Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | EUA cancela várias licenças de exportação O governo dos EUA cancelou quarta-feira algumas licenças de exportação para o conglomerado chinês de telecomunicações Huawei, impedindo empresas norte-americanas de lhe venderem componentes, agravando as tensões entre EUA e China. “Não comentamos licenças específicas, ma podemos confirmar que revogamos algumas licenças de exportação para a Huawei”, disse ontem um porta-voz do Departamento do Comércio à AFP. “Estamos a avaliar em permanência a maneira pela qual os nossos controlos podem proteger ainda melhor a nossa segurança interna e os nossos interesses em matéria de política externa, considerando as ameaças e uma paisagem tecnológica em constante mudança”, acrescentou. “No quadro deste processo, como temos feito, revogámos licenças de exportação”, especificou. A Huawei está desde há anos no centro de uma intensa disputa entre Washington e Pequim, com os norte-americanos a acusarem a empresa de poder espiar em benefício das autoridades chinesas. Em reacção, um porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse, em comunicado, que “os EUA estenderam demasiado o conceito de segurança interna, politizaram as questões económicas e comerciais, abusaram das medidas de controlo de exportações e adoptaram, por diversas vezes, sanções e medidas de repressão absurdas contra empresas chinesas específicas”. O porta-voz avisou que “a China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e os interesses legítimos das empresas chinesa”. Desde 2019, as sanções de Washington eliminaram a Huawei das cadeias de aprovisionamento mundiais de tecnologias e componentes dos EUA. As sanções norte-americanas forçaram a empresa chinesa a recentrar-se em sectores como programas informáticos, aparelhos interligados, informática de empresa e carros eléctricos, onde detém a marca Aito.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Comércio externo registou subida homóloga de 8% em Abril O valor das trocas comerciais realizadas entre a China e o resto do mundo, denominado na moeda chinesa, aumentou 8 por cento, em Abril, em termos homólogos, segundo dados oficiais divulgados ontem pelas alfândegas do país asiático. O comércio externo da China ascendeu em Abril a cerca de 3,64 biliões de yuan. As exportações aumentaram 5,1 por cento, em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,08 biliões de yuan. As importações cresceram 12,2 por cento, para 1,56 biliões de yuan. O excedente comercial chinês fixou-se assim em 513,4 mil milhões de yuan no quarto mês do ano. Em termos acumulados, entre Janeiro e Abril, o comércio entre a China e o resto do mundo aumentou 5,7 por cento, em yuan, com as vendas a subirem 4,9 por cento e as compras 6,8 por cento. As alfândegas também divulgaram ontem dados sobre o comércio externo denominado em dólares, que são utilizados como referência pelos analistas internacionais e que normalmente divergem dos dados comunicados em moeda chinesa devido às flutuações da taxa de câmbio. O comércio entre a China e o resto do mundo denominado na moeda norte-americana aumentou 4,4 por cento, em termos homólogos, para cerca de 512,56 mil milhões de dólares, com as importações a subirem mais (8,4 por cento) do que as exportações (1,5 por cento). Os números são mais positivos do que o previsto pelos especialistas, que esperavam que as exportações crescessem 1 por cento e as importações 5,4 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | China e Hungria são bons amigos, diz Xi Jinping A China e a Hungria são bons amigos e bons parceiros de confiança mútua, afirmou o Presidente chinês, Xi Jinping, num discurso escrito ao chegar esta quarta-feira a Budapeste para uma visita de Estado à Hungria. “Estou muito satisfeito por fazer uma visita de Estado ao belo país da Hungria, a convite gracioso do presidente Tamas Sulyok e do primeiro-ministro Viktor Orban”, disse, estendendo as sinceras saudações e votos de felicidades ao governo e ao povo húngaros em nome do governo e do povo da China, indica o Diário do Povo. Observando que a Hungria é conhecida pela sua história consagrada pelo tempo e profunda herança cultural, Xi disse que o povo húngaro é trabalhador, inteligente, aberto, inclusivo, pioneiro e criativo. Nos últimos anos, o governo e o povo da Hungria têm avançado com determinação, fazendo progressos impressionantes no desenvolvimento económico e social, disse, acrescenta a publicação. “Como bons amigos e parceiros estratégicos abrangentes, nós, na China, tanto o governo como o povo, regozijamo-nos sinceramente com vossas conquistas.” Em 1949, a Hungria foi um dos primeiros países a reconhecer e estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China. Em 2004, os dois países decidiram estabelecer uma parceria amigável e cooperativa. Nos últimos anos, os dois lados têm visto frequentes intercâmbios de alto nível, confiança mútua aprofundada, resultados frutíferos na cooperação da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, intercâmbios interpessoais e culturais vibrantes e estreita coordenação e colaboração em assuntos internacionais e regionais, afirmou Xi. “Juntos, demos um belo exemplo de construção de um novo tipo de relações internacionais caracterizado pelo respeito mútuo, imparcialidade, justiça e cooperação de benefício mútuo”, disse. Fazer o futuro Este ano marca o 75.º aniversário das relações diplomáticas China-Hungria, trazendo uma oportunidade importante para o crescimento das relações bilaterais, continuou o Presidente chinês. Xi disse que espera reunir-se com o presidente Sulyok, o primeiro-ministro Orban e outros líderes húngaros e que eles delinearão conjuntamente um novo plano para a cooperação e o desenvolvimento, com vista a conduzir a relação China-Hungria a grandes passos e levá-la a um nível superior. “Acredito que, não importa como o cenário internacional evolua, a China e a Hungria verão sempre e abordarão a relação bilateral a partir de uma perspectiva ampla e uma visão de longo prazo”, disse. “Através de esforços vigorosos e determinados, trabalharemos juntos para o objectivo de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e daremos a nossa devida contribuição para a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade do mundo”, acrescentou. “Estou confiante de que, com os esforços concertados dos dois lados, esta visita será um sucesso total e inaugurará um futuro ainda mais brilhante para as relações China-Hungria”, disse ainda.
