Hoje Macau SociedadeMa Man Kei e Henry Fok distinguidos pelo Partido Comunista Chinês [dropcap]O[/dropcap] canal chinês da Rádio Macau noticiou ontem que o comité central do Partido Comunista Chinês (PCC) distinguiu personalidades de Macau que contribuíram para o processo de reforma económica no país durante o Governo de Deng Xiaoping. Um dos nomes da lista é o de Ma Man Kei, empresário chinês falecido e um dos rostos que serviu de ponte entre as comunidades chinesa e portuguesa em Macau. Num anúncio publicado no jornal Diário do Povo, o PCC defende que Ma Man Kei aproveitou o seu prestígio no seio dos empresários chineses no exterior para promover políticas nacionais na área da economia, tendo organizado também visitas de delegações de empresários de Macau e de Hong Kong ao interior da China. A lista de personalidades estará agora sujeita a opiniões recolhidas até final deste mês, sendo que Henry Fok, também empresário local, consta igualmente da lista. Outra das personagens em destaque na lista é Jack Ma, fundador do grupo Alibaba.
Hoje Macau EventosBuenos Aires vai acolher “a beleza da inquietude e da luta” do cinema português [dropcap]O[/dropcap]s realizadores João Salaviza, Renée Nader Messora, João Viana, João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata vão acompanhar, em Buenos Aires, a 6.ª Semana de Cinema Português, que decorre de 6 a 9 de Dezembro. “Terra Franca”, a premiada primeira longa-metragem de Leonor Teles, “Djon África”, o novo filme de João Miller Guerra e Filipa Reis, “Our Madness”, de João Viana, “Luz Obscura”, de Susana Sousa Dias, “Spell Reel”, de Filipa César, e uma retrospectiva dedicada ao cinema, de João Pedro Rodrigues, são destaques da programação que abre com “Altas Cidades de Ossadas”, de João Salaviza, anunciou a associação cinematográfica Vaivém. A iniciativa, dedicada a um cinema marcado pela “beleza da inquietude e da luta”, como é definido, seguirá para Santiago do Chile no dia 10 de Dezembro, e envolve 17 produções e co-produções portuguesas, de uma dezena de cineastas. Organizada pela associação Vaivém, a mostra tem por centro o Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires, e conta com o apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Fundação Calouste Gulbenkian. A programação divide-se em três secções que cruzam entre si “diferentes linhas”: visões da história pós-colonial, o panorama do documentário actual português e a retrospectiva de João Pedro Rodrigues. Deste cineasta, serão exibidos as longa-metragens “O Fantasma”, “Odete”, “Morrer como um Homem”, “O Ornitólogo” e “A Última vez que vi Macau”, rodado em parceria com João Rui Guerra da Mata, todos eles selecionados ou distinguidos em festivais, das secções paralelas de Cannes, a Locarno, de Turim e Veneza, a Bogotá e Buenos Aires, sem esquecer os portugueses Caminhos e IndieLisboa. Serão também projectadas as ‘curtas’ “Iec Long”, “Manhã de Santo António”, “Mahjong” e a mais recente, “Oú en êtes-vous, JPR?”, muitas de direcção partilhada com Guerra da Mata. Na secção “Pós-colonialismo”, serão projectados “Spell Reel”, sobre arquivos da Guiné-Bissau – filme selecionado para Berlim e premiado em Vila do Conde -, “Djon Africa”, sobre um descendente de cabo-verdianos, “Luz Obscura”, a partir os arquivos da PIDE e do militante comunista Otávio Pato, “Our Madness”, rodado num hospital psiquiátrico, em Maputo, e “Altas Cidades de Ossadas”, com recordações do ‘rapper’ Karlon, nascido num subúrbio de Lisboa. A secção Panorama inclui “Terra Franca”, sobre um pescador do Tejo, filme já premiado em festivais como o Cinema du Réel, em França, “Ama San”, de Claudia Varejão”, distinguido no DocLisboa e no Karlovy Vary, sobre caçadoras de pérolas, no Japão, que mergulham em apneia, e “Fátima”, de João Canijo, que acompanha uma peregrinação de mulheres, e recebeu o Prémio Autores. Nesta secção será também exibido “Chuva é cantoria na Aldeia dos Mortos”, de Salaviza e Renée Nader Messora, premiado pelo júri da secção Un Certain Regard, em Cannes, e nos festivais de cinema de Mar del Plata, na Argentina, e Rio de Janeiro, no Brasil. Foi rodado numa aldeia indígena dos Krahô, no estado brasileiro de Tocatins. Em Cannes, João Salaviza e Renée Nader Messora disseram que o prémio foi também para “o Brasil indígena, historicamente negado, silenciado, assassinado”. Além das projecções haverá ‘workshops’ e encontros com realizadores na Universidade Torcuato Di Tella, no Museu do Cinema e na Universidad del Cine. “Todos estes filmes, entrelaçados, tecem uma paisagem humanista, de procura e resistência, marcada por essa densa e contundente beleza da inquietude e da luta. Um conjunto que [a associação] Vaivém está orgulhosa por dar a conhecer”, escreve a organização.
Hoje Macau EventosMorreu o realizador italiano Bernardo Bertolucci [dropcap]O[/dropcap] realizador italiano Bernardo Bertolucci, responsável por filmes como “O Último Tango em Paris” e o “Último Imperador”, faleceu em Roma, aos 77 anos, informaram hoje os meios de comunicação italianos. Poeta, produtor, guionista e cineasta era considerado “o grande mestre” do cinema italiano por ter realizado obras-primas como “O Último Imperador”, com o qual ganhou um Óscar. Bernardo Bertolucci nasceu a 16 de Março de 1940 em Parma, Itália, tendo estudo Literatura Moderna na Universidade de Roma. Em 1961, participou como assistente de realização do filme “Accatone”, de Pier Paolo Pasolini. No ano seguinte dirigiu a sua primeira longa-metragem, “La Commare Secca”, e dois anos depois dirigiu “Prima della rivoluzione”. A seguir dirigiu o conto de Jorge Luís Borges “La Strategia del Ragno” (1970) e, ainda nesse ano, “Il Conformista”, baseado na obra de Alberto Moravia. Em 1972 realizou “O Último Tango em Paris”, filme que causou polémica um pouco por todo o mundo devido às cenas de sexo, com Marlon Brando e Maria Schneider como protagonistas. Com o “Último Tango em Paris”, Bertolucci foi nomeado para o Óscar de Melhor Realizador. Em 1976, dirigiu o épico “1900”, que contava com um elenco de luxo com nomes como Robert de Niro, Gérad Dépardieu, Donald Sutherland, Burt Lancaster, Sterling Hayden e Dominique Sanda. Em 1987, dirigiu “O Último Imperador”, que foi um sucesso mundial, tendo sido galardoado com nove Óscares, entre os quais o de Melhor Filme e Melhor Realizador. Mais tarde, voltou ao cinema com “Um Chá no Deserto”, “O Pequeno Buda” (1993), “Beleza Roubada” (1996) e “Assédio” (1998).
