Hoje Macau EventosIIM | Exposição de fotografia sobre “Duplo Aniversário” dia 23 Será inaugurada no próximo dia 23 de Novembro uma nova exposição de fotografia da iniciativa do Instituto Internacional de Macau (IIM). Trata-se da mostra “Celebração calorosa do 75º. Aniversário da implantação da República Popular da China: No 25º aniversário do estabelecimento da RAEM – os sucessos alcançados na preservação e valorização do património cultural”, que tem o apoio do Fundo de Desenvolvimento da Cultura. Além disso, associações locais colaboraram também para a realização deste projecto, nomeadamente a Associação dos Embaixadores do Património de Macau e o Grupo de Danças e Cantares de Macau. Nesta mostra, reúnem-se cerca de 80 trabalhos, da autoria de vários fotógrafos de Macau e de outras regiões, sendo as imagens fruto do concurso de fotografia anualmente realizado pelo IIM. Segundo um comunicado, “além de conjugar com as épocas festivas de Macau, a mostra retrata imagens da riqueza cultural do património de Macau e também os sucessos alcançados pela RAEM ao longo dos seus 25 anos, na preservação e promoção patrimonial de Macau”. A exposição pode ser visitada no IIM até ao dia 27 de Dezembro. Poderá ainda ser visto o documentário “Heritople”, dedicado ao tema do património cultural de Macau, e recentemente produzido pelo IIM e apoiado pela Fundação Macau.
Hoje Macau EventosArquitectos da DOCOMOMO debatem hoje preservação de edifícios Decorre hoje, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha (FRC), uma conferência promovida pelo DOCOMOMO – Centro de Investigação, intitulada “Entrelaçando Paisagens: Porquê, como é que edifícios podem ser preservados?” apresentada por Diogo Burnay e Cristina Veríssimo. Segundo um comunicado, esta palestra pretende responder a uma série de questões sobre a preservação de edifícios com interesse histórico ou cultural, nomeadamente “como pode a preservação dos edifícios existentes contribuir para resolver questões ambientais e sociais mais vastas?”, ou “porque é que a memória cultural viva da comunidade pode beneficiar da preservação dos edifícios?”. Outras questões dão ainda o mote ao debate, como “quais poderão ser as novas histórias, narrativas e resultados que emergem do entrelaçamento do património cultural e das intervenções arquitectónicas contemporâneas”. Dão-se exemplos de alguns projectos edificados em Portugal, como a plataforma linear e longitudinal da antiga Estação Ferroviária de Mora, que se tornou o caminho de ligação entre os diferentes edifícios do novo Centro Interpretativo Megalítico de Mora. Por sua vez, o Museu da Tapeçaria de Arraiolos “é a nova vida de um edifício que já foi: um convento, um Hospital e um Quartel-General Militar”. Já a Escola Braamcamp Freire “reúne edifícios antigos e novos de uma forma interligada para formar uma entidade holística e uma experiência espacial para a sua comunidade”. Irá também falar-se do centro arqueológico fenício de Tavira que “explorou a nova estrutura de cobertura que alberga o antigo povoado fenício, como plataforma pública, ligando os achados arqueológicos à cidade existente”. Quem é quem Diogo Burnay é professor associado da School of Architecture, Dalhousie University, Halifax, Canadá desde 2012. Foi director da Escola de Arquitectura de 2012 a 2022. Tem mestrado em Arquitectura, Bartlett School of Architecture, University College London, Londres, Inglaterra, 1995. Trabalhou em Lisboa com Maria Manuel Godinho de Almeida e Duarte Cabral de Mello em 1989; em Londres, na Building Design Partnership, entre 1988 e 1990; em Macau com Manuel Vicente, entre 1992 e 1995 e na OBS Arquitectos, entre 1995 e 1997. Diogo Burnay foi também docente na Escola de Arquitectura da Universidade de Hong Kong em 1995; na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, de 1997 a 2011; na College of Design da University of Minnesota em 2002 e 2006 e na Architecture School University of Texas, Arlington, 2007. Cristina Veríssimo é professora desde 2024 na Escola de Arquitectura da Dalhousie University, Canadá, desde 2013 e desde 2024 é Professora Associada. Tem mestrado em Arquitectura, MArch II, GSD Harvard University, 2002. Trabalhou em Lisboa com Carrilho da Graça (1987 – 1989). Trabalhou em Londres com Zaha Hadid (1989 – 1991). Em Macau, Cristina Veríssimo esteve na Profabril (1992-1997). Leccionou na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, de 1999 a 2012. Diogo Burnay e Cristina Veríssimo fundaram a CVDB Arquitectos em 1999. O atelier já recebeu prémios nacionais e internacionais, como o primeiro prémio edifício educacional WAN 2013 e melhor edifício educacional do ano 2014 do Archdaily, Architectural Review 2015. Actualmente o atelier é responsável pela edificação do Supremo Tribunal de Justiça de Moçambique.
Hoje Macau SociedadeSS | Cerca de 20% de idosos sofre de diabetes Celebrou-se ontem o Dia Mundial da Diabetes, definido pela Federação Internacional de Diabetes (FID) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1991. Dados de Macau de há oito anos, referidos pelos Serviços de Saúde (SS), mostram que “cerca de 20 por cento com idade igual ou superior a 65 anos sofrem de diabetes”, sendo que “com o envelhecimento da sociedade de Macau, a taxa de incidência de doenças crónicas, como a diabetes, vai subir gradualmente e os encargos com estas doenças também vão continuar a aumentar”. Assim, os SS destacam que esta doença crónica “comum e controlável” é passível de ter um “diagnóstico precoce e gestão eficaz, podendo reduzir o risco de complicações”. De acordo com estatísticas da FID, os casos de diabetes em todo o mundo atingiram 537 milhões, prevendo-se que o número poderá chegar a 783 milhões em 2045. No caso da RAEM, os SS dizem estar a “promover indicadores de qualidade para a gestão das doenças crónicas, incluindo a regulamentação das normas para diagnóstico e das directrizes de tratamento, como a diabetes, hipertensão, hiperlipidemia e obesidade ou excesso de peso, no sentido de implementar uma gestão normalizada das doenças crónicas”.
