Myanmar | Onze membros de rede de fraudes e tráfico condenados à morte

Um tribunal chinês condenou ontem à pena de morte 11 membros do chamado “grupo criminoso da família Ming”, implicado em homicídios, burlas e tráfico de droga, com ligações à região fronteiriça de Kokang, no Myanmar.

O tribunal da cidade oriental de Wenzhou emitiu ainda cinco penas de morte suspensas por dois anos – que costumam ser comutadas para prisão perpétua –, onze sentenças de prisão perpétua e doze penas entre cinco e 24 anos de prisão, segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

As condenações dizem respeito a um total de 14 crimes, incluindo homicídio intencional, burla, posse ilegal de armas e organização de redes de prostituição. As sentenças incluem também coimas, confiscação de bens e, nalguns casos, expulsão do território chinês.

Segundo o tribunal, o grupo, articulado em torno de membros da chamada “família Ming”, usou a sua influência e o controlo de forças armadas locais na região de Kokang, no Myanmar, para estabelecer centros operacionais em locais como Laukkai, a partir de 2015. Estes centros serviram como base para operações de fraude electrónica, jogos de azar ilegais, tráfico de droga e prostituição, dando protecção armada a investidores e patrocinadores envolvidos nas actividades.

A sentença indica que as burlas e atividades de jogo movimentaram mais de 10 mil milhões de yuan. O tribunal deu ainda como provado que dez pessoas foram assassinadas e duas ficaram feridas por tentarem escapar ou resistir às ordens dos criminosos.

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