Somos! | Concerto “Trilogia das Sombras” para ver e ouvir na Casa Garden

A “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” traz a Macau o espectáculo “Trilogia das Sombras”, que é também um disco dos “Mano a Mano”, um duo com os irmãos André e Bruno Santos. Este é um projecto musical inspirado na obra da artista plástica Lourdes Castro acolhido pela Casa Garden. A música faz-se ouvir no dia 8 de Novembro

Chamam-se “Mano a Mano” e, como o nome indica, é um grupo musical composto pelos irmãos André e Bruno Santos. Vêm a Macau apresentar o seu mais recente disco, “Trilogia de Sombras”, com um espectáculo na Casa Garden, agendado para o dia 8 de Novembro. Trata-se de uma iniciativa com o cunho da “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP), e que se inspira na obra da artista plástica Lourdes Castro.

No dia 8, na sede da Fundação Oriente (FO) em Macau, pode-se ver algo diferente de um concerto normal: Tiago Martins apresenta uma performance num cenário criado pelo Ponto Atelier, enquanto que à música original dos “Mano a Mano” juntam-se textos de Tolentino Mendonça. Não falta ainda a presença de um “disco-livro” criado por Carla Cabral.

O que dizer de “Trilogia de Sombras”? Segundo um comunicado da Somos – ACLP, os “Mano a Mano” são irmãos e guitarristas da ilha da Madeira e fizeram, neste disco, uma mescla de “música, poesia, performance e artes plásticas”, tratando-se do quinto trabalho discográfico.

Esta obra “tem o formato de disco-livro, concebido por Carla Cabral com inspiração nos livros de artista de Lourdes Castro, e recurso a costura, pintura, desenho e ‘transfer’ sobre tecido e papel”, com um texto de José Tolentino Mendonça e “declamação do poema Lourdes Castro, o ‘Rua da Olaria’, num dos dez temas” que compõem o álbum.

Convidado especial

O espectáculo começa às 20h e dura cerca de 70 minutos sem intervalo, tendo entrada gratuita. Pode-se esperar uma “parafernália de guitarras e cordofones dos irmãos” e, como já foi referido, a performance de Tiago Martins que “atrás de uma tela, e inspirado pelo Teatro de Sombras de Lourdes Castro, interage com a música”.

Sobre este projecto José Tolentino Mendonça escreveu que “a obra visual incrível que a artista Lourdes Castro deixou é demasiado intensa e poliédrica para ficar limitada a um campo só”, sendo “o seu alcance maior”. “A obra de Lourdes Castro ajuda-nos a ser. Dá-nos música. E que música!”, adiantou.

A Somos – ACLP decidiu ainda promover “a fusão de culturas e identidades”, convidando o instrumentista Fang Teng, concertino da Orquestra Chinesa de Macau, para interpretar, em palco, obras emblemáticas da cultura musical portuguesa.

Desta forma, destaca a associação, fortalecem-se “laços que unem os nossos povos há séculos, criando-se um momento de perfeito vínculo musical e cultural”. No concerto, Fang pontuará as notas da música portuguesa com a capacidade dramática e melancólica do erhu, um instrumento tradicional chinês de duas cordas e tocado com um arco. Um apontamento que promete encantar e comover a audiência.

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