Hoje Macau Manchete SociedadeFestival de Gastronomia | Alimentação saudável em destaque Arranca hoje mais uma edição do Festival de Gastronomia de Macau que se realiza até ao dia 1 de Dezembro. O público poderá desfrutar de vários tipos de gastronomia, incluindo espaços de alimentação saudável promovidos pelos Serviços de Saúde, com a participação do restaurante Riquexó O território volta a acolher a partir de hoje, e até ao dia 1 de Dezembro, mais uma edição do Festival de Gastronomia de Macau, que volta a disponibilizar, na praça junto à Torre de Macau, mais uma grande variedade de comida para todos os gostos, numa demonstração pública de cultura gastronómica. A edição deste ano do evento dá destaque à “Competição de Hanfu ao Estilo Chinês”, com a promoção do vestuário tradicional chinês. O festival funciona de segunda a quinta-feira das 16h às 23h, e aos fins-de-semana, de sexta-feira a domingo, das 15h à meia noite. A entrada é gratuita, existindo transporte gratuito a partir de quatro locais de recolha, o South Bay International Bank, o West Wan Lake Plaza, o Taipa Central Park e o Guanxi Plaza. No total, os amantes de comida e curiosos de gastronomias diferentes podem experimentar seis categorias diferentes ao nível da culinária, com 16 bancas de comida chinesa, 33 bancas que disponibilizam pratos macaenses, 22 bancas destinadas à culinária japonesa e da Coreia do Sul, e ainda 20 bancas com comidas da região do Sudeste Asiático. Por sua vez, a comida europeia tem direito a 16 bancas, sendo que as sobremesas estão disponíveis em 34 bancas. Pela sua saúde Destaque ainda para espaços destinados à alimentação saudável disponibilizados pelos Serviços de Saúde (SS). Segundo uma nota destes serviços, esta oferta no festival está incluída no programa governamental “Restaurante – Alimentação Saudável”, em parceria com a União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, entidade responsável pela organização do evento. Assim, os SS garantem que dez empresas participantes deste programa, vão disponibilizar, “pelo menos, um prato saudável nas tendinhas de gastronomia, com vista a promover a cultura gastronómica saudável aos residentes e turistas”. Os restaurantes que participam nesta iniciativa são o “Estabelecimento de Comidas Little Sweet Sweet”, “Riquexó Self Service”, “Casa Rápido”, “Café Bistro Temático dos Amigos” e “Castelo do Reino Unido”, entre outros. Até à data, mais de 160 restaurantes e cafés de Macau aderiram ao programa “Restaurante – Alimentação Saudável”, com a disponibilização de legumes, fruta, cereais integrais e comidas com menos sal e açúcar. Ainda em relação à “Competição de Hanfu ao Estilo Chinês”, o grande destaque do festival, haverá um sistema de votação aberto para escolher os vencedores, estando incluídos prémios pecuniários para 13 participantes. O vencedor irá receber 20 mil patacas enquanto que no segundo lugar se pode esperar um prémio de dez mil patacas, com cinco mil patacas destinados ao terceiro prémio.
Hoje Macau SociedadeFebre de dengue | Mais dois casos importados Os Serviços de Saúde (SS) detectaram mais dois casos importados de febre de dengue esta terça-feira. Trata-se, assim, dos 29.º e 30.º casos importados deste ano, sendo que o 29.º diz respeito a uma mulher de 56 anos de idade, residente, a viver no bloco 1 do edifício Lai Va San Chun, na Avenida da Longevidade. Depois de uma visita à China, a Jiangmen, para visitar a família, no passado dia 25 de Outubro, a mulher começou a ter sintomas a partir do dia 8 deste mês. Actualmente, a doente está internada e encontra-se em estado estável. Os familiares com quem coabita não apresentaram sintomas de indisposição, descrevem os SS. Já o 30.º caso diz respeito a um homem de 48 anos de idade, também residente, mas a viver no edifício Cheng Tou na Avenida do Conselheiro Borja. Este visitou Zhongshan entre os dias 4 e 8 deste mês, tendo apresentado sintomas no dia 10. O doente também está internado e numa situação estável, sendo que os familiares com quem vive não apresentaram sintomas de doença.
Hoje Macau SociedadeGrande Prémio | Drones proibidos até segunda-feira A Autoridade de Aviação Civil de Macau publicou ontem um aviso no Boletim Oficial que determina a proibição de voo com aeronaves não tripuladas na península de Macau, entre hoje e domingo (no período de 24 horas), “a fim de garantir que a 71.ª edição do Grande Prémio de Macau se realize de forma tranquila e segura, evitando quaisquer riscos ou interferências potenciais”. Quem não respeitar a proibição arrisca uma multa que pode variar entre 2.000 e 20.000 patacas. As autoridades lançaram ainda um apelo “à colaboração dos cidadãos na criação de um ambiente seguro e ordenado para as corridas”. GPM | Ocupação hoteleira acima dos 90% A Direcção dos Serviços de Turismo (DST), nas palavras do seu vice-director, Cheng Wai Tong, apontou que a taxa de ocupação hoteleira já atingiu os 90 por cento, estando de acordo com as expectativas definidas para o sector tendo em conta a chegada do Grande Prémio de Macau (GPM). Em relação à competição deste fim-de-semana, o Instituto do Desporto confirmou também um bom panorama de venda de bilhetes, segundo palavras do vice-director da DST. De acordo com a imprensa chinesa, este disse que nos últimos anos o GPM tem atraído sobretudo visitantes estrangeiros e de Hong Kong, mas que o público da China tem vindo a aumentar. Assim, as autoridades procuram assegurar um equilíbrio no que toca às nacionalidades dos visitantes, graças à realização de mais campanhas publicitárias noutras regiões do mundo.
