Economista apela ao sector turístico para ser preparar para dificuldades

Samuel Tong, economista e membro do Conselho Executivo, considera que a indústria do turismo vai “enfrentar desafios” ao longo deste ano e alertou para a necessidade de os negócios locais se tornarem mais competitivos. As declarações do presidente da Associação de Estudo de Economia Política de Macau foram prestadas ao jornal Exmoo.

Segundo Tong, apesar de vários indicadores relacionados com o turismo apresentarem valores elevados, como o número de visitantes, a taxa de ocupação dos hotéis ou os preços dos quartos dos hotéis, a capacidade de consumo dos visitantes está a ficar mais fraca.

Esta nova tendência foi explicada com o impacto das novas tarifas aplicadas por Donald Trump aos produtos exportados pela China para os Estados Unidos, o surgimento de mais disputas no comércio mundial e as possíveis alterações às taxas de juro pela Reserva Federal nos Estados Unidos, que podem fazer os produtos em Macau mais caros para os turistas chineses.

Face a estes desenvolvimentos, o economista alertou os negócios locais dependentes do turismo para a necessidade de se prepararem para mudanças, oferecendo produtos mais atractivos.

Maior concorrência

Na lógica de Samuel Tong, a menor capacidade de consumo vai fazer com que a concorrência entre Macau e as regiões vizinhas assuma maior importância, o que pode contribuir para desviar os turistas de Macau, ou, pelo menos, fazer com que consumam menos quando visitam o território.

O economista considerou assim que Macau se tem de “preparar para o perigo” nestes “tempos de paz” e fortalecer a oferta de produtos, o que indicou que pode ser conseguido com uma maior ligação entre Macau e a Ilha da Montanha.

Uma forma de conseguir preparar o mercado para os tempos mais complicados passa também por uma “melhor utilização dos acordos de aviação”, para que sejam abertas mais ligações a Macau, para “expandir diversas fontes de turistas, e utilizar activamente a integração regional da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”.

Em relação às estimativas do Governo para as receitas brutas do jogo (240 mil milhões de patacas), o economista afirmou estar confiante que o valor vai ser mais elevado do que no ano passado, quando foi de 226,78 mil milhões de patacas.

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