João Sousa eliminado na primeira ronda do torneio de ténis de Pequim

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tenista português João Sousa, 43.º do ‘ranking’ mundial, foi ontem eliminado na primeira ronda do torneio de Pequim, na China, em piso duro, ao perder com o russo Andrey Rublev, 68.º da hierarquia.

O número 1 nacional cedeu em dois ‘sets’, pelos parciais de 6-0 e 6-4, em apenas uma hora e sete minutos.

João Sousa foi completamente dominado no primeiro ‘set’ e no segundo sofreu um ‘break’ logo no terceiro jogo e não mais recuperou, tendo o primeiro e único ponto para quebrar o serviço ao adversário já no 10.º jogo.

O tenista luso não conseguiu, porém, concretizá-lo e fazer o 5-5, com o russo a vencer, então, três pontos consecutivos e a selar a vitória.

João Sousa admite incapacidade de superar “altíssimo nível” de Andrey Rublev
O tenista português João Sousa admitiu ter sido incapaz de contrariar o “altíssimo nível” demonstrado pelo russo Andrey Rublev na partida que ditou a sua eliminação na primeira ronda do torneio de Pequim.

“Não consegui vencer, o Andrey fez um encontro muito bom, aqui as condições de jogo eram-lhe muito favoráveis e a verdade é que fez um encontro muito bom, não tive qualquer hipótese para contrariar o estilo de jogo dele, muito forte. Conseguiu jogar a um altíssimo nível e eu, sinceramente, não consegui encontrar esse antídoto para fazer frente a esse bom nível dele. Daí a vitória contundente por parte dele”, disse, em mensagem divulgada pela assessoria de imprensa do jogador.

O número um português cedeu em dois ‘sets’ frente ao 68.º da hierarquia, pelos parciais de 6-0 e 6-4, em apenas uma hora e sete minutos. “Agora é preparar da melhor maneira o próximo torneio em Xangai, onde vou disputar o ‘qualifying’ para tentar voltar a esse bom nível e tentar fazer bons encontros lá”, disse.

3 Out 2018

A cada oito horas é assassinado um menor na Venezuela, diz Observatório 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] cada oito horas um menor é assassinado na Venezuela, segundo dados divulgados na terça-feira pelo Observatório Venezuelano de Violência e a Cecodap, uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos.

Os dados fazem parte do relatório “Somos Notícia”, correspondente a 2017, ano em que 1.134 crianças ou adolescentes foram assassinados na Venezuela.

O relatório foi feito com base em notícias divulgadas pela imprensa venezuelana, regional e nacional.

“As estatísticas permitem analisar que no ano de 2017, a cada dia, foram assassinadas três crianças ou adolescentes [entre 15 e 17 anos] na Venezuela. A cada oito horas, um menino, uma menina ou um adolescente morreu de forma violenta”, refere o relatório.

Segundo o documento, a violência na Venezuela “não tem limites” e afeta crianças “de todas as idades e ambientes, famílias, comunidades e escolas”.

“Os dados indicam que 76 crianças dos 0 aos 4 anos de idade morreram assassinadas. Nem sequer a sua curta idade ou condição de vulnerabilidade deteve a ação criminosa”, sublinha o relatório.

Outras 125 vítimas tinham entre 10 e 14 anos e 108 homicídios foram classificados como “resistência à autoridade”.

Quanto aos motivos que levaram ao homicídio, em 643 casos foram “ajustes de contas (vingança)”, em 92 o motivo foi roubo e 24 casos relacionam-se com razões passionais dos progenitores.

Ocorreram ainda 21 mortes por “encomenda” e 19 por rixas, entre outras.

Os dados dão conta ainda de que ocorreram 32 casos de homicídio por abuso policial e que 23 menores foram assassinadas no âmbito de protestos sociais ou políticos.

Segundo o Cecodap, na Venezuela, há grupos de criminosos que atraem crianças de 10 a 11 anos de idade para atividades criminosas, seduzindo-as com alimentos e outros produtos escassos no país.

O relatório precisa ainda que 777 menores participaram em roubos no ano de 2017, 141 em assassinatos e 91 estiveram envolvidas com narcotráfico.

Já outras 56 crianças participaram em pilhagens a estabelecimentos comerciais, 20 delas em sequestros, 16 em abusos sexuais e cinco em delitos de violência de género.

Além dos homicídios, 311 crianças foram obrigadas a realizar trabalho infantil, 270 morreram devido à contaminação em hospitais, 205 por má nutrição e 137 transformaram-se em mendigos.

“A pobreza, a inflação, a grave falta de abastecimento e o controlo na distribuição e venda de alimentos têm afetado muito especialmente as crianças e adolescentes, com resultados dolorosos e irreparáveis, como a morte por desnutrição ou doenças, graves casos desnutrição, a perda de tamanho e peso em números consideráveis da população”, explica.

Segundo o relatório, tem havido “situações inéditas” em que as crianças são tiradas da escola “por não terem alimentos ou meios de transporte”.

“A presença de crianças e jovens a procurar comida em caixotes de lixo, a separação porque os pais não podem mantê-las e o aumento de casos de pais que emigram, deixando os filhos sozinhos ou acompanhados por um familiar distante, concretizam situações de desintegração familiar, abandono e deterioração da qualidade de vida e do desenvolvimento das chamadas ‘crianças deixadas para trás”, acrescenta.