Hoje Macau SociedadeZhuhai | Autoridades sem informação de vítimas de Macau Até ontem as autoridades locais não tinham qualquer informação sobre a existências de vítimas de Macau no âmbito do ataque em Zhuhai que causou pelo menos 35 mortos e 43 feridos. Ao jornal Ou Mun, a polícia explicou que estava em comunicação com as congéneres do Interior, que ainda estavam a tentar determinar as identidades de todas as vítimas. Se houvesse residentes de Macau entre os feridos ou mortos, a polícia de Macau prometeu divulgar a informação. De acordo com a mesma publicação, também a Direcção de Serviços de Turismo não recebeu qualquer pedido de auxílio de residentes em Zhuhai, ou de familiares destes, e também não foram pedidas informações sobre este caso. De acordo com a agência AFP, as autoridades de Zhuhai impediram ontem que residentes e familiares das vítimas demonstrassem o luto junto ao Centro Desportivo Xiangzhou. Segundo a agência, foram várias as pessoas que tentaram deixar flores junto aos portões do local onde aconteceu o acidente mortal. No entanto, depois de deixaram flores e outros objectos para expressarem o luto, estes eram imediatamente recolhidos pelas autoridades e levados para o interior do estádio. “O que aconteceu não foi um pequeno incidente”, disse à AFP uma mulher de cerca de 50 anos, que pediu o anonimato para proteger a sua privacidade. “Devíamos lembrar-nos que houve pessoas a morrer e não sermos tão frios. Acho que mais pessoas em Zhuhai deveriam vir aqui e colocar algumas flores em memória das vítimas”, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeEmprego | Três feiras com 638 vagas nos dias 20, 21 e 25 de Novembro A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) irá organizar três feiras de emprego, disponibilizando um total de 638 vagas, nos dias 20, 21 e 25 de Novembro, para os sectores transportes para turismo e hotelaria. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSAL, as inscrições para as três sessões abrem hoje e os interessados podem inscrever-se no website da DSAL até ao meio-dia de 19 de Novembro. A primeira sessão está marcada para a manhã de 20 de Novembro, com a oferta de 20 vagas para transportes para turismo, para encarregado de estação e condutor, e irá decorrer na sede da DSAL na Avenida Dr. Francisco Vieira Machado, nº 221 a 279. No dia seguinte será a vez do sector da hotelaria, com 434 ofertas de emprego para gerente assistente de restaurante, subchefe de cozinha, supervisor de restauração, chefe do serviço de atendimento ao cliente, embaixador de serviços de restauração, cozinheiro de culinária chinesa e ocidental, técnico de arte floral e empregado de rouparia. Esta sessão terá no lugar no International Convention Center. No dia 25 de Novembro, no Hotel Grand Lisboa Palace Macau, serão disponibilizadas 184 vagas para gerente de restaurante, supervisor de serviços de restauração, chefe de cozinha, cozinheiros de diversas gastronomias, agente de serviços de restauração, barista e guarda de segurança.
Hoje Macau SociedadeBNU | Crédito malparado sobe nos primeiros nove meses do ano O Banco Nacional Ultramarino (BNU) registou, nos primeiros nove meses deste ano, imparidades sobre créditos e investimentos financeiros no valor de 20,9 milhões de patacas, o que constitui um aumento de 4,6 milhões de patacas relativamente ao período anterior. Os dados constam num comunicado emitido ontem pelo banco, que declara que apesar do “prudente provisionamento, a qualidade dos activos do BNU continua forte, com os rácios de crédito malparado a continuarem a comparar-se favoravelmente com os padrões de referência do mercado”. O BNU acrescenta ainda que “mantém o seu quadro de gestão de risco de crédito robusto, garantindo uma cobertura suficiente das provisões contra potenciais incertezas no contexto de mercado”. Em termos gerais, o BNU teve um resultado líquido não auditado, depois de impostos, de 444,2 milhões de patacas nos primeiros nove meses deste ano, uma diminuição de 15,7 milhões de patacas ou 3,4 por cento face ao período homólogo em 2023.
Hoje Macau PolíticaParques Industriais | Chan Hon Sang eleito presidente Chan Hon Sang foi nomeado em comissão de serviço presidente do Conselho de Administração da Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. O documento surge assinado por Ho Iat Seng. No documento, consta também a exoneração do actual presidente Lo Ioi Weng, com efeitos a partir de 19 de Novembro, embora não surja qualquer justificação para a dispensa. De acordo com o portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos, o presidente da empresa tem uma remuneração anual de 1,18 milhões de patacas. Dado que Chan Hon Sang já integrava o conselho de administração da empresa com capitais públicas, Leong Wa Fong foi nomeado como novo membro do conselho.
