Hoje Macau SociedadeReceitas da hotelaria caem 66,2 por cento em 2020 Em 2020, o sector hoteleiro de Macau registou receitas de 12,93 mil milhões de patacas, uma descida de 66,2 por cento relativamente a 2019. De acordo com dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a queda ficou a dever-se à baixa taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes (28,6 por cento), que resultou da pandemia de covid-19. Dado que as despesas (22,22 mil milhões) foram superiores às receitas, revela a DSEC, o excedente bruto dos hotéis e pensões teve um défice de 9,36 mil milhões de patacas. Por seu turno, o valor acrescentado bruto, que reflecte o contributo económico do sector, fixou-se em 2,18 mil milhões de patacas, ou seja, menos 88,8 por cento, face a 2019. Em termos da classificação dos hotéis, observou-se que as receitas dos 36 hotéis de 5 estrelas foram de 10,03 mil milhões de patacas, isto é, menos 66,7 por cento, face a 2019. O excedente bruto destes estabelecimentos teve um défice de 7,85 mil milhões de patacas. Além disso, as receitas e despesas dos hotéis das restantes estrelas diminuíram em relação a 2019, tendo registado diferentes níveis de prejuízos. Em 2020 existiam 124 hotéis e pensões abertos ao público, mais dois do que em 2019 e o pessoal ao serviço totalizou 42.672 indivíduos, menos 9.181.
Hoje Macau Eventos“The Crown” é a grande vencedora dos Emmys A série da Netflix “The Crown” foi a grande vencedora da 73.ª edição dos Prémios Emmy, levando pela primeira vez a estatueta de Melhor Série Dramática e dominando por completo a categoria na maior noite da televisão. “Estou sem palavras”, disse o produtor executivo de “The Crown”, Peter Morgan, no discurso de vitória do Emmy para série dramática do ano, que foi entregue no fim da cerimónia, na madrugada desta segunda-feira em Los Angeles. Olivia Colman, que já tinha vencido o Emmy de Melhor Actriz em Série Dramática pelo seu papel de Rainha Isabel II, mostrou-se surpreendida pelo domínio absoluto da série, agora na quarta temporada, e a sua própria vitória. “Teria apostado dinheiro em como isto não aconteceria”, afirmou. Nas nove principais categorias de Série Dramática, “The Crown” venceu oito. Além de série do ano e Melhor Actriz, deu a Josh O’Connor o Emmy de Melhor Actor, pelo papel de Príncipe Carlos, distingiu Tobias Menzies como Melhor Actor Secundário pelo papel de Príncipe Filipe de Edimburgo e corou Gillian Anderson como Melhor Actriz Secundária, por interpretar Margaret Thatcher. A série também recebeu o prémio de Melhor Escrita para Série Dramática, para Peter Morgan, e distingiu a realizadora Jessica Hobbs pelo episódio “War”, com o Emmy de Melhor Realização. Kate Winslet vence prémio A outra grande vencedora da noite foi a nova série da Apple TV+, “Ted Lasso”, premiada como Melhor Série de Comédia contra títulos como “Black-ish”, “Emily em Paris” e “The Kominsky Method”. A produção, que conseguira vinte nomeações, levou igualmente os principais prémios de representação: o protagonista Jason Sudeikis foi Melhor Actor, Brett Goldstein foi Melhor Actor Secundário e Hannah Waddingham venceu o Emmy de Melhor Actriz Secundária. A também nova comédia da HBO, “Hacks”, conquistou várias distinções de peso. Jean Smart venceu o Emmy de Melhor Actriz e tanto os prémios de realização (Lucia Aniello) como escrita (Lucia Aniello, Paul W. Downs e Jen Statsky) foram para esta série. Na categoria de minissérie, série de antologia ou filme os prémios foram divididos entre “O Gambito da Rainha”, que conquistou o título de Minissérie do Ano e Melhor Realização (Scott Frank) e “Mare of Easttown”, que levou quase tudo na representação. A produção da HBO deu a Kate Winslet o Emmy de Melhor Actriz, a Julianne Nicholson o prémio de Melhor Actriz Secundária e a Evan Peters o Emmy de Melhor Actor Secundário. ”The Handmaid’s Tale”, da Hulu, foi uma das grandes derrotadas. O drama tinha 21 indicações e desta vez não recebeu qualquer prémio.
Hoje Macau China / ÁsiaGuterres considera que confronto entre EUA e China é “perigoso para o mundo” O secretário-geral da ONU afirmou este domingo que um confronto entre os Estados Unidos e a China é “perigoso para o mundo” e que, apesar das diferenças, há áreas onde podem ser alcançados acordos que levem a cooperação. Em entrevista à cadeia televisiva CNN, António Guterres disse também estar preocupado com a divisão que existe entre países relativamente às vacinas, em vésperas da assembleia-geral da ONU, que começa na segunda-feira e que previsivelmente terá entre os seus principais focos de interesse a resposta à pandemia. “Temos duas divisões em relação às vacinas: a primeira [refere-se ao facto de que] o norte” tomou conta da sua população, “esquecendo-se do sul, e o sul acha que isso é terrivelmente injusto, o que aumenta a desconfiança em relação ao norte”, considerou. Depois, há a divisão entre os EUA e a China. “Desde o início [da pandemia] falei com ambas as partes. E, como já disse, há áreas onde não é possível um acordo, em que a confrontação é inevitável e os direitos humanos são uma delas” e não é fácil ir além dessas diferenças, prosseguiu. “Mas há uma área em que deveria haver uma cooperação efetiva, como é o caso das alterações climáticas, e há outras em que acredito que é necessária uma negociação séria”, defendeu António Guterres, para sair do cenário atual de dois países “totalmente” em confrontação, algo que é “perigoso para o mundo”. Acrescentou que existem dois cenários opostos em várias questões como duas moedas dominantes, duas versões de inteligência artificial (IA), o mundo digital, duas estratégias militares em conflito, duas estratégias globais diferentes. “Acho que temos que evitar outra guerra fria. A velha guerra fria era mais fácil de lidar, agora é mais complexo”, considerou António Guterres. O secretário-geral da ONU referiu que duas áreas onde poderia haver essa negociação são a tecnologia e o comércio, o que criaria “um ambiente de cooperação” que poderia levar a eventuais outros acordos. Também disse que a situação para os países é mais ameaçadora com as variantes que surgiram da covid-19. “A variante delta foi uma lição para muitos, incluindo os EUA”, apontou, referindo tratar-se de uma lição em que é preciso agir rapidamente. “Com o impacto que temos visto na economia global, é algo que temos de evitar a qualquer custo e acredito que nas próximas duas semanas veremos avanços”. afirmou, considerando que, embora haja alguns sinais de cooperação nos esforços para enfrentar a pandemia, que os países deveriam ter-se reunido antes com este propósito. “Sejamos claros: estes esforços chegam um pouco tarde. A realidade aqui é que a comunidade internacional não se sentou à mesma mesa”, apontou Guterres. Argumentou que existem “estratégias diferentes de países diferentes”, o que tem conduzido a uma situação “totalmente inaceitável”, de desigualdade com países como o seu – Portugal – com mais de 80% da população vacinada, enquanto nos países de África menos de 2% tiveram acesso a inoculações.
Hoje Macau China / ÁsiaNova aliança dos EUA na Ásia-Pacífico pode levar a “corrida às armas nucleares”, avisa Coreia do Norte A nova aliança dos Estados Unidos na região da Ásia-Pacífico e a recente compra de submarinos norte-americanos por parte da Austrália pode desencadear uma “corrida às armas nucleares” na região, avisou hoje a Coreia do Norte. Os EUA, a Austrália e o Reino Unido anunciaram uma parceria estratégica para combater a China (AUKUS), na quarta-feira, incluindo o fornecimento de submarinos norte-americanos movidos a energia nuclear a Camberra, depois de a decisão da Austrália cancelar um contrato para a compra de submarinos franceses a favor de navios norte-americanos que provocou a indignação em Paris. O pacto AUKUS (iniciais em inglês dos três países anglo-saxónicos) tem como objetivo reforçar a cooperação trilateral em tecnologias avançadas de defesa, como a inteligência artificial, sistemas submarinos e vigilância a longa distância. O chefe do Governo australiano declarou, em várias entrevistas, que o seu Governo estava a responder à situação atual na região da Ásia-Pacífico, onde os territórios são cada vez mais disputados e onde a rivalidade se intensifica. “É um movimento extremamente indesejável e perigoso que irá perturbar o equilíbrio estratégico na região da Ásia-Pacífico e desencadear uma corrida às armas nucleares”, disse a agência noticiosa estatal da Coreia do Norte KCNA, citando um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano. “Isto mostra que os Estados Unidos são o principal culpado que põe em perigo o sistema internacional de não-proliferação nuclear”, acrescentou. Na quarta-feira, o lançamento ao mar de dois mísseis balísticos norte-coreanos foi seguido, em poucas horas, pelo lançamento de um míssil balístico de um submarino pela Coreia do Sul, que se tornou no sétimo país do mundo a dispor desta tecnologia avançada. Washington, aliado de Seul, “condenou” imediatamente os lançamentos de Pyongyang, que foram efetuados “em violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU” e que representam “uma ameaça para os vizinhos”. A Coreia do Norte está sujeita a múltiplas sanções internacionais devido aos seus programas nucleares e de mísseis balísticos. As conversações nucleares com Washington foram suspensas desde a fracassada cimeira de Hanói, em fevereiro de 2019, entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o então Presidente dos EUA Donald Trump.
Hoje Macau China / ÁsiaApenas um candidato pró-democracia eleito para Comissão Eleitoral de Hong Kong Um dos dois candidatos vistos como simpatizantes da oposição pró-democracia de Hong Kong, que se candidataram a integrar a Comissão Eleitoral da cidade no domingo, ganhou um lugar entre 1.500, noticiou hoje o South China Morning Post. De acordo com o jornal de Hong Kong, o candidato Tik Chi-yuen ganhou o lugar com um pouco de sorte, uma vez que empatou com dois outros candidatos na votação, restando apenas dois lugares para serem atribuídos. Os três tiveram de fazer sorteio, e Tik, 63 anos, ganhou um dos lugares disponíveis. “Pelo menos ainda há algum espaço para nós”, comentou o candidato eleito. “Não importa se há um ou dois de nós. Vale a pena participar, desde que possamos representar os pensamentos íntimos de alguns ‘hongkongers’ e as suas opiniões”, afirmou. “A afluência tem sido inesperadamente elevada, mas a lógica tradicional de que uma afluência elevada pode beneficiar os democratas não se aplica desta vez”, disse Tik, um antigo membro do Partido Democrata que agora dirige o partido centrista Third Way. A afluência às urnas foi de quase 90% dos 4.889 habitantes de Hong Kong que foram às urnas no domingo. Todos os candidatos tiveram de passar por um processo de veto em agosto passado, um dos requisitos da reforma eleitoral e que, de acordo com os sectores pró-democracia, procura tornar mais difícil o acesso da oposição de Hong Kong ao poder. Esta mesma lei significou que a Comissão Eleitoral foi alargada de 1.200 para 1.500 lugares, dos quais 364 foram eleitos este domingo por sufrágio restrito, uma vez que os restantes já estão ocupados por nomeação direta ou por votos em que não houve oposição. As funções da Comissão Eleitoral são votar em candidatos previamente selecionados pelo Governo chinês para chefiar o executivo local, nomear candidatos para o Conselho Legislativo (o parlamento local), e selecionar até 40 membros para lugares na legislatura de 90 lugares, dos quais os habitantes de Hong Kong poderão eleger 20 por sufrágio direto. As eleições para o Conselho Legislativo de Hong Kong, nas quais a Comissão Eleitoral reformada terá uma grande influência, estão agendadas para 19 de dezembro, enquanto as do chefe do executivo estão marcadas para 27 de março de 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaManny Pacquiao anuncia candidatura às presidenciais de 2022 nas Filipinas O ícone do boxe filipino e senador Manny Pacquiao anunciou ontem a sua candidatura à presidência nas eleições de 2022. Pacquiao aceitou a nomeação do seu partido PDP-Laban durante a sua convenção nacional, comprometendo-se a servir honestamente o povo filipino que, segundo ele, tem estado à espera de uma mudança de governo. “Sou um lutador e serei sempre um lutador, dentro e fora do ringue”, disse Pacquioo, 42 anos, no seu discurso. “Em nome dos nossos compatriotas, que há muito desejam a mudança certa de governo, espero de todo o coração, corajosamente e humildemente, o vosso apoio”, acrescentou. Pacquiao é o presidente da fação PDP-Laban, que lidera, juntamente com o senador Aquilino “Koko” Pimentel