3 Out 2018

Liga dos Campeões | José Mourinho considerou “justo” empate frente ao Valência

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] português José Mourinho considerou ontem “justo” o resultado da partida da segunda jornada do grupo H da Liga dos Campeões de futebol frente ao Valência, comentando que, não sendo possível ganhar, “é preciso não perder”.

“Não é o resultado que queríamos. Melhorámos, apesar de não termos jogado a níveis aceitáveis. Mas no grupo difícil em que estamos, se não podemos ganhar, então é preciso não perder. Aceito o resultado, que é justo”, comentou, após o empate 0-0 em casa com a equipa espanhola.

“Os jogadores tentaram, melhoraram a sua prestação, a sua intensidade. Sabíamos ainda assim que não criaríamos muitas ocasiões. Sabíamos que os nossos jogadores no ataque não estão a atravessar a sua melhor fase. Não é um bom resultado, mas também não é um mau resultado”, comentou.

Na segunda-feira, José Mourinho negou que o seu lugar de treinador do Manchester United esteja por um ‘fio’, antes do jogo com o Valência.

Questionado sobre se o seu futuro como técnico dos ‘diabos vermelhos’ está em risco devido aos maus resultados, Mourinho vincou que está a trabalhar para inverter a situação.

“Sabemos que a situação não é a melhor, mas o que posso dizer é que estamos a fazer de tudo para obtermos melhores resultados”, afirmou José Mourinho, na conferência de imprensa de antecipação ao embate com o conjunto ‘ché’.

O técnico luso, campeão europeu ao comando do FC Porto (2003/04) e do Inter de Milão (2009/10), recusou responder se falou recentemente com o presidente sobre a sua posição no clube, classificando-o como um “assunto privado”.

Após este empate, o Manchester United está no segundo lugar do grupo H com quatro pontos, menos dois do que a Juventus, de Cristiano Ronaldo e João Cancelo, líder com seis pontos, enquanto o Valência, de Rúben Vezo e Gonçalo Guedes, é terceiro com um ponto e os suíços do Young Boys são últimos sem qualquer ponto.

3 Out 2018

Austrália avança com três milhões de euros de ajuda humanitária à Indonésia

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo australiano ofereceu 3,1 milhões de euros de ajuda humanitária à Indonésia, na sequência do sismo e do tsunami que atingiram a ilha de Celebes na sexta-feira, causando mais de 1.200 mortos.

Em declarações à emissora ABC, a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, explicou que os fundos destinam-se aos cuidados de saúde de emergência durante o período inicial de 21 dias.

O carregamento, de garrafas de água, artigos de higiene e geradores, entre outros, encontra-se na Austrália e será transportado para a zona do desastre, disse Payne.

Além disso, cerca de 50 profissionais médicos vão deslocar-se para a Indonésia para ajudar na resposta à catástrofe, que também causou cerca de 800 feridos, mais de 61.000 deslocados e graves danos nas infraestruturas.

“Trabalharemos de perto com o Governo indonésio para garantir que este apoio é altamente direcionado e corresponde às necessidades” do país, disse Payne.

Na terça-feira, as autoridades indonésias elevaram para 1.234 o número de vítimas mortais do terramoto de magnitude 7,5 e posterior tsunami que atingiram a ilha de Celebes na passada sexta-feira.

A Indonésia assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, se registam cerca de sete mil terramotos, a maioria moderados.

Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 ficaram deslocadas devido a quatro terramotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.

3 Out 2018

Filme “Hotel Império” de Ivo M. Ferreira tem estreia mundial na China

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] filme “Hotel Império”, do realizador português Ivo M. Ferreira, vai ter estreia mundial no Festival de Cinema de Pingyao, que começa no dia 11, na China, revelou a produtora O Som e a Fúria.

“Hotel Império” foi rodado em Macau, onde Ivo M. Ferreira vive há largos anos, e conta a história de uma portuguesa nascida na cidade – interpretada por Margarida Vila-Nova – que, juntamente com outras pessoas, habita um antigo hotel em vias de ser destruído para dar lugar a um edifício moderno.

Em 2016, quando apresentou o projeto do filme no Festival Internacional de Cinema de Macau, Ivo M. Ferreira explicou que a longa-metragem tem como pano de fundo um tema recorrente e muito presente na vida da cidade: a mudança acelerada do espaço, impulsionada pelo desenvolvimento económico.

“O hotel evidentemente que tem uma carga simbólica sobre Macau, vai ser destruído para ser construído um hotel-casino. Tem que ver com (…) a erosão da cidade [que] poderá criar uma identidade, a erosão poderá unir-nos, unir vizinhos que não se falavam. Acho que o filme gravita muito à volta desse ambiente, de que a destruição pode unir para proteger a cidade”, explicou na altura realizador.

Além de Margarida Vila-Nova, o filme conta com a participação de Rhydian Vaughan, um ator taiwanês de ascendência britânica, e vários atores de Macau.

“Hotel Império”, que Ivo M. Ferreira rodou depois de “Cartas da Guerra”, terá estreia mundial na segunda edição do Festival Pingyao Crouching Tiger Hidden Dragon, criado em 2017 pelo realizador chinês Jia Zhangke e pelo programador Marco Muller.

O festival foi batizado com o nome de um filme de Ang Lee, “Crouching Tiger Hidden Dragon” (“O Tigre e o Dragão”), de 2000.

