Hoje Macau EventosFRC | Garcia Leandro fala das consequências do 25 Abril em Macau A Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe esta quinta-feira uma palestra protagonizada pelo general Garcia Leandro, ex-Governador de Macau, onde este falará das consequências da revolução do 25 de Abril de 1974 no território. O nome da palestra é “Macau em 1974 e as consequências do 25 de Abril no seu Futuro” e terá início por volta das 18h30. O evento é promovido pelo Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau (CRED-DM) da Fundação Rui Cunha (FRC) e pela Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial “Pedro Nolasco” (AAAEC). José Basto da Silva, presidente da AAAEC, será o moderador da conversa. Recorde-se que Garcia Leandro esteve em Macau no período imediato ao 25 de Abril, na qualidade de oficial do Movimento das Forças Armadas (MFA). Juntamente com o já falecido major Rebelo Gonçalves, teve a função de explicar a revolução à população local e de apurar o estado das forças políticas no território que, à época, tinha como Governador Nobre de Carvalho. Em Setembro de 1974, Garcia Leandro seria nomeado Governador em sua substituição. Segundo uma nota da FRC, Garcia Leandro “falar-nos-á da sua vivência de quatro anos, pós-Revolução dos Cravos, num território longínquo e em circunstâncias muito difíceis de governação”. À época, “Macau encontrava-se numa situação frágil e confusa, com imensas dificuldades políticas, sociais e económicas, mergulhado num complexo jogo de interesses que se moviam de forma mais ou menos obscura, por vezes envoltos em ambientes de grande tensão”. Nascido em Luanda, Angola, em 1940, Garcia Leandro tem uma vasta carreira militar, estando hoje à frente dos destinos da Fundação Jorge Álvares.
Hoje Macau SociedadeGuiné Equatorial recomendada para aderir ao Fórum de Macau A Guiné Equatorial foi recomendada para aderir ao Fórum de Macau, uma organização de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, anunciou esta terça-feira o embaixador de Portugal na China. A recomendação surge “com base na candidatura e no facto de ser já membro da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]”, explicou aos jornalistas José Augusto Duarte, à margem da 16.ª Reunião Ordinária do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau). A decisão caberá agora aos ministros dos países de língua oficial portuguesa e será tomada na Conferência Ministerial que deverá decorrer na última semana de outubro, “uma reunião virtual, com os ministros nas respetivas capitais e os embaixadores que estão na China aqui em Macau”, detalhou. Em relação à questão dos direitos humanos no país africano agora recomendado para esta organização, o embaixador de Portugal na China disse que essa questão não foi discutida porque não era o contexto, apesar de ser uma “questão pertinente”. “Mas a partir do momento que é membro da CPLP, não há contexto para aqui criar um contexto que não há na CPLP”, frisou. Esta recomendação feita e aprovada pelos membros desta organização de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa surge poucos dias depois da realização, em Angola, da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em 17 de julho. Em relação à Guiné Equatorial, que aderiu em 2014 e se comprometeu em abolir a pena de morte, os países voltaram a insistir no cumprimento desse compromisso. Além do fim da pena de morte, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, fez referência “ao Estado de Direito, à democracia, aos direitos humanos, aos valores e princípios fundamentais”. Sobre este assunto, o primeiro-ministro português, António Costa, referiu que se trata de “um problema que ninguém ignora” e recordou que a Guiné Equatorial tem a obrigação de cumprir os compromissos que assumiu. Caso não o faça, “não pode fazer parte” da comunidade, advertiu. Na declaração final da XIII cimeira da CPLP, os chefes de Estado e de Governo “encorajaram as autoridades equato-guineenses a prosseguir ações que visam a plena integração na comunidade”. Entre essas ações, estão “a abolição da pena de morte, a integração da língua portuguesa no sistema de ensino público nacional, a preservação do património cultural, o incremento da cooperação económica e empresarial com os restantes Estados-membros da CPLP, a promoção dos direitos humanos e a capacitação da sociedade civil”. Em declarações à Lusa na sexta-feira, à margem do Conselho de Ministros da CPLP, o chefe da diplomacia da Guiné Equatorial, Simeón Oyono Esono Angue, disse que “já não se mata ninguém” naquele país, reagindo às críticas de analistas e observadores da CPLP. “É uma questão que não tem debate, um processo irreversível. O país assumiu esse processo e vai honrar sem problemas. Mas não há pena de morte na Guiné Equatorial, não se está a matar ninguém”, disse o ministro. Na declaração final, os chefes de Estado e de Governo da CPLP voltaram a manifestar o compromisso com o Programa de Apoio à Integração da Guiné Equatorial (2021-2022), que cobre áreas como a língua portuguesa, o acervo histórico-cultural, o desenvolvimento económico e os direitos humanos, nomeadamente através de apoio financeiro para a sua execução. A Guiné Equatorial aderiu à CPLP em 2014, na cimeira de Díli, mas esta foi uma decisão controversa, uma vez que o regime do Presidente Teodoro Obiang Nguema, que está no poder desde 1979, é acusado por organizações internacionais de violação dos direitos humanos e de perseguição à oposição. Obiang não participou na cimeira de Luanda e fez-se representar pelo chefe da diplomacia. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe são os nove estados-membros da CPLP, que celebrou, no sábado, 25 anos.
Hoje Macau Manchete PolíticaEmbaixador em Pequim diz que Portugal acompanha “com muita atenção” exclusão de candidatos às eleições Portugal acompanha com “muita atenção” a exclusão de 15 candidatos pró-democracia das próximas eleições em Macau, por não serem “fiéis” ao território, disse esta terça-feira o embaixador de Portugal na China. “Sem dúvida é um assunto seguido com muita atenção em Lisboa, pelas autoridades políticas portuguesas”, afirmou aos jornalistas José Augusto Duarte, à margem da 16.ª Reunião Ordinária do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau). “O Governo em Portugal e a embaixada e o cônsul-geral aqui acompanham ao pormenor” a polémica, frisou, acrescentando: “Estaremos todos a fazer o nosso trabalho”. A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) excluiu cinco listas e 20 candidatos das eleições para a AL agendadas para 12 de setembro, 15 dos quais associados ao campo pró-democrata, por não serem “fiéis” a Macau. O organismo divulgou sete critérios usados para decidir se os candidatos são elegíveis, defendendo que é necessário avaliar se estes “defendem sinceramente” o território, mas recusando revelar quais as violações de que são acusados os excluídos. As três listas do campo democrata prometeram no sábado levar o caso até ao Tribunal de Última Instância. O Governo de Macau apoiou a decisão da CAEL e disse que “o facto de alguns participantes não serem elegíveis não afecta os direitos fundamentais dos residentes de Macau nos termos da lei, nem a liberdade de expressão dos mesmos”. Também Pequim, através do Gabinete de Ligação e Gabinete para os Assuntos de Macau e Hong Kong do Conselho de Estado, já veio demonstrar o total apoio a esta decisão.