Hoje Macau PolíticaHabitação económica | Publicados resultados de concurso O Instituto de Habitação (IH) publicou ontem a lista dos candidatos admitidos e rejeitados no concurso de habitação económica de 2023, referentes às habitações que serão em cinco lotes (B5, B7, B8, B11 e B12) da Zona A dos novos aterros, num total de 5.415 apartamentos. O IH revelou ontem ter admitido 5.076 candidaturas e rejeitado 1.486 candidaturas. Os candidatos podem consultar a situação da sua candidatura no website do IH, ou consultar as listas que vão estar afixadas até 28 de Novembro no exterior Edifício Cheng Chong, na Rua do Laboratório e na Travessa do Laboratório, na península de Macau. A partir de hoje, até 28 de Novembro, podem ser apresentadas reclamações na delegação do IH na mesma morada.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Deli | Registado primeiro pico de poluição da estação A poluição atmosférica atingiu ontem o primeiro pico da estação em Nova Deli, com concentrações de partículas nocivas até 50 vezes superiores ao nível considerado tolerável pelas autoridades sanitárias indianas. A megalópole de cerca de 30 milhões de habitantes regista todos os anos grandes picos de poluição com a aproximação do Inverno. Nesta altura do ano, os fumos diários produzidos pela indústria e pelos veículos combinam-se com os das queimadas agrícolas para criar uma nuvem que as temperaturas mais frias e os ventos mais fracos colocam sobre a cidade. Ontem de manhã (hora local), o índice de qualidade do ar ultrapassou a marca simbólica dos 1.000 pontos em várias zonas de Nova Deli, sendo que um nível acima de 300 é considerado perigoso para os seres humanos. As concentrações de partículas PM2.5 – as mais perigosas porque se difundem na corrente sanguínea – eram até 50 vezes mais elevadas nas primeiras horas da manhã do que o limiar considerado tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Rajpath, a célebre esplanada rodeada pela Porta da Índia, um arco triunfal dedicado à memória dos indianos mortos em guerras, foi coberto ao amanhecer por um fumo particularmente denso. Um estudo publicado em Junho concluiu que a poluição atmosférica era responsável por 11,5 por cento das mortes em Deli, ou seja, 12.000 mortes por ano.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Seul reitera acusação sobre presença de tropas de Pyongyang Os serviços de informações da Coreia do Sul afirmaram ontem que há militares norte-coreanos na região russa de Kursk, depois de os Estados Unidos terem indicado o envolvimento de Pyongyang na guerra da Rússia contra a Ucrânia. “As tropas norte-coreanas enviadas para a Rússia deslocaram-se para a região de Kursk nas últimas duas semanas”, refere um comunicado do Serviço de Informações de Seul. O mesmo documento difundido ontem em Seul menciona o alegado destacamento das forças da Coreia do Norte no “campo de batalha”. “(Os militares de Pyongyang) já estão envolvidos em operações de combate”, afirmou ainda a mesma fonte. Entretanto, o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken referiu-se a uma resposta “firme” face ao envolvimento da Coreia do Norte, ao lado da Rússia, na guerra na Ucrânia, e apelou aos países europeus para que façam mais para acelerar a ajuda a Kiev. Antony Blinken está de visita a Bruxelas, numa deslocação considerada urgente e num contexto de preocupações por parte da Ucrânia e de várias capitais europeias sobre a continuidade do apoio a Kiev após a reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. “As forças norte-coreanas estão envolvidas em combate e agora literalmente em combate: este novo elemento exige uma resposta firme e ela será dada”, disse o chefe da diplomacia norte-americana ao jornalista numa conferência de imprensa em que participou o secretário-geral da NATO, Mark Rutte. “Trata-se de um desenvolvimento profundo e perigoso”, acrescentou Blinken, sem especificar como os Estados Unidos e os aliados tencionam reagir.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Nomeado ‘guru’ financeiro para gabinete de ligação Pequim anunciou ontem a nomeação de Qi Bin, vice-presidente do fundo soberano da China, para o cargo de adjunto do gabinete de ligação do governo central em Hong Kong, cuja posição como centro financeiro internacional está fragilizada. Qi, de 57 anos, é vice-presidente e director-adjunto de investimentos da China Investment Corporation (CIC), um dos maiores fundos soberanos do mundo, com mais de 1,3 biliões de dólares de activos sob gestão. Qi deve assumir a responsabilidade pelos assuntos económicos no gabinete de ligação, desempenhando um papel vital na coordenação das políticas económicas e financeiras entre a China continental e Hong Kong, segundo fontes citadas pelo South China Morning Post. Doutorado em econometria pela Universidade de Tsinghua, em Pequim, trabalhou em grandes empresas de Wall Street, incluindo no banco de investimento Goldman Sachs, entre 1996 e 2000, antes de ingressar na Comissão de Regulação dos Valores Mobiliários da China (CSRC), onde trabalhou nos 16 anos seguintes. Em 2016, entrou para a CIC como vice-presidente executivo, assumindo responsabilidade pelo planeamento estratégico e pelas operações de investimento do fundo soberano. Também supervisionou o departamento de investigação para diversificar ainda mais a estratégia de investimento em activos. Durante o seu mandato, ajudou a liderar algumas medidas importantes de abertura do mercado, incluindo os programas de ligação entre praças financeiras Xangai – Hong Kong e Shenzhen – Hong Kong, destinados a integrar os mercados de acções do continente chinês com a Bolsa de Valores de Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia quer contrariar ‘dupla contenção’ dos EUA O secretário do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, disse ao chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, que os dois países precisam de contrariar a política de “dupla contenção” exercida por Washington contra Pequim e Moscovo. “A parceria global [sino-russa] e a cooperação estratégica representam um modelo de colaboração entre duas potências no mundo actual”, afirmou Shoigu, citado pelas agências noticiosas russas. Os dois homens encontraram-se em Pequim para abordar questões de segurança, num contexto de guerra na Ucrânia e da aproximação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, depois de Pyongyang ter anunciado hoje que ratificou um acordo bilateral histórico de Defesa com a Rússia. Em outubro, o ministro chinês da Defesa, Dong Jun, disse ao seu homólogo russo, Andrei Belooussov, que os dois exércitos deveriam “aprofundar a sua cooperação estratégica”, mas não relacionou as suas observações com a guerra na Ucrânia, na qual a China não tem intenção de participar. A China, que nunca condenou o Kremlin pela invasão e cujos fortes laços económicos e militares com a Rússia são vistos com desconfiança pelo Ocidente, apresenta-se como um mediador no conflito. Pequim apela regularmente a conversações de paz e ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia. No entanto, a NATO denunciou o apoio económico da China à Rússia, que considera crucial para a máquina de guerra russa. Em resposta, a China instou a aliança atlântica a deixar de “incitar ao confronto” entre blocos. Pequim também critica regularmente o Ocidente por “deitar lenha na fogueira” ao fornecer continuamente armas à Ucrânia. Após a sua estadia em Pequim, Sergei Shoigu deverá também participar esta semana no Salão Aéreo de Zhuhai, no sul da China, o maior do género no país asiático, onde o caça furtivo de “quinta geração” mais avançado da Rússia, o Su-57, fez hoje um voo de apresentação.