Trailer

3 Out 2018

Saúde | Rastreio do cancro colorrectal estendido ao final do ano

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde estenderam, por mais dois meses, até a 31 de Dezembro, o programa de rastreio do cancro colorrectal para os residentes nascidos entre 1947 e 1949.

Desde que o programa foi lançado, em Novembro de 2016, mais de 7.000 pessoas marcaram consulta, das quais 6.150 participaram no programa após a mesma. Os participantes foram sujeitos a um exame para detectar sangue oculto nas fezes que deu positivo em 900 indivíduos. Dos 825 que fizeram a colonoscopia, foi confirmado cancro colorrectal em 48 casos, a maioria em fase precoce, o que permite um tratamento médico eficaz, indicam os Serviços de Saúde. Além disso, em 750 indivíduos verificou-se pólipos benignos nas mucosas do intestino grosso.

O programa do rastreio do cancro colorrectal destina-se aos nascidos entre 1947 e 1956. A partir do dia 1 de Janeiro, a faixa etária visada pelo programa será a dos nascidos depois de 1950.

O cancro colorrectal é uma das doenças mais comuns em Macau, figurando entre as primeiras dez doenças oncológicas de maior incidência, com a mortalidade a ocupar o segundo lugar no ranking do território.

3 Out 2018

Semana Dourada | Número de turistas aumenta 18,4 por cento

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de turistas que visitou Macau no primeiro dia da semana dourada atingiu os 131,9 mil, de acordo com os números da Direcção de Turismo de Macau.

Os turistas do Continente foram os principais responsáveis pelo aumento, tendo o número de visitantes aumentado 35,5 por cento, durante o primeiro dia da semana dourada, atingindo a marca dos 111,5 mil turistas.

O principal posto de entrada foram as Portas do Cerco, com um registo de 83,7 mil pessoas.

3 Out 2018

Pyongyang diz que fim da Guerra da Coreia não é moeda de troca para desnuclearização

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]yongyang advertiu ontem Washington que uma eventual declaração de fim da Guerra da Coreia não pode ser moeda de troca nas negociações sobre desnuclearização, mas o fim das sanções ao país poderá ser um passo nesse sentido.

A agência de notícias oficial norte-coreana emitiu um comunicado mencionando que Pyongyang tomou medidas significativas para acabar com as relações hostis entre os dois países, mas que os EUA estão a “tentar subjugar” o país através de sanções.

Se Washington pretende progressos na desnuclearização norte-coreana deve suspender as sanções, lê-se no comunicado.

Os Estados Unidos recusaram categoricamente até agora qualquer alívio das sanções internacionais. Washington quer primeiro ver o fim da desnuclearização da península e que esta seja verificada de forma independente.

Uma eventual declaração de fim da Guerra da Coreia “nunca pode ser uma moeda de troca para a República Popular Democrática da Coreia se desnuclearizar”, disse a agência norte-coreana.

Rigor americano

A Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício, mas nunca foi assinado um tratado de paz, por isso os dois países continuam tecnicamente em guerra.

Na semana passada, numa reunião do Conselho de Segurança da ONU dedicada à questão nuclear norte-coreana, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, apelou à comunidade internacional para uma aplicação “rigorosa” das sanções contra a Coreia do Norte “até que a desnuclearização esteja concluída e totalmente verificada”.

Em 12 de Junho deste ano, o Presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano reuniram-se em Singapura numa cimeira de contornos históricos. Esta reunião entre Trump e Kim foi a primeira entre líderes destes dois países após quase 70 anos.

Contudo, as negociações entre Washington e Pyongyang têm sido complicadas e ambos os lados não têm conseguido chegar a acordo sobre a desnuclearização da Coreia do Norte.

3 Out 2018

Taxa de 1,8 por cento de desemprego entre Junho e Agosto

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] taxa de desemprego entre Junho e Agosto foi de 1,8 por cento, mantendo-se inalterada face ao período anterior (Maio a Julho). Face ao mesmo intervalo temporal do ano passado houve um descida de 0,2 pontos percentuais.

Segundo dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a população desempregada era composta por 7.100 indivíduos, dos quais um quinto (21 por cento) estava à procura do primeiro emprego, valor que traduz um aumento de 4,9 pontos percentuais face ao período anterior, devido à entrada no mercado de trabalho de novos graduados.

A taxa de desemprego dos residentes foi mais elevada, correspondendo a 2,4 por cento. Entre Junho e Agosto, a população activa totalizou 392.100 indivíduos, com a população empregada a fixar-se em 385.000 indivíduos, dos quais 283.700 eram residentes, ou seja, menos 500 e 600 pessoas, respectivamente, em comparação com o período precedente.

Em termos de ramos de actividade económica, o número de empregados dos hotéis, restaurantes e similares e da construção decresceu, enquanto o das actividades culturais e recreativas, lotarias e outros serviços aumentou.

3 Out 2018

Ruínas de S. Paulo vedadas para monitorização

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s Ruínas de S. Paulo vão estar vedadas ao público nos dias 5 e 12 entre as 23h e as 6h da manhã do dia seguinte para monitorização, informou o Instituto Cultural (IC).

Em comunicado, o organismo indica que, a fim de assegurar a segurança da estrutura, utiliza anualmente um ‘scanner’ tridimensional para proceder ao exame geral da superfície da fachada do monumento e ao registo dos respectivos dados.

A monitorização começou na passada sexta-feira, dia em que a área do adro com pavimento em lajes de granito e a escadaria do monumento foram interditas ao público durante a noite.

