China / ÁsiaImportações | Pequim suspende tarifa adicional de 24% aos EUA Hoje Macau - 6 Nov 2025 A suspensão de medidas comerciais mais agressivas por um ano surge na sequência do encontro entre Trump e Xi na semana passada em Busan. As taxas adicionais sobre a soja deixam também de fazer parte do pacote de tarifas A China anunciou ontem a suspensão por um ano de uma “tarifa adicional” de 24 por cento sobre produtos dos Estados Unidos, uma medida que Pequim enquadra na trégua comercial bilateral alcançada na semana passada. De acordo com um comunicado da Comissão Tarifária do Conselho de Estado, o executivo chinês, a decisão, que entrará em vigor em 10 de Novembro às 13:01, visa “implementar os resultados e consensos alcançados nas consultas económicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos”. “Os direitos aduaneiros de 24 por cento sobre os produtos norte-americanos continuam suspensos, e os direitos aduaneiros de 10 por cento sobre mercadorias norte-americanas continuam em vigor”, indica um comunicado publicado no portal electrónico do Ministério das Finanças chinês, que não especifica quais as mercadorias em causa. A China também “deixará de aplicar direitos aduaneiros adicionais” à importação de soja e outros produtos agrícolas norte-americanos, a partir de 10 de Novembro, segundo outro comunicado publicado pelo ministério. Algumas dessas taxas alfandegárias chegavam a 15 por cento. A suspensão prolonga por 12 meses a moratória sobre as chamadas “tarifas recíprocas” que Pequim tinha anunciado em Março, como resposta às taxas alfandegárias impostas por Washington. Tréguas em vigor O anúncio confirma a aplicação dos compromissos assumidos após o encontro entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, realizado em Busan (Coreia do Sul) na quinta-feira passada. Nessa reunião, os dois líderes concordaram com uma trégua comercial de um ano, que prevê a redução de tarifas, a retoma do comércio agrícola, a suspensão dos controlos de Pequim sobre a exportação de terras raras e o congelamento temporário das taxas portuárias impostas reciprocamente, entre outras medidas. A medida coincide com a decisão dos Estados Unidos de reduzir de 57 por cento para 47 por cento as tarifas médias sobre produtos chineses. As duas maiores economias do mundo mantêm há vários anos um conflito comercial, que incluiu restrições mútuas em sectores estratégicos como microchips, terras raras e serviços marítimos.