Hoje Macau China / ÁsiaAntigo chefe da OMC pede “frente unida” de UE e China contra Trump O antigo director-geral da Organização Mundial do Comércio Pascal Lamy pediu à China para procurar um consenso com outras potências comerciais, como a União Europeia, para formar uma “frente unida contra o protecionismo” de Donald Trump. Em entrevista ao jornal de Hong Kong South China Morning Post, o antigo Comissário Europeu do Comércio (1999-2004) afirmou que “o que a China tem de fazer é falar com outras potências comerciais, como a União Europeia, a Índia, o Japão e a Coreia, e procurar uma posição comum”. “Estas potências comerciais do mundo que não são os Estados Unidos podem manter o comércio aberto entre si e decidir o que fazer com os EUA”, afirmou o francês, diretor da OMC entre 2005 e 2013. Durante a campanha que conduziu à vitória eleitoral, Trump prometeu taxas alfandegárias de 60% a 100% sobre bens importados da China, bem como uma taxa geral de 10-20% sobre todos os bens provenientes do estrangeiro. No primeiro mandato na Casa Branca (2017-2021), o republicano iniciou uma guerra comercial contra a China. Lamy, actualmente professor honorário da China-Europe International Business School (CEIBS), disse acreditar que Trump está errado no diagnóstico do impacto do comércio externo na economia do país: “O que está a acontecer é que os EUA consomem demasiado e poupam muito pouco”. “No sistema macroeconómico chinês, com muito pouco consumo e muita poupança, a capacidade de produção excedentária tem de ir para as exportações”, descreveu. “Se temos uma grande capacidade de produção e um consumo interno insuficiente, somos obrigados a internacionalizar-nos para vender no mercado mundial a um preço mais baixo do que no mercado interno. Trata-se de um problema macroeconómico, mas com uma dimensão comercial, que terá inevitavelmente de ser resolvido”, disse. Um dos setores emergentes em que a concorrência feroz a nível interno fez com que os fabricantes chineses procurassem expandir-se para o estrangeiro foi o dos veículos elétricos, agravando as fricções com a UE. Embora Pequim tenha respondido às taxas impostas por Bruxelas com investigações contra a carne de porco e os produtos lácteos importados da UE, Lamy não é favorável à descrição da situação como uma guerra comercial: “Não há nada disso entre os dois. Quem diz isso está a confundir a questão”. Na opinião do especialista, existe apenas uma “diferença de perceção” sobre a extensão dos subsídios chineses ao setor dos elétricos: “A OMC resolverá este desacordo (…) Não merece ser chamado de guerra comercial”. Apesar de a autoridade da OMC ter sido posta em causa nos últimos anos, Lamy considerou que a organização continua a ser relevante, embora reconheça que necessita de reformas mais eficazes. Lamy pediu a Pequim e a Bruxelas que desempenhem um papel de liderança. “As regras da OMC, redigidas há 30 anos, já não estão em conformidade com os tempos atuais (…). Se a UE e a China chegarem a acordo sobre a forma de o atualizar e de abordar melhor a OMC, muitos outros países juntar-se-ão e participarão”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do sul da China | Patrulhas no recife disputado com Filipinas A China realizou ontem patrulhas aéreas e navais na zona do recife de Huangyan, conhecido também como Scarborough, uma zona de disputa territorial com as Filipinas, no mar do Sul da China. O Comando do Teatro Sul do Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas chinesas, disse que as operações incluíram a vigilância do espaço aéreo e das águas em torno do recife. De acordo com o comunicado oficial, o objetivo do destacamento foi assegurar o controlo e a proteção destas zonas, que Pequim considera parte do seu território soberano. O Exército chinês sublinhou que a missão foi conduzida de acordo com a lei, sublinhando a legitimidade da patrulha. A operação surge dias depois de a China ter acusado as Filipinas de “violar a soberania” chinesa, na sequência da aprovação de leis que Manila considera necessárias para proteger os direitos marítimos do país no mar do Sul da China. Pequim qualificou aquelas leis como “uma provocação” destinada a reforçar a decisão do Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia, que a China rejeita categoricamente. O recife de Huangyan tem sido um ponto de fricção entre os dois países, com confrontos contínuos desde que Pequim assumiu o controlo efectivo do mesmo em 2012. A operação chinesa surgiu no meio de tensões crescentes na região, com as Filipinas a procurarem alinhar as leis com a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar (CNUDM) e reafirmar direitos na zona económica exclusiva do país, enquanto a China mantém as reivindicações com base em argumentos históricos. Pelo mar do Sul da China transitam cerca de 30% do comércio global e abriga 12% das reservas pesqueiras do mundo, ao mesmo tempo que abriga potenciais depósitos de petróleo e gás. Desde a chegada de Ferdinand Marcos Jr. ao poder, em 2022, impulsionado pelos EUA, as Filipinas têm sido mais assertivas contra as reivindicações da China.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Plano de 10 biliões de yuan é “bom começo” para reduzir dívida oculta, diz S&P A agência de ‘rating’ S&P afirmou que o pacote de 10 biliões de yuan anunciado pela China é um “bom começo” para resolver a “dívida oculta” das administrações locais. De acordo com estimativas do ministro das Finanças chinês, Lan Fo’an, que anunciou o pacote na semana passada, o programa vai reduzir a “dívida oculta” das administrações locais e regionais de 14,3 biliões de yuan para cerca de dois biliões de yuan, até 2028. Este valor, muito aquém dos 66 biliões de yuan (8,6 biliões de euros) que o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que os canais informais de financiamento, conhecidos como LGFV, acumularam, refere-se à dívida destas entidades, reconhecida como passivo pelas administrações locais, observou a S&P. “O novo programa de conversão da dívida da China reduzirá drasticamente a dívida oculta das LGFV, mas, a dívida total continua a aumentar rapidamente e as LGFV serão responsáveis pela gestão e reembolso da própria dívida corporativa muito maior”, afirmou Laura Li, analista da S&P, num relatório. Na opinião da analista, o plano “tornará as obrigações subjacentes à grande dívida das LGFV quase completamente transparentes” e vai permitir às administrações locais poupar nos custos de financiamento. Lan estimou que as poupanças serão de cerca de 600 mil milhões de yuan (78,2 mil milhões de euros) nos próximos cinco anos fiscais. “Além disso, o fim iminente da ‘dívida oculta’ tornará as autarquias locais mais disciplinadas na gestão financeira”, argumentou Li. “No entanto, a dívida das sociedades de responsabilidade limitada é um problema muito maior e este plano não o resolverá. Esta dívida é mais do dobro do que era há cinco anos, porque as entidades estão a ser perturbadas por retornos fracos, custos de juros mais elevados e uma transição instável para uma abordagem mais comercial”, advertiu. Li disse também acreditar que os governos serão “cada vez mais relutantes” em oferecer apoio direto à dívida se uma destas instituições entrar em crise. Embora o anúncio de Lan tenha desiludido alguns analistas, que esperavam um estímulo fiscal mais ambicioso para impulsionar a procura ou resolver a crise do setor imobiliário, reconhecem que a ideia geral do governo é resolver “problemas estruturais” e, neste caso particular, sanear os balanços das administrações locais e regionais para lhes permitir reinvestir em projetos que sustentem o crescimento. As expectativas eram elevadas porque, nas últimas semanas, vários Ministérios e agências governamentais chineses realizaram múltiplas conferências de imprensa em que anunciaram, aos poucos, medidas de estímulo destinadas a relançar a recuperação económica. A fraca procura interna e externa, os riscos de deflação, os estímulos insuficientes, uma prolongada crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores e do setor privado são algumas das razões apontadas pelos analistas para explicar a situação na segunda maior economia do mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping inaugura megaporto no Peru Construído pela China, o porto de Chancay, a norte de Lima, vai ser inaugurado na quinta-feira pelo Presidente chinês, Xi Jinping, ilustrando a importância da infraestrutura nos planos de Pequim para a América Latina. Com o custo de construção estimado em 3,5 mil milhões de dólares, o porto visa servir como centro logístico fundamental na região e um ponto de ligação crucial entre a América do Sul e o Indo-Pacífico. A infraestrutura é de especial interesse para o Brasil, que pode assim obter acesso ao oceano Pacífico. O projecto Rotas de Integração da América do Sul, iniciativa do governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, para ligar o Brasil aos principais centros de comércio e desenvolvimento da região, inclui duas rotas com destino ao porto de Chancay. “Esta integração sul-americana que estamos a planear foi pensada tendo em conta mudanças económicas e estruturais dos últimos 24 anos. No passado, exportávamos mais para a Argentina, Estados Unidos e Europa. Isso mudou: a China é agora o nosso principal parceiro”, justificou o secretário de coordenação institucional do Ministério do Planeamento brasileiro, João Villaverde. Em 2023, as exportações do Brasil para a China superaram os 104 mil milhões de dólares (98 mil milhões de euros), o maior valor de sempre vendido pelo Brasil para um só país. O mercado chinês absorve já 30% das vendas brasileiras para o exterior. Para os Estados Unidos, que veem com apreensão a crescente influência da China na América Latina, o porto é visto como peça fundamental no tabuleiro económico e geopolítico da região. “Esperem até que o porto de Chancay, no Peru, seja ligado ao Brasil. Isso vai servir de alerta para todos”, disse Erik Bethel, antigo representante dos EUA no Banco Mundial, durante uma conferência em Miami sobre segurança no hemisfério ocidental. “Se não estão a acompanhar, procurem no Google. É um grande problema”, vincou. Na última década, o país asiático construiu de raiz ou comprou participações maioritárias numa vasta rede de portos fundamentais para o comércio mundial, desde o Pireu, na Grécia, a Gwadar, no Paquistão. Segundo o grupo de reflexão Council on Foreign Relations, as empresas estatais chinesas detêm participações em cerca de 100 portos em 64 países, em todos os oceanos e continentes, excepto na Antártida. A própria China alberga oito dos dez maiores portos de contentores do mundo. Durante o mesmo período, o país asiático modernizou as forças navais e tem agora a maior marinha do planeta. Com quase 18 metros de profundidade, o terminal de águas profundas do porto de Chancay pode acolher os maiores navios porta-contentores do mundo, capazes de transportar até 24.000 contentores. Segundo a Cosco Shipping Ports, a estatal chinesa que detém 60% do porto, a infraestrutura vai reduzir para já o custo do transporte de e para Peru, Chile, Colômbia e Equador, que vão deixar de ter de utilizar portos no México e nos EUA para o comércio com a Ásia. A instalação “vai permitir à China posicionar-se nesta parte do mundo”, explicou Oscar Vidarte, professor de relações internacionais na Universidade Católica do Peru, citado pela agência de notícias France-Presse. APEC | Xi Jinping no Peru O Presidente chinês, Xi Jinping, partiu ontem para o Peru para participar na cimeira do fórum de Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC), embora antes faça uma visita às Canárias, onde tem previsto fazer escala. No Peru, Xi vai participar na cimeira da APEC, que representa mais de um terço da população mundial, quase 54% do produto interno bruto (PIB) mundial e 44% do comércio mundial. À margem da cimeira, Xi poderá encontrar-se com o Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden, e com os primeiros-ministros do Japão e da Coreia do Sul. Realiza também uma visita de Estado ao Peru, durante a qual vai assinar o protocolo para otimizar o Acordo de Comércio Livre com este país. Depois da APEC, Xi parte para o Rio de Janeiro para participar na 19.