3 Out 2018

Desmantelada rede de narcotráfico com ligação a Portugal e Macau

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] autoridade tributária e aduaneira espanhola desmantelou uma rede de lavagem de capitais do tráfico de drogas que utilizava empresas em paraísos fiscais, como Macau, Luxemburgo e Bahamas e bancos em Portugal, Andorra e Suíça, noticiam media espanhóis. A imprensa ‘online’ da Galiza noticiou que a operação de desmantelamento da rede continua aberta, estando em causa a lavagem de 10 milhões de euros procedentes do narcotráfico.

A organização ilícita realizava as suas operações nas comunidades espanholas da Galiza e das Astúrias e empregava várias sociedades em territórios “offshore” para ocultar o seu património.

A investigação envolve 24 suspeitos e 14 empresas, o que inclui sociedades e colaboradores em Macau, Luxemburgo e Bahamas, assim como entidades bancárias de Portugal, Andorra e Suíça. De acordo com a imprensa espanhola, a “Operação Zebra” está a ser conduzida por um juiz de instrução de Lugo (Galiza) e conta com a colaboração das procuradorias em Lisboa, Genebra e Andorra.

O dinheiro de origem ilícita era colocado nas contas no exterior e, posteriormente, a rede fazia-o regressar a Espanha usando várias técnicas de lavagem de capitais para o investir.

A organização também utilizava um sistema de compra de números da lotaria premiada, método que lhe permitiu lavar 370.000 euros de origem também ilícita. Durante a investigação também foram localizados mais de 40 imóveis em cidades como Oviedo, Marbella e Lugo que estavam em nome de alguns dos suspeitos e, noutros casos, de empresas.

3 Out 2018

Wong Kit Cheng defende maiores apoios para forças de segurança

[dropcap style≠‘circle’]“Q[/dropcap]uais são as medidas que vão ser tomadas para dar maiores perspectiva de futuro e aumentar o moral das forças de segurança?” A pergunta é da deputada Wong Kit Cheng, numa interpelação escrita, que foi divulgada ontem.

A legisladora ligada à Associação Geral das Mulheres pretende também saber que benefícios e subsídios estão a ser pensados para reconhecer os trabalhos dos polícias de Macau, ao mesmo tempo que se reduz a pressão sobre os mesmos no que diz respeito ao trabalho e vida pessoal.

No documento, Wong Kit Cheng alerta ainda o Executivo para o facto de muitos agentes sentirem que cumpridos 12 anos de trabalho ficam parados na carreira, devido às dificuldades em serem promovidos a um posto superior. Este é um problema que a legisladora defende que tem de ser resolvido.

3 Out 2018

Wong Kit Cheng quer apurar responsabilidades devido a falta de orçamento para o metro

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng quer saber o que falhou nos trabalhos do Governo para que não seja possível fazer uma estimativa sobre o custo total do Metro Ligeiro, incluindo as linhas da Península de Macau.

Num comunicado, Wong defendeu que devem ser apuradas responsabilidades políticas ao governantes sobre este projecto e frisou que faltam mecanismos de resposta que implementem as sugestões dos relatórios do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) e do Comissariado de Auditoria (CA).

Segundo a deputada, a falta destes mecanismos levam a que os erros do passado se repitam. A deputada ligada à Associação Geral das Mulheres deu ainda como bom o exemplo o Instituto Cultural, porque após ter sido publicado um relatório do CCAC, em Março de 2017, sobre as contratações ilegais, houve dirigentes que assumiram as suas culpas e se afastaram dos cargos.

3 Out 2018

Navio chinês força contratorpedeiro dos EUA a alterar trajectória

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Marinha norte-americana disse que, no domingo, um navio de guerra chinês no mar do Sul da China aproximou-se “perigosamente” de um contratorpedeiro dos Estados Unidos, forçando-o a mudar a trajectória.

De acordo com o porta-voz da Frota do Pacífico dos EUA, durante uma operação da marinha, no arquipélago Spratly (arquipélago desabitado no Mar do Sul da China, com mais de 750 recifes, ilhéus, atóis e ilhas) um navio chinês “aproximou-se a 45 jardas (41 metros)” do contratorpedeiro e convidou-o “a deixar a área”.

Uma manobra “agressiva (…) perigosa e pouco profissional”, disse o porta-voz, acrescentando que o navio norte-americano foi forçado a “manobrar para evitar uma colisão”.

Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar das reivindicações dos países vizinhos. Nos últimos anos, construiu sete recifes em ilhas artificiais, capazes de receber instalações militares em recifes disputados pelos países vizinhos. As novas ilhas ficam próximas de ilhas ocupadas pelo Vietname, Filipinas e Taiwan.

Malásia e o Brunei são outros dos países que disputam a jurisdição sobre ilhas e recifes, ricos em pesca e potenciais depósitos de combustíveis fósseis.

A China acusa os EUA, que regularmente patrulham as águas com meios aéreos, porta-aviões e outros navios de guerra, de se intrometerem numa disputa que é puramente asiática.

Este mar estratégico, por onde passam anualmente cerca de cinco biliões de dólares em mercadorias, terá vastas reservas de gás e petróleo.

Em Agosto, a cadeia de televisão norte-americana CNN informou que as forças armadas chinesas repetidamente advertiram um avião da Marinha dos EUA que voava perto de algumas destas novas ilhas para “sair imediatamente e manter-se afastado para evitar qualquer mal-entendido”.

