Manchete PolíticaJogo | Ambrose So recomenda que não se aumente número de licenças Juana Ng Cen - 27 Ago 2019 Depois da eleição de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo, as recomendações de políticas não se fizeram esperar. Ambrose So pede que não seja aumentado o número de licenças de jogo em nome da diversificação económica, enquanto a presidente da associação das mulheres reclama mais igualdade [dropcap]A[/dropcap]inda não tinham passado 24 horas da eleição de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo, e já as sugestões de governação se multiplicavam pelos diversos sectores sociais e empresariais da sociedade de Macau. Entre eles, destaque para o director executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Ambrose So, que em declarações ao jornal do Cidadão, deixou a esperança de que Ho Iat Seng tenha a clarividência necessária para ouvir a opinião pública. O homem forte da SJM deixou ainda a receita para um dos objectivos traçados para Macau nas Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía. “Se Macau quiser desenvolver a diversificação adequada da economia, não deve aumentar o número de licenças de jogo, sob pena de absorver mais mão-de-obra e terrenos. Além disso, a dimensão económica da indústria de jogo já é suficiente para sustentar as despesas financeiras do Governo”, sublinhou Ambrose So, citado pelo Jornal do Cidadão. O CEO da SJM destacou ainda o elevado número de votos que Ho Iat Seng mereceu, “reflectindo o amplo apoio dos vários sectores sociais” que facilitará a implementação de acções governativas no futuro. Em declarações ao jornal Ou Mun, o advogado Miguel de Senna Fernandes, que fez parte da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo, sugeriu que, em termos económicos, o próximo Governo deixe o mercado actuar com interferências mínimas. Além disso, o jurista espera equilíbrio entre mercados e acção executiva. Como tal, deseja que Ho Iat Seng seja um líder “mais forte” e com coragem para implementar políticas definitivas, como, por exemplo em matéria de habitação, onde não deve deixar o mercado imobiliário fazer o que bem entender. Bairros, mulheres e trabalho Uma relação mais próxima entre residentes e Governo é a exigência de Leong Heng Kao, presidente da União Geral das Associações de Moradores de Macau. O dirigente associativo espera que Ho Iat Seng reforce a proximidade com os bairros e a cooperação com associações de serviço social de forma a optimizar o aproveitamento dos recursos sociais. Além disso, Leong Heng Kao disse ao Jornal do Cidadão que espera que o novo Chefe do Executivo resolva o problema constante das inundações. Outra voz ouvida pelo Jornal do Cidadão foi a presidente da direcção da Associação Geral das Mulheres de Macau, Lam Un Mui, que tem esperança que Ho Iat Seng promova a igualdade de género e harmonia familiar, defendo os direitos das mulheres e crianças. A dirigente sugeriu ainda que o próximo Governo utilize as redes sociais para aumentar a interacção com a geração mais jovem com respostas pessoais. Por parte do sector laboral, Lei Chan U, deputado ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau, disse ao jornal Ou Mun que Ho Iat Seng deve fazer o possível para resolver as questões mais prementes no mercado de trabalho. Aperfeiçoar as leis laborais, salvaguardar os direitos e interesses dos trabalhadores, aumentar a qualidade do emprego dos residentes e partilhar razoavelmente os resultados do desenvolvimento são as prioridades que o deputado aponta ao próximo Executivo. Medidas de apoio para a população mais idosa e aposta na melhoria do panorama empresarial foram os temas fortes nas sugestões da vice-presidente da Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau, Lo Choi In. Em declarações ao Jornal Ou Mun, a dirigente pediu prioridade nas questões que afectam os grupos vulneráveis da sociedade, nomeadamente os idosos. De resto, Lo Choi In gostaria de ver maior celeridade na construção de habitações públicas, e no plano económico, a promoção das pequenas e médias empresas, aproveitando as oportunidades da Grande Baía.