Canal do Panamá | China considera neutralidade crucial

A embaixada da China no Panamá considerou crucial a neutralidade do Canal do Panamá, após uma reunião com a administração da via interoceânica em que foram discutidas áreas de cooperação marítima.

Na rede social X, a embaixada chinesa escreveu, na segunda-feira, que “ambas as partes trocaram pontos de vista sobre o intercâmbio e a cooperação em áreas como assuntos marítimos e transporte naval entre [China e Panamá], coincidindo na importância crucial de manter a neutralidade permanente do Canal”.

A reunião, realizada na sexta-feira, no edifício da Administração do canal, foi liderada pela embaixadora chinesa no Panamá, Xu Xueyuan, e pelo administrador da via, Ricaurte Vásquez, no âmbito de uma visita de “cortesia” da diplomata, informou a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) em comunicado.

Segundo a ACP, Vásquez e a subadministradora, Ilya Espino de Marotta, mantiveram com a delegação chinesa um “diálogo cordial sobre temas de interesse comum, incluindo cooperação em comércio marítimo, inovação tecnológica e sustentabilidade”. O encontro ocorre numa altura de reiteradas acusações dos Estados Unidos sobre a alegada “influência maligna” da China no canal, rejeitadas tanto pelo Governo chinês como pelo panamiano.

Este mês, o porta-voz da embaixada chinesa no Panamá criticou as “mentiras” que o embaixador norte-americano no país “repete até à exaustão sobre a China e as relações sino-panamianas”.

Com base na alegada ingerência chinesa no Canal do Panamá, o Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou “recuperar” a via, construída e operada pelos EUA no século passado até à sua transferência para o Estado panamiano, há 25 anos.

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