3 Out 2018

Empresa chinesa vence concurso de fogo de artifício

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] empresa chinesa Liuyang New Year Fireworks venceu a 29.ª edição do Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, que terminou esta segunda-feira, Dia Nacional da China.

Milhares de pessoas reuniram-se na baía em frente à Torre de Macau para assistirem ao último dia do concurso, reservado aos espectáculos da Itália e da China.

Na cerimónia de entrega de prémios, a responsável pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) descreveu o evento como um dos “maiores cartazes turísticos” do território, capaz de atrair turistas de todo o mundo.

“A DST irá continuar a apresentar eventos diversificados e inovadores, em cooperação com diferentes serviços governamentais, instituições, associações (…) com o objectivo de transformar Macau num centro mundial de turismo e lazer”, sublinhou Helena de Senna Fernandes.

Chama lusa

A companhia pirotécnica “Luso” voltou a representar Portugal no concurso, que contou ainda com a participação de equipas das Filipinas, Coreia do Sul, Japão, Bélgica, França, Alemanha e Áustria.

O grupo português viu a sua actuação inspirada no Fado ser adiada uma semana, devido ao tufão Manghkut, que atingiu Macau no dia 16 de setembro e obrigou as autoridades a içarem o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo na escala de alerta. À data, em conferência de imprensa, o representante da empresa, Vítor Machado, lembrou que todo o material foi ‘made in’ Portugal.

Este ano, a “Luso” decidiu investir “numa viagem de sonoridades”, “desde os clássicos, como Amália [Rodrigues]” e António Zambujo, até ao Fado In Bossa e aos Beat Bombers Remix, passando por artistas como Rodrigo Leão e Camané, Pedro Abrunhosa, Dulce Pontes, Deolinda e, inclusive, os Gaiteiros de Lisboa, disse.

No ano passado, o concurso foi cancelado devido aos estragos provocados pelo tufão Hato, que atingiu Macau em 23 de agosto, causando dez mortos e mais de 240 feridos.

3 Out 2018

Defendida inclusão de lesados do Pearl Horizon em alojamento temporário

[dropcap style≠‘circle’]F[/dropcap]oi apresentada na passada sexta-feira o relatório relativo à consulta pública sobre o regime jurídico de habitação para alojamento temporário e de habitação para a troca. De acordo com a Rádio Macau, um total de 91,3 por cento dos participantes na consulta defende mais facilidades para os lesados do caso Pearl Horizon na aquisição de casa, sendo que apenas 7,9 por cento estão contra a inclusão destas pessoas num programa que também abrange moradores de zonas que serão alvo de reabilitação urbana.

Apesar dos números, os responsáveis do Governo adiantaram que há muitos factores a ter em conta, “O número, em si, não quer dizer nada. Temos que ver se as disposições legais estão a defender o interesse público, que é o centro de uma lei”, ressalvou o director dos Serviços de Provedoria de Justiça, Lam Chi Long.

Já Lao Pun Lap, assessor do Chefe do Executivo, referiu que “embora não estejam em maioria, conseguem revelar as opiniões da sociedade e, como não são compradores do Pearl Horizon, não devem ser ignorados”.

Além desta questão, a maioria dos participantes criticou também “o progresso muito lento” da renovação urbana, apontando como urgente a criação de um regime jurídico principal sobre esta matéria.

3 Out 2018

Angela Leong declara guerra ao Campo dos Operários

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]ngela Leong defende que o Campo dos Operários, junto às Portas do Cerco, deve ser transformado numa área para paragem de autocarros. Segundo a deputada, aquele terreno é fundamental para melhorar a situação do trânsito e aumentar a capacidade de acolher autocarros devido à localização, junto à fronteira.

É de salientar que as Portas do Cerco são o principal ponto de entrada de turistas do Interior da China em Macau. Angela Leong entende que o espaço pode ser substituído facilmente, o que contrasta com a dificuldade em encontrar terrenos naquela zona para acolher mais autocarros.

Finalmente, a deputada diz que com estas alterações os residentes e turistas ficariam a ganhar. Angela Leong propõe assim ao Governo que comece, tão rapidamente quanto possível, a ouvir os residentes sobre esta matéria.

3 Out 2018

Song Pek Kei exige seguimento do caso Iec Long

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] deputada Song Pek Kei entregou uma interpelação escrita ao Governo a questionar as razões para o atraso no processo de recuperação do terreno onde está situada a antiga fábrica de panchões Iec Long, na Taipa velha.

Song Pek Kei referiu que desde que foi publicado o relatório do Comissariado contra a Corrupção, em 2016, que não houve qualquer avanço, o que leva a que o assunto caia em esquecimento. A deputada questiona as razões pelas quais o terreno continua a ser ocupado mesmo depois da concessão ter sido considerada ilegal.

Além disso, Song Pek Kei quer saber se há mais casos semelhantes no território.

3 Out 2018

Presidente angolano regressa este mês à China para visita oficial de dois dias

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente angolano, João Lourenço, vai visitar oficialmente a China a 09 e 10 deste mês, quase 40 dias depois de ter participado, em Pequim, na terceira cimeira do Fórum de Cooperação China-África, disse à Lusa fonte oficial.

Fonte da Casa Civil do Presidente da República angolano adiantou que João Lourenço será acompanhado pelo menos pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, e pelo Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, indicando que só na terça-feira ficarão definidos os restantes pormenores.

