Hoje Macau PolíticaSalário mínimo | Lei Chan U quer melhorar sistema de revisão O deputado Lei Chan U defende que deve ser alterado o sistema de revisão dos valores do salário mínimo, à semelhança do que ocorreu em Hong Kong. Num comunicado divulgado pelo gabinete do deputado, é explicado que as autoridades da região vizinha sugeriram aumentar o salário mínimo de 40 dólares de Hong Kong por hora para cerca de 42 dólares. O deputado, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau, disse que ambas as regiões têm mecanismos de revisão salarial que devem actuar de dois em dois anos, mas apenas Hong Kong cumpre, aumentando o valor. No caso de Macau, o deputado lembrou que o Governo opta sempre por recolher dados e elaborar um relatório sobre o valor a adoptar, que é discutido na Assembleia Legislativa. Os vários passos acrescentam incerteza à calendarização dos novos valores do salário mínimo. Assim, Lei Chan U sugere que o Executivo acelere o processo de actualização do salário mínimo.
Hoje Macau China / ÁsiaTráfico Humano | Pequim defende colaboração com Tailândia e Myanmar na luta contra o crime A China reafirmou ontem a intenção de colaborar com a Tailândia e o Myanmar na luta contra redes de tráfico humano, após as autoridades tailandesas terem começado a repatriar cidadãos chineses mantidos em cativeiro por grupos criminosos. “A China segue a sua filosofia centrada nas pessoas. É uma escolha necessária para salvaguardar os interesses comuns dos países da região e responder às aspirações partilhadas pelos seus povos”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Guo sublinhou que a China mantém uma estreita cooperação bilateral e multilateral com a Tailândia, o Myanmar e outros países afectados. “Tomámos várias medidas para resolver tanto os sintomas como as causas profundas destes crimes e trabalhamos em conjunto para impedir que os criminosos atravessem as fronteiras, com o objectivo de erradicar o problema das fraudes e dos jogos de azar ‘online’ ilegais”, afirmou. O porta-voz acrescentou que a China continuará a tomar medidas para “proteger a vida e os bens das pessoas” e preservar o intercâmbio e a cooperação com os países da região. No entanto, evitou dar pormenores sobre a identidade dos cidadãos repatriados, o seu estado de saúde ou as circunstâncias do seu resgate. “Para informações específicas, remeto para as autoridades competentes na China”, disse. A Tailândia iniciou ontem o repatriamento de milhares de pessoas, na sua maioria cidadãos chineses, que tinham sido levados por grupos criminosos e explorados em centros dedicados a fraudes ‘online’ no Myanmar. O primeiro dos aviões descolou ontem com 50 passageiros a bordo, embora se espere que um total de 1.041 chineses sejam enviados para o seu país entre os 7.000 estrangeiros a repatriar nos próximos dias, de acordo com a estimativa feita esta semana pelo primeiro-ministro tailandês, Paetongtarn Shinawatra.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Sintetizado um diamante hexagonal mais duro que o natural Uma equipa de investigadores chineses conseguiu sintetizar a lonsdaleíta, uma forma rara de diamante hexagonal com uma dureza 40 por cento superior à do diamante natural. A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Jilin e da Universidade Sun Yat-sen, adiantou o jornal oficial China Daily, na quarta-feira. O grupo de desenvolvimento destacou recentemente que a lonsdaleíta foi obtida a partir de grafite submetida a condições extremas de pressão e temperatura. “A síntese de lonsdaleíta tem sido um ponto focal de investigação para cientistas de todo o mundo nos últimos 50 anos”, frisou Yao Mingguang, professor do Laboratório Estadual de Materiais Superduros da Universidade de Jilin. A lonsdaleíta, descoberta em 1967, forma-se naturalmente em locais de impacto de meteoritos, embora a sua síntese artificial tenha sido um desafio para a comunidade científica. Para o conseguir, os investigadores chineses aplicaram uma pressão de 300 mil atmosferas, seis vezes superior à necessária para fazer diamantes convencionais. Como resultado, obtiveram cristais com até 1,2 milímetros de diâmetro, um tamanho consideravelmente maior do que os obtidos em tentativas anteriores. Para além da sua dureza excepcional, a lonsdaleíta sintetizada exibe uma notável estabilidade térmica, mantendo-se estável até aos 1.100°C. “Os diamantes recém-sintetizados apresentam estabilidade térmica e mantêm-se estáveis a temperaturas extremas”, explicou Yao. Esta característica pode permitir a sua aplicação em materiais ultra-resistentes e semicondutores. Apesar dos progressos, a produção industrial ainda não é viável: “Encontrar catalisadores adequados pode abrir caminho para isso”, frisou o investigador. A equipa procura agora optimizar o processo para passar da síntese laboratorial para o fabrico em grande volume.
Hoje Macau China / ÁsiaDeepSeek | Descartada abertura a mais investidores A empresa chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek negou ontem que esteja a considerar a possibilidade de aceitar financiamento externo para fazer face à crescente procura por recursos computacionais, após o seu rápido crescimento. A empresa tecnológica reagiu assim à informação vinculada por órgãos especializados, como a publicação norte-americana The Information, que indicaram que a plataforma estava a considerar dar esse passo. Os órgãos mencionaram fundos de investimento chineses e o Fundo Nacional de Segurança Social como possíveis investidores. São “apenas rumores”, afirmou ontem a empresa, em comunicado. O jornal estatal The Paper também noticiou ontem que a empresa está a enfrentar dificuldades para sustentar a expansão do serviço, o que levou os seus directores e a sua empresa-mãe, a QuantCube, a avaliarem uma mudança de estratégia que orientaria o seu foco da investigação tecnológica para um modelo comercialmente viável. Nos últimos dias, especulou-se sobre um possível investimento de 10 mil milhões de dólares por parte do grupo Alibaba, o que lhe daria uma participação de 10 por cento na empresa e avaliaria a DeepSeek em 100 mil milhões de dólares. O vice-presidente da Alibaba, Yan Qiao, negou oficialmente a informação, sobre a qual a DeepSeek não comentou. A DeepSeek causou grande agitação no sector global de IA após o seu lançamento, há algumas semanas, do modelo V3, que terá levado apenas dois meses para ser desenvolvido, com uma fracção do orçamento das rivais norte-americanas. Lançado em 2023 pelo fundo de cobertura chinês High-Flyer Quant, a DeepSeek está comprometida com o código aberto e oferece serviços mais baratos do que o modelo o1 da OpenAI. O rápido crescimento atraiu parcerias com gigantes tecnológicos chineses, como Alibaba, Tencent, Huawei e Baidu.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Mantida taxa de juro de referência em 3,1% pelo quinto mês consecutivo O Banco Popular da China anunciou ontem que vai manter a taxa de juro de referência em 3,1 por cento, pelo quinto mês consecutivo, indo assim ao encontro das expectativas dos analistas. Na sua actualização mensal, a instituição indicou que a taxa de juro de referência a um ano (LPR) se manterá a esse nível pelo menos até daqui a um mês. Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos – geralmente destinados às empresas – e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados. É calculado com base nas contribuições de preços de um conjunto de bancos – incluindo pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a crédito malparado – e tem como objectivo baixar os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”. A última redução foi em Outubro do ano passado, quando o banco central a reduziu em 25 pontos de base, a partir de 3,35 por cento. A instituição também indicou ontem que a taxa de juro a mais de cinco anos – a referência para os empréstimos hipotecários – se manterá em 3,6 por cento, também em conformidade com as previsões dos analistas. A última descida ocorreu em Outubro, também em 25 pontos de base, a partir de 3,85 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Inflação sobe para 2% em Janeiro devido ao Ano Novo Lunar Alimentação e transportes parecem ter sido os principais factores de aceleração da inflação no mês passado quando se celebrou a chegada do Novo Ano Lunar A inflação na região semiautónoma chinesa de Hong Kong acelerou em Janeiro, pela primeira vez desde Agosto, devido aos preços dos transportes e da alimentação durante os feriados do Ano Novo Lunar, foi ontem anunciado. O índice de preços no consumidor (IPC) subiu 2 por cento em Janeiro, em relação ao período homólogo, informou o Departamento de Censos e Estatística (CSD) de Hong Kong. Em Dezembro, a inflação fixou-se em 1,4 por cento. Num comunicado, o CSD justificou a aceleração, a primeira em cinco meses, com “os aumentos dos preços nos transportes de ida e volta [de Hong Kong] e dos preços dos alimentos básicos devido ao efeito do Ano Novo Chinês”. O período do Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, é a principal festa tradicional das famílias chinesas e acontece em Janeiro ou Fevereiro, consoante o calendário lunar. Este ano, celebrou-se entre 28 de Janeiro e 4 de Fevereiro. O CSD sublinhou ainda que entrou em vigor em Janeiro um aumento de 10 por cento na renda da maioria dos residentes em habitações públicas em Hong Kong, cidade vizinha de Macau. Um porta-voz do Governo do território defendeu que a inflação subjacente dos preços no consumidor foi modesta em Janeiro e acrescentou que, no geral, os preços dos alimentos “continuaram a registar aumentos anuais ligeiros”. Num comunicado, o porta-voz previu que a inflação “deverá manter-se moderada a curto prazo”, mas admitiu que “as incertezas decorrentes das tensões geopolíticas e dos conflitos comerciais merecem atenção”. Futuro inflacionado No início de Fevereiro, o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa adicional de 10 por cento sobre as importações de Hong Kong e da China continental. A inflação na China também acelerou em Janeiro, pela primeira vez desde Agosto, devido ao forte aumento dos gastos das famílias, por altura dos feriados do Ano Novo Lunar, contrariando persistentes pressões deflacionistas. O índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,5 por cento, em Janeiro, em relação ao período homólogo, informou a 9 de Fevereiro o Gabinete Nacional de Estatística (NBS) do país asiático. Em Dezembro, a inflação fixou-se em 0,1 por cento. O aumento temporário do consumo mascarou brevemente a dimensão do desafio deflacionista que a segunda maior economia do mundo enfrenta. O preço dos serviços aumentou 0,9 por cento, representando mais de metade do aumento total do IPC, de acordo com o NBS. A deflação nas fábricas da China prolongou-se pelo 28.º mês consecutivo, com um declínio de 2,3 por cento, mantendo-se estável, face à contracção do índice em Dezembro. O consumo doméstico é cada vez mais crucial e por isso o Governo chinês avançou já com planos para aumentar a despesa pública e reduzir as taxas de juro. O receio de Pequim é que um ciclo enraizado de descida dos preços possa refrear as despesas das famílias e empurrar as empresas para cortes salariais e despedimentos.
