Hong Kong | Pequim deve substituir Carrie Lam até ao fim do primeiro trimestre de 2020

No dia em que foi libertado o homem que motivou a entrega da lei da extradição, surgem notícias de que Carrie Lam vai abandonar a liderança do Governo de Hong Kong até Março do próximo ano. O jornal Financial Times adianta Norman Chan, antigo dirigente máximo da Autoridade Monetária de Hong Kong e o empresário e antigo secretário Henry Tang como possíveis substitutos. China negou a notícia

 
[dropcap]C[/dropcap]omeça a antever-se o futuro do Governo de Hong Kong sem Carrie Lam ao leme. Segundo uma investigação do Financial Times, Pequim tem um plano delineado para substituir a Chefe do Executivo da região vizinha por um líder uterino.
As fontes do jornal britânico revelaram que se o Presidente Xi Jinping decidir avançar para a substituição, o sucessor de Lam deverá estar no poder até Março do próximo ano para cumprir o que resta do mandato de Carrie Lam (que termina em 2022). Além disso, nada indica que o chefe interino sequer seja candidato ao mandato completo de cinco anos, findo o mandato do actual Executivo.
Este tipo de solução não é inédito. Depois de o primeiro Chefe do Executivo de Hong Kong, Tung Chee-hwa, se ter demitido foi substituído por Donald Tsang, que não só ficaria até ao final do mandato como seria reencaminhado para mais cinco anos no poder, até 2007.
As fontes do Financial Times adiantam que os nomes mais falados para substituir Carrie Lam são Norman Chan, antigo presidente da Autoridade Monetária de Hong Kong, e Henry Tang, filho de um magnata da indústria têxtil com muita experiência executiva depois de ocupar cargos cimeiros em administrações anteriores.
O ministério dos Negócios Estrangeiros da China veio prontamente negar a veracidade da notícia. O porta-voz ministerial, Hua Chunying, referiu-se ao caso como “um rumor político com motivos por detrás” e vincou que o Governo Central vai continuar a apoiar firmemente Carrie Lam e o seu Executivo nos esforços para colocar um ponto final à violência e restaurar a ordem o mais depressa possível.

A tempo da assembleia

A sucessão de protestos, que já vão no quinto mês, é um dos desafios mais sérios à autoridade do Partido Comunista Chinês no seu solo desde o massacre da Praça de Tiananmen. Ora, uma das exigências dos manifestantes é o afastamento de Carrie Lam do Governo e eleições democráticas.
Apesar de o topo decisório em Pequim não querer passar a ideia de permitir cedências a protestos violentos, é para cumprir o objectivo de estabilizar o território antes de encontrar uma decisão para a mudança de liderança.
A esperança das autoridades chinesas é que a violência se atenue à medida que o número de detidos aumenta e que a opinião pública se afasta dos actos de vandalismo tomam conta dos protestos.
A data apontada pelo Financial Times, Março, coincide com a sessão anual da Assembleia Popular Nacional, indicação temporal que não é de descurar.
A notícia, categorizada como rumor pelo Governo chinês, aponta para o fim da linha da liderança de Lam, marcada por erros políticos fatais, de acordo com quase toda a análise política, no tratamento da contestação a seguir ao anúncio da polémica lei da extradição. Carrie Lam insistiu numa lei, apesar das manifestações que levaram milhões de pessoas para a rua em protesto pacífico no início de Junho e mais tarde foi obrigada a deixar cair por terra o diploma. Ontem, finalmente, a legislação foi formalmente afastada do processo legislativo.

Um trio de Chans

Além de Norman Chan, outros dois possíveis sucessores com apelido Chan se perfilam para tomar o lugar de Carrie Lam. O secretário das Finanças Paul Chan e Bernard Chan, mediador do Conselho Executivo. O problema destes dois últimos “Chans” é serem considerados demasiado próximos de Carrie Lam.
Outro factor a favor de Norman Chan é o respeito e o prestígio da Autoridade Monetária de Hong Kong, que liderou durante uma década.
Henry Tang tem como principal vantagem apenas ter servido em cargos públicos em Executivos anteriores ao de Carrie Lam, considerada hoje em dia como tóxica politicamente.
Importa recordar que Henry Tang chegou a entrar na corrida para líder do Governo de Hong Kong em 2012, chegando mesmo a ser visto como o favorito de Pequim, mas a sua popularidade caiu a pique depois de ser descoberto que havia construído uma cave na sua habitação sem ter as devidas licenças para a construção. O escândalo da cave fez com que as autoridades chinesas tenham seleccionado o seu rival na corrida, Leung Chun-ying, que de qualquer das formas era mais popular que Tang entre os residentes de Hong Kong.
Depois dos protestos do Movimento do Guarda-chuvas Amarelos, as hipóteses de um segundo mandato de Leung Chun-yin caíram por terra, o que fez com que Pequim olhasse para Carrie Lam como a sucessora no poder, apesar de John Tsang ser o preferido da população. Curiosamente, o movimento contestatário que levou Lam ao poder evoluiu e regressou para a tirar do Governo.

Páginas por ler

Quanto ao futuro, uma figura que não se identifica no artigo do Financial Times, mas que é definido como um proeminente membro das forças pró-Pequim, aponta a experiência como um dos atributos a considerar na escolha do novo líder. “Temos de olhar para as pessoas que não só serviram no Governo, como também têm conhecimento das formas como os negócios funcionam em Hong Kong”. O outro óbvio requisito é serem bem vistos em Pequim.
Foi também noticiado que Carrie Lam colocou o seu lugar à disposição e se quis demitir, mas que Pequim a obrigou a permanecer no poder. Algo que foi obviamente negado tanto pelo Governo Central como pela própria Chefe do Executivo de Hong Kong. No mês passado a Reuters divulgou um áudio em que Lam alegadamente afirmava que “era imperdoável uma Chefe do Executivo causar tantos estragos em Hong Kong”, e que “se tivesse poder de escolha, a primeira coisa que fazia era demitir-se e fazer um sentido pedido de desculpas”.

23 Out 2019

Media | Quase um quarto dos órgãos estrangeiros acreditados banidos da rede chinesa

[dropcap]U[/dropcap]ma análise do Clube de Correspondentes Estrangeiros na China concluiu que a censura do regime chinês bloqueia o acesso a quase um quarto das versões ‘online’ de órgãos noticiosos estrangeiros acreditados no país.

Entre os 215 órgãos de comunicação estrangeiros com correspondentes na China, 23 por cento estão inacessíveis para internautas chineses, ilustrando a dimensão da censura na Internet chinesa, num sistema conhecido como Grande Muralha Cibernética da China.

A mesma fonte detalha que, entre as organizações que publicam conteúdo em inglês, a língua estrangeira mais falada na China, a proporção sobe para 31 por cento.

“As autoridades chinesas referem frequentemente o seu compromisso com a abertura e a cooperação no ciberespaço, mas a censura da Internet da China bloqueia uma lista crescente de fontes globais de notícias”, aponta em comunicado o Clube de Correspondentes Estrangeiros.

Em simultâneo, Pequim, que há muito se queixa que a empresa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra a China, tem investido milhares de milhões de dólares para convencer o mundo de que o país é um sucesso político e cultural.

Por outro lado

A agência noticiosa Xinhua, o jornal oficial em língua inglesa China Daily ou a televisão estatal CGTN contam já com centenas de delegações além-fronteiras e têm agressivamente procurado parcerias no exterior, visando publicar conteúdo aprovado pela Propaganda do Partido Comunista Chinês, sob o selo de órgãos de comunicação independentes.

“A China está a tentar transformar o ambiente da informação global com injecções maciças de dinheiro: financiar publicações, coberturas jornalísticas e mensagens positivas”, descreve Louisa Lim, pesquisadora e professora na Universidade de Melbourne, à agência Lusa.

Desde 2017, o China Daily gastou quase 16 milhões de dólares para publicar suplementos em jornais norte-americanos, segundo dados reportados ao abrigo da Lei de Registo de Agentes Estrangeiros, que exige que entidades que representam os interesses de outros países divulguem as suas finanças.

The New York Times ou Wall Street Journal são alguns dos órgãos que publicam suplementos do China Daily, mas cujas versões electrónicas estão bloqueadas no país asiático.

23 Out 2019

Media | Quase um quarto dos órgãos estrangeiros acreditados banidos da rede chinesa

[dropcap]U[/dropcap]ma análise do Clube de Correspondentes Estrangeiros na China concluiu que a censura do regime chinês bloqueia o acesso a quase um quarto das versões ‘online’ de órgãos noticiosos estrangeiros acreditados no país.
Entre os 215 órgãos de comunicação estrangeiros com correspondentes na China, 23 por cento estão inacessíveis para internautas chineses, ilustrando a dimensão da censura na Internet chinesa, num sistema conhecido como Grande Muralha Cibernética da China.
A mesma fonte detalha que, entre as organizações que publicam conteúdo em inglês, a língua estrangeira mais falada na China, a proporção sobe para 31 por cento.
“As autoridades chinesas referem frequentemente o seu compromisso com a abertura e a cooperação no ciberespaço, mas a censura da Internet da China bloqueia uma lista crescente de fontes globais de notícias”, aponta em comunicado o Clube de Correspondentes Estrangeiros.
Em simultâneo, Pequim, que há muito se queixa que a empresa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra a China, tem investido milhares de milhões de dólares para convencer o mundo de que o país é um sucesso político e cultural.

Por outro lado

A agência noticiosa Xinhua, o jornal oficial em língua inglesa China Daily ou a televisão estatal CGTN contam já com centenas de delegações além-fronteiras e têm agressivamente procurado parcerias no exterior, visando publicar conteúdo aprovado pela Propaganda do Partido Comunista Chinês, sob o selo de órgãos de comunicação independentes.
“A China está a tentar transformar o ambiente da informação global com injecções maciças de dinheiro: financiar publicações, coberturas jornalísticas e mensagens positivas”, descreve Louisa Lim, pesquisadora e professora na Universidade de Melbourne, à agência Lusa.
Desde 2017, o China Daily gastou quase 16 milhões de dólares para publicar suplementos em jornais norte-americanos, segundo dados reportados ao abrigo da Lei de Registo de Agentes Estrangeiros, que exige que entidades que representam os interesses de outros países divulguem as suas finanças.
The New York Times ou Wall Street Journal são alguns dos órgãos que publicam suplementos do China Daily, mas cujas versões electrónicas estão bloqueadas no país asiático.

23 Out 2019

Crime | Suspeito de fraude com barras adulteradas fugiu para Portugal

[dropcap]O[/dropcap] suspeito de uma fraude que envolve empréstimos sobre ouro adulterado, que provocou perdas totais superiores a 2,4 mil milhões de euros em vários bancos do noroeste chinês, terá fugido para Portugal, informou ontem a imprensa local.

O esquema remonta a 2015, quando um primeiro empréstimo de 20 milhões de yuan foi concedido a um agricultor chamado Yang Jun pela Cooperativa de Crédito Rural do Condado de Tongguan, na província de Shaanxi, escreve a revista chinesa Caixin.

Como garantia sobre o empréstimo, Yang deixou 26 barras de ouro, com o peso total de 100 quilos. Com mais de 154 mil habitantes, estima-se que Tongguan possua 110 toneladas de depósitos de ouro nas montanhas de Qinling. A mineração de ouro representa mais de 70 por cento da economia local.

“A cena não surpreendeu ninguém na Cooperativa de Tongguan, que está encarregue de atender às necessidades financeiras de um condado conhecido por ricas reservas de ouro”, explica-se na publicação. “Fazendeiros que carregavam barras de ouro para obter empréstimos era um cenário comum na Cooperativa”, acrescenta-se no artigo.

No entanto, a confiança naquele esquema de crédito foi abalada em Abril de 2016, quando após Yang Jun não ter saldado a sua dívida, a Cooperativa de Crédito Rural de Tongguan começou a derreter as barras de ouro.

“Após o ouro brilhante à superfície derreter, revelou-se uma placa de tungsténio negro, e a Cooperativa de Tongguan descobriu que afinal as barras de Yang continham apenas 36,5% de ouro puro”, escreveu a Caixin.

Uma inspecção subsequente do principal órgão regulador bancário da China encontrou toneladas de ouro adulterado nos cofres de vários bancos nas províncias de Shaanxi e Henan, incluindo as filiais locais de dois dos maiores bancos da China, o Commercial and Industrial Bank of China (ICBC) e o Postal Savings Bank of China (PBS).

O ouro adulterado serviu como garantia para um total de 19 mil milhões de yuans em empréstimos. Segundo a Caixin, a investigação apurou que a maioria dos empréstimos fluiu para cinco contas pessoais controladas pelo empresário Zhang Qingmin, fundador da refinaria de ouro Lingbao Boyuan Mining Industry Co. Ltd., e seus associados.

Zhang terá fabricado as barras de ouro adulteradas e contratado pessoas para solicitar os empréstimos, detalhou a Caixin, que cita fontes próximas da investigação.

Em fuga

A polícia chinesa prendeu quatro dos cinco principais suspeitos e dezenas de cúmplices, que foram já julgados e aguardam veredicto. Oito funcionários da Cooperativa de Tongguan foram também acusados criminalmente.

No entanto, Zhang Qingmin, 34 anos, e o principal suspeito de liderar o esquema, terá escapado com a família assim que as barras de ouro adulteradas chamaram a atenção dos reguladores.

Segundo registos da polícia chinesa citados pela Caixin, Zhang Qingmin voou para Portugal via Chipre em 12 de Maio de 2016. A Interpol emitiu já um alerta vermelho e mandado de captura internacional.

Em Maio de 2016, a polícia encerrou a refinaria da Lingbao Boyuan Mining Industry, criada por Zhang Qingmin e o irmão Zhang Shumin, em 2007.

Era uma das principais refinarias da cidade de Lingbao e fornecedora oficial de barras de ouro padrão para a Bolsa de Ouro de Xangai.

No complexo fabril, a polícia encontrou as instalações ocultas onde eram fabricadas as barras de ouro adulteradas com tungsténio.

23 Out 2019

Crime | Suspeito de fraude com barras adulteradas fugiu para Portugal

[dropcap]O[/dropcap] suspeito de uma fraude que envolve empréstimos sobre ouro adulterado, que provocou perdas totais superiores a 2,4 mil milhões de euros em vários bancos do noroeste chinês, terá fugido para Portugal, informou ontem a imprensa local.
O esquema remonta a 2015, quando um primeiro empréstimo de 20 milhões de yuan foi concedido a um agricultor chamado Yang Jun pela Cooperativa de Crédito Rural do Condado de Tongguan, na província de Shaanxi, escreve a revista chinesa Caixin.
Como garantia sobre o empréstimo, Yang deixou 26 barras de ouro, com o peso total de 100 quilos. Com mais de 154 mil habitantes, estima-se que Tongguan possua 110 toneladas de depósitos de ouro nas montanhas de Qinling. A mineração de ouro representa mais de 70 por cento da economia local.
“A cena não surpreendeu ninguém na Cooperativa de Tongguan, que está encarregue de atender às necessidades financeiras de um condado conhecido por ricas reservas de ouro”, explica-se na publicação. “Fazendeiros que carregavam barras de ouro para obter empréstimos era um cenário comum na Cooperativa”, acrescenta-se no artigo.
No entanto, a confiança naquele esquema de crédito foi abalada em Abril de 2016, quando após Yang Jun não ter saldado a sua dívida, a Cooperativa de Crédito Rural de Tongguan começou a derreter as barras de ouro.
“Após o ouro brilhante à superfície derreter, revelou-se uma placa de tungsténio negro, e a Cooperativa de Tongguan descobriu que afinal as barras de Yang continham apenas 36,5% de ouro puro”, escreveu a Caixin.
Uma inspecção subsequente do principal órgão regulador bancário da China encontrou toneladas de ouro adulterado nos cofres de vários bancos nas províncias de Shaanxi e Henan, incluindo as filiais locais de dois dos maiores bancos da China, o Commercial and Industrial Bank of China (ICBC) e o Postal Savings Bank of China (PBS).
O ouro adulterado serviu como garantia para um total de 19 mil milhões de yuans em empréstimos. Segundo a Caixin, a investigação apurou que a maioria dos empréstimos fluiu para cinco contas pessoais controladas pelo empresário Zhang Qingmin, fundador da refinaria de ouro Lingbao Boyuan Mining Industry Co. Ltd., e seus associados.
Zhang terá fabricado as barras de ouro adulteradas e contratado pessoas para solicitar os empréstimos, detalhou a Caixin, que cita fontes próximas da investigação.

Em fuga

A polícia chinesa prendeu quatro dos cinco principais suspeitos e dezenas de cúmplices, que foram já julgados e aguardam veredicto. Oito funcionários da Cooperativa de Tongguan foram também acusados criminalmente.
No entanto, Zhang Qingmin, 34 anos, e o principal suspeito de liderar o esquema, terá escapado com a família assim que as barras de ouro adulteradas chamaram a atenção dos reguladores.
Segundo registos da polícia chinesa citados pela Caixin, Zhang Qingmin voou para Portugal via Chipre em 12 de Maio de 2016. A Interpol emitiu já um alerta vermelho e mandado de captura internacional.
Em Maio de 2016, a polícia encerrou a refinaria da Lingbao Boyuan Mining Industry, criada por Zhang Qingmin e o irmão Zhang Shumin, em 2007.
Era uma das principais refinarias da cidade de Lingbao e fornecedora oficial de barras de ouro padrão para a Bolsa de Ouro de Xangai.
No complexo fabril, a polícia encontrou as instalações ocultas onde eram fabricadas as barras de ouro adulteradas com tungsténio.

23 Out 2019

HK | MNE critica violência que diz ser apoiada por forças estrangeiras

[dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Yi criticou segunda-feira “a violência pura e simples” dos manifestantes em Hong Kong, afirmando que foi “encorajada por forças estrangeiras”, em entrevista à agência de notícias francesa AFP.

“O que se passa hoje em Hong Kong não tem nada a ver com manifestações pacíficas. É violência pura e simples. São actos inaceitáveis em qualquer país”, declarou Wang Yi, evocando “manifestantes que atacam transeuntes”, a polícia e “paralisam os transportes”.

O chefe da diplomacia chinesa afirmou à AFP que “há forças estrangeiras que encorajam esse género de violência nas ruas com o objectivo de desestabilizar Hong Kong, de semear o caos (…) para destruir o progresso histórico alcançado com a aplicação da política ‘um país, dois sistemas’”. “Posso dizer-vos que tais acções nunca serão bem-sucedidas”, afirmou.

Wang Yi afirmou-se igualmente convicto de que “o Governo da região administrativa especial conseguirá restabelecer a ordem social e o respeito pelo Estado de direito em conformidade com a lei” e que, com o apoio de Pequim, Hong Kong “vai continuar a aplicar a política de ‘um país, dois sistemas’”.

“Neste momento, o mais importante, e para o que mais precisamos de apoio, é o fim da violência, restabelecer a ordem económica e gerir os assuntos relacionados com o Estado de direito”, disse.
Wang Yi sublinhou que “nenhum descontentamento pode servir de pretexto para a violência”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês criticou ainda que “certos meios de comunicação social estrangeiros, num desprezo total pela realidade, classifiquem essa violência de ‘movimento democrático e pacífico’ e não hesitam em classificar a acção da polícia como violenta”.

“Se essas alegações podem ser entendidas como a realidade, como é possível imaginar que ainda exista justiça no mundo?”, interrogou-se o ministro.

23 Out 2019

HK | MNE critica violência que diz ser apoiada por forças estrangeiras

[dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Yi criticou segunda-feira “a violência pura e simples” dos manifestantes em Hong Kong, afirmando que foi “encorajada por forças estrangeiras”, em entrevista à agência de notícias francesa AFP.
“O que se passa hoje em Hong Kong não tem nada a ver com manifestações pacíficas. É violência pura e simples. São actos inaceitáveis em qualquer país”, declarou Wang Yi, evocando “manifestantes que atacam transeuntes”, a polícia e “paralisam os transportes”.
O chefe da diplomacia chinesa afirmou à AFP que “há forças estrangeiras que encorajam esse género de violência nas ruas com o objectivo de desestabilizar Hong Kong, de semear o caos (…) para destruir o progresso histórico alcançado com a aplicação da política ‘um país, dois sistemas’”. “Posso dizer-vos que tais acções nunca serão bem-sucedidas”, afirmou.
Wang Yi afirmou-se igualmente convicto de que “o Governo da região administrativa especial conseguirá restabelecer a ordem social e o respeito pelo Estado de direito em conformidade com a lei” e que, com o apoio de Pequim, Hong Kong “vai continuar a aplicar a política de ‘um país, dois sistemas’”.
“Neste momento, o mais importante, e para o que mais precisamos de apoio, é o fim da violência, restabelecer a ordem económica e gerir os assuntos relacionados com o Estado de direito”, disse.
Wang Yi sublinhou que “nenhum descontentamento pode servir de pretexto para a violência”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês criticou ainda que “certos meios de comunicação social estrangeiros, num desprezo total pela realidade, classifiquem essa violência de ‘movimento democrático e pacífico’ e não hesitam em classificar a acção da polícia como violenta”.
“Se essas alegações podem ser entendidas como a realidade, como é possível imaginar que ainda exista justiça no mundo?”, interrogou-se o ministro.

23 Out 2019

Hong Kong | Conflito com Taipé sobre caso que motivou protestos

No dia em que a lei de extradição deverá ser formalmente e definitivamente afastada é também posto em liberdade o suspeito de homicídio que desencadeou os problemas que se têm vivido na antiga colónia britânica. O homem pretende entregar-se às autoridades de Taiwan, mas as autoridades de Taipé querem um acordo de assistência mútua

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Hong Kong pediu ontem a Taiwan que não coloque a “política acima da justiça”, numa alusão à entrega de um suspeito de homicídio, um caso na origem da crise política na região.

“Em vez de permitirem que considerações políticas se sobreponham ao Estado de direito e à justiça, complicando uma questão simples, espero que as autoridades de Taiwan consigam ser pragmáticas e pró-activas. Quando um homem procurado quer entregar-se, por que razão se insiste num acordo de assistência mútua”, questionou o secretário para a Administração de Hong Kong, Matthew Cheung.

O governante falava ontem de manhã antes de presidir à reunião semanal do Conselho Executivo, numa altura em que a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, se encontra no Japão, de acordo com o jornal South China Morning Post.

Chan Tong-kai, o suspeito do homicídio que levou Hong Kong a apresentar uma proposta de emendas à lei de extradição vigente, na base da contestação social desde Junho, vai sair em liberdade esta quarta-feira, após 18 meses atrás das grades sob acusações de lavagem de dinheiro.

O residente de Hong Kong é procurado pelas autoridades de Taiwan pelo alegado envolvimento no assassínio da namorada grávida, Poon Hiu-wing, de 20 anos, em Fevereiro de 2018, quando ambos se encontravam de férias na ilha Formosa.

Matthew Cheung, que falava na qualidade de chefe do Governo interino, garantiu que o executivo de Hong Kong examinou já “todas as opções disponíveis”, tendo concluído que a melhor solução será deixar Chan entregar-se livremente às autoridades de Taiwan.

No entanto, Taipé respondeu que só iria receber Chan depois de um acordo de assistência mútua, uma decisão que o Governo da antiga colónia britânica disse esconder motivações políticas.

De saída

As emendas à lei de extradição teriam permitido a transferência de fugitivos para jurisdições com as quais Hong Kong não tem acordo prévio, incluindo Taiwan e a China continental.

Contudo, a proposta desencadeou protestos maciços contra a alegada crescente interferência de Pequim nos assuntos de Hong Kong, desencadeando a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China, em 1997.

Desde o início, a região administrativa especial chinesa é palco de protestos e ações violentas quase diárias contra o que os manifestantes definem como a erosão das liberdades no território.

De acordo com Matthew Cheung, a proposta vai ser formalmente retirada esta quarta-feira, depois de o Governo já ter anunciado a decisão, a 9 de Setembro.

23 Out 2019

Hong Kong | Conflito com Taipé sobre caso que motivou protestos

No dia em que a lei de extradição deverá ser formalmente e definitivamente afastada é também posto em liberdade o suspeito de homicídio que desencadeou os problemas que se têm vivido na antiga colónia britânica. O homem pretende entregar-se às autoridades de Taiwan, mas as autoridades de Taipé querem um acordo de assistência mútua

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo de Hong Kong pediu ontem a Taiwan que não coloque a “política acima da justiça”, numa alusão à entrega de um suspeito de homicídio, um caso na origem da crise política na região.
“Em vez de permitirem que considerações políticas se sobreponham ao Estado de direito e à justiça, complicando uma questão simples, espero que as autoridades de Taiwan consigam ser pragmáticas e pró-activas. Quando um homem procurado quer entregar-se, por que razão se insiste num acordo de assistência mútua”, questionou o secretário para a Administração de Hong Kong, Matthew Cheung.
O governante falava ontem de manhã antes de presidir à reunião semanal do Conselho Executivo, numa altura em que a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, se encontra no Japão, de acordo com o jornal South China Morning Post.
Chan Tong-kai, o suspeito do homicídio que levou Hong Kong a apresentar uma proposta de emendas à lei de extradição vigente, na base da contestação social desde Junho, vai sair em liberdade esta quarta-feira, após 18 meses atrás das grades sob acusações de lavagem de dinheiro.
O residente de Hong Kong é procurado pelas autoridades de Taiwan pelo alegado envolvimento no assassínio da namorada grávida, Poon Hiu-wing, de 20 anos, em Fevereiro de 2018, quando ambos se encontravam de férias na ilha Formosa.
Matthew Cheung, que falava na qualidade de chefe do Governo interino, garantiu que o executivo de Hong Kong examinou já “todas as opções disponíveis”, tendo concluído que a melhor solução será deixar Chan entregar-se livremente às autoridades de Taiwan.
No entanto, Taipé respondeu que só iria receber Chan depois de um acordo de assistência mútua, uma decisão que o Governo da antiga colónia britânica disse esconder motivações políticas.

De saída

As emendas à lei de extradição teriam permitido a transferência de fugitivos para jurisdições com as quais Hong Kong não tem acordo prévio, incluindo Taiwan e a China continental.
Contudo, a proposta desencadeou protestos maciços contra a alegada crescente interferência de Pequim nos assuntos de Hong Kong, desencadeando a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China, em 1997.
Desde o início, a região administrativa especial chinesa é palco de protestos e ações violentas quase diárias contra o que os manifestantes definem como a erosão das liberdades no território.
De acordo com Matthew Cheung, a proposta vai ser formalmente retirada esta quarta-feira, depois de o Governo já ter anunciado a decisão, a 9 de Setembro.

23 Out 2019

Oficinas Navais | Mostra de trabalhos de jovens chineses até Fevereiro

[dropcap]C[/dropcap]hama-se “O Mundo como Vontade e Representação – Exposição Colectiva dos Artistas Emergentes do Interior da China” e é a mais recente exposição patente no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 1. A mostra, da responsabilidade do Instituto Cultural (IC), foi inaugurada esta segunda-feira e conta com curadoria da profissional de Sun Feng.

De acordo com uma nota oficial, esta convidou cinco jovens artistas contemporâneos do Interior da China, tal como Ouyang Sulong, Yuan Song, Liang Manqi, Hu Weiyi e Ying Xinxun, para apresentar um total de 26 obras de arte de grandes dimensões e de vários tipos, incluindo instalações de desenho espacial, instalações de vídeo interactivas, impressões em 3D, fotografias, vídeos e esculturas.

A mesma nota dá conta que “os artistas desenvolveram os seus estilos inovadores e muito próprios combinando diferentes técnicas de forma harmoniosa”, com as suas obras a “procurar transmitir as suas visões únicas sobre a vida quotidiana e questões sociais e examinando igualmente os seus próprios sentidos internos e a sua filosofia, reflectem as características estéticas da arte contemporânea chinesa”.

O IC aponta que através dos trabalhos, os cinco artistas “expressam uma tentativa de interpretar imagens espirituais, conduzindo os visitantes numa viagem de percepção e compreensão e inspirando-os a explorar e a reflectir sobre si mesmos e o mundo exterior”.

Esta mostra estará patente até ao dia 23 de Fevereiro de 2020 no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 1 (Rua de S. Tiago da Barra). O horário de abertura é entre as 10h00 e 19h00, de terça-feira a domingo, incluindo dias feriados.

23 Out 2019

Oficinas Navais | Mostra de trabalhos de jovens chineses até Fevereiro

[dropcap]C[/dropcap]hama-se “O Mundo como Vontade e Representação – Exposição Colectiva dos Artistas Emergentes do Interior da China” e é a mais recente exposição patente no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 1. A mostra, da responsabilidade do Instituto Cultural (IC), foi inaugurada esta segunda-feira e conta com curadoria da profissional de Sun Feng.
De acordo com uma nota oficial, esta convidou cinco jovens artistas contemporâneos do Interior da China, tal como Ouyang Sulong, Yuan Song, Liang Manqi, Hu Weiyi e Ying Xinxun, para apresentar um total de 26 obras de arte de grandes dimensões e de vários tipos, incluindo instalações de desenho espacial, instalações de vídeo interactivas, impressões em 3D, fotografias, vídeos e esculturas.
A mesma nota dá conta que “os artistas desenvolveram os seus estilos inovadores e muito próprios combinando diferentes técnicas de forma harmoniosa”, com as suas obras a “procurar transmitir as suas visões únicas sobre a vida quotidiana e questões sociais e examinando igualmente os seus próprios sentidos internos e a sua filosofia, reflectem as características estéticas da arte contemporânea chinesa”.
O IC aponta que através dos trabalhos, os cinco artistas “expressam uma tentativa de interpretar imagens espirituais, conduzindo os visitantes numa viagem de percepção e compreensão e inspirando-os a explorar e a reflectir sobre si mesmos e o mundo exterior”.
Esta mostra estará patente até ao dia 23 de Fevereiro de 2020 no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 1 (Rua de S. Tiago da Barra). O horário de abertura é entre as 10h00 e 19h00, de terça-feira a domingo, incluindo dias feriados.

23 Out 2019

Turismo | Mais de 30 milhões visitantes até Setembro

[dropcap]M[/dropcap]ais de 30 milhões de pessoas visitaram Macau até Setembro, um aumento de 17 por cento face a igual período do ano passado, segundo dados oficiais divulgados ontem. Entre Janeiro e Setembro, o número de excursionistas (15.929.175) e de turistas (14.273.731) aumentou 30,6 por cento e 4,9 por cento respectivamente, em termos anuais, totalizando 30.202.906 de visitantes.

Por visitante entende-se qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).

Nos meses em análise, os visitantes permaneceram no território por um período médio de 1,2 dias, de acordo com a Direcção dos Serviços e Estatísticas e Censos (DSEC).

A maioria dos visitantes que entrou em Macau, até Setembro, é oriunda do interior da China (21.455.294), mais 17,7 por cento em relação ao período homólogo de 2018.

Já os visitantes da Coreia do Sul (609.833), de Hong Kong (5.560.117) e de Taiwan (815.838) cresceram 0,4 por cento, 22,3 por cento e 1,5 por cento, respectivamente.

Só no mês de Setembro, visitaram Macau 2.764.924 de pessoas, um aumento de 8 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em 2018, Macau bateu o número recorde de turistas: 35,8 milhões, um aumento de 9,8 por cento em relação ao ano anterior.

23 Out 2019

Turismo | Mais de 30 milhões visitantes até Setembro

[dropcap]M[/dropcap]ais de 30 milhões de pessoas visitaram Macau até Setembro, um aumento de 17 por cento face a igual período do ano passado, segundo dados oficiais divulgados ontem. Entre Janeiro e Setembro, o número de excursionistas (15.929.175) e de turistas (14.273.731) aumentou 30,6 por cento e 4,9 por cento respectivamente, em termos anuais, totalizando 30.202.906 de visitantes.
Por visitante entende-se qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).
Nos meses em análise, os visitantes permaneceram no território por um período médio de 1,2 dias, de acordo com a Direcção dos Serviços e Estatísticas e Censos (DSEC).
A maioria dos visitantes que entrou em Macau, até Setembro, é oriunda do interior da China (21.455.294), mais 17,7 por cento em relação ao período homólogo de 2018.
Já os visitantes da Coreia do Sul (609.833), de Hong Kong (5.560.117) e de Taiwan (815.838) cresceram 0,4 por cento, 22,3 por cento e 1,5 por cento, respectivamente.
Só no mês de Setembro, visitaram Macau 2.764.924 de pessoas, um aumento de 8 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em 2018, Macau bateu o número recorde de turistas: 35,8 milhões, um aumento de 9,8 por cento em relação ao ano anterior.

23 Out 2019

Quinta ponte Macau-Taipa | Nova consulta pública até 5 de Novembro 

[dropcap]D[/dropcap]ecorre até 5 de Novembro a segunda fase da consulta pública sobre o relatório de avaliação do impacto ambiental da quinta ligação Macau-Taipa, que será um túnel subaquático a erguer ao lado da Ponte Governador Nobre de Carvalho.

Coube à empresa “Shanghai Investigation, Design & Research Institute Co, Ltd” a realização do referido relatório, que respeitou as exigências constantes do “The environmental impact assessment law of the People’s Republic of China” e das “Medidas Provisórias para a Participação Pública na Avaliação do Impacto Ambiental”.

De acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), o relatório sujeito a consulta pública revela que a construção de um túnel subaquático terá um certo impacto no ambiente circundante, mas em geral será temporário e reversível”, sendo que “através de medidas de protecção ambiental adequadas o mesmo poderá ser minimizado”.

O mesmo documento prevê que “depois de concluída a construção, o ambiente ecológico voltará ao seu estado inicial, por isso, prevê-se que não haja impactos significativos no sistema ecológico da zona”. Nesse sentido, “em termos de impacto ambiental, este projecto de construção é viável e satisfaz os requisitos da respectiva legislação e do planeamento da protecção ambiental”.

O túnel subaquático terá um comprimento de aproximadamente 2.400 metros, seis faixas de rodagem de duplo sentido, sendo a velocidade máxima permitida de 60 quilómetros por hora. O túnel ligará as zonas B e D dos Novos Aterros Urbanos de Macau, terá início na intersecção entre a Avenida Dr. Sun Yat-Sen e a Avenida 24 de Junho da Zona B e terminará numa nova via situada na Zona D no sentido leste-oeste.

23 Out 2019

Quinta ponte Macau-Taipa | Nova consulta pública até 5 de Novembro 

[dropcap]D[/dropcap]ecorre até 5 de Novembro a segunda fase da consulta pública sobre o relatório de avaliação do impacto ambiental da quinta ligação Macau-Taipa, que será um túnel subaquático a erguer ao lado da Ponte Governador Nobre de Carvalho.
Coube à empresa “Shanghai Investigation, Design & Research Institute Co, Ltd” a realização do referido relatório, que respeitou as exigências constantes do “The environmental impact assessment law of the People’s Republic of China” e das “Medidas Provisórias para a Participação Pública na Avaliação do Impacto Ambiental”.
De acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), o relatório sujeito a consulta pública revela que a construção de um túnel subaquático terá um certo impacto no ambiente circundante, mas em geral será temporário e reversível”, sendo que “através de medidas de protecção ambiental adequadas o mesmo poderá ser minimizado”.
O mesmo documento prevê que “depois de concluída a construção, o ambiente ecológico voltará ao seu estado inicial, por isso, prevê-se que não haja impactos significativos no sistema ecológico da zona”. Nesse sentido, “em termos de impacto ambiental, este projecto de construção é viável e satisfaz os requisitos da respectiva legislação e do planeamento da protecção ambiental”.
O túnel subaquático terá um comprimento de aproximadamente 2.400 metros, seis faixas de rodagem de duplo sentido, sendo a velocidade máxima permitida de 60 quilómetros por hora. O túnel ligará as zonas B e D dos Novos Aterros Urbanos de Macau, terá início na intersecção entre a Avenida Dr. Sun Yat-Sen e a Avenida 24 de Junho da Zona B e terminará numa nova via situada na Zona D no sentido leste-oeste.

23 Out 2019

TNR | Ella Lei questiona avanços da alteração à lei

[dropcap]A[/dropcap] deputada Ella Lei pediu ao Governo para fazer um ponto de situação sobre a alteração da Lei da contratação de trabalhadores não residentes (TNR). “A situação de trabalhadores ilegais […] ainda é grave no território. Como a pena para os infractores é ligeira, apenas alguns milhares de patacas, o efeito dissuasor é insuficiente”, escreveu Ella Lei, no documento.

Segundo a legisladora, a situação do trabalho ilegal não tem conhecido melhorias nos últimos anos porque a lei é insuficiente para castigar os infractores. Por isso, apelou para que haja revisão das leis de forma a preencher as lacunas existentes.

A deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), recordou ainda que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) tinha previsto a conclusão da proposta para alterar a lei no terceiro trimestre deste ano, mas tal não aconteceu. Ella Lei pede assim às autoridades que expliquem o progresso dos trabalhos e se vão terminá-los até ao fim do mandato de Chui Sai On, em Dezembro. Por outro lado, a membro da AL pede que apontem os valores monetários que estão a ser estudados para as novas multas.

23 Out 2019

TNR | Ella Lei questiona avanços da alteração à lei

[dropcap]A[/dropcap] deputada Ella Lei pediu ao Governo para fazer um ponto de situação sobre a alteração da Lei da contratação de trabalhadores não residentes (TNR). “A situação de trabalhadores ilegais […] ainda é grave no território. Como a pena para os infractores é ligeira, apenas alguns milhares de patacas, o efeito dissuasor é insuficiente”, escreveu Ella Lei, no documento.
Segundo a legisladora, a situação do trabalho ilegal não tem conhecido melhorias nos últimos anos porque a lei é insuficiente para castigar os infractores. Por isso, apelou para que haja revisão das leis de forma a preencher as lacunas existentes.
A deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), recordou ainda que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) tinha previsto a conclusão da proposta para alterar a lei no terceiro trimestre deste ano, mas tal não aconteceu. Ella Lei pede assim às autoridades que expliquem o progresso dos trabalhos e se vão terminá-los até ao fim do mandato de Chui Sai On, em Dezembro. Por outro lado, a membro da AL pede que apontem os valores monetários que estão a ser estudados para as novas multas.

23 Out 2019

Hengqin | Proposta prevê que a RAEM passa a gerir fronteira

[dropcap]O[/dropcap] Governo da RAEM deverá passar a ter a responsabilidade do posto transfronteiriço da ilha de Hengqin. É o que consta da proposta que foi ontem analisada na 14º sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN). A garantia foi dada pelo vice-director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, Deng Zhonghua.

A proposta inclui a autorização de gestão concedida pelo Governo Central à RAEM nas zonas do Posto Fronteiriço da Ilha da Montanha, Ponte Flor de Lótus, ponte de ligação entre a Universidade de Macau e o posto fronteiriço de Hengqin (excluindo o cais), e o espaço reservado para a extensão do metro ligeiro e o posto fronteiriço de Hengqin.

Esta autorização deverá vigorar até ao dia 19 de Dezembro de 2049, ano em que chega ao fim o período de semi-autonomia do território determinado na Declaração Conjunta, assinada em 1987. Esse prazo poderá ser renovado por decisão do Comité Permanente da APN. Cabe ao Conselho de Estado decidir as datas para a mudança de jurisdição consoante as zonas.

23 Out 2019

Hengqin | Proposta prevê que a RAEM passa a gerir fronteira

[dropcap]O[/dropcap] Governo da RAEM deverá passar a ter a responsabilidade do posto transfronteiriço da ilha de Hengqin. É o que consta da proposta que foi ontem analisada na 14º sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN). A garantia foi dada pelo vice-director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, Deng Zhonghua.
A proposta inclui a autorização de gestão concedida pelo Governo Central à RAEM nas zonas do Posto Fronteiriço da Ilha da Montanha, Ponte Flor de Lótus, ponte de ligação entre a Universidade de Macau e o posto fronteiriço de Hengqin (excluindo o cais), e o espaço reservado para a extensão do metro ligeiro e o posto fronteiriço de Hengqin.
Esta autorização deverá vigorar até ao dia 19 de Dezembro de 2049, ano em que chega ao fim o período de semi-autonomia do território determinado na Declaração Conjunta, assinada em 1987. Esse prazo poderá ser renovado por decisão do Comité Permanente da APN. Cabe ao Conselho de Estado decidir as datas para a mudança de jurisdição consoante as zonas.

23 Out 2019

Religião | Ng Kuok Cheog pede respeito por símbolos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong escreveu uma interpelação a pedir ao Governo que tome medidas para garantir que os símbolos religiosos são respeitados na RAEM. Foi desta forma que o deputado pró-Democracia reagiu ao caso das celebrações da criação da República Popular da China, quando os símbolos do partido foram projectados sobre a fachada das Ruínas de São Paulo.

Ng recordou que a projecção resultou em várias críticas por parte dos cidadãos que se sentiram desrespeitados e questionou o Executivo sobre o que vai ser feito para evitar a repetição de casos semelhantes.

Ainda neste sentido, o legislador pergunta igualmente se o Executivo tem planos para implementar mecanismos de auscultação pública nos casos em que pretenda fazer projecções sobre edifícios qualificados como património mundial. Na mesma interpretação, Ng Kuok Cheong pede ao Governo que reconheça que a projecção foi erro.

23 Out 2019

Religião | Ng Kuok Cheog pede respeito por símbolos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong escreveu uma interpelação a pedir ao Governo que tome medidas para garantir que os símbolos religiosos são respeitados na RAEM. Foi desta forma que o deputado pró-Democracia reagiu ao caso das celebrações da criação da República Popular da China, quando os símbolos do partido foram projectados sobre a fachada das Ruínas de São Paulo.
Ng recordou que a projecção resultou em várias críticas por parte dos cidadãos que se sentiram desrespeitados e questionou o Executivo sobre o que vai ser feito para evitar a repetição de casos semelhantes.
Ainda neste sentido, o legislador pergunta igualmente se o Executivo tem planos para implementar mecanismos de auscultação pública nos casos em que pretenda fazer projecções sobre edifícios qualificados como património mundial. Na mesma interpretação, Ng Kuok Cheong pede ao Governo que reconheça que a projecção foi erro.

23 Out 2019

Lionel Leong admite que crescimento económico seja afectado “por turbulência”

A economia de Macau pode ser contaminada pela instabilidade financeira que afecta os mercados mundiais e pela turbulência de “mercados próximos”. Como solução para contornar a conjuntura, Lionel Leong aponta a parcerias com o mundo lusófono

 

[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lionel Leong, admitiu em declarações à Lusa que o crescimento económico de Macau poderá ser afectado “por turbulências” no mundo e nos “mercados próximos”.

Quando questionado sobre se os protestos e confrontos em Hong Kong poderiam afectar a economia de Macau, Lionel Leong, sem nunca se referir directamente àquela situação, respondeu:

“A longo prazo, Macau depende definitivamente do crescimento económico do nosso país, China. Sobre isto não há dúvidas. Mas, a curto prazo (…) a turbulência está a acontecer, não só à volta do mundo, mas perto do nosso mercado”.

“Há coisas novas que estão a acontecer, as quais são imprevisíveis. Durante os mandatos há sempre turbulência, com maior ou menor intensidade. Então, cada Governo, no mundo, tem de se preparar para este tipo de turbulência. Esta mudanças podem ser um desafio […], depende da forma como as enfrentamos, e como as atacamos ou como as superamos”, acrescentou, em declarações à Lusa, à margem de um evento em Lisboa.

Ponte para Lisboa

Porém, Lionel Leong acredita que as “fortes fundações” da economia de Macau assegurarão um caminho cada vez “melhor”. E quando a procura crescer os investimentos “vão chegar”, destacando-se também os da área financeira, defendeu.

O que para aquele responsável representa “também a mais importante oportunidade para os negócios entre os países de língua portuguesa e a China”. Macau pode ajudar às ligações entre Cantão, ou Hong Kong, por exemplo, à América Latina, através de Portugal e do Brasil, ou a Moçambique, Angola, e outros países africanos de língua portuguesa, também através do mercado português, diz o ainda secretário para a Economia e Finanças daquele território.

“Isto é a plataforma de Macau, a que chamamos de serviços financeiros” entre a China e os países de língua portuguesa, afirmou.

Por isso, deixou uma mensagem de encorajamento para que mais pessoas de Macau venham a Portugal, com o objectivo de investir neste país, porque a China “tem muitos tipos de empresas, especialmente as nacionais, que têm milhões de dólares de lucros por ano e todo o interesse em investir nos mercados de língua portuguesa”, mas precisam de um parceiro. Esse parceiro é Portugal: “Macau e Portugal podem fazer isso”.

“Temos amigos portugueses, parceiros estratégicos, e os investidores chineses de mãos dadas com investidores portugueses podem explorar as oportunidades nos países de língua portuguesa”, defendeu Lionel Leong.

23 Out 2019

Lionel Leong admite que crescimento económico seja afectado "por turbulência"

A economia de Macau pode ser contaminada pela instabilidade financeira que afecta os mercados mundiais e pela turbulência de “mercados próximos”. Como solução para contornar a conjuntura, Lionel Leong aponta a parcerias com o mundo lusófono

 
[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lionel Leong, admitiu em declarações à Lusa que o crescimento económico de Macau poderá ser afectado “por turbulências” no mundo e nos “mercados próximos”.
Quando questionado sobre se os protestos e confrontos em Hong Kong poderiam afectar a economia de Macau, Lionel Leong, sem nunca se referir directamente àquela situação, respondeu:
“A longo prazo, Macau depende definitivamente do crescimento económico do nosso país, China. Sobre isto não há dúvidas. Mas, a curto prazo (…) a turbulência está a acontecer, não só à volta do mundo, mas perto do nosso mercado”.
“Há coisas novas que estão a acontecer, as quais são imprevisíveis. Durante os mandatos há sempre turbulência, com maior ou menor intensidade. Então, cada Governo, no mundo, tem de se preparar para este tipo de turbulência. Esta mudanças podem ser um desafio […], depende da forma como as enfrentamos, e como as atacamos ou como as superamos”, acrescentou, em declarações à Lusa, à margem de um evento em Lisboa.

Ponte para Lisboa

Porém, Lionel Leong acredita que as “fortes fundações” da economia de Macau assegurarão um caminho cada vez “melhor”. E quando a procura crescer os investimentos “vão chegar”, destacando-se também os da área financeira, defendeu.
O que para aquele responsável representa “também a mais importante oportunidade para os negócios entre os países de língua portuguesa e a China”. Macau pode ajudar às ligações entre Cantão, ou Hong Kong, por exemplo, à América Latina, através de Portugal e do Brasil, ou a Moçambique, Angola, e outros países africanos de língua portuguesa, também através do mercado português, diz o ainda secretário para a Economia e Finanças daquele território.
“Isto é a plataforma de Macau, a que chamamos de serviços financeiros” entre a China e os países de língua portuguesa, afirmou.
Por isso, deixou uma mensagem de encorajamento para que mais pessoas de Macau venham a Portugal, com o objectivo de investir neste país, porque a China “tem muitos tipos de empresas, especialmente as nacionais, que têm milhões de dólares de lucros por ano e todo o interesse em investir nos mercados de língua portuguesa”, mas precisam de um parceiro. Esse parceiro é Portugal: “Macau e Portugal podem fazer isso”.
“Temos amigos portugueses, parceiros estratégicos, e os investidores chineses de mãos dadas com investidores portugueses podem explorar as oportunidades nos países de língua portuguesa”, defendeu Lionel Leong.

23 Out 2019

ONU | Estudo revela que quem cruza o Mediterrâneo voltaria a fazê-lo

Quase todos os imigrantes que cruzam o Mediterrâneo para entrar de forma irregular na Europa indicaram que voltariam a fazê-lo, apesar dos perigos, segundo um estudo apresentado ontem pelas Nações Unidas (ONU). Entretanto, o número mortes na travessia do Mediterrâneo desceu para mais de metade este ano

 

[dropcap]A[/dropcap]penas 2 por cento das quase 2.000 pessoas entrevistadas disse que teria permanecido no seu país de origem ao conhecer os riscos que enfrentava.

Isto, apesar de 93 por cento dos entrevistados reconhecer estar em perigo durante a sua viagem, de acordo com os dados recolhidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Com o objectivo de entender melhor as motivações dos africanos que decidem emigrar para a Europa de forma irregular, a agência da Nações Unidas (ONU) recolheu depoimentos de 1.970 pessoas de 39 países africanos que actualmente residem em 13 países europeus e que não procuram asilo ou protecção, mas que migraram por outros motivos.

A idade média dos participantes no estudo era de 24 anos quando chegou à Europa, e 94 por cento tinha menos de 35 anos. Os emigrantes que ainda não tinham 18 anos completos quando fizeram a travessia totalizam 18 por cento.

“A juventude dos emigrantes indica restrições no acesso a oportunidades em África por parte dos mais novos. As gerações mais novas esbarraram nas escassas hipóteses de perseguir os seus sonhos e aspirações, nem de conseguir corresponder a realidade às suas perspectivas de vida e das suas famílias no contexto dos seus países de origem”, lê-se no relatório que acompanha o estudo.

Para o administrador do PNUD, Achim Steiner, o estudo mostra que a migração é uma consequência do ritmo de desenvolvimento na África, que, apesar dos progressos, permanece desigual e não é suficientemente rápido para responder às aspirações de muitas pessoas. Assim, o relatório conclui que a maior parte das pessoas que emigra da África para a Europa não é pobre no contexto africano e possui níveis de educação acima da média, com a maioria a trabalhar ou a estudar no momento da sua partida.

Quase dois terços dos entrevistados indicaram que se sentia tratado de forma injusta pelo seu Governo e muitos assinalaram a etnia ou ideias políticas como o motivo. Uma grande maioria, 77 por cento, disse achar que a sua voz não seria ouvida no seu país ou que o sistema político não permitia influenciar de forma alguma no Governo. Assim, 41 por cento dos inquiridos mencionaram que “nada” teria mudado a sua decisão de emigrar.

Um dos inquiridos para o estudo, aponta razões bem práticas para controlar o fluxo de emigrantes que arriscam tudo e se fazem à perigosa viagem marítima rumo à Europa. “A ideia de tentar reduzir o peso da emigração passa por olhar para as suas causas. São as políticas governamentais que conduzem as pessoas à pobreza, nada se desenvolve. As escolas não existem, a saúde pública é uma miséria, e reina a corrupção e a repressão”, diz Serge.

Ajudar quem ficou

“Dentro de cinco anos vejo-me de regresso ao meu país. Há cinco anos que a minha família não se vê. Portanto, um dia destes teremos de nos reunir outra vez. Quando regressar ao meu país será para ficar”, perspectiva Mahamadou, um dos inquiridos para o estudo que tem uma visão partilhada por muitos emigrantes africanos. Aliás, o estudo revela que para a maioria, o objectivo não é estabelecer-se no país de destino, mas regressar posteriormente a casa.

A vergonha de não poder enviar fundos para os seus familiares é um factor chave para quem decide não retornar, uma vez que 53 por cento dos entrevistados realçaram que receberam algum tipo de apoio financeiro para pagar a sua viagem. Quando estão na Europa, 78 por cento envia dinheiro para as suas famílias, em média um terço do que ganha mensalmente, o que representa 85 por cento do que recebia no seu país de origem.

“Quem tem uma família tem de assegurar que têm comida, abrigo, medicamentos e educação. Eu tenho uma filha muito nova e há quem pergunte que tipo de pai sou para deixar a minha filha e mulher para trás. Mas que tipo de pai seria se tivesse ficado e não lhes pudesse dar uma vida decente?”, questiona Yerima, um dos participantes no estudo, cujo nome a ONU não divulgou para proteger a sua identidade.

As mulheres, de acordo com o estudo do PNUD, ganham, em média, mais que os homens e enviam mais dinheiro para as suas casas, uma situação que contrasta com a que têm na África, onde o seu rendimento é significativamente menor que o dos homens. Uma vez na Europa, as mulheres tendem a ganhar 11 por cento mais que os homens, uma inversão em relação ao que se passava nos países de origem, onde os homens ganhavam, em média, mais 26 por cento. “O objectivo foi fazer dinheiro. Pensei na minha mãe, pai, nas minhas irmãs. Quis ajudá-las, foi por isso que vim para a Europa”, revela outra participante no estudo, identificada como Drissa.

Outro indicador revelado pelo estudo refere-se à exposição à criminalidade. Neste parâmetro, as emigrantes do sexo feminino revelaram maior probabilidade de serem vítimas de crimes, nos seis meses anteriores ao inquérito, do que os homens. Probabilidade que aumenta significativamente quando estão em causa crimes de natureza sexual.

Sem futuro

O relatório alerta que a migração está a deixar o continente africano sem muitas pessoas com mais aspirações, precisamente aquelas que beneficiaram dos progressos de desenvolvimento das últimas décadas.

Nesse sentido, o estudo adverte que, embora a imigração tenha sido reduzida recentemente, é provável que, à medida que a África continue a avançar, haja cada vez mais pessoas que queiram emigrar.

Os especialistas do PNUD fazem uma série de recomendações, incluindo a expansão de oportunidades na África, dando mais poder aos jovens para decidirem o caminho dos países ou criarem economias mais inclusivas. Além disso, aconselham o aumento dos canais legais de migração, facilitando uma migração “circular” que permite que os africanos trabalhem do outro lado do Mediterrâneo, ganhem dinheiro e depois retornem aos seus países de origem e também regularizem as pessoas que já estão na Europa.

Várias organizações dentro das Nações Unidas têm destacado a necessidade de investir fortemente em soluções que resolvam o problema do desemprego e da falta de oportunidades dos jovens. A probabilidade de desemprego aumenta para o dobro se quem procura trabalho em África for jovem, com variações significativas de país para país, de acordo com um estudo do Banco Africano de Desenvolvimento.

O continente africano tem cerca de 420 milhões de jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 35 anos. Deste universo, um terço está no desemprego numa situação desencorajadora, outro terço está numa situação de precariedade laboral, ou sente a estabilidade do seu trabalho em risco. Entre os inquiridos, apenas um em cada seis é remunerado.

Mar cemitério

Na semana passada, as autoridades italianas apuraram que, pelo menos, 12 pessoas se afogaram num naufrágio ocorrido nas águas perigosas ao largo da Ilha de Lampedusa. A mórbida descoberta surgiu uma semana depois das autoridades italianas terem resgatado 22 sobreviventes de um barco que originalmente transportava meia centena. À altura, foram recuperados os corpos de 13 emigrantes do sexo feminino, onde se incluía o corpo de uma criança de 12 anos. Depois de ouvidos os testemunhos dos sobreviventes, ficou claro que várias dezenas de pessoas, incluindo 8 crianças, permaneciam desaparecidas.

Este tipo de situação tornou-se normal nos últimos anos no mar de mediterrâneo, apesar de 2019 ter sido um ano de redução tanto nas chegadas como nas fatalidades.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, entidade que pertence à ONU, até 13 de Agosto de 2019 entraram na Europa 43.584 emigrantes e refugiados, uma descida de quase 31 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, quando chegaram ao continente europeu 63.142 pessoas.

Também as mortes baixaram. Segundo os dados da Organização Internacional para as Migrações, até 13 de Agosto deste ano, perderam a vida na travessia do Mediterrâneo 844 pessoas, o que corresponde a um decréscimo de quase 55 cento face ao mesmo período de 2018, quando o número de casualidades se fixou em 1.541.

23 Out 2019