Hoje Macau SociedadeDemografia | Natalidade baixa 13,3% no primeiro trimestre Durante o primeiro trimestre deste ano, nasceram em Macau 856 bebés, o que representa descidas de 13,3 por cento face ao mesmo período de 2023 e 10,9 por cento em termos anuais, segundo dados ontem divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Das 856 crianças nascidas nos primeiros três meses, 452 eram meninos e 404 meninas. O número de casamentos registados foi de 937, mais 96, em termos trimestrais. No cômputo geral, no fim do primeiro trimestre deste ano a população total de Macau era composta por 686.400 pessoas, mais 2.700, face ao trimestre anterior. A DSEC atribuiu o aumento populacional à subida do número de trabalhadores não-residentes domiciliados em Macau, que eram 179.469 no fim de Março (+2.808 face ao trimestre anterior). Quanto à distribuição percentual da população por sexo, a população feminina (366.200) era superior à masculina (320.200), representando 53,4 por cento da população total. Se por um lado houve menos nascimentos, os óbitos aumentaram. Nos primeiros três meses do ano morreram 631 pessoas, menos 27 do que no trimestre anterior. As três principais causas antecedentes de morte foram tumores (232 óbitos), doenças do aparelho circulatório (159 óbitos) e doenças do aparelho respiratório (110 óbitos).
Hoje Macau SociedadeConstrução civil | DSAL promove curso para técnicos de segurança A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a Universidade de Macau organizam o “curso de formação de técnico superior de segurança na construção civil”, com três turmas para a língua chinesa e apenas uma turma em inglês. Segundo um comunicado da DSAL, há 154 vagas disponíveis, estando as candidaturas já abertas. As aulas iniciam-se entre Junho e Setembro deste ano. As inscrições terminam no dia 17 para a turma de inglês e no dia 31 para as turmas em chinês, sendo que se podem candidatar residentes com ensino secundário complementar completo e que tenham dois ou mais anos de experiência em execução de obras ou gestão de segurança na construção civil. Este curso é organizado pela DSAL desde 2005 tendo já formado 1 995 alunos. Aos formandos que completarem o curso e forem aprovados na avaliação será emitido o certificado do curso pela DSAL e Universidade de Macau, bem como atribuído o subsídio de formação de 2.500 patacas pela DSAL. O presente curso conta para os requisitos de formação de técnico superior de segurança na construção civil no âmbito da lei da segurança e saúde ocupacional na construção civil, implementada em 2023.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Brasil nomeia delegado O Brasil nomeou um novo delegado em representação do país junto do secretariado permanente do Fórum Macau. Hervelter de Mattos assumiu funções esta terça-feira em substituição do seu antecessor, Adriano Giacomet Higa de Aguiar. Formado em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, Hervelter de Mattos desempenhou várias funções, desde 1989, de carreira diplomática nas embaixadas do Brasil, Marrocos, Singapura, Indonésia, República Checa, El Salvador, Dominica, Suécia, Venezuela, entre outros. Segundo um comunicado do Fórum Macau, o novo delegado “possui rica experiência profissional em relações externas e diplomacia”, sendo também, por acumulação de funções, cônsul-geral adjunto do Consulado-Geral do Brasil em Hong Kong.
Hoje Macau PolíticaEmpresas sociais | Ho Ion Sang pede condições especiais O deputado Ho Ion Sang considera que os concursos públicos de atribuição de lojas em edifícios públicos deviam prever lugares reservados ou condições de acesso preferencial para empresas sociais do território. As empresas sociais são entidades comerciais que respondem a necessidades especiais, como acontece com idosos ou pessoas com deficiências, mas que ao contrário das associações de cariz solidário, têm como objectivo gerar lucro. Estes lucros são depois utilizados para reinvestir nos serviços sociais. Segundo Ho Ion Sang, pelo menos duas empresas sociais estão muito bem estabelecidas no território. Contudo, também enfrentam dificuldades, dado o elevado preço das rendas que pagam. Nesta lógica, Ho Ion Sang quer saber se o Governo vai implementar medidas, com a criação de condições mais favoráveis no arrendamento de espaços comerciais nos edifícios de habitação pública. O deputado pergunta também se é possível estas empresas mudarem-se para alguns espaços que estão há muito tempo sem serem arrendados, por não haver interesse do mercado. Além desta medida, Ho Ion Sang defende que o Governo deve criar uma plataforma para fazer a ligação entre empresas sociais, fornecedores de produtos e organizações de eventos. De acordo com o deputado, uma plataforma deste género seria não só uma forma de auxiliar este tipo de empresas, mas também promover mais postos de trabalho em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaPaquistão diz que ataque que matou cinco chineses foi planeado no Afeganistão O exército do Paquistão afirmou ontem que o atentado suicida que matou cinco engenheiros chineses e um motorista paquistanês, em Março, foi planeado no Afeganistão e que o bombista era um cidadão afegão. Em conferência de imprensa, o porta-voz do exército, o major-general Ahmad Sharif, disse que quatro homens envolvidos no ataque de 26 de Março em Bisham, um distrito na província de Khyber Pakhtunkhwa, foram detidos. Sharif afirmou que o ataque que matou os engenheiros chineses, que estavam a trabalhar na maior barragem paquistanesa, Dasu, foi uma tentativa de prejudicar a relação entre o Paquistão e a China. Milhares de chineses estão a trabalhar em projectos relacionados com o Corredor Económico China–Paquistão, uma parte crucial da iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota, que visa abrir novas rotas comerciais. Sharif afirmou que o Paquistão dispõe de provas sólidas de que os talibãs paquistaneses, que têm refúgios no Afeganistão, estão por detrás de uma vaga de ataques que matou 62 elementos das forças de segurança em todo o país desde Janeiro. Os ataques levaram várias embaixadas estrangeiras a adoptar medidas de segurança adicionais, pedindo ao pessoal diplomático e aos cidadãos do Paquistão que se mantivessem vigilantes. Num comunicado difundido na terça-feira, o consulado dos Estados Unidos afirmou estar “ciente da ameaça de um ataque terrorista no porto de Karachi” e pediu aos cidadãos norte-americanos e ao pessoal da embaixada que se mantivessem afastados da zona. O consulado aconselhou-os também a manterem-se discretos e alerta em locais frequentados por turistas. Karachi, a maior cidade do Paquistão, tem sido palco de vários ataques de militantes nos últimos anos. Negas talibãs No mês passado, cinco trabalhadores japoneses escaparam por pouco a um ataque de um bombista suicida que teve como alvo a carrinha que seguiam e que matou um transeunte paquistanês. Sharif afirmou que os talibãs afegãos não honraram as promessas, que fizeram à comunidade internacional antes de chegarem ao poder, de não permitirem que quaisquer forças utilizassem o Afeganistão para realizar ataques noutros países. Os talibãs paquistaneses – um grupo separado, mas um aliado próximo dos talibãs afegãos que tomaram o poder no Afeganistão em Agosto de 2021 – negaram estar por detrás do ataque de Março, afirmando numa declaração na altura que “os nossos únicos alvos são as forças de segurança que nos foram impostas”. “Não estamos de forma alguma envolvidos neste ataque”, declararam na altura. O porta-voz do exército do Paquistão prometeu não permitir a permanência de estrangeiros sem documentos no país. Sharif disse que as forças armadas paquistanesas concluíram 98 por cento da construção de uma vedação ao longo da fronteira com o Afeganistão e 91 por cento da vedação ao longo da fronteira com o Irão, a fim de controlar os movimentos ilegais, travar o contrabando e impedir ataques de militantes transfronteiriços. Desde o ano passado, 563.639 afegãos em situação ilegal no Paquistão regressaram ao Afeganistão, depois de Islamabade ter lançado uma ofensiva contra os imigrantes ilegais, o que suscitou críticas generalizadas por parte de grupos de defesa dos direitos humanos. O Afeganistão nunca reconheceu a fronteira porosa com o Paquistão, que atravessa a terra ascentral dos Pashtun, o maior grupo étnico do Afeganistão.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Banco central não descarta nova subida de juros para travar inflação O governador do banco central do Japão disse ontem que poderá considerar uma mudança na política monetária, com uma nova subida de juros, se a recente desvalorização do iene causar uma aceleração da inflação. “Em comparação com situações passadas, as flutuações cambiais são mais suscetíveis de afectar os preços” ao consumidor, disse Kazuo Ueda, perante uma comissão do parlamento japonês. O líder do Banco do Japão (BoJ) acrescentou que “está a acompanhar de perto os movimentos recentes de depreciação do iene”. A moeda do Japão estava ontem a negociar numa faixa perto dos 154 ienes por dólar, depois de no final de Abril ter caído para 160 ienes, pela primeira vez há 34 anos. Isto depois do BoJ ter decidido, de forma unânime, manter a política monetária. Ueda admitiu ser possível que a inflação no Japão esteja actualmente mais dependente de alterações no mercado cambial e de movimentos “mais agressivos” das empresas na fixação de preços ou salários. “Em alguns casos, isto fará com que a inflação subjacente mude. Se tal situação ocorresse, seria necessária uma resposta de política monetária”, disse o governador do BoJ. O banco central do Japão subiu em Março a taxa de juro de referência a curto prazo, para 0,1 por cento, o primeiro aumento em 17 anos, mas um valor ainda muito longe das taxas nas outras principais economias mundiais. O iene tem vindo a desvalorizar-se acentuadamente face ao dólar, entre outras moedas, em grande parte devido a este diferencial. Um iene fraco tende a impulsionar o mercado de acções, uma vez que inflaciona as remessas estrangeiras dos exportadores, mas também aumenta os custos das importações de energia e matérias-primas, das quais o Japão é dependente.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Toyota regista lucro recorde até Março A fabricante japonesa de automóveis Toyota Motor anunciou ontem lucros recorde de 4,94 biliões de ienes no ano fiscal terminado em Março, mais do dobro do que no período anterior. No ano fiscal que decorreu entre Abril de 2023 e 31 de Março passado, o lucro operacional da Toyota subiu também 96,4 por cento, para 5,32 biliões de ienes, o valor mais elevado de sempre para uma empresa japonesa, de acordo com a imprensa local. O lucro operacional antes de juros e impostos, conhecido pela sigla inglesa de EBIT, aumentou 89,8 por cento em termos homólogos, para 6,96 biliões de ienes, referiu a fabricante. O volume de vendas da Toyota, a maior empresa automóvel do mundo no que toca a vendas, foi de 45,1 biliões de ienes, um aumento de 21,4 por cento face ao ano anterior. A Toyota vendeu, entre Abril do ano passado e Março, 9,44 milhões de veículos, um aumento de 7 por cento em termos homólogos, depois de subidas em todos os mercados da empresa. A excepção foi o Japão, mercado onde o grupo Toyota foi afectado pela suspensão das vendas da subsidiária Daihatsu, disse o director financeiro da empresa, Yoichi Miyazaki. Futuro eléctrico A Daihatsu retomou na terça-feira as operações em todas as fábricas no Japão depois de uma suspensão de mais de quatro meses devido a uma série de irregularidades divulgadas por uma investigação externa. As vendas de todo o grupo, incluindo a marca de luxo Lexus, atingiram 10,3 milhões de veículos, mais 7,3 por cento que um ano antes. Mais de um terço (37,4 por cento), ou quase 3,9 milhões, eram eléctricos, um aumento de 7,8 por cento. O efeito favorável das taxas de câmbio, devido à fraqueza do iene, teve um impacto positivo no lucro operacional da empresa no valor de 685 mil milhões de ienes, avançou Miyazaki. No entanto, a descida do iene significou também a subida do preço das matérias-primas para a empresa japonesa, algo que foi compensado por uma redução de custos no valor de cerca de 120 mil milhões de ienes, disse o director financeiro. Para o exercício em curso, que começou a 1 de Abril e vai até ao final de Março de 2025, a Toyota prevê uma queda de 27,8 por cento no lucro líquido, para 3,57 biliões de ienes. Relativamente ao volume de vendas, a Toyota espera um aumento de 2 por cento, para 46 biliões de ienes.