Hoje Macau China / ÁsiaTrês mortos em inundação de túnel em Zhuhai As equipas de resgate recuperaram hoje os corpos de três trabalhadores mortos devido à inundação de um túnel em construção em Zhuhai. As equipas continuam à procura de outros onze trabalhadores, bloqueados no túnel desde quinta-feira. Os esforços de resgate, que envolvem também mergulhadores e robôs, foram prejudicados pelos gases de monóxido de carbono das máquinas usadas no túnel, como parte da operação. A causa do colapso ainda está sob investigação. A imprensa chinesa informou que um ruído anormal foi ouvido e pedaços de material começaram a colapsar, de um lado do túnel, tendo sido ordenada a evacuação do local enquanto a água corria. O projecto de construção parecia ter problemas de segurança há algum tempo. Em março passado, dois trabalhadores morreram em outra parte do túnel.
Hoje Macau China / ÁsiaAdvogado que defendeu Aung San Suu Kyi morre vítima de covid-19 O advogado birmanês Nyan Win, que defendeu a Nobel da Paz de Myanmar (antiga Birmânia), Aung San Suu Kyi, durante os anos que esta passou em prisão domiciliária, morreu hoje de covid-19, quando se encontrava detido. O birmanês, de 79 anos, membro destacado do partido Liga Nacional para a Democracia, contraiu o vírus na prisão de Insein, em Rangum, para onde foi enviado pelos militares após o golpe de Estado de 01 de fevereiro. Os representantes legais de Nayn Win disseram ao portal de notícias The Irrawaddy que o causídico morreu no Hospital Geral de Rangum, para onde tinha sido transferido na semana passada, depois de o seu estado de saúde ter piorado. As autoridades militares tinham colocado o advogado birmanês sob prisão provisória, acusando-o de “incitamento à desordem pública”. Outros reclusos na prisão de Insein, incluindo o jornalista norte-americano Danny Fenster e o economista australiano Sean Turnell, também estão infetados com a doença. O país, mergulhado numa profunda crise política após o golpe militar, enfrenta a pior vaga de infeções e mortes desde o início da pandemia, com denúncias de falta de oxigénio e do colapso do sistema de saúde. Na segunda-feira, o Governo de Unidade Nacional de Myanmar, que se opõe à junta militar, pediu às Nações Unidas assistência humanitária urgente para enfrentar a nova vaga de covid-19 no país, que estará “fora de controlo”. “Os hospitais estão a ficar sem camas e recusam-se a aceitar doentes com covid-19. Há relatos de uma crescente falta de fornecimento de oxigénio aos serviços de saúde, bem como a flagrante e desumana apreensão da produção de oxigénio pelas forças de segurança”, acusou o NUG, numa carta dirigida à ONU. As autoridades sanitárias comunicaram na segunda-feira 5.189 novos casos de covid-19 e 281 mortes, o maior número de óbitos desde o início da pandemia, elevando o total para 234.710 infetados e 5.281 mortos. Com um sistema de saúde completamente sobrecarregado e crematórios a funcionar a todo o vapor, as associações médicas birmanesas sustentam que os números oficiais não refletem a realidade. Na quinta-feira, o relator especial das Nações Unidas para os direitos humanos em Myanmar alertou que a nova vaga de covid-19 no país, ligada à variante Delta, exige uma resposta internacional de “emergência”. “A crise (…) é particularmente letal devido à desconfiança generalizada em relação à junta militar”, sublinhou Tom Andrews em comunicado, apelando à ajuda da comunidade internacional para estabelecer um órgão politicamente neutro para coordenar a resposta à pandemia em que “os birmaneses podem confiar”. Mais de cinco meses e meio após a revolta militar, a junta não conseguiu controlar todo o país, apesar da brutal repressão, que fez pelo menos 919 mortos, de acordo com números da Associação para a Assistência aos Prisioneiros Políticos. A organização também conta cerca de 6.830 detidos desde 1 de Fevereiro, incluindo a líder deposta Suu Kyi, que passou mais de 15 anos em prisão domiciliária entre 1988 e 2011. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, em que o partido liderado por Suu Kyi obteve uma vitória importante, tal como aconteceu em 2015, e cujos resultados foram considerados legítimos pelos observadores internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaMortes na Índia por covid-19 podem ser dez vezes superiores à contagem oficial, diz estudo O total de mortes na Índia devido à covid-19 pode ser 10 vezes superior aos dados oficiais, ou seja de vários milhões e não de milhares, convertendo-a na pior tragédia da Índia moderna, segundo um estudo divulgado hoje. O documento, publicado por Arvind Subramanian, antigo conselheiro económico do governo indiano, e dois investigadores do Centro para o Desenvolvimento Global e da Universidade de Harvard, calcula que o excesso de mortes – a diferença entre os óbitos registados e os que seriam esperados em circunstâncias normais – ronde entre três e 4,7 milhões entre janeiro de 2020 e junho de 2021. Os autores do estudo afirmam que, apesar de não ser possível determinar um número exato, “é provável que [o total de mortes] seja de uma magnitude superior à contagem oficial”. O relatório aponta que a contagem oficial pode ter deixado de fora mortes ocorridas em hospitais sobrecarregados, especialmente durante a devastadora segunda vaga da pandemia, na primeira metade do ano. “É provável que o verdadeiro número de mortes seja na casa de vários milhões e não das centenas de milhares, o que torna esta tragédia humana indiscutivelmente a pior da Índia desde a partição e a independência”, pode ler-se no estudo, citado pela agência de notícias Associated Press (AP). Em 1947, a partição do Império Britânico da Índia, que deu origem a dois Estados independentes (a Índia, maioritariamente hindu, e o Paquistão, muçulmano), levou à morte de cerca de um milhão de pessoas, resultantes de massacres entre hindus e muçulmanos. O estudo recorreu a três métodos de cálculo: dados do sistema de registo civil, que regista nascimentos e mortes em sete estados, testes de sangue que mostram a prevalência do vírus na Índia, juntamente com as taxas globais de mortalidade devido à covid-19, e um inquérito