China quer contribuir para o fim da guerra na Ucrânia

A China está disposta a desempenhar um “papel construtivo” para pôr fim ao conflito na Ucrânia, apoiando Moscovo na defesa dos seus interesses, afirmou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

Durante uma reunião com o homólogo russo em Moscovo, Serguei Lavrov, Wang afirmou que a China país irá trabalhar com a Rússia para contribuir para a paz. A cooperação com Moscovo será “certamente renovada com uma nova vitalidade e entrará numa nova fase”, afirmou Wang, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Lavrov congratulou-se por as relações entre os dois países terem atingido “um novo nível” e afirmou que continuarão a desenvolver-se “em todas as frentes”.

“Vemos também a responsabilidade de Moscovo e Pequim em manter uma estreita coordenação na arena internacional”, afirmou Lavrov, citado pela agência espanhola EFE. “Os países da maioria mundial vêem nisto, seguramente, o mais importante factor de estabilização nestes momentos difíceis do desenvolvimento da política mundial”, acrescentou.

Lavrov disse que iria discutir com Wang os preparativos para o encontro entre os Presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping, em Moscovo, por ocasião do 80.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi, em 09 de Maio.

“Os encontros entre Putin e Xi dão sempre um impulso importante ao desenvolvimento das relações bilaterais”, afirmou Lavrov.

Outros passos

O ministro chinês disse que Pequim está disposta a trabalhar com Moscovo “para contribuir para um mundo multipolar e para a democratização das relações internacionais”. Wang Yi efectua uma visita a Moscovo esta semana para conversações não só com Lavrov, mas também com Putin.

“Trabalharemos em conjunto para contribuir ainda mais para a causa da paz e do desenvolvimento humano”, afirmou Wang durante a reunião com Lavrov. O Presidente norte-americano, Donald Trump, tem apelado a um rápido fim da guerra na Ucrânia, mas a sua administração não conseguiu alcançar um avanço decisivo apesar das negociações com Kiev e Moscovo.

Pequim declarou que Wang manterá “conversações aprofundadas sobre a próxima fase do desenvolvimento das relações sino-russas e sobre questões internacionais e regionais de interesse comum” durante a visita.

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