Hong Kong | Pequim adverte comunidade internacional para deixar de interferir

A China advertiu ontem os críticos internacionais da lei de segurança nacional de Hong Kong de que devem deixar de interferir, depois da detenção de sete pessoas por apelos à desobediência nas redes sociais.

“Aconselhamos os países e os líderes políticos (…) a deixarem imediatamente de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China”, afirmou um porta-voz do comissário da diplomacia chinesa no território, citado pela agência francesa AFP.

Segundo a polícia de Hong Kong, os actos contrários à nova lei de segurança nacional começaram em Abril, e os suspeitos tinham como alvo uma “data sensível”. A lei de segurança nacional foi imposta pelo Partido Comunista Chinês a Hong Kong em 2020.

Ao abrigo da lei de segurança nacional, um tribunal de Hong Kong declarou ontem 14 activistas pró-democracia culpados de subversão por terem realizado primárias não oficiais em 2020 para seleccionar candidatos da oposição ao parlamento local. A sentença está prevista para o final do ano e os arguidos incorrem em penas que podem chegar a prisão perpétua.

Os três juízes nomeados pelo governo de Hong Kong para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional absolveram dois ex-conselheiros distritais da acusação de “conspiração para subverter o poder do Estado”.

A acusação anunciou que vai recorrer da decisão. O tribunal terá ainda de decidir sobre outros 31 acusados no mesmo processo, no maior julgamento realizado em Hong Kong ao abrigo da lei de segurança nacional.

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