China / ÁsiaChina e Japão trocam acusações sobre ilhas Diaoyu Hoje Macau - 6 Mai 2025 A China e o Japão acusaram-se domingo mutuamente de uma intrusão no sábado no espaço aéreo de ilhas disputadas pelos dois países no Mar da China Oriental. As ilhas desabitadas, conhecidas como Diaoyu na China e Senkaku no Japão, são administradas por Tóquio mas reivindicadas por Pequim, sendo um ponto de tensão regular entre os dois países. A diplomacia chinesa anunciou domingo que apresentou um protesto formal à embaixada do Japão em Pequim, argumentando que “um avião civil entrou ilegalmente no espaço aéreo em torno das ilhas Diaoyu”. “As ilhas Diaoyu e as ilhas afiliadas são um território pertencente à China, e instamos o Japão a cessar imediatamente todas as atividades ilegais”, afirmou o porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun. Liu disse que “um helicóptero baseado num navio” foi mobilizado para avisar e expulsar o avião japonês, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takehiro Funakoshi, por sua vez, apresentou um “protesto vigoroso” ao embaixador chinês em Tóquio. Citou a “intrusão de quatro navios da guarda costeira chinesa nas águas territoriais japonesas em torno das ilhas Senkaku e a violação do espaço aéreo japonês por um helicóptero”. De acordo com o Ministério da Defesa do Japão, o helicóptero chinês invadiu o espaço aéreo japonês durante cerca de 15 minutos. “As forças de autodefesa [japonesas] reagiram enviando caças”, disse o ministério, também citado pela AFP. Segundo a emissora pública japonesa NHK e outros meios de comunicação social locais, é a primeira vez que um helicóptero das autoridades chinesas viola o espaço aéreo japonês sobre as ilhas em disputa. Escolher lados As tensões entre a China e outros países que reivindicam territórios no Mar da China levaram o Japão a desenvolver laços com as Filipinas e os Estados Unidos. O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e o Presidente filipino, Ferdinand Marcos, concordaram na terça-feira em aprofundar os laços de segurança entre os dois países. Concordaram também em opor-se a “tentativas de alterar o ‘status quo’ no Mar da China Oriental e no Mar da China Meridional pela força ou pela coerção”, numa referência à China.