Hoje Macau SociedadeFestas populares | EPM acolhe arraial de Santo António A Casa de Portugal em Macau (CPM) realiza, este fim-de-semana, o arraial de Santo António no pátio exterior da Escola Portuguesa de Macau (EPM), o tradicional arraial de Santo António, a partir das 18h30, com as comidas tipicamente presentes neste tipo de festa, como é o caso da sardinha assada, bifana, pão com chouriço, caldo verde, tripas de Aveiro – um doce tradicional recheado com doce de ovos ou chocolate oriundo da zona centro de Portugal – e sangria. Segue-se um concerto de música tradicional portuguesa, com músicas de artistas como Marco Paulo, Marante, Ágata e José Cid, entre outros, interpretadas por músicos locais, como é o caso de Tomás Ramos de Deus, Miguel Andrade e Paulo Pereira, ligados à CPM, Ari Calangi e ainda João e David Rato. No domingo prossegue o arraial, mas desta vez mais virado para as famílias, com actividades que decorrem entre as 14h30 e as 19h. O público poderá ouvir o coro da CPM, intitulado “Portugalitos” e ainda assistir ao “espectáculo de marionetas tradicionais portuguesas, os Robertos”, com a participação de Sérgio Rolo. Seguem-se actividades diversas como a realização de trabalhos manuais, jogos e um concerto de música portuguesa. Os dois eventos, integrados no cartaz de celebração do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas, estão também interligados com a inauguração, ontem, da exposição em que a sardinha portuguesa é a personagem principal. A exposição colectiva, patente na Casa de Vidro, na praça do Tap Seac, “apresenta peças de diferentes formatos e técnicas, da autoria de vários artistas”, destaca a CPM, em comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | França também quer tarifas sobre painéis solares e turbinas eólicas A França vai envidar esforços para obter validação dos países da União Europeia sobre as tarifas de importação aos carros eléctricos chineses, pretendendo ainda medidas semelhantes para os países solares e turbinas eólicas importadas daquele pais asiático. Esta posição foi assumida pelo ministro da Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire, numa entrevista, ontem, à emissora Sud Radio. “Cada Estado-membro tem de perceber que deve ser restabelecida esta relação de força” com a China, afirmou o governante, confirmando que a França vai votar a favor da proposta anunciada esta quarta-feira pela Comissão Europeia de aplicação de tarifas de importação de veículos eléctricos chineses em até 38,1 por cento, por considerar que os apoios dados distorcem a concorrência com os fabricantes europeus. Bruno Le Maire disse ainda que o seu país vai tentar convencer os outros Estados-membros de que nesta questão faz falta uma maioria qualificada, em particular a Alemanha, que se tem manifestado contra, por recear retaliações por parte da China, que é o principal mercado de destino das exportações alemães, em particular da indústria automóvel. O ministro francês – que está em campanha para as eleições legislativa antecipadas em França, nas quais a extrema-direita se posiciona como favorita propondo um programa proteccionista na vertente económica – disse ainda esperar que a Comissão Europeia faça o mesmo relativamente aos painéis solares e turbinas eólicas importadas da China.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | ACAP acredita em acordo sobre subsídios a eléctricos O secretário-geral da ACAP sublinhou ontem que a decisão da União Europeia (UE) em aumentar as tarifas para a importação de veículos eléctricos da China não é final e que permite às partes chegarem a um entendimento. Em declarações à Lusa, Helder Pedro registou que vê “uma abertura da Comissão Europeia” para que esta e a China, junto da Organização Mundial do Comércio (OMC), possam “negociar e chegar a um entendimento” sobre os subsídios de Estado à produção de veículos eléctricos chineses. “O ideal é haver, digamos, uma liberdade de circulação e que não haja, digamos, este tipo de situações que vão discriminar aquilo que são os vários construtores presentes no mercado”, disse. Helder Pedro assinalou que esta medida pode ainda ser cancelada e tem cariz provisório, prolongando-se até Novembro. “O que está em cima da mesa são medidas provisórias da Comissão Europeia, que vão ser aplicadas entre 4 de Julho e 4 de Novembro sobre alguns construtores. Até lá irão a Comissão Europeia – a Europa, no fundo –, e a China, o Governo chinês, no âmbito da Organização Mundial do Comércio, negociar, dialogar, no sentido de ultrapassar a situação e ver se no fim do período provisório, em Novembro, se continuarão ou não a aplicar estas tarifas”, explicou. O responsável da associação está confiante que o bloco europeu e o gigante asiático vão alcançar um acordo para que possam “cessar estas medidas”. Balança descaída A ACAP entende que este é um assunto que diz respeito a subsídios de Estado e que “não se trata de ‘dumping’, que são processos mais graves”. Estes subsídios, de acordo com Helder Pedro, “não são iguais para todos os fabricantes chineses e também não se aplicam a todos”. Para a decisão, segundo o secretário-geral da associação automóvel, também deve ter pesado a “grande disparidade” entre as importações e as exportações de veículos eléctricos de e para a China. “Em 2023, a União Europeia importou 438 mil veículos eléctricos e exportou 11.500”, referiu, apontando que “os números são muito desproporcionais para a União Europeia”. Para Bruxelas, a cadeia de valor dos veículos eléctricos da China beneficia de subvenções injustas, o que está a causar uma ameaça de prejuízo económico aos construtores da UE. A Comissão Europeia abriu no ano passado uma investigação a estas subvenções, uma investigação que o porta-voz governamental chinês Lin Jian considerou ontem ser “um caso típico de proteccionismo”. “Isto vai contra os princípios da economia de mercado e as regras do comércio internacional, e prejudica a cooperação económica e comercial entre a China e a UE, bem como a estabilidade da produção automóvel global e das cadeias de abastecimento”, referiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, em conferência de imprensa. Bruxelas contactou ainda as autoridades chinesas para discutir estas conclusões e possíveis formas de resolver a questão, mas caso as conversações com as autoridades chinesas não conduzam a uma solução eficaz, estes direitos de compensação provisórios serão introduzidos a partir de 4 de Julho através de uma garantia cuja forma será decidida pelas alfândegas de cada Estado-membro.