económico a perto de 900.000 pessoas, realizado três vezes por ano. Os investigadores analisaram as mortes provocadas por todas as causas e compararam esses dados com a mortalidade em anos anteriores, um método considerado preciso. Os autores do estudo alertaram no entanto que a prevalência do vírus e as mortes por covid-19 nos sete estados analisados podem não se refletir de igual forma por toda a Índia, uma vez que o vírus pode ter-se propagado mais em estados urbanos que rurais e que a qualidade dos cuidados de saúde varia muito no país. O especialista Jacob John, da faculdade de medicina Christian Medical College, em Vellore, no sul da Índia, disse à AP que o relatório sublinha o impacto devastador que a covid-19 teve no mal preparado sistema de saúde indiano. “Esta análise reitera as observações de jornalistas de investigação destemidos que apontaram a enorme subavaliação das mortes”, disse Jacob. O relatório também estima que cerca de dois milhões de indianos terão morrido durante a primeira vaga de infeções, no ano passado. No documento, sublinha-se que não “perceber a escala da tragédia em tempo real”, nessa altura, pode ter “criado uma complacência coletiva que levou aos horrores” da devastadora segunda vaga, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia. Nos últimos meses, alguns estados indianos reviram em alta o número de mortes provocadas pela covid-19, suscitando preocupações de que muitas não tenham sido registadas oficialmente. Vários jornalistas indianos também publicaram números mais elevados em alguns estados, recorrendo a dados governamentais. Segundo dados do Governo indiano, a Índia registou 414.482 mortes desde o início da pandemia, o que faz dela o terceiro país com mais óbitos causados pelo coronavírus SARS-CoV-2, a seguir aos Estados Unidos e Brasil. A Índia é o segundo país do mundo com mais casos de covid-19, depois dos EUA, contabilizando mais de 31 milhões de infeções desde o início da pandemia, de acordo com o último balanço da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau perde 39% dos visitantes em Junho Macau recebeu 528.519 visitantes em Junho, menos 39% relativamente a Maio, e mais 2.243,1% em termos anuais, anunciaram hoje as autoridades. A diminuição do número de visitantes relativamente ao mês de Maio deveu-se ao reforço das medidas de prevenção da pandemia de covid-19, no início de Junho, na província chinesa de Guangdong e no território, de acordo com um comunicado da Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC). No mês passado, chegaram a Macau 313.441 excursionistas e 215.078 turistas, o que representa uma descida de 20,1% e 54,6%, respectivamente, em termos mensais. O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,2 dias, menos 0,2 dias, em termos anuais, indicou a DSEC. O número de visitantes do interior da China fixou-se em 471.935, uma subida de 2.140,2%, em termos anuais. Das nove cidades do Delta do Rio das Pérolas da Grande Baía entraram no território 246.673 visitantes, dos quais 70% eram oriundos da cidade vizinha de Zhuhai. De Hong Kong chegaram 52.296 visitantes e de Taiwan 4.213, acrescentou. No primeiro semestre deste ano chegaram a Macau 3.927.829 visitantes, mais 20,2%, em comparação com o semestre homólogo do ano anterior, tendo os números de turistas (2.058.657) e de excursionistas (1.869.172) aumentado 33,2% e 8,5%, respetivamente.
Hoje Macau China / ÁsiaChina considera “infundadas” acusações sobre ciberataques A China qualificou hoje como “infundadas” as acusações de vários países e instituições internacionais sobre a alegada ligação de Pequim ao ciberataque global contra a Microsoft, que afetou sistemas de computadores em todo o mundo. “As acusações feitas pela UE [União Europeia] e OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] não têm como base factos ou evidências, mas antes especulações e acusações infundadas”, afirmou a embaixada da China na UE. “Opomo-nos firmemente e de forma alguma aprovamos estas declarações”, acrescentou. Os Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Reino Unido, Japão, Austrália e Nova Zelândia uniram-se, na segunda-feira, para denunciar ciberataques de grande amplitude realizados a partir da China. Enquanto a administração norte-americana culpou diretamente o Ministério de Segurança do Estado da China pela execução dos ciberataques, a União Europeia limitou-se a exortar Pequim a não permitir que o seu território seja utilizado para ataques informáticos. A embaixada da China em Camberra acusou a Austrália de “seguir os passos e repetir a retórica norte-americana”. A mesma fonte disse que o país é “cúmplice das atividades de escuta no âmbito da Aliança dos Cinco Olhos [reúne também Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia]”. “O que o governo australiano tem feito é extremamente hipócrita, como um ladrão a acusar os outros de roubo”, descreveu. A missão diplomática chinesa na Nova Zelândia exprimiu-se em termos semelhantes, acrescentando que se trata de uma acusação “irresponsável”, e assinalou que apresentou queixa formal às autoridades. No Canadá, os diplomatas chineses qualificaram a acusação como uma “difamação maliciosa”. A China afirmou, nos diferentes comunicados, ser também “vítima de ciberataques”, e defendeu o seu fim, “de acordo com a lei”. As embaixadas chinesas nos Estados Unidos, Japão e Reino Unido não reagiram ainda àquelas acusações. As delegações chinesas acusaram, em particular, os Estados Unidos, de serem “a maior ‘matriz’ do mundo”, no que toca a ciberataques. O ataque de março passado afetou até 250.000 sistemas de computador em todo o mundo, incluindo a Autoridade Bancária Europeia, o Parlamento norueguês e a Comissão do Mercado Financeiro do Chile. Ao apresentar as acusações na segunda-feira, os países e instituições envolvidos evitaram para já impor sanções ao país asiático. As relações entre a China e os Estados Unidos deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, face a uma prolongada guerra comercial e tecnológica e divergências sobre questões dos direitos humanos ou o estatuto de Hong Kong, Taiwan e a soberania do Mar do Sul da China.
