Hoje Macau China / ÁsiaForbes | Crise bolsista e fricções comerciais atingem os mais ricos na China A guerra comercial declarada por Donald Trump atinge também os bolsos dos bilionários chineses. Segundo a revista Forbes, um terço dos 400 mais ricos da China sofreram perdas de 20 por cento ou mais [dropcap]A[/dropcap]s fortunas dos mais ricos da China caíram este ano, face às disputas comerciais entre Pequim e Washington, desvalorização do yuan e abrandamento do ritmo de crescimento da economia chinesa, informou ontem a revista Forbes. A lista dos bilionários chineses, elaborada pela Forbes, revela que o património líquido total dos maiores empresários chineses caiu de 1,19 biliões de dólares, em 2017, para 1,06 biliões de dólares, este ano. Em média, o património dos 400 chineses mais ricos caiu de 1.700 milhões de dólares, no ano passado, para 1.400 milhões de dólares, em 2018. “O mundo habituou-se a associar a China à criação de riqueza e está alarmado por ver a dimensão da destruição de riqueza este ano”, escreveu Russell Flannery, delegado da Forbes em Xangai, a “capital” económica da China. As fortunas de 229 dos 400 mais ricos que constam na lista recuaram este ano, face a 2017. Um terço sofreu perdas de 20 por cento ou mais. O sector manufactureiro foi o mais afectado este ano, sugerindo o efeito da guerra comercial com Washington, que levou o Presidente norte-americano, Donald Trump, a impor taxas alfandegárias sobre 250 mil milhões de dólares de bens chineses. No ano passado, 79 bilionários chineses do sector manufactureiro constavam na lista. Este ano, o número recuou para 72. Conta gotas Segundo a publicação, Jack Ma, o fundador do gigante de comércio electrónico Alibaba, voltou a ser o mais rico da China, com um património líquido avaliado em 34.600 milhões de dólares, quatro milhões a menos do que em 2017. Em segundo na lista está o fundador do gigante da Internet Tencent, que detém a aplicação Wechat. A fortuna de Pony Ma caiu 6.200 milhões de dólares, para 32.800 milhões de dólares. As acções da Tencent registaram perdas acentuadas este ano. Hui Ka Yan, que figurava como o mais rico da China no ano passado, caiu para terceiro, após um recuo de 28% na sua fortuna, para 30.800 milhões de dólares. Hui é o presidente do grupo imobiliário Evergrande, que enfrenta uma crise de dívida que levou as acções do grupo a cair. No terceiro trimestre do ano, o crescimento económico da China abrandou para 6,5%, em termos homólogos, o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2009, segundo dados publicados na semana passada. O investimento em activos fixos, motor fundamental do crescimento chinês, abrandou para 5,4%, nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado. A bolsa de Xangai, principal praça financeira do país, caiu mais de 20%, desde o início do ano, enquanto a moeda chinesa, o yuan, caiu quase 10%, face ao dólar norte-americano.
Hoje Macau EventosFIMM | Festival encerra com obras de Schumann [dropcap]O[/dropcap] XXXII Festival Internacional de Música de Macau (FIMM), apresenta nos dias 27 e 28 de Outubro, pelas 20h00, o concerto “Christian Thielemann e a Staatskapelle Dresden”. Os concertos têm lugar no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau e marcam o final de mais uma edição do FIMM. “A Staatskapelle Dresden é uma das orquestras mais antigas e tradicionais do mundo e uma das principais na interpretação da música alemã”, refere o Instituto Cultural em comunicado. Dirigida por Christian Thielemann, a orquestra apresentará, em dois concertos, as sinfonias completas de Schumann. A organização promove uma conversa pré-espectáculo no dia do concerto, entre as 19h00 e as 19h45, na Sala de Conferências do Centro Cultural de Macau em que o director musical e maestro do Coro da Universidade Chinesa de Hong Kong, Leon Chu vai explicar os conteúdos do espectáculo. Nos dias 26 e 27, o quarteto de guitarras Los Romero, conhecido como “A Família Real da Guitarra”, apresenta-se no Teatro Dom Pedro V, pelas 20h00.
Hoje Macau SociedadeBullying | Alexis Tam espera perdão entre alunas [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, deixou o desejo que as alunas envolvidas no caso de bullying na Escola Luso-Chinesa Técnico Profissional consigam ultrapassar a situação e perdoarem-se. “Esperamos que as alunas se consigam entender, devem dar-se melhor, e esperamos que as agressoras peçam desculpa à vítima. Por outro lado, também esperamos que a estudante agredida consiga perdoar às agressoras”, disse Alexis Tam, ontem, de citado pelo Canal Macau.
Hoje Macau SociedadeGalaxy | Receitas líquidas aumentam 6 por cento [dropcap]T[/dropcap]ambém ontem a concessionária Galaxy Entertainemnt Group apresentou os resultados para o terceiro trimestre, com as receitas líquidas a aumentarem para 13 mil milhões de dólares de Hong Kong, ou seja 6 por cento face ao período homólogo do ano passado. No que diz respeito ao EBITDA ajustado (ou seja lucros antes de impostos, amortizações e depreciações) houve um aumento de 10 por cento face ao ano passado para os 3,9 mil milhões de dólares Hong Kong.