Hoje Macau China / ÁsiaMorreu académica australiana Helen Hill, que partilhou história timorense A académica e activista australiana Helen Hill, que escreveu a “História de Timor”, faleceu terça-feira, na Austrália, vítima de doença, tendo o Governo timorense considerado ontem que “fará muita falta”. “Helen Hill ajudou a partilhar a nossa história e a nossa luta com o mundo. Ela educou milhares de estudantes. Fará muita falta”, refere o Governo timorense, em comunicado. A académica australiana visitou Timor-Leste pela primeira vez em 1975 para escrever uma tese de mestrado sobre a transição para a independência, mas o país acabou por ser ocupado pela Indonésia. “Em vez disso, ela escreveu ‘A História de Timor’, publicado no final de 1975, que se tornou a bíblia para estudiosos e activistas que queriam saber sobre os acontecimentos na nossa terra em apuros que levaram à invasão”, refere o Governo timorense. Para a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Helen Hill foi das “poucas australianas que corajosamente recusou a acreditar que a Fretilin e o povo timorense seriam derrotados quando quase todo o mundo pensava o contrário”. “Lembro-me de Helen Hill desde sua visita no início de 1975 como estudante universitária e encontrei-a novamente ao longo dos anos durante a ocupação e a descobri como uma verdadeira amiga de Timor-Leste”, lembrou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, também em comunicado. Lamentos gerais O antigo Presidente e ex-primeiro-ministro timorense Taur Matan Ruak também lamentou a morte da “activista australiana que lutou pela causa de Timor-Leste”, bem como organizações da sociedade civil timorense, que tiveram a oportunidade de trabalhar com Helen Hill. “Helen Hill e alguns outros amigos australianos foram instrumentais em ajudar a criação da representação da FRETILIN e o trabalho dos representantes da FRETILIN nas Nações Unidas nos primeiros dias de nossa luta”, explicou Mari Alkatiri. Helen Hill ajudou a estabelecer a representação da frente diplomática da Fretilin, em Nova Iorque, em 1984, organizou em Camberra um evento no qual o actual Presidente, José Ramos-Horta, discursou pela primeira vez, após a invasão da indonésia, e esteve sempre envolvida em acções de solidariedade com o povo timorense. Após a restauração da independência, em 2002, Helen Hill trabalhou em Timor-Leste em vários projectos, incluindo programas de desenvolvimento comunitário na Universidade Nacional de Timor-Leste. Foi condecorada em 2014 pelo antigo Presidente Taur Matan Ruak com a medalha da Ordem de Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul-Lisboa | Portugal destaca “impacto positivo” da nova rota aérea directa A nova ligação aérea entre Portugal e a Coreia do Sul poderá trazer um forte impulso ao turismo internacional para o país. O Turismo de Portugal aplaude a criação da nova rota e mostra-se optimista no desenvolvimento novas oportunidades no mercado asiático O Turismo de Portugal destacou ontem o “impacto positivo” na promoção do turismo internacional para o país da nova ligação aérea directa entre Seul e Lisboa, a operar a partir de Setembro pela Korean Air. “Destaca-se sobretudo pelo impacto positivo na promoção do turismo internacional para Portugal e no fortalecimento da conectividade aérea com uma região muito importante e carenciada de ligações a Portugal”, sustenta o Turismo de Portugal em comunicado. Referindo que a nova rota é “o culminar de um trabalho colaborativo intenso” com a ANA Aeroportos e a Korean Air, o Turismo de Portugal destaca que “representa a segunda ligação directa da Ásia para Portugal e deverá potenciar novas oportunidades de mercado não só na Coreia, mas também no Japão, onde a Korean Air tem uma forte presença consolidada e poderá captar uma fatia importante do mercado japonês através das suas ligações via Seul”. Com três voos semanais, às quartas-feiras, sextas-feiras e domingos, a nova ligação directa entre Seul e Lisboa será inaugurada no próximo mês de Setembro. “Esta rota é um marco na conectividade aérea e no fortalecimento das relações entre Portugal e a Ásia”, afirma o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, citado no comunicado, acrescentando que este organismo “está focado em identificar e aproveitar oportunidades em mercados promissores para atender às necessidades do turismo.” Segundo o Turismo de Portugal, a Coreia do Sul é “um dos mercados asiáticos muito promissores” para o sector, tendo-se destacado em 2023 como o 25.º mercado turístico da procura externa aferido pelo indicador dormidas e o 19.º no indicador hóspedes. Face a 2022, o número de hóspedes em 2023 aumentou cerca de 189 por cento, fixando-se em 170,1 mil, enquanto nas dormidas o acréscimo foi de 136,2 por cento, registando-se 264,7 mil dormidas de sul-coreanos em Portugal. “Estes números reflectem um potencial de crescimento significativo para Portugal nos próximos anos com a implementação desta nova rota”, sustenta o Turismo de Portugal, reafirmando o seu “compromisso com a promoção da conectividade e a expansão para novos mercados, […] através de uma aposta clara na captação de novas rotas e parcerias estratégicas de ‘marketing’ envolvendo os destinos nacionais”. Pólos ligados A companhia aérea de bandeira sul-coreana Korean Air anunciou na terça-feira o lançamento de voos ‘charter’ directos entre a capital da Coreia do Sul, Seul, e Lisboa a partir de 11 de Setembro. Num comunicado, a Korean Air disse que irá usar aviões Boeing 787-9, com capacidade para 290 passageiros, para operar três voos semanais entre o aeroporto