ª Cimeira de Líderes do G20, de 17 a 21 deste mês, e efetuar uma visita de Estado ao Brasil. A imprensa chinesa referiu esta semana que a digressão demonstra “a procura de solidariedade da China com o Sul Global” e “as certezas” e estabilidade que Pequim proporciona numa altura em que “o mundo enfrenta desafios complexos, incluindo conflitos geopolíticos, crises económicas e incertezas”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte ratifica acordo de defesa com Rússia A Coreia do Norte ratificou um acordo histórico de defesa com a Rússia, selando a aproximação no contexto da guerra de Moscovo na Ucrânia, informou ontem a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. O acordo “foi ratificado sob a forma de um decreto” assinado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, na segunda-feira, disse a KCNA. O Presidente russo, Vladimir Putin, também assinou o tratado de defesa mútua, anunciou o Kremlin no fim de semana. Concluído durante a visita de Putin a Pyongyang, em Junho, o tratado entre os dois países prevê uma “assistência militar imediata” recíproca em caso de ataque a um dos dois. De acordo com Kiev, cerca de 11 mil soldados norte-coreanos já foram destacados para a Rússia e começaram a combater os ucranianos em território russo, na região de Kursk, uma pequena parte da qual está ocupada pelas forças ucranianas desde uma ofensiva lançada em Agosto. Até à data, o Kremlin tem evitado questões sobre a presença de reforços norte-coreanos. Cooperação estreita O acordo formaliza meses de aprofundamento da cooperação em matéria de segurança entre os dois países, que foram aliados durante a Guerra Fria. “Pyongyang e Moscovo vão reivindicar a legitimidade do destacamento do exército norte-coreano na Rússia e afirmar que esta acção é justificada pelo tratado ratificado entre as duas partes”, antecipou Hong Min, do Instituto para a Unificação Nacional, sediado na Coreia do Sul, “mesmo que o tratado não anule as resoluções da ONU que proíbem essa cooperação”. De acordo com o especialista, a ratificação do tratado abre a perspectiva de “destacamentos adicionais e potencialmente maiores” de soldados norte-coreanos na Rússia. Moscovo e Pyongyang tornaram-se consideravelmente mais próximos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. O acordo também obriga os dois países a cooperar a nível internacional para se oporem às sanções ocidentais e coordenarem posições na ONU. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Choe Son-hui, afirmou, durante uma visita recente a Moscovo, que Pyongyang ia “apoiar firmemente os camaradas russos até ao dia da vitória”, descrevendo a ofensiva contra a Ucrânia como uma “luta sagrada”.
Hoje Macau China / ÁsiaBaku | Guterres pede tributação da aviação e transporte marítimo O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou ontem em Baku a novos impostos sobre o transporte marítimo e de aviação para ajudar os países pobres a financiar a transição climática. “Os poluidores devem pagar”, disse Guterres no seu discurso de abertura da COP29, que se concentrou em grande parte nos problemas de financiamento que o mundo em desenvolvimento enfrenta na sua transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, quando são também os países pobres que menos contribuem para o aquecimento global. António Guterres, que colocou a crise climática no centro das suas preocupações desde o seu primeiro mandato, recorreu mais uma vez à retórica alarmista para sublinhar a urgência de tomar decisões: “Vamos ouvir o tiquetaque do relógio. Estamos em contagem decrescente para limitar o aumento das temperaturas para 1,5 graus e o tempo não está do nosso lado”. Lembrou que o mundo já atingiu o seu recorde de dia mais quente, também o seu mês mais quente “e este vai ser certamente o ano mais quente”, disse, recorrendo a um inquérito da Universidade de Oxford e do PNUD (Organização das Nações Unidas). “Os ricos causam o problema e os pobres pagam o preço mais alto”, sublinhou, referindo-se a um relatório da Oxfam segundo o qual “os bilionários mais ricos emitem mais carbono em uma hora e meia do que uma pessoa média emite em toda a sua vida”. Guterres recordou também os problemas que os países pobres enfrentam para conceber uma adaptação às energias limpas. “A diferença entre as necessidades de adaptação e as finanças pode atingir 359 mil milhões em 2030”, e isto significa que os países em desenvolvimento terão de alocar um mínimo de 40 mil milhões anuais de 2025 com esse objectivo, o que não conseguirão fazer sozinhos. O financiamento climático não é caridade”, frisou. António Guterres não apontou o dedo a nenhum governo, mas lançou um dardo aos países ou políticos que se agarram aos combustíveis fósseis “A revolução da energia limpa está aqui. Não há nenhum grupo, nenhuma empresa, nenhum governo que a possa travar”, referiu, lembrando que o mundo inteiro está a assistir a “uma aula magistral de destruição climática. Nenhum país está seguro”, disse. Ausências de peso A 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) arrancou na segunda-feira em Baku, no Azerbaijão, e vai decorrer até dia 22. Nem o Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden, nem o seu sucessor, o republicano Donald Trump, vão participar na reunião de Baku, ausências a que se juntam as do chefe do Kremlin, Vladimir Putin, do chinês Xi Jinping, e do brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O Presidente francês, Emmanuel Macron, também recusou o convite bem como o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen. Na segunda-feira, primeiro dia da cimeira do clima, os países adoptaram as novas regras da ONU para o controverso mercado dos créditos de carbono, um passo fundamental para ajudar os países a cumprir as obrigações climáticas.