Hoje Macau SociedadeÁgua | Susana Wong promete não aumentar preços Susana Wong, directora da Direcção dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), assegurou que as tarifas da água não deverão aumentar a curto prazo. As declarações, citadas pelo jornal Ou Mun, foram feitas à margem da reunião do Grupo de Ligação ao Cliente da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau – Macau Water. Susana Wong lembrou que a última vez que as tarifas aumentaram foi em 2016, ainda que o preço da água oriunda do Interior da China tenha registado um aumento de preço em cerca de 20 por cento nos últimos anos. Contudo, a directora da DSAMA disse que importa olhar para o panorama da economia de Macau e as condições de vida dos residentes. Actualmente, o Governo concede subsídios para consumo de água na ordem das 200 milhões de patacas anuais, enquanto no ano passado esse valor ascendeu às 240 milhões de patacas. Nacky Kuan Sio Peng, directora da Macau Water, declarou ainda que, nos primeiros cinco meses deste ano, o consumo de água registou, em Macau, um aumento aproximado de dez por cento, enquanto o consumo para fins comerciais aumentou 20 por cento. Nacky Kuan justificou que a recuperação súbita do sector hoteleiro após a pandemia levou a este aumento de água para fins comerciais, prevendo-se que, na segunda metade do ano, o aumento não seja muito significativo. Este ano, em termos globais, a subida do consumo de água deverá centrar-se nos 5,5 por cento, disse a responsável.
Hoje Macau EventosAlcântara vence edição das Marchas Populares de Lisboa de 2024 Alcântara venceu a edição deste ano do Concurso das Marchas Populares de Lisboa, anunciou ontem a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pela organização da iniciativa. Em segundo lugar ficou a Marcha de Marvila e em terceiro a Marcha de Alfama. Outros 17 grupos estiveram este ano no concurso: Bica (4.º e o vencedor da edição de 2023), Carnide (5.º), Madragoa (6.º), Alto do Pina (7.º), Bairro da Boavista (8.º), São Vicente (9.º), Penha de França (10.º), Bairro Alto (11.º), Castelo (12.º), Olivais (13.º), Graça (14.º), Lumiar (15.º), Mouraria (16.º), Bela Flor-Campolide (17.º), Santa Engrácia (18.º), Baixa (19.º) e Belém (20.º). Segundo a informação da EGEAC, Alcântara e Marvila ganharam nas categorias de Melhor Coreografia e Melhor Cenografia. O Melhor Figurino foi também atribuído às marchas de Alcântara e de Marvila e ainda Alfama. A distinção da Melhor Letra foi para Alfama e Alto do Pina, enquanto que a Melhor Musicalidade foi para a Madragoa. Na categoria de Melhor Composição Original, as distinções foram para a Bica, com “Há festa na Bica” e para a Mouraria com “Welcome! Bem-vindos à Mouraria”. O Melhor Desfile na Avenida foi para a marcha de Alcântara. A Marcha Infantil das Escolas de Lisboa abriu esta edição de 2024 do desfile na Avenida da Liberdade, seguindo-se as três marchas extraconcurso: “A Voz do Operário”, Mercados e Santa Casa. O Tejo foi o tema central da edição deste ano da Grande Marcha de Lisboa, com letra de Flávio Gil e música de João Paulo Soares, interpretado por todos os grupos participantes (além das músicas próprias). Este ano a abertura das marchas foi feita por dois ‘dragões’ especialmente concebidos para a ocasião, comemorativa do 25.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau. A Dança do Dragão contou com 30 participantes convidados, numa atuação do grupo da Associação Geral Desportiva de Macau Lo Leong, que conta com o apoio do Turismo de Macau. As Marchas Populares de Lisboa são este ano candidatas a integrar a lista nacional de património cultural imaterial, com o objetivo de reconhecimento histórico e também de preservação desta tradição popular. A candidatura das marchas é promovida pela Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa (ACCL), com o apoio das 28 coletividades da cidade que anualmente preparam e apresentam as marchas e do município. As Festas de Lisboa tiveram início no final de maio e vão decorrer até ao final do mês de junho, encerrando com dois espetáculos no Terreiro do Paço, o primeiro no dia 29, de Tony Carreira e convidados especiais, acompanhado por uma orquestra de 16 cordas.
