ano seguinte, passando a fazer parte de um grupo de intelectuais, entre os quais se contavam António Pedro, Adolfo Casais Monteiro e Ramada Curto, assim como “outros vultos maiores das letras que se opunham à ditadura de Salazar”, segundo as palavras da própria Natália Correia. Mas a grande cumplicidade que aluna e mestre criaram e desenvolveram nos anos de ditadura em Portugal ganhou força em 1948, na sequência da proclamação, pela Assembleia Geral da ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso, partilhavam vivências e ideais: foram duramente perseguidos, almejavam a liberdade e sentiam-se atraídos pelo cooperativismo. Ambos lutaram pela candidatura de Norton de Matos à Presidência da República e, dez anos mais tarde, participaram na candidatura de Humberto Delgado, cuja derrota foi “fatal para o ânimo de António Sérgio, que esmoreceu gradualmente a partir desta deceção”, descreve a poeta. Outro episódio de relevo contido neste volume é a primeira visita de Natália Correia aos Estados Unidos da América, em 1950, cujos motivos são explicados num dos documentos inéditos agora publicados. Com apenas 26 anos, a poeta partiu “levando uma missão” de que o mestre a incumbira: pôr-se em contacto com Norman Thomas, líder do Partido Socialista norte-americano, com quem António Sérgio mantinha relações, para tentar que este despertasse o interesse da opinião pública norte-americana para a causa da resistência ao fascismo. A escritora contou como encontrou um “desiludido”, que lhe deu uma resposta “desanimadora”: “Diga ao nosso Sérgio que aqui o socialismo é pregado no deserto. Para mim, acabou-se. Não posso dar-lhe qualquer espécie de colaboração”. Natália Correia descreve também a forma como António Sérgio mantinha uma relação fraterna com muitos jovens que o rodeavam, porque “tinha o condão de se fazer amar”. “Tão elegante, tão atentamente estético era António Sérgio em casar os seus contrários num corpo de ideias inteligentemente organizado, que nós, jovens seduzidos pelo fulgor multidisciplinar do seu discurso, nele víamos a panaceia para todas as injustiças que nos revoltavam”, foi como Natália Correia definiu o ensaísta e pensador, que escolheu para mestre. O Centro Cultural de Belém dedica hoje um programa a Natália Correia, que se estende das 15:00 às 19:00, em que será abordada “a intervenção cívica e cultural” da escritora, e o seu “pensamento inovador”. Será também recordado o processo que lhe foi movido pela publicação da “Antologia da poesia erótica e satírica”, nos anos da ditadura. Natália Correia nasceu nos Açores, em 13 de setembro de 1923. Morreu em Lisboa, há 25 anos, em 16 de março de 1993. Hoje Macau InternacionalPresidente norte-americano diz que construção do muro com México vai começar “de imediato” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, assegurou ontem que a construção de um muro na fronteira com o México vai começar “de imediato”, após o congresso ter aprovado 1.600 milhões de dólares para a obra. “Pode fazer-se muito com os 1.600 milhões de dólares concedidos para construir e reparar o muro fronteiriço. É só um montante inicial. O trabalho vai começar de imediato”, disse Trump na sua conta oficial no Twitter. O congresso norte-americano deu luz verde na passada sexta-feira a um projeto orçamental de 1,3 biliões de dólares para o ano fiscal de 2018, que inclui uma verba para iniciar a construção do muro com o México. A verba está, no entanto, longe dos 25.000 milhões de dólares que o Presidente tinha pedido. “O resto do dinheiro virá”, afirmou Trump, também em mensagem na rede social. O projeto aprovado estabelece restrições quanto à forma como o dinheiro deve ser gasto, determinando, por exemplo, que dos 1.600 milhões de dólares, 251 milhões devem ser usados para renovar a vedação já existente entre San Diego (Califórnia) e Tijuana (México). Na mesma mensagem Trump reiterou que a construção do muro tem a ver com a defesa nacional, “com drogas e combatentes inimigos a entrarem” nos Estados Unidos. Numa deslocação recente à Califórnia, Trump esteve a ver protótipos para a construção do muro fronteiriço, a sua grande promessa eleitoral. Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Portuguesa é caso de sucesso nos negócios da China via Wechat Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa, em Pequim [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ara marcar uma consulta, reservar mesa num restaurante ou bilhetes para um espectáculo, os expatriados em Pequim sabem que podem contar com a portuguesa Vera Madeira, que beneficia como ninguém da difusão da ‘app’ chinesa Wechat. “O Wechat revolucionou completamente o marketing na China”, afirma à agência Lusa a portuguesa, de 35 anos, referindo-se à ‘super’ aplicação chinesa que atingiu recentemente mil milhões de perfis de utilizadores. Criado em 2011 pelo gigante chinês da Internet Tencent, o Wechat é hoje indispensável no dia-a-dia na China, unindo as funções de rede social, serviço de mensagens instantâneas e carteira digital. Aquela ‘app’ é usada no país para fazer compras, através da leitura do código QR, chamar um táxi, apanhar o metro ou pagar luz e água, tornando o dinheiro vivo numa coisa do passado. Em Pequim, até os mendigos têm hoje consigo um código QR impresso para transferência direta de esmolas para as respetivas contas na carteira digital do Wechat. Retalhistas fora do país estão também a despertar para a utilidade daquela aplicação – o centro para pequenas e médias empresas da União Europeia lançou recentemente um serviço para ajudar os empresários a fazerem negócios via Wechat. Mas, em Pequim, existe uma portuguesa que há muito aprendeu a ganhar dinheiro com a ‘app’ mais popular da China. Natural de Coimbra, Vera Madeira aterrou em Pequim em 2008 para estudar mandarim, e depressa começou a organizar e promover festas na emergente indústria nocturna da capital chinesa. “Arranjava autocarros para levar os estudantes, distribuía folhetos à porta dos bares, cafés ou nas universidades”, lembra. Em 2012, a portuguesa usou pela primeira vez o Wechat para vender bilhetes para um concerto do produtor e DJ francês David Guetta, realizado junto a uma das secções da Grande Muralha em Pequim. “Publiquei o cartaz no Wechat com o meu contacto e pedi a alguns amigos que reproduzissem. Lembro-me que fui buscar 200 bilhetes e em duas horas já tinha vendido tudo”, conta. “Fui buscar mais e, no total, vendi 800 e tal bilhetes”. Hoje, Vera cobra às empresas 150 yuan por cada publicação no seu Wechat a promover os seus produtos ou serviços. A portuguesa recebe ainda uma comissão por cada marcação feita através de si para uma extensa rede de serviços que inclui cabeleireiros, Spas, restaurantes ou estúdios de tatuagens, enquanto um cliente recomendado por ela usufrui entre 20% a 30% de desconto. “Só promovo produtos ou serviços de que gosto”, diz. “Se não gostar, não promovo”. No total, a portuguesa tem cerca de 8.000 contactos no Wechat, organizados por país, profissão e com notas descritivas dos gostos ou passatempos. O horário em que é feito cada ‘post’ obedece também a uma estratégia. “Se o alvo forem pessoas que estão a trabalhar ou têm mais dinheiro, o melhor é publicar entre as seis e as oito da manhã. O segundo melhor horário é entre as 11 e as 13, quando estão a almoçar, e depois entre as seis e as oito, quando a maior parte dos asiáticos jantam”, afirma. Caso seja um produto ou serviço mais orientado para famílias, “funciona muito bem ao fim de semana, às oito da manhã”. Vera ganha a vida pelo Wechat, mas durante a conversa com a agência Lusa nunca parou para consultar o telemóvel, uma atitude rara num país onde, seja em bares ou restaurantes, no escritório ou em casa, as pessoas estão constantemente agarradas aos ‘smartphones’. Mas a portuguesa tem uma regra básica: “Quando estou com alguém mantenho o telemóvel na mesa com o ecrã virado para baixo, que é para não haver a tentação de estar sempre a olhar”. “Se as pessoas tiram o seu tempo para estarem contigo, tens que apreciar o momento”, diz. Hoje Macau China / ÁsiaVinho | Portugal já é o quarto fornecedor europeu [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal é já o quarto fornecedor europeu dos vinhos importados pela China, que deverá em poucos anos tornar-se o maior mercado do mundo do sector, numa tendência que as empresas vinícolas portuguesas estão a tentar acompanhar. “Estamos aqui a tentar acompanhar e apanhar este comboio, que é um comboio importante”, disse à agência Lusa Dora Martins, gerente de exportação da Real Companhia Velha, à margem de uma prova de vinhos organizada pela embaixada portuguesa em Pequim, que contou ainda com a participação da José Maria da Fonseca. A China deverá ultrapassar, nos próximos anos, o Reino Unido e a França como o maior mercado do mundo para vinho, em termos de valor, segundo a consultora International Wine & Spirit Research (IWSR). Na lista dos países europeus que em 2017 exportaram mais vinho para a China, encabeçada pela França, Portugal ficou no 4.º lugar, atrás de Espanha e Itália, segundo dados do centro de pequenas e médias empresas da União Europeia. No ano passado, o país asiático comprou mais de 18 milhões de euros de vinho português, de acordo com a mesma fonte, representando 2,6% em volume e 2,5% em valor das exportações nacionais do sector. No entanto, o mercado chinês tem “características próprias” e a “forma de os chineses consumirem vinho é diferente de todos os outros países”, notou Martins. “É um mercado onde há um grande desconhecimento sobre os vinhos portugueses e, portanto, é preciso vir cá mais vezes, explicar as castas locais, os vinhos e as regiões”, disse. A representante da mais antiga empresa de vinhos de Portugal ressalvou que “os chineses aprendem muito rápido”. “Há dez, quinze anos, os chineses não percebiam nada de vinhos. E eu fico admirada e surpreendida o quão rápido o consumidor daqui aprende”, explicou. Nos últimos anos, a campanha anticorrupção em curso na China levou a mudanças no perfil do mercado, com os vinhos a deixarem de servir como suborno e as vendas a serem impulsionadas pelo consumo real, segundo analistas do sector. O ‘boom’ no comércio electrónico – a China representa quase metade das compras via ‘online’ em todo o mundo – contribuiu também para alargar a oferta de vinho importado a cidades menores do país, numa tendência que favorece os vinhos de gama média. «1...630631632633634635636...804»
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Faltam quatro dias para estação espacial chinesa atingir a Terra As últimas previsões apontam para que seja a 1 de Abril que os detritos da estação espacial chinesa, Tiangong-1, atinjam a Terra. A maior parte deverá desintegrar-se na reentrada na atmosfera A estação espacial chinesa, Tiangong-1, que pesa oito toneladas, deverá cair na Terra a 1 de Abril. A maior parte da infraestrutura deverá ser consumida na reentrada da atmosfera terrestre, devido às altas temperaturas, mas é provável que alguns detritos consigam sobreviver e atingir o Planeta. Fora de controlo desde 2016, o laboratório especial chinês, também conhecido por “Palácio Celestial”, deverá reentrar na atmosfera no próximo fim-de-semana, de acordo com as últimas estimativas da ESA. Uma estimativa, que diz o organismo, é “altamente variável”. As possibilidades de ser atingido por um detrito do Tiangong-1 são zero, refere o jornal britânico The Guardian. “Se qualquer uma das estações espaciais chegar à superfície, é improvável que acerte em pessoas”, é referido na publicação. Aliás, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) referiu que não há registo de uma pessoa ter sido ferida por lixo espacial. “Existe mais probabilidade de se ser atingido por um carro ao atravessar uma rua de Sydney hoje do que de ser atingido pela estação espacial chinesa”, garante o engenheiro espacial Wareick Holmes, director executivo do Departamento de Engenharia Espacial da Faculdade de Aeronáutica da Universidade de Sidney. Citado pelo site ABC News, este especialista refere que cerca de 70 por cento da Terra é coberta por água e, por isso, há poucas hipóteses de os detritos da Tiangong-1 caírem em solo terrestre. Local de aterragem Segundo o The Guardian, a China não revelou todos os pormenores sobre a estação espacial, pelo que se torna difícil perceber quais as partes que podem sobreviver às altas temperaturas que se fazem sentir na reentrada da atmosfera terrestre. A ESA prevê que a reentrada na atmosfera possa acontecer sobre qualquer ponto da terra entre as latitudes 43ºN e 43ºS. “Áreas acima ou abaixo destas latitudes estão excluídas”, pode ler-se na página da Agência Espacial Europeia. O especialista espacial norte-americano William Ailor, citado pelo ABC News, afirma que será possível ver no céu os detritos da estação espacial como se fossem pequenas bolas de fogo em Adelaide, Camberra, Melbourne e Sidney. “É como um meteorito, mas é muito mais pequeno. Por isso é uma imagem bonita de se ver”, diz. A Tiangong-1 é a primeira estação espacial chinesa, lançada no espaço em Setembro de 2011. Pesa cerca de oito toneladas e mede 12 metros de comprimento. É descrita por um conselheiro da NASA, aquando do seu lançamento, como “um potente símbolo político” do país e parte de um ambicioso projecto científico da China em tornar-se uma superpotência espacial. Tiangong-1 é composta por dois módulos laboratoriais para experiências, revelou, em 2011, a agência de notícias chinesa Xinhua. Foi criada para durar uma década e apoiar astronautas em vários trabalhos científicos. A estação espacial recebeu várias missões, numa das quais fazia parte a primeira mulher chinesa astronauta, Liu Yang, em 2012. Hoje Macau China / ÁsiaChina | Lucros industriais aumentam em Janeiro e Fevereiro As principais empresas da China registaram crescimento anual de lucros nos primeiros dois meses do ano, anunciou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). As companhias com receita anual de mais de 20 milhões de yuans relataram lucros de 969 biliões de yuans em Janeiro e Fevereiro, um aumento de 16,1 por cento em comparação com o ano anterior, segundo um comunicado do DNE. O índice foi 5,3 pontos percentuais maior que a taxa de crescimento registada em Dezembro de 2017. Entre as 41 indústrias pesquisadas, 29 obtiveram crescimento anual de lucro nos dois primeiros meses do ano. Todas as indústrias de produtos farmacêuticos, mineração de carvão e têxteis registaram um grau de crescimento mais rápido em Janeiro e Fevereiro, segundo o DNE. He Ping, investigador do departamento, comenta que “além do crescimento rápido e contínuo nos lucros industriais, foram feitas melhorias na eficiência e rentabilidade”. Nos primeiros dois meses, os custos por cada 100 yuans de receita das empresas industriais caíram 0,33 yuan em termos anuais, informou He. O técnico do DNE indicou que a razão de alavancagem das empresas industriais da China também diminuiu. Até o final de Fevereiro, a relação dívida/activos caiu 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior para ficar em 56,3 por cento. Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”. Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas. Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado. Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002. Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos. Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço. Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras. Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT. Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”. Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros. Hoje Macau SociedadeMais de 180 mil TNR em Fevereiro em Macau [dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau contava com 180.781 trabalhadores não-residentes no final de Fevereiro passado, mais 1.959 do que no período homólogo, indicam dados oficiais ontem divulgados. Comparativamente com os dados do final de Janeiro de 2018, houve apenas um aumento de 299 trabalhadores não-residentes, de acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) publicados no portal da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). A maioria dos trabalhadores não-residentes continua a ser da China, com 113.399, seguindo-se as Filipinas (28.145) e o Vietname (15.257). Por outro lado, a indústria de hotelaria, restaurantes e similares empregam a maior parte de mão-de-obra importada, com 51.505, seguidos pela construção, com 29.720. As famílias com empregados domésticos absorvem 27.348 trabalhadores não-residentes, sendo a maioria (14.238) das Filipinas. Os trabalhadores não-residentes ultrapassaram os 100 mil pela primeira vez na história de Macau em 2008. No final de 2000, Macau contava com 27.221 trabalhadores não-residentes, em 2005 com 39.411, em 2012 com 110.552, em 2014 com 170.346, em 2015 com 181.646, e em 2016 com 177.638. Portadores do chamado ‘blue card’, os trabalhadores não-residentes só podem permanecer em Macau com contrato de trabalho válido, não possuindo direito de residência. Hoje Macau SociedadeCooperação | Moçambique vai ser “país parceiro” na 23.ª MIF [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]oçambique será o “país parceiro” da 23.ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), organizada pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), anunciou a instituição. A próxima edição vai decorrer de 18 a 20 de Outubro e vai centrar-se nas vantagens de Macau como plataforma de serviços para a cooperação internacional entre a China e os Países de Língua Portuguesa, indicou o IPIM em comunicado. Para promover o certame e fortalecer o intercâmbio cultural entre os dois países, os representantes do IPIM visitaram, na semana passada, o país africano, onde foram recebidos pelo primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário. Durante os encontros, o governante moçambicano manifestou interesse em desenvolver, através de Macau, os mercados da China e dos países lusófonos para atrair um maior número de empresas investidoras no país. A MIF realiza-se anualmente em Outubro e tem como objectivo reforçar a cooperação e o intercâmbio comerciais. Ao mesmo tempo, terá lugar a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX). Na edição passada, que teve como “país parceiro” Angola, a MIF recebeu mais de 50 países e regiões, bem como mais de mil empresas e outras organizações. Hoje Macau SociedadeSSM | Mais de 350 pessoas multadas por fumarem dentro dos casinos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 350 pessoas foram multadas, desde o início do ano, por fumarem dentro dos casinos de Macau, indicaram ontem os Serviços de Saúde. De acordo com os dados, referentes a 219 inspecções em casinos, das 364 pessoas multadas, 86,2 por cento eram turistas e 343 do sexo masculino. As inspecções nos casinos do território decorreram entre 1 de Janeiro último, data de entrada em vigor da nova lei do tabaco, e a passada sexta-feira, acrescentaram. Com a entrada em vigor das alterações à lei de controlo do tabagismo, passou a ser proibido fumar dentro dos casinos, excepto em salas legalmente equipadas para o efeito. A lei prevê ainda a proibição de fumar em todos os recintos fechados, à excepção então dos casinos e dos aeroportos, os únicos dois locais onde as salas para fumadores são permitidas. Segundo um relatório divulgado em Janeiro pelos Serviços de Saúde, nos últimos anos a mortalidade por doenças relacionadas com o tabagismo em Macau foi de quase 30 por cento. Em 2017, 67.300 indivíduos com mais de 15 anos consumiam tabaco. Hoje Macau PolíticaJogo | Governo mantém data para apresentação de relatórios de estudos A Direcção dos Serviços de Economia garantiu ao deputado José Pereira Coutinho que os dois estudos de análise do sector do jogo em Macau e a sua concorrência a nível regional deverão estar mesmo concluídos no terceiro trimestre deste ano [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho inquiriu o Governo, em interpelação escrita, sobre as datas da conclusão de dois estudos sobre o sector do jogo e os objectivos com a adjudicação destes projectos à Universidade de Macau (UM) e Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST). Na resposta ao deputado, a directora substituta da Direcção dos Serviços de Economia (DSE), Chan Tze Wai, garantiu que as datas se mantém tal como estava anunciado em Dezembro último. “Enquanto entidade de apoio técnico-administrativo do Conselho para o Desenvolvimento Económico, a DSE finalizou já todos os processos adjudicatórios destes dois projectos, estando prevista a conclusão dos respectivos relatórios no terceiro trimestre do corrente ano.” Estes estudos visam saber mais detalhes sobre o futuro desenvolvimento da indústria do jogo entre 2020 e 2030, período durante o qual expiram os contratos das seis operadoras. Um dos estudos foi adjudicado a Davis Fong, deputado nomeado à Assembleia Legislativa, membro Conselho para o Desenvolvimento Económico e director do Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo na UM. O objectivo dos referidos estudos é “propor recomendações cientificamente sólidas e justificáveis ao Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] sobre a política de diversificação económica moderada”. O Executivo quer, com estes estudos, ter acesso a “recomendações cientificamente justificáveis quanto às políticas de diversificação adequada da economia”, escreveu Chan Tze Wai. Poucas informações O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, justificou o adiamento de informações por parte do Governo como forma de garantir que Macau se mantém competitiva em relação a outras jurisdições. “Muitas pessoas estão preocupadas se temos tempo necessário para preparar esses concursos, se as operadoras têm de assumir mais responsabilidade social. (…) Temos de pensar qual o momento oportuno para lançar essas regras para garantir um desenvolvimento saudável deste sector”, disse Lionel Leong, em Novembro, aos deputados na Assembleia Legislativa. À luz da actual legislação, tem de se realizar um concurso público após o termo dos contratos de exploração de jogo. Não obstante, a duração de cada concessão pode ser prorrogada, a título excepcional, por um período máximo de cinco anos. Hoje Macau PolíticaTerrenos | Ella Lei pede seguimento dos casos sem caducidade declarada [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]lla Lei revelou que, de acordo com informação disponível na página da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), até ao final do ano passado restam 17 casos relativos aos terrenos cuja caducidade de concessão ainda não foi declarada. Perante isto, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pede explicações ao Executivo sobre o acompanhamento destes casos. Em muitos dos terrenos em causa, a concessão já terá ultrapassado o prazo de 25 anos em 2016. A deputada recordou, numa interpelação escrita entregue ao Governo, que o relatório divulgado em 2015 pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC), sobre os 16 terrenos, aponta para a necessidade do Governo declarar a caducidade da concessão de forma temporária. A ausência desta medida poderia causar transtornos em termos da utilização de bens públicos e afectar o uso eficiente dos terrenos disponíveis, lembrou Ella Lei. Hoje Macau PolíticaTrabalho | Lei Chan U quer aumentar número de férias pagas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Lei Chan U entregou uma interpelação escrita ao Governo onde pede um aumento do número de férias anuais pagas. Actualmente, a lei das relações do trabalho determina apenas um limite máximo de seis dias pagos por cada ano de trabalho. Na perspectiva do deputado, registam-se cada vez mais famílias em que os pais precisam de trabalhar fora de casa, sendo que muitos deles o fazem por turnos, o que acaba por causar problemas sociais e familiares. Na sua interpelação, Lei Chan U lembrou que, em 1970, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou uma convenção relativa às férias pagas, em que se previa o direito dos trabalhadores gozarem dias de férias com um vencimento não inferior a 21 dias, depois de completado um ano de serviço. Lei Chan U lamenta que esta regra esteja em vigor em Macau desde 1984. Contudo, há empresas que adoptam os 22 dias de férias remuneradas, sendo que há outras companhias que oferecem ao trabalhador a possibilidade de gozar 12 dias de férias anuais. Lei Chan U, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), pede que o Governo implemente esta convenção da OIT, questionando se as autoridades vão tomar como exemplo a situação de Hong Kong e Taiwan, onde as empresas aumentam o número de dias de férias consoante o número de anos em que o trabalhador está na companhia. Hoje Macau EventosDocumentos inéditos revelam relação cúmplice entre Natália Correia e António Sérgio [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m livro com documentos, maioritariamente inéditos, de Natália Correia, que testemunham a relação cúmplice, de partilha de lutas e ideais, com o pensador António Sérgio, chegou às livrarias, quando passam 25 anos da morte da poeta. “Entre a Raiz e a Utopia (Escritos sobre António Sérgio e o Cooperativismo)”, editado pela Ponto de Fuga, inclui três datiloscritos inéditos escritos por Natália Correia sobre António Sérgio, maioritariamente em 1983, aquando do centenário do nascimento do pensador, pedagogo, ensaísta e cooperativista. Esta edição, resulta de uma pesquisa na biblioteca e arquivo público de Ponta Delgada, onde estão depositados documentos da escritora açoriana, entre os quais datiloscritos, manuscritos e recortes de jornais, explica a escritora e investigadora científica Ângela de Almeida, que assina a introdução e faz as notas do livro. Como resultado dessa pesquisa, foram também incluídos neste volume três artigos de Natália Correia sobre cooperativismo, publicados em jornais, acrescenta Ângela de Almeida, que defendeu uma tese sobre a simbólica da ilha e do Pentecostalismo em Natália Correia, sob orientação de Urbano Tavares Rodrigues. Os documentos constantes de “Entre a raiz e a utopia” correspondem a pelo menos 12 anos de uma relação de “profunda cumplicidade e de luta pelos ideais universais, vivida entre poeta e pensador, na senda do cooperativismo e da paz”, diz a especialista. Natália Correia e António Sérgio conheceram-se em 1946 – a jovem poeta com 23 anos e o pedagogo com 63 – e aderiram ao Movimento de Unidade Democrática (MUD). No mesmo ano, António Sérgio foi admitido na Cooperativa Fraternidade Operária, e Natália Correia ingressou, no ano seguinte, passando a fazer parte de um grupo de intelectuais, entre os quais se contavam António Pedro, Adolfo Casais Monteiro e Ramada Curto, assim como “outros vultos maiores das letras que se opunham à ditadura de Salazar”, segundo as palavras da própria Natália Correia. Mas a grande cumplicidade que aluna e mestre criaram e desenvolveram nos anos de ditadura em Portugal ganhou força em 1948, na sequência da proclamação, pela Assembleia Geral da ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso, partilhavam vivências e ideais: foram duramente perseguidos, almejavam a liberdade e sentiam-se atraídos pelo cooperativismo. Ambos lutaram pela candidatura de Norton de Matos à Presidência da República e, dez anos mais tarde, participaram na candidatura de Humberto Delgado, cuja derrota foi “fatal para o ânimo de António Sérgio, que esmoreceu gradualmente a partir desta deceção”, descreve a poeta. Outro episódio de relevo contido neste volume é a primeira visita de Natália Correia aos Estados Unidos da América, em 1950, cujos motivos são explicados num dos documentos inéditos agora publicados. Com apenas 26 anos, a poeta partiu “levando uma missão” de que o mestre a incumbira: pôr-se em contacto com Norman Thomas, líder do Partido Socialista norte-americano, com quem António Sérgio mantinha relações, para tentar que este despertasse o interesse da opinião pública norte-americana para a causa da resistência ao fascismo. A escritora contou como encontrou um “desiludido”, que lhe deu uma resposta “desanimadora”: “Diga ao nosso Sérgio que aqui o socialismo é pregado no deserto. Para mim, acabou-se. Não posso dar-lhe qualquer espécie de colaboração”. Natália Correia descreve também a forma como António Sérgio mantinha uma relação fraterna com muitos jovens que o rodeavam, porque “tinha o condão de se fazer amar”. “Tão elegante, tão atentamente estético era António Sérgio em casar os seus contrários num corpo de ideias inteligentemente organizado, que nós, jovens seduzidos pelo fulgor multidisciplinar do seu discurso, nele víamos a panaceia para todas as injustiças que nos revoltavam”, foi como Natália Correia definiu o ensaísta e pensador, que escolheu para mestre. O Centro Cultural de Belém dedica hoje um programa a Natália Correia, que se estende das 15:00 às 19:00, em que será abordada “a intervenção cívica e cultural” da escritora, e o seu “pensamento inovador”. Será também recordado o processo que lhe foi movido pela publicação da “Antologia da poesia erótica e satírica”, nos anos da ditadura. Natália Correia nasceu nos Açores, em 13 de setembro de 1923. Morreu em Lisboa, há 25 anos, em 16 de março de 1993. Hoje Macau InternacionalPresidente norte-americano diz que construção do muro com México vai começar “de imediato” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, assegurou ontem que a construção de um muro na fronteira com o México vai começar “de imediato”, após o congresso ter aprovado 1.600 milhões de dólares para a obra. “Pode fazer-se muito com os 1.600 milhões de dólares concedidos para construir e reparar o muro fronteiriço. É só um montante inicial. O trabalho vai começar de imediato”, disse Trump na sua conta oficial no Twitter. O congresso norte-americano deu luz verde na passada sexta-feira a um projeto orçamental de 1,3 biliões de dólares para o ano fiscal de 2018, que inclui uma verba para iniciar a construção do muro com o México. A verba está, no entanto, longe dos 25.000 milhões de dólares que o Presidente tinha pedido. “O resto do dinheiro virá”, afirmou Trump, também em mensagem na rede social. O projeto aprovado estabelece restrições quanto à forma como o dinheiro deve ser gasto, determinando, por exemplo, que dos 1.600 milhões de dólares, 251 milhões devem ser usados para renovar a vedação já existente entre San Diego (Califórnia) e Tijuana (México). Na mesma mensagem Trump reiterou que a construção do muro tem a ver com a defesa nacional, “com drogas e combatentes inimigos a entrarem” nos Estados Unidos. Numa deslocação recente à Califórnia, Trump esteve a ver protótipos para a construção do muro fronteiriço, a sua grande promessa eleitoral. Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Portuguesa é caso de sucesso nos negócios da China via Wechat Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa, em Pequim [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ara marcar uma consulta, reservar mesa num restaurante ou bilhetes para um espectáculo, os expatriados em Pequim sabem que podem contar com a portuguesa Vera Madeira, que beneficia como ninguém da difusão da ‘app’ chinesa Wechat. “O Wechat revolucionou completamente o marketing na China”, afirma à agência Lusa a portuguesa, de 35 anos, referindo-se à ‘super’ aplicação chinesa que atingiu recentemente mil milhões de perfis de utilizadores. Criado em 2011 pelo gigante chinês da Internet Tencent, o Wechat é hoje indispensável no dia-a-dia na China, unindo as funções de rede social, serviço de mensagens instantâneas e carteira digital. Aquela ‘app’ é usada no país para fazer compras, através da leitura do código QR, chamar um táxi, apanhar o metro ou pagar luz e água, tornando o dinheiro vivo numa coisa do passado. Em Pequim, até os mendigos têm hoje consigo um código QR impresso para transferência direta de esmolas para as respetivas contas na carteira digital do Wechat. Retalhistas fora do país estão também a despertar para a utilidade daquela aplicação – o centro para pequenas e médias empresas da União Europeia lançou recentemente um serviço para ajudar os empresários a fazerem negócios via Wechat. Mas, em Pequim, existe uma portuguesa que há muito aprendeu a ganhar dinheiro com a ‘app’ mais popular da China. Natural de Coimbra, Vera Madeira aterrou em Pequim em 2008 para estudar mandarim, e depressa começou a organizar e promover festas na emergente indústria nocturna da capital chinesa. “Arranjava autocarros para levar os estudantes, distribuía folhetos à porta dos bares, cafés ou nas universidades”, lembra. Em 2012, a portuguesa usou pela primeira vez o Wechat para vender bilhetes para um concerto do produtor e DJ francês David Guetta, realizado junto a uma das secções da Grande Muralha em Pequim. “Publiquei o cartaz no Wechat com o meu contacto e pedi a alguns amigos que reproduzissem. Lembro-me que fui buscar 200 bilhetes e em duas horas já tinha vendido tudo”, conta. “Fui buscar mais e, no total, vendi 800 e tal bilhetes”. Hoje, Vera cobra às empresas 150 yuan por cada publicação no seu Wechat a promover os seus produtos ou serviços. A portuguesa recebe ainda uma comissão por cada marcação feita através de si para uma extensa rede de serviços que inclui cabeleireiros, Spas, restaurantes ou estúdios de tatuagens, enquanto um cliente recomendado por ela usufrui entre 20% a 30% de desconto. “Só promovo produtos ou serviços de que gosto”, diz. “Se não gostar, não promovo”. No total, a portuguesa tem cerca de 8.000 contactos no Wechat, organizados por país, profissão e com notas descritivas dos gostos ou passatempos. O horário em que é feito cada ‘post’ obedece também a uma estratégia. “Se o alvo forem pessoas que estão a trabalhar ou têm mais dinheiro, o melhor é publicar entre as seis e as oito da manhã. O segundo melhor horário é entre as 11 e as 13, quando estão a almoçar, e depois entre as seis e as oito, quando a maior parte dos asiáticos jantam”, afirma. Caso seja um produto ou serviço mais orientado para famílias, “funciona muito bem ao fim de semana, às oito da manhã”. Vera ganha a vida pelo Wechat, mas durante a conversa com a agência Lusa nunca parou para consultar o telemóvel, uma atitude rara num país onde, seja em bares ou restaurantes, no escritório ou em casa, as pessoas estão constantemente agarradas aos ‘smartphones’. Mas a portuguesa tem uma regra básica: “Quando estou com alguém mantenho o telemóvel na mesa com o ecrã virado para baixo, que é para não haver a tentação de estar sempre a olhar”. “Se as pessoas tiram o seu tempo para estarem contigo, tens que apreciar o momento”, diz. Hoje Macau China / ÁsiaVinho | Portugal já é o quarto fornecedor europeu [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal é já o quarto fornecedor europeu dos vinhos importados pela China, que deverá em poucos anos tornar-se o maior mercado do mundo do sector, numa tendência que as empresas vinícolas portuguesas estão a tentar acompanhar. “Estamos aqui a tentar acompanhar e apanhar este comboio, que é um comboio importante”, disse à agência Lusa Dora Martins, gerente de exportação da Real Companhia Velha, à margem de uma prova de vinhos organizada pela embaixada portuguesa em Pequim, que contou ainda com a participação da José Maria da Fonseca. A China deverá ultrapassar, nos próximos anos, o Reino Unido e a França como o maior mercado do mundo para vinho, em termos de valor, segundo a consultora International Wine & Spirit Research (IWSR). Na lista dos países europeus que em 2017 exportaram mais vinho para a China, encabeçada pela França, Portugal ficou no 4.º lugar, atrás de Espanha e Itália, segundo dados do centro de pequenas e médias empresas da União Europeia. No ano passado, o país asiático comprou mais de 18 milhões de euros de vinho português, de acordo com a mesma fonte, representando 2,6% em volume e 2,5% em valor das exportações nacionais do sector. No entanto, o mercado chinês tem “características próprias” e a “forma de os chineses consumirem vinho é diferente de todos os outros países”, notou Martins. “É um mercado onde há um grande desconhecimento sobre os vinhos portugueses e, portanto, é preciso vir cá mais vezes, explicar as castas locais, os vinhos e as regiões”, disse. A representante da mais antiga empresa de vinhos de Portugal ressalvou que “os chineses aprendem muito rápido”. “Há dez, quinze anos, os chineses não percebiam nada de vinhos. E eu fico admirada e surpreendida o quão rápido o consumidor daqui aprende”, explicou. Nos últimos anos, a campanha anticorrupção em curso na China levou a mudanças no perfil do mercado, com os vinhos a deixarem de servir como suborno e as vendas a serem impulsionadas pelo consumo real, segundo analistas do sector. O ‘boom’ no comércio electrónico – a China representa quase metade das compras via ‘online’ em todo o mundo – contribuiu também para alargar a oferta de vinho importado a cidades menores do país, numa tendência que favorece os vinhos de gama média. «1...630631632633634635636...804»
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Lucros industriais aumentam em Janeiro e Fevereiro As principais empresas da China registaram crescimento anual de lucros nos primeiros dois meses do ano, anunciou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). As companhias com receita anual de mais de 20 milhões de yuans relataram lucros de 969 biliões de yuans em Janeiro e Fevereiro, um aumento de 16,1 por cento em comparação com o ano anterior, segundo um comunicado do DNE. O índice foi 5,3 pontos percentuais maior que a taxa de crescimento registada em Dezembro de 2017. Entre as 41 indústrias pesquisadas, 29 obtiveram crescimento anual de lucro nos dois primeiros meses do ano. Todas as indústrias de produtos farmacêuticos, mineração de carvão e têxteis registaram um grau de crescimento mais rápido em Janeiro e Fevereiro, segundo o DNE. He Ping, investigador do departamento, comenta que “além do crescimento rápido e contínuo nos lucros industriais, foram feitas melhorias na eficiência e rentabilidade”. Nos primeiros dois meses, os custos por cada 100 yuans de receita das empresas industriais caíram 0,33 yuan em termos anuais, informou He. O técnico do DNE indicou que a razão de alavancagem das empresas industriais da China também diminuiu. Até o final de Fevereiro, a relação dívida/activos caiu 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior para ficar em 56,3 por cento. Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”. Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas. Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado. Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002. Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos. Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço. Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras. Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT. Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”. Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros. Hoje Macau SociedadeMais de 180 mil TNR em Fevereiro em Macau [dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau contava com 180.781 trabalhadores não-residentes no final de Fevereiro passado, mais 1.959 do que no período homólogo, indicam dados oficiais ontem divulgados. Comparativamente com os dados do final de Janeiro de 2018, houve apenas um aumento de 299 trabalhadores não-residentes, de acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) publicados no portal da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). A maioria dos trabalhadores não-residentes continua a ser da China, com 113.399, seguindo-se as Filipinas (28.145) e o Vietname (15.257). Por outro lado, a indústria de hotelaria, restaurantes e similares empregam a maior parte de mão-de-obra importada, com 51.505, seguidos pela construção, com 29.720. As famílias com empregados domésticos absorvem 27.348 trabalhadores não-residentes, sendo a maioria (14.238) das Filipinas. Os trabalhadores não-residentes ultrapassaram os 100 mil pela primeira vez na história de Macau em 2008. No final de 2000, Macau contava com 27.221 trabalhadores não-residentes, em 2005 com 39.411, em 2012 com 110.552, em 2014 com 170.346, em 2015 com 181.646, e em 2016 com 177.638. Portadores do chamado ‘blue card’, os trabalhadores não-residentes só podem permanecer em Macau com contrato de trabalho válido, não possuindo direito de residência. Hoje Macau SociedadeCooperação | Moçambique vai ser “país parceiro” na 23.ª MIF [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]oçambique será o “país parceiro” da 23.ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), organizada pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), anunciou a instituição. A próxima edição vai decorrer de 18 a 20 de Outubro e vai centrar-se nas vantagens de Macau como plataforma de serviços para a cooperação internacional entre a China e os Países de Língua Portuguesa, indicou o IPIM em comunicado. Para promover o certame e fortalecer o intercâmbio cultural entre os dois países, os representantes do IPIM visitaram, na semana passada, o país africano, onde foram recebidos pelo primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário. Durante os encontros, o governante moçambicano manifestou interesse em desenvolver, através de Macau, os mercados da China e dos países lusófonos para atrair um maior número de empresas investidoras no país. A MIF realiza-se anualmente em Outubro e tem como objectivo reforçar a cooperação e o intercâmbio comerciais. Ao mesmo tempo, terá lugar a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX). Na edição passada, que teve como “país parceiro” Angola, a MIF recebeu mais de 50 países e regiões, bem como mais de mil empresas e outras organizações. Hoje Macau SociedadeSSM | Mais de 350 pessoas multadas por fumarem dentro dos casinos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 350 pessoas foram multadas, desde o início do ano, por fumarem dentro dos casinos de Macau, indicaram ontem os Serviços de Saúde. De acordo com os dados, referentes a 219 inspecções em casinos, das 364 pessoas multadas, 86,2 por cento eram turistas e 343 do sexo masculino. As inspecções nos casinos do território decorreram entre 1 de Janeiro último, data de entrada em vigor da nova lei do tabaco, e a passada sexta-feira, acrescentaram. Com a entrada em vigor das alterações à lei de controlo do tabagismo, passou a ser proibido fumar dentro dos casinos, excepto em salas legalmente equipadas para o efeito. A lei prevê ainda a proibição de fumar em todos os recintos fechados, à excepção então dos casinos e dos aeroportos, os únicos dois locais onde as salas para fumadores são permitidas. Segundo um relatório divulgado em Janeiro pelos Serviços de Saúde, nos últimos anos a mortalidade por doenças relacionadas com o tabagismo em Macau foi de quase 30 por cento. Em 2017, 67.300 indivíduos com mais de 15 anos consumiam tabaco. Hoje Macau PolíticaJogo | Governo mantém data para apresentação de relatórios de estudos A Direcção dos Serviços de Economia garantiu ao deputado José Pereira Coutinho que os dois estudos de análise do sector do jogo em Macau e a sua concorrência a nível regional deverão estar mesmo concluídos no terceiro trimestre deste ano [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho inquiriu o Governo, em interpelação escrita, sobre as datas da conclusão de dois estudos sobre o sector do jogo e os objectivos com a adjudicação destes projectos à Universidade de Macau (UM) e Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST). Na resposta ao deputado, a directora substituta da Direcção dos Serviços de Economia (DSE), Chan Tze Wai, garantiu que as datas se mantém tal como estava anunciado em Dezembro último. “Enquanto entidade de apoio técnico-administrativo do Conselho para o Desenvolvimento Económico, a DSE finalizou já todos os processos adjudicatórios destes dois projectos, estando prevista a conclusão dos respectivos relatórios no terceiro trimestre do corrente ano.” Estes estudos visam saber mais detalhes sobre o futuro desenvolvimento da indústria do jogo entre 2020 e 2030, período durante o qual expiram os contratos das seis operadoras. Um dos estudos foi adjudicado a Davis Fong, deputado nomeado à Assembleia Legislativa, membro Conselho para o Desenvolvimento Económico e director do Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo na UM. O objectivo dos referidos estudos é “propor recomendações cientificamente sólidas e justificáveis ao Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] sobre a política de diversificação económica moderada”. O Executivo quer, com estes estudos, ter acesso a “recomendações cientificamente justificáveis quanto às políticas de diversificação adequada da economia”, escreveu Chan Tze Wai. Poucas informações O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, justificou o adiamento de informações por parte do Governo como forma de garantir que Macau se mantém competitiva em relação a outras jurisdições. “Muitas pessoas estão preocupadas se temos tempo necessário para preparar esses concursos, se as operadoras têm de assumir mais responsabilidade social. (…) Temos de pensar qual o momento oportuno para lançar essas regras para garantir um desenvolvimento saudável deste sector”, disse Lionel Leong, em Novembro, aos deputados na Assembleia Legislativa. À luz da actual legislação, tem de se realizar um concurso público após o termo dos contratos de exploração de jogo. Não obstante, a duração de cada concessão pode ser prorrogada, a título excepcional, por um período máximo de cinco anos. Hoje Macau PolíticaTerrenos | Ella Lei pede seguimento dos casos sem caducidade declarada [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]lla Lei revelou que, de acordo com informação disponível na página da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), até ao final do ano passado restam 17 casos relativos aos terrenos cuja caducidade de concessão ainda não foi declarada. Perante isto, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pede explicações ao Executivo sobre o acompanhamento destes casos. Em muitos dos terrenos em causa, a concessão já terá ultrapassado o prazo de 25 anos em 2016. A deputada recordou, numa interpelação escrita entregue ao Governo, que o relatório divulgado em 2015 pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC), sobre os 16 terrenos, aponta para a necessidade do Governo declarar a caducidade da concessão de forma temporária. A ausência desta medida poderia causar transtornos em termos da utilização de bens públicos e afectar o uso eficiente dos terrenos disponíveis, lembrou Ella Lei. Hoje Macau PolíticaTrabalho | Lei Chan U quer aumentar número de férias pagas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Lei Chan U entregou uma interpelação escrita ao Governo onde pede um aumento do número de férias anuais pagas. Actualmente, a lei das relações do trabalho determina apenas um limite máximo de seis dias pagos por cada ano de trabalho. Na perspectiva do deputado, registam-se cada vez mais famílias em que os pais precisam de trabalhar fora de casa, sendo que muitos deles o fazem por turnos, o que acaba por causar problemas sociais e familiares. Na sua interpelação, Lei Chan U lembrou que, em 1970, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou uma convenção relativa às férias pagas, em que se previa o direito dos trabalhadores gozarem dias de férias com um vencimento não inferior a 21 dias, depois de completado um ano de serviço. Lei Chan U lamenta que esta regra esteja em vigor em Macau desde 1984. Contudo, há empresas que adoptam os 22 dias de férias remuneradas, sendo que há outras companhias que oferecem ao trabalhador a possibilidade de gozar 12 dias de férias anuais. Lei Chan U, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), pede que o Governo implemente esta convenção da OIT, questionando se as autoridades vão tomar como exemplo a situação de Hong Kong e Taiwan, onde as empresas aumentam o número de dias de férias consoante o número de anos em que o trabalhador está na companhia. Hoje Macau EventosDocumentos inéditos revelam relação cúmplice entre Natália Correia e António Sérgio [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m livro com documentos, maioritariamente inéditos, de Natália Correia, que testemunham a relação cúmplice, de partilha de lutas e ideais, com o pensador António Sérgio, chegou às livrarias, quando passam 25 anos da morte da poeta. “Entre a Raiz e a Utopia (Escritos sobre António Sérgio e o Cooperativismo)”, editado pela Ponto de Fuga, inclui três datiloscritos inéditos escritos por Natália Correia sobre António Sérgio, maioritariamente em 1983, aquando do centenário do nascimento do pensador, pedagogo, ensaísta e cooperativista. Esta edição, resulta de uma pesquisa na biblioteca e arquivo público de Ponta Delgada, onde estão depositados documentos da escritora açoriana, entre os quais datiloscritos, manuscritos e recortes de jornais, explica a escritora e investigadora científica Ângela de Almeida, que assina a introdução e faz as notas do livro. Como resultado dessa pesquisa, foram também incluídos neste volume três artigos de Natália Correia sobre cooperativismo, publicados em jornais, acrescenta Ângela de Almeida, que defendeu uma tese sobre a simbólica da ilha e do Pentecostalismo em Natália Correia, sob orientação de Urbano Tavares Rodrigues. Os documentos constantes de “Entre a raiz e a utopia” correspondem a pelo menos 12 anos de uma relação de “profunda cumplicidade e de luta pelos ideais universais, vivida entre poeta e pensador, na senda do cooperativismo e da paz”, diz a especialista. Natália Correia e António Sérgio conheceram-se em 1946 – a jovem poeta com 23 anos e o pedagogo com 63 – e aderiram ao Movimento de Unidade Democrática (MUD). No mesmo ano, António Sérgio foi admitido na Cooperativa Fraternidade Operária, e Natália Correia ingressou, no ano seguinte, passando a fazer parte de um grupo de intelectuais, entre os quais se contavam António Pedro, Adolfo Casais Monteiro e Ramada Curto, assim como “outros vultos maiores das letras que se opunham à ditadura de Salazar”, segundo as palavras da própria Natália Correia. Mas a grande cumplicidade que aluna e mestre criaram e desenvolveram nos anos de ditadura em Portugal ganhou força em 1948, na sequência da proclamação, pela Assembleia Geral da ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso, partilhavam vivências e ideais: foram duramente perseguidos, almejavam a liberdade e sentiam-se atraídos pelo cooperativismo. Ambos lutaram pela candidatura de Norton de Matos à Presidência da República e, dez anos mais tarde, participaram na candidatura de Humberto Delgado, cuja derrota foi “fatal para o ânimo de António Sérgio, que esmoreceu gradualmente a partir desta deceção”, descreve a poeta. Outro episódio de relevo contido neste volume é a primeira visita de Natália Correia aos Estados Unidos da América, em 1950, cujos motivos são explicados num dos documentos inéditos agora publicados. Com apenas 26 anos, a poeta partiu “levando uma missão” de que o mestre a incumbira: pôr-se em contacto com Norman Thomas, líder do Partido Socialista norte-americano, com quem António Sérgio mantinha relações, para tentar que este despertasse o interesse da opinião pública norte-americana para a causa da resistência ao fascismo. A escritora contou como encontrou um “desiludido”, que lhe deu uma resposta “desanimadora”: “Diga ao nosso Sérgio que aqui o socialismo é pregado no deserto. Para mim, acabou-se. Não posso dar-lhe qualquer espécie de colaboração”. Natália Correia descreve também a forma como António Sérgio mantinha uma relação fraterna com muitos jovens que o rodeavam, porque “tinha o condão de se fazer amar”. “Tão elegante, tão atentamente estético era António Sérgio em casar os seus contrários num corpo de ideias inteligentemente organizado, que nós, jovens seduzidos pelo fulgor multidisciplinar do seu discurso, nele víamos a panaceia para todas as injustiças que nos revoltavam”, foi como Natália Correia definiu o ensaísta e pensador, que escolheu para mestre. O Centro Cultural de Belém dedica hoje um programa a Natália Correia, que se estende das 15:00 às 19:00, em que será abordada “a intervenção cívica e cultural” da escritora, e o seu “pensamento inovador”. Será também recordado o processo que lhe foi movido pela publicação da “Antologia da poesia erótica e satírica”, nos anos da ditadura. Natália Correia nasceu nos Açores, em 13 de setembro de 1923. Morreu em Lisboa, há 25 anos, em 16 de março de 1993. Hoje Macau InternacionalPresidente norte-americano diz que construção do muro com México vai começar “de imediato” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, assegurou ontem que a construção de um muro na fronteira com o México vai começar “de imediato”, após o congresso ter aprovado 1.600 milhões de dólares para a obra. “Pode fazer-se muito com os 1.600 milhões de dólares concedidos para construir e reparar o muro fronteiriço. É só um montante inicial. O trabalho vai começar de imediato”, disse Trump na sua conta oficial no Twitter. O congresso norte-americano deu luz verde na passada sexta-feira a um projeto orçamental de 1,3 biliões de dólares para o ano fiscal de 2018, que inclui uma verba para iniciar a construção do muro com o México. A verba está, no entanto, longe dos 25.000 milhões de dólares que o Presidente tinha pedido. “O resto do dinheiro virá”, afirmou Trump, também em mensagem na rede social. O projeto aprovado estabelece restrições quanto à forma como o dinheiro deve ser gasto, determinando, por exemplo, que dos 1.600 milhões de dólares, 251 milhões devem ser usados para renovar a vedação já existente entre San Diego (Califórnia) e Tijuana (México). Na mesma mensagem Trump reiterou que a construção do muro tem a ver com a defesa nacional, “com drogas e combatentes inimigos a entrarem” nos Estados Unidos. Numa deslocação recente à Califórnia, Trump esteve a ver protótipos para a construção do muro fronteiriço, a sua grande promessa eleitoral. Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Portuguesa é caso de sucesso nos negócios da China via Wechat Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa, em Pequim [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ara marcar uma consulta, reservar mesa num restaurante ou bilhetes para um espectáculo, os expatriados em Pequim sabem que podem contar com a portuguesa Vera Madeira, que beneficia como ninguém da difusão da ‘app’ chinesa Wechat. “O Wechat revolucionou completamente o marketing na China”, afirma à agência Lusa a portuguesa, de 35 anos, referindo-se à ‘super’ aplicação chinesa que atingiu recentemente mil milhões de perfis de utilizadores. Criado em 2011 pelo gigante chinês da Internet Tencent, o Wechat é hoje indispensável no dia-a-dia na China, unindo as funções de rede social, serviço de mensagens instantâneas e carteira digital. Aquela ‘app’ é usada no país para fazer compras, através da leitura do código QR, chamar um táxi, apanhar o metro ou pagar luz e água, tornando o dinheiro vivo numa coisa do passado. Em Pequim, até os mendigos têm hoje consigo um código QR impresso para transferência direta de esmolas para as respetivas contas na carteira digital do Wechat. Retalhistas fora do país estão também a despertar para a utilidade daquela aplicação – o centro para pequenas e médias empresas da União Europeia lançou recentemente um serviço para ajudar os empresários a fazerem negócios via Wechat. Mas, em Pequim, existe uma portuguesa que há muito aprendeu a ganhar dinheiro com a ‘app’ mais popular da China. Natural de Coimbra, Vera Madeira aterrou em Pequim em 2008 para estudar mandarim, e depressa começou a organizar e promover festas na emergente indústria nocturna da capital chinesa. “Arranjava autocarros para levar os estudantes, distribuía folhetos à porta dos bares, cafés ou nas universidades”, lembra. Em 2012, a portuguesa usou pela primeira vez o Wechat para vender bilhetes para um concerto do produtor e DJ francês David Guetta, realizado junto a uma das secções da Grande Muralha em Pequim. “Publiquei o cartaz no Wechat com o meu contacto e pedi a alguns amigos que reproduzissem. Lembro-me que fui buscar 200 bilhetes e em duas horas já tinha vendido tudo”, conta. “Fui buscar mais e, no total, vendi 800 e tal bilhetes”. Hoje, Vera cobra às empresas 150 yuan por cada publicação no seu Wechat a promover os seus produtos ou serviços. A portuguesa recebe ainda uma comissão por cada marcação feita através de si para uma extensa rede de serviços que inclui cabeleireiros, Spas, restaurantes ou estúdios de tatuagens, enquanto um cliente recomendado por ela usufrui entre 20% a 30% de desconto. “Só promovo produtos ou serviços de que gosto”, diz. “Se não gostar, não promovo”. No total, a portuguesa tem cerca de 8.000 contactos no Wechat, organizados por país, profissão e com notas descritivas dos gostos ou passatempos. O horário em que é feito cada ‘post’ obedece também a uma estratégia. “Se o alvo forem pessoas que estão a trabalhar ou têm mais dinheiro, o melhor é publicar entre as seis e as oito da manhã. O segundo melhor horário é entre as 11 e as 13, quando estão a almoçar, e depois entre as seis e as oito, quando a maior parte dos asiáticos jantam”, afirma. Caso seja um produto ou serviço mais orientado para famílias, “funciona muito bem ao fim de semana, às oito da manhã”. Vera ganha a vida pelo Wechat, mas durante a conversa com a agência Lusa nunca parou para consultar o telemóvel, uma atitude rara num país onde, seja em bares ou restaurantes, no escritório ou em casa, as pessoas estão constantemente agarradas aos ‘smartphones’. Mas a portuguesa tem uma regra básica: “Quando estou com alguém mantenho o telemóvel na mesa com o ecrã virado para baixo, que é para não haver a tentação de estar sempre a olhar”. “Se as pessoas tiram o seu tempo para estarem contigo, tens que apreciar o momento”, diz. Hoje Macau China / ÁsiaVinho | Portugal já é o quarto fornecedor europeu [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal é já o quarto fornecedor europeu dos vinhos importados pela China, que deverá em poucos anos tornar-se o maior mercado do mundo do sector, numa tendência que as empresas vinícolas portuguesas estão a tentar acompanhar. “Estamos aqui a tentar acompanhar e apanhar este comboio, que é um comboio importante”, disse à agência Lusa Dora Martins, gerente de exportação da Real Companhia Velha, à margem de uma prova de vinhos organizada pela embaixada portuguesa em Pequim, que contou ainda com a participação da José Maria da Fonseca. A China deverá ultrapassar, nos próximos anos, o Reino Unido e a França como o maior mercado do mundo para vinho, em termos de valor, segundo a consultora International Wine & Spirit Research (IWSR). Na lista dos países europeus que em 2017 exportaram mais vinho para a China, encabeçada pela França, Portugal ficou no 4.º lugar, atrás de Espanha e Itália, segundo dados do centro de pequenas e médias empresas da União Europeia. No ano passado, o país asiático comprou mais de 18 milhões de euros de vinho português, de acordo com a mesma fonte, representando 2,6% em volume e 2,5% em valor das exportações nacionais do sector. No entanto, o mercado chinês tem “características próprias” e a “forma de os chineses consumirem vinho é diferente de todos os outros países”, notou Martins. “É um mercado onde há um grande desconhecimento sobre os vinhos portugueses e, portanto, é preciso vir cá mais vezes, explicar as castas locais, os vinhos e as regiões”, disse. A representante da mais antiga empresa de vinhos de Portugal ressalvou que “os chineses aprendem muito rápido”. “Há dez, quinze anos, os chineses não percebiam nada de vinhos. E eu fico admirada e surpreendida o quão rápido o consumidor daqui aprende”, explicou. Nos últimos anos, a campanha anticorrupção em curso na China levou a mudanças no perfil do mercado, com os vinhos a deixarem de servir como suborno e as vendas a serem impulsionadas pelo consumo real, segundo analistas do sector. O ‘boom’ no comércio electrónico – a China representa quase metade das compras via ‘online’ em todo o mundo – contribuiu também para alargar a oferta de vinho importado a cidades menores do país, numa tendência que favorece os vinhos de gama média. «1...630631632633634635636...804»
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p
Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”.
Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas.
Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado.
Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002.
Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço.
Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras.
Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT.
Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros.
Hoje Macau SociedadeMais de 180 mil TNR em Fevereiro em Macau [dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau contava com 180.781 trabalhadores não-residentes no final de Fevereiro passado, mais 1.959 do que no período homólogo, indicam dados oficiais ontem divulgados. Comparativamente com os dados do final de Janeiro de 2018, houve apenas um aumento de 299 trabalhadores não-residentes, de acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) publicados no portal da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). A maioria dos trabalhadores não-residentes continua a ser da China, com 113.399, seguindo-se as Filipinas (28.145) e o Vietname (15.257). Por outro lado, a indústria de hotelaria, restaurantes e similares empregam a maior parte de mão-de-obra importada, com 51.505, seguidos pela construção, com 29.720. As famílias com empregados domésticos absorvem 27.348 trabalhadores não-residentes, sendo a maioria (14.238) das Filipinas. Os trabalhadores não-residentes ultrapassaram os 100 mil pela primeira vez na história de Macau em 2008. No final de 2000, Macau contava com 27.221 trabalhadores não-residentes, em 2005 com 39.411, em 2012 com 110.552, em 2014 com 170.346, em 2015 com 181.646, e em 2016 com 177.638. Portadores do chamado ‘blue card’, os trabalhadores não-residentes só podem permanecer em Macau com contrato de trabalho válido, não possuindo direito de residência.
Hoje Macau SociedadeCooperação | Moçambique vai ser “país parceiro” na 23.ª MIF [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]oçambique será o “país parceiro” da 23.ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), organizada pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), anunciou a instituição. A próxima edição vai decorrer de 18 a 20 de Outubro e vai centrar-se nas vantagens de Macau como plataforma de serviços para a cooperação internacional entre a China e os Países de Língua Portuguesa, indicou o IPIM em comunicado. Para promover o certame e fortalecer o intercâmbio cultural entre os dois países, os representantes do IPIM visitaram, na semana passada, o país africano, onde foram recebidos pelo primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário. Durante os encontros, o governante moçambicano manifestou interesse em desenvolver, através de Macau, os mercados da China e dos países lusófonos para atrair um maior número de empresas investidoras no país. A MIF realiza-se anualmente em Outubro e tem como objectivo reforçar a cooperação e o intercâmbio comerciais. Ao mesmo tempo, terá lugar a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX). Na edição passada, que teve como “país parceiro” Angola, a MIF recebeu mais de 50 países e regiões, bem como mais de mil empresas e outras organizações.
Hoje Macau SociedadeSSM | Mais de 350 pessoas multadas por fumarem dentro dos casinos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 350 pessoas foram multadas, desde o início do ano, por fumarem dentro dos casinos de Macau, indicaram ontem os Serviços de Saúde. De acordo com os dados, referentes a 219 inspecções em casinos, das 364 pessoas multadas, 86,2 por cento eram turistas e 343 do sexo masculino. As inspecções nos casinos do território decorreram entre 1 de Janeiro último, data de entrada em vigor da nova lei do tabaco, e a passada sexta-feira, acrescentaram. Com a entrada em vigor das alterações à lei de controlo do tabagismo, passou a ser proibido fumar dentro dos casinos, excepto em salas legalmente equipadas para o efeito. A lei prevê ainda a proibição de fumar em todos os recintos fechados, à excepção então dos casinos e dos aeroportos, os únicos dois locais onde as salas para fumadores são permitidas. Segundo um relatório divulgado em Janeiro pelos Serviços de Saúde, nos últimos anos a mortalidade por doenças relacionadas com o tabagismo em Macau foi de quase 30 por cento. Em 2017, 67.300 indivíduos com mais de 15 anos consumiam tabaco.
Hoje Macau PolíticaJogo | Governo mantém data para apresentação de relatórios de estudos A Direcção dos Serviços de Economia garantiu ao deputado José Pereira Coutinho que os dois estudos de análise do sector do jogo em Macau e a sua concorrência a nível regional deverão estar mesmo concluídos no terceiro trimestre deste ano [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho inquiriu o Governo, em interpelação escrita, sobre as datas da conclusão de dois estudos sobre o sector do jogo e os objectivos com a adjudicação destes projectos à Universidade de Macau (UM) e Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST). Na resposta ao deputado, a directora substituta da Direcção dos Serviços de Economia (DSE), Chan Tze Wai, garantiu que as datas se mantém tal como estava anunciado em Dezembro último. “Enquanto entidade de apoio técnico-administrativo do Conselho para o Desenvolvimento Económico, a DSE finalizou já todos os processos adjudicatórios destes dois projectos, estando prevista a conclusão dos respectivos relatórios no terceiro trimestre do corrente ano.” Estes estudos visam saber mais detalhes sobre o futuro desenvolvimento da indústria do jogo entre 2020 e 2030, período durante o qual expiram os contratos das seis operadoras. Um dos estudos foi adjudicado a Davis Fong, deputado nomeado à Assembleia Legislativa, membro Conselho para o Desenvolvimento Económico e director do Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo na UM. O objectivo dos referidos estudos é “propor recomendações cientificamente sólidas e justificáveis ao Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] sobre a política de diversificação económica moderada”. O Executivo quer, com estes estudos, ter acesso a “recomendações cientificamente justificáveis quanto às políticas de diversificação adequada da economia”, escreveu Chan Tze Wai. Poucas informações O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, justificou o adiamento de informações por parte do Governo como forma de garantir que Macau se mantém competitiva em relação a outras jurisdições. “Muitas pessoas estão preocupadas se temos tempo necessário para preparar esses concursos, se as operadoras têm de assumir mais responsabilidade social. (…) Temos de pensar qual o momento oportuno para lançar essas regras para garantir um desenvolvimento saudável deste sector”, disse Lionel Leong, em Novembro, aos deputados na Assembleia Legislativa. À luz da actual legislação, tem de se realizar um concurso público após o termo dos contratos de exploração de jogo. Não obstante, a duração de cada concessão pode ser prorrogada, a título excepcional, por um período máximo de cinco anos.
Hoje Macau PolíticaTerrenos | Ella Lei pede seguimento dos casos sem caducidade declarada [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]lla Lei revelou que, de acordo com informação disponível na página da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), até ao final do ano passado restam 17 casos relativos aos terrenos cuja caducidade de concessão ainda não foi declarada. Perante isto, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pede explicações ao Executivo sobre o acompanhamento destes casos. Em muitos dos terrenos em causa, a concessão já terá ultrapassado o prazo de 25 anos em 2016. A deputada recordou, numa interpelação escrita entregue ao Governo, que o relatório divulgado em 2015 pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC), sobre os 16 terrenos, aponta para a necessidade do Governo declarar a caducidade da concessão de forma temporária. A ausência desta medida poderia causar transtornos em termos da utilização de bens públicos e afectar o uso eficiente dos terrenos disponíveis, lembrou Ella Lei.
Hoje Macau PolíticaTrabalho | Lei Chan U quer aumentar número de férias pagas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Lei Chan U entregou uma interpelação escrita ao Governo onde pede um aumento do número de férias anuais pagas. Actualmente, a lei das relações do trabalho determina apenas um limite máximo de seis dias pagos por cada ano de trabalho. Na perspectiva do deputado, registam-se cada vez mais famílias em que os pais precisam de trabalhar fora de casa, sendo que muitos deles o fazem por turnos, o que acaba por causar problemas sociais e familiares. Na sua interpelação, Lei Chan U lembrou que, em 1970, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou uma convenção relativa às férias pagas, em que se previa o direito dos trabalhadores gozarem dias de férias com um vencimento não inferior a 21 dias, depois de completado um ano de serviço. Lei Chan U lamenta que esta regra esteja em vigor em Macau desde 1984. Contudo, há empresas que adoptam os 22 dias de férias remuneradas, sendo que há outras companhias que oferecem ao trabalhador a possibilidade de gozar 12 dias de férias anuais. Lei Chan U, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), pede que o Governo implemente esta convenção da OIT, questionando se as autoridades vão tomar como exemplo a situação de Hong Kong e Taiwan, onde as empresas aumentam o número de dias de férias consoante o número de anos em que o trabalhador está na companhia.
Hoje Macau EventosDocumentos inéditos revelam relação cúmplice entre Natália Correia e António Sérgio [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m livro com documentos, maioritariamente inéditos, de Natália Correia, que testemunham a relação cúmplice, de partilha de lutas e ideais, com o pensador António Sérgio, chegou às livrarias, quando passam 25 anos da morte da poeta. “Entre a Raiz e a Utopia (Escritos sobre António Sérgio e o Cooperativismo)”, editado pela Ponto de Fuga, inclui três datiloscritos inéditos escritos por Natália Correia sobre António Sérgio, maioritariamente em 1983, aquando do centenário do nascimento do pensador, pedagogo, ensaísta e cooperativista. Esta edição, resulta de uma pesquisa na biblioteca e arquivo público de Ponta Delgada, onde estão depositados documentos da escritora açoriana, entre os quais datiloscritos, manuscritos e recortes de jornais, explica a escritora e investigadora científica Ângela de Almeida, que assina a introdução e faz as notas do livro. Como resultado dessa pesquisa, foram também incluídos neste volume três artigos de Natália Correia sobre cooperativismo, publicados em jornais, acrescenta Ângela de Almeida, que defendeu uma tese sobre a simbólica da ilha e do Pentecostalismo em Natália Correia, sob orientação de Urbano Tavares Rodrigues. Os documentos constantes de “Entre a raiz e a utopia” correspondem a pelo menos 12 anos de uma relação de “profunda cumplicidade e de luta pelos ideais universais, vivida entre poeta e pensador, na senda do cooperativismo e da paz”, diz a especialista. Natália Correia e António Sérgio conheceram-se em 1946 – a jovem poeta com 23 anos e o pedagogo com 63 – e aderiram ao Movimento de Unidade Democrática (MUD). No mesmo ano, António Sérgio foi admitido na Cooperativa Fraternidade Operária, e Natália Correia ingressou, no ano seguinte, passando a fazer parte de um grupo de intelectuais, entre os quais se contavam António Pedro, Adolfo Casais Monteiro e Ramada Curto, assim como “outros vultos maiores das letras que se opunham à ditadura de Salazar”, segundo as palavras da própria Natália Correia. Mas a grande cumplicidade que aluna e mestre criaram e desenvolveram nos anos de ditadura em Portugal ganhou força em 1948, na sequência da proclamação, pela Assembleia Geral da ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso, partilhavam vivências e ideais: foram duramente perseguidos, almejavam a liberdade e sentiam-se atraídos pelo cooperativismo. Ambos lutaram pela candidatura de Norton de Matos à Presidência da República e, dez anos mais tarde, participaram na candidatura de Humberto Delgado, cuja derrota foi “fatal para o ânimo de António Sérgio, que esmoreceu gradualmente a partir desta deceção”, descreve a poeta. Outro episódio de relevo contido neste volume é a primeira visita de Natália Correia aos Estados Unidos da América, em 1950, cujos motivos são explicados num dos documentos inéditos agora publicados. Com apenas 26 anos, a poeta partiu “levando uma missão” de que o mestre a incumbira: pôr-se em contacto com Norman Thomas, líder do Partido Socialista norte-americano, com quem António Sérgio mantinha relações, para tentar que este despertasse o interesse da opinião pública norte-americana para a causa da resistência ao fascismo. A escritora contou como encontrou um “desiludido”, que lhe deu uma resposta “desanimadora”: “Diga ao nosso Sérgio que aqui o socialismo é pregado no deserto. Para mim, acabou-se. Não posso dar-lhe qualquer espécie de colaboração”. Natália Correia descreve também a forma como António Sérgio mantinha uma relação fraterna com muitos jovens que o rodeavam, porque “tinha o condão de se fazer amar”. “Tão elegante, tão atentamente estético era António Sérgio em casar os seus contrários num corpo de ideias inteligentemente organizado, que nós, jovens seduzidos pelo fulgor multidisciplinar do seu discurso, nele víamos a panaceia para todas as injustiças que nos revoltavam”, foi como Natália Correia definiu o ensaísta e pensador, que escolheu para mestre. O Centro Cultural de Belém dedica hoje um programa a Natália Correia, que se estende das 15:00 às 19:00, em que será abordada “a intervenção cívica e cultural” da escritora, e o seu “pensamento inovador”. Será também recordado o processo que lhe foi movido pela publicação da “Antologia da poesia erótica e satírica”, nos anos da ditadura. Natália Correia nasceu nos Açores, em 13 de setembro de 1923. Morreu em Lisboa, há 25 anos, em 16 de março de 1993.