Hoje Macau EventosMafra | VIII Festival de Música decorre até final do mês A Fundação Jorge Álvares (FJA) volta a apoiar a realização de mais uma edição do Festival de Música de Mafra Filipe de Sousa. A oitava edição decorre até final do mês e tem um programa de espectáculos de música clássica, que inclui, este sábado, o evento “Centenários de Joly Braga Santos e Gabriel Fauré”, na Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericeira. Este espectáculo conta com o Trio Parnasse. Nascido em 1924 e falecido em 1988, José Manuel Joly Braga Santos foi um compositor de música erudita e maestro português, enquanto Gabriel Fauré foi um compositor e organista francês nascido em finais do século XIX. No dia 23 de Novembro é a vez de decorrer o concerto “Grande Mestre e Convidado”, com João Elias e Jean Louis Steuerman ao piano. Este evento decorre em Mafra no Torreão Sul do Real Edifício. Também aqui decorre o concerto de encerramento, a 30 de Novembro, com Adriano Jordão ao piano e Pavel Gomzikov no violoncelo. Segundo uma nota da FJA, este festival homenageia Filipe de Sousa, “uma das mais prestigiadas figuras da musicologia portuguesa” e benemérito da FJA. “Numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Mafra e da Fundação Jorge Álvares, sob a direcção artística de Adriano Jordão, o festival deste ano presta também tributo à artista Teresa Berganza, com seis concertos ao piano e uma programação de excelência”, descreve-se ainda.
Hoje Macau EventosLivro sobre história do karting em Macau já se encontra à venda Já está disponível na Livraria Portuguesa e em outros espaços o livro “História do Karting em Macau”, da autoria de Pedro Dá Mesquita e Carlos Barreto, recentemente lançado no Museu do Grande Prémio. Esta é uma edição da Praia Grande Edições com o patrocínio do Galaxy Entertainment Group. Trata-se de uma edição trilingue e é o resultado de um trabalho de pesquisa iniciado em 2008, “através da recolha de documentos antigos, histórias e imagens” junto de praticantes e dirigentes ligados à modalidade, “desde as suas humildes origens até aos dias de hoje, ao longo de décadas de tremendas mudanças nas infraestruturas, tecnologia, segurança e comunicações”, disse Carlos Barreto na apresentação do livro. A primeira prova de Karting em Macau realizou-se no já longínquo ano de 1965 e teve como principal impulsionador Teddy Yip, empresário também ligado à organização das primeiras edições do Grande Prémio de Macau. Ao longo dos anos, o kartódromo do território acolheu importantes nomes da modalidade, como o actual tri-campeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen, aqui tendo iniciado também carreiras de sucesso no desporto automóvel pilotos locais como André Couto e Charles Leong Hong Chio, vencedores dos Grandes Prémios de Macau de Fórmula 3, em 2000, e de Fórmula 4, em 2020 e 2021, respectivamente. Um percurso na escrita “Quando fui desafiado a escrever este livro, estava longe de imaginar quão interessante seria esta viagem que estamos agora em condições de partilhar com os leitores”, confessou Pedro Dá Mesquita, co-autor do projecto. “Espero que o prazer que tive em escrevê-lo seja o mesmo que terá quem o leia”. Daniel Tam Ka Keong, um dos pilotos e instrutores de karting presentes na cerimónia de lançamento do livro, convidou os amantes da modalidade a “explorarem a apaixonante evolução do karting em Macau através desta cativante narrativa da sua história”. A Praia Grande Edições surge associada a este projecto “por se inscrever na sua vocação editorial, intimamente ligada a temas relacionados com a história de Macau, neste caso na sua vertente desportiva”, explicou Ricardo Pinto, administrador da empresa. O livro tem 276 páginas, 33 das quais com imagens que ilustram a evolução da modalidade ao longo dos últimos 60 anos.
Hoje Macau EventosGrande Baía | Memórias em exposição de pintura na Fundação Rui Cunha He Honglang, Li Zhuchao e Fu Rao são três jovens artistas de Macau que juntaram as suas veias artísticas para uma exposição conjunta na Fundação Rui Cunha. “The First Moment of Pure Flowers Bloom” terá uma curta duração, com fim apontado para este sábado, mas será possível observar a leitura artística que estes residentes fazem do espaço inerente à Grande Baía Foi inaugurada esta terça-feira uma nova exposição de pintura na Fundação Rui Cunha (FRC). Trata-se de “The First Moment of Pure Flowers Bloom – Memories of Bay Area Cities” [O Primeiro Momento em que as Flores Puras Florescem – Memórias das Cidades da Área da Baía], dos jovens artistas He Honglang, Li Zhuchao e Fu Rao, sendo esta co-organizada pela Associação de Arte Juvenil de Macau. O público poderá, assim, ver 26 pinturas a óleo e gravuras criadas pelos três artistas que são também estudantes de mestrado da Universidade Politécnica de Macau. Nestes trabalhos expressa-se, segundo uma nota da FRC, “o estilo urbano único e a atmosfera cultural da Grande Baía através da pintura feita com devoção”. Na nota de intenções, descreve-se que o tema da exposição “simboliza a busca dos artistas pela vida e pela beleza, bem como a exploração de uma nova existência e esperança”. “Enquanto estudam em Macau, os artistas participantes vivenciam o espírito humanístico do continente e da Grande Baía com ‘coração puro’ e geram motivação e força criativa”, é ainda descrito. Forma de expressão A exposição que está patente esta semana na FRC traz obras que “não são apenas uma exploração da renovação e da esperança, mas também um olhar afectuoso sobre a passagem do tempo e a mudança da cidade”. Descreve-se ainda que através destes quadros, “o público irá vivenciar o momento puro do início da vida, e sentir o calor e a transitoriedade da memória da cidade”. Aqui, os artistas “atravessam as fronteiras de regiões e culturas para nos apresentarem cidades repletas de histórias”, nomeadamente no caso do He Honglang, que se centra “na coexistência de edifícios antigos e novos na cidade da Grande Baía e na integração da arquitectura chinesa e ocidental”. Enquanto isso, Li Zhuchao “centra-se na situação actual da indústria pesqueira de Macau”, e Fu Rao “centra-se nas cenas em movimento”. Ainda segundo o manifesto da mostra, as cidades da Grande Baía “deixaram de ser apenas espaços físicos, mas passaram a ser portadoras de memória e emoção urbana”, pois cada obra apresentada na exposição “é como uma pequena peça de um puzzle, quando juntas formam uma magnífica imagem da cidade, da memória, do tempo”. A Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é um projecto político que visa a cooperação e integração regional entre Macau, Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong.