China / ÁsiaGaza | China rejeita proposta de Trump de expulsar habitantes Hoje Macau - 6 Fev 2025 Pequim voltou a defender a solução de dois Estados no Médio-Orinte e opôs-se veementemente à intenção de Donald Trump de assumir o controlo da região e expulsar os palestinianos da sua terra A China manifestou ontem a sua oposição à proposta do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expulsar os habitantes da Faixa de Gaza e reiterou a sua defesa da solução de dois Estados para a questão israelo-palestiniana. “Opomo-nos à deslocação forçada dos residentes da Faixa de Gaza. A China espera que todas as partes aceitem o cessar-fogo e regressem a uma solução política de dois Estados”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa. Trump disse na terça-feira que os palestinianos não têm outra escolha senão deixar a Faixa de Gaza porque o local é inabitável, e insistiu que quer que a Jordânia e o Egpito os acolham. O porta-voz chinês acrescentou que as partes envolvidas devem “colocar a questão palestiniana no caminho certo”. “Isso significa um acordo baseado na ‘solução de dois Estados’ que visa uma paz duradoura no Médio Oriente”, advertiu. Pequim tem afirmado repetidamente que a Palestina deve ser “plenamente” reconhecida como um Estado nas Nações Unidas e que insistirá na solução de dois Estados para garantir a “coexistência pacífica” entre israelitas e palestinianos. A China também manifestou o seu apoio à “causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos”, e os seus funcionários realizaram várias reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as conversações de paz. Ocupação e destruição Trump afirmou que no enclave palestiniano “tudo está demolido” e que os habitantes de Gaza “ficariam felizes” por sair, se tivessem a oportunidade de o fazer num “local agradável com fronteiras agradáveis”. Desde 1967, Israel construiu cerca de 160 colonatos ilegais que albergam mais de 700.000 judeus na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental. O Estado israelita também reivindica a soberania de toda a cidade de Jerusalém, cujo lado oriental foi capturado na guerra de 1967, ocupado militarmente e anexado unilateralmente em 1980.