HK | Ideia de que todos os chineses condenam protestos é falsa, diz investigadora

Uma investigadora do Centro de Estudos Chineses Fairbank da universidade norte-americana de Harvard dedicou-se a analisar os comentários nas redes sociais e chegou à conclusão de que as opiniões sobre os acontecimentos em Hong Kong estão longe de ser unânimes, antes pelo contrário, vão da “admiração ao desdém, confusão ou até indiferença”

 
[dropcap]U[/dropcap]ma académica que analisou reacções nas redes sociais chinesas sobre os protestos em Hong Kong detectou tentativas de racionalizar o debate e até manifestações de apoio, apesar da censura exercida por Pequim.
“Muitos chineses do continente tentam constantemente desafiar a censura e muitos, que hesitam em expressar-se, optam por fazer ‘gosto’ ou ‘aprovar’ mensagens que expressam ideias divergentes”, disse à agência Lusa Zhao Qianqi, investigadora no Centro de Estudos Chineses Fairbank, da universidade norte-americana de Harvard.
Após semanas a analisar comentários na rede social Weibo, o Twitter chinês, Zhao afirmou que, ao invés de encontrar uma “antipatia uniforme” em relação aos manifestantes, deparou-se com um conjunto de opiniões que vão da “admiração ao desdém, confusão ou até indiferença”.
Zhao Qianqi defendeu existirem também opiniões pluralistas e um debate racional a decorrer no continente chinês, que vai além da percepção criada pelo ruído nas redes sociais, e que pode constituir um problema para Pequim.
“Há quem tenha tentado disseminar artigos informativos e de qualidade” ou livros sobre a História e política de Hong Kong nas redes sociais chinesas, mas que foram, entretanto, censurados, apontou.
Um ensaio do professor da Universidade Chinesa de Hong Kong Chow Po-chung sobre a campanha de desinformação lançada pela imprensa estatal, tem sido repetidamente reproduzido por utilizadores do Weibo, apesar de acabar sempre por ser apagado, exemplificou. Zhao indicou que o título do ensaio é: “Aos amigos do continente: também estamos a lutar pela vossa liberdade”.
“É importante olhar para os pormenores”, afirmou a académica, defendendo que a impressão de que os chineses do continente aderiram em massa à retórica “hipernacionalista” e pró-governamental é resultado de uma combinação entre “censura e opressão política”.
“Qualquer pessoa que tenha uma visão diferente daquela que é expressa na imprensa estatal não ousa falar”, disse, num contacto telefónico a partir de Pequim.
E se a censura permite que a narrativa oficial seja dominante, o uso de internautas pagos para fazer comentários pró-Governo, conhecidos como ‘wumao’ (’50 cêntimos’, em chinês), torna-a ainda mais potente, observou Zhao.

Cartilha central

Actores e artistas do continente, muitos dos quais obtiveram já residência nos Estados Unidos ou Canadá – uma tendência crescente entre as classes mais abastadas da China – têm repetido também a retórica nacionalista do Governo.
“Mas essa é apenas a linha que lhes é imposta”, indicou a académica. Inicialmente, as autoridades chinesas optaram por censurar qualquer informação sobre os protestos, que decorrem há quase quatro meses, mas acabaram por lançar uma intensa campanha mediática, que retrata os manifestantes como mercenários ao serviço de forças externas.
A cobertura diária na imprensa chinesa mostra imagens de manifestantes a atirar tijolos, a provocar a polícia e a cercar esquadras.
Os manifestantes são descritos como “radicais” e “bandidos”, os polícias como “heróis”, sendo omitidas imagens de alegados abusos pelas autoridades de Hong Kong.
O Governo central tem também sublinhado a unidade nacional contra esta alegada ameaça: “Os 1.400 milhões de chineses estão unidos como uma barreira”, defendeu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
As redes sociais chinesas foram, entretanto, inundadas de insultos aos manifestantes em Hong Kong e mensagens de apoio a uma intervenção militar na antiga colónia britânica.
Nos campus universitários na Austrália, Canada ou Nova Zelândia, estudantes chineses organizaram manifestações nacionalistas que, em alguns casos, terminaram em confrontos violentos com manifestantes pró-Hong Kong.
No país mais populoso do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, vários órgãos de comunicação ou portais estrangeiros, incluindo as redes sociais Facebook, Twitter ou Instagram, estão banidos da rede doméstica chinesa.
Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.
Inicialmente suspensa pela chefe do Executivo da região administrativa especial chinesa, Carrie Lam, a proposta foi já retirada, em resposta a uma exigência dos manifestantes.
Os protestos têm vindo a denunciar aquilo que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” em Hong Kong, exigindo a demissão de Lam, e a eleição de um sucessor por sufrágio universal directo, e não nomeado pelo Governo central.
O Twitter e Facebook anunciaram já a suspensão de milhares de contas originárias do continente chinês, que “deliberada e especificamente tentavam semear a discórdia política em Hong Kong, inclusive minando a legitimidade e as posições políticas dos manifestantes”.
As empresas afirmaram que suspenderam as contas com base em “evidências confiáveis” de que se tratava de uma “operação coordenada pelo Estado”.

20 Set 2019

Musical | CCM estreia “O Sr. Shi e o Seu Amante” em Novembro 

O Instituto Cultural traz ao território, em Novembro, o musical “O Sr. Shi e o Seu Amante”, que será apresentado no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau e conta com encenação de Johnny Tam. Os bilhetes estão à venda a partir de hoje

 

[dropcap]C[/dropcap]hama-se “O Sr. Shi e o Seu Amante” e é o novo espectáculo que sobe aos palcos do Centro Cultural de Macau (CCM) nos dias 22 e 23 de Novembro. Trata-se de um “provocante drama musical” com encenação do director artístico de Macau Johnny Tam, que levanta “questões complexas sobre ilusão e realidade, percepção e desejo”.

De acordo com uma nota do IC, este musical “envolve o público numa teia de dissimulação e traição” e retrata “um escândalo verídico que abalou a esfera diplomática nos anos 60, quando um diplomata francês sediado em Pequim manteve um longo caso amoroso com um cantor de ópera que viria a revelar-se um espião”.

“O Sr. Shi e o Seu Amante” é baseado na narrativa de M. Butterfly, uma peça transformada em sucesso de bilheteira tanto na Broadway como no grande ecrã, escrita pelo dramaturgo Wong Teng Chi e interpretada ao som da música do compositor Njo Kong Kie.

Contudo, o espectáculo apresentado em Macau interpreta a história de uma perspectiva diferente, uma vez que a “acção decorre ao longo de sete curtas cenas que percorrem as mentes e as memórias das duas personagens”.

Sons do mundo

A nota do IC descreve ainda que “por entre salpicos de ópera de Pequim e do seu equivalente europeu, o espectáculo flutua provocantemente entre uma peça e um recital, com referências à pop vintage oriental e ocidental”.

Jordan Cheng, actor de Macau, é o protagonista do espectáculo ao lado do canadiano Derek Kwan. O desempenho da dupla foi reconhecido com os prémios para Melhor Actor e Actor secundário num Musical dos Prémios do Festival de Verão de Toronto em 2018, que no mesmo ano consagrou “O Sr. Shi e o Seu Amante” como Melhor Novo Musical.

O espectáculo, representado em mandarim e com legendas em inglês e chinês, é co-produzido pelo Teatro Experimental de Macau e pela Music Picnic de Toronto.

20 Set 2019

Musical | CCM estreia “O Sr. Shi e o Seu Amante” em Novembro 

O Instituto Cultural traz ao território, em Novembro, o musical “O Sr. Shi e o Seu Amante”, que será apresentado no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau e conta com encenação de Johnny Tam. Os bilhetes estão à venda a partir de hoje

 
[dropcap]C[/dropcap]hama-se “O Sr. Shi e o Seu Amante” e é o novo espectáculo que sobe aos palcos do Centro Cultural de Macau (CCM) nos dias 22 e 23 de Novembro. Trata-se de um “provocante drama musical” com encenação do director artístico de Macau Johnny Tam, que levanta “questões complexas sobre ilusão e realidade, percepção e desejo”.
De acordo com uma nota do IC, este musical “envolve o público numa teia de dissimulação e traição” e retrata “um escândalo verídico que abalou a esfera diplomática nos anos 60, quando um diplomata francês sediado em Pequim manteve um longo caso amoroso com um cantor de ópera que viria a revelar-se um espião”.
“O Sr. Shi e o Seu Amante” é baseado na narrativa de M. Butterfly, uma peça transformada em sucesso de bilheteira tanto na Broadway como no grande ecrã, escrita pelo dramaturgo Wong Teng Chi e interpretada ao som da música do compositor Njo Kong Kie.
Contudo, o espectáculo apresentado em Macau interpreta a história de uma perspectiva diferente, uma vez que a “acção decorre ao longo de sete curtas cenas que percorrem as mentes e as memórias das duas personagens”.

Sons do mundo

A nota do IC descreve ainda que “por entre salpicos de ópera de Pequim e do seu equivalente europeu, o espectáculo flutua provocantemente entre uma peça e um recital, com referências à pop vintage oriental e ocidental”.
Jordan Cheng, actor de Macau, é o protagonista do espectáculo ao lado do canadiano Derek Kwan. O desempenho da dupla foi reconhecido com os prémios para Melhor Actor e Actor secundário num Musical dos Prémios do Festival de Verão de Toronto em 2018, que no mesmo ano consagrou “O Sr. Shi e o Seu Amante” como Melhor Novo Musical.
O espectáculo, representado em mandarim e com legendas em inglês e chinês, é co-produzido pelo Teatro Experimental de Macau e pela Music Picnic de Toronto.

20 Set 2019

Hotelaria | Receitas do sector cresceram 14,5% em 2018

[dropcap]A[/dropcap]s receitas do sector de hotelaria em Macau atingiram 37,29 mil milhões de patacas em 2018, um crescimento de 14,5 por cento em relação ao valor registado no ano anterior, anunciaram ontem as autoridades.

O aumento das receitas é justificado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos “graças ao número de hóspedes dos hotéis e pensões terem subido”.

Mais de 14 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no ano passado, um aumento de 7,2 por cento em relação a 2017. A grande maioria das receitas de hotelaria foram provenientes dos hotéis de 5 estrelas, que representam 78 por cento do total das receitas da hotelaria, tendo crescido 18,6 por cento face a 2017.

Já as receitas dos hotéis de 4 estrelas cifraram-se em 4,39 mil milhões de patacas e as receitas dos estabelecimentos de 3 e de 2 estrelas fixaram-se em 3,78 mil milhões de patacas.
Por outro lado, as despesas dos hotéis aumentaram 10 por cento para 31,78 mil milhões de patacas.

Segundo os dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos os 116 hotéis e pensões (mais três que em 2017) empregavam 52.976 pessoas, um aumento de 3,7 por cento em relação ao ano anterior.

20 Set 2019

Hotelaria | Receitas do sector cresceram 14,5% em 2018

[dropcap]A[/dropcap]s receitas do sector de hotelaria em Macau atingiram 37,29 mil milhões de patacas em 2018, um crescimento de 14,5 por cento em relação ao valor registado no ano anterior, anunciaram ontem as autoridades.
O aumento das receitas é justificado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos “graças ao número de hóspedes dos hotéis e pensões terem subido”.
Mais de 14 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no ano passado, um aumento de 7,2 por cento em relação a 2017. A grande maioria das receitas de hotelaria foram provenientes dos hotéis de 5 estrelas, que representam 78 por cento do total das receitas da hotelaria, tendo crescido 18,6 por cento face a 2017.
Já as receitas dos hotéis de 4 estrelas cifraram-se em 4,39 mil milhões de patacas e as receitas dos estabelecimentos de 3 e de 2 estrelas fixaram-se em 3,78 mil milhões de patacas.
Por outro lado, as despesas dos hotéis aumentaram 10 por cento para 31,78 mil milhões de patacas.
Segundo os dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos os 116 hotéis e pensões (mais três que em 2017) empregavam 52.976 pessoas, um aumento de 3,7 por cento em relação ao ano anterior.

20 Set 2019

Nuclear | Central de Taishan regista acidente

[dropcap]A[/dropcap] Central Nuclear de Taishan registou na passada terça-feira um acidente que levou ao desligamento automático do reactor, de acordo com a informação fornecida ao Governo da RAEM pelo Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong.

“No dia 17 de Setembro de 2019, a unidade 1 da central nuclear estava a funcionar normalmente, pelas 20h08, ocorreu uma falha temporária no cabo de transmissão de energia da rede externa. O sucedido levou o reactor a activar o modo de desligamento automático de segurança, tendo o pessoal operacional efectuado de imediato a estabilização da unidade, conforme o procedimento”, foi explicado em comunicado.

A informação do Governo de Macau apontou também que o acidente foi de nível 0, ou seja que ficou abaixo da Escola Internacional de Acidentes Nucleares e que não afectou o “funcionamento, a segurança da central, a saúde do seu pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central”.

20 Set 2019

Nuclear | Central de Taishan regista acidente

[dropcap]A[/dropcap] Central Nuclear de Taishan registou na passada terça-feira um acidente que levou ao desligamento automático do reactor, de acordo com a informação fornecida ao Governo da RAEM pelo Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong.
“No dia 17 de Setembro de 2019, a unidade 1 da central nuclear estava a funcionar normalmente, pelas 20h08, ocorreu uma falha temporária no cabo de transmissão de energia da rede externa. O sucedido levou o reactor a activar o modo de desligamento automático de segurança, tendo o pessoal operacional efectuado de imediato a estabilização da unidade, conforme o procedimento”, foi explicado em comunicado.
A informação do Governo de Macau apontou também que o acidente foi de nível 0, ou seja que ficou abaixo da Escola Internacional de Acidentes Nucleares e que não afectou o “funcionamento, a segurança da central, a saúde do seu pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central”.

20 Set 2019

Justiça | Primeiro Congresso de Advogados de Macau arranca hoje

Os advogados de Macau participam hoje e amanhã no primeiro congresso da profissão no território, para reflectir sobre os últimos 20 anos e debater os desafios da profissão, disse à Lusa o presidente da Associação dos Advogados

 

[dropcap]V[/dropcap]amos tentar fazer uma análise dos últimos 20 anos e tentar antecipar o futuro”, afirmou Jorge Neto Valente à Lusa, que destacou ainda a variedade dos temas a serem abordados nos dois dias do 1.º Congresso dos Advogados de Macau.

O evento, que conta com a presença da secretária para a Administração e Justiça de Macau e da procuradora-adjunta do Ministério Público, aborda temas como o papel dos advogados de Macau no contexto da lusofonia, os seus desafios no desenvolvimento da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e ainda a lei do jogo no território.

O responsável pela associação, que engloba mais de 420 advogados e 127 estagiários, apontou para a importância deste congresso, que disse ser representativo “de um importante sector da sociedade”.

A sociedade evoluiu, “menos a justiça, a justiça não tem evoluído quase nada”, referiu o presidente da Associação dos Advogados de Macau.

Integrar sem diluir

Em relação ao projecto da Grande Baía, Jorge Neto Valente sublinhou que o futuro da profissão deve passar por este “desígnio nacional” que junta Hong Kong, Macau e nove cidades chinesas com um PIB de 1,3 biliões de dólares, maior que o da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20, e uma população de 70 milhões, superior a nações como França, Reino Unido ou Itália.

É uma “oportunidade e um risco”, disse, justificando que Macau deve alinhar neste projecto de integração, mas com a condição de manter a identidade. “Macau deve alinhar nos desígnios nacionais, mas há uma condição que é importante: só faz sentido se Macau mantiver a sua identidade”, sublinhou.

“As oportunidades que vêm da Grande Baía não podem ser uma mera diluição de Macau na Grande China, tem de se manter a identidade de Macau e a identidade do sistema jurídico de Macau, que é diferente do sistema jurídico da China continental e de Hong Kong”, avançou. “Temos estes três sistemas que são diferentes e temos de manter a nossa identidade”, concluiu.

20 Set 2019

Justiça | Primeiro Congresso de Advogados de Macau arranca hoje

Os advogados de Macau participam hoje e amanhã no primeiro congresso da profissão no território, para reflectir sobre os últimos 20 anos e debater os desafios da profissão, disse à Lusa o presidente da Associação dos Advogados

 
[dropcap]V[/dropcap]amos tentar fazer uma análise dos últimos 20 anos e tentar antecipar o futuro”, afirmou Jorge Neto Valente à Lusa, que destacou ainda a variedade dos temas a serem abordados nos dois dias do 1.º Congresso dos Advogados de Macau.
O evento, que conta com a presença da secretária para a Administração e Justiça de Macau e da procuradora-adjunta do Ministério Público, aborda temas como o papel dos advogados de Macau no contexto da lusofonia, os seus desafios no desenvolvimento da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e ainda a lei do jogo no território.
O responsável pela associação, que engloba mais de 420 advogados e 127 estagiários, apontou para a importância deste congresso, que disse ser representativo “de um importante sector da sociedade”.
A sociedade evoluiu, “menos a justiça, a justiça não tem evoluído quase nada”, referiu o presidente da Associação dos Advogados de Macau.

Integrar sem diluir

Em relação ao projecto da Grande Baía, Jorge Neto Valente sublinhou que o futuro da profissão deve passar por este “desígnio nacional” que junta Hong Kong, Macau e nove cidades chinesas com um PIB de 1,3 biliões de dólares, maior que o da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20, e uma população de 70 milhões, superior a nações como França, Reino Unido ou Itália.
É uma “oportunidade e um risco”, disse, justificando que Macau deve alinhar neste projecto de integração, mas com a condição de manter a identidade. “Macau deve alinhar nos desígnios nacionais, mas há uma condição que é importante: só faz sentido se Macau mantiver a sua identidade”, sublinhou.
“As oportunidades que vêm da Grande Baía não podem ser uma mera diluição de Macau na Grande China, tem de se manter a identidade de Macau e a identidade do sistema jurídico de Macau, que é diferente do sistema jurídico da China continental e de Hong Kong”, avançou. “Temos estes três sistemas que são diferentes e temos de manter a nossa identidade”, concluiu.

20 Set 2019

Ponte HKZM | Túnel subaquático vai facilitar acesso a Shenzen 

[dropcap]O[/dropcap] director-executivo da administração da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, Wei Dong Qing, disse esperar que o Governo de Hong Kong consiga inaugurar, até final do próximo ano, o novo túnel subaquático entre a zona de Tuen Mun, em Hong Kong, e a de Chek Lap Kok, do outro lado da fronteira. Dessa forma, as pessoas podem ter acesso directo à baia de Shenzen, o que vai permitir que os visitantes de Shenzen possam entrar em Zhuhai e Macau por essa via, escreveu o Jornal do Cidadão na sua edição de ontem.

No relatório de Desenvolvimento da Grande Baía (2018-2019) divulgado pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, é revelado que o número de carros registados em Hong Kong, Macau e Zhuhai é de 1,4 milhões, sendo que na parte ocidental do Delta do Rio das Pérolas há uma maior capacidade para facilitar o acesso de veículos de Hong Kong ao continente.

Apesar da província de Guangdong ter aceite a proposta, o Governo de Hong Kong rejeitou-a devido ao facto da ligação entre Tuen Mun e Chek Lap Kok ainda não estar pronta, algo que poderia causar um excesso de tráfego na zona de Lantau. Portanto, a construção do novo túnel subaquático entre Tuen Mun e Chek Lap Kok pode melhorar os acessos viários, pelo que Hong Kong pode reconsiderar a proposta.

20 Set 2019

Ponte HKZM | Túnel subaquático vai facilitar acesso a Shenzen 

[dropcap]O[/dropcap] director-executivo da administração da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, Wei Dong Qing, disse esperar que o Governo de Hong Kong consiga inaugurar, até final do próximo ano, o novo túnel subaquático entre a zona de Tuen Mun, em Hong Kong, e a de Chek Lap Kok, do outro lado da fronteira. Dessa forma, as pessoas podem ter acesso directo à baia de Shenzen, o que vai permitir que os visitantes de Shenzen possam entrar em Zhuhai e Macau por essa via, escreveu o Jornal do Cidadão na sua edição de ontem.
No relatório de Desenvolvimento da Grande Baía (2018-2019) divulgado pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, é revelado que o número de carros registados em Hong Kong, Macau e Zhuhai é de 1,4 milhões, sendo que na parte ocidental do Delta do Rio das Pérolas há uma maior capacidade para facilitar o acesso de veículos de Hong Kong ao continente.
Apesar da província de Guangdong ter aceite a proposta, o Governo de Hong Kong rejeitou-a devido ao facto da ligação entre Tuen Mun e Chek Lap Kok ainda não estar pronta, algo que poderia causar um excesso de tráfego na zona de Lantau. Portanto, a construção do novo túnel subaquático entre Tuen Mun e Chek Lap Kok pode melhorar os acessos viários, pelo que Hong Kong pode reconsiderar a proposta.

20 Set 2019

Recessão económica | Chui Sai On em cima do acontecimento

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo afirmou ontem que o Governo “continua a acompanhar, de perto, as mudanças económicas, prevenindo os riscos económicos, persistindo no princípio fundamental que é ‘procurar avançar na estabilidade’, preparando-se empenhadamente, lançando, em tempo oportuno, medidas de resposta”.

Foi desta forma que Chui Sai On discursou, de acordo com um comunicado do porta voz do chefe do Governo, sobre a situação económica no contexto da Guerra Comercial e na recessão de Macau durante o a reunião de ontem do Conselho do Desenvolvimento Económico.

O Chefe do Executivo referiu ainda que o Governo vai continuar a empenhar-se em garantir o desenvolvimento sustentado e saudável da economia de Macau e a harmonia e estabilidade social. Chui Sai On abandonou a reunião sem se disponibilizar a falar com os jornalistas.

20 Set 2019

Recessão económica | Chui Sai On em cima do acontecimento

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo afirmou ontem que o Governo “continua a acompanhar, de perto, as mudanças económicas, prevenindo os riscos económicos, persistindo no princípio fundamental que é ‘procurar avançar na estabilidade’, preparando-se empenhadamente, lançando, em tempo oportuno, medidas de resposta”.
Foi desta forma que Chui Sai On discursou, de acordo com um comunicado do porta voz do chefe do Governo, sobre a situação económica no contexto da Guerra Comercial e na recessão de Macau durante o a reunião de ontem do Conselho do Desenvolvimento Económico.
O Chefe do Executivo referiu ainda que o Governo vai continuar a empenhar-se em garantir o desenvolvimento sustentado e saudável da economia de Macau e a harmonia e estabilidade social. Chui Sai On abandonou a reunião sem se disponibilizar a falar com os jornalistas.

20 Set 2019

Seul retira oficialmente o Japão da lista preferencial de comércio

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul retirou ontem oficialmente o Japão da sua lista de parceiros comerciais preferenciais, após a mesma medida ter sido aplicada por Tóquio, num agravamento de tensões diplomáticas entre os dois países.

A medida já tinha sido anunciada pela quarta maior economia da Ásia, com o Governo sul-coreano a alegar “problemas nos controlos de exportação de materiais sensíveis”, mas só ontem entrou em vigor.

A saída do Japão da chamada “lista branca” de Seul prevê mais obstáculos burocráticos para o transporte de mercadorias.

A título de exemplo, as empresas nacionais que exportam bens estratégicos para o arquipélago deverão apresentar cinco documentos (em vez de três) para obter aprovação na alfândega sul-coreana, o que estende o processo burocrático de cinco para cerca de 15 dias.

Na mesma moeda

A medida surge depois depois do Japão ter activado, em Julho, restrições às exportações de materiais químicos básicos para a fabricação de telas e chips de memória.

E de ter retirado, mais tarde, a Coreia do Sul da lista de parceiros comerciais preferenciais, por suspeitar que não foram aplicadas medidas de segurança suficientes no sector tecnológico.

As autoridades sul-coreanas acreditam que os controlos do Japão são retaliações por decisões judiciais, algo que o governo japonês negou.

No final de 2018, o Supremo Tribunal sul-coreano determinou que as empresas japonesas presentes na Coreia do Sul tinham de pagar compensações a cidadãos coreanos, ou aos herdeiros, escravizados por aquelas companhias durante a Segunda Guerra Mundial.

Com base no tratado de 1965, o Japão, que colonizou a península coreana entre 1910 e 1945, entregou 300 milhões de dólares às vítimas, dinheiro que a ditadura militar de Park Chung-hee não fez chegar a todas, motivo que levou milhares de pessoas a denunciar recentemente a situação às autoridades sul-coreanas.

19 Set 2019

Hong Kong | Cancelado fogo de artifício do 1.º de Outubro

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Hong Kong cancelaram ontem o tradicional fogo de artifício que, a 1 de Outubro, assinala o Dia Nacional da China, numa altura em que os protestos pró-democracia na cidade dão mostras de não acabar.

Num comunicado, as autoridades locais referem que o espectáculo que tradicionalmente ocorre naquela data no Harbour Victoria (Porto Vitória) foi cancelado “tendo em conta os últimos desenvolvimentos e também para garantir a segurança pública”.

Várias acções de protesto estão marcadas para 1 de Outubro próximo, dia em que a China celebra o 70.º aniversário do Partido Comunista chinês, no poder.

Hong Kong tem vivenciado nos últimos meses manifestações violentas depois de grande parte dos residentes temerem que o Governo de Pequim está a pôr cobro a direitos e liberdades do território semi-autónomo, no quadro do pressuposto de “um país, dois sistemas”.

Os protestos têm dividido a cidade, tendo, terça-feira, dezenas de apoiantes de Pequim empunhado bandeiras da China e cantado o hino nacional chinês num centro comercial da cidade, ao mesmo tempo que manifestantes anti-governamentais os apupavam.

Pequim avisou já os Estados Unidos para não se envolverem nos protestos, um dia depois de um grupo de activistas, incluindo o líder estudantil Joshua Wong e a popular cantora local Demise Ho, ter apelado ao apoio de Washington aos protestos.

O grupo de activistas pediu aos congressistas e senadores norte-americanos para porem termo às exportações de equipamentos policiais utilizados pelas forças da ordem chinesas contra os manifestantes e para terem em conta os “esforços de Pequim para minar as liberdades civis”.

19 Set 2019

Hong Kong | Cancelado fogo de artifício do 1.º de Outubro

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Hong Kong cancelaram ontem o tradicional fogo de artifício que, a 1 de Outubro, assinala o Dia Nacional da China, numa altura em que os protestos pró-democracia na cidade dão mostras de não acabar.
Num comunicado, as autoridades locais referem que o espectáculo que tradicionalmente ocorre naquela data no Harbour Victoria (Porto Vitória) foi cancelado “tendo em conta os últimos desenvolvimentos e também para garantir a segurança pública”.
Várias acções de protesto estão marcadas para 1 de Outubro próximo, dia em que a China celebra o 70.º aniversário do Partido Comunista chinês, no poder.
Hong Kong tem vivenciado nos últimos meses manifestações violentas depois de grande parte dos residentes temerem que o Governo de Pequim está a pôr cobro a direitos e liberdades do território semi-autónomo, no quadro do pressuposto de “um país, dois sistemas”.
Os protestos têm dividido a cidade, tendo, terça-feira, dezenas de apoiantes de Pequim empunhado bandeiras da China e cantado o hino nacional chinês num centro comercial da cidade, ao mesmo tempo que manifestantes anti-governamentais os apupavam.
Pequim avisou já os Estados Unidos para não se envolverem nos protestos, um dia depois de um grupo de activistas, incluindo o líder estudantil Joshua Wong e a popular cantora local Demise Ho, ter apelado ao apoio de Washington aos protestos.
O grupo de activistas pediu aos congressistas e senadores norte-americanos para porem termo às exportações de equipamentos policiais utilizados pelas forças da ordem chinesas contra os manifestantes e para terem em conta os “esforços de Pequim para minar as liberdades civis”.

19 Set 2019

Dia Nacional | Reservas de carne suína postas no mercado para travar preços

Após a subida, no mês passado, do custo da carne de porco em cerca de 50 por cento, o Governo tenta travar a escalada de preços em vésperas da celebração do dia nacional, a 1 de Outubro, e vai colocar 10.000 toneladas de carne suína no mercado. As reservas existentes continuam a ser segredo de estado

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês está a colocar no mercado carne de porco que mantém em reserva visando travar a subida dos preços causada pela peste suína, nas vésperas da comemoração do 70º aniversário da fundação da China comunista.

O preço da carne de porco, parte essencial da cozinha chinesa, subiu quase 50 por cento em Agosto passado, em termos homólogos, devido a um surto devastador da peste suína africana, que resultou no abate de mais de um milhão de porcos, segundo dados oficiais.

A agência do Governo que administra as reservas nacionais de carne de porco congelada anunciou que vai colocar 10.000 toneladas no mercado.

Aquela quantidade equivale a menos de 0,2 por cento do consumo mensal no país, o que sugere que o anúncio visa mostrar a determinação de Pequim em combater o aumento do preço, ao invés de aumentar realmente a oferta no mercado.

A China produz e consome dois terços da carne de porco no mundo. O Governo mantém reservas de porcos vivos e congelados para garantir o fornecimento, mas os detalhes sobre esta reserva são segredo de Estado.

Analistas consideram, no entanto, que a reserva é provavelmente muito pequena para compensar os efeitos da peste suína. Em Janeiro passado, o Governo libertou 9.600 toneladas para o mercado.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão máximo de planificação económica, prometeu ontem também tomar “medidas de controlo em tempo útil”, para manter o preço dos alimentos estável, nas vésperas das comemorações do dia 1 de Outubro.

O aumento dos preços tem um significado político amargo para o Partido Comunista, que aponta a melhoria dos padrões de vida nas últimas três décadas como fonte de legitimidade do seu poder indisputado.

Especialistas prevêem que a China importará mais de dois milhões de toneladas de carne de porco este ano.

Janela aberta

A peste suína africana não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis. A actual onda de surtos começou na Geórgia, em 2007, e espalhou-se pela Europa do leste e Rússia, antes de chegar à China, em Agosto passado.

Inicialmente, Pequim insistiu que estava tudo sob controlo, mas os surtos acabaram por se alastrar a todas as províncias do país. As autoridades chinesas autorizaram, desde o final do ano passado, os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar para o país.

As estimativas iniciais apontavam que as exportações portuguesas para China se fixassem em 15.000 porcos por semana, movimentando, no total, 100 milhões de euros.

O acontecimento é visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinicultura nacional “nos últimos 40 anos”.

19 Set 2019

Dia Nacional | Reservas de carne suína postas no mercado para travar preços

Após a subida, no mês passado, do custo da carne de porco em cerca de 50 por cento, o Governo tenta travar a escalada de preços em vésperas da celebração do dia nacional, a 1 de Outubro, e vai colocar 10.000 toneladas de carne suína no mercado. As reservas existentes continuam a ser segredo de estado

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês está a colocar no mercado carne de porco que mantém em reserva visando travar a subida dos preços causada pela peste suína, nas vésperas da comemoração do 70º aniversário da fundação da China comunista.
O preço da carne de porco, parte essencial da cozinha chinesa, subiu quase 50 por cento em Agosto passado, em termos homólogos, devido a um surto devastador da peste suína africana, que resultou no abate de mais de um milhão de porcos, segundo dados oficiais.
A agência do Governo que administra as reservas nacionais de carne de porco congelada anunciou que vai colocar 10.000 toneladas no mercado.
Aquela quantidade equivale a menos de 0,2 por cento do consumo mensal no país, o que sugere que o anúncio visa mostrar a determinação de Pequim em combater o aumento do preço, ao invés de aumentar realmente a oferta no mercado.
A China produz e consome dois terços da carne de porco no mundo. O Governo mantém reservas de porcos vivos e congelados para garantir o fornecimento, mas os detalhes sobre esta reserva são segredo de Estado.
Analistas consideram, no entanto, que a reserva é provavelmente muito pequena para compensar os efeitos da peste suína. Em Janeiro passado, o Governo libertou 9.600 toneladas para o mercado.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão máximo de planificação económica, prometeu ontem também tomar “medidas de controlo em tempo útil”, para manter o preço dos alimentos estável, nas vésperas das comemorações do dia 1 de Outubro.
O aumento dos preços tem um significado político amargo para o Partido Comunista, que aponta a melhoria dos padrões de vida nas últimas três décadas como fonte de legitimidade do seu poder indisputado.
Especialistas prevêem que a China importará mais de dois milhões de toneladas de carne de porco este ano.

Janela aberta

A peste suína africana não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis. A actual onda de surtos começou na Geórgia, em 2007, e espalhou-se pela Europa do leste e Rússia, antes de chegar à China, em Agosto passado.
Inicialmente, Pequim insistiu que estava tudo sob controlo, mas os surtos acabaram por se alastrar a todas as províncias do país. As autoridades chinesas autorizaram, desde o final do ano passado, os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar para o país.
As estimativas iniciais apontavam que as exportações portuguesas para China se fixassem em 15.000 porcos por semana, movimentando, no total, 100 milhões de euros.
O acontecimento é visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinicultura nacional “nos últimos 40 anos”.

19 Set 2019

Arquitectura | Exposição no Porto mostra obras de Siza Vieira na Ásia

Chama-se “in/disciplina” e é a mais recente exposição do arquitecto português Álvaro Siza Vieira, vencedor de um Pritzker. Patente no Museu de Serralves, no Porto, a mostra revela os 60 anos de trabalho do arquitecto e inclui esboços de projectos desenvolvidos na Ásia, em países como a China e a Coreia do Sul

 

[dropcap]O[/dropcap] único português vencedor do prémio Pritzker em 1992, a mais importante distinção na área da arquitectura, protagoniza uma nova exposição sobre uma intensa carreira que há muito adquiriu uma dimensão internacional. “In Disciplina” foi inaugurada esta terça-feira no Museu de Serralves, no Porto, e mostra não apenas os principais trabalhos de Siza Vieira na Europa, mas também na Ásia.

A mostra aborda o período de maior internacionalização do arquitecto iniciado em 2000, quando este começou a projectar não apenas para a América do Sul, mas também para o Extremo Oriente. “Nessas latitudes, o arquitecto demonstra uma capacidade única de reinterpretar a geografia e a cultura autóctones, ora ‘ancorando-se’ a referências locais, ora ‘soltando-se’, à procura de formas mais livres, sinuosas ou mesmo auto-referenciais”, apontam os curadores desta exposição, que destacam projectos como a Paju Book City, na Coreia do Sul, e o China Design Museum, em Hangzhou, China.

Citado pela agência Lusa, Álvaro Siza Vieira garantiu que não lhe apetece tirar férias, apesar da longa carreira. “Às vezes acho que já vivi demais, mas isso não quer dizer que me apeteça ir de férias”, declarou o arquitecto de 86 anos de idade e natural de Matosinhos. Durante a conferência de imprensa, Siza Vieira agradeceu à Fundação Serralves pela “segunda grande exposição de obras” dele, referindo que a “montagem deve ter dado um trabalho tremendo”.

Esboços e apontamentos

Na exposição “in/disciplina” pode descobrir-se, por exemplo, vários esquissos (esboços de uma obra), desenhos de retrato e apontamentos de viagem que o arquitecto registava nos seus cadernos desde o tempo de estudante.

A mostra arranca com uma réplica de grande dimensão do primeiro esquisso que Siza Vieira registou fora de Portugal, feito em Berlim, recordou o arquitecto, explicando que reflecte a percepção da cidade, que, segundo o artista, é “feita de fragmentos”. O trabalho do arquitecto que intervém nalguns dos fragmentos é “tentar estabelecer relações entre eles”, explica, referindo que esses fragmentos visíveis nas cidades “reflectem o seu desenvolvimento e os diferentes períodos e tendências”.

Depois de falar da importância da “multiplicação da luz” nas salas do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, edifício da autoria de Siza Vieira, e que está a celebrar o 20.º aniversário, o arquitecto lembrou que em Portugal a “intensidade da luz nas ruas é quatro vezes mais elevada do que na Alemanha”. “Isso dá um gasto tremendo de luz”, referiu, lamentando que nas ruas públicas em Portugal se esteja a fazer o contrário de uma poupança energética.

A in/disciplina retrata o “trajecto de vida do Siza através dos seus cadernos de esquissos, que guardava e onde registava tudo”, explicou, por seu turno, o curador da exposição, Nuno Grande, referindo que esses esboços mostram a inquietude e a “indisciplina na disciplina” constante do arquitecto.

A exposição tem também um conjunto de fotografias escolhidas pelos “amigos fotógrafos” de Siza Vieira, e que foram “fundamentais para levar a todo o mundo a obra de Siza Vieira, acrescentou Nuno Grande.

A mostra que revela 30 projectos realizados entre 1954 e 2019, percorrendo a trajectória de Álvaro Siza desde o período da sua formação até à sua plena afirmação autoral, vai estar patente em Serralves até 2 de Fevereiro de 2020, e foi organizada pela Fundação de Serralves, com a contribuição “fulcral do arquivo de Álvaro Siza Vieira, do Álvaro Siza Vieira Fonds no Canadian Centre for Arquitechure (Canadá) e da Fundação Calouste Gulbenkian”.

A obra da Casa de Chá da Boa Nova (1958–1963) e a Piscina de Marés (1958–1965), ambas em Leça da Palmeira, são algumas das maquetes que podem ser vistas.

Distinguido com o Prémio Pritzker em 1992, Álvaro Siza recebeu ainda, entre outros, o Prémio Mies van der Rohe (1988), o Prémio Nacional de Arquitectura (1993), a Medalha Alvar Aalto (1998) e a Medalha de Ouro (2009), do Royal Institute of British Architects, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza (2002), pelo melhor projecto, e o Leão de Ouro de Carreira (2012).

19 Set 2019

Arquitectura | Exposição no Porto mostra obras de Siza Vieira na Ásia

Chama-se “in/disciplina” e é a mais recente exposição do arquitecto português Álvaro Siza Vieira, vencedor de um Pritzker. Patente no Museu de Serralves, no Porto, a mostra revela os 60 anos de trabalho do arquitecto e inclui esboços de projectos desenvolvidos na Ásia, em países como a China e a Coreia do Sul

 
[dropcap]O[/dropcap] único português vencedor do prémio Pritzker em 1992, a mais importante distinção na área da arquitectura, protagoniza uma nova exposição sobre uma intensa carreira que há muito adquiriu uma dimensão internacional. “In Disciplina” foi inaugurada esta terça-feira no Museu de Serralves, no Porto, e mostra não apenas os principais trabalhos de Siza Vieira na Europa, mas também na Ásia.
A mostra aborda o período de maior internacionalização do arquitecto iniciado em 2000, quando este começou a projectar não apenas para a América do Sul, mas também para o Extremo Oriente. “Nessas latitudes, o arquitecto demonstra uma capacidade única de reinterpretar a geografia e a cultura autóctones, ora ‘ancorando-se’ a referências locais, ora ‘soltando-se’, à procura de formas mais livres, sinuosas ou mesmo auto-referenciais”, apontam os curadores desta exposição, que destacam projectos como a Paju Book City, na Coreia do Sul, e o China Design Museum, em Hangzhou, China.
Citado pela agência Lusa, Álvaro Siza Vieira garantiu que não lhe apetece tirar férias, apesar da longa carreira. “Às vezes acho que já vivi demais, mas isso não quer dizer que me apeteça ir de férias”, declarou o arquitecto de 86 anos de idade e natural de Matosinhos. Durante a conferência de imprensa, Siza Vieira agradeceu à Fundação Serralves pela “segunda grande exposição de obras” dele, referindo que a “montagem deve ter dado um trabalho tremendo”.

Esboços e apontamentos

Na exposição “in/disciplina” pode descobrir-se, por exemplo, vários esquissos (esboços de uma obra), desenhos de retrato e apontamentos de viagem que o arquitecto registava nos seus cadernos desde o tempo de estudante.
A mostra arranca com uma réplica de grande dimensão do primeiro esquisso que Siza Vieira registou fora de Portugal, feito em Berlim, recordou o arquitecto, explicando que reflecte a percepção da cidade, que, segundo o artista, é “feita de fragmentos”. O trabalho do arquitecto que intervém nalguns dos fragmentos é “tentar estabelecer relações entre eles”, explica, referindo que esses fragmentos visíveis nas cidades “reflectem o seu desenvolvimento e os diferentes períodos e tendências”.
Depois de falar da importância da “multiplicação da luz” nas salas do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, edifício da autoria de Siza Vieira, e que está a celebrar o 20.º aniversário, o arquitecto lembrou que em Portugal a “intensidade da luz nas ruas é quatro vezes mais elevada do que na Alemanha”. “Isso dá um gasto tremendo de luz”, referiu, lamentando que nas ruas públicas em Portugal se esteja a fazer o contrário de uma poupança energética.
A in/disciplina retrata o “trajecto de vida do Siza através dos seus cadernos de esquissos, que guardava e onde registava tudo”, explicou, por seu turno, o curador da exposição, Nuno Grande, referindo que esses esboços mostram a inquietude e a “indisciplina na disciplina” constante do arquitecto.
A exposição tem também um conjunto de fotografias escolhidas pelos “amigos fotógrafos” de Siza Vieira, e que foram “fundamentais para levar a todo o mundo a obra de Siza Vieira, acrescentou Nuno Grande.
A mostra que revela 30 projectos realizados entre 1954 e 2019, percorrendo a trajectória de Álvaro Siza desde o período da sua formação até à sua plena afirmação autoral, vai estar patente em Serralves até 2 de Fevereiro de 2020, e foi organizada pela Fundação de Serralves, com a contribuição “fulcral do arquivo de Álvaro Siza Vieira, do Álvaro Siza Vieira Fonds no Canadian Centre for Arquitechure (Canadá) e da Fundação Calouste Gulbenkian”.
A obra da Casa de Chá da Boa Nova (1958–1963) e a Piscina de Marés (1958–1965), ambas em Leça da Palmeira, são algumas das maquetes que podem ser vistas.
Distinguido com o Prémio Pritzker em 1992, Álvaro Siza recebeu ainda, entre outros, o Prémio Mies van der Rohe (1988), o Prémio Nacional de Arquitectura (1993), a Medalha Alvar Aalto (1998) e a Medalha de Ouro (2009), do Royal Institute of British Architects, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza (2002), pelo melhor projecto, e o Leão de Ouro de Carreira (2012).

19 Set 2019

Crime | Detido por burla de 2 milhões de yuan

[dropcap]U[/dropcap]m gerente de uma empresa de engenharia de Macau, de apelido Kou e com 58 anos, foi detido na passada quinta-feira por alegadamente ter burlado um comerciante do Continente no valor de 2,248 milhões de renminbis. Em causa está uma transacção de mil toneladas de aço em Julho de 2015.

Segundo a versão das autoridades, o detido alegou que queria comprar mil toneladas em aço para as obras de construção de um hotel no Cotai no valor de 2,248 milhões yuan. Logo no início pagou 300 mil patacas como caução e fechou um acordo para enviar o material para um lugar de Zhuhai, entre Julho e Agosto, que depois ser transferido para Macau. No entanto, após o envio, a vítima não recebeu o resto do dinheiro, e perdeu o contacto com o suspeito. Após ter apresentado queixa junto das entidades do Interior, apurou-se que Kou não só não tinha pago o que faltava, como também não tinha enviado os materiais para Macau. Em vez disso, vendeu os materiais por 1,7 milhões de renminbis.

No âmbito da investigação foi pedido auxílio às autoridades da RAEM que apuraram que o homem tinha recebido o dinheiro da venda e assim o caso foi reencaminhado para o Ministério Público. Kou enfrenta a acusação da prática do crime de valor consideravelmente elevado.

19 Set 2019

Crime | Detido por burla de 2 milhões de yuan

[dropcap]U[/dropcap]m gerente de uma empresa de engenharia de Macau, de apelido Kou e com 58 anos, foi detido na passada quinta-feira por alegadamente ter burlado um comerciante do Continente no valor de 2,248 milhões de renminbis. Em causa está uma transacção de mil toneladas de aço em Julho de 2015.
Segundo a versão das autoridades, o detido alegou que queria comprar mil toneladas em aço para as obras de construção de um hotel no Cotai no valor de 2,248 milhões yuan. Logo no início pagou 300 mil patacas como caução e fechou um acordo para enviar o material para um lugar de Zhuhai, entre Julho e Agosto, que depois ser transferido para Macau. No entanto, após o envio, a vítima não recebeu o resto do dinheiro, e perdeu o contacto com o suspeito. Após ter apresentado queixa junto das entidades do Interior, apurou-se que Kou não só não tinha pago o que faltava, como também não tinha enviado os materiais para Macau. Em vez disso, vendeu os materiais por 1,7 milhões de renminbis.
No âmbito da investigação foi pedido auxílio às autoridades da RAEM que apuraram que o homem tinha recebido o dinheiro da venda e assim o caso foi reencaminhado para o Ministério Público. Kou enfrenta a acusação da prática do crime de valor consideravelmente elevado.

19 Set 2019

IPIM | Cessada comissão de serviço de ex-dirigente do Fundo de Pensões

[dropcap]M[/dropcap]iguel Ian Iat Chun, ex-chefe de departamento de aposentação e sobrevivência do Fundo de Pensões, viu ser terminada a sua comissão de serviço através de um despacho assinado pela secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, publicado em Boletim Oficial. O responsável encontrava-se suspenso de funções por suspeitas de ligações ao caso de atribuição de falsos BIR por investimento por parte do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM).

Em Novembro do ano passado o Fundo de Pensões recebeu um ofício do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) que dava conta que Miguel Ian Iat Chun teria “praticado uma infracção disciplinar no exercício das suas funções”, algo que levou Sónia Chan a nomear um instrutor independente para proceder à instrução do relativo processo disciplinar. Antes de trabalhar no Fundo de Pensões, Miguel Ian Iat Chun exerceu funções de director-adjunto do Gabinete Jurídico e de Fixação de Residência do IPIM. Jackson Chang, presidente do IPIM, e Glória Batalha Ung, vogal executiva do mesmo organismo, também estão a ser investigados no âmbito do mesmo processo, sendo que Jackson Chang se encontra detido preventivamente.

19 Set 2019

IPIM | Cessada comissão de serviço de ex-dirigente do Fundo de Pensões

[dropcap]M[/dropcap]iguel Ian Iat Chun, ex-chefe de departamento de aposentação e sobrevivência do Fundo de Pensões, viu ser terminada a sua comissão de serviço através de um despacho assinado pela secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, publicado em Boletim Oficial. O responsável encontrava-se suspenso de funções por suspeitas de ligações ao caso de atribuição de falsos BIR por investimento por parte do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM).
Em Novembro do ano passado o Fundo de Pensões recebeu um ofício do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) que dava conta que Miguel Ian Iat Chun teria “praticado uma infracção disciplinar no exercício das suas funções”, algo que levou Sónia Chan a nomear um instrutor independente para proceder à instrução do relativo processo disciplinar. Antes de trabalhar no Fundo de Pensões, Miguel Ian Iat Chun exerceu funções de director-adjunto do Gabinete Jurídico e de Fixação de Residência do IPIM. Jackson Chang, presidente do IPIM, e Glória Batalha Ung, vogal executiva do mesmo organismo, também estão a ser investigados no âmbito do mesmo processo, sendo que Jackson Chang se encontra detido preventivamente.

19 Set 2019