Hoje Macau SociedadeHospital das Ilhas | Criação de pacotes turísticos em estudo O Hospital das Ilhas está a “realizar estudos preliminares de mercado sobre o conteúdo de pacotes de turismo médico, os seus critérios para cobrança de taxas”, indicou o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, numa resposta a uma interpelação de Ho Ion Sang. A análise está a ser feita em contacto com “o sector turístico e as empresas integradas de turismo e lazer”. Além disso, a Direcção dos Serviços de Turismo irá acompanhar o lançamento destes serviços de turismo médico disponíveis no Hospital das Ilhas, também em conjunto com o sector e as concessionárias, para desenvolver “produtos turísticos com foco em cuidados médicos, bem-estar e alimentação terapêutica”, revelou Alvis Lo. A aposta irá passar também por promoções de alojamento e campanhas de publicidade nos mercados-alvo. Uma das áreas a explorar no novo centro hospitalar é a medicina estética, no Centro Médico Internacional. De momento, a instituição tem consultas externas de especialidade, que incluem serviços de medicina estética como microagulhas de radiofrequência, injecções de toxina botulínica (botox) e vacinação contra o vírus de herpes zoster (zona). Além disso, Alvis Lo declarou que os Serviços de Saúde querem elevar o nível técnico e dos serviços médicos de Macau, “em articulação com a actual política de emissão de vistos para tratamento médico em Macau”, para incentivar instituições médicas privadas a criarem produtos turísticos de saúde.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Restauração e retalho registam novas quebras nas vendas As vendas dos restaurantes apresentaram uma redução de 5,6 por cento em Dezembro de 2024 face ao período homólogo. Os números constam do inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho realizado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Os restaurantes de comida chinesa foram os mais afectados pela redução do volume das vendas com quebras que atingiram 10,3 por cento. Os restaurantes com comida ocidental também registaram menos vendas, com uma diminuição de 4,4 por cento, em comparação com Dezembro de 2023. No pólo oposto, no espaço de um ano, os restaurantes com comida japonesa e coreana apresentaram aumento das vendas de 10,9 por cento. As quebras nas vendas entre Dezembro do ano passado e Dezembro de 2023 não se limitaram à restauração. No comércio a retalho a situação não foi melhor. De acordo com os entrevistados pela DSEC, as quebras nas vendas atingiram 21,1 por cento em termos anuais. Os negócios de relógios e joalharia foram os mais afectados com uma redução nas vendas de 31,5 por cento, enquanto as vendas dos artigos de couro tiveram uma redução de 25,9 por cento. A venda de mercadorias em armazéns e de quinquilharias caíram 20,8 por cento. Por outro lado, a venda de automóveis cresceu 36 por cento face ao período homólogo.
Hoje Macau PolíticaTrânsito | Deputado defende uso de carros eléctricos O deputado Zheng Anting defendeu que a substituição de veículos a combustão por eléctricos vai levar a uma redução das temperaturas nas ruas de Macau, o que considerou positivo para o turismo. As declarações foram prestadas ontem na Assembleia Legislativa, no âmbito de uma pergunta ao Executivo que pedia os planos para apostar numa maior adopção de veículos eléctricos no território. Por sua vez, Raymond Tam, secretário para os Transportes e Obras Públicas, defendeu o trabalho do Governo no incentivo aos veículos eléctricos e explicou que 90 por cento dos autocarros dos complexos de entretenimento e hotéis utilizam veículos híbridos, que utilizam em parte energias alternativas e que houve vários incentivos para que os cidadãos optassem por comprar veículos eléctricos.
Hoje Macau PolíticaBurla | PJ alerta para falsos anúncios com deputados A Polícia Judiciária (PJ) informou ontem o público sobre a existência de falsos anúncios de investimento nas redes sociais envolvendo figuras públicas, nomeadamente do meio empresarial e político, como Kevin Ho, membro de Macau à Assembleia Popular Nacional e sobrinho de Edmund Ho; Angela Leong, deputada e empresária ligada à Sociedade de Jogos de Macau, e ainda o deputado Chui Sai Peng. Segundo uma nota da PJ divulgada ontem, esses falsos anúncios recorrem a estas personalidades para publicitar a obtenção de lucros fáceis “através de certas plataformas de investimento, induzindo os cidadãos a clicar em links que os levam a plataformas de investimento falsas para registar contas”. Desta forma, os burlões acabam por roubar os dados pessoais e retirar dinheiro das contas das vítimas. A PJ alerta ainda para o “aumento de casos de fraude em investimentos nos últimos anos, em que os burlões recorrem a plataformas de redes sociais para atrair as vítimas”. Assim, com “diversas estratégias, promovem planos de investimento publicitando retornos elevados”. No início, “algumas vítimas conseguem obter pequenos lucros e fazer levantamentos desses ganhos com sucesso, mas ao aumentarem o valor do investimento, descobrem que deixam de conseguir levantar o dinheiro, percebendo que foram enganadas”, descreve a PJ.
