PolíticaMacau | Contas públicas com prejuízo em Setembro Hoje Macau - 13 Out 2025 As contas públicas de Macau revelam que a região perdeu 57,4 milhões de patacas em Setembro, após uma revisão do orçamento para reforçar os apoios sociais. De acordo com dados publicados ‘online’ pela Direção dos Serviços de Finanças (DSF), o território registou nos primeiros nove meses do ano um excedente nas contas públicas de 14,8 mil milhões de patacas. No entanto, este valor representa uma queda de 0,39 por cento em comparação com o final de Agosto, quando Macau tinha um excedente de 14,9 mil milhões de patacas. Ainda assim, o excedente entre Janeiro e Setembro foi 3 por cento maior do que no mesmo período do ano passado e já é mais do dobro do que a previsão inicial do Governo para todo o ano de 2025: 6,83 mil milhões de patacas. Macau fechou 2024 com um excedente de 15,8 mil milhões de patacas, mais do dobro do registado no ano anterior. O prejuízo registado em Setembro deveu-se às despesas públicas, que aumentaram 18,6 por cento em apenas um mês, atingindo 68,2 mil milhões de patacas. A principal razão para esta subida foram os gastos em apoios e subsídios sociais, que cresceram praticamente um quarto (24,9 por cento) em comparação com Agosto, para 38,7 mil milhões de patacas. No início de Julho, o parlamento de Macau aprovou uma proposta do Governo para aumentar em 2,86 mil milhões de patacas nas despesas previstas no orçamento, para reforçar os apoios sociais. A revisão inclui a criação de um subsídio, no valor total de 54 mil patacas, para as crianças até aos três anos, numa tentativa de elevar a mais baixa natalidade do mundo. Também os gastos com o Plano de Investimentos e Despesas da Administração subiram 11,9 por cento em comparação com Agosto, para 12,3 mil milhões de patacas. O aumento da despesa foi equilibrado pela receita corrente de Macau, que subiu 1,6 por cento nos primeiros nove meses do ano, para 82,6 mil milhões de patacas. A principal razão para o aumento foi um acréscimo de 6 por cento, para 70,4 mil milhões de patacas, nas receitas dos impostos sobre o jogo – que representam 85,2 por cento do total. As seis operadoras de jogo da cidade pagam um imposto directo de 35 por cento sobre as receitas do jogo, 2,3 por cento destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico, e 1,6 por cento entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos. As receitas totais dos casinos de Macau atingiram 181,3 mil milhões de patacas nos primeiros nove meses do ano, mais 7,1 por cento do que no mesmo período de 2024.