Hoje Macau China / ÁsiaAcções da filial eléctrica do grupo Evergrande caiem 27% após alerta sobre confisco de activos As acções da filial de veículos eléctricos da construtura chinesa Evergrande chegaram a cair 26,7 por cento em Hong Kong, após esta alertar para o possível confisco de activos por parte das autoridades devido a dívidas. Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong na quarta-feira à noite, a Evergrande NEV admitiu que as autoridades da China exigiram, por escrito, o pagamento de cerca de 1,9 mil milhões de yuan no prazo de 15 dias, embora a empresa garanta que irá recorrer da decisão. A 22 de Maio, a Evergrande NEV já tinha revelado que as autoridades chinesas exigiam a devolução deste valor, correspondente a subsídios, depois de não ter conseguido iniciar a prometida produção em massa dos seus veículos eléctricos. No final de 2023, a empresa tinha fabricado 1.700 unidades do seu primeiro veículo, o Hengchi 5, e entregue quase 1.400. Caso o recurso seja rejeitado, “o grupo ficaria exposto ao risco de ‘recuperação obrigatória’ de terrenos, edifícios e maquinaria que seriam utilizados para o reembolso de incentivos e subsídios”, o que teria um impacto significativo na situação financeira e operações da empresa. No final de Maio, os administradores judiciais do grupo Evergrande alegaram ter encontrado um possível comprador para adquirir até 58,5 por cento da filial de veículos eléctricos. A Evergrande NEV foi forçada a interromper a produção na sua fábrica em Tianjin, no norte da China, devido a uma “grave escassez de fundos”. A empresa registou em 2023 prejuízos líquidos de 11,9 mil milhões de yuan, um valor elevado que, no entanto, foi 57 por cento inferior ao do ano anterior. Já em 2021 a Evergrande NEV tinha cancelado planos para uma segunda listagem, na bolsa de Xangai, por falta de liquidez para manter todas as operações. Aquém das expectativas Antes de ter sido detido e colocado em prisão domiciliária por “suspeitas de actividades ilegais”, no ano passado, o fundador do grupo, Xu Jiayin, tinha apontado a filial de veículos eléctricos como a grande esperança para salvar o conglomerado. A Evergrande NEV deu a si própria “três a cinco anos”, quando foi fundada em 2019, para se tornar o fabricante “mais poderoso” de carros eléctricos do mundo. A sobrevivência da marca está agora em jogo, enfraquecida pelos problemas da empresa-mãe e pelas fracas vendas. A justiça de Hong Kong ordenou no final de Janeiro a liquidação da Evergrande a favor dos credores estrangeiros, uma decisão que poderá não ser reconhecida na China continental, onde se encontra a maior parte dos activos do grupo. A Evergrande, com um passivo de cerca de 330 mil milhões de dólares, entrou em incumprimento há mais de dois anos, depois de sofrer uma crise de liquidez devido às restrições impostas por Pequim ao financiamento de promotores imobiliários com elevado nível de dívida.
Hoje Macau China / ÁsiaInflação | Índice na China permanece em 0,3% em Maio O índice de preços no consumidor na China, principal indicador da inflação, subiu 0,3 por cento em Maio em termos anuais, um valor semelhante ao registado em Abril, foi ontem anunciado. O indicador, divulgado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas chinês (NBS), ficou abaixo das expectativas dos analistas, entre os quais a previsão mais generalizada apontava para uma inflação de 0,4 por cento em termos homólogos. Numa base mensal, os preços no consumidor caíram 0,1 por cento. Os especialistas esperavam que o indicador permanecesse inalterado em comparação com Abril, pelo segundo mês consecutivo. Este é o quarto mês consecutivo em que a China regista inflação em termos anuais, depois de, no final de 2023 e no início deste ano, ter registado uma tendência deflacionária, também durante quatro meses. A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflecte debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. O estatístico do NBS Dong Lijuan apontou factores sazonais para explicar os números, incluindo o aumento dos preços de alguns alimentos devido às chuvas torrenciais no sul do país e a queda dos preços turísticos após os feriados do Dia do Trabalhador, 1 de Maio. Dong sublinhou que a inflação subjacente, medida que exclui os preços dos alimentos e da energia devido à sua volatilidade, aumentou 0,6 por cento em termos homólogos em Maio. A inflação anual permanece, no entanto, longe da meta de 3 por cento fixada pelo Governo da China.
Hoje Macau China / ÁsiaVeículos eléctricos | Pequim critica UE por aumentos de taxas A China criticou ontem possíveis aumentos pela União Europeia (UE) das tarifas de importação de veículos eléctricos do país asiático, considerando que tal é proteccionismo e prejudicial para os interesses europeus. “Isto vai contra os princípios da economia de mercado e as regras do comércio internacional, e prejudica a cooperação económica e comercial entre a China e a UE, bem como a estabilidade da produção automóvel global e das cadeias de abastecimento”, referiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, em conferência de imprensa. A declaração de Lin Jian, citado pela agência France-Presse (AFP) ocorreu ainda antes da divulgação de um comunicado da Comissão Europeia, que ontem ameaçou aumentar, a partir de 4 de Julho, estas tarifas de importação por ter concluído que houve práticas desleais de Pequim em benefício de construtores chineses. Em comunicado divulgado durante a manhã, o executivo comunitário indicou que, provisoriamente, as importações de veículos eléctricos da BYD passarão a ser taxadas em 17,4 por cento, da Geely em 20 por cento e da SAIC em 38,1 por cento, sendo estas as marcas incluídas na amostra investigada. Com base nas conclusões do inquérito, a Comissão estabeleceu, a título provisório, ser “do interesse da UE remediar os efeitos das práticas comerciais desleais detetadas, mediante a instituição de direitos de compensação provisórios sobre as importações de veículos eléctricos provenientes da China”. Para Bruxelas, a cadeia de valor dos veículos eléctricos da China beneficia de subvenções injustas, o que está a causar uma ameaça de prejuízo económico aos construtores da UE. Para além dos três mencionados no comunicado, outros construtores chineses de carros eléctricos que cooperaram com a investigação, mas não foram incluídas na amostra serão taxadas em 21 por cento e as que não cooperaram em 38,1 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim acusa activistas de “comportamento odioso” O grupo de seis activistas exilado no Reino Unido é acusado de conspirar contra a China e Hong Kong e de colocar em risco a segurança nacional A China acusou de “comportamento odioso” seis activistas de Hong Kong que vivem no exílio no Reino Unido e cujos passaportes foram cancelados ontem pelo governo da antiga colónia britânica. “Nathan Law e os outros estão há muito envolvidos em actividades anti-China e anti-Hong Kong”, disse Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa. “O seu comportamento desprezível pôs seriamente em perigo a segurança nacional, prejudicou os interesses fundamentais de Hong Kong e afecta o princípio de ‘um país, dois sistemas’”, acrescentou. Num comunicado, o secretário para a Segurança de Hong Kong disse que “todos eles continuam a praticar actos e actividades que põem em perigo a segurança nacional depois de terem fugido para o Reino Unido”. Os activistas são Nathan Law Kwun-chung, fundador