Hoje Macau Sociedade“Cempaka” | Sinal 3 de tempestade içado. “Baixa” possibilidade de içar sinal 8 Os Serviços Meteorológicos e Geofisicos (SMG) baixaram o sinal de tempestade de 8 para 3, uma vez que se verifica “um afastamento gradual” do ciclone tropical “Cempaka”, com uma “possibilidade reduzida” de Macau vir a ser afectada por ventos fortes. Neste momento, e segundo a última nota dos SMG, o tufão “continua a mover-se lentamente para a costa Yangjiang”, sendo que, “sob a influência da banda de chuva externa deste sistema, o vento na região vai soprar ocasionalmente forte havendo chuva por vezes forte”. Os SMG poderão considerar baixar o sinal de tempestade de 3 para 1. “Contudo, nos próximos dias, o ‘Cempaka’ continuará a circular na costa oeste de Guangdong e existem incertezas na previsão da sua trajectória”, aponta a mesma nota. Desta forma, “recomenda-se à população que continue a prestar atenção às informações mais recentes sobre a tempestade tropical”.
Hoje Macau Sociedade“Cempaka” | “Poucas hipóteses” de emitir sinal 8 na manhã esta madrugada Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) emitiram às 2h05 de hoje uma nota informativa onde afirmam que “há poucas hipóteses de emitir o sinal 8 [de tempestade tropical] antes do início da manhã” desta terça-feira. No entanto, o ciclone tropical “poderá intensificar-se” e pode “atingir o ponto mais próximo da região durante o dia”. Desta forma, “a possibilidade de emitir o sinal 8 entre o amanhecer e a manhã do dia 20 é moderada a relativamente alta”. Os SMG explicam também que, nas últimas horas, o tufão “continuou a intensificar-se e tomou um rumo mais para oeste”, sendo que “a dimensão deste sistema é relativamente pequena”. Mantém-se a previsão de ocorrência de inundações nas zonas baixas do Porto Interior, com um máximo de 0,5 metros de altura, mantendo-se em vigor o aviso de “storm surge” azul. Na mesma nota, os SMG denotam que “a previsão apresentada é uma situação que pode ocorrer nos próximos um ou dois dias”, pelo que “a população pode compreender a possibilidade e influência da tempestade tropical num determinado tempo”, devendo “preparar medidas preventivas necessárias atempadamente”.
Hoje Macau China / ÁsiaOposição acusa primeiro-ministro da Índia de traição por espionagem O Partido do Congresso, principal organização de oposição na Índia, acusou esta segunda-feira de traição o primeiro-ministro, Narendra Modi, por espionagem de líderes políticos, ministros, jornalistas e ativistas, no caso Pegasus. “O Governo Modi é responsável pela implantação e execução deste escândalo de espionagem ilegal e inconstitucional através do ‘software’ israelita Pegasus”, denunciou o principal partido da oposição na Índia, em comunicado. O Partido do Congresso diz que o caso de espionagem Pegasus representa uma “traição e um abandono total da segurança nacional por parte do Governo de Modi”, responsabilizando diretamente o ministro do Interior, Amit Shah, com o consentimento do primeiro-ministro. Um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais denunciou no domingo que jornalistas, ativistas e dissidentes políticos em todo o mundo terão sido espiados graças ao ‘software’ desenvolvido pela empresa israelita NSO Group. A empresa, fundada em 2011 a norte de Telavive, comercializa o ‘spyware’ Pegasus, que, inserido num ‘smartphone’, permite aceder a mensagens, fotos, contactos e até ouvir as chamadas do proprietário. A investigação publicada no domingo por um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais, incluindo o jornal francês Le Monde, o britânico Guardian e o norte-americano The Washington Post, baseia-se numa lista obtida pelas organizações Forbidden Stories e Amnistia Internacional, que incluem 50.000 números de telefone selecionados pelos clientes da NSO desde 2016 para potencial vigilância. A lista inclui os números de telefone de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 líderes empresariais, de acordo com a análise realizada pelo consórcio, que localizou muitos em Marrocos, Arábia Saudita e México. O Partido do Congresso denunciou que um de seus principais líderes, Rahul Gandhi, e várias pessoas próximas aparecem na lista de 50.000 números de telefone de possíveis alvos de vigilância. “Uma análise do ‘site’ do grupo NSO mostra que o ‘spyware’ Pegasus e todos os produtos NSO são vendidos exclusivamente para governos”, argumenta o Partido do Congresso, responsabilizando assim “o Governo indiano e as suas agências”. O Governo indiano descreveu hoje como “sensacionais” as reportagens de que o ‘spyware’ da empresa israelita NSO Group foi usado para atacar jornalistas, defensores de direitos e políticos no país asiático. “Qualquer forma de vigilância ilegal não é possível com os freios e contrapesos das nossas leis e instituições robustas … consideramos claramente que não há fundamento por detrás desse sensacionalismo”, disse o ministro da Informação, Ashwini Vasihnaw, no Parlamento indiano.
