Hoje Macau SociedadeCasinos | Peso do jogo ‘vale’ mais de metade do sector terciário [dropcap]O[/dropcap] peso da actividade do jogo em Macau voltou a crescer em 2018 e já ‘vale’ mais de metade do sector terciário, que também aumentou e representa 95,8 por cento da economia do território, anunciaram ontem fontes oficiais. De acordo com a Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o peso do sector terciário na economia de Macau cresceu de 94,9 por cento em 2017 para 95,8 por cento em 2018. Deste sector, as “lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogo” representam 50,5 por cento, um crescimento de 1,5 pontos percentuais em relação a 2017. O valor acrescentado bruto (VAB) de todos os ramos de actividade económica de Macau registou em 2018 uma subida real de 5,8 por cento, a qual foi impulsionada pelos acréscimos das ‘lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos’”, pode ler-se no comunicado da DSEC. Só o VAB do jogo aumentou 10 por cento e o dos hotéis e similares 11,4 por cento, as maiores subidas no sector terciário, que registou em termos globais um acréscimo de 6,8 por cento. Os números avançados pela DSEC apontam para uma economia de Macau cada vez mais dependente do sector terciário: o peso do sector secundário no valor acrescentado bruto no total dos ramos de atividade económica foi em 2018 de 4,2 por cento, contra os 6,7 por cento de 2016 e os 5,1 por cento registados em 2017. A queda de 12,3 por cento do sector secundário deveu-se, de acordo com a DSEC, à diminuição do peso da construção, que apresentou um decréscimo de 14,7 por cento em relação a 2017, com o decréscimo a ser justificado com “a conclusão de sucessivas obras de hotéis e de grandes empreendimentos turísticos e de entretenimento”.
Hoje Macau SociedadeCasinos | Peso do jogo 'vale' mais de metade do sector terciário [dropcap]O[/dropcap] peso da actividade do jogo em Macau voltou a crescer em 2018 e já ‘vale’ mais de metade do sector terciário, que também aumentou e representa 95,8 por cento da economia do território, anunciaram ontem fontes oficiais. De acordo com a Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o peso do sector terciário na economia de Macau cresceu de 94,9 por cento em 2017 para 95,8 por cento em 2018. Deste sector, as “lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogo” representam 50,5 por cento, um crescimento de 1,5 pontos percentuais em relação a 2017. O valor acrescentado bruto (VAB) de todos os ramos de actividade económica de Macau registou em 2018 uma subida real de 5,8 por cento, a qual foi impulsionada pelos acréscimos das ‘lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos’”, pode ler-se no comunicado da DSEC. Só o VAB do jogo aumentou 10 por cento e o dos hotéis e similares 11,4 por cento, as maiores subidas no sector terciário, que registou em termos globais um acréscimo de 6,8 por cento. Os números avançados pela DSEC apontam para uma economia de Macau cada vez mais dependente do sector terciário: o peso do sector secundário no valor acrescentado bruto no total dos ramos de atividade económica foi em 2018 de 4,2 por cento, contra os 6,7 por cento de 2016 e os 5,1 por cento registados em 2017. A queda de 12,3 por cento do sector secundário deveu-se, de acordo com a DSEC, à diminuição do peso da construção, que apresentou um decréscimo de 14,7 por cento em relação a 2017, com o decréscimo a ser justificado com “a conclusão de sucessivas obras de hotéis e de grandes empreendimentos turísticos e de entretenimento”.
Hoje Macau SociedadeIAS | Concedidos mais de 359 milhões até Setembro [dropcap]F[/dropcap]oi ontem publicada em Boletim Oficial (BO) a lista dos apoios financeiros concedidos pelo Instituto de Acção Social (IAS), e que excederam os 359 milhões de patacas no terceiro trimestre. Destaque para os apoios concedidos ao Centro do Bom Pastor, liderado por Juliana Devoy, que recebeu cerca de 998 mil patacas em apoios. O Centro do Bom Pastor desenvolve trabalhos de apoio, sensibilização e divulgação da problemática da violência doméstica, dando abrigo a vítimas deste crime. A creche da Santa Casa da Misericórdia de Macau foi outra das entidades beneficiadas pelo IAS, tendo recebido mais de dois milhões de patacas não apenas referentes ao subsídio do terceiro trimestre do ano (no valor de 1,746 milhão de patacas), como ao financiamento de obras e aquisição de equipamentos, financiadas, respectivamente, em 71,300 mil patacas e 141,420 mil patacas. O Berço da Esperança, que dá apoio a crianças sem família, recebeu, a título de subsídio, 2,576 milhões de patacas, bem como 54,500 mil patacas na qualidade da segunda prestação do subsídio para despesas relativas ao plano de actividade anual. A Cáritas Macau, liderada pelo secretário-geral Paul Pun, continua a ser das instituições de cariz social que mais apoios recebe, por ter agregado à casa mãe uma série de entidades e actividades. O Centro de Apoio à Educação — Vida Triunfante da Cáritas Macau recebeu mais de 1,275 milhões de patacas para financiamento de actividades e plano anual. Já a Cáritas Macau recebeu mais de dois milhões de patacas para o financiamento de actividades de apoio a portadores de deficiência ou formação de pessoal.
Hoje Macau SociedadeIAS | Concedidos mais de 359 milhões até Setembro [dropcap]F[/dropcap]oi ontem publicada em Boletim Oficial (BO) a lista dos apoios financeiros concedidos pelo Instituto de Acção Social (IAS), e que excederam os 359 milhões de patacas no terceiro trimestre. Destaque para os apoios concedidos ao Centro do Bom Pastor, liderado por Juliana Devoy, que recebeu cerca de 998 mil patacas em apoios. O Centro do Bom Pastor desenvolve trabalhos de apoio, sensibilização e divulgação da problemática da violência doméstica, dando abrigo a vítimas deste crime. A creche da Santa Casa da Misericórdia de Macau foi outra das entidades beneficiadas pelo IAS, tendo recebido mais de dois milhões de patacas não apenas referentes ao subsídio do terceiro trimestre do ano (no valor de 1,746 milhão de patacas), como ao financiamento de obras e aquisição de equipamentos, financiadas, respectivamente, em 71,300 mil patacas e 141,420 mil patacas. O Berço da Esperança, que dá apoio a crianças sem família, recebeu, a título de subsídio, 2,576 milhões de patacas, bem como 54,500 mil patacas na qualidade da segunda prestação do subsídio para despesas relativas ao plano de actividade anual. A Cáritas Macau, liderada pelo secretário-geral Paul Pun, continua a ser das instituições de cariz social que mais apoios recebe, por ter agregado à casa mãe uma série de entidades e actividades. O Centro de Apoio à Educação — Vida Triunfante da Cáritas Macau recebeu mais de 1,275 milhões de patacas para financiamento de actividades e plano anual. Já a Cáritas Macau recebeu mais de dois milhões de patacas para o financiamento de actividades de apoio a portadores de deficiência ou formação de pessoal.
Hoje Macau SociedadeRAEM, 20 anos | Lei Ka Hei foi o primeiro bebé nascido depois da transição Nascido no dia 20 de Dezembro de 1999 no hospital Kiang Wu, Lei Ka Hei não acha nada de especial o facto de ter nascido no dia das cerimónias da transferência de soberania de Macau para a China. Hoje, o jovem deseja ser padeiro e lamenta não poder comprar uma habitação, problemática que atinge a sua geração [dropcap]O[/dropcap] primeiro bebé nascido em Macau depois da transferência quer hoje ser padeiro, uma tradição trazida pelos portugueses, mas de resto, Lei Ka Hei é o espelho de uma cidade transformada. Quinze minutos após a meia-noite do dia 20 de Dezembro de 1999, enquanto na Praça do Centro Cultural de Macau os altos dignitários de Portugal e da China assistiam à tradicional dança do leão e do dragão, nascia um bebé no Hospital Kiang Wu. Lei Ka Hei, nome que em chinês significa “Feliz Aurora”, tinha 3,49 quilos e veio ao mundo seis dias antes do previsto. “Talvez estivesse com pressa de vir ao mundo na mesma altura em que estava a nascer a Região Administrativa Especial de Macau”, disse na altura a mãe, Wong Pui Sim, à agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. Ka Hei, que entretanto escolheu o nome inglês Ray, só aos 13 anos soube que era o primeiro bebé nascido em Macau depois da transferência de poderes. “Na altura havia uma televisão local que me queria entrevistar. Eu perguntei porquê e só então a minha mãe me disse”, recorda o jovem. “Em dias normais não me sinto nada especial”, diz Ray à Lusa. A maior vantagem de ter nascido a 20 de Dezembro é a certeza de que “o aniversário calha sempre num feriado e logo aquele que dá início às férias de Natal”, acrescenta, com um sorriso. Uma nova Macau Ele pode não se sentir especial, mas Ray é emblemático de uma nova Macau, quase 20 anos após a transição. Os pais nasceram ambos na China continental, tal como 43,6 por cento da população da cidade, segundo dados oficiais. O jovem não tem a nacionalidade portuguesa, que foi apenas concedida a quem nasceu em Macau antes de 20 de Novembro de 1981. Ainda assim, e apesar de menos de 1 por cento da população ter ascendência portuguesa, há cerca de mais de 160 mil cidadãos portugueses registados junto do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. O pai de Ray é agente da Polícia de Segurança Pública, que ao contrário de 1999 não tem de se preocupar com a guerra das tríades que lutavam aos tiros nas ruas de Macau pelo domínio das salas de jogo VIP. A mãe trabalha como caixa num dos 39 casinos que sustentam a economia de Macau, fruto da liberalização do sector do jogo, anunciada em 2001 pelo primeiro Chefe do Executivo, Edmund Ho Hau-wah. Ray vai a meio de uma licenciatura em gestão culinária no Instituto de Formação Turística de Macau, enquanto o irmão mais velho está a estudar em Taiwan. “Ele foi a primeira pessoa da minha família a chegar à universidade”, sublinha. Fé no futuro A família do jovem foi uma das muitas a beneficiar da massificação do acesso ao ensino superior em Macau. Na véspera da transição, o ex-governador Carlos Melancia lamentava ao que a educação não tenha sido uma prioridade dos políticos. Em 1999, apenas 11,4 por cento dos trabalhadores tinham concluído o ensino superior, uma percentagem que disparou para 36,4 por cento em 2018. Apesar do curso ainda ir a meio, Ray tem já uma certeza: “Quero ser padeiro no futuro. Adoro fazer pão, croissants, etc.” O ‘bichinho’ da culinária surgiu logo aos nove anos. “Havia muitos livros lá em casa e alguns era livros de receitas. Um dia abriu um deles e pedi à minha mãe para me ajudar a fazer um ‘cheesecake’”, recorda. “Não quero correr grandes riscos, por exemplo abrindo o meu próprio negócio. Ainda terei muito para aprender”, sublinha o jovem. Além disso, o hábito de comer pão trazido pelos portugueses faz com que haja “muita competição, entre cafés, padarias e pastelarias”, acrescenta. Ele tem confiança em conseguir facilmente um emprego, por exemplo num dos enormes empreendimentos que juntam casinos, hotéis, restauração e retalho. Afinal, a taxa de desemprego em Macau é de apenas 1,8 por cento e segundo dados oficiais, o sector da hotelaria e restauração tinha no final de Março mais de 4.300 vagas por preencher. Embora o salário mediano seja de 17 mil patacas, já não chega para comprar um apartamento. “A habitação é um problema muito comum em Macau”, lamenta Ray, que ainda vive com os pais. Só desde 2011 o índice de preços da habitação aumentou 2,5 vezes, o que explica em parte a queda de 5 pontos na percentagem de famílias que detém casa própria. Numa cidade onde o Chefe do Executivo não é eleito por sufrágio universal, mas sim por um colégio eleitoral com apenas 400 elementos, Ray confessa abertamente “não perceber nada de política”. Mas não tem dúvidas que em 2049, ano em que terminam os 50 anos de transição, Macau “terá ainda mais gente”. Nos últimos 20 anos a população de Macau disparou de 430 mil para mais de 676 mil, sendo que a cidade recebeu ainda 35,8 milhões de visitantes em 2018. Não admira que Ray aponte o trânsito com um dos maiores problemas de Macau, com mais de 240 mil automóveis e motorizadas a circular.
Hoje Macau PolíticaCibersegurança | Discussão sobre Comissão terminada [dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo apresentou ontem parte do regulamento administrativo que vai definir o modo de funcionamento da Comissão para a Cibersegurança e do Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança (CARIC). O regulamento administrativo deve entrar em vigor a 22 de Dezembro, no mesmo dia que a Lei de Cibersegurança, devendo ser publicado em Boletim Oficial nos próximos dias. A Comissão para a Cibersegurança vai ser liderada pelo Chefe do Executivo e vai ter como vice-presidente o secretário para a Segurança.
Hoje Macau PolíticaCibersegurança | Discussão sobre Comissão terminada [dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo apresentou ontem parte do regulamento administrativo que vai definir o modo de funcionamento da Comissão para a Cibersegurança e do Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança (CARIC). O regulamento administrativo deve entrar em vigor a 22 de Dezembro, no mesmo dia que a Lei de Cibersegurança, devendo ser publicado em Boletim Oficial nos próximos dias. A Comissão para a Cibersegurança vai ser liderada pelo Chefe do Executivo e vai ter como vice-presidente o secretário para a Segurança.
Hoje Macau PolíticaPearl Horizon | Chui pressionado a resolver o problema [dropcap]A[/dropcap] Associação dos Proprietários do Pearl Horizon entregou uma carta ao Chefe do Executivo, Chui Sai On, a pedir que resolva a questão dos lesados do edifício antes de deixar o cargo, em Dezembro, de acordo com o Jornal Ou Mun. No documento Kou Meng Pok, presidente da associação, aponta que há mais de três mil proprietários lesados com a não construção do empreendimento do Pearl Horizon, mas que apenas dois mil foram registaram para poderem receber uma casa no mesmo terreno, onde era previsto ser concluído o empreendimento de luxo. Esta situação, segundo Kou, deve-se ao facto de muitos proprietários não terem feito o registo dentro do tempo previsto. A associação queixa-se igualmente, de que independentemente do número de fracções compradas, cada proprietário só pode receber um dos apartamentos disponíveis para troca.
Hoje Macau PolíticaAssinado novo acordo comercial com a China para maior liberalização [dropcap]C[/dropcap]hina e Macau assinaram ontem um novo acordo que reforça a liberalização do comércio a partir de 1 de Junho de 2020, anunciaram as autoridades em comunicado. O acordo vai aprofundar “o intercâmbio e a cooperação entre as duas partes em matéria económica e comercial, em prol do apoio e incentivo à participação dos vários sectores sociais de Macau na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, indicou a mesma nota divulgada pelo gabinete do secretário para a Economia e Finanças. O documento assinado pelo vice-ministro do Comércio chinês, Wang Bingnan, e o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, no âmbito do Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais (CEPA), “favorece a promoção do desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau”, acrescenta-se. O conteúdo “foi reorganizado e sintetizado”, conferindo uma “maior liberalização com base nas medidas existentes aplicadas nos sectores de serviços, em função dos vários fatores atuais, nomeadamente as alterações verificadas no ambiente económico internacional, as tendências das políticas de investimento do interior da China e o progresso de cooperação económica e comercial entre as duas partes”. Entrada facilitada Tudo isto, “produz efeitos positivos e incentivos para (…) Macau entrar no mercado do Interior da China”, já que se aumenta o número de serviços (62 para 69) aos quais é concedido “completo tratamento nacional”. Ou seja, os prestadores de serviços da região Administrativa Especial de Macau (RAEM) passam a ter um acesso ao mercado comercial do Interior da China, beneficiando das mesmas condições de acesso que os investidores chineses. Por outro lado, as alterações ao anterior acordo prevêem medidas de liberalização comercial que serão concretizadas “de forma pioneira na Grande Baía”, o projecto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong. Finalmente, foram ainda definidas outras medidas que visam “elevar o grau de liberalização no sector financeiro” para “criação de um ambiente de investimento mais favorável para os bancos e as empresas seguradoras de Macau”, pode ler-se no comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaONU apela a “diálogo inclusivo” entre sectores sociais e Governo de Hong Kong [dropcap]O[/dropcap] Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) instou ontem o Governo de Hong Kong para que reúna todos os sectores sociais “num diálogo inclusivo para procurar uma solução pacífica” para os protestos. “Instamos o Governo a redobrar os seus esforços para conciliar todos os sectores da sociedade, incluindo estudantes, empresários, líderes políticos e outros, num diálogo inclusivo para procurar uma solução pacífica para o descontentamento expresso por muitos cidadãos de Hong Kong”, pediu o porta-voz do ACNUDH, Rupert Colville. “A crescente violência de grupos de jovens envolvidos nos protestos” deixa a organização preocupada com um aumento das tensões no contexto do actual confronto na Universidade Politécnica de Hong Kong. Numa conferência de imprensa em Genebra, o porta-voz condenou a “violência extrema” de uma minoria dos participantes nos protestos que afectam a cidade há oito meses, “algo que é profundamente lamentável e com o qual não se pode consentir”. Colville pediu que “todos os envolvidos nos protestos renunciem ao uso da violência e a condenem” e, ao mesmo tempo, instou as autoridades de Hong Kong para fazerem todos os possíveis para reduzir as tensões no campus da universidade. A escalada As manifestações na região administrativa especial começaram como resultado de um controverso projecto-lei de extradição, já retirado pelo Governo, mas têm mudado até se converterem num movimento que pretende uma melhoria dos mecanismos democráticos de Hong Kong e uma oposição à crescente interferência da China. No entanto, alguns manifestantes optaram por tácticas mais radicais do que protestos pacíficos e os confrontos violentos com a polícia tornaram-se habituais. O epicentro das tensões nos últimos dias tem sido a Universidade Politécnica, onde vários manifestantes barricados no campus universitário confrontam as autoridades, que já prenderam 1.100 pessoas e apreenderam 3.900 ‘cocktails molotov’. Segundo Colville, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos continua preocupado com uma possível escalada da violência em Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaONU apela a "diálogo inclusivo" entre sectores sociais e Governo de Hong Kong [dropcap]O[/dropcap] Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) instou ontem o Governo de Hong Kong para que reúna todos os sectores sociais “num diálogo inclusivo para procurar uma solução pacífica” para os protestos. “Instamos o Governo a redobrar os seus esforços para conciliar todos os sectores da sociedade, incluindo estudantes, empresários, líderes políticos e outros, num diálogo inclusivo para procurar uma solução pacífica para o descontentamento expresso por muitos cidadãos de Hong Kong”, pediu o porta-voz do ACNUDH, Rupert Colville. “A crescente violência de grupos de jovens envolvidos nos protestos” deixa a organização preocupada com um aumento das tensões no contexto do actual confronto na Universidade Politécnica de Hong Kong. Numa conferência de imprensa em Genebra, o porta-voz condenou a “violência extrema” de uma minoria dos participantes nos protestos que afectam a cidade há oito meses, “algo que é profundamente lamentável e com o qual não se pode consentir”. Colville pediu que “todos os envolvidos nos protestos renunciem ao uso da violência e a condenem” e, ao mesmo tempo, instou as autoridades de Hong Kong para fazerem todos os possíveis para reduzir as tensões no campus da universidade. A escalada As manifestações na região administrativa especial começaram como resultado de um controverso projecto-lei de extradição, já retirado pelo Governo, mas têm mudado até se converterem num movimento que pretende uma melhoria dos mecanismos democráticos de Hong Kong e uma oposição à crescente interferência da China. No entanto, alguns manifestantes optaram por tácticas mais radicais do que protestos pacíficos e os confrontos violentos com a polícia tornaram-se habituais. O epicentro das tensões nos últimos dias tem sido a Universidade Politécnica, onde vários manifestantes barricados no campus universitário confrontam as autoridades, que já prenderam 1.100 pessoas e apreenderam 3.900 ‘cocktails molotov’. Segundo Colville, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos continua preocupado com uma possível escalada da violência em Hong Kong.
Hoje Macau EventosCCM | Peça “O Sr. Shi e o Seu Amante” em cena este fim-de-semana [dropcap]É[/dropcap] já este fim-de-semana que estreia a peça “O Sr. Shi e o Seu Amante” no Centro Cultural de Macau (CCM), com encenação de Tam Chi Chun. De acordo com uma nota oficial do CCM, as sete cenas desta peça de teatro incorporam “muitos elementos tradicionais do Ocidente e do Oriente para dar forma ao cenário espaço-temporal”. No entanto, o foco não é feito exclusivamente na ópera ocidental ou de Pequim. “Em vez disso, utilizamos o espaço que nos é concedido pelo arranjo e composição do teatro contemporâneo para reflectir a ideologia e o mundo interior das personagens. Finalmente, esperamos que as questões levantadas em O Sr. Shi e o Seu Amante deixem o público a ponderar sobre relações interpessoais, orientação sexual, valor artístico, nacionalismo e amor”, acrescenta a mesma nota. “O Sr. Shi e o Seu Amante” é inspirado na história real de Shi Pei Pu, um cantor de ópera chinesa, e Bernard Boursicot, um diplomata francês. Os dois viveram uma relação romântica na altura em que Boursicot exercia funções na China e, no início da relação, Shi anunciou que estava grávida e que o pai seria Boursicot. Em 1983 o diplomata foi acusado de passar informação confidencial aos chineses através de Shi, e o casal foi detido pelo governo francês, acusado de espionagem. O julgamento que se seguiu produziu títulos na imprensa internacional graças a um pormenor singular: ao longo do processo, foi revelado que Shi era um homem e que Boursicot acreditou tratar-se de uma mulher ao longo de 20 anos de relacionamento.
Hoje Macau EventosCCM | Peça “O Sr. Shi e o Seu Amante” em cena este fim-de-semana [dropcap]É[/dropcap] já este fim-de-semana que estreia a peça “O Sr. Shi e o Seu Amante” no Centro Cultural de Macau (CCM), com encenação de Tam Chi Chun. De acordo com uma nota oficial do CCM, as sete cenas desta peça de teatro incorporam “muitos elementos tradicionais do Ocidente e do Oriente para dar forma ao cenário espaço-temporal”. No entanto, o foco não é feito exclusivamente na ópera ocidental ou de Pequim. “Em vez disso, utilizamos o espaço que nos é concedido pelo arranjo e composição do teatro contemporâneo para reflectir a ideologia e o mundo interior das personagens. Finalmente, esperamos que as questões levantadas em O Sr. Shi e o Seu Amante deixem o público a ponderar sobre relações interpessoais, orientação sexual, valor artístico, nacionalismo e amor”, acrescenta a mesma nota. “O Sr. Shi e o Seu Amante” é inspirado na história real de Shi Pei Pu, um cantor de ópera chinesa, e Bernard Boursicot, um diplomata francês. Os dois viveram uma relação romântica na altura em que Boursicot exercia funções na China e, no início da relação, Shi anunciou que estava grávida e que o pai seria Boursicot. Em 1983 o diplomata foi acusado de passar informação confidencial aos chineses através de Shi, e o casal foi detido pelo governo francês, acusado de espionagem. O julgamento que se seguiu produziu títulos na imprensa internacional graças a um pormenor singular: ao longo do processo, foi revelado que Shi era um homem e que Boursicot acreditou tratar-se de uma mulher ao longo de 20 anos de relacionamento.
Hoje Macau EventosCinema | Filme português “A Herdade” na edição deste ano do IFFAM [dropcap]F[/dropcap]oi ontem anunciado que a quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM, na sigla inglesa), que acontece entre os dias 5 e 10 de Dezembro, conta com um programa actualizado que inclui o filme português “A Herdade”, de Tiago Guedes, que tem recebido inúmeros elogios em Portugal e que estreou no Festival de Cinema de Veneza. O filme, protagonizado por Albano Jerónimo, conta a história de um proprietário de uma herdade em pleno Alentejo que passa por um tumulto causado pelo 25 de Abril, sem esquecer a tragédia da própria família. O cartaz do IFFAM inclui também o filme “I’m Livin It”, com direcção de Wong Hing-Fan e protagonizado por Aaron Kwok, estrela do cinema de Hong Kong. Aaron Kwok foi o Embaixador Talento do IFFAM o ano passado e, no filme, actua ao lado de Miriam Yueng, que foi Embaixadora Talento do IFFAM em 2017. “Dark Waters”, de Todd Haynes, é outro dos filmes incluídos no programa do festival, protagonizado pelos actores Mark Ruffalo e Anne Hathaway. Esta será a apresentação especial de Hollywood da edição deste ano do IFFAM. O mais recente filme de Terrence Malick, “A Hidden Life”, também integra o cartaz deste ano do IFFAM. A película conta a história de um jovem austríaco, muito católico, de nome Franz Jagerstatter, que se recusa a lutar a favor dos Nazis na II Guerra Mundial. O filme estreou no Festival de Cinema de Cannes, sendo esta a sua estreia na Ásia. “Flowers of Shanghai”, de Hou Hsiao-hsien, a versão deste clássico datada de 1998, será exibida no festival como apresentação especial do Festival Internacional de Cinema de Xangai. O filme remete para o século XIX em que jovens cortesãs recebiam propostas de homens em “casas de flores”. Na secção “Escolha do Director” o destaque é para “Blow-Up”, que será apresentado pelo seu director Wang Xiaoshuai no dia 9 de Dezembro. Na secção “Novo Cinema Chinês” destaque ainda para o filme “Over the Sea”.
Hoje Macau EventosCinema | Filme português “A Herdade” na edição deste ano do IFFAM [dropcap]F[/dropcap]oi ontem anunciado que a quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM, na sigla inglesa), que acontece entre os dias 5 e 10 de Dezembro, conta com um programa actualizado que inclui o filme português “A Herdade”, de Tiago Guedes, que tem recebido inúmeros elogios em Portugal e que estreou no Festival de Cinema de Veneza. O filme, protagonizado por Albano Jerónimo, conta a história de um proprietário de uma herdade em pleno Alentejo que passa por um tumulto causado pelo 25 de Abril, sem esquecer a tragédia da própria família. O cartaz do IFFAM inclui também o filme “I’m Livin It”, com direcção de Wong Hing-Fan e protagonizado por Aaron Kwok, estrela do cinema de Hong Kong. Aaron Kwok foi o Embaixador Talento do IFFAM o ano passado e, no filme, actua ao lado de Miriam Yueng, que foi Embaixadora Talento do IFFAM em 2017. “Dark Waters”, de Todd Haynes, é outro dos filmes incluídos no programa do festival, protagonizado pelos actores Mark Ruffalo e Anne Hathaway. Esta será a apresentação especial de Hollywood da edição deste ano do IFFAM. O mais recente filme de Terrence Malick, “A Hidden Life”, também integra o cartaz deste ano do IFFAM. A película conta a história de um jovem austríaco, muito católico, de nome Franz Jagerstatter, que se recusa a lutar a favor dos Nazis na II Guerra Mundial. O filme estreou no Festival de Cinema de Cannes, sendo esta a sua estreia na Ásia. “Flowers of Shanghai”, de Hou Hsiao-hsien, a versão deste clássico datada de 1998, será exibida no festival como apresentação especial do Festival Internacional de Cinema de Xangai. O filme remete para o século XIX em que jovens cortesãs recebiam propostas de homens em “casas de flores”. Na secção “Escolha do Director” o destaque é para “Blow-Up”, que será apresentado pelo seu director Wang Xiaoshuai no dia 9 de Dezembro. Na secção “Novo Cinema Chinês” destaque ainda para o filme “Over the Sea”.
Hoje Macau EventosMúsico português José Mário Branco morreu ontem aos 77 anos Nome marcante da música de intervenção em Portugal, sobretudo no período da Revolução do 25 de Abril, José Mário Branco faleceu ontem com 77 anos de idade, vítima de um acidente vascular cerebral. Durante décadas cantou com outros nomes sonantes da música portuguesa [dropcap]O[/dropcap] músico, compositor e cantor José Mário Branco morreu esta terça-feira aos 77 anos. A notícia foi confirmada à Agência Lusa pelo seu manager, Paulo Salgado. Nascido no Porto, em Maio de 1942, José Mário Branco é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, em particular no período da Revolução de Abril de 1974, cujo trabalho se estende também ao cinema, ao teatro e à acção cultural. Sempre achou, como disse no disco lançado em 1976, que A Cantiga é uma Arma. Foi fundador do Grupo de Acção Cultural (GAC), fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades e colaborou na produção musical para outros artistas, nomeadamente Camané, Amélia Muge, Samuel e Nathalie. O último álbum de originais, “Resistir é vencer”, data já de 2004. Depois disso, José Mário Branco participou no projecto Três Cantos, ao lado de Sérgio Godinho e Fausto Bordalo Dias, que resultou numa série de concertos, um álbum e um DVD. José Mário Branco editou o primeiro longa-duração, “Mudam-se os tempos mudam-se as vontades”, ainda no exílio em França, em 1971, musicando textos de Natália Correia, Alexandre O’Neill, Luís de Camões e Sérgio Godinho. O músico foi militante do Partido Comunista Português, foi perseguido pela Polícia de Intervenção e Defesa do Estado (PIDE), associada ao Estado Novo de Salazar, e exilou-se em França em 1963, só regressando a Portugal em 1974. Os 50 anos de vida musical do autor português são marcados a partir da gravação em 1967 do primeiro EP, “Seis cantigas de amigo”, editado dois anos depois pelos Arquivos Sonoros Portugueses. A edição de “Ser solidário”, de 1982, inclui a gravação de “FMI”, uma das composições mais célebres de José Mário Branco, focada na crise económica portuguesa vivida no início da década de 80. Em 2016, José Mário Branco assegurou a direcção musical do filme “Alfama em si”, de Diogo Varela Silva. A vida de José Mário Branco foi passada em revista, com a participação do próprio músico, no documentário “Mudar de vida”, de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo. Recordar e viver Em 2018, José Mário Branco cumpriu meio século de carreira, tendo editado um duplo álbum com inéditos e raridades, gravados entre 1967 e 1999. A edição sucede à reedição, no ano anterior, de sete álbuns de originais e um ao vivo, de um período que vai de 1971 e 2004. Este ano, mais de dez artistas, como Osso Vaidoso, Ermo, Camané ou Walkabouts interpretaram temas de José Mário Branco, num disco-tributo. “O objetivo era mostrar a plasticidade da música do Zé Mário Branco, é muito abrangente e inspirou muita gente de várias gerações. A obra dele é um mundo”, afirmou à agência Lusa Rui Portulez, produtor executivo do álbum. “Depois de José Afonso, é este José o nome mais importante a fixar na música de intervenção, em particular, e como referência incontornável da música portuguesa, em geral”, afirma Rui Portulez num dos textos que acompanham o álbum. Em 2018, em declarações à Lusa, José Mário Branco dizia que não dava qualquer importância a efemérides e celebrações de datas redondas. “Não são coisas que me motivem muito, tenho respeito pelo respeito das pessoas, mas essas histórias das efemérides…”, afirmou. O compositor não mostrava, então, pressas em gravar coisas novas, por preferir trabalhar para outros músicos – “Não me sinto menos interessado por não ser eu a cantar” – e a isto juntava ainda uma certa resistência em subir a um palco. “Comecei a sentir-me um bocado museológico em cima do palco. Há uns tempos que eu não faço concertos nem recitais, mas felizmente não paro de trabalhar e de fazer coisas de que gosto imenso”, disse. Em Agosto, a RTP1 estreou um documentário sobre José Mário Branco, que fez parte da série de produções “Vejam Bem”. O episódio encontra-se disponível na plataforma RTP Play. “Um lutador” O Presidente da República lamentou ontem a morte do músico José Mário Branco, aos 77 anos, lembrando-o como “um lutador” na oposição à ditadura e depois da revolução e uma voz “inconfundível” de uma “geração de Abril”. Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu José Mário Branco como alguém “sempre insatisfeito”, para quem “havia uma parte de Abril que estava por realizar”. “E, nesse sentido, foi um símbolo de resistência, um símbolo de luta, um símbolo de esperança e um símbolo de permanente exigência à democracia portuguesa”, considerou o chefe de Estado. “Um resistente” A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou ontem a morte do músico e produtor José Mário Branco, dizendo que “resistir, em Portugal, terá sempre um disco [seu] como banda sonora”. Numa mensagem publicada na conta oficial do ministério, na rede social Twitter, José Mário Branco é lembrado como um “nome maior da música portuguesa” e uma “voz de luta e de intervenção”. “[A] Ministra da Cultura lamenta profundamente a morte de José Mário Branco, nome maior da música portuguesa. Voz de luta e de intervenção, o seu legado é intemporal e é património colectivo”, acrescentou, na mesma mensagem.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Despesas de visitantes caíram 17,2% [dropcap]N[/dropcap]o terceiro trimestre deste ano a despesa total dos visitantes (excluindo a despesa no jogo) cifrou-se em 15,20 mil milhões de patacas, ou seja, uma quebra de 17,2 por cento, em termos anuais. A despesa total dos turistas (12,19 mil milhões de patacas) e a dos excursionistas (3,01 mil milhões de patacas) desceram 20 e 3,2 por cento, respectivamente, em termos anuais. Nos três primeiros trimestres deste ano a despesa total dos visitantes atingiu 47,83 mil milhões de patacas, correspondendo a um decréscimo de 6,7 por cento, face ao mesmo período do ano passado. A despesa total dos turistas (37,39 mil milhões de patacas) diminuiu 9,4 por cento, enquanto a dos excursionistas (10,45 mil milhões de patacas) registou um acréscimo homólogo de 4,6 por cento. O resultado foi impulsionado pelo aumento significativo de 30,6 por cento do número de excursionistas, segundo comunicado emitido pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A despesa per capita dos visitantes situou-se em 1.532 patacas, menos 24,9 por cento, em termos anuais, registando-se decréscimos homólogos nos últimos quatro trimestres. Quanto ao tipo de despesas, as compras foi onde gastara mais (45,2 por cento do total), seguindo do alojamento (26,9 por cento) e alimentação (20,5 por cento).
Hoje Macau SociedadeAnalistas estimam que este será o pior mês de receitas dos casinos [dropcap]A[/dropcap]s correctoras Nomura e Sanford C. Bernstein Ltd. estimam que Novembro será o mês de 2019 com maiores quebras nas receitas dos casinos de Macau devido ao pessimismo dos consumidores chineses provocados por factores macroeconómicos. “Os protestos em Hong Kong podem ter causado problemas nos transportes e nas visitas para Hong Kong, mas acreditamos que o impacto da turbulência nas receitas será pequeno”, pode-se ler na nota da Sanford Bernstein, citada pelo portal GGRAsia. Igualmente, indicações de gestores de casinos e analistas de investimento comentaram que a situação na região vizinha tem tido pouco ou nenhum impacto nas receitas. Os analistas da Nomura estimam que as receitas brutas das concessionárias de jogo sofram quebras entre os 8 e 10 por cento durante o mês de Novembro, quando comparado com o período homólogo em 2018. Por outras palavras, a maior contração mensal de 2019. Até agora, Agosto tinha sido o mês com maiores quebras de receitas, quando foram arrecadadas 24.26 mil milhões de patacas, uma descida de 8,6 por cento em relação a Agosto de 2018. Em relação aos resultados do corrente mês, os analistas da Nomura destacam as estimativas para as quebras do segmento VIP, algo que reforça a tese de que Hong Kong não está a ter impacto, uma vez que os apostadores que compram pacotes turísticos que englobam as duas regiões administrativas especiais alimentam o mercado de massas. De acordo com a avaliação dos analistas da Sanford, entre 11 e 17 de Novembro o segmento de massas registou ganhos menores a 10 por cento, enquanto o sector VIP teve quebras mais de 30 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. Jogo da moeda Na análise da Nomura, durante o mesmo período de sete dias, as receitas do segmento de massas caíram entre 8 e 10 por cento ao ano, enquanto as receitas apuradas pelo sector VIP registaram quebras entre os 31 e 32 por cento. “Prevemos que as receitas brutas para o mês se situem entre 22.5 mil milhões e 23 mil milhões de patacas”, estimam os analistas. Além do enfraquecimento da economia chinesa, sente-se o efeito de outros factores nas receitas. O continuado declínio de valor da moeda chinesa é outro dos factores com influência. A Sanford Bernstein nota mesmo a correlação histórica entre as receitas do jogo e as taxas cambiais do renminbi, Dólar de Hong Kong e Dólar americano.
Hoje Macau PolíticaDeputado Lei Chan U questiona peso excessivo das mochilas dos alunos [dropcap]L[/dropcap]ei Chan U interpelou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) sobre as medidas que estão a ser implementadas para reduzir o peso nas mochilas dos alunos. O deputado citou um estudo que revela que mais de 75 por cento dos alunos tem peso a mais nas suas mochilas, além de que, quanto menor é o ano de escolaridade, mais peso o estudante carrega. Como exemplo, o estudo revela que, no primeiro ano de escolaridade primária, os alunos chegam a carregar um peso superior ao peso corporal em 20 por cento. Lei Chan U está também preocupado com o facto de os alunos não dormirem as oito horas de sono diárias recomendadas, dado o excesso de trabalhos de casa pedidos pelos professores. Desta forma, o deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau pede que a DSEJ elimine o regulamento que determina o número de trabalhos de casa constante no “Guia de Funcionamento das Escolas”.
Hoje Macau China / ÁsiaPapa visita Tailândia e Japão para pedir desarmamento nuclear e reforçar relações [dropcap]O[/dropcap] desarmamento nuclear global, a luta contra o tráfico de pessoas e uma homenagem às pequenas comunidades católicas da Tailândia e Japão são os objetivos mais políticos da visita que o papa inicia hoje à Ásia. A viagem terá como ponto alto a visita às cidades japonesas de Nagasaki e Hiroshima, onde se deverá encontrar com sobreviventes das bombas atómicas ali lançadas pelos Estados Unidos em 1945. Francisco foi, até hoje, o papa que mais condenou o uso e a propriedade de armas nucleares e deverá repetir o apelo quando visitar as duas cidades, depois de, numa mensagem de vídeo divulgada no domingo, ter afirmado esperar que “o poder destrutivo das armas nucleares nunca mais seja utilizado”. A vontade de visitar as duas cidades tomou forma em 2017, depois de Francisco ver, pela primeira vez, uma fotografia captada em 1945 pelo fotógrafo norte-americano Joseph Roger O’Donnell, a seguir ao bombardeamento de Nagasaki. A imagem mostra um menino com o seu irmão morto às costas à espera de vez para o levar para o crematório. No último dia desse ano, o papa enviou a fotografia para a imprensa com a mensagem “o fruto da guerra”, pedindo que se falasse dos perigos de uma guerra nuclear. Os bombardeamentos – a 6 de agosto de 1945 em Hiroshima e a 9 de agosto do mesmo ano em Nagasaki – provocaram a capitulação do Japão e o fim da segunda Guerra Mundial, a 15 de agosto, mas também a morte de mais de 220 mil pessoas. Além dos sobreviventes das bombas atómicas, o papa pretende também prestar homenagem às vítimas do desastre de março de 2011 na central nuclear de Fukushima. Nesse ano, um terramoto de magnitude 9 provocou um ‘tsunami’ que cortou a energia na central nuclear e suspendeu o sistema de refrigeração, obrigando a deslocar 100 mil pessoas e deixando um rasto de radioatividade por toda a região. Os bispos japoneses reagiram pedindo, em 2016, a abolição de toda a energia nuclear. “Desejamos que Francisco fale sobre energia nuclear, já que apela frequentemente à proteção do ambiente”, disse o bispo Michael Goro Matsuura. A visita à Ásia servirá também para o papa reforçar os laços entre religiões, em dois países onde os católicos representam uma ínfima parte da população: 0,59% dos 65 milhões de tailandeses e 0,42% dos 126 milhões de japoneses. No entanto, tanto os tailandeses como os japoneses esperam fervorosamente que o papa aborde uma outra questão na sua visita: o respeito pela vida, quer através da condenação do tráfico humano na Tailândia, quer pela defesa do fim da pena de morte no Japão. A Tailândia foi classificada pelas Nações Unidas como um dos mais importantes destinos de tráfico de pessoas, mas também fonte primordial de trabalho forçado e de escravatura sexual. No Japão, os católicos esperam que Francisco se oponha à pena de morte e que se encontre com Iwao Hakamada, um antigo ‘boxeur’ e ativista dos direitos humanos que está no corredor da morte há quase 50 anos. Uma posição sobre Hong Kong O protocolo das visitas papais poderá ainda permitir a Francisco tomar uma posição sobre os protestos em Hong Kong e reforçar as delicadas relações com Pequim. Habitualmente, o papa envia mensagens aos líderes dos países por onde o seu avião passa, o que quer dizer que o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, deverá receber algumas no sábado, quando a comitiva papal atravessar os territórios de Taiwan e Hong Kong, na viagem de Banguecoque para Tóquio. Além de toda esta agenda pastoral e política, o papa Francisco também tem um objetivo pessoal para cumprir nesta viagem. Na sua juventude, Jorge Bergoglio, o nome “terreno” do papa Francisco, queria ser missionário jesuíta no Japão. Um desejo que, se não fosse ter tido uma doença pulmonar, teria alterado o destino do papa, que nunca teria chegado a pontífice da Igreja Católica. No livro-entrevista “O Jesuíta”, dos jornalistas argentinos Sérgio Rubin e Francesca Ambrogetti, Francisco confessou que foi o seu espírito missionário que o levou a juntar-se à Companhia de Jesus e pedir para ir para o Japão, tendo sido afastado devido a uma infeção que o obrigou a retirar parte de um pulmão. O fascínio do papa pelo Japão não advém só da atração generalizada dos jesuítas por aquele país, mas também da sua admiração pela história do cristianismo nesse país, “que se manteve vivo apesar das perseguições sofridas nos séculos XVI e XVII”. “De certa maneira, esta viagem será a realização de um sonho”, afirmou o diretor da Asianews, afiliada da agência noticiosa do Vaticano, Bernardo Cervellera. Atualmente, existem cerca de 536 mil cristãos no Japão, de acordo com o Vaticano, e o número de baptismos tem diminuído dramaticamente, passando de 7.193 em 2006 para 518 em 2018. Esta é a 32.ª viagem de Francisco enquanto papa e a quarta à Ásia, depois de ter ido às Filipinas e Sri Lanka em 2014, à Coreia do Sul em 2015 e ao Bangladesh e Myanmar em 2016.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Novo chefe da polícia toma posse com aprovação de Pequim [dropcap]O[/dropcap] novo chefe da polícia de Hong Kong, nomeado por Pequim, vincou hoje ser da responsabilidade das autoridades policiais “manter a lei e a ordem” na região semiautónoma chinesa e pediu a compreensão da população. No discurso da tomada de posse, Chris Tang Ping-keung apontou como prioridade refutar as “notícias falsas” que têm manchado a imagem das forças policiais, cujo propósito é “manter a lei e a ordem” no território mergulhado numa grave crise social. De acordo com a emissora local RTHK, o comissário foi questionado pelos jornalistas sobre a recente atuação da polícia, na sequência de acusações de uso excessivo de força durante os quase seis meses de protestos na antiga colónia britânica. Sobre esta matéria, Tang disse apenas que tem assistido a uma “maciça infração da lei em Hong Kong” e que um determinado setor da sociedade “admite essas atividades ilegais”, pelo que a polícia “tem de fazer cumprir a lei”. O novo comissário assegurou ainda que vai proteger e apoiar os agentes aquando da aplicação da lei. Um discurso que se alinha com as palavras do Presidente chinês, Xi Jinping, que na semana passada disse “apoiar fortemente” o governo de Hong Kong e a polícia, ao considerar que a tarefa mais importante, agora, é “acabar com a violência e restaurar a ordem”. Tang está na polícia há mais de 30 anos e substitui Lo Wai-chung, que se reforma ao final de 35 anos de serviço. O Governo de Hong Kong afirmou que a nomeação de Tang foi feita “por recomendação e nomeação” da chefe do Executivo, Carrie Lam, mas com a aprovação final do Conselho de Estado chinês. Um processo similar à eleição do chefe do Executivo, por sufrágio indireto, uma das cinco reivindicações dos manifestantes. Além do direito de nomear e eleger diretamente o chefe do Executivo, os manifestantes exigem também a criação de uma comissão de inquérito para investigar as acusações de brutalidade policial. Sobre isto, o novo comissário disse acreditar que o atual Conselho Independente de Queixas da Polícia é o mais adequado para o efeito.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Turismo em Macau e Shenzhen prejudicado pela crise política, diz co-fundador da AirAsia [dropcap]A[/dropcap] transportadora aérea de baixo custo AirAsia disse ontem que as viagens turísticas para Macau e Shenzhen estão a ser afetadas pela crise em Hong kong, já que muitos turistas procuram os três destinos na mesma viagem. “Sim, é mau”, disse o cofundador da transportadora aérea, Tony Fernandes, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg. Muitos turistas pretendem visitar os três destinos durante a mesma viagem, e o facto de um deles estar a viver momentos de grande instabilidade prejudica os outros dois, apontou o empresário, notando que a procura turística de Macau e Shenzhen está a cair. Na sexta-feira, a Malásia emitiu um aviso aos cidadãos relativamente aos confrontos que se têm verificado em Hong Kong. O número de turistas a visitar o território tem caído, escreveu a Bloomberg, sem apresentar dados concretos, mas afirmando que também a transportadora de bandeira, a Cathay Pacific, está a ressentir-se da crise, vendendo menos bilhetes para este destino. A contestação política foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. A proposta foi, entretanto, formalmente retirada, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, Carrie Lam, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Turismo em Macau e Shenzhen prejudicado pela crise política, diz co-fundador da AirAsia [dropcap]A[/dropcap] transportadora aérea de baixo custo AirAsia disse ontem que as viagens turísticas para Macau e Shenzhen estão a ser afetadas pela crise em Hong kong, já que muitos turistas procuram os três destinos na mesma viagem. “Sim, é mau”, disse o cofundador da transportadora aérea, Tony Fernandes, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg. Muitos turistas pretendem visitar os três destinos durante a mesma viagem, e o facto de um deles estar a viver momentos de grande instabilidade prejudica os outros dois, apontou o empresário, notando que a procura turística de Macau e Shenzhen está a cair. Na sexta-feira, a Malásia emitiu um aviso aos cidadãos relativamente aos confrontos que se têm verificado em Hong Kong. O número de turistas a visitar o território tem caído, escreveu a Bloomberg, sem apresentar dados concretos, mas afirmando que também a transportadora de bandeira, a Cathay Pacific, está a ressentir-se da crise, vendendo menos bilhetes para este destino. A contestação política foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. A proposta foi, entretanto, formalmente retirada, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, Carrie Lam, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.
Hoje Macau EventosThis Is My City | Conan Osiris em Macau e Zhuhai no fim do mês [dropcap]O[/dropcap] cantor português Conan Osiris estreia-se, no final de Novembro, em Macau e na cidade chinesa de Zhuhai no âmbito do festival This Is My City, um artista que a organização diz estar ansiosa por receber. O “percurso particular”, a “singularidade do trabalho e o impacto que tem em Portugal” são razões mais do que suficientes para deixar “ansiosos” os organizadores, disse ontem à Lusa o co-fundador do festival Manuel Correia da Silva. “Não é um artista consensual, mas também nenhum é”, acrescentou, referindo-se ao artista português que vai actuar no dia 28 de Novembro em Zhuhai, e dois dias depois na RAEM. Conan Osiris (Tiago Miranda), de Lisboa, ganhou mediatismo este ano ao vencer o Festival da Canção, com a canção “Telemóveis”, com a qual representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em Telavive, Israel. Este ano, venceu a categoria Revelação na primeira edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa, uma iniciativa da associação PassMúsica, que representa artistas, bandas e editoras discográficas e pretende premiar a melhor música consumida em Portugal. O festival decorre em Macau e Zhuhai, entre os dias 25 e 30 de Novembro.