Hoje Macau SociedadeSands | Equacionada construção de mais um pavilhão de grande dimensão [dropcap]A[/dropcap] operadora Sands China está a equacionar construir uma segunda arena de grande dimensão em Macau. A revelação foi feita, ontem, por Sheldon Adelson, presidente da empresa, durante a apresentação dos resultados financeiros da empresa no terceiro trimestre do ano. “Talvez venhamos a construir outra arena. Colocámos alguma parte dos nossos terrenos de lado para construir uma piscina com ondas, mas agora já houve alguém [Galaxy] que construiu uma piscina deste género, o que faz com que não seja uma oferta única. Por isso, acho que podemos utilizar a terra para construir uma arena”, afirmou Sheldon Adelson. A operado do jogo está neste momento a renovar o hotel Sands Cotai Central e a transformá-lo no hotel “Londrino”, que imita a cidade inglesa. Inicialmente estava previsto um investimento de cerca de 8,2 mil milhões de dólares de Hong Kong, mas a empresa anunciou que o valor vai ser aumentado para 17,2 mil milhões. Parte do montante vai ser igualmente gasto em melhoramentos nos hotéis Four Seasons e St. Regis. Em relação ao terceiro trimestre do ano, os lucros da Sands China aumentaram 13 por cento para cerca de 3,56 mil milhões de dólares de Hong Kong, quando no período homólogo tinham sido de 3,16 mil milhões. Já quanto aos resultados da empresa-mãe, Las Vegas Sands, que inclui as operações nos Estados Unidos e Singapura, os lucros foram de 4,47 mil milhões de dólares, um aumento de 1,4 por cento face ao período homólogo, quando o lucro tinha atingido os 4,46 mil milhões de dólares de Hong Kong.
Hoje Macau PolíticaCoutinho questiona medidas sobre residência no interior da China [dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho entregou uma interpelação escrita ao Governo onde questiona quais são as medidas que Macau está a tomar para a residência de portadores do BIR permanente no interior da China. “Que medidas efectivas vão ser implementadas para que os residentes permanentes da RAEM que se encontrem no interior do continente disponham, em tempo útil, das necessárias plataformas oficiais do Governo da RAEM?”, questionou. Coutinho pretende também saber “que medidas vão ser implementadas pelo Governo da RAEM no sentido de esclarecer os seus residentes permanentes interessados em requerer ou que tenham requerido a residência no interior do continente quanto às diferenças dos sistemas político, económico e legal entre a RAEM e o interior do continente?”, inquiriu.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | China escutou chamadas entre Steve Wynn e Donald Trump Steve Wynn é uma das personalidades a quem o Presidente norte-americano liga com frequência. Os serviços secretos chineses sabem disso e escutam as conversas entre Trump e o antigo CEO da Wynn Resorts. De acordo com o The New York Times, as secretas norte-americanas conhecem o esquema de espionagem de Pequim. O Governo chinês reagiu ao artigo e categorizou-o como notícia falsa e aconselhou Trump a comprar um Huawei [dropcap]Q[/dropcap]uando o telefone de Steve Wynn toca e do outro lado está Donald Trump, as probabilidades de agentes das secretas chinesas estarem à escuta são consideráveis. O esquema montado por Pequim para interceptar chamadas que o Presidente norte-americano faz para os amigos mais próximos, onde está incluído o antigo CEO e fundador da Wynn Resorts, que detém a Wynn Resorts Macau, foi descoberto pelos serviços secretos norte-americanos. A notícia dada pelo The New York Times (NYT) adianta que quando Donald Trump utiliza um dos seus iPhones, as secretas chinesas ouve as conversas. Muitas vezes, o teor do que se fala é insignificante, mas com frequência o Presidente norte-americano discute com amigos próximos, onde se inclui Steve Wynn, decisões políticas. Este tipo de informação possibilita a Pequim, e a quem mais estiver à escuta, ter acesso ao processo decisório da Admnistração Trump e é uma ferramenta para apurar quais as melhores formas de influenciar as políticas de Washington. A informação, obtida pelo NYT, assenta em depoimentos de antigos e actuais oficiais dos serviços de informação norte-americanos. “Se Trump está preocupado com a segurança do iPhone, devia comprar um telefone Huawei”. Foi assim que a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês respondeu à notícia do esquema de escutas. De qualquer das formas, Pequim reagiu à notícia do NYT ao modo de Trump: “fake news”. Altas patentes da Casa Branca, próximas do Presidente repetidas vezes o alertaram para o facto dos seus telemóveis não serem seguros o suficiente para usado para conversas sensíveis. Trump foi avisado explicitamente para a elevada probabilidade de operacionais do Kremlin também estarem à escuta. Outra recomendação que caiu em saco roto foi a necessidade do Presidente norte-americano usar a linha fixa da Casa Branca com mais frequência. No entanto, e para a frustração de quem o aconselha, Donald Trump não abdica dos seus iPhones. Fontes da Casa Branca referiram ao NYT que só podem acalentar a esperança que o Presidente não discuta informação classificada em telefones não seguros. Aliás, a matéria foi discutida várias vezes em briefings de forma a contornar aquilo que pode ser descrito como a “abordagem casual à segurança electrónica” de Trump. Alunos atentos Os agentes norte-americanos que falaram com o NYT, em condição de anonimato, referiram que as entidades chinesas têm como objectivo aprender com as chamadas interceptadas. A forma como Trump pensa, que tipo de argumentos o costumam convencer e a quem o Presidente dá crédito são informações valiosas para, por exemplo, prevenir a escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington que tem abalado os mercados do mundo inteiro. No fundo, a campanha dos serviços chineses é uma simbiose entre lobbying e espionagem, com base num pequeno grupo de pessoas com quem Trump fala com alguma regularidade e na esperança desses contactos serem usados para tentar influenciar as políticas de Administração norte-americana. Além de Steve Wynn, Stephen Schwarzman, director executivo do Blackstone Group, é uma das pessoas incluídas na lista. É de salientar que o dirigente da companhia de investimentos financiou um programa de mestrado na prestigiada Universidade de Tsinghua, em Pequim. De acordo com o NYT, as secretas chinesas identificaram amigos de ambos os homens, assim como de amizades de outros contactos regulares de Donald Trump. Num segundo plano, a China conta com a ajuda de empresários chineses, assim como outras personalidades ligadas ao regime de Xi Jinping, para fornecer argumentos pró-chineses aos amigos dos amigos próximos de Trump. O objectivo é que a agenda da Casa Branca seja influenciada, indirectamente, por algumas das pessoas em que Donald Trump mais confia. Fontes citadas por jornal sediado em Nova Iorque acrescentam que é muito provável que os amigos do Presidente não estejam cientes das intenções do Governo liderado por Xi Jinping. Reforma silenciosa Quando o NYT contactou o advogado de Steve Wynn para saber se o magnata queria esclarecer a sua posição nesta matéria, o representante referiu que o seu cliente estava aposentado e que não faria qualquer comentário. Uma porta-voz da Blackstone recusou comentar os esforços chineses para influenciar Schwarzman, mas referiu que este “se sente feliz com a possibilidade de servir de intermediário em matérias críticas entre os dois países, sempre que requisitado pelos seus líderes”. Fontes ouvidas pelo jornal sediado em Nova Iorque revelaram descrédito perante a hipótese de Moscovo estar a montar uma operação com o mesmo grau de sofisticação da de Pequim, principalmente tendo em conta a afinidade aparente entre Trump e Putin. Ainda assim, este tipo de manobras de contra-informação não são anormais por parte de Pequim que, durante décadas, tentou influenciar líderes norte-americanos através de redes informais constituídas por importantes homens de negócios e académicos capazes de “vender” ideias e políticas que cheguem à Casa Branca. A diferença é que desta vez, com o esquema de escutas montado, as secretas chinesas têm acesso a conversas que lhes permitem ter uma ideia bem mais clara dos argumentos que resultam com Donald Trump. Aliás, é de referir que o próprio Stephen Schwarzman, uma das presenças proeminentes na primeira reunião entre Trump e Xi, que ocorreu no resort da Florida Mar-a-Lago, não esconde as visões alinhadas com a China e que tendem a ser a favor do comércio livre. Uma linha que tem perdido fôlego para as forças isolacionistas na Casa Branca. Um dos agentes ouvidos pelo NYT afirmou que uma das tácticas das autoridades de Pequim era tentar convencer Trump a marcar reuniões com Xi com a maior frequência possível. O motivo é a convicção de que o Presidente norte-americano dá grande valor às relações pessoais, e que, como tal, as reuniões a dois poderiam levar a significativos avanços na relação entre as duas maiores economias mundiais. Amigo do seu amigo A questão que se levanta com a revelação do esquema de escutas é se as amizades mais próximas de Donald Trump, nomeadamente Steve Wynn, conseguem atenuar a guerra comercial empurrada pela ala isolacionista que continua a ter um forte capital de persuasão, mesmo depois da saída de Steve Bannon da Casa Branca. Fontes ouvidas pelo NYT revelam que Trump tem dois iPhones que foram alterados pela NSA, de forma a limitar as suas capacidades e vulnerabilidades, e um terceiro telefone igual ao qualquer outro iPhone. Apesar das insistências de oficiais de segurança, o Presidente continua a usar o seu telemóvel pessoal porque, ao contrário dos aparelhos seguros, pode guardar contactos. A intercepção de chamadas não é algo que necessite de um enorme aparato tecnológico. À medida que as chamadas “viajam” entre torres de telecomunicações e redes de cabos, a intercepção torna-se relativamente fácil para chamadas feitas tanto por iPhone, Androido e velhos telefones anterior ao smart-phone, que são vulneráveis. É de salientar que o tópico da segurança de comunicações foi algo amplamente discutido por Trump durante a sua campanha na corrida à Casa Branca. Aliás, até hoje, em comícios políticos que continua a fazer, Donald Trump menciona o servidor de correio electrónico pouco seguro de Hillary Clinton enquanto esta era secretária de Estado. Um discurso que costuma ser acompanhado pela audiência a entoar “Prendam-na!”. Barack Obama estava bem ciente dos riscos de usar um telefone não seguro, uma prática que nos dias que correm é natural em líderes mundiais, como Vladimir Putin e Xi Jinping.
Hoje Macau China / ÁsiaJornalista japonês libertado relata “inferno” do seu cativeiro na Síria [dropcap]U[/dropcap]m jornalista japonês detido na Síria por mais de três anos, libertado esta semana, descreveu os seus anos de cativeiro como um “inferno” antes de partir para o Japão, onde é esperado na noite de hoje. “Foi um inferno”, disse Jumpei Yasuda numa entrevista transmitida pela televisão pública japonesa NHK. O jornalista disse que este “inferno” não foi só físico, mas também mental. “Todos os dias, eu dizia a mim mesmo ‘não é hoje que serei libertado’ e perdia o controlo de mim mesmo, pouco a pouco”, afirmou. O jornalista freelancer, de 44 anos, pareceu empolgado, aliviado e tenso ao mesmo tempo, descreve a agência France-Presse. “Por cerca de 40 meses, eu não falei japonês, então as palavras não me vêm facilmente”, disse. “Estou feliz por voltar ao Japão, mas ao mesmo tempo, não tenho ideia do que vai acontecer agora e de que maneira eu devo comportar-me. Não sei o que pensar”, disse Yasuda, que pediu desculpas pelo “problema causado”. Ex-reféns japoneses já foram vítimas de insultos por parte dos seus compatriotas, que consideram que a situação em que se envolveram ocorreu devido a sua imprudência. Jumpei Yasuda detalhou em outro canal as suas condições de detenção, explicando que não se pôde lavar por oito meses e foi forçado a permanecer imóvel por longas horas. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), baseado no Reino Unido, o jornalista japonês foi libertado no quadro de um acordo entre a Turquia e o Qatar. Yasuda foi levado para a Turquia após ser entregue pelos seus raptores a um grupo armado “não-sírio”, segundo a OSDH. Jumpei Yasuda foi sequestrado em junho de 2015 e apareceu em agosto passado num vídeo divulgado por um grupo jihadista. Neste vídeo, vestindo um macacão laranja, Yasuda estava sob a ameaça de homens armados e mascarado. Outro refém, o italiano Alessandro Sandrini, também apareceu nas imagens. No início de 2015, militantes do grupo Estado Islâmico (EI) haviam decapitado dois japoneses, o correspondente de guerra Kenji Goto e o seu amigo Haruna Yukawa. O Governo japonês foi então criticado por, alegadamente, perder a oportunidade de salvar os dois homens.
Hoje Macau China / ÁsiaMuçulmanos rohingya continuam a ser vítimas de genocídio na budista Myanmar, diz ONU [dropcap]O[/dropcap]s muçulmanos rohingya continuam a ser vítimas de genocídio em Myanmar, cujo Governo demonstra de forma crescente a falta de interesse no estabelecimento de uma verdadeira democracia, afirmaram na quarta-feira investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU). Marzuki Darusman, presidente da missão de investigação da ONU em Myanmar, afirmou que milhares de rohingya continuam a fugir para o Bangladesh e que, entre 250 mil e 400 mil que permaneceram, depois da brutal campanha militar no país de maioria budista, “continuam a sofrer as mais severas” restrições e repressão. “Neste momento está a decorrer um genocídio”, sintetizou, durante uma conferência de imprensa, na quarta-feira. Yanghee Lee, a investigadora especial da ONU sobre direitos humanos em Myanmar, afirmou que ele e muitos outros na comunidade internacional esperavam que a situação sob a liderança de Aung San Suu Kyi “seria muito diferente da do passado, mas, na realidade, não é muito diferente da do passado”. Acrescentou que Suu Kyi, laureada com o Prémio Nobel da Paz e antiga presa política que agora lidera o Governo civil do Estado de Myanmar, “está em negação total” sobre as acusações feitas aos militares deste país de maioria budista de violarem, assassinarem e torturarem os rohingya e incendiarem as suas vilas, levando cerca de 700 mil a fugirem para o Bangladesh desde agosto do ano passado.
Hoje Macau InternacionalTrump defende que não há lugar para “violência política” [dropcap]O[/dropcap] presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu hoje um apelo para a unidade, após a intercepção de pacotes com engenhos explosivos endereçados a Hillary Clinton e Barack Obama, defendendo que “a violência política” não é tolerável nos Estados Unidos. “Em momentos como este, devemos unir-nos”, declarou Trump a partir da Casa Branca. “Não há, nos Estados Unidos, lugar para actos e ameaças de violência política de qualquer natureza”, frisou o presidente, que tem recorrido, em campanha, a uma retórica extremamente agressiva em relação aos seus adversários políticos. “Estamos muito zangados”, acrescentou, prometendo esclarecer totalmente este caso do envio para diversas personalidades políticas, e também para a redacção de Nova Iorque da estação televisiva CNN, de encomendas armadilhadas. Embora sem referir o seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, ou a sua adversária democrata nas eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton, Trump sublinhou que serão utilizados todos os meios necessários para levar a bom porto a investigação da polícia federal (FBI). Também a primeira-dama, Melania Trump, se pronunciou sobre os ataques de hoje, que classificou como “ataques cobardes”. “Condeno vigorosamente todos aqueles que optam pela violência” declarou.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresário chinês condenado por falsificar robô japonês [dropcap]U[/dropcap]m tribunal da cidade chinesa de Xangai condenou um homem a três anos e meio de prisão por fabricar e vender mais de 34 mil modelos falsificados do robô japonês Gundam, noticiou hoje a imprensa local. O homem, de 33 anos, era director de uma fábrica de brinquedos na cidade de Shantou, na província de Guangdong, no sul da China, quando entre 2016 e Setembro de 2017, pediu aos trabalhadores para fazerem cópias com base nos modelos do robô japonês Gundam. Os robôs falsificados foram depois vendidos a um homem chamado Lin Hong, sob a marca Dragon Peach, com um valor total de mercado de 3,8 milhões de yuans. O tribunal ordenou ainda o pagamento de uma multa de 1,9 milhões de yuans, dado que o condenado não tinha a aprovação do fabricante japonês para fazer cópias do robô. A empresa dinamarquesa Lego tem registado também vários casos de falsificações dos seus brinquedos por diversos fabricantes por parte de empresas chinesas.
Hoje Macau EventosFilme de João Botelho candidato a mais uma nomeação para os Goya [dropcap]O[/dropcap] filme “Peregrinação”, de João Botelho, é candidato a uma nomeação para os prémios espanhóis de cinema, os Goya, na categoria de melhor filme iberoamericano, anunciou a organização. A Academia de Cinema de Espanha revelou hoje os 16 filmes pré-selecionados para o Goya de melhor produção ibero-americana e, entre eles, está “Peregrinação”, obra de João Botelho inspirada no relato de viagens, homónimo, de Fernão Mendes Pinto. Entre os pré-selecionados estão, por exemplo, “Benzinho”, de Gustavo Pizzi (Brasil), “Los perros”, de Marcela Said (Chile), e “Roma”, de Alfonso Cuarón (México). O filme de João Botelho é ainda candidato a uma nomeação para o Goya de melhor filme estrangeiro – e a outra para os Óscares, na mesma categoria -, como foi proposto em setembro pela Academia Portuguesa de Cinema. A longa-metragem transpõe para cinema episódios do livro “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto, impresso pela primeira vez em 1614, que relata a presença dos portugueses no Oriente e se apresenta como uma crónica de viagens de duas décadas de vivência do autor. O filme é protagonizado por Cláudio da Silva, à frente de um elenco que inclui ainda, entre outros, Catarina Wallenstein, Pedro Inês, Maya Booth, Cassiano Carneiro, Rui Morisson, Jani Zhao e Zia Soares. Do filme faz também parte “Por este rio acima”, do músico Fausto Bordalo Dias, interpretado por um coro masculino. A 33.ª cerimónia dos Goya decorrerá a 2 de Fevereiro em Sevilha.
Hoje Macau DesportoKashima Antlers apura-se para a final da ‘Champions’ asiática pela primeira vez [dropcap]O[/dropcap]s japoneses do Kashima Antlers apuraram-se ontem para a final da Liga dos Campeões asiática de futebol, ao empatarem 3-3 no campo dos sul-coreanos do Suwon Bluewings, prevalecendo o triunfo por 3-2 da primeira mão. O Kashima chegou ao intervalo em vantagem, com um golo de Yamamoto, aos 25 minutos, mas apanhou um grande susto na segunda parte, quando a equipa da casa, subitamente, deu a volta ao marcador e colocou-se na frente da eliminatória, com golos de Lim Sang-Hyub (52), Cho Sung-Jin (53) e do montenegrino Damjanovic (60). Nishi, aos 64 minutos, voltou a deixar empatada a eliminatória e o brasileiro Serginho, aos 82, garantiu o apuramento do clube japonês, que está pela primeira vez na final da ‘Champions’ asiática. Nos jogos decisivos da prova (a final é disputada em duas ‘mãos’), o Kashima Antlers vai defrontar os iranianos do Persépolis, que também se vão estrear nesta fase da competição. Na outra meia-final, o Persépolis eliminou o Al Sadd, do Qatar, orientado pelo português Jesualdo Ferreira, depois de uma vitória por 1-0 e um empate 1-1.
Hoje Macau China / ÁsiaPrimeiro-ministro japonês quer reforçar cooperação em visita à China [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu reforçar a cooperação e a amizade entre o Japão e a China durante um discurso político no Parlamento, antes de fazer a primeira viagem oficial em sete anos de um líder japonês a Pequim. Abe declarou que o Japão e a China são responsáveis pela paz e prosperidade da região, as quais espera manter ao impulsionar o intercâmbio entre os dois países. O primeiro-ministro japonês irá reunir-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, durante a sua visita de três dias à China. “Amanhã (quinta-feira) irei visitar a China”, declarou Abe, sublinhando que durante a cimeira diplomática irá aprofundar “os intercâmbios entre os dois povos em todos os níveis de atividades, desde a cooperação entre empresas até o desporto”. A visita de Abe à China acontece no momento em que os dois países celebram o 40.º aniversário do Tratado de Paz e Amizade Japão-China. Em maio, o primeiro-ministro chinês também fará uma visita ao Japão. Shinzo Abe espera fazer progressos nas áreas da segurança marítima e no contencioso sobre as reservas de gás no Mar da China Oriental. Os líderes devem ainda discutir a questão da Coreia do Norte e as disputas comerciais entre Estados Unidos e China. O primeiro-ministro japonês abriu a nova sessão parlamentar depois de ser reeleito no mês passado para a chefia do seu partido (Partido Liberal Democrata/PLD), que lidera o Governo japonês. Com 64 anos, Abe é o primeiro-ministro do Japão desde dezembro de 2012 e está determinado a permanecer como líder do país por mais três anos. No seu discurso, Abe também disse que quer encerrar questões diplomáticas inacabadas da II Guerra Mundial, normalizar os laços com a Coreia do Norte, resolver disputas territoriais e assinar um tratado de paz com a Rússia. “Agora, é a hora de o Japão abreviar a sua diplomacia do pós-guerra e construir a base da paz e da prosperidade da região da Ásia-Pacífico numa nova era”, disse. O primeiro-ministro também falou sobre a sua principal ambição de rever a constituição pacifista elaborada pelos Estados Unidos após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, embora os obstáculos para o fazer sejam bastante grandes. Abe também se comprometeu a aceitar mais trabalhadores estrangeiros para enfrentar uma grave escassez de mão-de-obra no país. O seu Governo está a preparar uma nova legislação que abriria mais empregos para estrangeiros nas áreas da enfermagem, construção, turismo, limpeza, entre outras. É uma grande mudança para um país que há muito tempo tem resistido a ter mais residentes não-japoneses.
Hoje Macau China / ÁsiaPR tailandês encontra homólogo malaio para relançar processo de paz no sul da Tailândia [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro tailandês encontrou-se ontem em Banguecoque com o seu homólogo malaio para relançar o processo de paz no extremo sul da Tailândia, de maioria muçulmana e que vive há quase quinze anos um conflito separatista. O diálogo entre as diferentes partes “será retomado imediatamente e a Malásia será o intermediário”, disse o chefe da junta militar tailandesa, Prayut Chan-o-Cha, no poder desde 2014, numa conferência de imprensa conjunta. “Estamos comprometidos em ajudar de todas as maneiras para pôr fim à violência no sul do país”, afirmou o primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, que realiza a sua primeira visita a Tailândia desde a sua surpreendente vitória em maio. “Com os nossos países a trabalhar com sinceridade para resolver o problema, este será reduzido, se não totalmente eliminado”, acrescentou Mohamad. Nenhum detalhe ou calendário foi disponibilizado pelos dois chefes de Governo. Desde 2004, a Tailândia, maioritariamente budista, enfrenta uma rebelião separatista em várias províncias de maioria muçulmana que fazem fronteira com a Malásia, num conflito que já fez quase 7.000 mortos, na maioria civis. Os atentados tornaram-se mais raros desde o golpe de 2014, quando a junta militar reforçou as patrulhas e o recolher obrigatório. Duzentas e trinta e cinco pessoas foram mortas em 2017 contra quase 900 em 2007, segundo dados da organização Deep South Watch. Apesar disso, as negociações foram interrompidas, as autoridades tailandesas não conseguiram reunir em torno da mesma mesa a rebelião, dispersa em várias entidades. Há algumas semanas, a Malásia e a Tailândia nomearam novos representantes para liderar as discussões. “[A chegada dessas novas equipas] dá-nos esperança de avançar no processo de paz”, disse Panitan Wattanayagorn, assessor de segurança do vice-primeiro-ministro tailandês, Prawit Wongsuwan. Segundo Wattanayagorn, além de as primeiras eleições desde o golpe na Tailândia estarem programadas para o início de 2019, o momento atual “é crucial para tentar fazer as coisas acontecerem”. Vários especialistas, questionados pela agência de notícias francesa AFP, disseram que permanecem céticos sobre um possível avanço do processo de paz antes das eleições. O grupo separatista Mara Patani, que costumava dialogar com o Governo tailandês, “disse que não participaria na mesa de negociações até que houvesse um governo democraticamente eleito na Tailândia”, disse Don Pathan, analista independente baseado na Tailândia. Quanto ao Barisan Revolusi Nasional (BRN), grupo suspeito de estar por trás da maioria dos ataques mais violentos e “que controla praticamente todos os combatentes no terreno, não faz parte das forças com quem o Governo dialoga”, acrescentou Pathan. Para o especialista em política tailandesa da Universidade de Naresuan Paul Chambers, o progresso das negociações não depende da Malásia, mas da junta tailandesa que “arrastou” as negociações até agora.
Hoje Macau China / ÁsiaChina estreita relações com Israel e Palestina [dropcap]O[/dropcap] vice-presidente chinês, Wang Qishan, reuniu-se com dirigentes israelitas e palestinianos, com quem assinou vários acordos, estreitando as relações comerciais com Israel e Palestina. Nos últimos anos, a China está a procurar ter um papel mais ativo no Médio Oriente, região em que se abastece de petróleo e é de importância vital para o seu ambicioso plano de infraestruturas promovido pelo Presidente, Xi Jinping, sob a designação de “Nova Rota da Seda”. Hoje, durante a reunião da comissão conjunta China-Israel sobre cooperação e inovação, que se realiza, alternadamente, em cada país, foram assinados acordos bilaterais, sobretudo na tecnologia e na ciência, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. Na terça-feira, Wang Qishan visitou a Cisjordânia, onde se reuniu com o primeiro-ministro palestiniano, Rami Hamdallah, colocou uma coroa de flores no túmulo de Yasser Arafat e visitou a Igreja da Natividade, em Belém. Durante a reunião de Wang Qishan com vários dirigentes palestinianos, foi decidido iniciar conversações para o estabelecimento de um acordo de comércio livre, conforme o memorando de entendimento assinado. O Governo chinês sempre se posicionou ao lado da Palestina e mostrou o seu apoio ao processo de paz no Médio Oriente e a uma solução pacífica do conflito israelo-palestiniano, com os dois Estados nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital da Palestina.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-chefe militar dos EUA admite guerra com China dentro de 15 anos [dropcap]O[/dropcap] antigo comandante das forças militares dos Estados Unidos da América (EUA) na Europa admitiu, na quarta-feira, que é muito provável que os norte-americanos e a China estejam em guerra dentro de 15 anos. O tenente-general retirado Ben Hodges afirmou que os aliados europeus terão de fazer mais para garantirem a sua própria defesa, perante uma ressurgente Rússia, porque os EUA vão precisar de dar mais atenção à defesa dos seus interesses no Pacífico. “Os EUA precisam de um pilar europeu muito forte. Penso que dentro de 15 anos – o que não é inevitável –, é muito provável que estejamos em guerra com a China”, declarou Ben Hodges, numa sala cheia durante o Fórum de Segurança de Varsóvia, Polónia, um encontro de líderes e analistas políticos e militares da Europa Central. “Os EUA não têm a capacidade para fazer tudo o que têm de fazer na Europa e no Pacífico para lidarem com a ameaça chinesa”, disse Hodges. Este militar norte-americano chefiou as forças dos EUA na Europa entre 2014 e o ano passado. Agora, é analista de estratégia no Centro de Análise da Política Europeia (Center for European Policy Analysis), um instituto de investigação baseado em Washington, nos EUA. Apesar da mudança de prioridades geopolíticas, Ben Hodges considerou que o compromisso dos EUA com a NATO é “inabalável”, apesar das declarações de Trump. Hodges disse à The Associated Press que um recente quase choque entre um ‘destroyer’ norte-americano e um vaso de guerra chinês foi apenas um sinal que aponta para “uma relação crescentemente tensa e uma concorrência cada vez mais forte em todos os domínios”. Outros sinais são “os constantes roubos de tecnologia” por parte da China e a forma como a China está a ganhar o controlo das infra-estruturas através do financiamento de projectos em África e na Europa, acrescentou, detalhando que na Europa a China já possui mais de 10% dos portos.
Hoje Macau EventosSalão de Outono | “Navio dos Loucos” chega à Casa Garden a 3 de Novembro [dropcap]I[/dropcap]ntegrado no programa do Salão Outono e no Festival Internacional de Video de Macau VAFA, o espectáculo “Navio dos Loucos”, que junta música e poesia, vai ter lugar na Casa Garden no próximo dia 3 de Novembro, pelas 19:30. Em palco estará a poesia de José Anjos juntamente com as palavras de outros poetas portugueses e chineses, e a viola campaniça de João Morais (O Gajo). José Anjos é um escritor e músico português que escreve e diz poemas. Publicou dois livros pela editora Abysmo (Manual de Instruções para Desaparecer, 2015, e Somos Contemporâneos do Impossível, 2017) e tem participado em vários projectos de poesia musicada e spokenword, indica o comunicado de imprensa da organização. Já João Morais, descobre a viola campaniça ao fim de 30 anos a tocar guitarras vindas de fora. Cria O Gajo em 2016 “com o intuito de ligar a sua música à terra que o viu nascer, Portugal.” Juntos, José Anjos e João Morais (O Gajo), criaram um espectáculo de música e poesia que explora a fusão entre a palavra e a sonoridade singular e secular da Viola Campaniça, com poemas de José Anjos e Cláudia R. Sampaio (que também integra o projecto) e composições originais de João Morais, acrescenta o comunicado. O espectáculo, que conta ainda com a presença da convidada especial Lang Sida, integra-se na inauguração do Salão de Outono 2018, que ocorre no mesmo dia às 17:30, onde será ainda revelado o vencedor do Prémio Fundação Oriente para as Artes Plásticas.
Hoje Macau EventosInstituto de Estudos Europeus organiza novo curso [dropcap]O[/dropcap] Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM) vai organizar, entre os dias 29 de Outubro e 2 de Novembro, o 15º curso de Direito da Propriedade Intelectual, em colaboração com a Universidade de Maastricht. O programa divide-se em três componentes. De acordo com um comunicado do IEEM, o curso “continua a atrair estudantes de todo o mundo, é leccionado em regime intensivo, em língua inglesa, e visa proporcionar aos alunos uma introdução ao Direito da Propriedade Intelectual numa perspectiva prática e internacional, com especial ênfase na discussão de casos práticos”. As aulas são orientadas pelo Professor Anselm Kamperman Sanders, da Universidade de Maastricht, com a colaboração de outros especialistas. A inscrição está limitada a um número máximo de participantes, de forma a assegurar a qualidade pedagógica. Para a presente edição estão inscritos alunos oriundos da China, Coreia do Sul , Macau, Hong Kong e Europa, aponta o IEEM. Além do curso, o IEEM organiza também, nos dias 4 e 5 de Novembro, a 18ª edição do Seminário sobre Propriedade Intelectual, intitulado “A Propriedade Intelectual e a Quarta Revolução Industrial: A Economia da Informação”, que vai decorrer no Hotel Grand Lapa. Está agendada uma discussão sobre “os problemas jurídicos levantados pela inteligência artificial, pela realidade virtual e pela tecnologia blockchain”. “O IEEM convidou os seguintes oradores para fazerem apresentações no seminário: Manuel Desantes Real (Universidade de Alicante), Michael Mattioli (Faculdade de Direito da Universidade de Indiana), Michael Landau (Universidade da Georgia, EUA), Gonçalo Cabral (Administração de Macau), Anke Moerland (Universidade de Maastricht), Anselm Kamperman Sanders (Universidade de Maastricht), Andres Guadamuz (Universidade do Sussex), Marieangela Parra-Lancourt (Unidade de Análise Política e Estratégia do Desenvolvimento, ONU)”, aponta o mesmo comunicado, sendo que está prevista a publicação dos artigos científicos pela Kluwer Law International. No dia 7 de Novembro decorre ainda uma sessão de actualização profissional em Hong Kong, que terá lugar no Departamento de Propriedade Intelectual de Hong Kong (Wung Chu House, 25º andar, Queen’s Road East, nº 213, Wanchai). As inscrições podem ser feitas online no sítio do IEEM ou através do email e telefone.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau e Portugal acordam estágios em hotelaria [dropcap]C[/dropcap]erca de 200 alunos de Macau vão estagiar em Portugal no próximo ano, uma forma de capacitar a oferta hoteleira nacional perante a crescente procura do mercado chinês, disse ontem à Lusa a secretária de Estado do Turismo. “Vamos desenvolver acções de intercâmbio com o objetivo de levar cerca de 200 alunos para fazerem estágios em hotéis em Portugal” já em 2019, avançou à agência Lusa Ana Mendes Godinho, após um encontro com o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam. “Este ano tivemos 20 alunos de Macau” num projecto-piloto, num estágio nas escolas de turismo, mas agora “o objectivo é ampliar este número significativamente”, sublinhou a governante. Ana Mendes Godinho revelou ainda que Portugal e Macau acordaram avançar com a realização de “um grande evento” em 2019 ligado à gastronomia – uma iniciativa que vai decorrer no território administrado pela China. “Vamos desenvolver acções em torno da gastronomia”, nas quais se procura expressar as influências e a cultura de ambos os territórios”, adiantou. “Este é um exemplo prático de como pode haver interligação entre a Europa e a China”, a partir destes dois territórios, destacou a secretária de Estado, acrescentando que em Março está agendada uma visita a Portugal de Alexis Tam, durante a qual “serão desenvolvidas outras acções”. As declarações de Ana Mendes Godinho foram feitas à margem do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau que terminou ontem e que reuniu mais de um milhar de participantes, autoridades e líderes de empresas privadas de vários países do mundo durante dois dias.
Hoje Macau PolíticaLAG | Chefe do Executivo apresenta políticas na AL a 15 de Novembro [dropcap]A[/dropcap]s Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano vão ser apresentadas no próximo dia 15 de Novembro. A apresentação, pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, está marcada para as 15h na Assembleia Legislativa (AL). Segue-se a habitual conferência de imprensa, pelas 17h, na sede do Governo. O líder do Executivo regressa ao hemiciclo no dia seguinte, desta feita, para responder às perguntas dos deputados sobre o relatório das LAG. A TDM e a Rádio Macau transmitem em directo os eventos dos dois dias. O portal do Governo e as páginas do Gabinete do Chefe do Executivo e da AL e do Gabinete de Comunicação Social também disponibilizam a transmissão em directo.