Em Pequim, acrescentou a fonte, o Presidente angolano será recebido pelo homólogo chinês, Xi Jinping, com quem já esteve reunido a 04 de setembro passado, à margem daquela cimeira.

No encontro de então, João Lourenço manifestou a Xi Jinping o desejo de ver aumentado o investimento direto de empresas chineses na produção de bens de amplo consumo.

O Presidente angolano adiantou também que o investimento pode ser feito através do estabelecimento de parcerias “mutuamente vantajosas” com empresários angolanos, na partilha de tecnologia e de conhecimento científico e na formação de quadros angolanos.

Para assegurar o êxito dos programas bilaterais de cooperação, o chefe de Estado angolano defendeu o estabelecimento de “mecanismos práticos que possibilitem o acesso aos recursos financeiros necessários para o sucesso das medidas de políticas estabelecidas pelas nações africanas”.

João Lourenço considerou também “necessário” que as instituições bancárias africanas e da China desempenhem um papel importante, “com o objetivo de tornarem real a vontade política de ambos os lados” em proporcionar os recursos e desenvolver projetos que garantam um desenvolvimento que se revele “mutuamente vantajoso”.

Durante a visita de João Lourenço, porém, não foi possível concluírem-se as negociações para a definição de um quadro geral de cooperação financeira bilateral, que ficaram então adiadas para fins de setembro e, agora, para a visita do Presidente angolano.

“É possível que este acordo (sobre a definição do quadro geral de cooperação financeira) seja assinado na China ainda este ano”, disse então o ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto, salientando que Pequim está disposta a financiar projetos em África, mas uma das contrapartidas, tal como definiu Xi Jinping, é a transparência nos países que queiram concorrer a esse financiamento.

A Lusa noticiou em maio último que o Governo angolano está a negociar mais de 16.500 milhões de euros em linhas de financiamento internacionais para projetos no país, a maior parte junto de instituições da China.

De acordo com informação do Governo angolano enviada na altura a investidores internacionais, Angola está atualmente a negociar “várias novas facilidades de crédito”, algumas das quais em fase avançada de negociação.

É o caso de uma linha de financiamento em negociação com os chineses do ICBC (Banco Industrial e Comercial da China), para projetos de infraestrutura em Angola, avaliados em 11.700 milhões de dólares.

Tendo ainda o ICBC como angariador, agente e credor original, o Governo angolano, lê-se no documento, está “em vias de celebrar um contrato de empréstimo” de 1.281,9 milhões de dólares, para financiar até 85% do preço do contrato para a concepção, construção e fornecimento de equipamentos do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção por empresas chinesas nos arredores da capital.

Este empréstimo será por um período de 15 anos e inclui um período inicial de carência de 18 meses, durante o qual Angola não é obrigada a reembolsar o montante principal do empréstimo.

Através do banco estatal chinês que apoia as importações e exportações do país (CHEXIM Bank), Angola está a negociar um financiamento para a construção da marginal de Corimba, em Luanda, de 690,2 milhões de dólares, para o sistema de transporte de eletricidade da barragem de Lauchimo, por 760,4 milhões de dólares, e para a construção da base da Academia Naval, em Kalunga, Porto Amboim, no valor de 1.100 milhões de dólares.

Só entre 2013 e final de 2017, dados do Governo angolano indicam que a dívida total de Angola à China – bilateral e aos bancos comerciais chineses – passou de 4.700 milhões de dólares para 21.500 milhões de dólares, equivalente a mais de 60% de toda a dívida contraída externamente pelo país.

Ainda sem estes acordos de financiamento fechados, o Governo angolano estima fechar 2018 com um endividamento público de 77.300 milhões de dólares, equivalente a 70,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para este ano, excluindo a dívida da petrolífera estatal Sonangol.

2 Out 2018

Primeiro-ministro japonês faz mudanças no Governo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reformulou hoje o seu gabinete depois da sua reeleição como presidente do partido, mantendo postos diplomáticos e económicos, numa altura em que Japão enfrenta duras negociações comerciais com os EUA.

Abe manteve os ministros dos Negócios Estrangeiros, das Finanças, da Economia e do Comércio, mas mudou o ministro da Defesa.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, foi reeleito em 20 de setembro como presidente do Partido Liberal Democrático (PLD), abrindo caminho para mais um mandato de três anos à frente do Governo nipónico.

O Estados Unidos da América e o Japão concordaram, na semana passada, em iniciar negociações para um novo acordo comercial, afirmou o Presidente norte-americano, Donald Trump, depois de uma reunião com o primeiro-ministro japonês.

“Nós estamos de acordo em lançar as negociações comerciais entre os Estados Unidos e o Japão”, disse Donald Trump, numa declaração à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

2 Out 2018

Nicolás Maduro ordena pagamentos de gasolina e petróleo em criptomoeda

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente da Venezuela ordenou esta segunda-feira que o pagamento da gasolina, do petróleo e das taxas aeroportuárias para viajantes passe a ser feito através da criptomoeda El Petro.

“Estamos a pôr em marcha o ‘blockchain’ nacional do Petro (…) e hoje entram em funcionamento todos os mecanismos para que qualquer venezuelano possa inscrever-se”, Nicolás Maduro.

O anúncio teve lugar durante um ato transmitido em simultâneo pelas rádios e televisões do país, durante o qual realizou a ativação oficial do “blockchain” (livro branco) do Petro.

Por outro lado, Maduro explicou que a partir de 5 de novembro o Petro passará a estar disponível para venda em bolívares soberanos, a moeda atual venezuelana, em seis casas de câmbio do país.

O Petro poderá ser usado para a compra e venda de bens móveis e imóveis, passagens de avião, reservas de hotéis no exterior e até “um cachorro quente em Nova Iorque”.

A criptomoeda Petro estará respaldada pelas reservas de petróleo, minerais, ouro, diamante, ferro e alumínio, que estão por explorar.

Segundo Nicolás Maduro, segunda-feira, uma vez que foi posto em marcha o novo sistema do Petro, ocorreram “ciber-ataques provenientes dos Estados Unidos, da França e da Colômbia, para tentar tirar de circulação o Petro”.

2 Out 2018

Liga dos Campeões | Benfica regressa à Grécia para defrontar hoje o AEK em Atenas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Benfica volta a jogar na Grécia para a Liga dos Campeões de futebol, defrontando hoje o AEK em Atenas, um mês depois de ter assegurado em Salónica a presença na fase de grupos, com um triunfo sobre o PAOK (4-1).

O triunfo de Salónica foi especialmente importante, pelo encaixe direto de verbas para os ‘encarnados’, que se estrearam com uma derrota com o Bayern, na primeira jornada, e que agora encontram um adversário com quem não se cruzam há nove épocas.

Cinco dias depois do empate em casa do Desportivo de Chaves (2-2), para a I Liga, e após oito derrotas seguidas em jogos da fase de grupos da ‘Champions’, o Benfica só quer reatar com as vitórias, ante um adversário considerado acessível e que perdeu por 3-0 com o Ajax na ronda inaugural.

Além da perda de dois pontos, o encontro de Chaves deixou mais marcas no Benfica, que perdeu, por lesão, o central Jardel e o médio Gabriel. Ambos ficaram de fora da lista de convocados, a que regressam Ferreyra e Salvio.

O AEK vem de uma vitória em Creta, sobre o OFI (3-0) e segue em terceiro no campeonato helénico, a um ponto apenas do líder PAOK.

Para mesmo grupo, Depois de terem conquistado três pontos na primeira jornada, o Bayern Munique e o Ajax defrontam-se na Alemanha, com a liderança do grupo em jogo.

O Bayern, de Renato Sanches, perdeu o comando na ‘Bundesliga’ na sexta-feira, com a derrota por 2-0 frente ao Hertha, em Berlim. É segundo, a um ponto do Borussia Dortmund. Quanto ao Ajax, também não lidera no seu país. Ganhou em Sittard, mas ainda assim é segundo a cinco pontos do PSV.

Treinador do AEK Atenas quer vencer o Benfica “de qualquer forma”

O treinador do AEK Atenas, Marinos Ouzounidis, considerou que os gregos devem “ganhar de qualquer forma” ao Benfica na terça-feira, o único modo de alimentarem expectativas de apuramento no grupo E da Liga dos Campeões de futebol.

“Temos de ganhar de qualquer forma, para termos esperanças no futuro. O jogo com o Ajax deu-nos uma lição sobre o que temos de fazer neste tipo de jogos: ter uma defesa muito forte e concretizar em golo todas as oportunidades”, resumiu.

Gregos e portugueses ainda não pontuaram, depois do Benfica ter perdido em casa por 2-0 com os alemães do Bayern Munique e o AEK por 3-0 na visita aos holandeses do Ajax.

“Temos de estar concentrados nos 90 minutos, pois já sabemos o quanto custa um minuto de desconcentração. Não podemos cometer faltas e devemos estar muito fortes, tanto a defender como a atacar”, completou.

Do Benfica, observa ser um conjunto ainda à procura do valor apresentado nos anos anteriores, entendendo que é um rival com “muitos jogadores jovens” e, também por isso, “ainda com pouca experiência” na Europa.

“Ainda têm trabalho pela frente”, apontou, destacando o perigo que o rival português constitui “no contra-ataque”, além de elogiar os “alas fortes”.

Marinos Ouzounidis diz que o desafio será “importante para as duas equipas, mas mais para o Benfica”, considerando ainda que o Bayern Munique “está a um nível superior” ao dos restantes adversários, que “vão decidir nos jogos entre si, os mais importantes, quem passa à próxima fase”.

O antigo treinador do Panathinaikos, que cumpre a primeira época no AEK, escusou-se a adiantar o ‘onze’ que vai apresentar, recordando apenas que tem quatro centrais de grande nível e que podem desempenhar outras funções em campo.

O árbitro israelita Orel Grinfeld foi nomeado pela UEFA para dirigir a partida, marcada para as às 22:00 locais.

2 Out 2018

Livros | Fernando Rosas revê e publica “A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu”

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] I República (1910-1926) foi “ferida de uma crise de legitimidade estrutural” que a tornou “presa fácil da conspiração das direitas antiliberais”, afirma o historiador Fernando Rosas, na obra “A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu”.

“A República do Partido Republicano Português, ferida de uma crise de legitimidade estrutural e mergulhada na instabilidade política e financeira, tornar-se-ia presa fácil da conspiração a montante das direitas antilberais”, escreve Fernando Rosas, na obra que é apresentada na próxima quarta-feira, em Lisboa, pelo historiador António Reis

“A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu” é uma nova edição do texto publicado em 2010, no contexto de uma obra celebrativa do centenário da República – “1910 a Duas Vozes” -, também com a chancela da Bertrand Editora.

“O presente trabalho foi devidamente atualizado e teve novos desenvolvimentos, sobretudo no tocante à análise da I República no pós-guerra [1914-1918], ou seja, dos fatores que conduzem à sua derrota em 1926”, com o golpe militar liderado pelo general Gomes da Costa, escreve o historiador.

Para a nova publicação, contribuíram “as condições pouco propícias em que apareceu a edição original, ‘subsumida’ num livro com a contribuição de outro autor com uma abordagem da I República substancialmente diferente” da que Rosas partilha, justifica.

Rosas decidiu também rever e voltar a publicar o texto numa altura de “tempos sombrios, como os que se abeiram da Europa e do mundo”, sugerindo que este livro pode “ser lido sob essa perspetiva”.

Para o catedrático jubilado, “a crise histórica dos sistemas liberais do Ocidente, aquela que vivemos potenciado pela época neoliberal do capitalismo, parece tender para a emergência de um novo tipo de regimes ‘pós-democráticos’, autoritários, populistas e xenófobos”.

Defende o historiador que “os paralelismos com a primeira grande crise dos sistemas liberais nos anos 20 do século passado, e com o seu desfecho trágico na época dos fascismos e da guerra são, pois, incontornáveis, apesar das importantes diferenças de contexto histórico”.

Prossegue Rosas: “Tudo nos convoca a olhar para essa História recente a fim de ajudar a perceber o que se passa e o que se poderá vir a passar”.

“Na primeira metade dos anos 20 do século passado, a incapacidade de o liberalismo oligárquico se democratizar política e socialmente, ditou a incapacidade de a República reunir forças que a defendessem contra o golpe iminente de onde viriam a brotar a Ditadura Militar [1926-1933] e o Estado Novo”, que se prolongou de 1933 a 1974.

A obra divide-se em “três partes distintas”, todas com o objetivo de “trazer um outro ponto de vista às controversas levantadas por alguma historiografia neoconservadora que se redescobriu nos ataques com que, ao tempo, a propaganda ‘estado-novista’ procurou demonizar o republicanismo”.

Na primeira parte da obra, Fernando Rosas situa a crise da monarquia constitucional no contexto “da crise mais geral que começa a minar os sistemas liberais oligárquicos europeus” na passagem para o século XX.

A segunda parte trata “o republicanismo como ideia e como força social e política mobilizadora no mundo urbano”, ou seja, aborda a base social da República, “a pequena burguesia urbana, liderada pela elite intelectual e as profissões liberais”.

A terceira parte destaca a obra republicana “que se sobrepôs a instabilidade governativa e aos crónicos constrangimentos financeiros” – cite-se laicização do Estado, a separação do Estado da Igreja, o registo civil, o divórcio e a reforma universitária.

A obra “A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu” é apresentada esta quarta-feira em Lisboa.

2 Out 2018

Homem no centro do escândalo do Nobel da Literatura condenado por violação

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] homem no centro de um escândalo de abuso sexual e crimes financeiros, que afetou a Academia de Estocolmo e levou à suspensão do Nobel da Literatura, este ano, foi ontem condenado a dois anos de prisão por violação. O Tribunal de Estocolmo disse que a decisão foi unânime.

O artista Jean-Claude Arnault, casado com a académica e poeta Katarina Frostenson, membro do comité que decidia a atribuição do Nobel da Literatura, foi acusado de dois episódios de violação cometidos em 2011, contra a mesma mulher.

A juíza Gudrun Antemar disse que o papel do tribunal foi decidir se o procurador provou as acusações, além de uma dúvida razoável.

“A conclusão do tribunal é que a evidência é suficiente para considerar o réu culpado de um dos atos”, disse, acrescentando que a prova “consistiu principalmente em declarações feitas durante o julgamento por parte da lesada e de várias testemunhas”.

Na Suécia, a violação é punível com um mínimo de dois anos e um máximo de seis anos de prisão. A procuradora Christina Voigt exigiu três anos de prisão para Arnault.

O acusado negou ontem todas as acusações através do seu advogado, no início do julgamento, em 19 de setembro, que decorreu à porta fechada, a pedido da denunciante e como é costume na Suécia em casos de violação.

O Ministério Público encerrou em março partes da investigação preliminar, iniciada em novembro, a partir de queixas de várias mulheres, quase todas feitas de forma anónima.

Ao rebentar o escândalo, a Academia Sueca cortou relações com o artista e pediu uma auditoria, que concluiu que Arnault não influenciou decisões sobre prémios e bolsas.

Contudo, descobriu-se que Katarina Frostenson era coproprietária do clube literário do marido, que recebia regularmente apoio financeiro da Academia Sueca, o que violava as regras de imparcialidade.

O relatório confirmou também que a confidencialidade sobre o vencedor do Nobel foi violada várias vezes.

O “caso Arnault” desencadeou um conflito interno que, nos últimos meses, com sete membros a serem forçados a sair ou demitirem-se, em abril.

Pressionados pela Fundação Nobel, a Academia Sueca lançou várias reformas, incluindo uma mudança nos estatutos para permitir a renúncia real dos seus membros e a eleição de novos, e o recurso a um grupo externo de especialistas em leis, resolução de conflitos, organização e comunicação.

A decisão mais controversa foi a de adiar a atribuição do Prémio Nobel de Literatura, este ano, pela primeira vez em sete décadas, o que significa que, em 2019, deverão ser concedidos dois prémios, uma medida atribuída à falta de confiança e ao enfraquecimento da instituição.

2 Out 2018