de Seul Incheon e Lisboa. A companhia aérea disse que os voos irão decorrer durante quase dois meses, pelo menos até 25 de Outubro, mas admitiu que “também tem planos para prolongar a operação desta rota durante a época de inverno”. A Korean Air sublinhou que a nova ligação a partir de Incheon irá oferecer “os únicos voos diretos entre Lisboa e o Nordeste da Ásia”, região que inclui o Japão, a Mongólia e o extremo oriente da Rússia. “Os novos voos directos irão facilitar a deslocação, tornando mais acessíveis as viagens para Lisboa e cidades vizinhas”, disse a companhia aérea, que deu como exemplo o Porto. Esta ligação poderá também ser usada para passageiros que queiram voar entre Macau e Lisboa, disse na segunda-feira num comunicado a CAM, empresa gestora do aeroporto da região administrativa especial chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Pequim felicita Putin pela tomada de posse para um quinto mandato O Governo chinês felicitou ontem o Presidente russo, Vladimir Putin, pela sua tomada de posse para um quinto mandato à frente do Kremlin. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que a Rússia “vai continuar a fazer novas conquistas na construção do Estado [russo] e no desenvolvimento económico e social” sob a liderança de Putin. Lin Jian afirmou que as relações entre China e Rússia “têm mantido um desenvolvimento saudável e estável” e “têm desempenhado um papel positivo na promoção do desenvolvimento comum e do progresso no mundo”. “Os laços entre China e Rússia trouxeram benefícios tangíveis para os povos dos dois países”, acrescentou o porta-voz, manifestando a esperança de que Moscovo e Pequim “reforcem continuamente a sua confiança mútua”, “expandam a sua cooperação”, “pratiquem um multilateralismo genuíno” e “conduzam a governação global numa direcção mais justa e razoável”. O porta-voz chinês recusou-se a confirmar se Putin vai visitar a China este mês, como o líder russo anunciou anteriormente. Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão da Ucrânia, Putin e o Presidente chinês, Xi Jinping, proclamaram em Pequim uma “amizade sem limites” entre as suas nações. Desde então, têm argumentado que os seus laços “não ameaçam nenhum país” e que, de facto, “promovem o multilateralismo nas relações internacionais”. Desde o início do conflito na Ucrânia, a China tem apelado ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Música de protesto proibida Um tribunal de recurso atendeu ontem ao pedido do Governo de Hong Kong para proibir uma canção popular de protesto, anulando uma decisão judicial anterior. O Governo central chinês justificou ontem que a proibição da música pelo tribunal de Hong Kong foi uma “medida necessária”. “Impedir que alguém use ou transmita a música em questão (…) é uma medida legítima e necessária tomada por Hong Kong para cumprir a sua responsabilidade de proteger a segurança nacional”, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, durante a sua conferência de imprensa regular. “Glória a Hong Kong” é a primeira música proibida no território desde o regresso da ex-colónia britânica à China, em 1997. O Governo de Hong Kong apresentou em Junho um pedido para proibir a música. Entretanto, no final de Julho, os tribunais rejeitaram o pedido, considerando que a sua proibição levantaria sérias questões sobre a liberdade de expressão. O Executivo da cidade apresentou um recurso que foi ontem atendido pelo tribunal.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Autor do ataque em hospital passou três anos na prisão e é residente local O autor do ataque a um hospital no sudoeste da China, que causou dois mortos e 21 feridos, é residente da vila onde ocorreu o incidente e esteve preso anteriormente, informou a imprensa local. O suspeito, que se encontra sob custódia policial desde terça-feira, tem 40 anos e vive na mesma vila onde ocorreu o incidente, segundo fontes policiais citadas pelo jornal chinês Henan Daily. O homem passou anteriormente três anos na prisão após ter cometido em 2013 uma agressão relacionada com um litígio sobre a compra de uma mota, segundo o mesmo jornal. Até ao momento, as autoridades não divulgaram informações sobre os motivos do ataque de terça-feira, que ocorreu às 13:20 locais no Hospital Chengnan, na vila de Zhenxiong, província de Yunnan. As imagens de vigilância do hospital divulgadas pouco depois do incidente mostram um homem no hospital com pelo menos duas facas com as quais atacou várias pessoas, após o que várias caíram no chão com ferimentos. Em 2016, depois de vários episódios de violência em hospitais chineses, as autoridades decidiram colocar polícias armados nos centros de saúde para impedir ataques de doentes ou familiares contra o pessoal médico. Quatro anos mais tarde, o país asiático promulgou uma lei da saúde que concedeu uma protecção específica ao pessoal médico e proibiu ameaçar ou pôr em perigo a segurança dos trabalhadores do sector, embora factores como a escassez de recursos médicos e o elevado custo de alguns tratamentos continuem a ser fonte de conflito. Armas do crime A China tem registado vários incidentes deste género, normalmente protagonizados por pessoas com problemas psicológicos ou ressentimentos com vizinhos ou a sociedade em geral. A lei chinesa proíbe rigorosamente a venda e posse de armas de fogo, pelo que os ataques são geralmente feitos com facas, explosivos de fabrico artesanal ou por atropelamento. Em Julho passado, um homem armado com uma faca matou seis pessoas e feriu outra num jardim-de-infância na província de Guangdong, no sudeste da China.