Hoje Macau PolíticaLAG 2019 | Caritas pede mais serviços de tratamento de demência [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, recebeu ontem o secretário-geral da Caritas, Paul Pun, no âmbito da recolha de opiniões sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano. Os serviços prestados a quem sofre de demência foi um dos pontos abordados por Paul Pun que sugeriu que, na concepção de novos asilos, se inclua uma área especializada para as doenças deste foro e que os futuros lares passem a integrar um centro de cuidados de enfermagem. O secretário-geral da Caritas defendeu ainda a criação de um centro terapêutico para redução de dores, bem como um ajustamento dos serviços de apoio domiciliário à capacidade económica de cada família, entre outros.
Hoje Macau PolíticaMayra Andrade – “Afecto” “Afecto” Não sei bem o que fazer Nem sei como te dizer Cada vez que me chegas me sinto mais longe de ti Teu pudor foi transmitido e será neutralizado Teu pudor foi transmitido Não importa o quanto faça Pouco importa a cor do ouro Na corrida ao teu afecto A medalha é sempre bronze Sou orfã da tua ternura Muito me salta à vista Quando chegas reta e firme Que pouco posso fazer para te fazer mudar Teu pudor foi transmitido e será neutralizado Teu pudor foi transmitido Se soubesses abraçar De vez em quando beijar E aos recantos imperfeitos Com menos rigor apontar Quem seria eu? Sou orfã da tua ternura Quando estamos tu e eu E ao meu lado adormeces Um oceano nos separa Mas tu não sabes de nada A canção que se repete A tristeza que me cala O Amor foi recebido Apesar do que tu calas O Amor foi recebido Apesar do que tu calas Mayra Andrade
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil/Eleições | Académico chinês admite que China está “apreensiva” com ascensão de Bolsonaro [dropcap]U[/dropcap]m especialista chinês em relações sino-brasileiras admitiu que Pequim está “apreensivo” com a aproximação a Taiwan do candidato presidencial brasileiro Jair Bolsonaro, que pode romper com décadas de aliança política entre as duas potências emergentes. “Existe alguma apreensão e preocupação”, disse à agência Lusa Zhou Zhiwei, diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, a principal unidade de investigação do Governo chinês, sob tutela do Conselho de Estado. “É preciso esperar para ver como [Bolsonaro] agirá caso vença as eleições. Mas tendo em conta as suas atitudes anteriores, como a viagem a Taiwan, na verdade, estamos perante vários desafios”, explicou Zhou. Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a “reunificação pacífica”, mas ameaça “usar a força” caso a ilha declare independência. Já a ilha onde se refugiou o antigo governo nacionalista chinês depois de os comunistas tomarem o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China. O princípio ‘Uma só China’ [visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território] é considerado pelas autoridades chinesas como um pré-requisito e base política para manter relações diplomáticas com outros países. Mas a proposta de programa de governo do candidato da extrema-direita à segunda volta das presidenciais brasileiras, este domingo, refere Taiwan como um país por quatro vezes e, em fevereiro passado, enquanto deputado do Congresso, Bolsonaro visitou Taipé, onde se encontrou com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros taiwanês, José Mria Liu, como parte de um périplo pela Ásia. “A nossa viagem por Israel, Estados Unidos, Japão, Coreia e, agora, Taiwan, bem demonstram de quem nos queremos aproximar”, afirmou, na altura, o candidato de extrema-direita. A visita resultou numa carta de protesto enviada pela embaixada chinesa em Brasília à Executiva Nacional dos Democratas, na qual as autoridades chinesas afirmam encarar a visita de Bolsonaro a Taipé com “profunda preocupação e indignação”. Na mesma nota, a embaixada chinesa considerou a viagem uma “afronta à soberania e integridade territorial da China”, que “causa eventuais turbulências na Parceria Estratégica Global China-Brasil, na qual o intercâmbio partidário exerce um papel imprescindível”. Zhou Zhiwei, que é também pesquisador visitante no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, considerou que Bolsonaro terá de “equacionar como vai o Brasil desenvolver as suas relações com a China”. “Nós temos princípios que outros países não podem violar”, disse. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e o principal investidor externo no país sul-americano, tendo comprado, nos últimos anos, ativos estratégicos nos setores da energia ou mineração. Mas o candidato de extrema-direita, que disputa com Fernando Haddad (PT) a segunda volta das eleições presidenciais, advertiu já os investidores chineses. “A China não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil”, afirmou, advertindo: “Você vai deixar o Brasil na mão do chinês”. Bolsonaro prometeu ainda repensar a filiação do país ao BRICS [bloco de grandes economias emergentes, que inclui ainda China, Rússia, Índia e África do Sul], pondo em causa mais de uma década e meia de diplomacia brasileira baseada em alianças com o mundo emergente. Severino Cabral, diretor do Instituto Brasileiro de Estudos da China e Ásia-Pacífico, lembra, porém, que a parceria entre Pequim e Brasília é “muito antiga” e “estabelecida em acordos e entendimentos muito sólidos” e que a eleição presidencial do Brasil é uma escolha brasileira que a China tem que aceitar. “Da mesma forma que nós não ficamos apreensivos quando há uma mudança no Estado chinês, os chineses não devem ficar apreensivos com uma mudança que é natural no curso da História do nosso país”, disse à agência Lusa, em Pequim. O académico lembrou que “o facto de um candidato ter dito algo, que pode soar como estranho, é coisa da campanha, que deve ser entendida assim”. “Uma coisa é o presidente, a visão de estadista, outra coisa é o dia-a-dia das posições”, defendeu.