Seul diz que norte-coreanos enviaram mais 1.500 soldados para a Rússia

A Coreia do Sul avançou ontem que os norte-coreanos enviaram mais 1.500 soldados para a Rússia, acrescentando que um total de 10.000 militares devem ser mobilizados para território russo até Dezembro.

“Estima-se que mais 1.500 soldados tenham sido enviados para a Rússia”, elevando o total para 3.000, disse o legislador Park Sun-won, membro da comissão parlamentar de informação sul-coreana, após uma reunião com o Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS, serviços secretos).

Na sexta-feira, o NIS tinha afirmado que Pyongyang estava a enviar “um grande número de tropas” para apoiar a Rússia na sua ofensiva militar na Ucrânia. Na altura, os serviços secretos sul-coreanos indicaram que 1.500 soldados já tinham sido transferidos na semana anterior para instalações militares russas nas regiões de Primorye, Khabarovsk e Amur, no Extremo Oriente.

As autoridades ucranianas informaram posteriormente que Moscovo planeava enviar cerca de 10.000 soldados norte-coreanos para a região fronteiriça de Kursk a partir de 01 de Novembro para conter os avanços do exército ucraniano.

Convocatória alemã

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão convocou ontem o encarregado de negócios da Coreia do Norte devido ao apoio que os norte-coreanos estão a fornecer a Moscovo na ofensiva militar no território ucraniano.

“Se os relatos sobre os soldados norte-coreanos na Ucrânia forem verdadeiros e a Coreia do Norte apoiar a guerra de agressão da Rússia na Ucrânia com tropas, isso seria grave e uma violação do direito internacional”, referiu a diplomacia alemã na rede social X.

O ministério alemão referiu que tal apoio “ameaça directamente a segurança da Alemanha e da paz europeia”. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de Fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra sectores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

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