China / ÁsiaImpostas sanções a sete empresas norte-americanas por venda de armas a Taiwan Hoje Macau - 15 Jan 2025 A China acrescentou ontem sete empresas norte-americanas à lista de entidades não fiáveis por terem vendido armas a Taiwan, uma medida decretada a menos de uma semana do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tomar posse. As empresas afectadas são a Inter-Coastal Electronics, System Studies and Simulation, IronMountain Solutions, Applied Technologies Group, Axient, Anduril Industries e Maritime Tactical Systems, que serão proibidas de qualquer actividade de importação ou exportação de ou para o país asiático, informou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado. Estas empresas não serão autorizadas a efectuar novos investimentos na China e os seus gestores estão proibidos de entrar no país. As medidas anunciadas pelo ministério entraram ontem em vigor. O Ministério do Comércio acusou estas empresas de se envolverem na venda de armas a Taiwan “apesar da forte oposição” de Pequim, o que “prejudica seriamente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento” da China. “As entidades estrangeiras que são honestas e cumpridoras da lei não devem estar preocupadas de todo”, afirmou o ministério, acrescentando que o “Governo chinês, como sempre, dá as boas-vindas às empresas de todo o mundo para investirem e prosperarem na China”. Olhos no ocidente As sanções foram anunciadas no mesmo dia em que dois veículos aéreos não tripulados militares chineses circulavam em torno de Taiwan, informou o Ministério da Defesa Nacional da ilha. De acordo com o último relatório diário da agência, 24 aviões chineses, incluindo caças e bombardeiros, sobrevoaram as imediações de Taiwan entre terça e quarta-feira, 21 dos quais atravessaram a linha do Estreito e entraram nas regiões norte, sudoeste e leste da autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan, mas não penetraram no espaço aéreo de Taipé. As autoridades da ilha estão a acompanhar de perto a política da administração norte-americana em relação à China após 20 de Janeiro. Apesar de ter reforçado a assistência militar a Taipé no seu primeiro mandato, Donald Trump teceu várias críticas a Taiwan durante a sua última campanha eleitoral, garantindo que a ilha “roubou” a indústria norte-americana de semicondutores e que deveria pagar a Washington pela sua defesa.