Hoje Macau Grande BaíaCardiologia | Hospital em Zhongshan estuda efeitos de tratamento com açafrão Médicos do Hospital de Zhongshan vão começar estudos para estudar como a crocina, um extracto de açafrão, pode ajudar no tratamento da miocardite, uma doença cardíaca auto-imune. O objectivo é exportar para a Grande Baía no futuro Especialistas médicos do Hospital Zhongshan anunciaram que vão colaborar com uma empresa farmacêutica para iniciar ensaios clínicos sobre os efeitos da crocina, um extracto de açafrão, na miocardite, uma doença cardíaca auto-imune. A informação foi avançada pelo Shine, portal noticioso do Interior. Segundo a informação do portal, uma equipa de cardio-oncologia do hospital descobriu que a crocina, que é utilizada para melhorar o fornecimento de oxigénio aos doentes com miocardite, também funciona na miocardite auto-imune causada pela terapia de tratamento do cancro. “A miocardite auto-imune é uma doença de risco”, afirmou ao portal Shine o médio Ge Junbo, um dos principais cardiologistas de Zhongshan. A taxa de mortalidade dos doentes em estado grave é de 50 por cento. “Muitos doentes com cancro enfrentam o dilema do impacto da terapia de tratamento oncológico no seu coração”, explicou Ge. “Muitos doentes com cancro não são mortos pelo cancro, mas sim pelo seu coração”, justificou. Nos últimos anos, Zhongshan tem virado as atenções para os problemas cardíacos e foi aberta uma nova unidade de cardiologia para pacientes que sofrem de problemas cardíacos como resultado do tratamento oncológico. O objectivo de uma eventual investigação bem-sucedida poderá também distribuir um medicamento e tratamento e contribuir para a Grande Baía. Equilíbrio nos tratamentos Nesta unidade, os médicos tentam procurar um equilíbrio entre o tratamento do cancro, reduzindo e controlando ao mesmo tempo os efeitos cardiovasculares adversos. O Hospital Zhongshan abriu a primeira clínica cardio-oncológica multidisciplinar na China Oriental em 2018 e lançou a primeira clínica externa especial de cardio-oncologia no ano passado para servir pacientes com cancro e doenças cardiovasculares. Para aumentar a sensibilização do público para a cardio-oncologia e a protecção do coração durante o tratamento do cancro, a equipa de Ge publicou livros, mini-movies científicos e palestras para educar os pacientes e as suas famílias através de uma linguagem simples e das próprias histórias dos pacientes. O Departamento de Cardiologia do Hospital de Zhongshan faz investigação em parceria com Universidade de Fudan e é um dos mais activos a nível da pesquisa académica. O primeiro departamento deste hospital foi estabelecido em 1948 pelo legendário professor e cardiologista Tao Shouqi.
Hoje Macau Grande BaíaTecnologia | Guangzhou e Israel estabelecem cooperação A Conferência Anual de Investimento de Guangzhou serviu de mote para uma discussão entre Guangzhou e Israel com o objectivo de aprofundar a cooperação em matérias de alta tecnologia. As sessões, transmitidas em paralelo em Tel Aviv e na capital de Guangdong, contaram com a participação de representantes de empresas de biomedicina e alta tecnologia A 8ª Conferência Anual de Investimento de Guangzhou e o 1º Global Unicorn CEO Forum deram início à sua primeira sessão paralela em Tel Aviv, Israel, no final de Fevereiro. Representantes de topo de empresas de alta tecnologia e biomedicina, peritos, académicos e membros de governos participaram na sessão inaugural e partilharam pontos de sobre as melhores formas como impulsar a cooperação de alta tecnologia entre Guangzhou e Israel. O governo da capital da província de Guangdong destaca a Conferência Anual de Investimento de Guangzhou como “uma importante plataforma para mostrar as conquistas da cidade em termos de abertura e cooperação internacional”. O evento é organizado consecutivamente há 7 anos. Este ano, as sessões presenciais decorrem nos dias 29 e 30 de Março e a lista de participação inclui de cerca de 2.000 líderes empresariais, empreendedores e peritos de 38 países e regiões distribuídos por fóruns online e presenciais. À margem da conferência, realiza-se pela primeira vez o Global Unicorn CEO Forum. Apesar da conferência propriamente dita apenas arrancar no final do mês, o evento já mexe com várias iniciativas a decorrer, incluindo 9 sessões paralelas um pouco por todo o mundo, desde o fim de Fevereiro até ao arranque o evento, nomeadamente Silicon Valley, Tóquio, Macau, Singapura, Tel Aviv, Sminsk, Tashkent, Berlim e Heidelberg. Ligação ao Mediterrâneo Durante a sessão de Israel, empresários e académicos elogiaram as oportunidades de mercado proporcionadas pela cadeia industrial de Guangzhou, panorama ideal para o aprofundamento da cooperação que faça uso das capacidades de Guangzhou e dos recursos inovadores e tecnologias de ponta das empresas israelitas. O antigo ministro da Indústria, Comércio e Trabalho de Israel, Yehoshua Jacob Gleitman, enalteceu o nível de entendimento atingindo em termos de colaboração ao nível de formação, tecnologia, capital e serviços. Mais concretamente, o governante israelita destacou a criação de uma incubadora e um fundo de investimento para a indústria da biologia. Estas estruturas estão em operação na Guangzhou International Bio Island. De acordo com o director do Gabinete de Comércio Municipal de Guangzhou, o valor total das importações e exportações de Guangzhou e de Israel em 2021 foi de 752 milhões de dólares americanos, um aumento de 55,08 por cento em relação ao ano passado. Ao longo do ano passado, estabeleceram-se em Guangzhou 13 novas empresas de investimento israelitas em Guangzhou e desde Janeiro de 2022, Israel investiu em 74 empresas da cidade chinesa.