Hoje Macau EventosRobert De Niro estreia-se em televisão no ‘thriller’ conspiracionista “Dia Zero” A nova minissérie “Dia Zero”, na Netflix, marca a estreia do ator oscarizado Robert De Niro em televisão, num ‘thriller’ em que interpreta um ex-presidente norte-americano chamado a descobrir os autores de um ciberataque devastador. “O argumento era tão bom, nem sequer foi precisa preparação prévia”, disse o ator, numa conferência de imprensa de lançamento da série em que a Lusa participou. “O diálogo era excelente. Podia ter sido piroso, pretensioso ou tendencioso, mas nesse caso eu não estaria aqui”. “Dia Zero” foi filmada ao longo de sete meses em Nova Iorque, com Robert De Niro a ser fundamental para essa localização. “Já há algum tempo que tinha falado com o meu agente sobre fazer qualquer coisa em Nova Iorque”, revelou o ator, que também é produtor executivo da minissérie de seis episódios. O elenco inclui Angela Bassett, Matthew Modine, Jesse Plemons, Lizzy Caplan, Connie Britton e Joan Allen. Criada por Eric Newman (“Griselda”, “Narcos: México”), Noah Oppenheim (ex-presidente da NBC News) e Michael Schmidt (jornalista), a minissérie parte de um ciberataque maciço que desliga tudo nos Estados Unidos durante um minuto e provoca o caos e milhares de mortos. Robert De Niro interpreta o ex-presidente George Mullen, chamado pela atual presidente Evelyn Mitchell (Angela Bassett) a presidir a uma comissão à qual são dados poderes inéditos de investigação. A realizadora Lesli Linka Glatter (“West Wing”, “Homeland”) descreveu a série como “um ‘thriller’ de conspiração paranóica”. “A ideia partiu de conversas sobre a nossa relação com a verdade”, revelou Eric Newman, na conferência. “É algo global: entrámos numa era de pós-verdade em que as verdades podem ser mutualmente exclusivas”. Um dos antagonistas de Mullen é o autor de um ‘podcast’, Evan Green (Dan Stevens) que joga com suspeitas e atira acusações sem prova de forma a rentabilizar o ultraje da audiência. “Green representa a franja que opera em torno de uma história como esta”, disse o ator. “Ele é irritante, uma figura divisiva, que prospera com a divisão e a torna a sua moeda”. Mas o argumento não toma posição e nenhum dos intervenientes sai particularmente bem, com um leque variado de decisões duvidosas, salvo a mulher do ex-presidente Sheila Mullen, que mantém a integridade. “O que esperamos que as pessoas levem disto é que, embora os mecanismos pelos quais determinamos a verdade possam estar quebrados, talvez de forma irreparável, ainda é possível fazer a coisa certa”, frisou Newman. “Ainda que seja uma visão desconcertante da humanidade, no final há um certo otimismo e esperança”. O cocriador Noah Oppenheim disse que a equipa começou a trabalhar nesta história há vários anos e que é incrível ver como aquilo que tem acontecido no mundo real espelha o caos que a série retrata. “Se pensarmos nas ameaças que enfrentamos, seja ciberataques, alterações climáticas ou guerra nuclear, a maior de todas é a incapacidade de concordarmos com um conjunto partilhado de factos”, considerou. Angela Bassett, que interpreta a presidente Mitchell, salientou a importância de “ver esta representação de uma mulher” como a atriz “num lugar de poder na Sala Oval”, algo que a entusiasmou a fazer a série, além de ser a segunda vez a trabalhar com De Niro. Também Connie Britton, que dá corpo a Valerie Whitesell, achou interessante a humanização de situações altamente políticas, que muitas vezes fazem esquecer que, por trás de posições de poder estão seres humanos com relações e personalidades complexas. “Isto mostra-nos como as nossas escolhas podem ter um impacto em toda a gente”, indicou, ao mesmo tempo que os personagens tentam manter o decoro e respeitar os altos cargos. “Esses atos de equilíbrio são o que fazemos na vida real, mesmo que não estejamos metidos em espionagem de alto risco ou ciberataques”, continuou. “Estamos todos a tentar encontrar um equilíbrio entre as nossas responsabilidades e as relações íntimas”.
Hoje Macau EventosMuseu M+ de Hong Kong e MoMA assinam primeira colaboração O museu M+ de Hong Kong assinou um acordo de colaboração com o Museu de Arte Moderna (MoMA, na sigla em inglês) de Nova Iorque, o primeiro do género entre a instituição norte-americana e uma congénere asiática. A aliança, anunciada ontem pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, surge no meio de crescentes tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China. O M+ garantiu ao jornal que assinou na terça-feira um memorando de entendimento com o MoMa, para promover a cooperação em áreas como a investigação, o intercâmbio de curadores, a conservação, a partilha de programas e o desenvolvimento de talentos. A parceria acontece no meio da deterioração das relações entre Pequim e Washington, exacerbada pelo regresso à presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, de Donald Trump, que impôs uma tarifa adicional de 10% sobre as importações de Hong Kong e da China continental. Fundado em 1929, o MoMA alberga uma coleção de quase 200 mil peças, que inclui pinturas marcantes na história da arte como ‘A Noite Estrelada’, de Vincent van Gogh (1853-1890), e ‘Les Demoiselles d’Avignon’, de Pablo Picasso (1881-1973). Picasso na RAEHK De 15 de Março a 13 de Julho, o M+ vai albergar a exposição ‘Picasso for Asia: A Conversation’, que reune mais de 60 obras do artista espanhol, considerado um dos mais prolíficos e influentes criadores do século XX. Com curadoria conjunta do M+, localizado no distrito cultural de West Kowloon, e do Musée national Picasso-Paris, em França, esta exposição será a primeira a exibir obras-primas do museu parisiense ao lado de peças de uma coleção de museu na Ásia. Entre as obras de destaque que vão ser transportadas para a antiga colónia britânica contam-se ‘O Acrobata’ (1930), ‘Figuras à Beira-Mar’ (1931), ‘Grande Natureza Morta com Mesa de Pedestal’ (1931), ‘Retrato de Dora Maar’ (1937) ou ‘Massacre na Coreia’ (1951). O Governo de Hong Kong apontou a recuperação do turismo como essencial para a economia da região semiautónoma chinesa. As autoridades disseram que a organização desta exposição representa um passo importante para restaurar o panorama cultural da cidade e atrair visitantes de todo o mundo. O executivo de Hong Kong revelou um plano de desenvolvimento turístico a cinco anos, com o objetivo de quase duplicar a contribuição do setor para o produto interno bruto (PIB), de 2,6% em 2024 para cerca de 5% até 2029. O plano, apresentado no final de dezembro pela secretária para a Cultura, Desporto e Turismo, Rosanna Law Shuk-pui, inclui a implementação de 133 medidas focadas na criação de projetos que destaquem as características locais e internacionais da cidade. Rosanna Law foi nomeada no início de Dezembro, pelo chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, na primeira remodelação do Governo de Hong Kong, cidade vizinha de Macau, desde que o antigo comissário adjunto da polícia tomou posse, em Julho de 2022, em plena pandemia.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Janeiro registou mais de três milhões de visitantes Macau recebeu em Janeiro quase 3,65 milhões de visitantes, mais 27,4 por cento do que no mesmo mês de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre, foi ontem anunciado. De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou pelo território só foi superado por Agosto, mês que registou mais de 3,65 milhões de visitantes. No entanto, segundo a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos, mais de 59 por cento dos visitantes (2,16 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade. Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China. Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau. Além disso, desde 1 de Janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias. Em resultado, a esmagadora maioria (91,3 por cento) dos turistas que chegaram a Macau em Janeiro vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto apenas 241 mil foram visitantes internacionais. Um quase recorde Janeiro ficou perto de fixar um novo recorde, apesar do número de pessoas que visitaram Macau durante a chamada ‘semana dourada’ do Ano Novo Lunar ter sido 3,5 por cento menor do que no mesmo período de feriados de 2024. De acordo com dados da Polícia de Segurança Pública de Macau, entre 28 de Janeiro e 4 de Fevereiro entraram na região 1,31 milhões de turistas, uma média diária de 163.700. Em 17 de Janeiro, a directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, disse que esperava uma média diária de 185 mil visitantes durante a ‘semana dourada’. No mesmo dia, Senna Fernandes disse que Portugal pode ajudar Macau a atrair no futuro mais visitantes vindos do resto da Europa. A dirigente deu como exemplo a reunião semianual da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA, na sigla em inglês), que se irá realizar em Macau, em Junho. “Foi através da APAVT [Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo] que nós fomos apresentados à ECTAA”, sublinhou Senna Fernandes. “Embora vá ter menos do que 100 pessoas, eles representam, no todo, 80 mil agências de viagens de toda a Europa”, sublinhou a dirigente. Senna Fernandes disse ainda esperar que Macau possa receber entre 38 e 39 milhões de visitantes este ano. Em agosto, a dirigente apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025. Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Seul acolherá soldados norte-coreanos que queiram desertar As autoridades sul-coreanas admitiram ontem acolher os soldados norte-coreanos que sejam capturados na Ucrânia a combater juntamente com as tropas russas e que queiram desertar da Coreia do Norte. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul avançou, em comunicado, que “os soldados norte-coreanos são cidadãos sul-coreanos de acordo com a Constituição” pelo que “respeitar a vontade destas pessoas é cumprir o direito internacional”. O anúncio do Governo sul-coreano foi feito na sequência dos últimos relatos de que muitos soldados norte-coreanos ficaram feridos durante o conflito, depois de terem sido enviados para apoiar a Rússia ao abrigo do acordo de defesa estratégica alcançado no ano passado entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un. As autoridades ucranianas anunciaram a captura de dois soldados norte-coreanos que combatiam ao lado das tropas russas na província russa de Kursk, onde Kiev lançou uma operação militar no Verão passado. O Governo ucraniano propôs devolvê-los à Coreia do Norte se Pyongyang aceitar facilitar uma troca com soldados ucranianos actualmente detidos na Rússia. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estimou que cerca de 4.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em Kursk, embora o número não tenha sido verificado. A disponibilidade apresentada pelo Governo sul-coreano surge depois de um soldado ter dito, em entrevista ao jornal Chosun Ilbo, que planeia pedir asilo na Coreia do Sul. O ministério de Seul reagiu, defendendo que estas pessoas “não devem ser enviadas de volta para um lugar onde enfrentam a ameaça de perseguição”.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Crescimento da China é oportunidade para PLP O secretário-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP) defendeu ontem que o crescimento económico chinês vai criar oportunidades para o bloco lusófono. “A China continua a ser um importante motor de crescimento económico mundial com boas perspectivas de cooperação com os países de língua portuguesa”, defendeu Ji Xianzheng, na recepção de Ano Novo Lunar do Fórum de Macau. O crescimento económico da China atingiu em 2024 a meta de 5 por cento fixada por Pequim, mas alguns analistas afirmam que a economia está a expandir-se a um ritmo mais lento do que o indicado nas estimativas oficiais. Num relatório divulgado em 16 de Janeiro, o Banco Mundial previu que a economia mundial deve crescer 2,7 por cento em 2025 e 2026 e disse que a desaceleração nos Estados Unidos e na China está a pesar no crescimento global. Num discurso, Ji Xianzheng disse que “os esforços de Macau” na abertura ao exterior “trarão certamente novas oportunidades para a China e os países de língua portuguesa perante o aprofundamento da cooperação em vários domínios”. Em Abril do ano passado, o Fórum de Macau realizou a sexta conferência ministerial, durante a qual foi aprovado um novo plano acção até 2027, concentrado em novas áreas de cooperação, como a economia digital e a economia azul. Apesar do optimismo, Ji Xianzheng sublinhou que “a promoção de uma cooperação abrangente de benefícios mútuos com os países de língua portuguesa está pendente dos esforços conjuntos dos dez países” que fazem parte do Fórum de Macau. A organização tem como membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe (desde 2017) e Guiné Equatorial (desde 2022). Governo alinhado O Fórum de Macau foi estabelecido em 2003, o mesmo ano em que Pequim designou a cidade como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa. Na mesma cerimónia, o chefe do Executivo da região prometeu “apoiar plenamente” a organização, para aproveitar “as vantagens únicas” da cidade e “potenciar efectivamente Macau como interlocutor entre a China e os países de língua portuguesa”. Sam Hou Fai garantiu que Macau irá “reforçar a abertura bilateral com os países lusófonos”, assim como “tomar uma postura mais aberta e inclusiva para intensificar os laços internacionais e aumentar a projeção e a atratividade globais”. Sam Hou Fai, que tomou posse em 20 de Dezembro, é o primeiro líder do Governo de Macau que domina a língua portuguesa.