do partido político Demosisto e antigo deputado, Simon Cheng Man-kit, cofundador do grupo “Hong Kongers in Britain”, o sindicalista Christopher Mung Siu-tat, o advogado Johnny Fok Ka-chi, Tony Choi Ming-da e Finn Lau Cho-dik. Além do cancelamento dos passaportes, Hong Kong também proibiu os seis activistas de acederem a fundos no território, vender ou comprar bens imóveis na cidade e criarem ‘joint-ventures’ ou parcerias. A polícia de Hong Kong alertou no comunicado que qualquer pessoa que ajude algum dos activistas a contornar estas medidas “comete um crime e arrisca uma pena de prisão por sete anos, em caso de condenação”. Um porta-voz do Governo de Hong Kong descreveu as medidas como “um forte golpe” contra “estes criminosos fora-da-lei procurados”. As autoridades acusaram os activistas de “fazerem comentários alarmistas para difamar e caluniar a Região Administrativa Especial de Hong Kong” e de continuarem “a conspirar com forças externas”. Tudo por tudo Em Dezembro, a polícia de Hong Kong tinha oferecido recompensas no valor de um milhão de dólares de Hong Kong por informações que conduzam à captura de cinco activistas residentes no estrangeiro, acusados de crimes contra a segurança nacional. Os activistas procurados vivem no exterior desde que Pequim impôs uma lei de segurança nacional a Hong Kong, em 2020. No início de Maio, o Ministério Público britânico acusou o director do escritório comercial de Hong Kong em Londres e dois outros homens de terem ajudado as autoridades da região chinesa a recolher informações no Reino Unido. A 3 deste mês, o Ministério da Segurança do Estado da China disse ter detido dois chineses por alegadamente fazerem parte de um plano de espionagem lançado pelos serviços secretos do Reino Unido MI6. Em Julho de 2023, o activista Finn Lau, um dos alvos das medidas anunciadas ontem, disse à Lusa que Portugal deve suspender o acordo de extradição com Hong Kong, após a entrada em vigor da nova lei de segurança nacional. Portugal e a República Checa são os únicos dois países da UE que ainda têm acordos de extradição em vigor com a região chinesa.
Hoje Macau EventosFestas populares de Lisboa recordam 25 anos da transição de Macau Celebra-se hoje o feriado municipal de Santo António em Lisboa, tendo ontem decorrido, na Avenida da Liberdade as tradicionais marchas populares com a presença de todos os bairros do concelho da capital. Destaque para o facto de, a abertura da marcha, às 21h, ter sido feita por dois “dragões” especialmente concebidos para a ocasião, a fim de celebrar os 25 anos da transferência de administração portuguesa de Macau para a China e o estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau. A Dança do Dragão contou com 30 participantes convidados, numa actuação do grupo da Associação Geral Desportiva de Macau Lo Leong, que conta com o apoio do Turismo de Macau. Os 20 grupos de marcha desceram a Avenida da Liberdade em representação dos bairros dos Olivais, Alfama, Baixa, Santa Engrácia, Carnide, Castelo, Bela-Flor, Campolide, Alcântara, Madragoa, São Vicente, Bairro da Boavista, Bairro Alto, Graça, Alto do Pina, Belém, Marvila, Penha de França, Mouraria, Lumiar e Bica, que venceu as marchas no ano passado. O Tejo foi o tema central da Grande Marcha de Lisboa, com letra de Flávio Gil e música de João Paulo Soares, tendo sido interpretada por todas os grupos participantes (além das músicas próprias). À semelhança de anos anteriores, descem também a avenida, no início do desfile, três marchas extraconcurso: a marcha infantil de “A Voz do Operário”, a marcha dos Mercados e a marcha da Santa Casa. As Marchas Populares de Lisboa são este ano candidatas a integrar a lista nacional de património cultural imaterial, com o objectivo de reconhecimento histórico e também de preservação desta tradição popular. Casar com o António Além das habituais marchas populares, decorreu ontem a cerimónia dos Casamentos de Santo António, uma tradição com muitos anos em que 15 casais de dez freguesias de Lisboa casaram com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. Decorreram, assim, cinco casamentos em cerimónia civil, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, e dez religiosos na Sé de Lisboa. As festas da cidade de Lisboa decorrem até ao final do mês, tendo lugar nas próximas semanas 15 arraiais populares em oito freguesias da cidade – Alcântara, Carnide, Estrela, Misericórdia, Olivais, Penha de França, Santa Maria Maior e São Vicente -, além daqueles que surgem espontaneamente e são organizados por populares nas suas freguesias. Nestes arraiais come-se a tradicional sardinha assada e bifana, além de se dançar ao som de música popular portuguesa. Em Macau, este modelo de festa é reproduzido no também tradicional Arraial de S. João, que começa esta semana.
Hoje Macau SociedadeZona Norte | CEM arrenda três terrenos O Governo concedeu três terrenos, com uma área de 3.947 metros quadrados, à Companhia de Electricidade de Macau (CEM) para assegurar a importação de energia eléctrica do Interior. A informação foi publicada ontem no Boletim Oficial, através de um despacho publicado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. “Uma vez que […] a concessão do terreno se funda no interesse público, porquanto visa assegurar a continuidade do funcionamento de uma instalação afecta ao serviço público de fornecimento de energia eléctrica, satisfazendo assim uma necessidade colectiva, a DSSCU [Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana] considerou que o pedido reúne condições para ser deferido”, foi informado. Os terrenos ficam situados junto à Avenida do Comendador Ho Yin e o pedido de concessão partiu da eléctrica, que indicou a necessidade de “permitir a importação de energia eléctrica do Interior […] e a distribuição da tensão eléctrica, bem como estabelecer uma gestão eficaz da rede eléctrica e satisfazer a procura de electricidade da Zona Norte de Macau”. O contrato de concessão vai ser válido durante 15 anos, com uma renda anual de 2 milhões de patacas, o que representa um valor total de 30 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeTurismo | DST diz que produtos grátis não afectam sector Cheng Wai Tong, vice-director da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), defendeu ontem, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, que a oferta de produtos alimentares e bebidas por parte dos casinos não afecta as pequenas e médias empresas do sector do turismo, uma preocupação revelada por uma ouvinte. A mulher colocou ainda a questão tendo em conta que há cada vez mais influencers oriundas da China que, nas redes sociais, divulgam dicas para visitar Macau e desfrutar de produtos gratuitos, bem como serviços e actividades. “Observando os números em termos subjectivos, verificamos que o consumo dos turistas na área não jogo, tanto no ano passado como no primeiro trimestre deste ano, aumentou em comparação com o período anterior à pandemia. O número relativo ao consumo este ano é ainda maior do que no ano passado. A oferta de comidas e bebidas não afecta o consumo geral dos turistas”, declarou o responsável. No caso dos turistas coreanos e japoneses, exemplificou, o consumo per capita aumentou de forma significativa, com aumentos de 70 e 21 por cento, respectivamente, em relação a 2019. Cheng Wai Tong espera ainda poder atrair turistas aos bairros fora das zonas turísticas para que haja um maior consumo nas empresas locais.
Hoje Macau PolíticaPCC | Ex-chefe da alfândega de Gongbei expulso A Comissão Central de Inspecção Disciplinar do Partido Comunista Chinês (PCC) anunciou ontem que o ex-chefe da Alfândega de Gongbei, Zhou Bin, foi expulso do partido depois de ter sido aberto contra si um processo disciplinar no ano passado. Em comunicado, a comissão do partido acusa Zhou Bin de receber, de forma ilegal, presentes e ofertas em dinheiro, além de convites para participar em banquetes e actividades recreativas, acções que colocavam em causa a justiça com que tinha de cumprir o seu trabalho como agente. A mesma comissão adiantou que Zhou Bin terá cometido abuso de poder, recorrendo ao seu trabalho para dar benefícios a outras pessoas na altura de recrutar novas pessoas, no tratamento de certos casos ou no trabalho de inspecção nas fronteiras. Reformado, Zhou Bin continuaria a desfrutar da influência inerente ao cargo que tinha desempenhado, recebendo subornos para a realização de certas obras e ajudar à realização de acções de contrabando. O comunicado dá conta que as investigações a Zhou Bin seguem na procuradoria de justiça do país. Zhou Bin passou a ser chefe da Alfândega de Gongbei a Julho de 2017, tendo-se reformado em 2018.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Autoridades dizem que 20 mil moram na Ilha da Montanha O subchefe da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, Fu Yongge, afirmou que viviam em Hengqin no passado mês de Março 20.636 residentes de Macau, um aumento de 22,4 por cento face ao ano anterior. Segundo o jornal Ou Mun, o mesmo responsável indicou que trabalham na Ilha da Montanha 4.991 residentes de Macau, total que representa um crescimento de 2,3 por cento em termos anuais. Já os estudantes de Macau que têm aulas em Hengqin totalizaram em Março 274. As autoridades indicaram que mais de 200 mil residentes de Macau e Hong Kong trabalham na província de Guangdong. Segundo os dados oficias no ano passado, o posto fronteiriço de Hengqin registou mais de 16,7 milhões travessias entre a Ilha da Montanha e Macau, total que duplicou o registo de 2022. Este ano, entre Janeiro e Junho, o número médio diário de passagens fronteiriças foi de cerca de 60.000, enquanto as passagens diárias de veículos atingiram um total de 6.000. Apesar da entrada em Hengqin ainda requer visto para residentes de Macau portadores de passaportes estrangeiros, ao desenvolvimento da Ilha da Montanha e a integração com Macau tem sido uma das prioridades apontada por Pequim ao Governo da RAEM. Por várias vezes, governantes de Macau e do Interior da China designaram Hengqin como a “segundo Macau”, incluindo o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng.
Hoje Macau SociedadeShenzhen | Ponte com Zhongshan pode beneficiar Macau O académico Samuel Tong defendeu, ao jornal Ou Mun, que a construção da ponte entre as cidades de Shenzhen e Zhongshan poderá trazer mais visitantes para Macau. De referir que, após um período de sete anos, a ponte deverá abrir ao trânsito no final deste mês, aumentando, de acordo com Samuel Tong, a eficácia do sistema de transportes, apoiando a conexão de pessoas na região e os serviços de logística, com vista a acelerar a integração de Macau e restantes territórios na Grande Baía. O também presidente do Instituto de Gestão de Macau apontou que Shenzhen é uma das cidades mais avançadas da China, com cidadãos que têm uma média de rendimentos elevada, sendo ainda uma importante cidade nos segmentos de alta tecnologia e economia no contexto da Grande Baía. A redução do tempo de transporte com a construção da nova ponte vai, assim, beneficiar a região, até porque os horários dos barcos não eram flexíveis face ao transporte terrestre. Samuel Tong destaca que, com a nova ponte, podem vir a Macau mais empresários da área das convenções e exposições.
Hoje Macau China / ÁsiaMorreu o microbiologista japonês que descobriu as estatinas aos 90 anos O microbiologista e bioquímico japonês Akira Endo, que descobriu as estatinas, que revolucionaram a prevenção e o tratamento de doenças cardiovasculares, morreu aos 90 anos, revelou um dos seus ex-colaboradores à Agência France Presse (AFP). O cientista japonês morreu na quarta-feira passada, disse à AFP Keiji Hasumi, outro bioquímico japonês de quem Endo foi mentor e que com ele trabalhou. “Era uma pessoa dura e rigorosa, muito perspicaz. Conseguia ver a essência oculta das coisas”, afirmou Hasumi. Nascido a 14 de Novembro de 1933, numa família de agricultores em Akita, no norte do Japão, Akira Endo desde muito jovem ficou fascinado pelos efeitos dos cogumelos e outros fungos nos seres vivos. Essa paixão não o abandonou e, na universidade, leu uma biografia de Alexander Fleming, o médico e biólogo britânico que descobriu em 1928 o primeiro antibiótico, a penicilina, isolado de um fungo. Em 1957, ingressou na empresa farmacêutica japonesa Sankyo como microbiologista e dedicou-se ao metabolismo lipídico e à biossíntese do colesterol. De 1966 a 1968 realizou pesquisas no Albert Einstein College of Medicine, em Nova York. Surpreendido com o grande número de idosos e pessoas com sobrepeso nos Estados Unidos, percebeu a importância de desenvolver um medicamento para baixar o colesterol. De volta a Sankyo, no Japão, Akira Endo retomou o estudo dos cogumelos e bolores, convencido de que abrigavam o segredo para bloquear enzimas que participam da biossíntese do colesterol. O investigador passou dois anos a analisar os compostos químicos de 6.000 espécies de fungos para tentar confirmar a sua teoria, até à descoberta, em 1973, da mevastatina, o primeiro representante da classe das estatinas cuja capacidade era de reduzir o nível de LDL (colesterol mau) no sangue. Só em 1987 é que o laboratório americano Merck & Co lançou a primeira estatina comercial – a lovastatina. Mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo tomam este tipo de medicamentos, cujo mercado vale cerca de 15 mil milhões de dólares. Reacção excessiva Na sequência da sua prescrição massiva, as controvérsias sobre os efeitos secundários nocivos ou ineficácia multiplicaram-se em muitos países, o que tem desencorajado muitos pacientes de tomar estes medicamentos. Contudo, segundo uma meta-análise publicada em 2022 no European Heart Journal, tendo em conta 176 estudos sobre o tema e com base em dados de quatro milhões de pacientes, a intolerância às estatinas é sobrestimada e sobrediagnosticada. Akira Endo recebeu várias distinções pelo seu trabalho pioneiro, incluindo o Prémio Albert Lasker para investigação médica e clínica, em 2008.
Hoje Macau EventosFRC | Debate sobre “UNESCO – Cidades MIL” amanhã Decorre amanhã, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha (FRC), uma conferência sobre o conceito de “Cidades MIL” da UNESCO com a presença de Felipe Chibas Ortiz, académico e co-líder, a nível internacional, do Grupo de Inovação da UNESCO Mil Alliance. A moderação da palestra estará a cargo do professor Adérito Fernandes Marcos, decano da Escola Doutoral da Universidade de São José, entidade parceira da FRC nesta iniciativa. O programa “Cidades MIL”, ou “Paradigma da Literacia da Informação Mediática” foi criado pela UNESCO em 2018, sendo focado na evolução e sinergias criadas em torno de cidades inteligentes, criativas e educativas, sem esquecer o lado sustentável. Trata-se de uma iniciativa que tem por objectivo “integrar as tecnologias digitais emergentes de forma inovadora e ética com as necessidades dos municípios, bairros e organizações”, sem esquecer a sua diversidade. A ideia é “aumentar literacia mediática e informacional da população, colocando o indivíduo no centro através da educação formal e não formal na compreensão desta nova realidade híbrida (física e digital) que está a ser construída de forma acelerada e algo caótica”, descreve um comunicado da FRC. Assim, o programa “Cidades MIL” da UNESCO pretende “promover espaços urbanos mais humanos construídos a partir da gestão participativa dos seus líderes e cidadãos através da integração de dados e ciências sociais”, recorrendo a “indicadores e métricas que facilitam práticas transdisciplinares quotidianas que integram plataformas digitais e espaços urbanos de forma participativa”. Desta forma, a palestra na FRC pretende abordar “os principais conceitos da abordagem da literacia dos media e da informação e a sua evolução para o paradigma das ‘Cidades MIL’, ao mesmo tempo que apresentará alguns casos concretos de ‘cenários MIL’ que estão a ser implementados em todo o mundo”.
Hoje Macau EventosFRC | Académico José Manuel Simões lança romance “A Chave” É hoje lançado na Fundação Rui Cunha o novo romance do académico José Manuel Simões, responsável pelo curso de comunicação na Universidade de São José. “A Chave”, com a chancela da editora Media XXI, traz personagens de outros livros do mesmo autor, com novas vivências, em que se abrem portas à literatura de viagens José Manuel Simões, ex-jornalista e actual coordenador do curso de Comunicação e Media da Universidade de São José (USJ), lança hoje na Fundação Rui Cunha (FRC) o seu novo romance, intitulado “A Chave” e editado pela Media XXI. Trata-se, segundo um comunicado, de um romance que “mistura a realidade de lugares exóticos com romanceadas relações à distância e surpreendentes teias construídas de incisivos diálogos”. É uma obra descrita como “actual, vibrante e com uma arrebatadora linguagem”, que “abre fascinantes portas à literatura de viagens”. A sessão de apresentação começa hoje às 19h e conta com a presença do editor, Paulo Faustino, Jerusa Antunes, relações públicas, e ainda João Francisco Pinto, jornalista. “A Chave” vai buscar personagens ao último livro de José Manuel Simões, intitulado “O Sétimo Sentido”, que conta com Glória, médica, como protagonista da história. No novo livro, Glória chega mais cedo a casa, na cidade de Frankfurt, e encontra o companheiro com Mia. No dia seguinte, a médica deixa um bilhete com a mensagem “Adeus, vou para a Índia”, partindo e deixando de comunicar com o companheiro. “Para aliviar a perda, Marcos Corte Real decide ir de férias para Marrocos. Durante o périplo magrebino até ao deserto do Saara, o professor de Belas-Artes, via redes sociais, envolve-se com quatro mulheres: Mia, sedutora; Babel, excêntrica artista sueca que mora em Rabat com o marido jornalista; a obsessiva Ana, anos antes colega de turma em Lisboa; e Isabela, carioca, sonhadora, esposa do seu melhor amigo que, com 33 anos, morre subitamente de covid”, destaca ainda o comunicado sobre a história do livro. O “Sétimo Sentido” relata, por sua vez, a “fascinante viagem espiritual de uma médica em busca de um sentido para a sua vida pela Índia”, neste caso Glória. Vida de escrita Este é o 12.