Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | ONU pede fim de transacções com Myanmar O relator especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Birmânia (Myanmar), Thomas Andrews, pediu ontem à Tailândia para suspender as transacções financeiras com a Junta Militar, impedindo a compra de armamento. Perante uma comissão parlamentar em Banguecoque, Andrews recordou que a Tailândia é neste momento o primeiro aliado financeiro da Junta Militar, no poder em Myanmar, e que usa os bancos tailandeses para adquirir armamento que é utilizado contra civis. O relator especial da ONU assinalou que a Junta Militar está neste momento afectada pelas ofensivas armadas das forças da oposição sendo que o Exército pretende multiplicar os ataques contra os civis que se encontram sob o abrigo de hospitais e mosteiros. Andrews considera o plano dos militares do Myanmar uma “brutalidade sem fim”. Assim, alertou que a “Junta pretende destruir (partes) do país que não pode controlar”. Na intervenção parlamentar, que está a ser divulgada através das redes sociais, Andrews referiu-se ao relatório apresentado pelas Nações Unidas há duas semanas e que “demonstra” que as transacções com vista à compra de armas, através da Tailândia, atingiram os 60 milhões de dólares entre 2022 e 2023 e 120 milhões de dólares entre 2023 e o primeiro semestre de 2024. O responsável das Nações Unidas recordou que os fundos são canalizados através de transacções complicadas e intermediários que compram componentes para helicópteros e aviões de guerra, assim como armas usadas para atacar a população civil. “Os bancos tailandeses podem não ter consciência do aumento significativo das transacções cujos fundos provêm da Junta Militar para material bélico sofisticado usado para atacar civis”, disse. O relator recordou que Singapura conseguiu reduzir drasticamente este tipo de transacções após uma investigação ao sistema bancário local. Após a publicação do relatório da ONU, o Banco Central da Tailândia afirmou que as entidades do país obedecem às leis internacionais sobre lavagem de capitais, apesar de se ter comprometido a investigar em caso de se verificarem irregularidades. Caos instalado Na Birmânia, os grupos armados da oposição têm alcançado “algumas vitórias militares em várias regiões do país”. As Forças de Defesa do Povo Mandalay e a guerrilha Ta’ang, que se opõem à Junta Militar, anunciaram ontem que tomaram uma cidade da província de Mandalay, norte, tendo apreendido 600 armas e munições, além de peças de artilharia. Esta ofensiva faz parte da segunda fase da “operação 1027” lançada no dia 25 de Junho no norte e nordeste do país. Na primeira fase da operação, que teve início em 27 de Outubro de 2023, vários guerrilheiros e milícias capturaram numerosos alvos no Estado de Shan, tendo os combates alastrado posteriormente a outras partes do país. O golpe militar de 2021 pôs fim a dez anos de transição democrática agravando as situações de violência, com milhares de jovens a juntarem-se a grupos armados que lutam contra o Exército.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul vai produzir nova arma para combater ‘drones’ norte-coreanos A Coreia do Sul vai produzir um novo tipo de arma laser para abater drones norte-coreanos, anunciou ontem a Administração do Programa de Aquisições de Defesa (DAPA), que apelidou a tecnologia de “Projecto Guerra nas Estrelas”. Parte dos esforços do país para modernizar a capacidade defensiva face aos avanços do armamento norte-coreano, este novo sistema está a ser desenvolvido desde 2019, com um custo de 87,1 mil milhões de won (cerca de 58 milhões de euros). A empresa Hanwha Aerospace é a fornecedora deste novo sistema capaz de “neutralizar alvos irradiando-os directamente com uma fonte de luz laser gerada por fibra óptica”, explicou a DAPA em comunicado. A arma é capaz de “defender contra pequenos veículos aéreos não tripulados e multirotores [outro tipo de ‘drones’] a curta distância”, de acordo com a DAPA. Assim que for utilizada, a Coreia do Sul torna-se o primeiro país a operar uma arma deste tipo. Prevê-se que isso aconteça este ano, acrescentou a agência sul-coreana. Defesa reforçada A arma necessita apenas de electricidade para funcionar e o raio laser emitido não é visível ao olho humano, nem emite qualquer som. O exército sul-coreano começou a reforçar a capacidade de defesa contra ‘drones’ depois de cinco aparelhos da Coreia do Norte terem atravessado a fronteira entre os dois países, em Dezembro de 2022, um dos quais sobrevoou o norte de Seul antes de voltar para trás. Os militares sul-coreanos enviaram aviões e helicópteros para localizar e abater os outros quatro ‘drones’ nas imediações da ilha de Ganghwa, mas acabaram por perder os aparelhos de vista devido à sua pequena dimensão – menos de três metros de largura. O incidente marcou um pico de tensão na península coreana e pôs em causa a preparação de Seul para incursões destes aparelhos não tripulados.
Hoje Macau China / ÁsiaInterpol | Pequim extradita para os EUA fugitivo procurado A polícia chinesa entregou ontem à congénere dos Estados Unidos um fugitivo que constava na lista da Interpol, por crimes sexuais contra menores, no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai, no leste da China. O indivíduo, de apelido Scott e acusado de crimes de abuso de menores nos Estados Unidos, foi extraditado, em mais um episódio de colaboração entre as forças policiais chinesas e norte-americanas nos últimos meses, informou a televisão estatal CCTV. O fugitivo estava na lista da Interpol desde Outubro de 2018, depois de ser procurado pelas autoridades norte-americanas desde Maio de 2014. Foi detido pela polícia chinesa na sequência de uma investigação, que concluiu que não tinha cometido crimes sexuais contra menores em solo chinês. Fontes do Ministério da Segurança Pública chinês, citadas pela CCTV, afirmaram que as autoridades policiais chinesas e norte-americanas realizaram recentemente “uma série de acções de cooperação prática nos domínios da luta contra o narcotráfico, repatriamento de imigrantes ilegais, localização de fugitivos e combate ao crime transnacional”. Em Junho passado, uma operação conjunta entre as autoridades chinesas e norte-americanas resultou na detenção, na China, de um homem suspeito de operar um negócio ilegal de câmbio de moeda e de branqueamento de capitais ligado ao tráfico de droga. Em Janeiro último, realizou-se a primeira reunião do Grupo de Trabalho EUA-China de Luta contra a Droga, que marcou o reinício da cooperação bilateral nesta área entre as duas potências, após o encontro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, em Novembro do ano passado, em São Francisco, Califórnia.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | PR guineense reafirma respeito por “Uma só China” Umaro Sissoco Embaló enalteceu a iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota que, segundo o Presidente guineense, contribui para um futuro da humanidade mais partilhado, contrariando a lógica de segurança imposta pelo Ocidente que estimula o confronto entre as nações O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse ontem, em Pequim, apreciar o “valioso apoio de longo prazo da China” para o desenvolvimento do seu país e reafirmou o respeito pelo princípio ‘Uma só China’. O princípio ‘Uma só China’ é visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território. China e Guiné-Bissau estabeleceram relações diplomáticas em 1974‚ mas estas foram interrompidas entre 1990 e 1998. “A Guiné-Bissau respeita firmemente o princípio de ‘Uma só China’”, afirmou o chefe de Estado guineense, durante um encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, segundo um despacho difundido pela agência de notícias oficial Xinhua. Sissoco Embaló disse ainda apoiar os “principais conceitos e iniciativas globais” lançados por Pequim, incluindo a “construção de uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade e a Iniciativa Faixa e Rota”. A noção de “comunidade com um futuro partilhado”, lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, visa contrariar a arquitectura de segurança erguida pelo Ocidente depois da Segunda Guerra Mundial. Pequim acusa a doutrina ocidental de estimular o confronto entre blocos e minar a estabilidade em diferentes partes do mundo. Designado pelo Presidente chinês como o “projecto do século”, a Iniciativa Faixa e Rota foi inicialmente apresentada no Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda. Na última década, no entanto, a Faixa e Rota adquiriu dimensão global, à medida que mais de 150 países em todo o mundo aderiram ao programa. A aproximação entre Pequim e os países envolvidos abarca um incremento das consultas políticas e cooperação no âmbito do ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos de circulação monetária, visando elevar o papel da moeda chinesa, o yuan, nas trocas comerciais. Mãos dadas A Faixa e Rota envolveu também a fundação de instituições que rivalizam com agências estabelecidas como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional. Citado pela Xinhua, Umaro Sissoco Embaló disse que a Guiné-Bissau “aprecia sinceramente o valioso apoio de longo prazo da China para o seu desenvolvimento económico e social”, e que “está disposta a reforçar ainda mais a cooperação prática com a China em vários domínios, como a economia, o comércio e a construção de infraestruturas”. O primeiro-ministro chinês disse que Pequim está disposta a trabalhar com Bissau para “consolidar e aprofundar a confiança mútua política, expandir a cooperação mutuamente benéfica, alcançar melhor o desenvolvimento comum e trazer mais benefícios para os dois povos”. “A China apoia o povo da Guiné-Bissau na exploração independente de um caminho de desenvolvimento adequado às suas condições nacionais e apoia a Guiné-Bissau na salvaguarda da sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento”, afirmou Li Qiang, citado pela Xinhua. O primeiro-ministro chinês disse ainda que a China está “disposta a importar mais produtos agrícolas de qualidade da Guiné-Bissau” e que o Governo chinês “incentiva as suas empresas a expandir o investimento na Guiné-Bissau”. “A China espera que a Guiné-Bissau continue a fornecer conveniência e apoio” aos seus investimentos, frisou. “A China está pronta a reforçar os intercâmbios interpessoais e a cooperação com a Guiné-Bissau em matéria de cuidados médicos, saúde e educação, e dá as boas-vindas a mais estudantes guineenses excepcionais para estudar na China.”
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Militares promovem “retificação” após casos recentes A Comissão Militar Central da China anunciou ontem que o Exército chinês vai ser submetido a um processo de “retificação” como parte da sua “missão de prontidão para combate”, após recentes casos de corrupção nas suas fileiras. Em comunicado, a Comissão afirmou que o Exército de Libertação Popular deve “continuar a rectificar a sua ideologia, pessoal, organização, estilo e disciplina, concentrando-se nos comités do partido de alto nível e nos quadros superiores”, a fim de garantir que “mantém sempre a sua natureza e objectivo” e “ousa sempre lutar e vencer”. A Comissão defendeu que esta importante tarefa política exige uma “determinação inabalável” e “acções concretas”. “Temos de integrar os nossos esforços na luta, na preparação para a guerra e na construção do exército. Além disso, temos de consolidar a liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) e atingir o grande objectivo de construir um exército forte”, afirmou. O processo de rectificação incluirá uma “revisão completa” das políticas e práticas militares, bem como a promoção de “um sentido de disciplina e responsabilidade” entre o pessoal. O anúncio foi feito duas semanas depois de a direcção do PCC ter expulsado o antigo ministro da Defesa Li Shangfu, que foi demitido no ano passado sem qualquer explicação e é agora acusado de crimes de corrupção. O PCC revelou que foi aberta uma investigação sobre Li em Agosto do ano passado, um processo que concluiu que o antigo ministro “violou a disciplina política” ao procurar “benefícios através de negócios pessoais para si e para outros”. “Abusou das suas posições para conseguir benefícios para outros, aceitando grandes somas de dinheiro e bens valiosos em troca, e também se descobriu que ofereceu dinheiro a outros para obter benefícios”, afirmou o órgão anticorrupção do partido.
Hoje Macau China / ÁsiaChongqing | Inundações fazem seis mortos As fortes chuvas que caíram na cidade de Chongqing, no centro da China, causaram seis mortes ontem, informou a imprensa local. Quatro das vítimas perderam a vida devido a catástrofes geológicas, enquanto duas pessoas foram arrastadas pelas águas das cheias, resultando na sua morte por afogamento, informou a televisão estatal CCTV. Vídeos que circulam nas redes sociais do país asiático mostram o elevado nível dos rios Jialing e Yantgtsé ao atravessarem a cidade, que tem mais de 30 milhões de habitantes. O Ministério da Gestão de Emergências da China revelou recentemente que o país enfrenta um risco acrescido de catástrofes naturais para o mês de Julho e uma “situação séria e complexa” ao entrar no período das cheias. Nas últimas semanas, as fortes chuvas provocaram a retirada de centenas de milhares de pessoas em províncias como Anhui e Cantão, e o rebentamento de uma barragem na província de Hunan. Nos últimos Verões, as catástrofes meteorológicas causaram grandes estragos no país asiático: os meses de Verão de 2023 foram marcados por inundações em Pequim que causaram mais de 30 mortos, enquanto em 2022, várias ondas de calor extremas e secas atingiram o centro e o leste do país. Em Julho de 2021, chuvas de intensidade inédita em décadas fizeram cerca de 400 mortos na província de Henan, no centro do país, que o Governo chinês atribuiu a uma “falta de preparação e de percepção dos riscos” por parte das autoridades locais.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Jornal diz que NATO precisa de criar inimigos para sustentar existência A publicação do Partido Comunista Chinês não poupa nas críticas à organização militar ocidental que acusa de fomentar conflitos na Ásia – Pacífico e de ser na realidade uma “máquina de guerra” Um jornal do Partido Comunista Chinês (PCC) afirmou ontem que a NATO “precisa de criar continuamente mais inimigos e crises para sustentar a sua existência”, acusando a aliança “incitar conflitos” na região da Ásia – Pacífico. “Não vamos especular sobre se a NATO chegará viva ao seu 76.º aniversário, mas é certo que a NATO não avançará pacificamente para o futuro”, escreveu em editorial o Global Times, jornal em inglês do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC. “Não satisfeita com a divisão da Europa, a NATO está também a tentar incitar conflitos e confrontos na região da Ásia – Pacífico”, acrescentou. O editorial surge após os líderes da NATO, reunidos numa cimeira em Washington, terem expressado “profunda preocupação” com a aproximação entre Rússia e China, denunciando o apoio de Pequim ao esforço de guerra da Rússia na Ucrânia. A China “está agora a desempenhar um papel decisivo na guerra da Rússia contra a Ucrânia”, acrescentaram, apelando para que Pequim “na sua qualidade de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (…) cesse o seu apoio material e político ao esforço de guerra russo”. “Não passam de clichés”, reagiu o Global Times. “A expansão contínua da NATO na Europa e o seu alcance na região Ásia – Pacífico visam infiltrar a política de grupo e o pensamento de confronto na integração regional e na globalização económica”, acusou. A “verdadeira natureza” Na quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, congratulou-se com o facto de o comunicado da sua organização ter sido o mais forte sobre a China “alguma vez adoptado” pela organização. O Global Times defendeu que a “chamada segurança da NATO é feita à custa da segurança de outros países” e que “muitas das ‘ansiedades de segurança’ propagandeadas pela NATO são criadas pela própria organização”. “A NATO é o produto da confrontação de campos e da política de grupo e está na contramão da tendência global geral, bem como das aspirações dos povos”, apontou o Global Times. “Por muito que tente apresentar-se como uma ‘organização de manutenção da paz’, não consegue esconder a sua verdadeira natureza de ‘máquina de guerra’”, acusou.
Hoje Macau EventosFestival Convimus | Música no Porto em homenagem ao Oriente O Festival Internacional de Música Convimus regressa ao Porto, de 17 a 23 de Julho, com mais de 100 músicos de 20 nacionalidades para “valorizar a cultura e criar uma verdadeira comunidade mundial de artistas”, anunciou ontem a organização. A quinta edição do evento inclui concertos, ‘masterclasses’, um concurso internacional de violino e de música de câmara e exposições, tendo como “ponto alto” o concerto de Tiago Nacarato, que se vai juntar à Orquestra Sinfónica Amasing, sob direcção do maestro Eliseu Silva, para um “espectáculo improvável e arrojado que promete surpreender todos os espectadores”, segundo o comunicado. Outro dos destaques do festival é o Concurso Internacional de Violino e de Música de Câmara, dirigido a músicos com menos de 25 anos, que vai atribuir prémios no valor de mais de quatro mil euros. Este ano, explica a organização, o Festival Internacional de Música Convimus presta homenagem à ligação de Portugal com o Oriente e comemora efemérides como os 50 anos do 25 de Abril, os 25 anos da transição da administração portuguesa do território de Macau para a China, os 45 anos das relações entre Portugal e a China e os 500 anos do nascimento de Camões. O evento conta ainda com ‘masterclasses’ de violino, música de câmara, viola, piano e violoncelo, que serão leccionadas por músicos nacionais e internacionais e também com uma exposição, na Universidade Lusíada Porto, de peças de Fernando Salvatore Lima, o único português fabricante de violinos em Cremona, reconhecido internacionalmente pela produção de instrumentos da “mais alta qualidade”, que podem atingir preços de 60 mil euros. A entrada para os concertos e actividades do evento, com excepção do concerto de Tiago Nacarato com a Orquestra Sinfónica AMASING, é gratuita. O Festival Internacional de Música Convimus é organizado pela AMASING – Associação Musical, Artística e Social Impulsionadora de Novas Gerações, uma associação cultural criada em 2019, apoiada pela União de Freguesias de Aldoar Foz do Douro e Nevogilde.
Hoje Macau SociedadeMPay | PJ alerta para novo tipo de fraude A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um alerta sobre um novo tipo de fraude relativo à aplicação da MPay. O caso foi descoberto depois de várias pessoas terem denunciado a situação após se candidatarem a uma vaga de emprego como freelancers, cuja função seria “gostar” de publicações nas redes sociais. “Durante o processo, seguiram as instruções e forneceram os dados das suas contas MPay, senhas e códigos de verificação para desempenharem aquelas funções até que, posteriormente, não conseguiram continuar com as tarefas, acabando por desistir”, lê-se na nota. Mais tarde, as pessoas perceberam que já não conseguiam aceder às contas MPay, e que desconhecidos teriam acedido ao saldo. Desde o início deste mês, “pelo menos dez cidadãos foram enganados com métodos deste género, com perdas totais próximas de 140 mil patacas”. A PJ explica que, mediante a colocação de falsos anúncios, os burlões “recolhem as informações da conta MPay das vítimas através do site de phishing, roubando as contas e transferindo todo o dinheiro disponível na conta”.
Hoje Macau SociedadeSA | Verificador alfandegário suspenso por conduzir alcoolizado O verificador alfandegário que teve um acidente quando conduzia alcoolizado, numa altura em que estava inibido de conduzir, foi suspenso de funções. A informação foi divulgada através do portal do secretário para a Segurança. A duração da suspensão não foi revelada: “Os Serviços de Alfândega já instauraram um processo disciplinar contra o referido agente, tendo-lhe sido aplicada a medida de suspensão preventiva de funções” foi comunicado. O caso foi despoletado a 14 de Janeiro deste ano, quando o agente dos SA teve um acidente quando conduzia uma moto na Estrada Governador Albano de Oliveira, a caminho no trabalho. O verificador teve um acidente rodoviário quando perdeu o controlo da moto. No local, as autoridades descobriram que não só o homem apresentava um nível de álcool no sangue “superior ao limite legal”, mas que também estava inibido de conduzir. O processo disciplinar chegou assim ao fim. Em relação a eventuais responsabilidades criminais, ainda não existem informações. Em Janeiro, de acordo com o portal do secretário Wong Sio Chak, o “verificador alfandegário foi presente aos órgãos judiciais por suspeita da prática do crime de ‘condução em estado de embriaguez ou sob influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas’ e do ‘crime de desobediência qualificada’”, foi frisado.
Hoje Macau PolíticaCECE | 348 residentes elegíveis para colégio eleitoral Um total de 348 residentes candidataram-se para a eleição dos membros do colégio eleitoral que escolhe o Chefe do Executivo, intitulada Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo (CECE). O processo de candidaturas terminou no dia 2 e, após apreciação da Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo (CAECE), as listas com os nomes finais dos candidatos elegíveis será afixada hoje no Edifício Administração Pública, na Rua do Campo, para consulta. Nos termos da Lei Eleitoral para o Chefe do Executivo, os 344 membros da CECE oriundos de sete sectores e subsectores são eleitos. No primeiro sector industrial, comercial e financeiro foram apresentadas 120 candidaturas; no segundo sector, 26 candidaturas do subsector cultural, 31 do subsector educacional, 43 do subsector profissional e 17 do subsector desportivo. Quanto ao terceiro sector, foram apresentadas 61 candidaturas no subsector do trabalho, e 50 no subsector dos serviços sociais. Além dos subsectores educacional e laboral em que o número de candidatos elegíveis excedeu mais dois candidatos para o seu número de membros, o número de candidatos elegíveis dos outros cincos sectores e subsectores é igual ao seu número de membros, aponta uma nota da CAECE. A lista definitiva, após o período de apresentação de recursos dos candidatos, será publicada dia 14 deste mês.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia | China pede à Tailândia para estar atenta à “expansão” da NATO O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, pediu ontem ao homólogo tailandês, Maris Sangiampongsa, “vigilância contra a expansão da NATO na região Ásia Pacífico”, numa altura em que Washington reforça os laços com países da região. Wang garantiu que Pequim quer trabalhar com a Tailândia para “proteger conjuntamente a paz e a segurança regionais”, sublinhando a “confiança mútua e o apoio recíproco” entre os dois países, “independentemente das mudanças na paisagem internacional”. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou igualmente o “vigoroso intercâmbio turístico” entre os dois países, com mais de três milhões de chineses a visitarem a Tailândia este ano e o número de turistas tailandeses na China a ultrapassar os níveis anteriores à pandemia. Wang reiterou a “elevada consideração” que a China tem pelas relações com a Tailândia, que considera um “parceiro fiável” e um “factor de paz e estabilidade na região”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado publicado no seu portal oficial. “A China apoia firmemente o caminho de desenvolvimento escolhido pela Tailândia, em conformidade com as suas condições nacionais, e apoia o seu desempenho mais significativo nos assuntos internacionais e regionais”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros. Sangiampongsa afirmou que a Tailândia “valoriza profundamente as relações com a China”, que considera um “parceiro estratégico”. O Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês garantiu que o seu governo está empenhado em “reforçar a amizade e a cooperação entre os governos, as empresas e os povos dos dois países, assegurando o desenvolvimento sustentável e duradouro das relações bilaterais”. As duas partes concordaram em reforçar a cooperação em matéria de segurança e de aplicação da lei.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Pelo menos quatro mortos devido a chuvas torrenciais As alterações climáticas continuam a produzir fenómenos sem precedentes nas várias regiões do globo. No Coreia do Sul, a precipitação atingiu valores históricos em diversas zonas do país Pelo menos quatro pessoas morreram devido a chuvas torrenciais sem precedentes que atingiram o sul da Coreia do Sul e causaram constrangimentos nos transportes, disseram ontem as autoridades. Na província de Jeolla do Norte, a chuva alcançou números históricos, atingindo 131,7 milímetros numa hora na cidade de Gunsan, 178 quilómetros a sul de Seul, a maior precipitação alguma vez registada no país. A precipitação horária representa mais de 10 por cento da média anual da cidade, que é de 1.246 milímetros. “Foi um nível de gravidade visto uma vez em cada 200 anos”, afirmou um funcionário da administração meteorológica da Coreia (KMA), citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. Na cidade vizinha de Hamna, foram registados 125,5 milímetros por hora, enquanto noutras cidades da região, a precipitação acumulada variou entre 104,5 milímetros e 255 milímetros entre a meia-noite e a passada madrugada. Na província de Chungcheong do Sul, as chuvas torrenciais provocaram a inundação de um edifício residencial na cidade de Nonsan, cerca de 180 quilómetros a sul da capital, causando um morto. Na cidade de Seocheon, uma casa ruiu devido a um aluimento de terras, provocando a morte de um septuagenário. Outro homem, na casa dos 70 anos, morreu no condado de Okcheon, na província de Chungcheong do Norte, depois do carro em que seguia ter caído num riacho. A quarta vítima mortal foi um agricultor, com cerca de 60 anos, da cidade de Daegu, uma das cidades mais populosas do território, que se afogou depois de ter sido sugado por um sistema de drenagem. As equipas de salvamento continuam à procura de pelo menos uma pessoa nesta província. Ligações suspensas As chuvas torrenciais também causaram perturbações e interrupções no sistema de transporte no sul do país. Todos os serviços ferroviários na linha Janghang, que serve a província de Chungcheong do Sul, e na linha Gyeongbuk, na província de Gyeongsang do Norte, foram suspensos, assim como as ligações regulares que fazem a rota entre Seul e Daegu. A chuva provocou ainda o cancelamento de 21 voos no aeroporto internacional de Gimhae, na cidade portuária de Busan, e o atraso de 16.
Hoje Macau China / ÁsiaExportações de carros aumentam e compensam queda no mercado interno As vendas de automóveis na China caíram em Junho, mas o dinamismo das exportações compensou o declínio a nível interno, informou ontem uma associação do sector. As vendas na China caíram 7,4 por cento, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 1,8 milhão de carros, enquanto as exportações subiram 29 por cento, para 400.000 unidades, disse a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis num relatório mensal. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações aumentaram 31,5 por cento, enquanto as vendas internas subiram 1,6 por cento. O aumento das exportações surge numa altura em que a Europa e os Estados Unidos estão cada vez mais preocupados com o facto de os automóveis baratos fabricados na China poderem ultrapassar os fabricantes de automóveis ocidentais. Embora grande parte da preocupação se tenha centrado nos carros eléctricos chineses, o crescimento das exportações tem-se concentrado principalmente nos veículos a gasolina. Estes aumentaram 36 por cento no primeiro semestre do ano e representaram 78 por cento das exportações de veículos. As exportações chinesas de veículos eléctricos diminuíram 2,3 por cento, enquanto as de veículos híbridos aumentaram 180 por cento, partindo de uma base mais pequena. As exportações ajudaram a compensar as vendas mais fracas de veículos a gasolina na China, uma vez que os compradores chineses passaram a preferir os veículos eléctricos e híbridos. Linha da frente A Rússia é, de longe, o maior mercado de exportação e continua a crescer rapidamente, com os fabricantes chineses a preencheram o vazio deixado pela saída de outros fabricantes de automóveis após a invasão russa da Ucrânia. Outros mercados importantes incluem o Brasil e o México na América Latina, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita no Médio Oriente e a Bélgica e o Reino Unido na Europa. A Comissão Europeia impôs taxas provisórias sobre as importações de veículos eléctricos chineses na semana passada, alegando que os subsídios governamentais dão aos fabricantes de automóveis da China uma vantagem injusta. Os fabricantes chineses estão a transferir a sua produção para o estrangeiro. A BYD, o maior fabricante de veículos eléctricos do país, abriu uma fábrica na Tailândia na semana passada e planeia construir fábricas no Brasil, Hungria e Turquia. A queda das vendas na China foi a segunda queda mensal consecutiva. Números separados tabulados pela Associação de Automóveis de Passageiros da China mostram três meses consecutivos de queda nas vendas.
Hoje Macau China / ÁsiaXinjiang | China e EAU em exercícios militares conjuntos O Ministério da Defesa chinês anunciou ontem que o Exército de Libertação Popular está actualmente a realizar exercícios militares conjuntos com o seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, no noroeste da China. Os exercícios tiveram início no final de Junho e prolongar-se-ão até ao final deste mês, informou o ministério em comunicado. O local escolhido para os exercícios é a região de Xinjiang. Os exercícios, denominados “Hawk Shield 2024”, são os segundos exercícios conjuntos entre os dois países. De acordo com o ministério, os exercícios têm como objectivo “promover a compreensão e a confiança mútuas, reforçar os intercâmbios e aumentar a cooperação estratégica” entre as forças armadas de ambos os países. Os primeiros exercícios conjuntos também tiveram lugar em Xinjiang, em Agosto de 2023, envolvendo as forças aéreas de ambos os exércitos. Os Emirados Árabes Unidos são um dos países árabes do Golfo tradicionalmente aliados dos Estados Unidos, mas também mantêm relações estreitas com a China, um dos destinos mais importantes das suas exportações de petróleo. Pequim tem procurado afirmar-se como o maior parceiro comercial do mundo árabe e um dos seus principais aliados políticos.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim diz que permitiu retirada de doente de navio filipino As autoridades chinesas anunciaram que permitiram que um homem doente fosse retirado de um navio de guerra filipino encalhado deliberadamente desde 1999 em águas disputadas. A guarda-costeira afirmou que se tratou de uma acção humanitária, enquanto os filipinos criticam a demora na autorização do auxílio prestado A guarda costeira chinesa disse ontem que permitiu a retirada pelas Filipinas de uma pessoa doente do navio de guerra filipino encalhado desde 1999 num recife de coral disputado por Pequim e Manila no Mar do Sul da China. O porta-voz da guarda costeira, Gan Yu, disse em comunicado que a retirada foi “permitida” por razões “humanitárias”. A tripulação vai-se revezando. “A guarda costeira chinesa efectuou a vigilância e a verificação de toda a operação do lado filipino, em conformidade com a lei”, disse Gan. O porta-voz acrescentou que a China “tem soberania incontestada” sobre as ilhas Spratly (conhecidas na China como Nansha) e o Atol Segundo Tomé (conhecido na China como Ren’ai, e pelas Filipinas como Ayungin). “As Filipinas ignoram os factos e fazem especulações maliciosas, induzindo deliberadamente em erro a opinião internacional”, sublinhou Gan. Em 1999, Manila encalhou deliberadamente o navio de guerra Sierra Madre para reforçar a sua reivindicação territorial. As Filipinas e a China mantêm uma disputa de soberania crescente no Mar do Sul da China, onde os confrontos entre navios dos dois países se têm multiplicado nos últimos meses. Um dos incidentes mais tensos ocorreu a 17 de Junho, nas águas adjacentes ao Atol de Ren’ai, quando elementos da guarda costeira chinesa cercaram e abordaram um navio filipino com a missão de abastecer o pequeno destacamento militar que as Filipinas mantêm no navio Sierra Madre. Em Maio passado, a China dotou a sua guarda costeira de novas capacidades, incluindo a autoridade para deter navios estrangeiros suspeitos de entrarem ilegalmente nas suas águas territoriais. A guarda costeira chinesa viu também a sua capacidade de acção reforçada do ponto de vista material, graças à atribuição de mais navios e a maior apoio logístico. Para além deste atol, Manila e Pequim disputam a soberania do recife de Scarborough, perto da ilha filipina de Luzon, e de várias ilhas do arquipélago de Spratly, onde o Brunei, a Malásia, e o Vietname também têm reivindicações. O outro lado As tensões entre a China e as Filipinas aumentaram desde a chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr., em 2022, que reforçou a sua aliança militar com os Estados Unidos e alargou o acesso das tropas norte-americanas às suas bases, incluindo algumas com acesso estratégico ao Mar do Sul da China ou à ilha de Taiwan. A guarda costeira das Filipinas acusou, entretanto, a China de “atrasar durante horas” a retirada do doente. “O envio de vários navios (chineses) para atrasar a retirada médica durante horas só mostra que têm pouco respeito por uma missão humanitária”, denunciou o porta-voz da guarda costeira filipina, Jay Tarriela, na rede social X. O representante de Manila acompanhou a sua declaração com uma fotografia que mostra dois pequenos barcos insufláveis filipinos rodeados por quatro navios chineses de maiores dimensões. Tarriela classificou o comentário chinês de “ridículo”, afirmando que Pequim não tem autoridade sobre o atol, que se encontra dentro das 200 milhas náuticas (370 quilómetros) da zona exclusiva económica das Filipinas. “Esta declaração confirma ainda mais a colocação ilegal de navios na nossa zona de exclusividade económica e sublinha a opinião do seu governo de que a preservação da vida e do bem-estar humanos exige aprovação”, sublinhou o porta-voz filipino.
Hoje Macau EventosFilha de Alice Munro, prémio Nobel, denuncia abusos do padrasto A filha da escritora Alice Munro, Prémio Nobel da Literatura em 2013, denunciou que foi abusada sexualmente pelo padrasto na infância e que a mãe ficou com ele mesmo depois de saber dos crimes cometidos pelo marido. A revelação do segredo há muito guardado na própria família da autora foi feita por Andrea Robin Skinner, filha de Alice Munro, dois meses após a morte da mãe, num ensaio publicado no domingo no jornal canadiano Toronto Star e repercutido na imprensa internacional. Segundo Andrea Robin Skinner, o padrasto, o geógrafo Gerald Fremlin, começou a abusar sexualmente dela a partir de 1976, quando ela tinha nove anos e ele 52. Alice Munro soube dos abusos, que duraram até à adolescência da filha, quando Skinner lhe escreveu a contar, 16 anos mais tarde, mas a escritora decidiu ficar com o marido, mesmo assim, até à sua morte, em 2013. “Ela era inflexível e dizia que o que quer que tivesse acontecido, era entre mim e o meu padrasto. Não tinha nada a ver com ela”, escreveu Skinner, citada pelo The Washington Post. Gerald Fremlin escreveu cartas à família Munro, admitindo os abusos em pormenor e culpando Skinner, descrevendo-a como uma “destruidora de lares”. Quando voltou a falar com a mãe – escreveu Skinner – Alice Munro concentrou-se na sua própria dor e pareceu “incrédula” com o facto de a filha dizer que foi magoada pelos abusos. Segundo Andrea Skinner, a mãe contou-lhe sobre “outras crianças com quem Fremlin tinha ‘amizades’, enfatizando a sua própria sensação de ter sido traída”. Depois de ler um artigo de jornal de 2004 em que Munro falava com entusiasmo do seu casamento, Andrea Skinner decidiu que não podia continuar a manter o abuso em segredo e apresentou queixa na polícia. O padrasto foi acusado de atentado ao pudor e declarou-se culpado em 2005. Skinner esperava que este facto obrigasse o público a confrontar-se com a sua experiência, mas a fama da mãe “fez com que o silêncio continuasse”. Reacções em cadeia Após a publicação do texto de Skinner no Toronto Star, as reacções de colegas de Munro não se fizeram esperar e alguns assumem não ter sido apanhados de surpresa, como é o caso de um biógrafo da escritora canadiana, que disse estar entre aqueles que sabiam que a filha de Munro tinha sido abusada sexualmente pelo padrasto. “Eu sabia que este dia ia chegar”, afirmou Robert Thacker ao The Washington Post na segunda-feira, acrescentando mais tarde: “Sabia que ia ser revelado e sabia que ia ter conversas como esta”. Thacker disse ao jornal norte-americano que Skinner lhe escrevera em 2005 a relatar o caso, depois de ter contactado a polícia. Quando a biografia de Munro estava para ser publicada, o autor decidiu não usar a informação. “Claramente, ela esperava que eu a tornasse pública”, disse Robert Thacker ao The Post na segunda-feira. “Mas não estava preparado para o fazer. […] Não era esse tipo de livro. Eu não estava a escrever esse tipo de biografia. E vivi o tempo suficiente para saber que nas famílias acontecem coisas de que não querem falar e querem manter só entre si”. Thacker recordou ainda que falou com Munro sobre o assunto quando a entrevistou em 2008, e a escritora lhe pediu na altura para desligar o gravador. O biógrafo recusou-se a descrever esta conversa em pormenor ao jornal, mas confirmou que Munro lhe dissera ter ficado a saber dos abusos pela filha, quando esta tinha 25 anos, em 1992. “O termo que [Munro] usou foi ‘devastada’, que estava devastada. E estava devastada. E não foi nada que ela tivesse feito, foi algo que o marido fez”, acrescentou Thacker. Segundo o biógrafo da escritora, Munro abandonou Fremlin durante algum tempo, mas acabou por voltar. Para Robert Thacker, foi “amplamente entendido” que Alice Munro se baseou nestes acontecimentos da sua vida para a história “Vandals” (“Vândalos”), que escreveu em 1993.
Hoje Macau EventosRevista de Cultura | Aceites artigos para edição sobre centro histórico O Instituto Cultural (IC) está a aceitar submissões de artigos académicos para uma edição especial da Revista de Cultura sobre o centro histórico de Macau, nomeadamente sobre o 20.º aniversário da inscrição desta zona repleta de património na Lista do Património Mundial da UNESCO. A revista será lançada no próximo ano pretendendo o IC, com esta edição, “promover o património cultural de Macau e os estudos históricos relacionados” com esta temática. Assim, serão aceites artigos sobre o “património cultural tangível e intangível, património documental e análise teórica do termo património no contexto histórico, geopolítico e cultural de Macau”. Foi a 15 de Julho de 2005 que o centro histórico de Macau passou a estar inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, tornando-se no 31º sítio designado como Património Mundial na China. No centro histórico incluem-se alguns templos chineses e as Ruínas de São Paulo, por exemplo. Aceitam-se trabalhos académicos em chinês, português e inglês até 30 de Outubro deste ano. A Revista de Cultura está sujeita ao sistema de revisão por pares.
Hoje Macau EventosCCM | Concerto “Terras do Sul – Quatro Estações” fecha temporada em Julho Está agendado para o dia 28 deste mês o concerto que encerra a temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau. Intitulado “Terras do Sul – Quatro Estações” conta com a presença do maestro Chang Yu-An, Lai Yi-Chun, solista de dizi, e ainda Tsai Yu-Tung, intérprete de sanxian, instrumento tradicional chinês “Terras do Sul – Quatro Estações” é o nome do próximo concerto de música clássica a decorrer no dia 28 de Julho, às 20h, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). Trata-se do espectáculo que encerra a temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau (OCM), e que traz três convidados ao palco. Um deles é o maestro Chang Yu-An, vencedor do primeiro prémio do Concurso Internacional de Regência do Instituto de Música de Bucareste (BMI), seguindo-se Lai Yi-Chun, solista de dizi, flauta de estilo chinês, e Tsai Yu-Tung, intérprete de sanxian, outro instrumento tradicional chinês. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), que promove o concerto, trata-se de “um espectáculo fantástico em que se podem apreciar composições sobre o sul da China e a suite das quatro estações”. A OCM e os convidados irão interpretar composições musicais clássicas como “Concerto para Bangdi – Chá de Pau de Canela” do compositor malaio Kong Su Leong, bem como “Concerto para Sanxian – Aleppo”, do compositor singaporeano Wang Chenwei. Inspirações antigas No caso do “Concerto para Bangdi – Chá de Pau de Canela”, a composição musical inspira-se na antiga receita, com o mesmo nome, oriunda da medicina tradicional chinesa, interpretada por Lai Yi-Chun. Já o “Concerto para Sanxian – Aleppo” é dedicado à cidade da Síria, Aleppo, destruída pela guerra no país. Tsai Yu-Tung, o músico que toca sanxian, “irá registar a magnificência e a declínio desta cidade antiga, deixando ao público um espaço ilimitado para a imaginação”. Este concerto conta ainda com várias peças clássicas de música chinesa, nomeadamente, o conjunto “Primavera”, “Verão”, “Outono” e “Inverno”, composição criada por Lu Liang-hui, que retrata “a vida ao longo das quatro estações com melodias belas e comoventes”. Desenha-se, assim, “um final perfeito para a temporada de concertos” da OCM, descreve o IC. O mais recente espectáculo da temporada de concertos da OCM decorreu no dia 5 de Julho, na Igreja de S. Domingos. Sob a batuta do maestro Moses Gay, ouviu-se mais um espectáculo com a presença de vários instrumentos musicais chineses, nomeadamente o erhu, tocado por Huang Xiaoquing, e guzhen, tocado por Lee Mei Ian e Sarah Choi. Kuok Ka Ieng tocou yangin, um dulcimer martelado chinês com influências de outros instrumentos como o santur iraniano ou dulcimer europeu. Neste espectáculo tocaram-se composições como “Conto da Nuvem Arco-Íris”, com composição de Zhou Yuguo, e “Sonhos sobre a Eterna Tristeza”, de Chen Yun Yun.
Hoje Macau SociedadeEPM | Amélia António pede que “todos” garantam estabilidade A presidente da Casa de Portugal apelou a “todos” que garantam a estabilidade dos alunos que frequentam a Escola Portuguesa de Macau, devido ao “muito ruído” à volta da instituição. Foi desta forma que Amélia António reagiu à instabilidade criada por uma vaga de despedimentos de professores e funcionários. “Tem havido muito ruído. Penso que as coisas estão a ser tratadas serenamente, que é o que é preciso”, afirmou Amélia António, em declarações à Rádio Macau. “Acho que todos devemos contribuir para garantir a estabilidade, à escola, aos alunos”, acrescentou. A responsável pela associação de matriz portuguesa destacou também que é importante ter a garantia de que a escola pode funcionar normalmente, com as aulas a começarem nas datas previstas, para os alunos se poderem focar no ensino. A presidente da Casa de Portugal criticou também o aproveitamento que está a ser feito de toda a polémica. “É preciso não deixar que a imagem e o crédito da escola seja abalado por situações, por vezes, um bocadinho exploradas. Uma coisa são problemas reais, outra são o empolamento e o partido que se tenta tirar para outras guerras que não são as reais e que não são os problemas reais”, afirmou. “Cabe a cada um de nós, empurrar os assuntos para o sítio certo, para que sejam resolvidos com a serenidade que eles merecem”, destacou. A secção de Macau do Partido Social-Democrata, através do porta-voz, António Sousa de Bessa Almeida, tem associado as demissões na EPM ao que diz ser “um lóbi” ligado ao Partido Socialista e a Coimbra.
Hoje Macau SociedadePJ | Novos alertas sobre phishing e falsos empréstimos A Polícia Judiciária (PJ) voltou a alertar ontem a população quanto à ocorrência de novos casos de fraudes por phishing, bem como anúncios de falsos empréstimos com intenção de burla. Num dos comunicados, lê-se que as autoridades voltaram “a descobrir nas redes sociais publicações publicitárias falsas de empréstimo em nome da RAEM”, sendo que o símbolo do território “aparece no anúncio no qual se afirma falsamente que o Governo irá conceder ‘empréstimos sem juros'”. De seguida, os interessados são convidados a clicar num link “de acordo com a faixa etária correspondente”, sendo depois reencaminhados para “outra página contendo várias publicações publicitárias de empréstimos, incluindo de bancos das regiões vizinhas e outros sites de empréstimos de origem duvidosa, deixando dúvidas quanto à sua autenticidade”. Além disso, a PJ diz ter recebido “denúncias de cidadãos que alegam ter recebido SMS falsos de uma empresa de telecomunicações de Macau, informando-os que os pontos de recompensa estão em vias de expirar e pedindo-lhes para procederem ao seu resgate rapidamente”. “A esse aviso segue-se o pedido para clicar num site que é falso a fim de roubar dos dados pessoais e do cartão de crédito dessa vítima”, é descrito.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Cruzeiro começa a operar em Agosto A Cotai Water Jet irá operar, a partir do dia 10 de Agosto, o cruzeiro turístico “Macau Cruise Tour”, estando também previsto outro roteiro com fogo de artifício, em data ainda a anunciar. Segundo informações disponíveis no portal da empresa, a viagem começa no Terminal Marítimo da Taipa e terá a duração de 60 minutos, promovendo uma viagem panorâmica a alguns pontos “mais emblemáticos de Macau”, como é o caso da quarta ponte Macau-Taipa, chamada de “Ponte Macau”, o casino Sands Macau, na península, o Centro de Ciência de Macau, o Centro Ecuménico Kun Iam e a Torre de Macau, passando-se depois pelo monumento “Portas do Entendimento”. A viagem passa ainda pelas “pitorescas águas entre Macau e Hengqin”, mais perto da zona de Sai Van e Barra, onde termina a excursão. Na viagem de regresso, há ainda a oportunidade de ver a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. No caso das viagens de cruzeiro com fogo de artifício, terão a duração de 70 minutos. Os bilhetes variam entre as 180 e 250 patacas para crianças e 200 e 280 patacas para adultos. No caso dos lugares VIP, os valores ascendem às 2.240 patacas, com apenas oito lugares disponíveis.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Zelensky considera viagem de Modi à Rússia devastadora para a paz O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ontem devastadora para a paz na Ucrânia a viagem do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à Rússia, destinada a reforçar os laços com Moscovo. “É uma grande desilusão e um golpe devastador para os esforços de paz ver o líder da maior democracia do mundo abraçar o criminoso mais sanguinário do mundo em Moscovo”, denunciou Zelensky nas redes sociais, poucas horas depois de um ataque russo particularmente mortífero contra cidades ucranianas. Zelensky considerou que a cordialidade demonstrada pelo Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi, para com o Presidente russo, Vladimir Putin, é uma “enorme decepção”. Nos últimos meses, a Ucrânia tem tentado obter o apoio da Índia e de outros países importantes do chamado Sul Global para a sua causa. A Índia enviou uma representação à cimeira de paz liderada por Kiev, realizada sem a Rússia, na Suíça, em meados do mês passado, mas não assinou o comunicado final por não propor uma solução “aceitável para ambos os lados da guerra”. A Índia e outros países do hemisfério sul mantêm contactos com a Ucrânia, mas continuam a manter relações estreitas com a Rússia. Bons amigos Modi chegou segunda-feira a Moscovo e afirmou esperar reforçar a “parceria estratégica privilegiada” com a Rússia na sua primeira viagem ao país desde o início da guerra na Ucrânia, em Fevereiro de 2022. “Estou ansioso por rever todos os aspectos da cooperação bilateral com o meu amigo, o Presidente Vladimir Putin, e partilhar perspectivas sobre várias questões regionais e globais”, declarou o líder indiano, acrescentando que o objectivo é apoiar “uma região pacífica e estável”. Modi foi recebido no aeroporto por uma delegação russa liderada pelo primeiro vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov. A deslocação de Modi, que terminou ontem, é a primeira desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro pela terceira vez, após as eleições em que a força política que lidera, o Partido do Povo Indiano (BJP), venceu, mas sem maioria absoluta as legislativas. A última vez que Modi visitou a Rússia foi em 2019. Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Vinay Kwart, anunciou que Putin e Modi iriam abordar a situação dos cidadãos indianos recrutados para servir nas fileiras do Exército russo na guerra na Ucrânia. As autoridades indianas têm apelado para se rescindirem os contratos de vários dos seus cidadãos contratados pelo Exército russo para realizar “trabalho de apoio”, embora pelo menos quatro tenham morrido em combate.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia | Organizações unem-se para lutar contra a violência sexual Quase vinte organizações de carácter civil juntaram-se numa plataforma destinada a combater a violência sexual na região do sul asiático que afecta maioritariamente mulheres e raparigas. O combate passa por exigir aos governos de países como Bangladesh, Índia, Nepal, ou Sri Lanka, entre outros, que apliquem leis para impedir que muitos dos crimes praticados fiquem impunes Organizações civis do sul da Ásia anunciaram ontem a criação de uma plataforma conjunta para enfrentar a violência sexual na região, nomeadamente através do incentivo às reformas legais e da promoção da colaboração com os Governos locais. “Alguns códigos penais na região contêm artigos que discriminam mulheres e raparigas. A má aplicação das leis contribui ainda mais para que os abusos fiquem impunes”, afirmou a plataforma de 17 organizações, que foi nomeada como Movimento para o Acesso à Justiça do Sul da Ásia (SAMAJ, em inglês), num comunicado. Composta por organizações do Bangladesh, Índia, Nepal, Sri Lanka e Maldivas, a nova plataforma procura promover reformas legais nesses países, garantir o acesso a serviços de apoio, capacitar grupos marginalizados, promover mecanismos de responsabilização e encorajar um movimento inclusivo, segundo a nota. A SAMAJ indicou que esses objectivos devem ser realizados em colaboração com os Governos locais, aos quais já solicitou um aumento do financiamento para a assistência imediata e a longo prazo para as vítimas de violência sexual. Sem condenação Apesar de reportar vários avanços nos últimos anos, a plataforma sublinhou que as vítimas continuam a enfrentar obstáculos significativos na apresentação de queixas à polícia, além de longos atrasos nas investigações e julgamentos criminais ou dificuldades na obtenção de assistência jurídica. Isso resulta em baixas taxas de condenação por crimes de violência sexual em todo o sul da Ásia, referiu o comunicado. Cerca de 35 por cento das mulheres do sul da Ásia afirmam ter sido vítimas de abuso físico ou sexual ao longo da vida, segundo um relatório do Fórum Económico Mundial publicado em Agosto de 2023. Este número é superior à média global, que se situa nos 27 por cento.