Hoje Macau EventosCinema | “Nezha 2” ultrapassa “Inside Out 2” em bilheteira O filme de animação chinês “Nezha 2” ultrapassou o filme “Inside Out 2” (Pixar) e tornou-se na longa-metragem de animação com maior bilheteira da história, informou ontem a imprensa chinesa. Com uma receita global de 12,3 mil milhões de yuan, o filme é também a oitava obra cinematográfica com maior bilheteira de todos os tempos, segundo o portal de notícias Yicai. O sucesso de “Nezha 2” é particularmente notável pela sua origem, com mais de 99 por cento das receitas a provirem exclusivamente da China, ao contrário das produções de Hollywood, que dependem fortemente da distribuição internacional. Esta sequela, que segue a história de “Nezha” (2019), é inspirada no romance clássico chinês do século XVI “A Investidura dos Deuses”, que narra as aventuras de um rapaz com poderes mágicos que defende a cidade-fortaleza de Chentangguan. Lançado a 29 de Janeiro, durante o Ano Novo Lunar, “Nezha 2” liderou a bilheteira diária na China durante 21 dias consecutivos, contribuindo significativamente para o aumento da bilheteira nacional. O fenómeno desta longa-metragem levou a um prolongamento da estreia nas salas de cinema até 30 de Março. O legado de Nezha como personagem icónica da animação chinesa será homenageado numa sessão especial a 18 de Março em Xangai, onde serão exibidos “Nezha Conquista o Rei Dragão” (1979) e “Nezha 2”. Este evento reunirá duas gerações de espectadores e oferecerá uma perspectiva sobre a evolução da animação chinesa nas últimas quatro décadas, bem como sobre a continuidade do mito na cultura popular. Realizado por Yang Yu (conhecido como Jiaozi), da província de Sichuan (centro da China), “Nezha 2” reflecte a presença crescente dos filmes de animação chineses na indústria cinematográfica internacional.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Analistas destacam vitória contra restrições após lançamento de novo modelo Analistas consideraram terça-feira que o lançamento internacional do novo telemóvel da Huawei, dobrável com três ecrãs, representa uma vitória simbólica para o gigante tecnológico chinês, que foi alvo de pesadas restrições por parte dos Estados Unidos. No evento de lançamento em Kuala Lumpur, o grupo informou que o Huawei Mate XT é constituído por três ecrãs, dobra-se duas vezes e que é o telefone dobrável mais fino, com um ecrã de 25,4 milímetros, semelhante a um iPad da norte-americana Apple. “Neste momento, a Huawei é a única inovadora em modelos com design de ecrã triplo”, disse Bryan Ma, analista da empresa de pesquisa de mercado International Data Corporation. A Huawei alcançou esta posição apesar de não ter acesso a semicondutores avançados ou aos serviços da Google, por imposição do Governo dos Estados Unidos. “Todas estas coisas têm sido, basicamente, grandes obstáculos para a Huawei”, disse Ma, acrescentando que o “ressurgimento que estamos a ver é uma vitória”. A Huawei, a primeira marca global de tecnologia da China, está no centro de uma batalha EUA – China pelo domínio do comércio e tecnologia. Em 2019, Washington cortou o acesso da Huawei aos componentes e tecnologia dos EUA, incluindo a Google e outros serviços para telemóveis. Também impediu os fornecedores globais de usar a tecnologia dos EUA para produzir componentes para a empresa. As autoridades norte-americanas consideraram que a Huawei representa um risco para a segurança, o que a empresa negou. O governo da China acusou Washington de utilizar inapropriadamente o conceito de segurança nacional para conter um concorrente em ascensão das empresas tecnológicas dos EUA. A Huawei anunciou o Mate XT a 20 de Setembro do ano passado, no mesmo dia em que a Apple lançou a sua série iPhone 16 nos mercados globais. No evento de Kuala Lumpur, a Huawei também apresentou o seu tablet MatePad Pro e o Free Arc, os seus primeiros auriculares abertos, e outros dispositivos portáteis.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Preços das casas novas continuam em queda Os preços das casas novas na China caíram pelo vigésimo mês consecutivo em Janeiro, foi ontem anunciado, apesar das medidas adoptadas pelo Governo para estimular o sector, que se encontra mergulhado numa prolongada crise. Os preços nas 70 principais cidades do país caíram 0,07 por cento, em relação ao mês anterior, de acordo com cálculos feitos a partir dos números divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês. Em Dezembro, o preço das casas novas registou uma contração de 0,08 por cento. Os cálculos efectuados com base nos dados do GNE reflectem igualmente uma redução de 0,34 por cento no preço das casas em segunda mão em Janeiro, depois de ter diminuído 0,31 por cento, no último mês de 2024. Nos últimos meses, as autoridades chinesas anunciaram medidas para travar a queda do mercado imobiliário, uma questão que preocupa Pequim, devido às implicações para a estabilidade social, uma vez que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas. Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é precisamente a crise do sector imobiliário, cujo peso no PIB nacional – somando os factores indirectos – foi estimado em cerca de 30 por cento, segundo alguns analistas.