Hoje Macau SociedadeSismo de magnitude 5,7 em Taiwan sentido em Macau e Hong Kong [dropcap]U[/dropcap]m sismo de magnitude 5,7 na escala de Richter foi hoje registado ao largo da costa oeste de Taiwan, tendo sido sentido em Macau e Hong Kong. De acordo com os meios de comunicação de Taiwan, as autoridades indicaram desconhecer, até ao momento, a existência de vítimas ou de danos materiais. O Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos (USGS) indicou que o abalo foi registado às 07h57, com epicentro a cerca de 100 quilómetros do arquipélago Pescadores (ou Penghu), no estreito da Formosa, e hipocentro a aproximadamente 13 quilómetros de profundidade. Já o Instituto Central do Clima de Taiwan registou uma magnitude de 6,1. Em Macau, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) recolheram “vários relatos da população sobre o abalo sísmico”, que ocorreu a 534 quilómetros do território, enquanto o Observatório de Hong Kong recebeu perto de mil contactos de cidadãos que sentiram o sismo. De acordo com estimativas iniciais dos responsáveis daqueles serviços da antiga colónia britânica, a intensidade foi de 4, na escala Mercalli, que mede os efeitos dos terramotos. Intensidade 4 significa que objetos pendurados, janelas, pratos e portas abanaram. A ilha de Taiwan situa-se perto da junção de duas placas tectónicas e regista regularmente sismos. Em Fevereiro, a cidade de Hualien (leste) foi atingida por um sismo de magnitude 6,4, que causou 17 mortos. O pior balanço das últimas décadas foi registado em setembro de 1999, quando um sismo de magnitude de 7,6 deixou 2.400 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaCientista chinês alega ter criado primeiros bebés geneticamente manipulados [dropcap]U[/dropcap]m cientista chinês afirmou hoje que ajudou a criar os primeiros bebés geneticamente manipulados do mundo, gémeas cujo ADN He Jiankui disse ter alterado com tecnologia capaz de reescrever o ‘mapa da vida’. A revelação foi feita pelo próprio em Hong Kong a um dos organizadores de uma conferência internacional sobre manipulação de genes que deve começar na terça-feira e, anteriormente, em entrevistas exclusivas à agência de notícias Associated Press (AP). “A sociedade decidirá o que fazer a seguir”, argumentou na entrevista. O cientista He Jiankui, da cidade de Shenzhen, disse que alterou os embriões durante os tratamentos de fertilidade de sete casais, tendo resultado numa gravidez até agora. Jiankui afirmou que o objectivo não é curar ou prevenir uma doença hereditária, mas tentar criar uma capacidade de resistência a uma possível infecção futura de VIH-Sida. O cientista adiantou que os pais envolvidos não quiseram ser identificados ou entrevistados e não disse onde estes moram ou onde o trabalho foi realizado. Não há confirmação independente da reivindicação de He Jiankui, que tão pouco foi publicada ou examinada por outros especialistas. Alguns cientistas ficaram espantados ao terem conhecimento da alegação e condenaram-na com veemência. É “inconcebível… uma experiência em seres humanos que não é moralmente ou eticamente defensável”, criticou um especialista em manipulação de genes da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), Kiran Musunuru, e editor de uma revista de genética. “Isso é prematuro demais”, declarou o diretor do Scripps Research Translational Institute (estado norte-americano da Califórnia), Eric Topol. No entanto, um famoso geneticista, George Church, da Universidade de Harvard (estado norte-americano do Massachusetts), defendeu a manipulação de genes para combater o vírus do VIH-Sida, que apelidou de “uma grande e crescente ameaça à saúde pública”. “Acho que isso é justificável”, defendeu Church. Nos últimos anos, os cientistas descobriram uma maneira relativamente fácil de manipular genes. A ferramenta, chamada de CRISPR-cas9, torna possível alterar o ADN para fornecer um gene necessário ou desativar um que esteja a causar problemas. Só recentemente foi tentado em adultos para tratar doenças mortais, mas as mudanças estão confinadas a essa pessoa. A manipulação de espermatozóides, óvulos ou embriões é diferente, já que as alterações podem ser herdadas. A China proíbe a clonagem humana, mas não especificamente a manipulação de genes. Jiankui estudou nas universidades de Rice e Stanford nos Estados Unidos antes de regressar à terra de origem para abrir um laboratório na Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, em Shenzhen, onde também tem duas empresas de genética. Um cientista norte-americano garantiu ter trabalhado com Jiankui nesse projecto. Trata-se de um professor de física e bioengenharia, Michael Deem, que foi seu conselheiro na Universidade de Rice, em Houston. Deem também detém “uma pequena participação” nas duas empresas de Jiankui, disse. O investigador chinês referiu que praticava a manipulação genética de ratos, macacos e embriões humanos no laboratório há vários anos e solicitou patentes sobre a sua metodologia. He Jiankui acrescentou que optou por testar a manipulação genética de embriões para o VIH, porque o vírus é um grande problema na China. O cientista tentou desactivar um gene chamado CCR5, que forma uma porta proteica que permite que o VIH, o vírus que causa a Sida, entre numa célula. Todos os homens do projecto tinham VIH, enquanto que todas as mulheres não, mas a manipulação genética não visava evitar o pequeno risco de transmissão, explicou. Os pais tiveram as suas infecções profundamente reprimidas por medicamentos padrão para o VIH e existem maneiras simples de evitar que infectem descendentes que não envolvem a alteração de genes. Em vez disso, a intenção era oferecer aos casais afectados pelo VIH a hipóteses de terem um filho que pudesse ser protegido de um destino semelhante. He Jiankui recrutou casais através de um grupo de defesa de casos relacionados com o vírus da Sida, Baihualin, que tem a sua sede em Pequim. O seu líder, conhecido pelo pseudónimo “Bai Hua”, afirmou à AP que não é incomum na China que pessoas com VIH percam empregos ou que tenham problemas para obter assistência médica se as infecções forem divulgadas.
Hoje Macau SociedadeAbuso sexual | Profissional de medicina tradicional chinesa suspenso [dropcap]U[/dropcap]m médico de medicina tradicional chinesa foi suspenso na sexta-feira por suspeita da prática de abuso sexual durante o exercício da actividade, indicaram os Serviços de Saúde, dando conta de que a alegada vítima participou o caso à polícia. O médico exercia numa policlínica dedicada à medicina tradicional chinesa localizada no NAPE. O caso encontra-se sob investigação, mas devido à “gravidade das acusações”, foi ordenada, de imediato, a suspensão preventiva da actividade, explicaram os Serviços de Saúde, admitindo a possibilidade de existirem mais pacientes que foram submetidas a tratamento inadequado pelo médico. Neste sentido, os Serviços de Saúde apelam às pacientes que tenham sido examinadas ou tratadas pelo médico em causa de forma inadequada para reportarem o caso à Unidade junto da Unidade Técnica de Licenciamento das Actividades e Profissões Privadas de Prestação de Cuidados de Saúde (UTLAP) ou às autoridades. No mesmo comunicado, os Serviços de Saúde sublinham que, de modo a evitar conflitos aquando do contacto de partes íntimas, os profissionais de saúde devem cumprir os procedimentos operacionais padrão. Assim, se o paciente for menor de idade os exames têm de ser efectuados na presença de uma terceira pessoa, podendo o mesmo ser solicitado quando médico e paciente forem de sexos diferentes, de modo a que o tratamento seja realizado numa situação segura, salientam os Serviços de Saúde.
Hoje Macau China / ÁsiaFuncionários presos na China por tentarem formar sindicato sem acesso a família e advogados [dropcap]A[/dropcap] Amnistia Internacional (AI) denunciou sábado a situação em que vivem vários funcionários presos na China por tentarem formar um sindicato, que estão impedidos de verem as famílias e com um acesso restringido aos advogados. “Há preocupação com o seu bem-estar e com o acesso a um julgamento justo”, refere esta organização defensora dos direitos humanos em comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE, acrescentando que os quatro homens enfrentam “dificuldades contínuas” para se encontrarem com os respectivos advogados desde que foram detidos. Perante esta situação, a AI pediu ao governo chinês que os quatro homens “sejam libertados ou julgados de acordo com os padrões internacionais em julgamentos justos, e não pelo exercício pacífico dos seus direitos à liberdade de expressão e reunião”. A organização exigiu também que os presos tenham “acesso regular e irrestrito aos seus parentes e advogados”. Desde Maio, os funcionários da empresa tecnológica Jasic, que tem fábricas nas cidades de Shenzhen e Chengdu, empregando ao todo 1.200 funcionários, têm vindo a reivindicar os seus direitos, depois de a empresa demitir os trabalhadores mais críticos. Os funcionários também protestam contra os baixos salários, as más condições de trabalho e outras práticas de gestão abusivas por parte da entidade patronal. Em Julho deste ano, vários funcionários foram presos e acusados de “provocar discussões e problemas”, estando, pelo menos três destes trabalhadores detidos, além de uma representante de uma Organização Não Governamental que foi presa por gritar palavras de ordem em apoio aos trabalhadores em frente a uma esquadra da polícia. Além disso, denúncia AI, alguns representantes dos trabalhadores foram demitidos e outros espancados por pessoas não identificadas depois de tentarem voltar a trabalhar na fábrica.
Hoje Macau China / ÁsiaOsaka, no Japão, volta a sediar Expo em 2025 [dropcap]A[/dropcap] cidade de Osaka, no Japão, vai acolher a Exposição Universal em 2025 (Expo 2025), pela segunda vez na história, depois de ultrapassar Ecaterimburgo, na Rússia, e Baku, capital do Azerbaijão, numa votação realizada sexta-feira em Paris. “Estou muito feliz (…) que o Japão tenha sido escolhido como sede da Expo”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, no qual expressou gratidão “pela amizade e solidariedade dos países que apoiaram o Japão”. Osaka foi palco da Exposição Universal em 1970, sob o tema “Progresso e Harmonia para a Humanidade”. Desta vez, apresenta-se ao mundo com o tema “Conceber a sociedade do futuro, imaginar a nossa vida amanhã”, entre Março e Novembro de 2025. O líder nipónico descreveu a notícia como uma “grande oportunidade para transmitir o encanto do Japão ao mundo” e mostrou-se convicto de que o evento irá contribuir para o aumento do número de turistas no país e para a revitalização das economias regionais. As Exposições Universais são realizadas a cada cinco anos, podem durar até seis meses e permitem que os países participantes construam seus próprios pavilhões. A última Expo teve lugar em Milão, em 2015, sob o tema “Alimentar o planeta, energia para a vida”. A próxima será realizada em 2020, no Dubai, que venceu a ‘corrida’ com o tema “Unindo mentes, criando o futuro” e com a intenção de abordar três sub-temas: mobilidade, sustentabilidade e oportunidade. Será a primeira vez que a Expo se realizará no Médio Oriente. A Expo é o terceiro maior evento internacional em termos de impacto económico e cultural, atrás do Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos.
Hoje Macau SociedadeRestauro | Templo de Sin Fong fechado até 20 de Janeiro [dropcap]O[/dropcap] Templo de Sin Fong vai ficar encerrado ao público até ao próximo dia 20 de Janeiro, indicou o Instituto Cultural (IC), dando conta de que se encontra a proceder ao restauro do telhado e das paredes do imóvel. O Templo de Sin Fong, situado na Travessa de Coelho do Amaral, que tem pelo menos 190 anos de história, figura no segundo grupo de bens imóveis que o Governo pretende classificar como património de Macau. A abertura do procedimento de classificação teve lugar no início de Novembro, decorrendo, até 5 de Janeiro, a consulta pública exigida ao abrigo da Lei de Salvaguarda do Património.
