China / ÁsiaChina | Lançada campanha online para combater incitamento à violência Hoje Macau - 23 Set 2025 A Administração do Ciberespaço da China lançou ontem uma campanha de dois meses para eliminar conteúdos e práticas em linha que “alimentam confrontos entre grupos”, “espalham pânico ou ansiedade”, “promovem a violência” e “amplificam discursos pessimistas”. Segundo um comunicado oficial, a medida será aplicada em redes sociais, plataformas de vídeos curtos e transmissões em directo, com revisão de temas, listas de tendências, sistemas de recomendação, comentários e mensagens sobrepostas durante a reprodução de conteúdos. O plano dá prioridade à repressão de “incitação à confrontação” entre grupos, referindo casos em que temas da actualidade são usados para associar, de forma forçada, identidade, origem ou género a determinados comportamentos com o objectivo de estigmatizar. Também menciona acções coordenadas de fãs ou adeptos para “insultar, desqualificar ou apresentar denúncias em massa”. O organismo indica ainda que pretende eliminar conteúdos que “espalham pânico ou ansiedade”, como alertas falsos sobre desastres, emergências ou operações policiais, divulgação de alegada “informação privilegiada” e rumores sobre economia, finanças, políticas públicas ou questões sociais. A campanha visa igualmente “teorias da conspiração”, o uso de perfis fictícios de “mestres” ou “especialistas” para vender cursos ou produtos com promessas ligadas ao emprego, educação ou relações pessoais. O regulador ordena ainda a remoção de vídeos encenados com lutas físicas, imagens violentas, maus-tratos a animais ou automutilação, bem como conteúdos que “embelezem” a violência através de edição com recurso a inteligência artificial. A operação pretende também conter a “amplificação de discursos pessimistas”, incluindo a repetição de ideias como “estudar e trabalhar é inútil”.