º livro de José Manuel Simões, que já escreveu, nos anos 90, as biografias de Cesária Évora, David Byrne, Delfins e Júlio Iglésias, assim como os livros “HC”. Nos anos mais recentes lançou o livro “Índios Potiguara – Memória, Asilo e Poder”, trabalho que resulta da sua tese de doutoramento que, metodologicamente, é uma típica investigação transdisciplinar em que as metódicas da História Cultural, da Antropologia e da Teoria da Comunicação se combinam num “tríplice itinerário transdisciplinar raro”. José Manuel Simões lançou também “Ponto de Luz”, livro de viagens que percorre todas as capitais de estado do Brasil, relatando “as insólitas aventuras de Duarte Camões”. “Deus Tupã”, outro livro do autor, desta vez dentro do género do romance histórico, é um livro que “penetra no seio das vivências da civilização aborígene”, enquanto “Jornalismo Multicultural em Português – Estudo de Caso em Macau” é já uma obra mais académica fruto do pós-doutoramento do autor. Trata-se de uma obra focada “nos fenómenos da comunicação social, contribuindo para a complexificação do pensamento sobre o jornalismo e para uma sociedade mais participada, esclarecida e inclusiva”. Destaque ainda para o lançamento, em parceria com o cartunista Rodrigo de Matos, de “IE – Na intimidade com as estrelas da música”, lançado em Macau, e uma obra onde o autor “expõe crónicas íntimas com músicos com quem privou ao longo de 17 anos enquanto jornalista de música”. José Manuel Simões é pós-doutorado em Ciências da Comunicação na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, tendo já publicado diversos artigos académicos. Actualmente é coordenador de programas académicos e director do departamento de “Media, Art & Technology” na USJ. É licenciado em Jornalismo Jornalismo Internacional na Escola Superior de Jornalismo do Porto e foi jornalista em Portugal e Macau durante alguns anos.
Hoje Macau China / ÁsiaCrime | Polícia detém suspeito de ataque a quatro professores norte-americanos Um suspeito foi detido na China na segunda-feira após o aparente esfaqueamento de quatro professores universitários norte-americanos, anunciou ontem a polícia chinesa, que considerou a situação “um caso isolado”. “O suspeito, de nome Cui, foi detido no próprio dia” do ataque ocorrido na segunda-feira num parque de Jilin, informou a polícia desta cidade chinesa, num comunicado, acrescentando que o homem em questão tem 55 anos. Os ataques a cidadãos estrangeiros, especialmente ocidentais, são raros na China, onde as ruas são geralmente muito seguras a qualquer hora do dia. A Cornell College University, no estado de Iowa (centro dos Estados Unidos), disse na segunda-feira que estes quatro norte-americanos trabalhavam como professores num estabelecimento de ensino superior e participavam num intercâmbio académico na China, tendo ficado feridos durante um “incidente grave”. Um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano falou mesmo de “um ataque com facas em Jilin”, uma cidade no nordeste da China, localizada na província com o mesmo nome. Além dos quatro norte-americanos, um turista chinês, que tentou intervir, também ficou ferido. “A polícia considera que este é um caso isolado. Uma investigação está em curso”, disse Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa. Vídeos não verificados divulgados nas redes sociais estrangeiras desde segunda-feira mostram várias pessoas no terreno a receber tratamento, com manchas de sangue nas roupas e no chão. “A China é geralmente reconhecida como um dos países mais seguros do mundo. Sempre tomou medidas eficazes e continuará a tomar medidas relevantes para proteger eficazmente a segurança de todos os estrangeiros na China”, assegurou Lin Jian.
Hoje Macau China / ÁsiaWang Yi reúne com Lavrov sobre cooperação dos dois países e do BRICS O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniu-se na segunda-feira em Nizhny Novgorod com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, sobre os laços bilaterais e a cooperação do BRICS. Observando que a recente visita do Presidente russo Vladimir Putin à China foi um grande sucesso, Wang, disse, citado pela Xinhua, que os dois lados devem implementar plenamente o importante consenso alcançado pelos líderes dos dois países e intensificar a cooperação em vários campos sob a orientação estratégica dos chefes de Estado dos dois países. O desenvolvimento das relações entre a China e a Rússia é uma escolha estratégica feita pelos dois lados com base nos seus respectivos interesses fundamentais, alinhando-se às tendências globais e à maré dos tempos, disse Wang, acrescentando que não visa a terceiros e não será perturbado por forças externas. A China está disposta a trabalhar com a Rússia para manter o foco estratégico, explorar o potencial de cooperação, responder às pressões externas e promover o progresso sólido e sustentável das relações bilaterais, disse o responsável chinês. Intitulando o grupo BRICS como uma plataforma importante para a unidade e a cooperação entre os mercados emergentes e os países em desenvolvimento, Wang assinalou que o mecanismo ampliado do BRICS desempenhará um papel crucial na criação de um sistema de governança global mais justo e razoável. Wang enfatizou que a China está disposta a apoiar totalmente o trabalho da Rússia com a presidência do BRICS, trabalhar em conjunto para consolidar a parceria estratégica do BRICS, promover a unidade e o autoaperfeiçoamento do Sul Global, fazer uma voz mais poderosa para defender o multilateralismo e promover o desenvolvimento comum, de modo que a “cooperação do BRICS maior” possa ser bem iniciada. Frutos da cooperação Lavrov disse que, durante a visita do Presidente Putin à China, os chefes de Estado dos dois países definiram o curso para o desenvolvimento das relações Rússia-China e alcançaram novos frutos de cooperação estratégica. A Rússia está disposta a trabalhar com a China para implementar o importante consenso alcançado pelos chefes de Estado dos dois países, intensificar os intercâmbios de alto nível, aprimorar a cooperação em vários campos e, em conjunto, tornar os Anos de Cultura Rússia-China um sucesso, disse Lavrov. Os dois lados também trocaram opiniões sobre as atuais situações internacionais e regionais, incluindo a crise da Ucrânia.
Hoje Macau SociedadeTSI | Motorista de autocarro culpado por morte de idosa O Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu mesmo como provada a culpa de um motorista de autocarro no caso da morte de uma idosa de 80 anos que, em Janeiro do ano passado, foi atropelada por um veículo da carreira MT3. O homem, acusado da prática de homicídio por negligência, recorreu da sentença do Tribunal Judicial de Base (TJB), mas terá mesmo de cumprir uma pena de prisão efectiva de um ano e nove meses. Segundo o acórdão do TSI, o motorista fica ainda proibido de conduzir por um período de dois anos, tendo de pagar uma indemnização de 109 mil patacas à neta da idosa falecida. O TSI entendeu que a velocidade a que caminhava a idosa e a distância em relação ao autocarro dava tempo suficiente para o motorista parar a viatura, tendo em conta que as condições meteorológicas desse dia ajudavam à visibilidade do condutor. O mesmo acórdão recorda que esta não foi a primeira vez que o motorista cometeu este tipo de crime, tendo já dois antecedentes criminais por atropelamento em 2018. Apesar do motorista ter confessado que estava distraído na altura do acidente, o que fez com que não tenha travado a tempo, o TSI concluiu que o motorista continuou a insistir no argumento de que a idosa apareceu na rua de forma repentina, o que não terá sido verdade.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Empréstimos subiram mais de 50% em Abril A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou ontem que os novos empréstimos hipotecários para habitação cresceram 53,7 por cento em Abril, face ao mês anterior, atingindo um valor de 1,39 mil milhões de patacas. Destes empréstimos contraídos em Abril, 99 por cento foram pedidos por residentes, segmento que cresceu 52,4 por cento em termos mensais, totalizando 1,38 mil milhões de patacas. Os dados da AMCM indicam também que o componente não-residente cresceu para 13,39 milhões de patacas. Entre Fevereiro e Abril deste ano, o número médio mensal de novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados chegou a 993,4 milhões de patacas, montante que representa um aumento de 7 por cento face ao período anterior (de Janeiro a Março). Também os empréstimos comerciais aprovados para actividades imobiliárias cresceram 73,5 por cento em Abril, face ao mês anterior, atingindo um total de 1,24 mil milhões de patacas. Entre os empréstimos comerciais aprovados, 53,4 por cento foram concedidos a residentes. Este segmento registou um aumento mensal de 4,4 por cento, totalizando 661 milhões de patacas, enquanto o componente não-residente cresceu para 576,8 milhões de patacas. Os rácios das dívidas não pagas para empréstimos hipotecários para habitação e comércio mantiveram-se inalterados face ao mês anterior, fixando-se em 3,6 e 3,5 por cento, respectivamente. Porém, em termos anuais, a AMCM dá conta de um aumento anual do valor de crédito malparado nos empréstimos para habitação de 2,9 por cento e de 2 por cento nos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias.
Hoje Macau SociedadePJ | Quatro detidos por furto de 80 mil patacas A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta segunda-feira, num hotel, quatro cidadãos chineses, oriundos da província de Guangxi, suspeitos de furtar uma pessoa no valor de 80 mil patacas na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE). Segundo o jornal Ou Mun, a PJ declarou que os dois suspeitos entraram em Macau na sexta-feira e no sábado, sendo que, no sábado procuraram o alvo na zona do ZAPE, tendo descoberto a situação em que o idoso, residente, deu dinheiro a um funcionário que, de seguida, guardou o dinheiro no bolso das calças. Assim, os suspeitos decidiram furtar o dinheiro, tendo seguido o idoso e o funcionário. Depois de uma primeira tentativa de furto falhada, o idoso e o funcionário entraram num hotel e os suspeitos conseguiram tirar o dinheiro das calças da alegada vítima. A PJ começou a investigação após queixa das vítimas, sendo que, aquando da detenção dos suspeitos, estes só tinham consigo 17 mil patacas, 1,9 mil renminbis e 1,1 mil dólares de Hong Kong, suspeitando-se que tenham gasto o restante dinheiro no jogo. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, sendo os suspeitos da prática dos crimes de associação e furto qualificado.
Hoje Macau PolíticaJustiça | Ho Iat Seng reuniu com ministra portuguesa O Chefe do Executivo reuniu na segunda-feira com a Ministra da Justiça portuguesa, Rita Alarcão Júdice, que visitou Macau para participar nas celebrações do Dia de Portugal. Segundo um comunicado emitido ontem pelo Gabinete de Comunicação Social, Ho Iat Seng vincou os “laços” e “amizade profunda” entre Macau e Portugal, e importância da matriz portuguesa no ordenamento jurídico local. “O sistema jurídico de Macau pertencente ao modelo do direito continental e a RAEM tem implementado estritamente o princípio «um País, dois sistemas» e a Lei Básica de Macau, desde o seu estabelecimento há 25 anos e procedido os trabalhos de produção legislativa com base nas leis originais de acordo com as necessidades”, indicou Ho Iat Seng. O governante de Macau aproveitou a oportunidade para agradecer “ao Ministério da Justiça português o forte apoio no recrutamento de juízes e procuradores portugueses”. Por sua vez, Rita Alarcão Júdice afirmou que “o Ministério da Justiça está empenhado em promover e a dar continuidade à cooperação judiciária entre Portugal e Macau” e “mostrou apreço pelo trabalho que tem sido desenvolvido pelos juízes, procuradores e juristas portugueses na RAEM”. A ministra agradeceu ainda a Ho Iat Seng o trabalho de “promoção do ensino da língua portuguesa que serve para diminuir a distância bilateral”.