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasUn Certain Panassié – Boris Vian Tradução de Emanuel Cameira Em França, no jazz, a querela dos Antigos e dos Modernos ganhou uma dimensão deveras especial graças à existência de um mago. Desiludido por André Hodeir ter descoberto Parker e Gillespie antes de si, inclinado desde sempre a resistir a qualquer evolução, incapaz de voltar atrás sem perder a face em matéria de palavras tão violentas quanto imprudentes, encerrado num sistema de contradições multiplicadas, o Senhor Panassié(*) consegue dar à discussão estética uma volta um tanto ou quanto particular. Instaurador do Hot Clube de França na companhia de Charles Delaunay, de quem se livrou para reinar sozinho, este profeta de extrema-direita imitando Léon Bloy encontrou à sua frente um Boris Vian inabalável. Fundador de uma seita religiosa («Os Servos de Maria Medianeira»), associada, há algum tempo, aos ritos da Comunidade de Fátima, grão-detector dos endemoninhados, o Senhor Panassié é um personagem que, regra geral, poucos conhecem. Vian, que o apelidava de Palhaço Peine-à-Scier [Difícil-de-Serrar], nunca o levou a sério. Sucede, por um estranho e bizarro acaso, que esta primeira crónica coincida com o aparecimento de acontecimentos jazzísticos de grande importância, que tentarei relatar: não poderia, de resto, haver melhor introdução. O jazz (esclareçamos desde já que não se trata da chamada música de dança, mais ou menos melosa, com que os maníacos especiosos da rádio francesa sistematicamente se esforçam para nos dissuadir de tudo o que possa parecer-se, de uma maneira ou de outra, com o verdadeiro jazz) é defendido entre nós, desde há doze anos, pelo Hot Clube de França, o primeiro de todos os Hot Clubes. Organizado de início sob uma certa barafunda, o H. C. F. desenvolveu-se aos poucos, sob o impulso do seu Presidente, Hugues Panassié, e do seu secretário-geral, Charles Delaunay. Até 1940, o todo funciona um pouco mais ou menos. Por volta de 1940, cansado de mudar de opinião todos os anos, Panassié retira-se definitivamente para a província e Charles Delaunay assume, individualmente, a responsabilidade pela defesa do jazz durante a ocupação. Vem a Libertação: tudo recomeça lentamente (e de que maneira!). A revista Jazz Hot reaparece. Estamos em 1947. Após sete anos de inércia, acreditando ter chegado a hora de fazer valer os seus privilégios reais, Hugues O Montalbanês abandona a sua reforma, doutrina os valentes presidentes dos Hot Clubes regionais, infiltra-se no Hot Clube de França introduzindo aí as suas traiçoeiras criaturas e, atacando Charles Delaunay sob pretextos no mínimo ridículos e falaciosos, trazendo o debate para o terreno pessoal, consegue destituir Delaunay do seu cargo de secretário-geral, durante a Assembleia Geral de 2 de Outubro. Direi uma palavra sobre os pretextos: Delaunay publicou, há poucos meses, um número especial da Jazz 47, inteiramente consagrado ao jazz e à América, e no qual figuravam: 1.º) uma fantasia deste vosso súbdito, ilustrada com uma montagem fotográfica, género surrealista, de Jean-Louis Bédouin, onde, horror!, a cabeça de Zutty Singleton, baterista, emparelhava com o corpo quase nu de Rita Hayworth, e 2.º) a reprodução de um quadro de Félix Labisse, quadro bastante conhecido e deveras despido. Nisto, Panassié gritou escândalo e com os seus dedos, bastante afastados, tapou a cara, corada de alto a baixo. Na verdade, havia na Jazz 47 um excelente artigo de Sartre que – com toda a justeza – tinha primazia sobre o de Panassié. Por outro lado, certos interesses comerciais misturavam-se indecentemente com as motivações do presidente. Era portanto de se temer que a cisão ocorrida levasse (como diria Madame de La Fayette) ao total desmoronamento do trabalho até então realizado. No entanto, o Hot Clube de Paris, de longe o mais importante, depositou toda a sua confiança em Charles Delaunay no último sábado. Nesse movimento, foi seguido por certos Hot Clubes regionais que desaprovavam as manobras manhosas do Grande Hughes. A revista Jazz Hot continua, como no passado, a ser dirigida por Delaunay. Os concertos da Escola Normal vão continuar, e inúmeros projectos estão ora em estudo, ora em plena realização. Contactar-vos-ei em tempo útil, convocando-vos para esses divertimentos simultâneos, se trouxerem algo para beber. De momento, é esta a situação. Uma nova era na luta pelo jazz está a começar, e embora seja lamentável ver velhos amigos matando-se em público, é certo que ambas as partes irão redobrar as suas actividades, o que será talvez a ocasião de ouvir um pouco mais de bom jazz e de assistir a espectaculares brigas com golpes de judo à boa maneira de Gillespie. Outubro 1947 Tradução de: Vian, Boris, “Un certain Panassié” [1947], in Chroniques de Jazz, Paris, Éditions La Jeune Parque, 1967, pp. 271-274. (*) De Hugues Panassié publicou-se, em Portugal, História do Verdadeiro Jazz (em Outubro de 1964, na Portugália Editora, com tradução de Raul Calado).
Hoje Macau China / ÁsiaChuvas torrenciais | Duas barragens colapsam no norte do país Duas barragens colapsaram, no domingo, devido às fortes chuvas na região da Mongólia Interior, norte da China, sem causar mortes mas destruindo infra-estruturas e afectando milhares de pessoas, anunciou ontem o Ministério de Gestão de Emergências da China. Pelo menos 16 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes, que danificaram ainda pontes e estradas e 216 quilómetros quadrados de terras agrícolas, segundo o comunicado oficial das autoridades locais, difundido através da rede social Wechat. As autoridades activaram o estado de emergência após “chuvas torrenciais”, que começaram no sábado, de acordo com o ministério. Seguindo os protocolos estabelecidos, os habitantes de lugares que poderiam ser afectadas pelo rompimento das barragens de Yongan e Xinfa, localizadas na cidade de Hulunbuir, foram retirados das suas casas. Os reservatórios tinham capacidade combinada de 46 milhões de metros cúbicos, de acordo com o jornal oficial do Partido Comunista, Diário do Povo. De acordo com o Ministério, as tarefas de resgate e inspecção continuam nas áreas a jusante para evitar mais acidentes e perdas económicas.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China propõe solução em quatro pontos para questão Síria Os esforços diplomáticos da China, com vista a tentar encontrar uma solução que traga de volta a harmonia a Damasco, foram protagonizados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, em conversa com o seu homólogo sírio na capital do país, no passado sábado O conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, disse sábado que a China apresentou uma proposta em quatro pontos para resolver a questão síria. O alto diplomata chinês detalhou a proposta no encontro com seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, em Damasco, capital da Síria. Wang observou que a chave para resolver de forma abrangente a questão síria é a implementação do princípio “liderado pela Síria, pertencente à Síria”, estabelecido pelo Conselho de Segurança da ONU. O governante acrescentou que todas as partes relevantes devem fazer esforços concertados para avançar efectivamente na solução abrangente da questão síria. A este respeito, disse o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, a China apresentou uma proposta em quatro pontos. Em primeiro lugar, a soberania nacional e a integridade territorial da Síria devem ser respeitadas. A China exige o respeito pela escolha do povo sírio, o abandono da ilusão de uma mudança de regime e deixar que o povo sírio determine independentemente o futuro e o destino de seu país. A China apoia firmemente a Síria na exploração independente de um caminho de desenvolvimento e salvaguarda da unidade e dignidade nacional, disse Wang. Em segundo lugar, o bem-estar do povo sírio deve ser prioritário e o processo de reconstrução deve ser acelerado. A China acredita que a forma fundamental de resolver a crise humanitária na Síria está na suspensão imediata de todas as sanções unilaterais e do bloqueio económico contra a Síria. A ajuda internacional à Síria deve ser prestada com base no respeito à soberania nacional síria e em consultas com o governo sírio, a assistência humanitária transfronteiriça deve ser ampliada, a transparência das operações de resgate entre fronteiras deve ser aumentada e a soberania e a integridade territorial da Síria devem ser protegidas, apontou Wang. Em terceiro lugar, deve ser mantida uma posição firme no combate eficaz ao terrorismo. A China defende que todas as organizações terroristas listadas pelo Conselho de Segurança da ONU devem ser reprimidas e a duplicidade de padrões deve ser rejeitada. O papel de liderança do governo sírio no combate ao terrorismo no seu território deve ser respeitado, os esquemas de provocar divisões étnicas sob o pretexto de combater o terrorismo devem ser combatidos, e o sacrifício e a contribuição da Síria para a luta antiterrorista deve ser reconhecido, afirmou Wang. A China apoiará a posição antiterrorista da Síria e unir-se-á ao país para reforçar a cooperação global antiterrorista, disse. Por último Em quarto lugar, deve ser promovida uma solução política inclusiva e conciliatória para a questão síria. A China conclama o avanço da solução política da questão síria liderada pelos sírios, superando as diferenças entre todas as facções através do diálogo e consultas, e estabelecendo uma base política sólida para a estabilidade, desenvolvimento e revitalização da Síria a longo prazo. A comunidade internacional deve fornecer assistência construtiva à Síria neste sentido e apoiar as Nações Unidas no desempenho de seu papel como o principal canal de mediação, disse Wang. Por sua vez, Mekdad disse que a Síria concorda com a proposta em quatro pontos da China e está disposta a fortalecer ainda mais sua coordenação com a China sobre a questão síria. A China como um importante membro da comunidade internacional sempre esteve do lado da justiça, disse o diplomata sírio, que também expressou a esperança de que a China tenha um papel de maior peso na solução da questão síria e de outros assuntos internacionais.
Hoje Macau SociedadeBanca | Haitong Bank de Lisboa abre sucursal em Macau O Haitong Bank S.A., antigo Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), foi autorizado a abrir uma sucursal em Macau, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. Segundo o documento, a sucursal de Macau do Haitong vai ter poderes para efectuar as seguintes actividades: “transacções, efectuadas por conta própria ou por conta de clientes, sobre instrumentos dos mercados monetário e cambial, instrumentos financeiros a prazo e opções e operações sobre divisas ou sobre taxas de juro e valores mobiliários”, “participação em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos”, “actuação nos mercados interbancários”, “consultoria financeira” e ainda “prestação de informações comerciais”. Criado em 1993, como Espírito Santo – Sociedade de Investimentos, e com sede em Lisboa, o BESI expandiu-se para várias praças financeiras internacionais, como Londres, Nova Iorque, São Paulo ou Mumbai. Com a dissolução do Grupo Espírito Santo, o BESI foi vendido à correctora estatal chinesa, Haitong Securities Company Limited, em 2015, por 379 milhões de euros, o equivalente a aproximadamente a 3,58 mil milhões de patacas. Actualmente, o Haitong Bank S.A. tem sede é Lisboa e é liderado por Wu Min, presidente da Comissão Executiva, e Lin Yong, presidente do Conselho de Administração. O Haitong é a instituição responsável pela colocação no mercado do empréstimo obrigacionista da Benfica SAD, que pretende financiar as águias com 35 milhões de euros.
Hoje Macau Manchete Sociedade“Cempaka” | Sinal 8 deverá ser içado a partir desta madrugada Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estimam que o sinal 8 de tempestade tropical, relativo à passagem do ciclone tropical “Cempaka”, deverá ser içado entre esta madrugada e a manhã de terça-feira, sendo essa possibilidade “moderada a relativamente alta”. Tal deve-se ao facto de o “Cempaka” ter ficado “mais forte do que o esperado”, sendo que “a sua trajectória mudou mais para norte”. O “Cempaka” deverá atingir, nas próximas horas, “o ponto mais próximo da região”, a cerca de 100 quilómetros de Macau, deslocando-se “para a área compreendida entre a Ilha Xiachuan e Yangjiang”. Espera-se que, nas próximas 24 horas, o ciclone tropical continue a mover-se para o quadrante norte. Em relação às condições meteorológicas, os SMG falam na ocorrência de “períodos dispersos de aguaceiros fortes”, com rajadas de vento fortes ocasionais. Prevê-se ainda a ocorrência de inundações, com um máximo de 0,5 metros de altura, nas zonas baixas do Porto Interior. O sinal 3 de tempestade foi hoje içado e, ao início da tarde, o “Cempaka” “intensificou-se significativamente”, explicam os SMG.
Hoje Macau DesportoTóquio 2020 | Atleta checo residente na aldeia olímpica infetado com novo coronavírus O jogador checo de voleibol de praia Ondrej Perusic, residente na aldeia olímpica de Tóquio2020, teve um teste com resultado positivo ao novo coronavírus, anunciou hoje o Comité Olímpico da República Checa. Perusic efetuou o teste no domingo (18 de julho) e “não apresenta absolutamente qualquer sintoma” associado à covid-19, segundo o chefe de missão do país nos Jogos Olímpicos, Martin Doktor, que adiantou terem sido tomadas “medidas para evitar a transmissão [da infeção] aos membros da comitiva”. Desde a chegada das delegações à capital japonesa, quatro atletas acusaram positivo nos testes de despistagem ao novo coronavírus, de acordo com a organização dos Jogos Olímpicos, ainda sem contabilizar o caso de Perusic. O Comité Olímpico Internacional (COI) informou também hoje que os contactos próximos de um caso positivo em Tóquio2020, o que deverá suceder com alguns elementos da delegação checa, devem ser isolados, mas continuarem a poder treinar. Os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este ano devido à pandemia de covid-19, realizam-se de 23 de julho a 08 de agosto.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 34 mortos após o deslizamento de terras na Índia ocidental Inundações em Mumbai provocaram este domingo pelo menos 34 mortos e um número desconhecido de desaparecidos na capital do estado indiano de Maharashtra, na sequência de deslizamentos de terras, segundo os dados mais recentes das autoridades indianas. Vinte e um corpos foram resgatados na zona de Chembur, no subúrbio oriental de Mumbai, e dez em Vikhroli, no norte da cidade, de acordo com a agência APF que cita o diretor da Força Nacional de Gestão de Desastres (NDRF). A cidade de Mumbai tem sido atingida por fortes chuvas, desde sábado, e o abastecimento de água potável foi afetado, assim como os serviços de transporte público. As autoridades locais ainda não conseguiram estimar quando é que o abastecimento de água potável será retomado e aconselharam os habitantes a ferver a água antes de a consumirem. As últimas previsões meteorológicas apontam para chuvas moderadas ou fortes para os próximos dois dias. No mês passado, 12 pessoas morreram na sequência do colapso de um edifício num bairro pobre de Mumbai e em setembro do ano passado 39 morreram após o colapso de um edifício de três andares em Bhiwandi.
Hoje Macau China / ÁsiaVinho português tem “oportunidade” na China, mas é preciso “trabalhar o terreno” O director-geral de uma das maiores importadoras de vinho da China considerou ontem haver “oportunidades” para os vinhos portugueses, mas ressalvou que é preciso fazer “trabalho de terreno” para conquistar presença no emergente mercado chinês. Embora apenas cerca de 3 por cento da população chinesa beba regularmente vinho, a China é já o quinto maior mercado do mundo, devido à sua dimensão populacional – 1,4 mil milhões de habitantes. O português Francisco Henriques, director-geral da China Wines & Spirits, uma das maiores importadoras da China, com sede em Xangai, a “capital” económica do país, aponta para o “potencial” dos diferentes tipos de vinho e castas de Portugal, num mercado “dinâmico” e “sempre à procura de coisas novas”. “Aqui, acho que Portugal tem uma palavra a dizer e tem uma oportunidade com as nossas castas”, nota Francisco Henriques. “Os alvarinhos portugueses, que começam a emergir, e estão também a aparecer a touriga e o aragonês”. O responsável refere ainda uma “grande oportunidade” para os vinhos verdes. “São vinhos fáceis de beber e que combinam com o próprio clima e gastronomia” da China, nota. “Acho que esses vinhos podem crescer bastante e os brancos de uma maneira geral”. Francisco Henriques lembra, no entanto, que “é preciso fazer muito trabalho” para que essas marcas e esses vinhos “tenham também muita informação disponível e que haja pessoas cada vez mais a falar sobre eles”. “Essa parte leva tempo e é preciso ser feita de forma mais consistente e mais regular”, aponta. “É preciso trabalho contínuo”, diz. “Não se pode fazer só uma acção, é preciso continuamente estar sempre a falar e só dessa forma é que os vinhos sobrevivem e as marcas se constroem. É preciso estar presente e nunca baixar os braços”. Vantagens electrónicas O comércio electrónico constitui também outra “grande revolução” na forma de vender e distribuir vinhos na China. O país asiático é responsável por cerca de metade do conjunto mundial de vendas pela Internet, dinamizadas por uma vasta rede logística e grupos como o Alibaba, Jingdong ou Meituan. “É realmente impressionante”, nota o português. “Não é só a parte electrónica, mas também a parte logística que funciona: A rapidez e a eficácia com que as mercadorias chegam aos clientes com o clicar no telemóvel é impressionante, praticamente sem erros e atrasos”. A proliferação do comércio electrónico beneficia também os empresários, que conseguem colocar os seus produtos em qualquer ponto da China, sem depender de retalhistas. “Isso faz com que consigam chegar também a cidades mais pequenas e longínquas, onde não temos grandes possibilidades de ir com presença física”, sublinha o director-geral da China Wines & Spirits. Apesar do potencial do mercado chinês, devido sobretudo à sua escala e espaço para expandir o consumo, o vinho continua a ter uma quota ínfima do mercado, à medida que cervejarias, bares de cocktails proliferam nas cidades chinesas. “Não podemos esquecer que, quando olhamos para o mercado das bebidas, o vinho pesa muito pouco”, nota o português. “No mundo dos espirituosos, a distribuição está mais concentrada, no vinho há muito mais operadores de mercado que não estão tão integrados”, aponta. “Isso também por vezes dispersa a comunicação e não se consegue o mesmo sucesso”, refere.
Hoje Macau SociedadeARTM/Obras | Fraca construção motiva angariação de fundos A Associação de Reabilitação de Toxicodependentes de Macau (ARTM) lançou uma campanha de angariação de fundos para apoiar as obras de reparação da sala de reuniões do seu centro de reabilitação localizado em Ká-Hó. Em causa, segundo uma publicação feita através da rede social Facebook, está a fraca qualidade de construção da estrutura, que não impediu a humidade e as infiltrações de danificarem a divisão. O custo total da obra é de 174 mil patacas, sendo que aqueles que contribuírem com o mínimo de 1.000 patacas verão o seu nome adicionado ao “Thank You Hall” da ARTM.
Hoje Macau DesportoTóquio regista maior número de casos de covid-19 em seis meses a dias dos Jogos Olímpicos A capital do Japão, Tóquio, anfitriã dos Jogos Olímpicos, informou ontem ter registado 1.308 novas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número de casos desde janeiro passado, a oito dias do arranque da competição desportiva. Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, após o adiamento em um ano devido à pandemia de covid-19. Pelo segundo dia consecutivo, a capital nipónica ultrapassa a barreira dos 1.000 novos casos diários da doença covid-19, número que não era registado há seis meses e que vem confirmar uma tendência de crescimento que tem sido verificada no último mês, de acordo com o executivo metropolitano de Tóquio. A cidade tem observado um grande aumento de casos desde a semana passada, situação que levou o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, a declarar um novo estado de emergência (o quarto desde o início da crise pandémica) na região de Tóquio, que vigorará até 22 de agosto e que coincidirá com a celebração dos Jogos Olímpicos. Após a declaração do estado de emergência, o comité organizador dos Jogos Olímpicos, as autoridades locais e o Governo japonês anunciaram a decisão de realizar o evento sem público. A par das bancadas sem espetadores, os Jogos Olímpicos serão realizados num ambiente de inúmeras restrições sem precedentes para todos os atletas participantes, nomeadamente uma limitação de circulação à zona olímpica e um acompanhamento constante do seu estado de saúde, entre outras medidas. A pandemia de covid-19 provocou, até à data, mais de quatro milhões de mortos em todo o mundo, entre mais de 188 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a agência France-Presse (AFP). A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
Hoje Macau China / ÁsiaChina planeia reforçar as suas vacinas com dose da Pfizer A China está a considerar reforçar a vacinação da sua população, principalmente inoculada com antígenos de vírus inativados fabricados localmente, com uma dose adicional da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, informou hoje a imprensa local. Fontes próximas dos reguladores farmacêuticos chineses, citadas pelo portal de notícias Caixin, indicaram que as “autoridades chinesas planeiam usar a vacina [da Pfizer-BioNTech] como uma dose de reforço para pessoas que receberam vacinas de vírus inativados”. As fontes também observou que esta dose extra provavelmente será gratuita. Segundo Wu Yifang, presidente da Fosun Pharma – a parceira chinesa da BioNTech – a Universidade de Hong Kong está a realizar um estudo sobre o desempenho obtido pela mistura da vacina chinesa Sinovac com a da BioNTech e os “dados disponíveis até agora são positivos”. A comunidade científica debate há meses a necessidade e eficácia da injeção de uma terceira dose, que pode ser uma vacina diferente da inoculada anteriormente. O grupo Fosun explicou que os reguladores de medicamentos chineses concluíram a revisão da vacina Pfizer-BioNTech, que agora está em fase de revisão administrativa. “Os departamentos competentes estão prestes a aprovar a vacina”, disse Wu, na quarta-feira, durante uma reunião com os acionistas da empresa. A Fosun está confiante de que poderá iniciar a produção nacional antes do final deste mês. O objetivo é fabricar mil milhões de doses até ao final de 2021, segundo a Caixin. Em abril passado, o presidente executivo da BioNTech, Ugur Sahin, garantiu que estava confiante de que receberia sinal verde dos reguladores chineses antes do final de julho. Se a vacina for aprovada, é a primeira inoculação de RNA mensageiro – e a primeira desenvolvida por empresas estrangeiras – a ser aprovada na China continental. A vacina BioNtech já está a ser usada nas regiões semiautónomas de Macau e Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia e China discutem impasse na fronteira Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Índia e da China reuniram-se no Tajiquistão, na quarta-feira, com Nova Deli a enfatizar que um impasse militar na fronteira está a “perturbar profundamente” os laços bilaterais. “A restauração total e a manutenção da paz e tranquilidade nas áreas fronteiriças são essenciais para o desenvolvimento das relações bilaterais”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, S. Jaishankar, numa mensagem difundida na rede social Twitter. O ministro indiano alertou que qualquer mudança unilateral no status quo por Pequim é “inaceitável”. Jaishankar e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniram-se paralelamente ao encontro entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização de Cooperação de Xangai, em Duchambé, no Tajiquistão. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi afirmou que o impasse não beneficiou nenhum dos lados e que a China quer resolver a situação através do diálogo. “A relação China – Índia é definida pela não ameaça mútua e por proporcionar oportunidades de desenvolvimento aos dois lados”, apontou. “Os dois países são parceiros, não oponentes e, especialmente, não inimigos”, descreveu Wang. O impasse entre a Índia e a China prolonga-se há mais de um ano, apesar de as negociações militares envolvendo comandantes locais e reuniões políticas entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa. Jaishankar disse que os dois lados concordaram, na quarta-feira, em realizar uma reunião entre os comandantes militares. No ano passado, 20 soldados indianos morreram, num confronto com soldados chineses, que envolveu lutas com paus e pedras, numa parte da fronteira disputada. A China disse que perdeu quatro soldados. Ambos os lados mobilizaram dezenas de milhares de soldados, artilharia e aviões de combate ao longo da fronteira disputada, conhecida como a Linha de Controlo Real, que separa os territórios controlados pela China e Índia de Ladakh e Arunachal Pradesh, que Pequim reivindica na totalidade. Índia e China travaram uma guerra em 1962.
Hoje Macau China / ÁsiaONU diz que nova vaga de covid-19 exige resposta internacional no Myanmar A nova vaga de covid-19 em Myanmar (antiga Birmânia), ligada à variante delta, exige uma resposta internacional de “emergência”, advertiu hoje o relator especial das Nações Unidas para os direitos humanos naquele país. “A crise (…) é particularmente letal devido à desconfiança generalizada em relação à junta militar”, sublinhou Tom Andrews num comunicado, apelando à ajuda da comunidade internacional para estabelecer um órgão politicamente neutro para coordenar a resposta à pandemia em que “os birmaneses podem confiar”. O forte ressurgimento do vírus em todo o país, mergulhado numa profunda crise política desde o golpe de Estado militar de 01 de fevereiro, é agravado pelo colapso do sistema de saúde devido a greves contra o comando militar e à desconfiança da população em relação ao regime, responsável por centenas de mortes de civis desde que eclodiram os protestos. A junta “carece dos recursos, capacidade e legitimidade” para controlar a crise, disse Andrews. A resposta sanitária foi prejudicada por uma greve geral indefinida de milhares de médicos e enfermeiros, muitos deles perseguidos pela junta militar, que se recusam a trabalhar para a ditadura militar. Para além da capacidade limitada para testar o vírus e da lenta campanha de vacinação covid-19, existe uma falta de fornecimento de oxigénio médico. O chefe da junta militar, o general Min Aung Hlaing, negou que os tanques de oxigénio não estivessem a ser produzidos, mas hoje o jornal pró-governamental The Global New Light of Myanmar, agora controlado pelo exército, fez eco de notícias sobre a sua escassez na cidade do norte de Kalay. A Birmânia registou 7.083 infetados e 145 mortos na quarta-feira, elevando o total desde o início da pandemia para 208.357 casos, que causaram 4.181 óbitos.