Hoje Macau China / ÁsiaSérvia | Presidente declarou perante Xi que Taiwan faz parte da China Depois de Paris, o Presidente chinês prossegue o seu périplo pela Europa. Em Belgrado, ouviu do seu homólogo sérvio palavras de amizade e reconhecimento de “Uma só China” O Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, declarou que “Taiwan é a China” durante um discurso de boas-vindas ao homólogo chinês Xi Jinping, que se encontra em Belgrado. “Temos uma posição clara e simples sobre a integridade territorial da China”, disse Vucic a uma multidão reunida em frente à sede do Governo da Sérvia. “Sim, Taiwan é a China”, sublinhou Vucic, num discurso transmitido pela televisão local. O Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, foi recebido ontem na capital da Sérvia pelo homólogo sérvio, antes das conversações bilaterais destinadas a aprofundar os laços económicos entre Pequim e Belgrado. A República Popular da China investiu milhares de milhões de euros na Sérvia e nos Balcãs, nomeadamente nos sectores da exploração mineira e da indústria transformadora. Pequim e Belgrado assinaram um acordo de comércio livre no ano passado. Alvo falhado O chefe de Estado chinês chegou a Belgrado no final da tarde de terça-feira, após uma visita de Estado a França onde manteve conversações com o Presidente francês Emmanuel Macron sobre os diferendos comerciais. Além da França, os dois outros países escolhidos por Xi Jinping para a primeira viagem à Europa desde 2019 (Sérvia e Hungria) são considerados estados com boas ligações com a Rússia e a República Popular da China. O ministro das Finanças sérvio, Sinisa Mali, disse ontem à emissora pública RTS que as conversações com a delegação de Pequim vão concentrar-se num “grande projecto”, mas não forneceu mais pormenores. Esta visita de Xi Jinping a Belgrado coincide com o 25.º aniversário do bombardeamento da embaixada chinesa pelos Estados Unidos, que matou três pessoas no dia 7 de Maio de 1999. A embaixada foi atingida durante uma campanha de ataques da NATO contra alvos sérvios durante a guerra do Kosovo. Mais tarde, os Estados Unidos pediram desculpa, alegando que os mapas não estavam actualizados e por isso, o piloto do avião de combate falhou o alvo. Referindo-se aos factos de 1999, num artigo publicado ontem no diário sérvio Politika, Xi Jinping escreveu que a NATO tinha “bombardeado sem vergonha” o edifício da embaixada.
Hoje Macau EventosIIM | Concurso de fotografia com candidaturas até Setembro O Instituto Internacional de Macau (IIM) aceita candidaturas, até 27 de Setembro, para a nova edição do concurso de fotografia “À Descoberta de Macau e Hengqin”. Trata-se de uma iniciativa conjunta do IIM em parceria com a Associação de Fotografia Digital de Macau (AFDM), o Clube de Leo Macau Central (MACC) e Associação dos Embaixadores do Património de Macau (MHAA), sem esquecer a Halftone – Associação de Fotografia de Macau, a Associação dos Jovens Macaenses (AJM) e a Language Exchange and Culture Promotion (LECPA), sendo financiada pela Fundação Macau. O objectivo principal deste concurso é “reforçar o sentimento de pertença, e promover um conceito de identidade radicado nos valores culturais e históricos de Macau”, destinando-se ainda a “estimular o conhecimento dos participantes, especialmente os jovens, sobre as riquezas do património cultural, construído ou não, de Macau, e das tradições, incluindo as atracções da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Podem participar neste concurso residentes e não residentes, podendo estes retratar diversos aspectos de Macau, desde monumentos históricos, edificações ou manifestações de natureza cultural conforme a lista do património imaterial. As imagens podem versar ainda sobre hábitos, costumes e crenças, eventos turísticos e festividades populares, tradicionais e religiosas das culturas chinesa, portuguesa e macaense, assim como eventos de cariz internacional. O concurso pretende ainda dar destaque à criatividade digital, focando-se no período entre Outubro de 2023 e Setembro de 2024. Os prémios variam entre as 2 e 5 mil patacas para os três primeiros classificados, incluindo 500 patacas para as menções honrosas. Haverá ainda um “Prémio Especial” para o melhor trabalho apresentado por um sócio da Associação de Fotografia Digital de Macau, no valor de 1000 patacas. Após os prémios serem tornados públicos, o IIM vai organizar uma exposição com as imagens vencedoras.
Hoje Macau EventosMecanoo | Nuno Fontarra vem a Macau falar de arquitectura O arquitecto Nuno Fontarra, ligado ao atelier holandês Mecanoo, responsável pelo projecto da Biblioteca Central, virá a Macau, no próximo dia 17, dar uma palestra intitulada “Do conceito à construção: Decifrando o processo de design da Mecanoo”. A sessão, organizada pelo Instituto Cultural (IC), acontece a partir das 19h e visa “analisar, segundo uma perspectiva abrangente, os esforços e a criatividade necessários em todo o processo de um projecto arquitectónico, desde o conceito inicial até à execução e construção”. Segundo um comunicado do IC, a sessão irá explicar “o desenvolvimento pormenorizado e o aperfeiçoamento de todas as fases de um projecto, abordando os desafios complexos encontrados ao longo do processo da construção das obras de arquitectura de grande escala, assim como as estratégias e as soluções adoptadas”. Nuno Fontarra, arquitecto principal da equipa do projecto da Nova Biblioteca Central de Macau e sócio da Mecanoo Architecten BV, é, na empresa, responsável sobretudo por projectos de cariz municipal. Participou no desenho de projectos arquitectónicos icónicos, nomeadamente o Museu de História Natural de Abu Dhabi e o Palácio da Justiça de Córdoba em Espanha, possuindo ainda uma vasta experiência na concepção arquitectónica de projectos públicos. O arquitecto e a sua equipa já ganharam vários prémios em programas culturais e concursos tanto da Europa como da Ásia, entre os quais se destaca o projecto do Centro Cultural de Longgang em Shenzhen. No campo académico, além de ser professor na Delft University of Technology e no Piet Zwart Institute de Roterdão, Nuno Fontarra também leccionou no atelier de design da Universidade Soongsil em Seul, Coreia do Sul. As inscrições podem ser feitas na plataforma da Conta Única de Macau até ao dia 12.
Hoje Macau EventosFO | Novo concurso para bolsas nas áreas das artes e humanidades A Fundação Oriente vai abrir este ano novamente a candidatura para bolsas de curta duração para asiáticos e portugueses que desenvolvam estudos em áreas das Artes e Humanidades, disse à Lusa a delegada da instituição em Macau. A bolsa dirige-se a cidadãos asiáticos que pretendam, em 2025, realizar cursos, estágios ou visitas de estudo em Portugal, e a portugueses que queiram fazê-lo em países da Ásia. A bolsa tem uma duração de até três meses e deverá totalizar 500 euros mensais, incluindo viagem e a possibilidade de alojamento, explicou Catarina Cottinelli. O concurso, aberto entre 1 e 30 de Junho, incide sobre as “seguintes áreas prioritárias”: Antropologia, Arquitectura, Artes Plásticas, Conservação e Restauro, Design, Fotografia, História, História da Arte e Museologia, de acordo com um comunicado da Fundação Oriente (FO). A prioridade vai para propostas que possam dar origem à realização de actividades no Museu do Oriente, lê-se na nota. “A ideia da FO é o intercâmbio da apresentação de temas que possam ser do nosso interesse, que dêem origem a estudos e investigações que possam ser do interesse das várias comunidades envolvidas, na Ásia – na representação que nós temos quer em Goa, Macau e Timor – ou em Portugal, daquilo que são as propostas que vêm da Ásia para Portugal”, referiu ainda a delegada.
Hoje Macau EventosFRC | Docente de Hong Kong fala hoje sobre Macau no cinema “Imagens de Macau em Movimento: A Visão da Região Administrativa Especial no Século XXI” é o título de mais uma palestra que hoje decorre na Fundação Rui Cunha a partir das 19h. A protagonista será Stacille Ford, professora da Universidade de Hong Kong, que irá falar da representação cinematográfica sobre Macau A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 19h, a conferência “Macau’s Moving Images: Screening the SAR in the 21st Century” [Imagens de Macau em Movimento: A Visão da Região Administrativa Especial no Século XXI], com Stacilee Ford, professora assistente no departamento de História da Faculdade de Artes da Universidade de Hong Kong. Esta conferência insere-se no “Ciclo de Palestras Públicas de História e Património”, realizada entre a FRC e a Universidade de São José. A ideia é falar da forma como Macau tem sido representada nos últimos anos nas mais variadas vertentes artísticas. “Desde a viragem do século XXI, as histórias cinematográficas sobre as pessoas e lugares de Macau progrediram muito além dos habituais retratos de cariz exótico que eram usados pela Hollywood dos tempos da Guerra Fria. No entanto, imagens, temas e enredos familiares mais tradicionais continuam a passar para as telas contemporâneas”, descreve a organização, em comunicado. Assim, esta palestra aborda “o que mudou, ou não, e o que os filmes recentes nos contam sobre a história, a identidade de Macau e a importância do lugar desta Região Administrativa Especial da China, na intersecção dos fluxos transnacionais e globais”. A oradora apresentará uma selecção contextualizada de documentários e de cinema independente e comercial do início deste século, onde se incluem destacados filmes como “Adeus Macao” de Evans Chan, do ano 2000, “Sisterhood” de Tracy Choi, de 2016, “A City Called Macau” de Li Shaohong, filme de 2018, e “One More Chance” de Anthony Pun, realizado no ano passado. Estudos e livros Stacilee Ford possui relevante trabalho de investigação no programa de estudos de género da Universidade de Hong Kong, sendo historiadora cultural com pesquisa feita nas áreas de estudos transnacionais americanos, história das mulheres e de género e produção cultural interasiática. A académica reside em Hong Kong desde 1993 e tem-se dedicado ao ensino, investigação e à publicação de artigos e livros sobre mulheres e comunidades americanas em Hong Kong e Macau, sobre o cinema de Hong Kong e ainda sobre as mudanças geracionais na região da Ásia-Pacífico. O seu interesse particular tem sido a identidade cultural e as mudanças históricas articuladas no cinema, na televisão, na internet, na educação, na literatura, na gastronomia e na cultura de consumo de Hong Kong e Hollywood. É autora do livro “Troubling American Women: Narratives of Gender and Nation in Hong Kong”, publicado em 2011 pela Hong Kong University Press.