Hoje Macau SociedadePré-escolar de matriz portuguesa em Macau é visto como oportunidade por famílias chinesas A coordenadora de um jardim de infância de matriz portuguesa em Macau considera que a grande maioria das famílias chineses optam por este modo porque olham para o português como uma vantagem futura. Bárbara Maria Carmo, coordenadora do Jardim de Infância Costa Nunes, explicou à Lusa que a instituição tem cerca de dois terços de crianças chinesas no pré-escolar, porque “o conhecimento do português pode ser um valor acrescentado no futuro” “A maioria dos pais não nativos de língua portuguesa procura na nossa escola uma educação baseada numa aprendizagem mais lúdica, numa perspetiva mais criativa e com maior liberdade de expressão”, acrescentou. Para Bárbara Carmo, há muitos desafios no ensino de estudantes não nativos de língua portuguesa, mas o maior deles é a barreira linguística. “Temos muitas famílias que não falam português ou inglês, pelo que por vezes pode ser muito desafiante e temos de usar muitos recursos para nos fazer compreender”, indicou. A responsável do Costa Nunes, com 287 alunos de várias nacionalidades, notou que “as diferenças culturais também podem ser um desafio, mas a fusão de duas culturas é muito enriquecedora”. Em contraste, na Escola Primária Luso-Chinesa da Flora, apenas perto de 10% dos alunos portugueses estão inscritos nas secções bilingue e chinesa, contra mais de 90% dos alunos portugueses estão inscritos na secção portuguesa, de acordo com uma resposta escrita do estabelecimento de ensino enviada à Lusa. A escola tem 80 alunos de nacionalidade portuguesa. A Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) referiu à Lusa que para os falantes nativos de português, o estudo da língua chinesa é mais difícil ao nível da escrita e da leitura. “Ao longo dos anos, alunos de diferentes línguas maternas têm sido matriculados em escolas do setor público. A experiência mostra que os estudantes cuja língua materna não é o chinês têm mais dificuldade em aprender chinês na leitura e na escrita do que em ouvir e falar”, indicou fonte da DSEDJ. Bárbara Carmo explicou que as diferenças na cultura e nos sons das línguas são tantas que a adaptação leva muito tempo. “É muito comum que as crianças passem uma fase de silêncio e apenas alguns meses depois comecem a dizer algumas palavras em português”, sublinhou. “Podemos ver uma melhoria diariamente, porque podemos observar que as crianças compreendem as frases de comando sem necessidade de as repetir em inglês. Dia após dia, podemos ver que as crianças estão mais à vontade com a língua portuguesa e é aí que o processo começa”, acrescentou. A DSEDJ lembrou que a educação linguística não é uma tarefa imediata e requer um longo período de tempo para construir os alicerces da língua. Na mesma nota, a Escola Primária Luso-Chinesa da Flora salientou que “o interesse dos estudantes na aprendizagem, a motivação, o ambiente linguístico e o apoio familiar afetam os resultados de aprendizagem”. Além do currículo formal, a Escola Primária Luso-Chinesa da Flora também cria “um ambiente de aprendizagem de línguas e oferece uma vasta gama de atividades para ajudar os alunos a compreender a cultura chinesa, aumentar o interesse em aprender chinês e desenvolver a língua chinesa básica”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China confina 17 milhões de habitantes da cidade de Shenzhen Os 17 milhões de habitantes da cidade chinesa de Shenzhen foram colocados em confinamento após a notificação de 66 novos casos de covid-19, anunciaram ontem as autoridades locais. Aos habitantes desta cidade, que abriga as gigantes tecnológicas Huawei e Tencent, as autoridades ordenaram que permaneçam em casa para controlar um surto da variante Ómicron que, nos últimos dias, já levou ao encerramento de lojas não essenciais e restaurantes. Embora seja baixo o número de casos de covid-19 comparado com o de outros países, a China enfrenta o pior surto da doença em dois anos, no nordeste do país, que hoje aumentou as infeções para o triplo, levando as autoridades chinesas a suspender o transporte de autocarro para Xangai. A China, onde os primeiros casos de coronavírus foram detetados no final de 2019 na cidade central de Wuhan, registou um total de 4.636 mortes desde o início da pandemia, de 115.466 infeções confirmados.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Índia anuncia transferência da sua embaixada da Ucrânia para a Polónia A Índia anunciou ontem que vai transferir temporariamente a sua embaixada na Ucrânia para a Polónia devido à “rápida deterioração da situação” naquele país, na sequência da invasão militar russa. “Devido à rápida deterioração da situação de segurança na Ucrânia, incluindo ataques nas partes ocidentais do país, foi decidido que a embaixada indiana na Ucrânia se mudará temporariamente, para a Polónia”, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, em comunicado de imprensa, citado pela agência Efe. A decisão da Índia acontece horas depois de o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, participar numa reunião com vários dos seus ministros para examinar o nível de segurança na Índia, em relação à escalada do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, e um dia depois o Paquistão exigir mais explicações à Índia sobre o lançamento acidental de um míssil desarmado contra o território paquistanês. Conforme relatado pelo executivo indiano, o encontro permitiu ao primeiro-ministro indiano conhecer os últimos acontecimentos na Ucrânia, bem como mais sobre a ‘Operação Ganges’, na qual a Índia retirou cerca de 18 mil dos seus cidadãos presos na Ucrânia após a início das hostilidades. A “Operação Ganges”, que levou à retirada de nacionais em dezenas de aviões, bem como à cooperação de outros países vizinhos da Ucrânia, começou em 26 de fevereiro, dois dias após o início da guerra. Perante o avanço das tropas russas em direção à capital ucraniana, Kiev, a maioria dos países fechou as suas embaixadas ou transferiu-as temporariamente para outras cidades. A Índia tem mantido uma posição de neutralidade desde o início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia, abstendo-se de condenar a invasão perante a Assembleia da ONU. A Índia, que tem a Rússia como seu principal fornecedor de equipamentos bélicos, optou sempre por resolver as hostilidades pelo diálogo, como transmitiu Modi aos Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodímir Zelenski, em duas reunião que aconteceram esta semana.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Conselheiro da Casa Branca vai reunir-se com responsável chinês O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca foi enviado a Roma para conversações na segunda-feira com um responsável chinês, quando aumentam as preocupações com a posição de Pequim em relação à ofensiva da Rússia na Ucrânia. As conversações entre o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan e o conselheiro sénior de política externa chinesa Yang Jiechi estarão centradas “nos esforços para gerir a competição entre os dois países e discutir o impacto da guerra que a Rússia trava na Ucrânia na segurança global e regional”, disse Emily Horne, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional. A Casa Branca acusou Pequim de difundir falsas informações russas sobre alegadas instalações ucranianas de armas químicas e biológicas que seriam apoiadas pelos Estados Unidos. As autoridades norte-americanas alegam que a China tenta dar cobertura a um potencial ataque russo com armas químicas e biológicas na Ucrânia. Sullivan disse hoje no programa “Meet the Press” da NBC que quando a Rússia começa a acusar outros países de se prepararem para lançar ataques biológicos ou químicos, “é um sinal de que ela própria pode estar prestes a fazer isso”. O conselheiro da Casa Branca disse também que a China e outros países não devem ajudar Moscovo a contornar as sanções que lhe foram impostas pelos países ocidentais na sequência da invasão russa da Ucrânia. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, classificou na quarta-feira as alegações russas como “absurdas” e observou que funcionários do Governo chinês também ecoaram as “teorias da conspiração” da Rússia. “Agora que a Rússia fez essas falsas alegações, e a China aparentemente defendeu essa propaganda, todos nós devemos estar atentos a que Rússia possivelmente use armas químicas ou biológicas na Ucrânia ou crie uma operação de bandeira falsa para utilizá-las. É um padrão claro”, sustentou. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | S.F. Express suspende envios de e para Macau Uma multinacional de correio rápido chinesa disse terem sido suspensos, desde sexta-feira, em Macau e Hong Kong todos os envios de e para a China, devido às medidas de controlo contra a covid-19. A decisão da S.F. Express, a segunda maior empresa de serviços de entrega expresso na China, surgiu depois de terem sido registados nove casos de covid-19 em Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, no sudeste do país. Todos os doentes são trabalhadores num centro de trânsito expresso da empresa, naquela cidade, indicaram as autoridades de Macau, em comunicado. “Esta situação revela que fazer compras em plataformas electrónicas” implica “o risco de serem contaminados” pelo SARS-CoV-2, afirmou, na mesma nota, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O Centro pediu ainda aos residentes para que manuseiem com cuidado, os produtos adquiridos por correio, enumerando vários cuidados a tomar. Em Janeiro, as autoridades sanitárias do território tinham já pedido à população para receberem menos encomendas pelo correio, depois de, na altura, a China ter ligado recentes casos da doença a encomendas chegadas do estrangeiro.
Hoje Macau SociedadeMNE | Portugueses podem pedir registo de nascimento ‘online’ Os portugueses que vivem fora da Europa podem solicitar ‘online’ o registo de nascimento e a nacionalidade portuguesa para os filhos, anunciaram os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Justiça na sexta-feira. Segundo um comunicado conjunto, ficam abrangidas as comunidades da diáspora portuguesa nos quatro continentes: Europa, África, América e Ásia. Os cidadãos nacionais aí residentes ficam com a possibilidade de pedir ‘online’ o registo de nascimento e a atribuição da nacionalidade portuguesa para os seus filhos nascidos há menos de um ano, de forma gratuita e sem deslocações ao posto consular, prossegue a nota. O registo ‘online’ de nascimento está agora disponível em todos os países de língua oficial portuguesa, incluindo ainda o território de Macau, e em vários países cujo idioma oficial é a língua inglesa, francesa ou espanhola, perfazendo um total de 58 países. O acesso ao registo ‘online’ de nascimento é feito no Portal da Justiça (https://nascimento.justica.gov.pt/). Para submeter o pedido é necessário juntar o documento comprovativo do nascimento, emitido pelo hospital ou pela maternidade onde o parto ocorreu, e o registo de nascimento local. O registo de nascimento ‘online’ foi lançado em Portugal em 13 de Abril de 2020. A 21 Dezembro do mesmo ano este serviço ‘online’ passou a abranger o registo de cidadãos portugueses nascidos em França e no Reino Unido e, em Novembro de 2021, foi alargado a todos os países da União Europeia. Segundo os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Justiça, entre Dezembro de 2020 e Fevereiro de 2022 foram submetidos no estrangeiro, por via ‘online’, 777 pedidos de nacionalidade e registo de nascimento.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Apelo a esforços conjuntos para melhorar situação pandémica A pandemia da covid-19 ainda está a atingir Hong Kong, mas a situação melhorará com os esforços conjuntos dos departamentos e agências governamentais da Região Administrativa Especial, garantiu o chefe-executivo da Autoridade Hospitalar, Tony Ko Pat-sing. Em entrevista exclusiva à Xinhua, o responsável disse que a principal diferença entre a actual quinta onda de infecção por coronavírus em Hong Kong e as anteriores é que a variante ómicron altamente transmissível é agora dominante. Observando que a mais recente onda da covid-19 colocou pressão sobre o sistema de saúde da região, Ko explicou que actualmente os hospitais públicos estão com falta de pessoal e não há camas de isolamento suficientes para o número crescente de pacientes. Apesar de enfrentar uma carga de serviço pesada, a equipa médica dos hospitais públicos está a trabalhar muito e ninguém está a descurar os seus deveres com medo de infecção, elogiou Ko. Mais de 98% dos funcionários da Autoridade Hospitalar foi vacinado contra a covid-19. “Fomos apoiados por todo o país nos últimos dois anos e estamos mais do que adequados em termos de equipamentos de protecção, por isso sentimo-nos muito aliviados”, acrescentou. Ko disse que a Autoridade Hospitalar está a tentando ao máximo reduzir a mortalidade em pacientes, os casos graves e a transmissão do vírus. “Primeiro recrutamos colegas aposentados, enquanto convidamos médicos que trabalham em hospitais privados para se juntarem a nós para resolver a escassez de funcionários”, ressaltou Ko, acrescentando que aumentou o número de hospitais públicos convertendo internamentos gerais em internamentos de isolamento. Além disso, o governo de Hong Kong anunciou na quarta-feira que o Hospital Queen Elizabeth seria convertido num hospital designado para pacientes com covid-19, o que Ko disse ser muito importante. O Queen Elizabeth é o maior hospital geral de Hong Kong e está localizado no centro da região, com um grande número de camas.
Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Infecções aumentam levando a restrições no acesso Com o número de infeccões a aumentar em diversos pontos do país, as autoridades reforçam as medidas de tolerância zero e ordenam às populações de várias cidades para que não saiam de casa Um surto do coronavírus SARS-CoV-2 no nordeste da China fez ontem triplicar as infecções e as autoridades chinesas intensificam medidas de controlo da doença, como a suspensão do transporte de autocarro para Xangai. Embora seja baixo, o número de casos de covid-19 na China comparado com o de outros países, o país enfrenta o pior surto da doença em dois anos, mantendo uma estratégia de “tolerância zero” que encerra temporariamente cidades para isolar pessoas infectadas, apesar do custo económico que acarreta. Segundo dados do governo, 1.938 novos casos foram registados na parte continental da China nas 24 horas anteriores à meia-noite de sábado, mais do triplo do total do dia anterior. Cerca de três quartos (1.412 casos) ocorreram na província de Jilin, no nordeste da China, onde o acesso à metrópole industrial de Changchun foi suspenso na sexta-feira e as famílias foram instruídas a ficar em casa. Em Hong Kong, o governo do território registou 15.789 novos casos, quase metade do total de sábado. A líder do território, a executiva-chefe Carrie Lam, alertou sábado para a possibilidade de não ter ainda passado o pico deste último surto de covid-19. A China, onde os primeiros casos de coronavírus foram detectados no final de 2019 na cidade central de Wuhan, registou um total de 4.636 mortes desde o início da pandemia, de 115.466 infecções confirmadas. Em combate Ontem, 831 novos casos foram registados em Changchun, 571 na capital da província vizinha de Jilin, 150 na cidade portuária oriental de Qingdao e 60 em Shenzhen, o centro de negócios adjacente a Hong Kong. As autoridades de Jilin estão a intensificar as medidas de combate à doença depois de concluírem que a resposta anterior estava a ser inadequada, segundo o vice-diretor da Comissão de Saúde provincial, Zhang Yan. “O mecanismo de resposta de emergência em algumas áreas não é suficientemente sólido”, afirmou Zhang em conferência de imprensa, de acordo com uma transcrição divulgada pelo governo chinês. Em Xangai, uma das cidades mais populosa da China, com 24 milhões de habitantes, o aumento do número de casos no último surto de covid-19 foi de 15, para 432. O governo da cidade ordenou que ninguém saia de casa a menos que seja necessário e o serviço de autocarro intermunicipal foi ontem suspenso. “Aqueles que vêm ou retornam a Xangai devem ter um relatório negativo de teste de ácido nucleico dentro de 48 horas antes da chegada”, lê-se num comunicado das autoridades de saúde da cidade, citado pela Associated Press. Também ontem, alguns moradores de Cangzhou, no sul de Pequim, receberam ordem para ficar em casa após terem sido registados nove casos de infecção por covid-19, segundo um aviso do governo chinês.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Autoridades imploram por mais visitantes para relançar economia Maria Helena de Senna Fernandes reconhece que Macau está a sofrer com o novo normal e admite que são precisos “desesperadamente” mais turistas. Por outro lado, deixou o aviso: sem visitantes, os “tempos vão continuar a ser muito difíceis” Macau precisa de mais visitantes, mas o regresso de excursões vindas da China ainda está longe, apesar de 80 por cento da população estar vacinada contra a covid-19, reconhece a responsável pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST). “No ano passado estivemos muito perto de retomar as excursões organizadas, mas infelizmente nessa altura houve uns pequenos surtos em Macau”, disse Maria Helena de Senna Fernandes, na sexta-feira, à agência Lusa. Desde Outubro que a região não regista quaisquer casos locais de covid-19, mas o Interior registou na sexta-feira mais de mil infecções locais, pela primeira vez em dois anos. “Continuamos a tentar retomar as excursões, mas ainda estamos algo distantes dessa meta”, afirmou Senna Fernandes. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou na quinta-feira que mais de 547 mil pessoas – mais de 80 por cento da população de Macau – já recebeu pelo menos uma dose de uma vacina contra a covid-19. Senna Fernandes garantiu que o Governo central não estabeleceu qualquer meta de vacinação para a retoma das excursões. “Temos de ser pacientes e continuar a demonstrar que Macau é uma cidade segura”, disse a directora da DST, após um seminário sobre o futuro do turismo na região após a pandemia. Staycation não é solução Durante o seminário, a responsável pelo turismo admitiu que Macau “precisa desesperadamente de mais visitantes, de uma forma mais estável e sustentável, sem os altos e baixos causados pelos surtos” de covid-19. As medidas tomadas para encorajar residentes locais a ficaram em hotéis locais “não são uma solução a longo prazo”, reconheceu. “Se não conseguirmos retomar outros sectores de turismo, os tempos vão continuar a ser muito difíceis”, confessou Senna Fernandes. A directora da DST lembrou que as agências de viagens e os guias turísticos estão há dois anos praticamente sem trabalhar e que, devido à baixa taxa de ocupação, “é hoje possível ficar num hotel cinco estrelas por 100 patacas”. Em 2022, a região vai realizar eventos de promoção turística em Wuhan, Changsha, Qingdao, Zhengzhou, Tianjin e Xiamen, seis cidades da China continental “com voos ou ligação por comboio de alta velocidade a Macau”, explicou a responsável. Em Maio vai acontecer a segunda Gala de Drones de Macau, com 880 drones. “A primeira edição, em Dezembro, tinha só 300, por isso vamos poder passar de padrões a duas dimensões para três dimensões”, disse Senna Fernandes. Pelo contrário, a edição deste ano do Fórum de Economia de Turismo Global – que foi cancelado em 2021 – deverá passar de 27 e 28 de Abril para Junho, devido à vaga de infecções por covid-19 em Hong Kong, acrescentou a directora da DST.
Hoje Macau PolíticaDesemprego | Dados da DSAL longe da situação real, acusa Ron Lam O deputado Ron Lam considera que os dados da taxa de desemprego fornecidos pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) não correspondem à situação real do território, por deixarem de fora os residentes desempregados que moram no Interior da China. Segundo o deputado, a inclusão de residentes que moram fora de Macau, acabaria por revelar uma taxa de desemprego superior a 4,1 por cento e um número de novos desempregados superior a 7.000, de acordo com os dados divulgados no último trimestre de 2021. Num artigo publicado no jornal Son Pou, Ron Lam criticou ainda o facto de as operadoras de jogo acolherem ainda 18.740 trabalhadores não residentes (TNR), quando cerca de 3.000 trabalhadores locais terão perdido o seu posto de trabalho no sector. Isto, apesar de 8.311 TNR terem ficado igualmente desempregados. Perante este cenário, o deputado acusa a DSAL de falta de “eficácia” e “honestidade” pela má gestão dos seus próprios recursos humanos e por estarem previstas apenas 690 vagas dedicadas a residentes locais na feira de emprego a ter lugar no final de Março.