III. Outra facção do partido nomeou, no início deste mês, o Presidente Rodrigo Duterte como seu candidato a vice-presidente, e o antigo assessor de Duterte, o senador Bong Go, como seu candidato a presidente. Duterte, que está proibido pela constituição de procurar um segundo mandato de seis anos, aceitou a nomeação, mas Go recusou-se a candidatar-se à presidência. Duterte liderou uma campanha brutal contra as drogas ilegais, e disse, na semana passada, que preferia “morrer primeiro” antes de enfrentar um tribunal internacional, um dia depois do Tribunal Penal Internacional ter anunciado que iria investigar alegações de crimes contra a humanidade relacionados com a repressão que deixou milhares de mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong elege novo comité eleitoral “reservado aos patriotas” A elite política de Hong Kong designou este domingo um comité que escolherá o próximo líder da cidade e quase metade do corpo legislativo, no quadro de um novo sistema “reservado aos patriotas”. “Trata-se de uma eleição importante ainda que o número de pessoas que podem participar não seja elevado”, declarou à imprensa a atual dirigente de Hong Kong, Carrie Lam, adiantando que o novo sistema garantirá que os “criadores de problemas anti-chineses” não possam “criar obstáculos” ao governo. Cerca de 4.800 cidadãos de Hong Kong estavam autorizados a votar para o comité eleitoral, cerca de 0,06% dos 7,5 milhões de habitantes da cidade e menos que os 6.000 polícias destacados para evitar manifestações ou perturbações durante a votação. Segundo as autoridades, votaram 86% dos eleitores. Em 2016, antes da reforma, cerca de 233.000 cidadãos de Hong Kong puderam votar. Este é o primeiro escrutínio no quadro de um novo sistema em que todas as pessoas que concorrem a um cargo público devem ser verificadas quanto à lealdade política e certificadas de que não representam uma ameaça à segurança nacional. Em dezembro, o comité designará 40 dos 90 lugares do conselho legislativo da cidade – 30 serão escolhidos por grupos de interesses especiais e apenas 20 dão eleitos diretamente. No próximo ano, escolherá o novo dirigente de Hong Kong, aprovado pela China. Pequim insiste que o novo sistema político é mais representativo e que permitirá evitar que elementos “anti-chineses” acedam ao poder. Os seus críticos afirmam que não deixa espaço à oposição pró-democrática e que faz de Hong Kong “um espelho” da China continental autoritária liderada pelo Partido Comunista.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede à Rússia, Irão e Paquistão trabalho conjunto no Afeganistão O ministro dos Negócios Estrangeiros da China pediu sexta-feira aos homólogos da Rússia, Irão e Paquistão que adoptem uma “voz comum” para enviar um “sinal claro e coerente” que promova uma “transição suave” no Afeganistão. “O Afeganistão atravessa um período crítico para passar do caos à estabilidade governativa”, apontou Wang Yi, durante uma reunião com os seus homólogos, em Duchambé. “A guerra acabou, mas a nova estrutura política afegã ainda não foi estabelecida. Existem conflitos intrincados, de natureza étnica e religiosa, e há incertezas sobre o seu desenvolvimento”, acrescentou. O diplomata sugeriu aos representantes da Rússia, Irão e Paquistão que reforcem a comunicação e exerçam uma “influência positiva” e desempenhem um papel construtivo no Afeganistão. “Um governo foi estabelecido no Afeganistão, mas ainda não acabou de formular as suas políticas internas e externas. Devemos respeitar a soberania, independência e integridade afegãs, mas também devemos orientá-los para formar uma estrutura política inclusiva, com políticas moderadas”, apontou Wang. O representante chinês ressaltou que estas políticas devem “respeitar os direitos básicos das minorias étnicas, mulheres e crianças”, numa referência à ascensão dos Talibã ao poder, cujo regime anterior – entre 1996 a 2001 – relegava o papel das mulheres a uma interpretação restrita do Islão, proibindo-as de trabalhar ou ir à escola. Linhas claras “Devemos também pedir aos Estados Unidos que honrem os seus compromissos. Devemos trabalhar com outros países para exigir que Washington aprenda com os seus erros e forneça ajuda económica e humanitária ao Afeganistão”, acrescentou o ministro chinês. Wang Yi também enfatizou a importância de prevenir que forças terroristas se alastrem pela região, apontando que os talibãs se comprometeram “repetidamente” com aquela tarefa. “Disseram que não vão permitir que nenhuma força use o território afegão para prejudicar os interesses de segurança dos países vizinhos”, observou. “Esperamos que o novo regime afegão honre este compromisso e estabeleça uma linha clara contra as forças terroristas, especialmente aquelas que visam os países vizinhos”, destacou. Wang assegurou que, a longo prazo, os quatro países devem ajudar o Afeganistão a integrar-se nos mecanismos de cooperação regional, para que o país possa criar as suas próprias capacidades de desenvolvimento. “Tolerância, contra-terrorismo, boa vizinhança. Estes são os três pontos mais importantes para que o Afeganistão avance a longo prazo e para que o resto dos países da região salvaguardem os seus legítimos interesses”, acrescentou. O encontro foi realizado na véspera da cimeira entre os líderes dos oito países membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), em Duchambé, e que abordará a crise no Afeganistão. A SCO inclui a Índia, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tajiquistão, China e Uzbequistão e tem também quatro países observadores: Afeganistão, Bielorrússia, Irão e Mongólia.
Hoje Macau China / ÁsiaAstronautas chineses deixam estação espacial e regressam à Terra após 90 dias Três astronautas chineses que passaram 90 dias na estação espacial da China iniciaram ontem o regresso à Terra, informou a agência espacial do país. Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo abandonaram a estação espacial às 8h56 da manhã e embarcaram na nave espacial Shenzhou-12. A emissora estatal CCTV transmitiu imagens dos astronautas a segurar pacotes, dentro da nave espacial, que deve cair hoje de paraquedas no deserto de Gobi, perto do centro de lançamento de Jiuquan. Os três astronautas estabeleceram um novo recorde do país asiático, de mais tempo passado no espaço. Após o lançamento, em 17 de Junho, o comandante da missão Nie e os astronautas Liu e Tang fizeram duas caminhadas espaciais, implantaram um braço mecânico de 10 metros e realizaram uma videochamada com o Presidente chinês, Xi Jinping. Antes de abandonar a estação espacial, os astronautas chineses recolheram os dados das suas experiências e garantiram que a estação vai continuar a ser operada sem tripulação, informou a televisão estatal CCTV. Retorno a casa A viagem de regresso deve levar pelo menos 30 horas, disse a CCTV. Antes de partir, Nie e os seus colegas expressaram agradecimento pelo “apoio e dedicação ininterruptos de todos os funcionários”. Quatro exercícios foram realizados no local de pouso em Dongfeng, na região da Mongólia Interior, norte da China, para garantir o retorno seguro da tripulação. Embora poucos detalhes tenham sido divulgados pela agência espacial da China, espera-se que outras equipas de astronautas sejam levadas em missões de 90 dias à estação nos próximos dois anos, visando tornar a infraestrutura totalmente funcional. O Governo chinês não anunciou ainda os nomes do próximo grupo de astronautas nem a data de lançamento do Shenzhou-13. A China enviou para o espaço 14 astronautas desde 2003, quando se tornou o terceiro país, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos, a fazê-lo por conta própria. Após ser concluída com o acrescento de mais dois módulos, a estação pesará cerca de 66 toneladas, uma fracção do tamanho da Estação Espacial Internacional, que lançou o seu primeiro módulo, em 1998, e pesará cerca de 450 toneladas quando estiver concluída.
Hoje Macau China / ÁsiaChina deteta 49 novos casos locais de covid-19, quase todos na província de Fujian A China anunciou hoje ter identificado 80 novos casos de covid-19, dos quais 49 por contágio local, quase todos diagnosticados na província de Fujian, no sudeste do país. Entre os casos locais, apenas um foi contabilizado fora de Fujian, na província de Yunnan, no sudoeste da China. O atual surto em Fujian foi identificado este fim de semana e afeta sobretudo as cidades de Putian e Xiamen. Os restantes 31 casos positivos foram diagnosticados em viajantes oriundos do exterior no município de Xangai (leste) e nas províncias de Yunnan (sul), Guangdong (sudeste), Sichuan (centro), Zhejiang (leste) e Shandong (leste). A Comissão de Saúde da China indicou que, até à meia-noite local, 40 pacientes tiveram alta, com o número total de infetados ativos na China continental a subir para 877, incluindo quatro em estado grave. A mesma fonte adiantou que o país somou 95.493 casos e 4.636 mortos desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaChina diz ter vacinado 91% dos adolescentes contra a covid-19 O Governo chinês disse hoje ter vacinado contra o novo coronavírus 91% dos alunos entre os 12 e 17 anos e 95% dos alunos com mais de 18 anos, assim como professores e funcionários nas escolas. O anúncio coincide com a informação divulgada também hoje pela imprensa oficial do país asiático, de que 40% dos 129 casos confirmados no recente surto na província de Fujian são crianças com menos de 12 anos. Este surto surgiu, pela primeira vez, numa escola, depois de o pai de uma das crianças ter regressado de Singapura. O pai testou positivo, após cumprir três semanas de quarentena, período durante o qual testou negativo para o vírus. Ele terá infetado o filho antes que a infeção fosse detetada, de acordo com os dados provisórios anunciados pela Comissão Nacional de Saúde da China. O menino acabou por transmitir o vírus a vários amigos, antes que o caso do pai fosse detetado. A doença posteriormente espalhou-se para pelo menos três outras escolas primárias e duas creches, de acordo com as autoridades locais. Até 12 de setembro, a China tinha aplicado 2.150 milhões de doses de vacina anti-covid entre a sua população, assegurando uma média entre 10 e 15 milhões de doses por dia, desde que começou a acelerar o seu processo de vacinação, em abril. Duas das principais vacinas chinesas já foram autorizadas para uso em crianças a partir dos três anos de idade, embora o processo ainda não tenha sido totalmente implementado em crianças com menos de 12 anos. Em julho passado, a China começou a vacinar estudantes com idades entre os 12 e 17 anos e, desde então, a campanha intensificou-se, para prevenir infeções nas escolas. Estima-se que a cobertura alcançada entre alunos e docentes seja muito superior à de todo o país, que no início de setembro se fixou em torno de 70%.
Hoje Macau China / ÁsiaInfluente irmã de líder norte-coreano ameaça Seul com corte total de relações Kim Yo Jong, a influente irmã do líder da Coreia do Norte, criticou ontem o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e ameaçou com uma “destruição completa” das relações bilaterais, horas depois do lançamento de mísseis balísticos pelos dois países. Kim Yo Jong reagia às declarações de Moon Jae-in que, momentos antes, afirmou que a capacidade crescente de mísseis da Coreia do Sul servirá como uma “dissuasão segura” contra as “provocações norte-coreanas”. Moon fez os comentários após o primeiro teste bem-sucedido da Coreia do Sul com um míssil balístico lançado por um submarino, teste que aconteceu horas depois de os militares sul-coreanos e japoneses confirmarem que a Coreia do Norte tinha disparado dois mísseis balísticos, que caíram no Mar do Japão. Segundo a imprensa estatal de Pyongyang, a também conselheira do Presidente Kim Jong Un condenou a “atitude ilógica de Seul”, lembrando que, segundo a lógica da Coreia do Sul, os mísseis sul-coreanos são “ações legítimas para apoiar a paz” enquanto os norte-coreanos constituem “uma ameaça à paz”. Nesse sentido, Kim Yo Jong considerou, por sua vez, como “uma provocação” a descrição dos testes de mísseis da Coreia do Sul e advertiu para os perigos de uma “destruição completa” das relações bilaterais se o Presidente Moon Jae-in continuar a caluniar a Coreia do Norte. A Coreia do Sul, que não possui armas nucleares, está sob a proteção do “guarda-chuva nuclear” norte-americano, que garante uma resposta devastadora dos Estados Unidos em caso de ataque ao seu aliado. No entanto, Seul tem acelerado os esforços para construir as suas armas convencionais, incluindo o desenvolvimento de mísseis mais poderosos. Especialistas dizem que os avanços militares de Seul têm como objetivo melhorar a capacidade de ataques preventivos e destruir as principais instalações e ‘bunkers’ norte-coreanos. Além do míssil lançado por submarino, a Coreia do Sul também testou um míssil a partir de um aparelho militar. Em Tóquio, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, condenou o lançamento dos dois mísseis balísticos pela Coreia do Norte afirmando que, além de violar resoluções internacionais, representam “uma ameaça à paz e à segurança” do seu país. Suga, em declarações à imprensa, expressou o seu “forte protesto” e apontou que o teste “viola as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, garantindo que o Japão “está a acompanhar a situação”. Por outro lado, adiantou que Tóquio convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional depois de os mísseis atingirem as águas da zona económica exclusiva do arquipélago japonês. A última vez que o regime norte-coreano disparou um míssil balístico foi no final de março passado, quando testou o que parecia ser uma versão de seu míssil KN-23, capaz de traçar trajetórias muito difíceis de intercetar. Além disso, o teste de hoje ocorreu depois de os norte-coreanos terem anunciado, na segunda-feira, que tinham testado um novo tipo de míssil de cruzeiro no fim de semana. Este armamento, devido ao seu alcance, capacidade de contornar os sistemas de deteção e potencial para carregar também ogivas nucleares, é considerado uma ameaça direta pelo Japão.
Hoje Macau China / ÁsiaTribunal chinês decide contra denunciante em proeminente caso de assédio sexual Um tribunal chinês decidiu ontem contra a denunciante, num caso de alegado assédio sexual ocorrido na imprensa estatal do país e considerado de grande importância para o movimento feminista #MeToo na China. Em 2018, Zhou Xiaoxuan acusou Zhu Jun, conhecido apresentador da televisão estatal CCTV, de assédio sexual, numa altura em que nas redes sociais chinesas começaram a surgir vários relatos de assédio, frequentemente censurados. Zhou era estagiária na CCTV. Em comunicado, o Tribunal Popular de Haidian, em Pequim, considerou que as provas apresentadas por Zhou “são insuficientes para provar a acusação de assédio sexual”. O tribunal decidiu, por isso, rejeitar a queixa de Zhou. A conta do tribunal na rede social WeChat publicou inicialmente aquela nota, que foi, posteriormente, apagada. A queixosa afirmou, após a notificação do veredicto, que o tribunal “rejeitou todos os pedidos” para inclusão de novas provas no seu caso. “Não é que eu não possa aceitar a perda do caso, mas, pelo menos, poderíamos ter um debate completo durante o processo. Nesta sessão, não houve debate e o tribunal não nos deu tempo suficiente para nos defendermos”, argumentou. “Acho que [o tribunal] deu o veredicto antes do julgamento”, protestou Zhou, à saída do tribunal. A mulher também anunciou que apelaria da decisão. De acordo com o texto do tribunal, “durante o julgamento, o autor e o réu realizaram testes e interrogatórios de acordo com a lei, e ocorreu um amplo debate judicial sobre o foco da disputa”. No início deste mês, um tribunal da cidade de Jinan, no leste da China, retirou as acusações contra um ex-funcionário do grupo Alibaba, suspeito de abusar sexualmente de uma funcionária, durante uma viagem de trabalho. As denúncias de assédio sexual continuam a ser um tabu na China.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Aliados da Rússia e da China reúnem-se no Tajiquistão Os países aliados da Rússia e da China começaram esta quarta-feira a preparar-se para uma série de reuniões em Dushanbe, capital do Tajiquistão, sobre o vizinho Afeganistão, estando o regresso ao poder dos talibãs a causar preocupação na Ásia central. Estas cimeiras devem juntar duas alianças regionais: a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), que agrupa ex-repúblicas soviéticas sob a égide de Moscovo, e a Organização de Cooperação de Xangai (OCS), que reúne a Rússia, a China, a Índia e o Paquistão. O encontro da OTSC está agendado para esta quinta-feira e o da OSC para sexta-feira, com a presença de países observadores e convidados. Tanto a Rússia como a China se apresentam como potências-chave na Ásia central, especialmente desde a retirada precipitada das forças militares dos Estados Unidos e dos seus aliados do Afeganistão, a par da tomada do poder pelos talibãs em Cabul. As antigas repúblicas soviéticas fronteiriças do Afeganistão, nomeadamente o Tajiquistão, temem a ingerência de grupos radicais apoiados pelos talibãs no seu território e um afluxo maciço de refugiados. Numa cimeira preliminar hoje realizada, o secretário-geral da OTSC, Stanislav Zas, apelou, assim, para um reforço da ajuda humanitária ao Afeganistão, lamentando, ao mesmo tempo, uma “situação desfavorável” na fronteira. Zas comprometeu-se a fornecer “toda a assistência militar e técnica necessária” ao Tajiquistão, em caso de ameaça à sua estabilidade. O Presidente russo, Vladimir Putin, o chinês, Xi Jinping, e o indiano, Narendra Modi, deverão participar na cimeira da OCS na sexta-feira, por videoconferência, ao passo que é esperada a participação presencial do chefe de Estado iraniano, Ebrahim Raisi, em Dushanbe. O Afeganistão tem o estatuto de observador na OCS, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, indicou hoje que os talibãs não foram convidados. “Ninguém está a precipitar-se para conceder um total reconhecimento aos talibãs”, comentou Lavrov, cujo país adotou uma atitude bastante conciliatória em relação ao movimento islamista radical, embora continuando a considerá-lo oficialmente “terrorista”. Lavrov saudou algumas promessas dos talibãs, como combater o tráfico de droga e impedir os atentados a outros países, mas deixando a ressalva: “Vamos observar como é que isso será aplicado na prática”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina terminou o primeiro exercício multinacional da ONU no país Terminou ontem o primeiro exercício de manutenção da paz internacional com capacetes azuis realizado na China. O exercício, que teve início a 6 de Setembro na base militar Queshan, em Zhumadian, na província de Henan, e foi designado como “Destino Comum 2021”, contou com a participação dos exércitos da China, Paquistão, Tailândia e Mongólia. Cerca de mil soldados vestidos com as fardas azuis da ONU foram mobilizados para o exercício, que decorreu num enorme campo de treino rodeado de montanhas. A fim de recriar condições semelhantes à realidade no terreno, os militares revezaram-se no papel de refugiados, aldeões envolvidos em lutas e militantes armados que atacavam as forças da ONU. Dezenas de veículos blindados, buldózeres, helicópteros e tanques, todos brancos e com o logótipo da ONU, foram mobilizados para o evento. Esta é a primeira vez que a China organiza um exercício internacional de manutenção de paz no seu território. O nome da operação, “Destino Comum 2021”, é uma expressão do Presidente chinês, Xi Jinping, que visa “demonstrar o apoio da China ao sistema multilateral centrado na ONU”, sublinhou o alto responsável militar Lu Jianxin. Depois de meio século O exercício ocorre no 50.