Casa Garden | Exposição de Frank Lei marca reabertura do espaço

Depois de ter estado encerrada durante cinco meses para trabalhos de restauro, a Casa Garden, sede da Fundação Oriente em Macau, prepara-se para receber aquela que é a maior exposição retrospectiva do trabalho de Frank Lei, artista local. Com o apoio da Associação de Desenvolvimento Comunitário Artistry of Wind Box, apresenta-se, a partir do dia 3 de Junho, “Quando a Ilha Lança Suas Sombras: Uma Retrospectiva de Frank Lei”

 

O artista local Frank Lei ganhou, nos últimos tempos, grande destaque no panorama artístico local. Depois da inauguração da mostra “Frank Lei: Cuba 92”, no passado dia 7, na Associação Cultural da Vila da Taipa, eis que a Casa Garden acolhe agora uma nova exposição com trabalhos do artista já falecido, com o apoio da Associação de Desenvolvimento Comunitário Artistry of Wind Box.

Trata-se da maior exposição retrospectiva do trabalho de Frank Lei, intitulada “Quando a Ilha Lança Suas Sombras: Uma Retrospectiva de Frank Lei”, e que abre ao público a 3 de Junho. Segundo uma nota da organização, esta iniciativa “marca a primeira grande mostra desde o falecimento do artista Frank Lei e apresenta a mais extensa selecção das suas obras até à data”, podendo o público visualizar “mais de 60 peças fotográficas seleccionadas”.

Estes trabalhos abrangem “as fotografias de Lei desde os seus estudos em França na década de 1990 e os seus projectos artísticos subsequentes após o seu regresso a Macau”.

Segundo a mesma nota, Frank Lei é considerado um “pioneiro da fotografia contemporânea e da arte experimental em Macau”, sendo que as suas obras “exploram não apenas a estética da fotografia, mas também oferecem profundas críticas e reflexões sobre as realidades sociais”. “Através da fotografia, instalações e práticas interdisciplinares, ele desafia as fronteiras da arte, capturando as metáforas e a poesia inerentes ao desenvolvimento urbano”, destaca a organização.

Influências e olhares

A mostra dedicada a Frank Lei revela-se na Casa Garden, sede da Fundação Oriente em Macau, em três salas que exploram o estilo artístico do artista e revelam “as suas influências estéticas e culturais, experiências interdisciplinares e práticas sociais e pedagógicas”.

Destaque também para a organização de duas exposições paralelas, intituladas “Olhar Errante: À Margem”, realizada em oito locais fora do espaço expositivo, e a “Estante de Artista – Frank Lei: Através das Páginas na Dialect Photo Library”. Espera-se ainda a realização de uma série de actividades adicionais, com stands de chá em formato pop-up, visitas guiadas de fotografia de rua e workshops de fotografia experimental para famílias.

Além de ser uma retrospectiva do trabalho de Frank Lei, esta mostra aproveita também para proporcionar “uma profunda reflexão sobre o papel da arte contemporânea na sociedade”, sendo que “entusiastas da arte e o público são convidados a visitar e interagir com a paisagem urbana que Lei uma vez observou, suscitando reflexões sobre a cultura social e local”.

Segundo uma nota da Associação de Desenvolvimento Comunitário Artistry of Wind Box, Frank Lei foi um “pioneiro da fotografia contemporânea e da arte experimental em Macau”, fazendo também uma conexão com “a realidade social” de Macau. “Através da fotografia, instalação e experimentação em vários media, foi além dos limites da arte, capturando metáforas e poética do desenvolvimento urbano em Macau – uma ilha definida por contradições e transformações.”

A curadoria é de Jane Lei, Lam Sio Man e Cho Ian Leong. A mostra encerra a 29 de Junho. A cerimónia de abertura decorre uns dias mais tarde à abertura de portas para o público, a 17 de Junho, às 18h30.

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