Hoje Macau SociedadeJockey Club | Governo voltou a perdoar renda de 15 milhões [dropcap]O[/dropcap] Governo voltou a perdoar à Companhia de Corridas de Cavalos a renda de 15 milhões de patacas que está obrigada a pagar à luz do contrato de concessão, cujo exclusivo foi, aliás, renovado em Março por um período de 24 anos e meio. A notícia foi avançada na sexta-feira pela Rádio Macau que ressalva, porém, que nem a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) nem a Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) esclareceram se a isenção foi total ou parcial tanto no que diz respeito a este ano como ao anterior. A única informação pública relativamente à receita encaixada pelo Governo com o exclusivo das corridas de cavalos surge nos relatórios de execução do orçamento. No ano passado, o Executivo previa arrecadar 21,5 milhões de patacas em receitas com o exclusivo das corridas (renda e prémios não reclamados pelos jogadores), mas apenas cobrou 38 por cento do previsto. Segundo a Rádio Macau, a Direcção dos Serviços de Finanças remeteu a resposta relativamente à diferença para a DICJ que acabou por confirmar que a explicação tinha sido facultada pela DSF aos deputados da 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que analisa o relatório da execução do orçamento de 2017, num encontro em que justificou a baixa taxa com os prejuízos do Jockey Club, segundo o jornal Ou Mun. A DICJ acabou por confirmar à emissora que a empresa voltou a ser autorizada pelo secretário para a Economia e Finanças a não pagar os 15 milhões de patacas de renda anual, sem clarificar se a isenção concedida em 2017 e também este ano foi total ou parcial. 2008 foi o último ano em que o Executivo cobrou a totalidade da renda. Até ao momento, e pela primeira vez em 16 anos, a empresa não pediu isenção para 2019, ainda segundo a Rádio Macau.
Hoje Macau SociedadeMercados e vendilhões | IACM quer injectar “nova dinâmica” no sector [dropcap]O[/dropcap] Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) publicou, este sábado, os resultados da consulta pública sobre os futuros regimes de gestão dos mercados públicos e dos vendilhões, à luz dos quais a população concorda com alterações aos regulamentos actualmente em vigor por estarem desactualizados, com o sector profissional a debruçar-se mais sobre os pormenores operacionais. Em comunicado, o IACM indica que do universo de opiniões recolhidas predominaram as relativas à optimização das normas de gestão e às medidas transitórias. A restrição da suspensão da actividade foi o ponto que mereceu mais atenção por parte dos vendedores de banca. O IACM reitera que pretende injectar uma “nova dinâmica” no sector, com a criação de um mecanismo de acesso por concorrência, de pontuação e imposição de limites para os contratos de arrendamento. De acordo com as Linhas de Acção Governativa (LAG), ambas as propostas de lei devem ser concluídas no quarto trimestre do próximo ano.
Hoje Macau SociedadeUrso BoBo | Processo de embalsamamento em curso [dropcap]O[/dropcap] presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), José Tavares, revelou ontem que o processo de embalsamamento do urso BoBo já teve início. O procedimento está a ser realizado por especialistas de Shenzhen e deverá estar concluído dentro de duas semanas, referiu ao Jornal do Cidadão. O responsável espera que com esta acção motive os estudantes para o estudo das ciências. Confrontado com o desagrado da população acerca do procedimento, Tavares esclareceu que o processo começou antes da população se manifestar contra. Por outro lado, trata-se de um processo que tem que ser feito com rapidez. Também a deputada Agnes Lam se mostrou contra o embalsamamento de BoBo. À mesma fonte, Lam referiu que o procedimento não se justifica porque não se trata de uma espécie em vias de extinção. Acresce ainda o facto de Macau não realizar pesquisas acerca do urso preto asiático pelo que não trará qualquer benefício para estudos científicos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwaneses dizem não ao casamento ‘gay’ em referendo [dropcap]O[/dropcap]s taiwaneses aprovaram este sábado um referendo contra o casamento ‘gay’, um passo atrás que pode dificultar a ordem do Supremo Tribunal para legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo em 2019. A votação vai contra a decisão histórica tomada pela Justiça taiwanesa em Maio do ano passado, que deu luz verde ao reconhecimento entre pessoas do mesmo sexo e estabeleceu o prazo de dois anos para que fosse aprovada uma legislação. Os taiwaneses também rejeitaram alterar o nome da ilha em competições desportivas. Propunha-se adoptar “Taiwan” em vez da actual “Taipé chinesa”, um claro desafio a Pequim. No mesmo dia, em que se realizaram dez referendos, o partido no poder, pró-independência, sofreu uma pesada derrota nas eleições locais, levando a presidente Tsai Ing-wen a deixar a direcção da formação. A China já saudou os resultados. O Kuomintang, principal partido da oposição, mais aberto a compromissos com a China, disse ter conquistado a presidência de 15 dos 22 municípios, quando no anterior escrutínio tinha obtido apenas seis. O Partido Progressista Democrático (PPD), que tinha 13, indicou ter conseguido seis. Tsai e o PPD são assim penalizados pela deterioração dos laços com a China, que continua a considerar Taiwan como parte integrante do seu território. “Enquanto dirigente do partido no poder, assumirei a total responsabilidade pelo resultado das eleições locais de hoje. Demito-me do meu cargo de presidente do PPD”, anunciou Tsai à imprensa. “Os nossos esforços não foram suficientes e desiludimos os nossos apoiantes”, adiantou a Presidente, apresentando as suas “sinceras desculpas”. Tsai Ing-Wen, eleita em 2016, tinha apresentado as eleições como um referendo à vontade da sua administração em manter a independência da ilha face a Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaTsai Ing-wen sofre derrota pesada em Taiwan e abandona liderança do partido [dropcap]O[/dropcap] partido no poder em Taiwan sofreu no sábado uma pesada derrota nas eleições locais, levando a presidente Tsai Ing-wen a deixar a direção da formação, num contexto de crescente pressão económica e política da China. O Kuomintang, principal partido da oposição, mais aberto a compromissos com a China, disse ter conquistado a presidência de 15 dos 22 municípios, quando no anterior escrutínio tinha obtido apenas seis. O Partido Progressista Democrático (PPD), que tinha 13, indicou ter conseguido seis. Tsai e o PPD são assim penalizados pela deterioração dos laços com a China, que continua a considerar Taiwan como parte integrante do seu território. “Enquanto dirigente do partido no poder, assumirei a total responsabilidade pelo resultado das eleições locais de hoje. Demito-me do meu cargo de presidente do PPD”, anunciou Tsai à imprensa. “Os nossos esforços não foram suficientes e desiludimos os nossos apoiantes”, adiantou a presidente, apresentando as suas “sinceras desculpas”. Tsai Ing-Wen, eleita em 2016, tinha apresentado as eleições como um referendo à vontade da sua administração em manter a independência da ilha face a Pequim. Presidente da Comissão Eleitoral de Taiwan demitiu-se O presidente da Comissão Eleitoral de Taiwan, Chin In-chin, demitiu-se após numerosas críticas, um dia depois de eleições locais, que representaram uma pesada derrota para o partido no poder. “A demissão foi aceite pelo primeiro-ministro, La Ching-te”, disse o porta-voz do Governo, Kolas Yotaka, numa conferência de imprensa. A Comissão Eleitoral foi muito criticada por ter começado a dar informações sobre os resultados da eleição quando muitos eleitores ainda não tinham votado. O candidato do partido da oposição Kuomintang (KMT) à câmara de Taipé, Ting Shou-chung, pediu a anulação do resultado das eleições, que perdeu para o independente Ko Wen-je por menos de 0,3%, por considerar que o anúncio de resultados pode ter afetado a votação. Na sua carta de demissão, Chin In-chin disse que os muitos referendos, 10, ao mesmo tempo da escolha dos representantes locais, representaram um peso acrescido para as assembleias de voto dados os recursos disponíveis, pedindo desculpa e responsabilizando-se pelas longas filas e atrasos.
Hoje Macau China / ÁsiaMaquete de expansão da Escola Portuguesa de Díli apresentada ao público [dropcap]A[/dropcap] maquete do projecto de expansão da Escola Portuguesa de Díli (EPD), que prevê 25 novas salas e um pavilhão multi-usos, foi apresentada esta semana na unidade escolar, devendo as obras arrancar já em 2019. O processo de expansão, que terá um custo total de cerca de 5 milhões de dólares, permitirá aumentar significativamente a capacidade de acolhimento de alunos, disse à Lusa o director da escola, Acácio Brito. Está prevista a construção de mais um piso no edifício principal, a construção de uma sala multi-usos que servirá como auditório e ginásio e ainda a instalação de dois campos desportivos, entre outras melhorias e alterações. Este ano a EPD tem 1.032 alunos, com 270 no ensino pré-escolar, 376 no 1.º ciclo, 131 no 2.º ciclo, 144 no 3.º ciclo e 121 no ensino secundário. Intervindo na apresentação da maquete, o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, recordou as longas listas de espera que a EPD já tem atualmente. As obras são, disse, “mais um passo deste processo de melhorar as condições que permitem a esta Escola proporcionar uma educação de qualidade e manter-se como referência, na oferta educativa em Timor-Leste”. “O projecto de ampliação das instalações da escola torna-se essencial para o cumprimento dos objetivos base desta instituição, quer de garantia da qualidade do ensino, quer na melhoria dos resultados dos alunos, quer de alargamento do número de admissões, para incluir todos os que, anualmente, se candidatam e ficam de fora, por falta de capacidade física de os integrar na escola”, referiu. “Este alargamento permitirá, igualmente, expandir a oferta formativa para os docentes, através do Centro de Formação, que, até ao momento, se tem ocupado exclusivamente da formação dos docentes da EPRC, e que pretende colocar-se ao serviço da formação de professores em funções no sistema educativo timorense”, notou ainda. A EPD integra-se no programa de cooperação bilateral entre Portugal e Timor-Leste que em 2017, e que segundo valores da Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD) ultrapassou os 13 milhões de euros. Da cooperação portuguesa fazem ainda parte, entre outros programas, o projecto dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), que abrange a educação pré-escolar e do ensino básico em 13 municípios e que, no próximo ano letivo, se alargará ao ensino secundário. Fazem ainda parte o projecto Formar Mais, para a formação contínua de professores e apoio à gestão escolar, o projeto de Capacitação da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) em Língua Portuguesa e formação, entre outros, a jornalistas e Forças de Defesa. No âmbito da cooperação portuguesa na área educativa são atribuídas anualmente bolsas de estudo no ensino público em Portugal para os graus de licenciatura, mestrado e doutoramento e bolsas de estudo internas para frequência do ensino superior em Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim condena ataque contra consulado chinês no Paquistão [dropcap]P[/dropcap]equim condenou hoje o ataque esta manhã contra o consulado chinês em Karachi, cidade portuária no sul do Paquistão, no qual morreram pelo menos sete pessoas, já reivindicado por um movimento separatista paquistanês. “A China condena veementemente qualquer ataque violento contra as agências consulares diplomáticas e pede ao Paquistão que tome medidas concretas para garantir a segurança dos cidadãos e instituições chineses no Paquistão”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Geng Shang, durante uma conferência de imprensa. Dos sete mortos, pelo menos dois são civis e outros dois são policiais “Três ou quatro homens armados entraram no consulado chinês e quando foram interceptados começaram a disparar sobre a polícia que protegia o complexo”, disse à agência Efe o porta-voz da polícia, Mohamed Ishfaq. A televisão loca emitiu imagens de fumo a sair do complexo consular, que também é residência de diplomatas e outros funcionários chineses. O Exército de Libertação do Baluchistão (ALB), já reivindicou o ataque, de acordo com a agência France-Presse (AFP). “Lideramos o ataque e a nossa acção continua”, disse ao telefone o porta-voz do movimento separatista, Geand Baloch. O ALB é um dos grupos que operam no Baluchistão, uma província que é palco de ataques de grupos armados islâmicos, mas também de ataques de rebeldes locais que defendem a autonomia ou até a independência da região. O Baluchistão é a maior, mas também a mais pobre província do Paquistão, apesar dos vastos depósitos minerais e de gás. A China, um dos aliados mais próximos do Paquistão, investiu mais de mil milhões de dólares no Corredor Económico China-Paquistão (CPEC). Muitas infra-estruturas, rodovias, centrais elétricas e hospitais devem ser construídos neste contexto, além de um porto em Gwadar, no Baluquistão, que dará acesso direto dos produtos chineses ao mar arábico. Karachi, a maior cidade do Paquistão, com mais de 15 milhões de habitantes, viveu anos de violência política, sectária ou étnica perpetrada por grupos armados ou criminosos.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 12 jornalistas foram mortos nas Filipinas na actual Presidência [dropcap]P[/dropcap]elo menos 12 jornalistas foram mortos nas Filipinas durante a Presidência de Rodrigo Duterte e centenas foram submetidos a assédio e ameaças, de acordo com um relatório divulgado hoje por vários grupos que defendem a liberdade de imprensa. “Estes casos mostram o perigo do exercício do jornalismo independente nas Filipinas, cuja imprensa é considerada uma das mais livres e pluralistas da Ásia”, lamentaram hoje a Freedom for Media, o Sindicato Nacional de Jornalistas das Filipinas e o Centro Filipino de Jornalismo Investigativo. Estas entidades relataram que os casos de assédio e intimidação contra jornalistas aumentaram durante o Governo do Presidente filipino, que começou a 30 de junho de 2016, e têm piorado nos últimos seis meses, especialmente na Internet. No mesmo período, ocorreram três assassínios e uma tentativa de assassínio, concluem as organizações. O relatório sublinhou que 44% dos actos foram cometidos por “agentes do Estado ou funcionários públicos” e que as formas de intimidação variam desde o ‘cyberbullying’, insultos, ameaças verbais, a prisão temporária e a remoção de artigos da internet. “As perspectivas de liberdade de imprensa e apoio dos cidadãos aos jornalistas estão em perigo num período de crescente autoritarismo”, lamentaram os grupos mencionados. O sindicato de jornalistas nas Filipinas considerou que “os cidadãos têm sido enganados para apoiar o surgimento de líderes autocráticos que prometem soluções rápidas para os males incrustados”, usando o pretexto de que “a democracia fracassou para minar as liberdades inalienáveis”. O relatório foi publicado hoje por ocasião do nono aniversário do massacre de Ampatuan, em que 58 civis foram mortos – entre os quais 32 jornalistas – por homens armados a mando de um poderoso clã num dia de eleição na província de maioria muçulmana de Maguindanao, na ilha sul de Mindanau. Nove anos depois, ninguém ainda foi condenado pelo massacre, embora o secretário da Justiça, Menardo Guevarra, tenha dito hoje que o processo judicial terminará em breve e que espera uma sentença para o próximo ano.
