China / ÁsiaUcrânia | Rússia interessada em negociações mas mantém ataques Hoje Macau - 29 Ago 2025 A Rússia rejeitou ontem críticas da União Europeia (UE) sobre o empenho em negociações, afirmando estar interessada em procurar a paz, mas assegurou que continuará a atacar a Ucrânia até alcançar os seus objectivos. “As forças armadas russas estão a cumprir a missão. Continuam a atacar alvos militares e paramilitares”, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, após críticas da UE a bombardeamentos em Kiev que causaram pelo menos 14 mortos e danificaram a embaixada europeia. “Ao mesmo tempo, a Rússia continua interessada em prosseguir o processo de negociação, a fim de alcançar os objectivos que foram fixados por meios políticos e diplomáticos”, afirmou, citado pelas agências de notícias France-Presse (AFP) e espanhola EFE. Pelo menos 14 pessoas morreram e 48 ficaram feridas na madrugada de ontem em Kiev devido a um ataque massivo russo com 629 ‘drones’ e mísseis contra o território ucraniano, declararam as autoridades ucranianas. O balanço anterior indicado pelas autoridades locais era de oito mortos e 45 feridos. Entre os mortos estão três crianças, disse o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, citando dados preliminares. Espera-se que os números possam aumentar, enquanto as equipas de resgate permanecem no terreno para resgatar as pessoas presas sob os escombros. Foi o primeiro grande ataque combinado russo a Kiev em semanas, enquanto os Estados Unidos lideram os esforços de paz. Segundo a agência de notícias AFP, a Rússia disparou 598 ‘drones’ e 31 mísseis balísticos e de cruzeiro contra a Ucrânia num novo ataque massivo durante a madrugada de ontem, citando dados da Força Aérea ucraniana num comunicado. De acordo com dados preliminares, 563 ‘drones’ de combate e ‘drones’ de distracção, assim como 26 mísseis, foram abatidos ou bloqueados, segundo a Força Aérea ucraniana. Os ataques atingiram a parte central de Kiev, uma das poucas vezes em que os ataques russos atingiram o coração da capital ucraniana desde o início da invasão em larga escala em Fevereiro de 2022.