Hoje Macau PolíticaATFPM | Quase 4 mil reelegeram Pereira Coutinho Os corpos dirigentes da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) foram reeleitos no sábado para o triénio entre 2022 e 2025, com a recondução da lista liderada por José Pereira Coutinho, como presidente da direcção, e Rita Santos, presidente da mesa da Assembleia Geral. O sufrágio contou com a participação de 3.847, com 3.822 votos válidos na única lista concorrente, 13 votos nulos e 12 votos em branco. Quanto aos restantes dirigentes associativos, Maria Leong Madalena irá presidir ao Conselho Fiscal, Che Sai Wang, Leong Veng Cahi, Melina Tam Leng I, Pauline Lai Pou San ficam como vice-presidentes da direcção. No cargo de vice-presidentes da mesa da Assembleia Geral ficam Xeque Harun Hamja e António Augusto Carion, enquanto os vice-presidentes do Conselho Fiscal ficam a cargo de Yen Kuacfu e Alexandre Maria Azedo Victal. No rescaldo da reeleição, Pereira Coutinho garantiu que a direcção continuará a “lutar para garantir a estabilidade dos postos de trabalho da função pública e no sector privado e ser uma efectiva ponte de ligação com o Governo”. Enquanto deputados, Coutinho e Che Sai Wang vão exigir a construção de “moradias para os trabalhadores da função pública, reivindicar pensões de aposentação e sobrevivência para todos os funcionários públicos, atribuir as 7.000 patacas do Fundo de Previdência Central para idosos”. Os representantes comprometeram-se também com a luta por apoios a desempregados, criação de mais postos de trabalho para jovens e ajuda às PMEs.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China insta Pentágono a revelar existência de laboratórios biológicos Pequim afirma que o departamento de defesa dos EUA controla 336 laboratórios em todo o mundo O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China pediu aos EUA que revelassem informações sobre os alegados laboratórios biológicos do Pentágono na Ucrânia “o mais depressa possível”. Na segunda-feira, os militares russos afirmaram que as autoridades ucranianas tinham estado a destruir os agentes patogénicos estudados nos seus laboratórios. Moscovo alegou que 30 laboratórios ucranianos, financiados pelos EUA, têm vindo a cooperar activamente com os militares americanos. Kiev negou o desenvolvimento de armas biológicas. De acordo com o website da embaixada dos EUA em Kiev, o Programa de Redução de Ameaças Biológicas do Departamento de Defesa dos EUA apenas “colabora com países parceiros para combater a ameaça de surtos” de doenças infecciosas. Em 2020, a embaixada chamou a tais teorias sobre laboratórios biológicos financiados pelos EUA na Ucrânia de “desinformação”. Falando numa conferência de imprensa na terça-feira, contudo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian afirmou que, segundo informações do seu país, os laboratórios na Ucrânia são apenas “uma ponta do iceberg” e que o Departamento de Defesa dos EUA “controla 336 laboratórios biológicos em 30 países em todo o mundo”. Isto é feito sob o pretexto de “cooperar para reduzir os riscos de bio-segurança” e “reforçar a saúde pública global”, disse Zhao. Segurança em causa Zhao disse que, de acordo com dados “divulgados pelos próprios Estados Unidos”, existem 26 laboratórios dos EUA na Ucrânia. À luz da ofensiva militar russa no país, Zhao exortou “todas as partes envolvidas” a garantir a segurança dos laboratórios. “Em particular, os Estados Unidos, como a parte que melhor conhece estes laboratórios, deveriam publicar os detalhes relevantes o mais rapidamente possível, incluindo quais os vírus armazenados e quais as investigações que foram realizadas”, disse ele. “Os EUA têm estado a obstruir exclusivamente o estabelecimento de um mecanismo de verificação independente. Tal comportamento”, disse Zhao, “agrava ainda mais as preocupações da comunidade internacional”. De acordo com um relatório publicado no jornal brasileiro The Rio Times, a embaixada dos EUA na Ucrânia apagou todas as informações sobre laboratórios biológicos financiados pelo Pentágono no seu website a 26 de Fevereiro. No entanto, a jornalista Dilyana Gaytandzhieva alegou que o pessoal da embaixada se esqueceu de retirar um documento que mostrava que o Pentágono está a financiar dois novos laboratórios em Kiev e Odessa. “A Ucrânia não tem qualquer controlo sobre os laboratórios militares. O governo ucraniano não está autorizado a divulgar informações sensíveis sobre o programa”, afirmou o órgão noticioso brasileiro. Nos últimos 20 anos, o Centro de Ciência e Tecnologia da Ucrânia, estabelecido em conjunto com os Estados Unidos, investiu mais de 285 milhões de dólares em cerca de 1850 projectos realizados por cientistas que, segundo Gaytandzhieva, trabalharam anteriormente no desenvolvimento de armas de destruição maciça. As autoridades norte-americanas ainda não comentaram as últimas alegações.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Organizados encontros de trabalho com operadoras Nos próximos dias 21, 22 e 23 de Março, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) organiza uma série de encontros de emparelhamento de emprego, com 690 vagas disponíveis, em cooperação com as seis concessionárias de jogo. Um comunicado do Governo justificou as sessões com “as recentes mudanças no ambiente de emprego”, a necessidade de “equilibrar a oferta e a procura no mercado de trabalho e proteger os direitos laborais dos residentes de Macau”. As 690 vagas dizem respeito a cargos na “linha da frente e serviços logísticos de hotéis e estabelecimentos de restauração, envolvendo os postos de trabalho de nível básico, intermediário e técnicos especializados”. As posições disponíveis incluem “chefe de secção da recepção de hotéis, chefe de secção dos serviços de restauração, assistente de gerente de restaurante, escanção de chá, analista de segurança cibernética, analista estratégico e encarregado de limpeza e arrumação de quartos”. O salário mais elevado entre as ofertas disponíveis é de 32 000 patacas. As sessões de emparelhamento profissional estão programadas nas seguintes datas: 21 de Março (MGM e Galaxy), 22 de Março (Sands e STDM) e 23 de Março (Wynn e City of Dreams).
Hoje Macau China / ÁsiaNovo Presidente sul-coreano preparado para dialogar com Pyongyang O Presidente eleito sul-coreano, o conservador Yoon Suk-yeol, afirmou hoje que vai manter a janela de diálogo com Pyongyang “sempre aberta” e prometeu reforçar a cooperação militar com Washington, depois de vencer as eleições presidenciais. Yoon apresentou-se hoje como o Presidente eleito da Coreia do Sul, com um apelo à “unidade” e ao “senso comum”, depois de obter uma vitória muito apertada nas eleições, realizadas na quarta-feira após uma campanha eleitoral marcada por diversos escândalos. O líder do Partido do Poder Popular (PPP) conquistou a vitória eleitoral contra o liberal Lee Jae-myung, do partido no poder, por menos de 250 mil votos (0,73%), a menor margem registada em escrutínios livres nos últimos 35 anos na Coreia do Sul. Yoon chegou ao poder depois de adotar um tom mais duro com o regime da Coreia do Norte do que o do presidente cessante, Moon Jae-in, que promoveu o degelo na relação entre os dois países vizinhos e facilitou as negociações com os Estados Unidos da América (EUA), para a desnuclearização da península coreana. O Presidente eleito afirmou hoje que procurará fortalecer as defesas nacionais para dissuadir o regime de Pyongyang de qualquer “provocação”, além de reforçar a cooperação na área da Defesa com os EUA. Yoon, que durante a campanha falou de “ataques preventivos” contra o Norte, alertou hoje que “responderá severamente” se Pyongyang tomar “ações ilegais ou irracionais”, embora tenha acrescentado que “sempre deixará a porta aberta para o diálogo”. A sua vitória eleitoral ocorre após o regime de Kim Jong-un testar várias armas, incluindo mísseis hipersónicos e projéteis balísticos de alcance intermédio. A imprensa oficial norte-coreana, que ainda não comentou o resultado eleitoral no Sul, noticiou hoje uma visita de Kim às instalações aeroespaciais nacionais para supervisionar um programa de desenvolvimento de satélites destinados a espionar os EUA e os seus aliados. O desenvolvimento de satélites de vigilância e de recolha de informações foi uma das medidas aprovadas no congresso norte-coreano de partido único, em janeiro de 2021, junto com outras, para ampliar o arsenal do país, o que sugere uma estratégia de longo prazo para tentar forçar o regresso das negociações com Washington, independentemente de quem governa em Seul. Horas depois de se proclamar vencedor das eleições, Yoon Suk-yeol conversou por telefone com o Presidente dos EUA, Joe Biden, que o congratulou pela vitória e expressou o desejo de aprofundar uma aliança bilateral, que definiu como o “eixo da paz, segurança e prosperidade no Indo-Pacífico”. Ambos também se comprometeram a “manter estreita a coordenação na resposta às ameaças representadas pelos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte”, segundo a Casa Branca. Um dos aspetos específicos em que os aliados podem reforçar as suas capacidades conjuntas é a implantação de sistemas de mísseis THAAD adicionais em território sul-coreano, mas que pode aumentar as tensões com China, que considera esses escudos como uma ameaça à sua segurança nacional. O líder conservador, que deve assumir o cargo em 10 de maio, disse hoje que aspira construir uma relação de “respeito mútuo” com Pequim. Em relação ao Japão, um país com o qual os laços se deterioraram nos últimos anos devido a disputas relacionadas à ocupação japonesa da Coreia antes da Segunda Guerra Mundial, Yoon disse que trabalhará para alcançar um “relacionamento que olha para o futuro”. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, felicitou hoje Yoon e defendeu relações “saudáveis” entre Tóquio e Seul.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China alivia controlos cambiais para acelerar queda do rublo face ao yuan A China está a relaxar os controlos cambiais, para permitir que o rublo russo caia mais rapidamente em valor, em relação à moeda chinesa, o yuan, visando isolar Pequim das sanções económicas a Moscovo. A margem pela qual o rublo pode flutuar em relação ao yuan, nas negociações diárias controladas pelo Estado chinês, dobrará para 10%, acima ou abaixo do preço de abertura no respetivo dia, a partir de sexta-feira, anunciou o Sistema de Comércio de Câmbio da China. O rublo perdeu cerca de 40% do valor, desde que os governos ocidentais cortaram alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos SWIFT em retaliação pela invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro. O banco central da Rússia foi impedido de usar as suas reservas em moeda estrangeira para defender a taxa de câmbio. A China evitou juntar-se a outros governos na condenação à invasão e criticou as sanções ocidentais. As empresas chinesas não dão sinal de estarem a reduzir as suas operações na Rússia, mas economistas dizem que provavelmente tentarão tirar proveito da pressão sobre Moscovo para fechar melhores negócios, na aquisição de ativos, por exemplo. Manter a taxa de câmbio estável exigiria que o banco central da China subsidiasse os compradores russos de produtos chineses, dando-lhes mais yuan pelos seus rublos, face ao valor da moeda russa atualmente determinado pelos mercados. Esta última mudança permite que as taxas de câmbio chinesas acompanhem as abruptas flutuações diárias do rublo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina combate novo surto de covid-19 com abordagem mais selectiva A China está a enfrentar uma nova vaga de infecções por covid-19 com bloqueios selectivos, e outras medidas, que sugerem um alívio das restrições face à estratégia de “zero casos” usada até recentemente. Em Hong Kong, que registou mais de 58.000 novos casos nas últimas 24 horas, barbearias e salões de beleza foram reabertos. Isto ocorre apesar de mensagens contraditórias do Executivo da região, que foi ordenado a seguir a abordagem de “tolerância zero” à covid-19 usada no continente. Os 402 casos de transmissão local registados na China, nas últimas 24 horas, foram o quádruplo do número de casos registados há uma semana. Entre esses cases, 165 foram detetados na província de Jilin, no nordeste da China, sobretudo nas cidades de Changchun e Jilin, onde as autoridades municipais isolaram 160 comunidades residenciais. Foram ainda concluídas três rondas de testes em massa em Jilin. As ligações de transporte intercidades foram suspensas e todos os moradores aconselhados a ficar em casa até que o número de casos diminuía. Negócios não essenciais e áreas de recreação foram encerrados. Motoristas e passageiros de carros particulares, autocarros e táxis, que entram ou saem de Changchun, devem apresentar testes negativos para o coronavírus realizados nas últimas 48 horas. As autoridades atribuíram o surto à variante Ómicron, que é altamente contagiosa. Desde sexta-feira passada, a China diagnosticou 1.200 casos em todo o país. Mas as medidas preventivas agora aplicadas são menos rígidas do que no passado, num possível sinal de que a China está a começar a relaxar a sua abordagem de “tolerância zero” à pandemia. Em janeiro, a China bloqueou cidades inteiras, afetando milhões de pessoas. No relatório anual sobre o trabalho do Governo, entregue no sábado à Assembleia Nacional Popular, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que o país precisa de “refinar constantemente a contenção da epidemia”, mas não deu nenhuma indicação direta de que Pequim vai abandonar a estratégia de “tolerância zero”. A líder de Hong Kong, Carrie Lam, disse na quarta-feira que reduzir o número de mortes é a prioridade da cidade, enquanto um plano de testes em massa foi suspenso. Estava planeado para este mês, mas Lam disse agora que não há um prazo definido. Para reduzir as mortes pelo vírus, Hong Kong está a dedicar um hospital ao tratamento de pacientes de covid-19, através da transformação de enfermarias gerais e da construção de um hospital de emergência, que contará com profissionais médicos do continente.
Hoje Macau China / ÁsiaExército chinês promete “tolerância zero” com “actos separatistas” de Taiwan O Exército de Libertação Popular (ELP) da China “nunca vai tolerar actos separatistas” de Taiwan, ou a “interferência de forças estrangeiras” no território, apontou hoje o seu porta-voz, Wu Qian, citado pela imprensa oficial. Wu disse que os exercícios militares, que as Forças Armadas da China realizam frequentemente nas áreas próximas de Taiwan, “não visam de forma alguma os compatriotas de Taiwan”, mas sim combater “atividades separatistas” e a “interferência estrangeira”. O porta-voz apontou o Partido Democrático Progressista (PPD), atualmente no poder em Taipé, como a causa da “tensão”, devido às suas “atividades separatistas”. Wu, porta-voz da delegação do ELP na Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, cuja sessão plenária anual está a decorrer em Pequim, destacou que a “questão de Taiwan é um assunto interno da China”. O porta-voz alertou que, “quanto mais os Estados Unidos e o Japão agitarem a questão de Taiwan, mais duras serão as nossas ações para proteger a soberania e a integridade territorial”. China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Taiwan é também uma das principais fontes de tensão entre a China e os Estados Unidos. Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar no caso de guerra.
Hoje Macau EventosPaulo Maia e Carmo: “Procuro não escrever ‘sobre’ a pintura chinesa mas ‘com’ ela” Paulo Maia e Carmo, colaborador da primeira hora do Hoje Macau e especialista em pintura chinesa, revela as malhas que teceram a sua paixão e o papel de Macau nessa relação. Hoje é lançado o seu livro “Inquirições Sínicas”, na Fundação Rui Cunha, pelas 18:30, com apresentação de Shee Va Como surgiu o seu interesse pela pintura chinesa? Estando em Macau, frequentando as exposições, dado o meu interesse pela pintura em geral, caminhando ao acaso à procura de nada, encontrei numa exposição na rua do Campo, esta outra forma de pintura. O lugar de Macau, o seu viver quotidiano por ser tão diferente da experiência europeia, como que predispõe à disponibilidade. Vindo eu das margens do chamado e extinto «Império português», sendo por isso «estrangeiro aqui, como em toda a parte», a aparente «estranheza» das pinturas para um observador ocidental não foi uma barreira mas um infindável desafio para procurar entender. O que encontra nela de mais fascinante? Um modo de expressão que, com poucos meios e tão precários; um pincel, tinta preta, uma base de papel ou seda, é capaz de dizer tanto e de um modo essencialmente literário. Todas as paixões implicam também um desafio. Sendo a cultura chinesa de difícil acesso, sobretudo em Portugal, como faz para a estudar e se manter informado? Primeiro pelos livros de autores que, em linguas ocidentais, há muito estudam a pintura chinesa e que encontrei primeiro na Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkiam. Foi lá que li primeiro Osvald Sirén, James Cahill ou Pierre Ryckmans. Procuro, sempre que possível, não escrever «sobre» a pintura chinesa mas «com» ela, através da convivência diária com textos de celebrados escritores, poetas e pintores, mostrando o que eles mesmos disseram ao traduzi-los para a língua portuguesa. Hoje, através da Internet, é possível aceder às colecções de arte Oriental dos grandes museus, sobretudo americanos e chineses, e mesmo alguns europeus. As revistas internacionais da arte, sobretudo francesas, dedicam um espaço cada vez maior à actualidade da pintura da China. Este livro, “Inquirições Sínicas”, sobretudo o título, tem um sabor borgesiano (de Jorge Luis Borges). Por quê? Certamente há uma afinidade com Borges, um autor que desde a «periferia» se interessou pelas culturas dos outros. Sobretudo no conto O Aleph, existe essa analogia com o modo de fazer da pintura chinesa; dizer muito com muito pouco. Colocar a questão do lado da literatura também será adequado quando se observa por exemplo, um dos formatos com que se apresenta a pintura: o rolo horizontal cuja forma está tão próxima do aspecto arcaico de um livro. Também me interessou a própria palavra Inquirições: essa curiosidade, a vontade de saber ao olhar para as pinturas e depois anotar com cuidado o que se vai encontrando. Se bem que as coisas mudem ao longo do tempo, que principais valores detecta entre os pintores chineses? O que procuram eles principalmente? Como na poesia, desde o princípio da definição da arte os pintores buscaram fazer uma celebração, uma religação à natureza, a integração do homem no mundo, como colaborar no dinamismo do Mundo que se vai criando. O lugar da figura humana, na maior parte da pintura chinesa, parece ser preterido em relação à natureza. Por quê? O humano está do lado de quem faz, do erro da mão que procura representar o mundo visível. É o olhar para fora da pessoa. Naturalmente existe a pintura de retratos mas a chamada «pintura dos letrados» não tem a preocupação da exactidão, do espelho que se procura na representação da figura humana, está mais do lado alusivo da poesia. Por que razão existe na China uma conexão tão forte entre poesia e pintura? Sob o ponto de vista formal, são duas formas que se exprimem através do mesmo pincel. Depois há um jogo contrastante de sentidos de natureza literária que se completam: a pintura, por vontade de ser inacabada tende à elipse, à abstração, a poesia recorre aos procedimentos concretos de algo que se quer mostrar. Depois de Wang Wei, pintor e poeta, os autores de tratados vêm repetindo um aforismo que «a sua pintura é um poema e os seus poemas são uma pintura». E esse é o objectivo. Em termos de hierarquia de valores estéticos, o mais elevado é referido como xieyi, «escrever a ideia» e não mostrar as aparências. Quais são pintores chineses que dizem mais à sua sensibilidade? E à sua razão (se é que podemos distinguir)? Existem os clássicos, Guo Xi, Mi Fu, Huang Gongwang, Nizan, e depois Shitao, Gong Xian e muitos outros. Todos eles, por vezes de forma antagónica, mostram algo fundamental que agrada ao pensamento mas na composição do caracter yi para dizer «ideia», que resulta do pensamento, estão outros dois que significam «ouvir» e «coração». De modo que, observando com atenção, não há um pintor dos que tenho falado que não tenha uma pintura importante, que não mostre uma singularidade, um aspecto imperdível do seu olhar sensível sobre o mundo, que é a vontade afinal de todo o pintor . Sabemos que viveu um período da sua vida em Macau. Que lembranças guarda desses tempos? Quem bebeu da água do Lilau, sabe que a cidade já não é só um cenário exterior para vivermos, passa a ser um sentimento que vive dentro de nós. Foi para mim um tempo emocionante e de descobertas, os últimos que passei junto de meu pai, o lugar onde conheci a mãe de minha filha. Gostaria de voltar? Voltar é sempre um desejo.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China envia ajuda humanitária, mantendo rejeição de sanções contra a Rússia A China vai enviar ajuda humanitária para a Ucrânia, incluindo alimentos e bens de primeira necessidade, no valor de cinco milhões de yuans, enquanto se continua a opor às sanções impostas à Rússia. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian disse, em conferência de imprensa, que um lote inicial foi enviado à Cruz Vermelha ucraniana, na quarta-feira, e que mais ajuda vai seguir, dentro do prazo “mais rápido possível”. Zhao também reiterou a oposição de Pequim às sanções económicas impostas a Moscovo pelos países ocidentais. “Empunhar o bastão das sanções a toda a hora nunca trará paz e segurança, mas causará antes sérias dificuldades às economias e meios de subsistência dos países em questão”, apontou. O porta-voz disse que a China e a Rússia “vão continuar a realizar uma cooperação comercial normal, incluindo o comércio de petróleo e gás, no espírito do respeito mútuo, igualdade e benefícios mútuos”. A China tentou culpar os Estados Unidos por instigar o conflito, citando a incapacidade de Washington em considerar adequadamente as “legítimas” preocupações de segurança da Rússia, face à expansão da NATO. A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaSupremo Tribunal da China pede pena de morte para crimes contra mulheres e crianças O presidente do Supremo Tribunal Popular da China, Zhou Qiang, propôs hoje endurecer as penas para crimes contra mulheres e crianças, considerando que nos casos mais graves deve ser aplicada a pena de morte. O comentário de Zhou, citado pela imprensa local, foi feito perante a Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, que celebra esta semana a sua sessão plenária anual. Segundo o jornal oficial Global Times, o presidente do mais alto órgão judicial do país asiático afirmou que, “para crimes que desafiam o mais essencial da lei e da ética, como os que prejudicam mulheres, crianças e idosos, a pena de morte deve ser aprovada, de acordo com a lei”. O caso recentemente divulgado de uma mulher que foi vendida a um homem, que a manteve acorrentada durante anos, indignou a sociedade chinesa, que pediu punições mais severas e maiores esforços no combate ao tráfico humano. Zhou prometeu “punições graves” por crimes de abuso sexual e tráfico e venda de mulheres e crianças. Num relatório entregue em 2021 aos legisladores, Zhou observou que o Tribunal Supremo Popular emitiu 3.356 ordens de restrição para proteger vítimas de abuso. O chefe da Procuradoria Popular Suprema, Zhan Jung, assegurou ainda que a perseguição ao tráfico de seres humanos continuará a ser rigorosa e prometeu empenho nos casos mais antigos de pessoas desaparecidas. O tráfico de seres humanos é um problema persistente na China, agravado pela já revogada política do “filho único” e pelo consequente desequilíbrio entre os géneros, que fez com que, segundo o Banco Mundial, houvesse mais 42 milhões de homens do que mulheres em 2017. Homens solteiros recorrem às vezes à compra de mulheres de partes remotas da China ou de países vizinhos, como o Vietname. Nos últimos anos, tecnologias como a análise de DNA ou o reconhecimento facial têm contribuído para solucionar casos de venda de crianças e mulheres.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Banco dos BRICS suspende transações financeiras na Rússia O Banco do Novo Desenvolvimento, mais conhecido como o banco dos BRICS, anunciou a suspensão das operações na Rússia, um dos países que, juntamente com o Brasil, Índia, África do Sul e China, compõem os chamados BRICS. “O banco do Novo Desenvolvimento [New Development Bank – NDB] aplica princípios sãos em todas as suas operações, conforme exposto nos Artigos de Princípio”, lê-se numa declaração de três linhas colocada no ‘site’ do banco. “À luz das incertezas e restrições em curso, o NDB suspendeu as novas transações na Rússia”, refere a mesma nota. A declaração, consultada hoje pela Lusa e com data de quinta-feira, 3 de março, acrescenta ainda que “o NDB vai continuar a operar os seus negócios em conformidade total com os mais altos padrões de ‘compliance’ [cumprimentos dos regulamentos e boas práticas] enquanto instituição internacional”. A sigla BRIC foi apresentada pela primeira vez por Jim O’Neil, no estudo de 2001 ‘Building Better Global Economic BRIC’, sendo acrescentada a África do Sul em 2010, mudando a sigla para BRICS. Este grupo de cinco países representa cerca de 25% da riqueza mundial e entre 2003 e 2007 foi responsável por 65% do crescimento mundial, embora as trajetórias de crescimento muito diferentes desde então tenham levado a agência de notação financeira Standard & Poor’s, em 2019, a dizer que o acrónimo já não faz sentido. A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil. Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Xi Jinping pede “contenção máxima” em conversa com Macron e Scholz O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem “contenção máxima” no conflito na Ucrânia, durante uma conversa por telefone com os líderes de França e Alemanha, Emmanuel Macron e Olaf Scholz, respetivamente, informou a televisão chinesa. A China, que mantém boas relações com Moscovo, recusou, até agora, falar de uma invasão da Ucrânia, lamentando apenas o conflito, ao mesmo tempo em que disse “compreender” as preocupações de segurança russas. Segundo a cadeia televisiva estatal CCTV, Xi Jinping disse que a China estava “profundamente entristecida por testemunhar uma nova guerra no continente europeu”. “Desejamos pedir a maior contenção para evitar uma crise humanitária em grande escala”, acrescentou, sem denunciar a ofensiva lançada, em 24 de fevereiro, pelo Presidente russo, Vladimir Putin, contra o país vizinho. Xi Jinping disse “apreciar os esforços da França e da Alemanha para atuar como mediadores” e garantiu que Pequim também está pronta para desempenhar “um papel ativo”. “Devemos juntos apoiar as negociações pela paz entre a Rússia e a Ucrânia”, afirmou. A China “está pronta para fornecer ajuda humanitária à Ucrânia”, acrescentou. O Presidente chinês repetiu a oposição do seu país às sanções internacionais, dizendo que as medidas tomadas contra Moscovo “causarão danos a todas as partes”. A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil. Os ataques provocaram também a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.