Hoje Macau InternacionalPresidente norte-americano diz que construção do muro com México vai começar “de imediato” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, assegurou ontem que a construção de um muro na fronteira com o México vai começar “de imediato”, após o congresso ter aprovado 1.600 milhões de dólares para a obra. “Pode fazer-se muito com os 1.600 milhões de dólares concedidos para construir e reparar o muro fronteiriço. É só um montante inicial. O trabalho vai começar de imediato”, disse Trump na sua conta oficial no Twitter. O congresso norte-americano deu luz verde na passada sexta-feira a um projeto orçamental de 1,3 biliões de dólares para o ano fiscal de 2018, que inclui uma verba para iniciar a construção do muro com o México. A verba está, no entanto, longe dos 25.000 milhões de dólares que o Presidente tinha pedido. “O resto do dinheiro virá”, afirmou Trump, também em mensagem na rede social. O projeto aprovado estabelece restrições quanto à forma como o dinheiro deve ser gasto, determinando, por exemplo, que dos 1.600 milhões de dólares, 251 milhões devem ser usados para renovar a vedação já existente entre San Diego (Califórnia) e Tijuana (México). Na mesma mensagem Trump reiterou que a construção do muro tem a ver com a defesa nacional, “com drogas e combatentes inimigos a entrarem” nos Estados Unidos. Numa deslocação recente à Califórnia, Trump esteve a ver protótipos para a construção do muro fronteiriço, a sua grande promessa eleitoral.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Portuguesa é caso de sucesso nos negócios da China via Wechat Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa, em Pequim [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ara marcar uma consulta, reservar mesa num restaurante ou bilhetes para um espectáculo, os expatriados em Pequim sabem que podem contar com a portuguesa Vera Madeira, que beneficia como ninguém da difusão da ‘app’ chinesa Wechat. “O Wechat revolucionou completamente o marketing na China”, afirma à agência Lusa a portuguesa, de 35 anos, referindo-se à ‘super’ aplicação chinesa que atingiu recentemente mil milhões de perfis de utilizadores. Criado em 2011 pelo gigante chinês da Internet Tencent, o Wechat é hoje indispensável no dia-a-dia na China, unindo as funções de rede social, serviço de mensagens instantâneas e carteira digital. Aquela ‘app’ é usada no país para fazer compras, através da leitura do código QR, chamar um táxi, apanhar o metro ou pagar luz e água, tornando o dinheiro vivo numa coisa do passado. Em Pequim, até os mendigos têm hoje consigo um código QR impresso para transferência direta de esmolas para as respetivas contas na carteira digital do Wechat. Retalhistas fora do país estão também a despertar para a utilidade daquela aplicação – o centro para pequenas e médias empresas da União Europeia lançou recentemente um serviço para ajudar os empresários a fazerem negócios via Wechat. Mas, em Pequim, existe uma portuguesa que há muito aprendeu a ganhar dinheiro com a ‘app’ mais popular da China. Natural de Coimbra, Vera Madeira aterrou em Pequim em 2008 para estudar mandarim, e depressa começou a organizar e promover festas na emergente indústria nocturna da capital chinesa. “Arranjava autocarros para levar os estudantes, distribuía folhetos à porta dos bares, cafés ou nas universidades”, lembra. Em 2012, a portuguesa usou pela primeira vez o Wechat para vender bilhetes para um concerto do produtor e DJ francês David Guetta, realizado junto a uma das secções da Grande Muralha em Pequim. “Publiquei o cartaz no Wechat com o meu contacto e pedi a alguns amigos que reproduzissem. Lembro-me que fui buscar 200 bilhetes e em duas horas já tinha vendido tudo”, conta. “Fui buscar mais e, no total, vendi 800 e tal bilhetes”. Hoje, Vera cobra às empresas 150 yuan por cada publicação no seu Wechat a promover os seus produtos ou serviços. A portuguesa recebe ainda uma comissão por cada marcação feita através de si para uma extensa rede de serviços que inclui cabeleireiros, Spas, restaurantes ou estúdios de tatuagens, enquanto um cliente recomendado por ela usufrui entre 20% a 30% de desconto. “Só promovo produtos ou serviços de que gosto”, diz. “Se não gostar, não promovo”. No total, a portuguesa tem cerca de 8.000 contactos no Wechat, organizados por país, profissão e com notas descritivas dos gostos ou passatempos. O horário em que é feito cada ‘post’ obedece também a uma estratégia. “Se o alvo forem pessoas que estão a trabalhar ou têm mais dinheiro, o melhor é publicar entre as seis e as oito da manhã. O segundo melhor horário é entre as 11 e as 13, quando estão a almoçar, e depois entre as seis e as oito, quando a maior parte dos asiáticos jantam”, afirma. Caso seja um produto ou serviço mais orientado para famílias, “funciona muito bem ao fim de semana, às oito da manhã”. Vera ganha a vida pelo Wechat, mas durante a conversa com a agência Lusa nunca parou para consultar o telemóvel, uma atitude rara num país onde, seja em bares ou restaurantes, no escritório ou em casa, as pessoas estão constantemente agarradas aos ‘smartphones’. Mas a portuguesa tem uma regra básica: “Quando estou com alguém mantenho o telemóvel na mesa com o ecrã virado para baixo, que é para não haver a tentação de estar sempre a olhar”. “Se as pessoas tiram o seu tempo para estarem contigo, tens que apreciar o momento”, diz.
Hoje Macau China / ÁsiaVinho | Portugal já é o quarto fornecedor europeu [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal é já o quarto fornecedor europeu dos vinhos importados pela China, que deverá em poucos anos tornar-se o maior mercado do mundo do sector, numa tendência que as empresas vinícolas portuguesas estão a tentar acompanhar. “Estamos aqui a tentar acompanhar e apanhar este comboio, que é um comboio importante”, disse à agência Lusa Dora Martins, gerente de exportação da Real Companhia Velha, à margem de uma prova de vinhos organizada pela embaixada portuguesa em Pequim, que contou ainda com a participação da José Maria da Fonseca. A China deverá ultrapassar, nos próximos anos, o Reino Unido e a França como o maior mercado do mundo para vinho, em termos de valor, segundo a consultora International Wine & Spirit Research (IWSR). Na lista dos países europeus que em 2017 exportaram mais vinho para a China, encabeçada pela França, Portugal ficou no 4.º lugar, atrás de Espanha e Itália, segundo dados do centro de pequenas e médias empresas da União Europeia. No ano passado, o país asiático comprou mais de 18 milhões de euros de vinho português, de acordo com a mesma fonte, representando 2,6% em volume e 2,5% em valor das exportações nacionais do sector. No entanto, o mercado chinês tem “características próprias” e a “forma de os chineses consumirem vinho é diferente de todos os outros países”, notou Martins. “É um mercado onde há um grande desconhecimento sobre os vinhos portugueses e, portanto, é preciso vir cá mais vezes, explicar as castas locais, os vinhos e as regiões”, disse. A representante da mais antiga empresa de vinhos de Portugal ressalvou que “os chineses aprendem muito rápido”. “Há dez, quinze anos, os chineses não percebiam nada de vinhos. E eu fico admirada e surpreendida o quão rápido o consumidor daqui aprende”, explicou. Nos últimos anos, a campanha anticorrupção em curso na China levou a mudanças no perfil do mercado, com os vinhos a deixarem de servir como suborno e as vendas a serem impulsionadas pelo consumo real, segundo analistas do sector. O ‘boom’ no comércio electrónico – a China representa quase metade das compras via ‘online’ em todo o mundo – contribuiu também para alargar a oferta de vinho importado a cidades menores do país, numa tendência que favorece os vinhos de gama média.