º aniversário do reconhecimento da República Popular como representante da China nas Nações Unidas. O evento ocorre também num momento de tensões prolongadas entre a China e a Índia sobre disputas na fronteira e de incerteza sobre a segurança no Afeganistão depois da retirada das forças norte-americanas e aliadas em Agosto. A China tinha 2.158 militares envolvidos em operações de manutenção de paz em todo o mundo a 31 de Julho, de acordo com os últimos dados da ONU. Isto torna o país asiático no oitavo maior contribuinte mundial em termos de tropas destacadas para missões de paz das Nações Unidas. Os militares chineses estão envolvidos sobretudo no Sudão do Sul, Mali, Líbano e República Democrática do Congo. O país participa em operações de manutenção de paz da ONU desde 1990, com o fim da Guerra Fria, e já integrou 25 missões desse tipo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina detecta 50 novos casos locais de covid-19 na província de Fujian A China anunciou hoje ter identificado 73 novos casos de covid-19, dos quais 50 por contágio local, diagnosticados na província de Fujian, no sudeste do país. O actual surto em Fujian foi identificado este fim de semana e afecta sobretudo as cidades de Putian e Xiamen. Os 23 casos positivos restantes foram diagnosticados em viajantes oriundos do exterior nos municípios de Tianjin (norte) e Xangai (leste) e nas províncias de Yunnan (sul), Guangdong (sudeste), Zhejiang (leste), Fujian e Henan (centro). A Comissão de Saúde da China indicou que, até à meia-noite local, 46 pacientes tiveram alta, com o número total de infectados activos na China continental a subir para 837, incluindo quatro em estado grave. A mesma fonte adiantou que o país somou 95.413 casos e 4.636 mortos desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Penas de prisão para nove activistas que participaram em vigília por Tiananmen Nove figuras do movimento pró-democracia de Hong Kong foram hoje condenadas a penas entre seis e 10 meses de prisão pela participação numa vigília em memória do massacre de Tiananmen, no ano passado, proibida pela polícia. Três acusados receberam pena suspensa pela participação num encontro ilegal ou por incitarem outros a participar. A condenação surge dias depois de os três principais líderes da associação que organizava a vigília anual em Hong Kong em memória de Tiananmen terem sido acusados de incitamento à subversão. Na sexta-feira, as autoridades judiciais apresentaram acusações de incitamento à subversão contra a organização Aliança de Hong Kong (HKA), contra o presidente Lee Cheuk-yan e os vice-presidentes Albert Ho e Chow Hang-tung, detido dois dias antes. Além disso, a polícia anunciou o congelamento de 2,2 milhões de dólares de Hong Kong pertencentes à HKA. Durante três décadas, a Aliança de Hong Kong reuniu dezenas de milhares de pessoas num parque, no dia 04 de junho, para uma vigília à luz das velas, em memória das vítimas do massacre de Tiananmen, em 1989, com slogans apelando à democracia na China. Nos últimos dois anos, as vigílias foram proibidas, com as autoridades a invocarem a pandemia de coronavírus e ameaças à segurança nacional. Um total de 26 activistas são visados por terem participado na vigília de 2020. Dois deles, Nathan Law e Sunny Cheung, fugiram da cidade, procurando obter exílio no estrangeiro, antes da primeira comparência do grupo em tribunal, em setembro de 2020. Joshua Wong, Lester Shum, Tiffany Yuen e Janelle Leung foram condenados a penas de prisão no início deste ano por terem participado na vigília. Os restantes oito arguidos, que se declararam inocentes, comparecerão no tribunal em novembro. Em 09 de setembro, a polícia confiscou vários materiais do Museu 4 de Junho, encerrado há meses e dedicado à memória do massacre de Tiananmen.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês defende que países envolvidos na península coreana devem reduzir tensão militar O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, insistiu hoje, durante uma visita a Seul, sobre a importância de todos os países envolvidos na península coreana reduzirem as suas atividades militares, visando reduzir a tensão. Depois de reunir com o homólogo sul-coreano Chung Eui-yong, Wang Yi falou sobre o teste de mísseis de cruzeiro, realizado por Pyongyang na semana passada. O ministro chinês afirmou que todos os países envolvidos devem “contribuir para a paz e estabilidade na península coreana”. Wang Yi acrescentou que “não apenas a Coreia do Norte, mas também outros países estão a realizar atividades militares”, numa referência a exercícios conjuntos de verão entre Seul e Washington, que Pyongyang considera uma provocação. As palavras de Wang Yi também se referem ao primeiro teste, bem-sucedido, recentemente realizado pela Coreia do Sul, para lançar o seu primeiro míssil balístico a partir de um submarino. Chung considerou a China um parceiro importante na iniciativa de Seul para alcançar a paz na península por meio dos canais diplomáticos. Pouco após os dois falarem à imprensa, foi anunciado que a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos no Mar do Japão (ou Mar Oriental, segundo a designação coreana). Após almoçar com Chung, Wang deve fazer uma visita de cortesia ao presidente sul-coreano Moon Jae-in, antes de deixar Seul. Desde a vitória de Joe Biden que Washington tenta puxar Seul para a sua órbita de segurança, para fortalecer a frente comum contra Pequim. No entanto, o governo sul-coreano de Moon permanece prudente e equidistante, sabendo que a China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e um país-chave na tentativa de alcançar a desnuclearização da península.
Hoje Macau China / ÁsiaPM japonês condena lançamento de dois mísseis pela Coreia do Norte O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, condenou hoje o lançamento de dois mísseis balísticos pela Coreia do Norte afirmando que, além de violar resoluções internacionais, representam “uma ameaça à paz e à segurança” do seu país. O primeiro-ministro japonês expressou o seu “forte protesto” e apontou que o teste “viola as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, em declarações aos meios de comunicação. Suga também disse que o Japão “segue a situação” e convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional depois de os mísseis atingirem as águas da zona económica exclusiva do arquipélago japonês. A última vez que o regime norte-coreano disparou um míssil balístico foi no final de março passado, quando testou o que parecia ser uma versão de seu míssil KN-23, capaz de traçar trajetórias muito difíceis de interceptar. Além disso, o teste de hoje ocorreu depois de os norte-coreanos terem anunciado na última segunda-feira que haviam testado um novo tipo de míssil de cruzeiro no fim de semana. Estes armamentos, devido ao seu alcance, capacidade de contornar os sistemas de deteção e potencial para carregar também ogivas nucleares, são considerados um ameaça direta pelo Japão. Hoje, a Coreia do Norte disparou hoje dois mísseis balísticos não identificados no Mar do Japão (que as duas Coreias designam por Mar Oriental), informou o Chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS). “A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos não identificados para o Mar Oriental a partir da região central do país, depois do meio-dia de 15 de setembro”, disse o JCS, em comunicado, citado pela agência de notícias Efe. O lançamento de hoje também foi detetado pela Guarda Costeira japonesa, que indicou que os mísseis aterraram fora da zona económica exclusiva do Japão (ZEE). Também hoje, a Coreia do Sul declarou que realizou o seu primeiro teste de míssil lançado a partir de um submarino, horas depois de a Coreia do Norte ter disparado dois mísseis balísticos para o Mar do Japão. O gabinete do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse, num comunicado, que o chefe de Estado observou o teste de um míssil balístico lançado por um submarino na tarde de hoje. A nota referiu que o míssil disparado do submarino Ahn Chang-ho, da classe de 3.000 toneladas, viajou uma distância previamente definida antes de atingir um alvo designado.
Hoje Macau Manchete SociedadeConsulta pública sobre revisão da lei do jogo leva a quebras das operadoras em bolsa As acções das operadoras de jogo com casinos em Macau sofreram hoje perdas significativas na Bolsa de Hong Kong, após a divulgação do documento de consulta pública sobre a revisão da lei do jogo e licenças a atribuir em 2022. No fecho da sessão, as acções registaram descidas entre 20% e 32%. As maiores quedas verificaram-se entre as empresas que detêm capital norte-americano: Sands China (-32,51%), Wynn Macau (-28,97%) e MGM China (-26,81%). As restantes também tiveram perdas, mas menores: SJM Holdings (-24,01%), Melco Entertainment (-20,12%), e Galaxy Entertainment (-20,02%). O Governo de Macau disse na terça-feira que quer rever número e prazos de concessão, bem como proibir subconcessões, intenções que constam do documento da consulta pública sobre a revisão da lei do jogo que avançou hoje e que se prolonga durante 45 dias, até 29 de outubro. Na proposta do Governo também se prevê que a distribuição de dividendos aos accionistas das empresas que exploram o jogo fique dependente de um aval governamental e a introdução de delegados do Governo junto das concessionárias, para efeitos de fiscalização. Por outro lado, também se prevê o aumento de requisitos legais das operadoras, assim como das responsabilidades sociais e criminais. O Governo vai avançar com um concurso público para atribuir novas concessões, já que as actuais terminam a 26 de junho de 2022, tendo decidido rever o regime jurídico da exploração de jogos e fortuna ou azar em casino, cuja legislação tem já 20 anos. O secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lei Wai Nong, lembrou que “o jogo cresceu a ritmos galopantes”, sendo necessário “aumentar a competitividade”. No documento apresentado na terça-feira refere-se que o atual prazo de concessão é de 20 anos, e que “a imposição de um prazo (…) excessivamente longo ou inflexível” pode levar “as concessionárias a demonstrarem-se menos proativas no aperfeiçoamento dos seus serviços para captação de novos clientes”. O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do PIB de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliária chinesa Evergrande enfrenta protestos devido a risco de incumprimento A imobiliária chinesa Evergrande alertou ontem que está sob “tremenda pressão”, por falta de liquidez, numa altura em que enfrenta protestos de clientes e investidores, prevendo-se uma reestruturação da dívida da empresa. Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, o grupo divulgou que as suas vendas mensais caíram quase para metade, entre Junho e Agosto, fixando-se em 38,1 mil milhões de yuans. A Evergrande, que no mês passado alertou sobre o risco de entrar em incumprimento, devido a uma crise de liquidez, culpou “reportagens negativas da imprensa” pela falta de confiança de potenciais compradores de imóveis da empresa. A imobiliária disse que contratou Houlihan Lokey e Admiralty Harbor Capital para avaliar a sua liquidez e “explorar todas as soluções viáveis”, visando aliviar a sua crescente crise de dívida. A imobiliária chinesa Evergrande sofreu esta semana dois cortes na classificação da sua dívida, pelas agências Fitch e Moody’s, provocando receios de falência da empresa, cuja dívida ascende ao equivalente a quase 260 mil milhões de euros, montante superior ao PIB de Portugal. A Moody’s cortou a avaliação da empresa e, um dia depois, a Fitch fez o mesmo, ao baixar o rating de CCC+ para CC. O nível de ‘rating’ CC envolve grande probabilidade de incumprimento. O possível incumprimento da empresa pode acarretar um risco mais amplo para o sistema financeiro do país e para o mercado de dívida internacional. Os crescentes problemas de crédito do grupo coincidiram com uma campanha regulatória do Governo chinês contra grandes grupos privados, nos sectores da tecnologia ou do imobiliário. Consumidores em fúria Nos últimos dias, as redes sociais chinesas foram inundadas com reclamações de compradores, que temem que as suas propriedades não sejam concluídas, e de investidores, que compraram obrigação emitidas pelo grupo para financiar projectos imobiliários. A imprensa estatal informou que centenas de pessoas protestaram na sede da Evergrande, em Shenzhen, e reuniram com executivos do grupo, no domingo, depois de a empresa ter suspendido o pagamento dos cupões das suas obrigações. A polícia foi enviada para manter a ordem, enquanto as manifestações se prolongaram na segunda-feira, de acordo com vídeos que circularam ‘online’. No comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Evergrande também revelou que duas das suas subsidiárias não conseguiram “cumprir as suas obrigações”, que ascendem a cerca de 934 milhões de yuans, em produtos de gestão de fortunas emitidos por terceiros. O grupo está a tentar cortar custos e vender activos, incluindo participações num negócio de veículos eléctricos e num grupo de serviços imobiliários, ambos listados em Hong Kong, bem como uma propriedade emblemática na região semiautónoma. As acções da Evergrande listadas em Hong Kong caíram até 11 por cento, na terça-feira, elevando a sua queda este ano para 80 por cento.
