Covid-19 | China reduz restrições à circulação de pessoas em Hubei para reactivar economia

[dropcap]A[/dropcap] China está a flexibilizar as restrições na circulação de pessoas na província de Hubei, epicentro do novo coronavírus, visando permitir a retoma ao trabalho de milhares de pessoas em empresas com urgência de retomar a produção.
A agência noticiosa oficial Xinhua noticiou ontem que as cidades da província estão a fretar autocarros para enviar de volta para o trabalho residentes que, em Janeiro passado, regressaram às terras natais para celebrar o Ano Novo Lunar e foram, entretanto, impedidos de regressar, devido ao surto.
A medida surge numa altura em que as autoridades chinesas dizem que o surto, que começou em Dezembro passado, em Wuhan, atingiu o pico, e dão a situação como controlada, enquanto permanecem vigilantes contra casos importados.
As medidas drásticas impostas pelo Governo chinês para conter o surto levaram a uma quebra dos indicadores económicos para os níveis mais baixos em várias décadas. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu, no entanto, que as metas de crescimento económico para este ano vão manter-se.
Citadas pela Xinhua, as autoridades locais disseram que, só na cidade de Huangguang, 750.000 trabalhadores migrantes não conseguiram ainda regressar aos seus postos de trabalho.
Na semana passada, as empresas em Wuhan, a capital da província e a cidade mais afetada pelo surto, foram autorizadas a retomar “gradualmente” a actividade.
Para as empresas que produzem bens e serviços essenciais a retoma deve ser imediata, incluído empresas de equipamento médico e farmácias, serviços públicos como fornecimento de gás, eletricidade ou aquecimento, supermercados de produtos frescos e a produção agrícola.
As empresas de outros setores de atividade, mas com “grande importância na cadeia produtiva nacional e internacional”, poderão retomar o trabalho após obterem autorização. As outras empresas não poderão reiniciar atividade até 21 de Março.
Regras semelhantes serão aplicadas nas áreas de “alto risco” no resto da província: empresas ligadas à prevenção da epidemia, necessidades básicas e serviços públicos podem voltar ao trabalho.
Situada no centro da China, a província de Hubei registou concentra a maioria dos casos e mortes devido ao Covid-19 registados a nível mundial, 67.798 e 3.099, respectivamente. As medidas de isolamento afectaram quase 60 milhões de pessoas distribuídas por 15 cidades da província.

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A medida surge numa altura em que as autoridades chinesas dizem que o surto, que começou em Dezembro passado, em Wuhan, atingiu o pico, e dão a situação como controlada, enquanto permanecem vigilantes contra casos importados.
As medidas drásticas impostas pelo Governo chinês para conter o surto levaram a uma quebra dos indicadores económicos para os níveis mais baixos em várias décadas. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu, no entanto, que as metas de crescimento económico para este ano vão manter-se.
Citadas pela Xinhua, as autoridades locais disseram que, só na cidade de Huangguang, 750.000 trabalhadores migrantes não conseguiram ainda regressar aos seus postos de trabalho.
Na semana passada, as empresas em Wuhan, a capital da província e a cidade mais afetada pelo surto, foram autorizadas a retomar “gradualmente” a actividade.
Para as empresas que produzem bens e serviços essenciais a retoma deve ser imediata, incluído empresas de equipamento médico e farmácias, serviços públicos como fornecimento de gás, eletricidade ou aquecimento, supermercados de produtos frescos e a produção agrícola.
As empresas de outros setores de atividade, mas com “grande importância na cadeia produtiva nacional e internacional”, poderão retomar o trabalho após obterem autorização. As outras empresas não poderão reiniciar atividade até 21 de Março.
Regras semelhantes serão aplicadas nas áreas de “alto risco” no resto da província: empresas ligadas à prevenção da epidemia, necessidades básicas e serviços públicos podem voltar ao trabalho.
Situada no centro da China, a província de Hubei registou concentra a maioria dos casos e mortes devido ao Covid-19 registados a nível mundial, 67.798 e 3.099, respectivamente. As medidas de isolamento afectaram quase 60 milhões de pessoas distribuídas por 15 cidades da província.

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