Hoje Macau China / ÁsiaVietname vai construir ligação ferroviária junto à fronteira com a China O Vietname aprovou ontem a construção de uma linha ferroviária a ligar o porto de Haiphong a Hanói e à fronteira com a China, com custo superior a oito mil milhões de dólares. A linha férrea entre a costa norte do Vietname e a região que faz fronteira com a província chinesa de Yunnan visa reforçar as ligações entre os dois países fronteiriços e facilitar as trocas comerciais. A nova ligação vai servir as principais fábricas do Vietname, onde se situam a Samsung, a Foxconn, a Pegatron e outros gigantes da electrónica mundial, muitos dos quais dependem de carregamentos regulares de componentes provenientes da China. Com cerca de 390 quilómetros de comprimento, a ligação vai partir da cidade portuária de Haiphong com destino a Lao Cai, no norte montanhoso do Vietname, na fronteira com Yunnan, via Hanói. Substitui a antiga linha em funcionamento, construída há mais de um século durante o período da Indochina francesa. A China vai financiar parte do projecto através de empréstimos. Durante a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Hanói, em Dezembro de 2023, os dois países assinaram mais de trinta acordos. A nova linha vai “impulsionar a cooperação económica, comercial, de investimento e turística entre os dois países”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vietnamita, Pham Thu Hang, na semana passada. A nova ligação ferroviária pode ajudar a atenuar as dificuldades das rotas de abastecimento internacionais causadas pela actual dependência de camiões lentos e dispendiosos, que são “propensos a estrangulamentos na fronteira”, explicou Dan Martin, um perito da empresa de consultoria Dezan Shira & Associates. “A China fornece uma grande parte das matérias-primas que alimentam o sector industrial do Vietname e é essencial manter este sistema estável”, disse o analista, citado pela agência France-Presse. “Uma ligação ferroviária moderna elimina as ineficiências e assegura o transporte sem problemas das mercadorias, quer sejam enviadas para as fábricas vietnamitas ou para os mercados mundiais através do porto de Haiphong”, acrescentou. Uma outra linha para a China, que ainda não foi aprovada pelo parlamento, acabará por ligar Hanói à província de Lang Son, que faz fronteira com a região chinesa de Guangxi, passando por outra vasta zona onde se encontram fábricas estrangeiras. O Vietname prevê igualmente a construção de uma linha ferroviária de alta velocidade a ligar Hanói à cidade de Ho Chi Minh, a capital económica do sul, com um custo estimado em 67 mil milhões de dólares, com o objectivo de reduzir o tempo de viagem de 30 horas para cerca de cinco horas.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim rejeita que Gaza seja “moeda de troca” em negociações O líder da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou na ONU a posição da China em defesa de Gaza e da Cisjordânia como a terra natal dos palestinianos O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, defendeu na terça-feira que Gaza não seja transformada numa “moeda de troca” em negociações políticas, frisando ainda que o enclave e a Cisjordânia são “a terra natal do povo palestiniano”. “A situação no Médio Oriente continua tensa e frágil. Gaza e a Cisjordânia são a terra natal do povo palestiniano, não uma moeda de troca nas negociações políticas. A governação palestiniana pelos palestinianos é um princípio importante que deve ser seguido na governação pós-conflito”, afirmou Yi, numa intervenção perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. “É vital defender a solução de dois Estados, pressionar por uma solução abrangente, justa e duradoura para a questão palestiniana e trazer paz e segurança duradouras ao Médio Oriente”, acrescentou o líder da diplomacia da China, país que detém este mês a presidência rotativa do Conselho de Segurança. A posição de Pequim surge uma semana após o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter reafirmado o seu compromisso “em comprar e possuir” a Faixa de Gaza, acrescentando que os palestinianos não teriam direito ao regresso ao território. Trump adensou ainda mais a polémica ao propor que os habitantes de Gaza sejam reinstalados em outro lugar “permanentemente”, nomeadamente nos países vizinhos Jordânia e Egipto. Contudo, essas ambições foram duramente criticadas por grande parte da comunidade internacional e pela ONU, com o secretário-geral, António Guterres, a alertar que “qualquer deslocamento forçado da população é equivalente a uma limpeza étnica”. No debate de nível ministerial do Conselho de Segurança, subordinado ao tema “Praticar o multilateralismo, reformar e melhorar a governação global” e convocado por Pequim, Wang Yi abordou ainda a guerra na Ucrânia, sublinhando que a “China apoia todos os esforços que conduzam às conversações de paz”. “A crise na Ucrânia arrasta-se há quase três anos. Recentemente, o ímpeto de procura pelo diálogo e pela negociação está a aumentar. Desde que a crise eclodiu, a China tem defendido uma solução política e promovido negociações de paz. A China apoia todos os esforços que conduzam às conversações de paz”, disse o ministro, num momento em que os Estados Unidos e a Rússia estão em negociações directas para esse fim, mas sem incluir a Ucrânia ou a União Europeia. De acordo com o líder da diplomacia chinesa, Pequim continuará a trabalhar com todos os países, especialmente os países do Sul global, “para construir um consenso para pôr fim ao conflito e para abrir caminho à paz”. Mudança de planos Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia — o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, — reuniram-se na terça-feira na Arábia Saudita para discutir a melhoria dos laços e negociar o fim da guerra na Ucrânia — conversações que representam uma mudança na política externa norte-americana sob a liderança de Donald Trump. Trata-se da primeira reunião russo-americana a este nível e neste formato desde o início do conflito. O encontro foi criticado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que condenou o facto de Kiev não ter feito parte das discussões. “As negociações estão agora a decorrer entre representantes russos e norte-americanos. Mais uma vez, sobre a Ucrânia e sem a Ucrânia”, condenou o líder ucraniano durante uma deslocação à Turquia. Zelensky disse que o seu país não aceitará quaisquer resultados das negociações desta semana se Kiev não participar.
Hoje Macau SociedadeTurismo | DST procura consolidar mercado de Hong Kong A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) vai lançar este ano uma série de promoções em Hong Kong para expandir e consolidar este mercado, depois da quebra de 8,9 por cento dos visitantes oriundos da região vizinha durante os feriados do Ano Novo Lunar deste ano. Como tal, a DST realizou recentemente um almoço de Primavera na região vizinha, no qual participaram mais de cem representantes do sector da antiga colónia britânica, onde Helena de Senna Fernandes garantiu que a RAEM irá continuar a promover o destino Macau em Hong Kong através de “plataformas online, redes sociais e actividades online e presenciais”. O organismo que coordena as políticas de turismo da RAEM indicou ontem, em comunicado, que este ano vai realizar “sessões de apresentação de produtos, visitas de familiarização temáticas, promoções conjuntas” dirigidas a consumidores para consolidar o mercado de Hong Kong, tradicionalmente o segundo mais forte mercado emissor de turistas. A directora da DST recorda que foram convidados 20 “micro influencers” para promover as actividades comemorativas do Ano Novo Lunar em Macau, campanha que foi alargada à imprensa generalista e jornais de turismo e lazer. O Governo vai também lançar a campanha “Experience Macao” Mega Sale, em colaboração com agências de viagem de Hong Kong, para vender pacotes turísticos com desconto e atrair mais residentes de Hong Kong. Além disso, a DST vai ainda participar na “Holiday & Travel Expo 2025”, que terá lugar em Hong Kong entre hoje e domingo.
Hoje Macau PolíticaIPIM | Macau ajudou três empresas de capitais lusos em Hengqin O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM) de Macau disse à Lusa que ajudou três empresas de capitais portugueses a estabelecer negócios na zona económica especial da vizinha Hengqin. “Actualmente, existem três casos de investidores portugueses que obtiveram licenças comerciais na Zona de Cooperação [Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin]”, acrescentou o IPIM. Numa resposta a questões enviadas pela Lusa, o instituto revelou que as três empresas de capitais portugueses estão a operar em “áreas como a consultoria jurídica e a gestão de projectos”. O IPIM disse que as empresas de Macau com investimento estrangeiro, de Portugal, Alemanha, República Checa e Austrália, representam cerca de 7 por cento dos pedidos recebidos para registo em Hengqin. Em 6 de Fevereiro, o IPIM disse, em comunicado, que tinha recebido 100 pedidos de empresas de Macau, através de um serviço transfronteiriço de registo comercial na zona económica especial, com quase 90 já aprovados. O instituto disse à Lusa que os restantes processos ainda não foram aprovados porque “incluem casos em acompanhamento, à espera de documentos adicionais ou em que houve ajustamentos efectuados pelos próprios requerentes”. As empresas de Macau com capitais estrangeiros “estão optimistas” quanto a aproveitar a zona económica especial para uma expansão no mercado do Interior da China, referiu o IPIM, no comunicado de 6 de Fevereiro. Mais de 40 por cento das empresas de Macau que já apostaram em Hengqin estão envolvidas em indústrias de turismo e lazer integrados, saúde e bem-estar, finanças modernas, tecnologias de ponta, convenções e exposições, comércio, cultura e desporto, acrescentou o instituto.
Hoje Macau PolíticaIAM | Tam Wai Fong nomeada para o Conselho de Administração Tam Wai Fong, que era subdirectora dos Serviços de Planeamento e Construção Urbanos da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, foi nomeada para integrar o conselho da Administração do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). A decisão do Chefe do Executivo foi publicada ontem no Boletim Oficial e entra em vigor na próxima quarta-feira. Tam é licenciada em arquitectura pela Universidade Huaqiao, em Fujian, e ingressou na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes em 2010. Desempenhou também as funções de técnica superior do Gabinete do secretário para os Transportes e Obras Públicas, entre 2012 e 2014, técnica superior do então Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, entre 2014 e 2018, tendo chegado à posição de chefe da Divisão de Manutenção do Departamento de Vias Públicas e Saneamento do Instituto para os Assuntos Municipais. Além da nomeação para o IAM, foi exonerada da Direcção dos Serviços de Planeamento e Construção Urbanos da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.
Hoje Macau China / ÁsiaHelicóptero chinês voa a menos de três metros de avião filipino Um helicóptero da marinha chinesa voou ontem a menos de três metros de um avião de patrulha filipino, numa zona disputada do Mar do Sul da China, levando o piloto filipino a emitir um aviso por rádio. O helicóptero chinês estava a tentar forçar um avião pertencente ao Gabinete de Pescas e Recursos Aquáticos das Filipinas a sair do que a China afirma ser o seu espaço aéreo, sobre o disputado recife de Scarborough, ao largo do noroeste das Filipinas. Um jornalista da Associated Press e outros órgãos de comunicação estrangeiros convidados que se encontravam no avião testemunharam o tenso impasse de 30 minutos, enquanto o avião filipino prosseguia a sua patrulha a baixa altitude em torno de Scarborough, com o helicóptero da marinha chinesa a pairar por cima dele ou a voar para a sua esquerda, em tempo nublado. “Estão a voar demasiado perto, são muito perigosos e põem em perigo a vida da nossa tripulação e dos nossos passageiros”, disse o piloto filipino ao helicóptero da marinha chinesa, por rádio, a certa altura. “Afastem-se e distanciem a vossa aeronave de nós, pois estão a violar as normas de segurança estabelecidas pela FAA e pela ICAO”, acrescentou. O piloto estava a referir-se à distância padrão entre aeronaves exigida pela Organização da Aviação Civil Internacional, para evitar desastres aéreos. A Guarda Costeira das Filipinas e o Gabinete das Pescas afirmaram em comunicado que continuam “empenhados em afirmar a nossa soberania, os nossos direitos soberanos e a nossa jurisdição marítima no Mar das Filipinas Ocidental, apesar das acções agressivas e de escalada da China”. O Gabinete das Pescas referiu-se ao nome filipino para o trecho de águas no Mar do Sul da China mais próximo da costa ocidental das Filipinas. Tensão crescente As autoridades chinesas não comentaram imediatamente o incidente, mas em encontros anteriores afirmaram com firmeza os direitos soberanos da China sobre Scarborough e as águas circundantes, e avisaram que as suas forças protegeriam os interesses territoriais do país a todo o custo. O incidente de ontem, que deverá ser protestado pelo Governo filipino, é o mais recente ponto de inflamação num impasse territorial de décadas numa das rotas comerciais mais movimentadas do mundo. Nos últimos dois anos, registou-se um aumento dos confrontos em alto mar entre as guardas costeiras chinesas e filipinas em Scarborough e no recife de Tomás Segundo, onde um navio da marinha filipina, que se encontra encalhado, tem servido de posto militar territorial desde 1999.