Hoje Macau SociedadePATA | Cimeira anual em Macau na próxima semana A edição deste ano da cimeira anual da PATA – Associação de Turismo da Ásia Pacífico [Pacific Asia Travel Association – PATA, na sigla inglesa] realiza-se em Macau na próxima semana entre quarta e sexta-feira, 15 a 17. Segundo um comunicado oficial sobre o evento, devem participar 400 delegados da indústria turística da região da Ásia-Pacífico que irão reunir-se no Grand Lisboa Palace, no Cotai. Espera-se a realização de uma série de reuniões e encontros sobre o sector do turismo, intervenções de 40 oradores, organizando-se também um simpósio juvenil no dia 16 na Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau. Este simpósio inclui debates com líderes da indústria e sessões de orientação destinados a grupos de estudantes da PATA estrangeiros e estudantes de turismo das cidades e regiões da Grande Baía. A cimeira da PATA será inaugurada oficialmente no dia 16 e tem como tema “Reimaginar o Turismo”, focando-se em temas como políticas de turismo e de promoção, viagens aéreas, indústria hoteleira, tecnologias de viagem e inteligência artificial ou turismo educacional. O leque de oradores inclui Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, ou Pansy Ho, empresária da indústria do jogo e directora da Shun Tak, incluindo especialistas de entidades e publicações como Economist Impact, Euromonitor International, Conselho Mundial de Viagens e Turismo, Visa, Mastercard ou plataformas como a Booking ou Tripadvisor. Macau acolheu a PATA Travel Mart em 2010 e em 2017, bem como a cimeira anual da entidade em 2005. Este é o primeiro grande evento da PATA no território após a pandemia, sendo uma oportunidade para “mostrar a actualização sobre os novos desenvolvimentos e pontos fortes da cidade”, destaca o mesmo comunicado.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | Jovem tailandês apanhado com 10 quilos de marijuana Um jovem tailandês, de 23 anos, foi apanhado na terça-feira no Aeroporto de Macau com uma mala de viagem com mais de 10 quilos de flor de marijuana e quatro embalagens com 60 gomas contendo THC, a substância activa da marijuana, indicou ontem a Polícia Judiciária. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o jovem terá recebido a droga num aeroporto da Tailândia, através de contactos com uma associação criminosa que pretendia transportar a droga para Hong Kong, através dos autocarros dourados da Ponte do Delta. De acordo com o relato das autoridades, a marijuana apreendida teria um valor de mercado de 10,8 milhões de patacas. Após receber a bagagem, o indivíduo terá agido de forma suspeita, procurando evitar contacto visual e misturar-se entre os restantes passageiros. Porém, a inspecção na máquina de raio-x viria a revelar a carga que trazia, e o cão farejador de narcóticos também sinalizou a bagagem. A PJ garante que vai continuar a procurar a associação criminosa e o seu líder, enquanto o jovem foi encaminhado para o Ministério Público suspeito do crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas.
Hoje Macau SociedadeConsulado | Ainda há vagas de atendimento para os próximos dias O Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong tem ainda vagas disponíveis para o atendimento de cidadãos portugueses a residir no território ou na região vizinha. Segundo uma nota de imprensa, desde segunda-feira, e até 31 de Julho deste ano, existe um limite máximo de 220 vagas diárias de atendimento para emissão ou renovação de documentos, sendo que “as vagas disponibilizadas na plataforma [cgportugal.org] para esta semana e próxima ainda não estão esgotadas”, é declarado. Na mesma nota, o consulado “recomenda que os utentes aproveitem esta operação especial e procedam à marcação imediata do seu atendimento” no caso de os cartões de cidadão ou passaportes estejam caducados ou próximo da data de expiração.
Hoje Macau Manchete SociedadeWynn Macau | Lucros quadruplicam no primeiro trimestre A operadora de jogo Wynn Macau registou lucros de 206 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2024, quatro vezes mais do que no mesmo período de 2023, foi ontem anunciado A Wynn Macau quadruplicou os lucros no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2023, com ganhos na ordem dos 206 milhões de dólares. A empresa sublinhou que, com o fim das restrições ligadas à pandemia da covid-19, o número de visitantes recuperou, “resultando num aumento do volume de negócios”, de acordo com um comunicado à bolsa de valores de Hong Kong. As duas propriedades operadas pela Wynn Macau registaram receitas de 998,6 milhões de dólares entre Janeiro e Março, um aumento de dois terços (66,4 por cento) em comparação com o mesmo período de 2023. Os casinos Wynn Macau e Wynn Palace foram responsáveis pela maioria do volume de negócios da empresa, arrecadando 820,1 milhões de dólares em receitas, mais 83,4 por cento do que no primeiro trimestre do ano passado. No período em análise, a concessionária obteve lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de quase 339,6 milhões de dólares, resultado que representou subidas de 14,3 por cento em relação ao trimestre anterior e 118 por cento em termos anuais. Numa videoconferência com analistas de investimento, o CEO do grupo Craig Billings salientou que as operações da Wynn Macau continuaram a ser fortalecidas, aproveitando o embalo dos trimestres anteriores. “O forte impulso que sentimos nos nossos negócios ao longo de 2023 continuou a crescer durante o primeiro trimestre”, disse, na mesma nota, Craig Billings, director executivo da empresa-mãe, a Wynn Resorts, que inclui propriedades nos Estados Unidos. Um bom quarto Seguindo os bons resultados da operadora, a Wynn Resorts revelou que irá distribuir dividendos aos accionistas de 25 cêntimos de dólar por cada acção, a ser pagos no dia 31 de Maio. Olhando para as performances das propriedades, as receitas operacionais do Wynn Palace subiram 11,9 por cento face ao trimestre anterior, atingindo 586,9 milhões de dólares, montante que superou em 217,5 milhões de dólares o registo do primeiro trimestre de 2023. A outra propriedade do grupo, na península, o Wynn Macau registou no primeiro trimestre do ano receitas operacionais de 364,4 milhões de dólares, valor que representou quase o dobro em termos anuais (96,4 por cento), mas também uma descida trimestral de 10,3 por cento.