Hoje Macau China / ÁsiaVice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês fala da agenda de Xi Jinping na visita a Lisboa [dropcap]A[/dropcap] China enalteceu hoje a “cooperação activa” com Portugal em países terceiros, em África e na América Latina, nas vésperas da visita do Presidente Xi Jinping, visando “elevar a parceria estratégica para um novo nível”. Xi Jinping vai estar em Portugal a 4 e 5 de Dezembro, após participar na cimeira do G20 e visitar o Panamá. Trata-se da primeira deslocação oficial de um chefe de Estado chinês a Lisboa, desde 2010, e ocorre a cerca de três meses do 40.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Lisboa e Pequim. Xi vai reunir-se, em Lisboa, com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa. Em conferência de imprensa, o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros Wang Chao lembrou que as duas partes têm cooperado “activamente” na América Latina e África, através do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, estabelecido em Macau, em 2003. Portugal é um “membro importante” da União Europeia (UE) e tem “tradicionalmente influência” na América Latina e África, notou Wang Chao. O vice-ministro chinês para os Assuntos Europeus revelou que os líderes dos dois países vão “trocar opiniões” sobre as relações bilaterais, as relações entre a China e a UE e questões internacionais e regionais de “interesse comum”. “O Presidente Xi vai com os líderes portugueses elevar para um novo nível o futuro desenvolvimento da Parceria Estratégica Global China e Portugal”, previu. Aquele documento foi assinado em 2005, para reforçar o diálogo político e a cooperação nas áreas economia, língua, cultura e educação, ciência e tecnologia, justiça e saúde. Lembrando que as visitas de alto nível se intensificaram nos últimos anos, o vice-ministro chinês considerou que a cooperação nas áreas economia, comércio ou cultura produziram “resultados frutíferos”. “As duas partes responderam juntas à crise financeira e aos desafios internacionais; a cooperação no campo do investimento alcançou grandes progressos, com benefícios tangíveis para ambos os países”, disse. Wang Chao lembrou ainda que Portugal foi o primeiro país da UE com que a China estabeleceu uma “parceria azul”. Os dois países assinaram, em 2017, um plano de acção, visando colaborarem na investigação e em projectos comerciais, no âmbito da economia do mar. Wang Chao considerou ainda que Portugal tem “respondido positivamente” à iniciativa chinesa ‘uma faixa, uma rota’, projeto de infra-estruturas internacional que inclui a construção de uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos ou centrais eléctricas, visando reforçar a conectividade entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático. Lisboa tem insistido na inclusão de uma rota atlântica no projecto chinês, o que permitiria ao porto de Sines conectar as rotas do Extremo Oriente ao Oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá. Wang Chao revelou que os dois países vão emitir um comunicado conjunto com os “resultados da visita e consensos importantes”, e que serão assinados acordos de cooperação no domínio da cultura, educação, infraestruturas, tecnologia, Recursos Hídricos, finanças e energia. A delegação de Xi Jinping, que terá em Lisboa a sua última visita de Estado deste ano, inclui Yang Jiechi, membro do Gabinete Político do Comité Central do Partido Comunista Chinês, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Conselheiro de Estado, Wang Yi, e o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planeamento económico do país, He Lifeng, revelou à agência Lusa fonte do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. Desde a crise financeira global, em 2008, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China manteve altas taxas de crescimento económico, aumentando a quota no Produto Interno Bruto global de 6% para quase 16%. O país asiático tornou-se, no mesmo período, um dos principais investidores em Portugal, ao comprar participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto centenas de particulares chineses compraram casa em Portugal à boleia dos vistos ‘gold’.
Hoje Macau DesportoF1| Robert Kubica regressa em 2019 pela mão da Williams [dropcap]O[/dropcap] polaco Roberto Kubica vai regressar à Fórmula 1 em 2019. O polaco foi oficializado esta quinta-feira na Williams, 8 anos depois de ter sofrido um grave acidente num rali, que hipotecou a sua promissora carreira na mais importante competição automobilística mundial. Kubica foi considerado um dos grandes talentos da F1 (chegou a falar-se que ia para a Ferrari) mas em 2011 sofreu um acidente que mudou completamente a sua vida, tendo chegado a colocar-se a possibilidade de amputação do braço direito. O polaco, que nunca perdeu o amor pelo desporto automóvel, regressou aos ralis, mas nunca perdeu o foco da F1, onde voltou na temporada passada, mas como piloto de testes. Agora a Williams abre-lhe a porta da competição. Kubica, de 33 anos, terá como companheiro de equipa o jovem inglês George Russel, de 20, vencedor do GP3 em 2017 e actual líder do Mundial de F2.
Hoje Macau China / ÁsiaGrupo português investe 150 milhões num mega-shopping chinês O maior investimento de uma empresa portuguesa em Paris, nos últimos anos, junta os interesses de Portugal, da China e de França num gigantesco centro comercial, com cerca de 1000 lojas de retalho e outros serviços como hotéis e restauração [dropcap]C[/dropcap]om 400 lojas, uma área equivalente a 10 campos de futebol e um investimento de cerca de 150 milhões de euros, a construtora Alves Ribeiro inaugurou ontem o Silk Road Paris, o seu centro de venda a retalho nas imediações da capital francesa dedicado especialmente a produtos chineses. O Silk Road Paris, que se situa junto ao aeroporto Charles de Gaulle, quer ser o centro de retalho de paragem obrigatória para os negócios da Europa com a China na área do vestuário, acessórios de moda e decoração, colocando retalhistas, maioritariamente de origem chinesa e radicados em França, em contacto directo com os compradores europeus. Este é o primeiro investimento da Alves Ribeiro em França e a inauguração contou com a presença de altas figuras da política francesa, incluindo o antigo primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin. Raffarin é o actual conselheiro especial do Governo francês para os assuntos chineses e é apelidado “Monsieur Chine” pela sua vasta experiência nas relações com este país. “O comércio é a melhor maneira de as pessoas se entenderem. E é por isto que este centro faz sentido. Este é um investimento português significativo porque se trata de um povo de comerciantes. E, tal como os chineses, são também bons interlocutores e bons trabalhadores. Estas são capacidades que nem sempre temos aqui em França”, afirmou o antigo primeiro-ministro. Na inauguração esteve também presente o embaixador de Portugal em Paris, Jorge Torres Pereira, relembrando que, antes de assumir o posto em Paris, foi diplomata em Pequim, tendo acompanhado de perto o interesse da China em construir uma nova Rota da Seda e uma nova Rota Marítima da Seda no século XXI – ideia lançada pelo Presidente chinês Xi Jinping. “Este investimento faz todo o sentido no laço comercial entre a China e a Europa. Portugal foi o primeiro país a fazer a rota marítima da porcelana e, por isso, esta é a continuação da nossa tradição de ligar os dois continentes”, disse Jorge Torres Pereira, reforçando que se trata de “um dos investimentos mais importantes dos últimos anos” de uma empresa portuguesa em França. Yuanyuan Gao, conselheira económica da Embaixada da China em França, acompanha este investimento desde o primeiro momento e não faltou à cerimónia. “Segui sempre este investimento porque se encaixa na construção conjunta desta nova rota da Seda, acabando por ser um projecto trilateral entre a França, a China e Portugal”, sublinhou a diplomata chinesa em declarações à Lusa. Centro ocupado O centro conta já com cerca de 30% das lojas ocupadas, maioritariamente pela comunidade chinesa. Segurança e melhores condições são as principais razões da mudança para este novo centro logístico. “Antes estávamos em Aubervilliers e viemos aqui para investir e também porque onde estávamos era cada vez mais caro. As condições aqui são melhores, é mais agradável, é mais seguro e há melhores acessos para os nossos clientes”, referiu Julian, retalhista de origem chinesa de lingerie que já tem a sua loja instalada no Silk Road Paris. Mas também as empresas portuguesas estão interessadas neste novo espaço. O Crédito Agrícola já tem um espaço neste centro para ceder às empresas portuguesas que queiram expor os seus produtos na capital francesa e apostar na internacionalização. “Adquirimos aqui um espaço e vamos disponibilizar este espaço para os nossos clientes virem aqui expor os seus produtos e dinamizarem a sua actividade internacional”, disse João Barata Lima, director de Negócio Internacional do Crédito Agrícola. Esta é a primeira fase do empreendimento da Alvez Ribeiro, que conta com mais duas parcelas de terreno adquiridas à volta do aeroporto Charles de Gaulle. Mediante o sucesso do complexo Silk Road, a empresa portuguesa quer acrescentar mais lojas – num total de 1000 lojas de retalho – e outros serviços como hotéis e mais restauração.
Hoje Macau EventosGalo de Barcelos em destaque no Desfile Internacional de Macau em Dezembro [dropcap]O[/dropcap] Galo de Barcelos vai estar em destaque, este ano, no Desfile Internacional de Macau, que assinala o 19.º aniversário da transferência da administração de Portugal para a China, anunciou hoje a organização. Além da figura portuguesa, outras nove da China, de Macau e de oito países lusófonos vão representar “a essência cultural dos respectivos países e regiões” na oitava edição do Desfila, em 16 de Dezembro, subordinado ao tema “Encontro entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, acrescentou. As restantes figuras incluem Nüwa da China, A-Má de Macau, Sol de Cabo Verde, Crocodilo de Timor-Leste, Macaquinho de Nariz Branco da Guiné-Bissau, Protetora das Florestas do Brasil, Ilha dos Galos de São Tomé e Príncipe, Deusa do Mar de Angola e Espírito dos Oceanos de Moçambique. Portugal vai estar também representado pelo grupo Projectos de Intervenção Artística (PIA), um dos 76 que vai animar esta edição do Desfile Internacional, que visa “introduzir a nova colaboração cultural” entre a China e o bloco lusófono. Tal como na edição anterior, o Desfile terá início nas Ruínas de São Paulo e terminará junto ao lago Sai Van, onde uma cerimónia vai assinalar o 19.º aniversário da transferência de administração de Macau de Portugal para a China, a 20 de Dezembro de 1999. Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique são os países de língua portuguesa participantes, tal como 57 grupos locais, 19 do Interior da China e de França, Espanha, Rússia, Colômbia, Itália, Alemanha, Holanda, Argentina, Japão, Malásia, Coreia do Sul e Hong Kong, num total de mais de 1.700 participantes que vão actuar em Macau. Apesar de manter “o modelo de anos anteriores”, o Desfile apresenta nesta edição mais “24 actuações”, entre 1 e 15 de Dezembro, e ‘workshops’ comunitários, além do programa de dia 15 de Dezembro, de acordo com o programa apresentado pela presidente do Instituto Cultural de Macau, Mok Ian Ian, em conferência de imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina boicota produtos da Dolce & Gabbana após alegados insultos racistas [dropcap]A[/dropcap]s principais plataformas de comércio electrónico da China deixaram hoje de vender produtos da Dolce & Gabbana, após três anúncios da empresa e insultos racistas, alegadamente proferidos pelo co-fundador da marca italiana, terem motivado críticas no país. Uma pesquisa por produtos da Dolce & Gabbana nas principais plataformas de comércio electrónico do país, como Tmall e JD.com, não dão hoje qualquer resultado, enquanto nas redes sociais chinesas vários internautas lançaram hoje apelos de boicote à marca. A reacção surge após uma série de anúncios da Dolce & Gabbana, que mostram uma mulher chinesa a tentar comer comida italiana – pizza, esparguete e cannoli – com pauzinhos, ter resultado em várias críticas e numa disputa com o co-fundador da marca Stefano Gabbana, que diz agora que a sua conta oficial no Instagram foi pirateada. Imagens difundidas nas redes sociais chinesas mostram Gabbana numa discussão ‘online’, na qual se refere à China como um “país de porcaria”, “mafioso, sujo e ignorante”, e afirma que os chineses comem cão. A marca emitiu já um comunicado a pedir desculpa e afirmou que as suas contas no Instagram foram pirateadas. “Pedimos muita desculpa por qualquer ofensa devido a estas mensagens não autorizadas. Nós respeitamos a China e o povo chinês”, lê-se. Na quarta-feira, a controvérsia tornou-se rapidamente no tópico número um na rede social Weibo, com mais de 120 milhões de visualizações. Zhang Ziyi, estrela de cinema de “Memórias de uma Geisha” considerou já que a marca “se humilhou a si própria”. Celebridades como a actriz Li Bingbing e a cantora Wang Junkai anunciaram que iam boicotar um desfile da marca italiana em Xangai, agendado para quarta-feira, e entretanto cancelado. Shaun Rein, analista do China Market Research Group, que conduz análises sobre o mercado chinês, disse esperar um período difícil para a empresa, ao longo dos próximos seis a doze meses. A Ásia, e a China em particular, são um mercado chave para as marcas de luxo europeias. Um estudo recente da consultora Bain revela que os chineses compõem um terço do consumo de gama alta no mundo, seja em compras no mercado doméstico ou em viagem. Este número deve subir para 46%, em 2025, impulsionado pelos ‘millennials’ e a geração nascida em meados dos anos 1990. A Dolce & Gabbana tem 44 lojas na China, incluindo quatro em Xangai. Entrou no mercado chinês em 2005, na cidade de Hangzhou, costa leste do país.
Hoje Macau EventosA vida e as letras todas de Chico Buarque pela primeira vez reunidas num só livro [dropcap]A[/dropcap] vida do músico Chico Buarque e todas as letras que escreveu estão pela primeira vez reunidas num único livro, intitulado “Tantas Palavras”, que a Companhia das Letras publicou este mês em Portugal. Esta “arca do tesouro literária”, como a editora lhe chama, reúne todas as letras escritas por Chico Buarque – mais de 300 -, desde “Tem mais samba” (1964), que o músico considera o marco zero da sua carreira, até “Tua cantiga” (2017). A única letra que não consta desta compilação é a da música “Sonho impossível”, uma versão que Chico Buarque e Ruy Guerra fizeram, em 1972, a partir da canção norte-americana “The impossible dream”, de Joe Darion e Mitch Leigh. A música foi gravada e lançada em 1975, no disco “Chico Buarque e Maria Bethânia Ao Vivo”, na voz de Maria Bethânia, que consagrou esta versão brasileira. No entanto, “os detentores dos direitos autorais da canção original não permitiram a reprodução da versão de Chico Buarque e Ruy Guerra”, lê-se no livro. “Tantas palavras” traça também o percurso de vida do compositor, cantor e ficcionista brasileiro, através de uma extensa reportagem biográfica escrita pelo jornalista Humberto Werneck a partir de pesquisas e de entrevistas feitas com o próprio Chico Buarque e com personalidades da cultura e música brasileiras, como Tom Jobim, Edu Lobo, Caetano Veloso e Gilberto Gil. A reportagem começa com o episódio que deu origem à primeira letra que Chico Buarque escreveu: Luiz Vergueiro, publicitário e produtor, encomendou ao “seu amigo Chico” uma música para o musical que estava a preparar. Dois dias antes do espectáculo, à noite, o compositor apareceu com uma música que “até não era ruim”, mas não servia, porque não passava a mensagem pretendida. “Chico saiu furioso. No dia seguinte, às dez da manhã, o produtor o vê chegar outra vez, ‘os olhos vermelhos pela noite em claro e um tremendo bafo de cana’, e com uma canção ainda quentinha no violão. Era ‘Tem mais samba’”. A partir daí a história recua no tempo, até ao nascimento de Chico Buarque, para depois discorrer sobre a evolução do seu crescimento como pessoa e músico, a que não faltam episódios da vida familiar, da vida no estrangeiro, de “colisões de adolescente com a Lei”, da efervescência política até à ditadura no país, que o leva a aproximar-se do partido comunista brasileiro e de outras correntes de esquerda, e do exílio no estrangeiro. “Num texto a que não faltam humor e emoção, revelando saborosas histórias, o leitor acompanha Chico Buarque na sua fascinante trajectória de homem e de artista, para com ele desembocar na serena maturidade de um músico que se afirmou também como grande romancista”, segundo a sinopse do livro. Chico Buarque escreveu “Estorvo” (1991), pelo qual recebeu o Prémio Jabuti para melhor romance do ano, “Benjamim” (1995), “Budapeste” (2003) e “Leite derramado” (2009), ambos distinguidos com o Prémio Jabuti para Livro do Ano, e ainda “O irmão alemão”. A relação destes livros, com as datas de lançamento, os países onde foi publicado, e as adaptações cinematográficas de que foram alvo, está descrita no final do volume, num capítulo dedicado à “obra” do autor. Nesse capítulo encontra-se também uma lista de todos os discos que editou, e respectivas datas, bem como as peças de teatro que escreveu: “Roda-Viva” (1967), “Calabar” (1973), “Gota d’Água” (1975) e “Ópera do Malandro” (1978). A compor toda a parte escrita, esta obra de 495 páginas contempla ainda um conjunto de fotografias e imagens da vida de Chico Buarque, sozinho, com a família, com colegas estudantis, ou com outros músicos, que ajudam a ilustrar o percurso pessoal e profissional do músico. Hoje com 74 anos, e já sete netos, Chico Buarque continua a escrever e a compor, e imagina-se a chegar aos “noventa e tantos anos”, com saúde, imaginação, vontade de criar e “virando a noite por causa de uma música, de um livro…”.
Hoje Macau SociedadeAlexis Tam visitou os feridos do Grande Prémio [dropcap]O[/dropcap] Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, deslocou-se ontem ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para visitar os cinco feridos no 65.º Grande Prémio, incluindo a piloto alemã Sophia Floersch, que teve um acidente na curva do Lisboa. Segundo um comunicado oficial, Alexis Tam manifestou-se “muito satisfeito” pela recuperação, mas deu conta da “corrida contra o tempo” para formar de imediato um grupo médico para diagnóstico, exame e tratamento cirúrgico atempado que permitiu depois a realização com sucesso da cirurgia de fixação cervical com enxerto de osso ilíaco. Alexis Tam visitou também dois pilotos britânicos do GP de motos, bem como um comissário de pista local e um fotógrafo da China, que ficaram feridos no acidente, desejando rápidas melhoras a todos.