Hoje Macau SociedadeConsumo | Apoios injectaram 3,78 mil milhões em três meses O Governo de Macau injectou, em três meses, 3,78 mil milhões de patacas na economia local para potenciar o consumo no território, que foi afectado pela crise causada pela pandemia de covid-19, anunciaram ontem as autoridades. A restauração foi o sector mais beneficiado com o plano governamental que, à semelhança de 2020, permitiu aos residentes de Macau receberem oito mil patacas em cartão de consumo electrónico, uma medida para alavancar a economia local. As autoridades indicaram igualmente que a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) vai continuar a realizar acções de promoção do território em várias cidades chineses, transmitindo “a mensagem de que Macau é uma cidade saudável e segura para visitar”. Segundo dados oficiais, as parcerias efectuadas com o sector privado para atrair visitantes a Macau, de forma a estimular o consumo e prolongar a estadia, traduziram-se nos últimos 12 meses na distribuição de “2,54 milhões de vales de consumo, gerando mais de 502 mil de dormidas no alojamento local, envolvendo um montante de encomendas de 364 milhões de renminbis”. “Além disso, foram distribuídos 4,66 milhões de cupões de consumo (…), gerando um montante de consumo de 1,121 mil milhões de renminbis, representando uma alavancagem de cerca de 23 vezes”, pode ler-se no comunicado conjunto da Autoridade Monetária, DST e Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico. Finalmente, a promoção que envolveu a oferta de cupões de bilhetes de avião gerou “um montante de encomendas de 148 milhões de patacas”, de acordo com a mesma nota.
Hoje Macau Manchete PolíticaLei Wai Nong diz que bolsa de valores em Macau não é urgente Calhou ontem ao secretário para a Economia e Finanças a apresentação do novo plano de cooperação entre Macau e Hengqin, que prevê a livre circulação de pessoas e bens e benefícios fiscais. Mas deixou uma garantia: a criação da bolsa de valores é um projecto possível, mas não urgente Há muito que se fala da possibilidade de Macau ter uma bolsa de valores, no âmbito da cooperação com Hengqin. No entanto, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, diz que o projecto não é urgente. “O Chefe do Executivo especificou esta questão. Não afastamos, mas também não é um projecto urgente. Temos de ver quais são as vantagens de Macau. Somos uma zona aduaneira autónoma tal como Zhuhai. Por isso podemos ter uma complementaridade de vantagens e obter benefícios mútuos. Temos as vantagens da zona de cooperação aprofundada, as vantagens de Macau. Estas podem ser desenvolvidas de forma cruzada. Queremos uma meta de 1 mais 1, igual a 2 +”, disse, segundo a TDM Rádio Macau. De resto, o plano de cooperação entre Macau e Hengqin, apresentado ontem, prevê salários para residentes em patacas e circulação da moeda em renmimbi, bem como circulação “mais livre” de pessoas, capitais e bens. Esta será uma das “linhas mestras” para o sucesso económico na ilha que vai ser gerida com Guangdong. Lei Wai Nong afirmou também que a nova zona de cooperação em Hengqin – com 106 quilómetros quadrados de área, contra os actuais 32,9 de Macau -, vai ser essencial para combater a dependência da indústria do jogo, que actualmente representa 55,5 por cento do Produto Interno Bruto e 80 por cento das receitas do território. O governante deu como exemplo o facto de, ao ganhar mais território, Macau passar a ter “espaço para desenvolver novos produtos turísticos”. Na conferência de imprensa foi reiterada a aposta no desenvolvimento de indústrias em áreas como saúde, financeira, tecnologia de ponta, turismo, cultural e desportiva. Impostos mais baixos O novo modelo promete políticas de benefícios fiscais para atrair empresas e trabalhadores, uma zona aduaneira autónoma e porto franco para comércio internacional. A taxa do imposto sobre o rendimento das empresas será reduzida para 15 por cento. Os altos quadros e os quadros qualificados ficam isentos do pagamento do montante que ultrapasse os 15 por cento do imposto sobre o rendimento pessoal. Já os residentes de Macau que trabalhem na zona de cooperação vão ficar isentos de pagar o valor que supere o imposto sobre o rendimento pessoal já tributado na RAEM. Na área do empreendedorismo, foi dito que, até Maio deste ano, foram criados 537 projectos em incubadoras como Vale de Criação de Negócios para os Jovens de Macau em Hengqin e o Centro Internacional de Inovação Tecnológica, ainda havendo 121 projectos em desenvolvimento. Mantém-se o apoio à extensão do Metro Ligeiro de Macau à zona de cooperação e também à ligação com a rede ferroviária urbana de Zhuhai, com vista à integração na rede ferroviária da China, tal como ao impulso de projetos ferroviários de alta velocidade Guangzhou-Zhuhai e interurbana Nansha-Zhuhai. Outros dos ‘trunfos’ da zona de cooperação para captação de empresas e investimento vai incidir na política de isenção e suspensão de impostos sobre as mercadorias, cuja entrada em todo o mercado chinês será também facilitada.
Hoje Macau Manchete SociedadeUniversidade de São José em Macau vai passar a receber estudantes da China A Universidade de São José anunciou que vai receber, neste ano letivo e seguintes, estudantes da China, numa fase experimental, para os programas de pós-graduação em Arquitectura, Administração Empresarial, Sistemas de Informação e Ciências. O reitor da Universidade de São José (USJ) considerou, na segunda-feira, esta autorização, recebida do Ministério da Educação chinês, uma “verdadeira oportunidade” para aprofundar colaborações, que “até agora não tinham sido possíveis”, ao lembrar as relações de cooperação desenvolvidas com várias instituições de ensino superior e de investigação da China. Até aqui, a USJ era a única universidade de Macau sem autorização para receber estudantes da China continental, devido à ligação com a Igreja Católica. Stephen Morgan afirmou, em comunicado enviado à Lusa, que vai ser monitorizado “de perto o cumprimento dos respetivos regulamentos pormenorizados relativos a esta licença”, uma “responsabilidade que foi atribuída através desta autorização à USJ pelo Governo Central da República Popular da China”. “Não pouparemos esforços para retribuir a confiança depositada pelo Ministério da Educação da República Popular da China, uma vez que procuramos demonstrar que somos uma universidade em, de e para Macau, em, de e para a China”, sublinhou o reitor, que agradeceu o apoio do Governo de Macau, do Gabinete de Ligação do Governo Central e do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês no território. A USJ foi criada em 1996 como uma instituição de ensino superior católica em Macau, pela Universidade Católica de Portugal e pela diocese de Macau e partilha o espaço de 38.145 metros quadrados com o Colégio Diocesano de São José 6 (CDSJ6), num ‘campus’ que acolhe cerca de dois mil estudantes.