Transacções suspeitas nos casinos caem 9,5 por cento até Setembro

O número de transacções suspeitas registadas nos casinos caiu 9,5 por cento nos primeiros nove meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados oficiais. O Gabinete de Informação Financeira (GIF) referiu que as seis operadoras de casinos submeteram, no total, 2.751 participações de transacções suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo.

Num comunicado divulgado na quinta-feira, o GIF apontou “a diminuição do número de participações de transacções suspeitas reportadas pelo sector do jogo” até Setembro como a principal razão para uma queda de 8,9 por cento no número total. Entre Janeiro e Setembro, o gabinete recebeu 4.118 participações, sendo que 73,3 por cento vieram das concessionárias de casinos, enquanto 21 por cento vieram de bancos e seguradoras e 5,7 por cento de outras instituições e entidades.

Os sectores referenciados, incluindo lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilões, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas. Em 2024, o GIF tinha recebido 5.245 participações, sendo que a maioria veio dos casinos do território: 3.837, mais 11,8 por cento do que no ano anterior e um novo recorde.

Todos de acordo

Segundo o relatório anual do GIF, Macau era o único membro do Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais (GAFI) que cumpria “todos os 40 padrões internacionais” sobre a prevenção da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa.

O gabinete assinou acordos para a troca de informação com 33 países e territórios, incluindo a Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária de Portugal, em 2008, a Unidade de Informação Financeira do Banco Central de Timor-Leste, em 2018, e, em 2019, o Conselho de Controlo de Actividades Financeiras do Brasil e a Unidade de Informação Financeira de Cabo Verde.

Em Julho, o GIF disse que tinha ultimado os procedimentos para assinar, também com Angola, um acordo de troca de informações para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa.

O gabinete disse que o acordo esteve na mesa num encontro com representantes da Unidade de Informação Financeira da República de Angola, à margem da reunião do Grupo Egmont entre 6 e 11 de Julho, no Luxemburgo. O Grupo Egmont é uma organização internacional de luta contra a lavagem de dinheiro, que reúne 181 unidades de informação de todo o mundo.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Mais Antigo
Mais Recente Mais Votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários